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Globalização e suas consequências

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RESUMO
 UNIDADE II
 A GLOBALIZAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS 
Nesta unidade, nosso objetivo será compreender a partir de diversos ângulos o fenômeno da globalização e refletir no impacto econômico.
 Assim, partimos da seguinte investigação: qual é a influência que a globalização exerce sobre o mundo atual? 
Como globalização é compreendida por Ortiz (1994) como um processo de mundialização do capitalismo, que envolve uma grande diversidade de aspectos de natureza cultural, social, econômica e política. 
O capitalismo passou por uma série de transformações no final do século XX, marcadas por uma liberalização comercial que levou a uma maior abertura das economias nacionais, nas configurações geográficas e geopolíticas e nos poderes e práticas do Estado.
 A globalização do mundo expressa um novo ciclo de expansão do capitalismo como modo de produção e ação civilizatória de alcance mundial (ORTIZ, 1994). No cotidiano, a globalização se manifesta de maneira mais visível nas mudanças tecnológicas e nas alterações nos processos de trabalho e produção.
 
 
 Marcha de abertura do 5º Fórum Social Mundial (2005), em Porto Alegre.
Barbosa (2003) define globalização como uma:
Expansão dos fluxos de informações – que atingem todos os países, afetando empresas, indivíduos e movimentos sociais –, pela aceleração das transações econômicas – envolvendo mercadorias, capitais e aplicações financeiras que ultrapassam as fronteiras nacionais – e pela crescente difusão de valores políticos e morais em escala universal (BARBOSA, 2003, p. 13).
A globalização é marcada pela transição de um modelo de organização fordista, onde a produção é organizada em grandes unidades fabris utilizando intensa divisão do trabalho, para um modelo toyotista, caracterizado pelo trabalho em equipe e o qual Harvey (2005) denomina passagem para um regime de acumulação flexível. 
Eis algumas características do regime de acumulação flexível: 
• Flexibilidade dos processos de trabalho, dos produtos e dos padrões de consumo;
 • Ampliação do setor de serviços;
 • Níveis relativamente altos de desemprego estrutural; 
• Rápida destruição e reconstrução de habilidades e ganhos modestos;
 • Retrocesso do poder sindical.
 
 O mundo globalizado
 
 A globalização comercial e financeira
A mundialização dos mercados envolve uma ampla redistribuição das empresas por todo o mundo, envolve uma ampla transformação na esfera do 
trabalho, pois se modificam as técnicas produtivas e as condições jurídicas, políticas e sociais. A procura por mão de obra barata faz com que as grandes companhias busquem força de trabalho em todos os cantos do mundo, levando o desemprego à escala global.
Para os executivos das grandes companhias, há a necessidade de distanciamento de suas culturas particulares e o comprometimento se volta para a competição global. A busca por eficiência e produtividade se torna uma obsessão social (ORTIZ, 1994).
 As novas tecnologias 
No final do século passado, houve uma verdadeira revolução tecnológica em diversas áreas, como, por exemplo, a microeletrônica, a microbiologia e a engenharia genética.
As novas tecnologias possibilitaram a estruturação do processo produtivo. Em consequência da revolução tecnocientífica, o trabalho exige níveis cada vez mais elevados de instrução e maior emprego da inteligência.
De acordo com Barbosa.
As novas tecnologias são responsáveis por um novo estilo de produção, comunicação, gerenciamento, consumo, enfim, por um novo estilo de vida. Elas assumiram a dimensão de instrumentos de uma transformação social, econômica e cultural (BARBOSA, 2003, p. 79).
 A globalização cultural
 As novas tecnologias têm contribuído para que as fronteiras culturais e linguísticas percam o sentido e para que se adote o inglês como língua oficial dos negócios internacionais. Os meios de comunicação baseados na eletrônica têm contribuído para agilizar o mundo dos negócios em uma escala jamais vista. A cultura encontra horizontes de universalização: o que era local e nacional pode tornar-se mundial.
A seguir, algumas características culturais da atualidade: 
• Forte presença da moda, do efêmero, do espetáculo e do consumismo;
• A publicidade assume papel maior nas práticas culturais;
• A publicidade manipula desejos sem relação com os produtos.
 Nesse novo contexto, a produção e a difusão de bens culturais ocupam um lugar central que, no passado, pertenceu aos bens industriais. Haja vista que, entre as maiores empresas do mundo contemporâneo, há uma presença significativa de empresas ligadas à comunicação e ao entretenimento. 
 
 Loja da rede Mc Donald’s no Japão
TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO
As mudanças na organização dos processos de trabalho, já mencionadas em tópico anterior, conduziram a uma nítida redução do trabalhador fabril em função da automação, da robótica e da microeletrônica. Tanto no campo quanto na cidade, houve o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho. Segundo pesquisas realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 76 Unidade II Revisão: Simone Oliveira - Diagramação: Léo - 30/6/2011 Socioeconômicos (Dieese), entre 2009 e 2010, as mulheres ganharam em média 76% do salário pago aos homens.
Tendo em vista a crescente mecanização das atividades agrárias, houve redução do número de empregos oferecidos na área rural, o que tem conduzido a um crescimento sem precedentes da população nas áreas urbanas. Considerando-se que as relações de trabalho constituem parte essencial das relações sociais na atualidade, pergunta-se: com o crescimento vertiginoso do desemprego, como viverá a classe que necessita do trabalho para sobreviver?
 Trabalhador cortando madeira na Alemanha nos anos 1960.
Precarização das relações de trabalho 
 
A análise das transformações no mundo do trabalho remonta ao início dos anos 1970, quando o modelo fordista de produção começou a apresentar declínio com a queda da taxa de lucro. A partir disso, teve início o processo de flexibilização da produção, o toyotismo, modelo de organização da produção que abrange o sistema just in time, o controle de qualidade da produção que abrange o sistema just in time, o controle de qualidade da produção e a polivalência de tarefas, com terceirização e subcontratação de trabalhadores.
 
 
 Cortador de cana de Porto Rico
Em análise pioneira sobre as transformações sociais que ocorreram no mundo desde os anos 1980, Harvey (2005) coloca que o desencadeamento de um processo de reestruturação produtiva que gerou um novo modelo de acumulação de riquezas, no qual se excluiu a verticalização da produção. Assim, um novo processo de terceirização e subcontratação de mão de obra teve início.
Desemprego estrutural e informalidade
 As transformações ocorridas no trabalho não são consequências apenas dos novos padrões tecnológicos, mas são determinadas também através das mudanças ocorridas na política, na economia e na sociedade. Ao atingir os trabalhadores, essa reconfiguração traz a diminuição do operariado, o crescimento dos postos no setor de serviços e a terceirização, produzindo uma maior segmentação e pulverização dos trabalhadores (ANTUNES, 2002).
A classe que vive do trabalho é composta por todos aqueles que vendem sua força de trabalho em troca de salário. São eles: 
 • Trabalhadores industriais; 
 • Trabalhadores rurais; 
 • Trabalhadores da área de serviços; 
 • Trabalhadores terceirizados; 
 • Trabalhadores temporários; 
 • Trabalhadores em tempo parcial; 
 • Trabalhadores informais;• Desempregados.
 
 
 Carteira de trabalho e previdência social
Em expansão, o trabalho no setor informal conduz os trabalhadores a uma tarefa isolada. Muitas vezes, eles mesmos criam seu próprio trabalho, com possibilidade de mobilidade de atividades e de horários flexíveis. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o setor informal já atinge cerca de 40% do mercado de trabalho na América Latina. A tendência geral de hierarquização do trabalho, fragilização dos vínculos e ascendente desigualdade remuneratória é colocada em evidência, o que aprofunda a fratura social, traz insegurança e torna a economia ineficiente, transformando-a num ciclo de desorganização social (DOWBOR, 2001).
POLÍTICA E RELAÇÕES DE PODER: PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E DIREITA DO CIDADÃO
 Neste capítulo, discutiremos política, pois o Estado é uma instituição que tem forte presença na vida dos cidadãos comuns e, de um modo geral, é a ele que são dirigidas as críticas das mazelas produzidas pela sociedade.
7.1 Políticas, poder e Estado. 
A palavra política entrou para o vocabulário do homem comum designando a atividade de um grupo social pouco confiável: os políticos profissionais. Porém, é preciso esclarecer que todos nós somos seres políticos e que política diz respeito a uma comunidade organizada e formada por cidadãos.
O exercício do poder envolve uma relação de mando e obediência e se fundamenta na imposição de uma vontade sobre as outras vontades. O poder não está circunscrito somente no âmbito do Estado. As relações de poder estão presentes em todas as relações sociais. Por exemplo, na família, sempre existe a figura de alguém que exerce o poder e, nas empresas, todas as relações são marcadas por uma hierarquia.
O Estado é uma instituição criada pelo homem com o intuito de proteger os seres humanos uns dos outros. Ele exerce seu poder através do uso das armas e das leis. Max Weber o define como uma estrutura política que tem o monopólio do uso legítimo da força física em determinado território. O Estado é visto como uma relação de homens dominando homens por meio de uma violência que é considerada legítima. Para que o Estado cumpra suas funções de garantir a ordem e proteger a sociedade para que esta não se desfaça, é necessário não apenas o exercício do poder, mas sua legitimidade. Essa legitimidade provém da aceitação desse poder pela sociedade.
7.2 Democracia e cidadania 
 O conceito de democracia surgiu na Grécia antiga e significa que todo o poder deve emanar do cidadão, ou seja, é um tipo de governo que nasce do povo e tem como objetivo atender aos interesses do povo.
 
 Manifestação politica pela democracia nos Estados Unidos 
De uma forma mais específica, em nossa sociedade a democracia se manifesta através de um sistema eleitoral onde o povo escolhe seus representantes. Outro elemento fundamental do regime democrático é a liberdade de ir e vir, a liberdade de expressão e a liberdade de organização. 
Cidadania diz respeito ao direito de qualquer membro da sociedade de participar da vida pública. Segundo o artigo quinto da Constituição Brasileira, somos todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo garantido a todos o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
7.3 Participações política
 
Ninguém escapa da política. Quem não se envolve diretamente nos acontecimentos são envolvidos indiretamente em suas consequências, pois todo ato humano em sociedade é político, inclusive o ato de omissão. A participação política não se restringe ao voto em período eleitoral. Existem outras formas de exercício político como, por exemplo, os sindicatos e os movimentos sociais.
 
 Urna eletrônica do Brasil
8 AS QUESTÕES URBANAS E OS MOVIMENTOS SOCIAIS
 
A cidade é considerada um local privilegiado para análise da mudança social e revela o custo do desenvolvimento econômico. Como expressão das relações sociais, a cidade expressa às desigualdades, pois o lugar que o indivíduo ocupa nela é dado por sua condição econômica. A concentração da população 
pobre em bairros periféricos revela os efeitos devastadores da aglomeração urbana. . A formação da multidão é um fenômeno das áreas urbanas que causa a exposição das necessidades das massas despossuídas. Atualmente, 80% da população vivem em áreas urbanas. Nos anos 1950, dois terços da população estavam no campo. Em termos de emprego, a mesma dinâmica que expulsou a mão de obra para as cidades, criando as imensas periferias caóticas e miseráveis, hoje reduz a própria base urbana de emprego.
8.1 A cidade e seus problemas 
Os problemas nas áreas urbanas são inúmeros. A ausência de um planejamento que permita receber os contingentes populacionais leva à formação de bairros periféricos onde os serviços públicos são ausentes, as condições de moradia são precárias e as distâncias dos bairros centrais são grandes.
 
 
 Favela em Belo Horizonte, Minas Gerais 
8.2 Violência urbana
 A violência tem se constituído em um dos principais problemas das áreas urbanas. Assaltos, crimes e assassinatos, que apontam para as condições degradantes da vida urbana, têm sido frequentes em muitas cidades. Essa situação provoca insegurança social, destruição e/ou depredação física e profundos abalos morais, além de gerar elevados custos com serviços policiais e equipamentos de segurança.
8.3 Movimentos sociais
É possível perceber que a sociedade capitalista é complexa e marcada por jogos de interesses entre classes sociais, crises morais, crescimento da burocracia, lutas pelo poder etc. Os movimentos sociais expressam os conflitos existentes na sociedade, mas pro outro lado contribuem para que haja transformações na sociedade. Entre eles, podemos citar o movimento feminista, o movimento ambientalista e o movimento pacifista, que possuem ideais que contribuíram e contribuem para mudanças significativas nas relações sociais.
8.4 A sociedade em movimento 
Entre 1850 e 1940, o movimento feminista lutou pelo direito ao voto, à educação e ao emprego. O código eleitoral de 1932 restringia o direito de voto às mulheres casadas que tivessem autorização dos maridos e a algumas solteiras ou viúvas com renda própria. Em 1934, o voto obrigatório foi limitado apenas às mulheres que exerciam cargo público em funções remuneradas. Nos anos 1960, o movimento feminista reivindicou direitos iguais aos dos homens na educação e no emprego, a eliminação da violência sexual e o direito ao controle reprodutivo. As mudanças nos padrões culturais da sociedade industrial e o aumento da participação feminina no mercado de trabalho contribuíram para a eclosão do movimento feminista. A partir dos anos 1950, os jovens se rebelaram contra os padrões culturais vigentes, o que culminou com o movimento hippie e outros movimentos pacifistas. Ainda, o crescente processo de politização da juventude contribuiu para que o movimento estudantil ganhasse evidência.
Os movimentos sociais contemporâneos podem ser divididos em movimentos de interesses específicos de um grupo social como, por exemplo, o movimento das mulheres e dos negros e, também, em movimentos de interesses difusos, como a ecologia e o pacifismo. Lutando por causas subjetivas, esses movimentos buscam emancipação pessoal e não social, por isso, verifica-se certo distanciamento desses grupos do Estado, dos partidos e dos sindicatos.
8.5 Movimentos da sociedade em rede
 O fenômeno da globalização trouxe para as sociedades contemporâneas a expansão das novas tecnologias, que influenciaram radicalmente na redefinição 
dos conceitos entre as fronteiras espaço-tempo, das formas de ação e de interação e dos formatos de relações sociais com as pessoas e consigo próprio, o que fez com que se ampliassem as relações dos membros dos movimentos sociais e fossem amenizados os limitesgeográficos existentes antes do surgimento dessas novas mídias.
As novas tecnologias trazem consigo um espaço público que permite novos caminhos para a interação política, social e econômica, principalmente pelo fato de que, a partir delas, qualquer cidadão pode assumir simultaneamente uma variedade enorme de papéis – como cidadão, militante, editor, distribuidor, consumidor etc. –, superando as barreiras geográficas e, até certo ponto, as limitações econômicas (MACHADO, 2004).
8.6 Os novos movimentos sociais
 Nos séculos XIX e XX, os movimentos sociais estavam ligados à ideologia marxista que propunha a ação da classe trabalhadora em sindicatos e partidos políticos empenhados na transformação das relações capitalistas de produção. Com a divisão dos movimentos sociais entre os que querem manter a ordem e os que buscam a emancipação, verifica-se que estes exercem maior influência na sociedade. Como exemplo, citamos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Comitê em Defesa dos Direitos Humanos, o Fórum Social Mundial, o movimento hippie e o movimento estudantil.
Características dos novos movimentos sociais: 
• Direito à identidade; 
• Democratização de acesso aos mecanismos decisórios da política; 
• Autonomia e autogestão das unidades sociais de base; 
• Atuação independente dos partidos políticos. 
Temos exemplos recentes de movimentos que agem em busca da emancipação pessoal, como é o caso da mobilização de homossexuais na cidade de São Paulo.
 
 
Manifestantes reivindicam a aprovação do projeto que criminaliza a homofobia durante a Parada Gay de Brasília (2008).
A globalização é um fenômeno contemporâneo que possibilita diversos ângulos de análise: social, econômico, político, cultural e tecnológico. Sob a perspectiva tecnológica, ocorreram transformações de grande alcance nas áreas de microeletrônica e microbiologia, por exemplo, e esse desenvolvimento possibilitou mudanças significativas na área educacional e cultural e também na organização do trabalho nas organizações. A globalização se manifesta em várias frentes, afetando as grandes e pequenas empresas, os indivíduos e os movimentos sociais.
Como aponta a OIT, as transformações mencionadas anteriormente contribuíram para o aumento do trabalho precário e da incidência da escravidão contemporânea. Os conflitos sociais e xenofóbicos se intensificaram e expuseram à sociedade os problemas do desenvolvimento econômico sem a geração de empregos. A concentração populacional nas áreas urbanas formou os bairros periféricos nas grandes cidades, o que conduziu à perda da qualidade de vida da população mais pobre e propiciou, também, a organização dos movimentos sociais.
 Os movimentos sociais foram aqui compreendidos como todos aqueles com um projeto, objetivos e metas. Assim, todo movimento social pressupõe certa organização. Na atualidade, os chamados novos movimentos sociais possuem caráter difuso e reivindicações de âmbito cultural. Do ponto de vista político, eles se afastam dos partidos e lutam pela transparência na gestão pública.

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