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Cadeias de Suprimento

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Cadeias de Suprimento
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Julio Loureiro
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Cadeias de Suprimento
Para início de conversa… .................................................................. 04
Objetivos ......................................................................................... 05
1. Conceitos e elos das Cadeias de Suprimento (Obtenção de 
 Matérias-primas, Fornecedores, Fábrica, Canais de Distribuição 
 e Consumidores) ................................................................. 06
3.2 Tipos das Cadeias de Suprimentos (Industrial, Distribuição e de 
 Prestação de Serviços) ......................................................... 13
3.3 As fases das Cadeias de Suprimentos e os problemas 
 mais comuns observados ........................................... 16
3.3.1 Evolução Histórica do Modelo de Relacionamento na Cadeia 
 de Suprimentos .................................................................. 18
Referências ....................................................................................... 22
4 Logística Empresarial
Para início de conversa…
A evolução natural da logística levou as organizações a trabalharem 
em conjunto, com maior proximidade e integração. Neste capítulo, vamos 
apresentar os modelos mais simples e complexos das cadeias de suprimentos. 
Com o incremento dessas relações, surgiu a organização em rede ou 
cadeia de abastecimento, como resultado de uma forma organizada de perceber 
todos os processos geradores de valor para o consumidor final de um produto, 
independentemente de onde esses processos estejam sendo executados, se 
no interior do próprio elemento ou em algum outro com algum tipo de 
relacionamento.
Além de perceber a existência das relações entre os integrantes, também 
chamadas de elos, a organização em rede procura integrar os processos de 
forma a obter máxima eficiência e eficácia na gestão do produto, desde as 
fontes de obtenção de matérias-primas até a venda do produto finalizado 
ao consumidor final, buscando coordenar e controlar todas as atividades 
necessárias ao atendimento do mercado no qual ela esteja inserida, com o 
apoio de sistemas de informações.
5Logística Empresarial
Objetivos 
 ▪ Apresentar os conceitos e elos das Cadeias de Suprimento (obtenção 
de matérias-primas, fornecedores, fábrica, canais de distribuição e 
consumidores).
 ▪ Demonstrar os tipos das Cadeias de Suprimentos (industrial, 
distribuição e de prestação de serviços).
 ▪ Explicar as fases das Cadeias de Suprimentos e os problemas mais 
comuns observados.
6 Logística Empresarial
1. Conceitos e elos das Cadeias de Suprimento 
(Obtenção de Matérias-primas, Fornecedores, 
Fábrica, Canais de Distribuição e Consumidores)
Para entender o conceito de cadeia de suprimentos, deve-se, inicialmente, 
conhecer o conceito de logística, que, segundo o dicionário Aurélio, é originada 
do francês logistique, como sendo parte da arte de guerra que trata dos seguintes 
processos: planejamento e da realização de projeto e desenvolvimento; obtenção; 
armazenamento; transporte; distribuição; reparação; manutenção e evacuação 
de material; recrutamento; incorporação; instrução e adestramento; designação; 
transporte; bem-estar; evacuação; hospitalização e desligamento de pessoal; 
aquisição ou construção; reparação; manutenção e operação de instalações e 
acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar; contrato 
ou prestação de serviços.
No início, a logística era vista como uma atividade de apoio, pois era 
associada, apenas, ao transporte e à armazenagem ou era identificada como 
uma despesa necessária ao atendimento de situações inevitáveis, tais como: 
o deslocamento da matéria-prima de sua origem até o ponto de aplicação na 
produção, a manutenção de estoques de produtos acabados, para suprir as variações 
da demanda ou mesmo para suprir as diferenças de ritmo entre a produção e a 
venda desses produtos, mantendo-os disponíveis para os consumidores finais.
Com o passar do tempo, o aumento da complexidade no tamanho e nas 
relações entre os componentes da cadeia de suprimentos, bem como do processo 
de globalização da economia, as organizações perceberam uma maior diversificação 
por parte dos consumidores, tornando-se mais exigentes no atendimento dos 
parâmetros de tempo, lugar, qualidade e informação, fatores decisivos no ato da 
compra (BALLOU, 2007).
Cabe, portanto, à logística, no âmbito das empresas, além de agregar os 
valores dos parâmetros citados, eliminar do processo tudo aquilo que acarrete 
somente custos e perda de tempo, comprometendo a otimização dos recursos.
As empresas perceberam que, para se manterem competitivas a um baixo 
custo, deveriam ter uma velocidade capaz de atender às exigências do mercado, 
e isso só seria possível com a devida identificação e fortificação de todos os 
relacionamentos que levam a esse atendimento.
7Logística Empresarial
Surgiu, então, o conceito de organização em rede ou cadeia de abastecimento 
como resultado de uma forma organizada de perceber todos os processos que 
geram valor para o consumidor final de um produto, independentemente de onde 
esses processos estejam sendo executados, se no interior do próprio elemento ou 
em algum outro com algum tipo de relacionamento.
Além de perceber a existência das relações entre os integrantes, também 
chamados de elos, a organização em rede procura integrar os processos de 
forma a obter uma máxima eficiência e eficácia na gestão do produto, desde 
as fontes de obtenção de matérias-primas até a venda do produto acabado ao 
consumidor final, buscando coordenar e controlar todas as atividades necessárias 
ao atendimento do mercado no qual ela esteja inserida, com o apoio de sistemas 
de informações (BALLOU, 2007).
A competição observada nos mercados, por um lado, obrigou as empresas 
a ter um constante aumento da eficiência e a buscar melhoria nos níveis de serviço 
ao consumidor e, por outro, as levou a uma redução contínua nos custos.
No entanto, as empresas não existem, sobrevivem ou podem ser analisadas 
isoladamente. Para entregar os produtos aos seus consumidores finais, elas 
podem ser melhor compreendidas como sendo parte de uma rede de elementos 
produtivos, que interagem, se modificam e agregam valor a um produto, iniciada 
com a obtenção da matéria-prima e finalizando com a entrega do produto 
finalizado ao consumidor, que está disposto a pagar por isso. A esse conjunto de 
elementos, damos o nome de Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain.
Obtenção de 
matérias-primas
Fornecedor Fábrica
Canais de distribuição
Consumidor
Figura 1: Cadeia de suprimentos com seus elementos tradicionais. Fonte: Adaptado de Brighton SBM (2018). 
8 Logística Empresarial
Logo, para possibilitar a manutenção dos níveis de produção e 
sustentar seu crescimento, identificar, medir e otimizar as relações com os 
demais elementos torna-se uma necessidade para as modernas organizações 
conhecer e aperfeiçoar as relações que a sustentam no emaranhado de conexões 
com os seus elos anteriores (montante) ou posteriores (jusante) na cadeia de 
suprimentos, a partir de relações lastreadas na confiança e na relação ganha x 
ganha entre os seus componentes. 
A Cadeia de Suprimentos (CS) é parte da integração dos processosindustriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo até os 
fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que agreguem 
valor ao cliente.
Em resumo podemos definir a cadeia de suprimentos como sendo o 
conjunto de processos, identificados nos diversos elementos que a constituem, 
requeridos para a obtenção de materiais, agregando-lhes valor de acordo com 
a concepção dos consumidores, passando a disponibilizar os produtos na 
quantidade, local, preço e tempo que os consumidores desejarem.
Gestão Análise Logística Tempo Plano Departamento de 
compras
Distribuição Lucro
Figura 2: Resumo da composição da cadeia de suprimentos. Fonte: Dreamstime. 
Ao comprar um bem, não se pode imaginar o longo processo que ele 
percorreu desde a conversão das inúmeras matérias-primas que o integram, 
mão de obra e energia em algo útil ou prazeroso.
A atitude clássica de muitas empresas e que ainda perdura em algumas, 
mesmo nos dias atuais, é a de tirar vantagem, passando a ineficiência para 
outro elo da cadeia de suprimentos, algo que está mudando consideravelmente 
nos últimos anos.
9Logística Empresarial
A Figura 3 ilustra, na visão de Chopra (2016, p.3), uma cadeia de 
suprimentos genérica e resumida com os principais processos, comumente 
observados, desde a obtenção de matérias-primas até a entrega ao 
consumidor final.
Obtenção de 
matérias-primas
Fornecedor de 
componentes Fábrica
Canais de
distribuição Consumidor
Figura 3: Cadeia de suprimentos genérica. Fonte: Elaborado pelo autor.
Quanto mais simples o produto, igualmente mais singela será a 
sua cadeia de suprimentos, em função da reduzida necessidade de elos que 
a comporão, como p a cadeia de suprimentos que produz e comercializa 
ovos em pó, produto oriundo dos ovos de galinha que passam por processo 
de desidratação, muito comumente utilizados pela culinária industrial, 
principalmente, pela rede hoteleira.
Figura 4: Fabricação de ovos em pó. Fonte: Dreamstime.
10 Logística Empresarial
Já os produtos mais simples, como os ovos desidratados, que, sendo 
industrializados, têm sua vida útil prolongada. Nesse caso, o produto final é 
constituído pelos ovos desidratados e por outro ramal da cadeia de suprimentos 
formada pela embalagem plástica com os dados do produto.
Na outra direção, os produtos de elevado valor agregado, tais como 
aeronaves e satélites espaciais, tendem a ter inúmeros elos integrantes espalhados 
pelo globo terrestre, dadas as tipicidades e características, bem como os padrões 
de qualidade exigidos.
Produtos complexos, como o 
satélite ou um avião de passageiros, 
requerem matérias-primas de natureza 
variada (metais, plásticos, borracha, 
polímeros) de pureza e qualidade superiores 
aos tradicionalmente utilizados, em função 
do elevado rigor e precisão necessários na 
montagem dos equipamentos.
Cada elemento da cadeia de 
suprimentos desenvolve um papel 
específico dentro do contexto da produção de um produto, também chamado de 
bem, para sua entrega final ao consumidor, que irá usufruir de suas características 
e propriedades. Os elementos também são comumente chamados de elos da 
cadeia de suprimentos.
De forma genérica, a cadeia de suprimentos pode ser significativamente 
resumida – como o modelo genérico apresentado, ilustrado pela cadeia de 
produção de ovos em pó, com poucos elos – ou extremamente complexa, como 
a da produção de um satélite de telecomunicações, com a presença e participação 
de muitos elos localizados em diversos países.
Os principais elementos identificados em uma cadeia de suprimentos são:
1. Obtenção de matérias-primas – É o primeiro estágio, em que os 
fornecedores extraem da natureza as matérias-primas que serão 
utilizadas nos processos industriais, transformando seu estado inicial, 
purificando-a ou adicionando-lhe algum valor para que possam ser 
Figura 5: Fabricação de um satélite. Fonte: Dreamstime. 
11Logística Empresarial
utilizadas pelo elo seguinte. Este pode ser um outro fornecedor que 
irá agregar valor à matéria-prima antes da sua entrega à fábrica ou 
diretamente à fábrica onde serão produzidos os bens da cadeia de 
suprimentos em questão.
Figura 6: Extração do minério de ferro. Fonte: Dreamstime.
2. Fornecedor de componentes – Recebe as matérias-primas e, a partir 
da utilização de processos padronizados, incorporam e combinam 
outras matérias-primas, criando materiais e componentes que serão 
transformados e, posteriormente, destinados às fábricas.
Figura 7: Siderúrgica: local onde ocorre a transformação do minério em chapas de aço. Fonte: Dreamstime. 
12 Logística Empresarial
3. Fábrica ou manufatura – Conhecida também como empresa 
focal, pois a cadeia em análise a contempla como elemento 
central. Nesse estágio, os materiais e os componentes são 
transformados, adicionados e combinados a outros materiais 
para formar produtos finalizados conforme os desejos e as 
necessidades dos consumidores.
Figura 8: Fábrica de automóveis, aspecto da linha de montagem em uma de suas etapas iniciais. Fonte: Dreamstime. 
4. Canais de distribuição – São o meio de 
entrega de produtos ao consumidor 
final, sendo responsáveis por toda 
a movimentação, armazenagem e 
distribuição dos produtos desde a 
fábrica até o consumidor final. Os 
atacadistas, varejistas e quaisquer 
outras estruturas intermediárias entre a 
fábrica e o consumidor 
final são exemplos de 
canais de distribuição.
Figura 9: Concessionária de automóveis: a representação do elo existente 
entre a fábrica e o consumidor final. Fonte: Dreamstime. 
13Logística Empresarial
5. Consumidor – É o elo final da cadeia de suprimentos, pode ser 
identificado como todo aquele que compra os produtos fabricados 
ou consome os serviços prestados para seu próprio uso.
Figura 10: Consumidora: elo final da cadeia de suprimentos em seu automóvel. Fonte: Dreamstime.
3.2 Tipos das Cadeias de Suprimentos (Industrial, Distribuição e de 
Prestação de Serviços)
As cadeias de suprimentos podem ser classificadas em função do tipo 
de produtos ou serviços delas resultantes em industrial; de distribuição e de 
prestadores de serviços. Vejamos:
CS – Industrial – características, segundo Slack (2018, p. 144):
 ▪ Redução do tempo de set-up de linha.
 ▪ Esforço pela redução nos níveis de estoques (JIT).
14 Logística Empresarial
 ▪ Busca da eficiência operacional.
 ▪ Proximidade dos grandes produtores de insumos ou de 
matérias-primas.
 ▪ Estímulo à fidelização e formação de parcerias estratégicas.
 ▪ Escolha da localização da planta em função da facilidade de acesso 
(estradas, portos).
CS - Foco na distribuição - características:
 ▪ Escolha do(s) modal(is) que será(ão) utilizado(s) para distribuir 
os produtos.
 ▪ Segmentação de mercado para maior abrangência (utilizando os 
critérios geográficos, volume atendido por entrega, marcas).
 ▪ Fidelização dos prestadores de serviços logísticos (operadores 
logísticos, empresas de locação de veículos, MO especializada; 
armazéns gerais).
 ▪ Medições constantes através de KPIs.
CS – Prestadores de serviços – características:
 ▪ Escolha do efetivo para atuação conforme perfil dos clientes 
(manutenção de níveis de serviço).
 ▪ Segmentação de mercado para maior abrangência (área tecnológica, 
transportes em geral).
 ▪ Fidelização dos profissionais que prestam os serviços.
 ▪ Medições constantes através de KPIs.
 ▪ Modelo de CS da VW Caminhões em Porto Real
 ▪ Além das abordagens tradicionais, outros modelos vêm ganhando 
destaque, como a planta da VW de caminhões em Porto Real 
(MAN – Caminhões), onde os fornecedores não entregam as peças 
e componentes para a fábrica realizar a montagem – eles fazem 
parte da linha de montagem. Este tipo de atuação tem o nome de 
consórcio modular.
15Logística Empresarial
Na Figura 11, podemos ver os componentes do consórcio modular, 
representando os fornecedores e as respectivas etapas de montagem do veículo.
VW MAXION
MERITOR
DELGA POWER 
TRAIN
VDO
REMONCARESE
Peças e pessoas
PLANTARESENDE
Figura 11: Relação entre produção e demanda na cadeia de suprimentos. Fonte: Adaptada de: Blog Inovação (2019).
Na maioria dos processos produtivos, a adequação de uma linha 
de produção para atender a uma determinada demanda não pode ser feita 
de forma imediata. Ele requer o tempo de set-up de linha para o novo 
item, bem como a disponibilidade de insumos e matérias-primas para a 
sua elaboração.
Tempo de setup é o período em que a produção é interrompida para que os equipamentos 
fabris sejam ajustados.
Além disso a coleta de dados e informações ajuda a compreender 
melhor a demanda e antecipar as reposições.
Mas isso só não basta, pois, cada componente na cadeia de suprimentos 
(CS) pode ter diferentes formas de previsão em função das técnicas de previsão, 
sendo necessário que todos estejam alinhados em torno do mesmo modelo, 
ou que uma única empresa faça a previsão para todas as outras.
Glossário
16 Logística Empresarial
3.3 As fases das Cadeias de Suprimentos e os Problemas mais 
Comuns Observados
Segundo Ballou (2007) atualmente se observa uma dinâmica nunca 
antes constatada na oferta de produtos e serviços. De um lado, os produtos 
vão se aprimorando ao longo do tempo, incorporando novos elementos e novas 
tecnologias, em uma rapidez crescente e sem sinais que dará arrefecimento 
nos próximos anos.
Figura 12: A diversidade está presente em muitos segmentos, por exemplo, nos alimentos. Fonte: Dreamstime:
No caso de produtos envolvendo componentes eletrônicos, esse 
dinamismo é ainda mais acentuado, com a inserção cada vez maior de 
funcionalidades e incorporação de novas tecnologias. Nem mesmo os produtos 
de consumo corrente, oferecidos em supermercados, sofrem alterações e 
melhorias com muita frequência.
17Logística Empresarial
Figura 13: Sortimento de telefones móveis com diversos aplicativos, formatos e preços. Fonte: Dreamstime.
Tudo isso evidencia a presença e a interface entre as atividades 
primárias e as atividades de apoio logística, que são verificadas internamente 
nas empresas desde a obtenção de matérias-primas até a última etapa antes da 
entrega ao consumidor final, assim como nas relações entre estas empresas no 
esforço de produção e distribuição dos produtos.
Figura 14: Aspecto da obtenção de matéria-prima para a indústria alimentícia e de combustíveis renováveis – 
colheitadeira de milho. Fonte: Dreamstime.
18 Logística Empresarial
Quanto mais intensas forem as trocas comerciais e a resposta exigida 
pelo mercado, mais fortes e profundos serão os impactos e expectativas das 
atividades logísticas até a entrega dos produtos.
Um problema que pode ocorrer nas cadeias de suprimentos é o 
chamado efeito chicote. O primeiro trabalho acadêmico que descreve a 
propagação da volatilidade da demanda (efeito chicote) foi realizado 
por Forrester (1958) que chamou atenção para o fato de a variância da 
demanda percebida pela indústria ser bem maior do que a variância efetiva 
da demanda final.
Conforme Dornier et al. (2000), uma pequena variação ou 
flutuação na demanda real do cliente pode bater o chicote para os 
fornecedores, ao longo da cadeia, levando-os a enfrentar situações de 
superprodução e de ociosidade.
Com o efeito chicote, torna-se evidente a importância do 
gerenciamento de estoques e das políticas de pedidos a serem realizados 
na cadeia, a necessidade de um maior fluxo coordenado de informações 
e controle. Além disso, ao longo do tempo, as exigências de transporte, 
tanto para clientes quanto para fornecedores tornam-se fortemente 
correlacionadas à satisfação dos pedidos. 
Essas exigências oscilam significativamente, provocando aumentos 
nos custos, uma vez que a capacidade excedente de transporte precisa ser 
mantida para atender aos períodos de alta demanda.
3.3.1 Evolução Histórica do Modelo de Relacionamento na Cadeia de 
Suprimentos 
Nogueira (2016, p.28) infere que nem sempre o arranjo foi semelhante 
ao que se observa nos dias atuais.
 ▪ 1ª fase - O estoque era o elemento-chave no balanceamento da 
cadeia de suprimentos, predominando a existência de diversos 
estoques em trânsito e elevados estoques de segurança ao 
longo da CS.
19Logística Empresarial
Manufatura Centro de distribuição Varejista
Estoque Estoque
Figura 15: Cadeia de suprimentos da 1ª fase, a integração se dava a partir da presença de estoques (geralmente de 
tamanho significativo). Fonte: Elaborado pelo autor.
 ▪ 2ª fase: A integração rígida é marcada por não permitir a correção 
dinâmica do processo em função da sua rigidez, no entanto, 
surgem como evidências positivas dessa fase a otimização de 
atividades e o planejamento.
Manufatura Centro de distribuição VarejistaTransporteTransporte
Figura 16: Fluxo de integração rígida. Fonte: Elaborado pelo autor.
 ▪ 3ª fase: Na integração flexível, o foco passou a ser a satisfação 
do cliente e a busca do estoque zero, sendo as suas principais 
características: a integração em dois níveis – dentro da empresa 
e nas inter-relações da empresa com os fornecedores e clientes 
(aos pares); iniciada no final da década de 1980 com forte impulso 
gerado pela onda de globalização que mudou o mundo.
Nessa fase, a cadeia de suprimentos passou a ser extremamente 
flexível, aceitando correções pontuais; preocupação crescente com a satisfação 
do cliente e busca pelo estoque zero. Foi marcada, ainda, pelo surgimento 
do Eletronic Data Interchange - EDI entre as empresas, pela evolução dos 
sistemas informatizados e plataformas de telecomunicações; introdução do 
código de barras (NOGUEIRA, 2016).
20 Logística Empresarial
Manufatura
Centro de 
distribuição
Varejista
Consumidor
Fornecedor
Transporte
Transporte
Figura 17: A evolução dos sistemas informatizados. Fonte: Elaborado pelo autor.
 ▪ 4ª fase: Ficou estabelecida a consolidação da satisfação plena do 
consumidor final, sendo marcante a formação de parcerias entre 
fornecedores e clientes ao longo da cadeia.
Fornecedor de 
componentes
Manufatura Centro de 
distribuição
Varejista 
Consumidor
Fornecedor de 
matérias-primas
Figura 18: Fluxo das parcerias formadas. Fonte: Elaborado pelo autor.
Aqui, é perceptível uma mudança de postura, em que a logística 
finalmente passa a ser vista de forma estratégica pelas organizações; busca por 
soluções novas ou grande esforço para revisitar antigos conceitos atribuindo 
novas roupagens; os elos da cadeia de suprimentos ou elementos passaram a 
trabalhar mais próximos.
Predomínio do uso da postergação (sempre que possível), visando 
reduzir prazos e incertezas; surgimento das empresas virtuais, as chamadas 
“.com”, caracterizando-se pela rapidez nos processamentos e entregas e por 
precisarem ser extremamente ágeis.
Como pôde ser observado, a organização das empresas sob a forma de 
arranjo em cadeia de suprimentos, de modo organizado e integrado, possibilita 
maior vantagem competitiva para as empresas que buscam excelência no 
atendimento, bem como uma significativa redução de custos totais. Isso tudo 
21Logística Empresarial
se torna possível com um trabalho sincronizado e baseado na confiança e 
relações do tipo ganha x ganha entre os elos integrantes.
Observa-se uma mudança de postura, na qual a logística finalmente 
passa a ser vista de forma estratégica pelas organizações, com busca por 
soluções novas ou grande esforço para revisitar antigos conceitos atribuindo 
novas roupagens e como já citado, com os elos que passaram a trabalhar 
mais próximos.
22 Logística Empresarial
Referências
BALLOU, R. H. Logística empresarial – transportes, administração de 
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007.
BLOG INOVAÇÃO. Consórcio modular, a inovação da Volkswagen. 
Disponível em: https://bloginovacao.com.br/consorcio-modular-a-inovacao-
da-volkswagen/. Acesso em: 30 jul. 2019.
BRIGHTON SBM. Disponível em: https://www.brightonsbm.com/news/. 
Acesso em: Acesso em: 30 jul. 2019.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia, 
planejamento e operações. 6 ed.São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2016. 
[Biblioteca Virtual Pearson]
DORNIER, P. et al. Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial – uma visão local com pensamento 
globalizado. São Paulo: Atlas, 2016.
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da 
produção. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]

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