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Livro Eletrônico Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida Primeira Rodada de Temas ................................................................................................ 2 Tema 1 .................................................................................................................................... 5 Abordagem teórica .................................................................................................................. 6 Tema 2 .................................................................................................................................... 8 Abordagem teórica .................................................................................................................. 9 Tema 3 .................................................................................................................................. 11 Abordagem teórica ................................................................................................................ 12 Tema 4 .................................................................................................................................. 14 Abordagem teórica ................................................................................................................ 15 Tema 5 .................................................................................................................................. 18 Abordagem teórica ................................................................................................................ 19 Tema 6 .................................................................................................................................. 22 Abordagem teórica ................................................................................................................ 23 Tema 7 .................................................................................................................................. 25 Abordagem teórica ................................................................................................................ 26 Tema 8 .................................................................................................................................. 28 Abordagem teórica ................................................................................................................ 29 Tema 9 .................................................................................................................................. 33 Abordagem teórica ................................................................................................................ 34 Mapa Mental ......................................................................................................................... 35 Tema 10 ................................................................................................................................. 36 Abordagem teórica ................................................................................................................ 37 Tema 11 ................................................................................................................................. 39 Abordagem teórica ................................................................................................................ 40 Tema 12 ................................................................................................................................. 43 Abordagem teórica ................................................................................................................ 44 2 Prática ........................................................................................................................ 47 Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 2 47 PRIMEIRA RODADA DE TEMAS Olá, meus nobres alunos. Bem-vindos à nossa primeira rodada de temas. Inicia-se um momento muito aguardado do curso: a elaboração das suas dissertações. Essa é a hora de colocar em prática o conhecimento absorvido nas aulas anteriores. Estejam muito atentos aos aspectos estruturais e gramaticais, pois apenações dessa natureza poderão afastá-los do tão almejado cargo, e isso é tudo que nós não queremos, não é verdade? Nesta aula, as questões serão sobre Administração. Haverá tanto questões dissertativas clássicas, aquelas em que é necessário discorrer sobre um assunto, quanto estudos de caso, questões em que a resposta deve ser associada a um determinado contexto. As questões valerão 20,00 pontos, nos termos do edital. Além disso, cada questão deve ser respondida em até 30 linhas e qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Esse padrão será mantido para as próximas aulas. Aos alunos do curso com correção: vocês poderão escolher para envio qualquer dos temas desta aula. Contudo, não é obrigatório escolher um tema agora, caso prefiram aguardar os temas das próximas rodadas. Aconselho, entretanto, que não concentrem a escolha de vocês nas últimas aulas, pois o estudo dessa importante matéria pode acabar sendo negligenciado, o que poderá comprometer seu desempenho no dia da prova. Uma observação: independentemente da escolha de um tema para envio, não deixem de produzir textos manuscritos para todas as propostas que serão apresentadas. Principalmente, é para isso que eles constam nas aulas! Antes de começarmos, gostaria de passar para vocês algumas dicas sempre solicitadas pelos nossos alunos em cursos anteriores. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 3 47 1. Simule as mesmas condições da sua prova Simular o ambiente de prova significa reproduzir, ao máximo, as condições da sua realização. Quanto mais isso for levado a sério, mais natural será a realização da prova, contribuindo para que você esteja mais calmo nesse momento. Utilize a folha de respostas padrão da banca, incluída em aula específica. Use caneta esferográfica de cor preta ou azul. Isso também é importante. Seguir esses passos é essencial para que você se conheça melhor, diagnosticando seus pontos fracos, caso haja. Ainda há tempo para você trabalhar os possíveis pontos de melhoria, então recomendo que invista nisso. Leve a sério a filosofia socrática do “conhece-te a ti mesmo”. 2. Vou começar a escrever, e agora? Primeiro passo: aplique o PLE. Mas professor, não identifiquei esse assunto no edital! Pois é, nem irá. Esse é um princípio implícito no seu edital, que vale para a prova objetiva e discursiva. É o Princípio da Leitura do Enunciado. Leia com muita atenção o comando da questão, especialmente nos estudos de caso, pois o bom examinador não coloca palavras a esmo. Esteja atento a todos os detalhes, afinal “as grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes”. Sublinhe e grife as palavras-chave do enunciado, para que nenhuma delas passe despercebida. Uma vez superado esse passo inicial, planeje a sua resposta. Não se esqueçam de definir as estruturas trabalhadas nas aulas anteriores (formal e conceitual), bem como de definir os pontos semânticos que irão compor seu texto. Esse planejamento, em grande medida, passa pela produção de um rascunho. O rascunho é essencial para que você possa, preliminarmente, avaliar seutexto e corrigi-lo enquanto ainda há tempo. Logo, sempre deve ser feito. Contudo, se a gestão do seu tempo não foi boa e você não puder fazer rascunho, é fundamental que, pelo menos, você trace o esqueleto do seu texto, listando em tópicos as ideias principais a serem trabalhadas. É fundamental que, ao finalizar seu texto, você leia novamente o enunciado e se certifique que respondeu a tudo que lhe foi perguntado. E por fim, nunca deixe nunca de revisá-lo, combinado? 3. Deu “branco”, e agora? O famoso “branco” é causado, principalmente, por um quadro de estresse agudo, algo bem comum entre os concurseiros. O ideal é evitar que isso ocorra, adotando uma rotina mais leve de estudos e prezando por boas noites de sono nos dias que antecedem a prova, principalmente, na sua véspera. Contudo, caso isso ocorra no momento da sua prova, mais uma vez, fique calmo. Tranquilize-se. Acredito ser bastante útil a técnica do “brainstorming”, que consiste em colocar no papel todas as ideias que vierem à sua cabeça sobre um determinado assunto. Releia novamente a questão e, se Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 4 47 não vier nenhuma ideia, desista momentaneamente, dirigindo seu esforço para outra questão discursiva. Utilizei isso várias vezes e comigo funcionou. Se você não tiver mais nada a fazer e não veio nenhuma ideia mesmo, é para deixar em branco? Nunca! Essa é a hora do improviso, você terá que “cartear”. Tente ao máximo reunir ideias coerentes e, de preferência (rs), que estejam ligadas ao assunto perguntado. Já houve concursos em que a banca “pesou a mão” nas questões, mas, para não eliminar a maioria dos candidatos, foi extremamente benevolente no momento da correção. Então, “desistir nunca, render-se jamais”. 4. Top dúvidas O professor Carlos Roberto já tratou destes assuntos nas aulas anteriores. Entretanto, como recebemos muitos questionamentos, vale a pena repisarmos. 1. Letra de fôrma x cursiva: pode as duas, contanto que você não misture. Se usar a letra de fôrma, quando empregar letras maiúsculas, você deverá destacá-las, deixando-as maiores que as demais, de modo que o examinador saiba, exatamente, quando elas foram usadas. 2. Título: não. Somente se o examinar deixar explícito que em seu texto deve constar. 3. Rasurou? Um traço no centro do trecho ou palavra inadequada. Só isso. 4. Citar número de artigos, incisos, etc. Só se você tiver certeza absoluta. Se tiver em dúvida, não use, a menos que lhe seja perguntado diretamente. 5. Minha letra é um garrancho, e agora? Fato é que a ilegibilidade da letra poderá acarretar prejuízo à nota do candidato. Se é seu caso, vale muito a pena caprichar e, acredite, a prática da escrita manuscrita pode amenizar o seu problema. Fora isso, não sendo ininteligível, ninguém será desclassificado por conta disso. Segue o jogo! Bem, agora chega de conversa. Está na hora de “arregaçar as mangas”. Após o enunciado, há sempre a apresentação de uma abordagem teórica, cujo objetivo é relembrar os principais pontos necessários à resolução da questão, caso você necessite. Espero que vocês gostem dos temas selecionados e, sobretudo, realmente façam as redações propostas. O treino é seu maior aliado: somente por meio dele você conhecerá seus pontos de melhoria, que, devidamente trabalhados, permitirão sua evolução. Então, quero ver todos com a sua caneta esferográfica fabricada em material transparente a postos. Façam um excelente trabalho! Prof. Marcio Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 5 47 TEMA 1 O Setor de Planejamento de determinado órgão elaborou o seu plano estratégico junto a sua alta administração. Do ponto de vista administrativo, o plano foi bem elaborado, no entanto a estratégia não está sendo alcançada. A maioria dos servidores não tem conhecimento da missão, da visão de futuro, dos valores, nem sabe associar ao plano estratégico as atividades que executa no dia a dia do órgão. O mapa estratégico passou a ser um mero cartaz sem significado nas paredes do órgão. Considerando que o princípio constitucional da eficiência vem ganhando cada vez mais destaque nos processos de gestão nos órgãos públicos brasileiros; e considerando ainda que, para o alcance da eficiência, é necessário que os órgãos revisem suas estruturas, sua forma de funcionamento e, sobretudo, disponham de um plano bem estruturado para executar adequadamente a estratégia e garantir a qualidade dos serviços prestados à população, redija um texto dissertativo a respeito do referido plano estratégico. Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir. a) Discorra sobre planejamento estratégico e sua finalidade. b) Defina missão, visão e valores organizacionais. c) Explique o que são objetivos estratégicos. d) Aponte as possíveis falhas na execução da estratégia e as possíveis ações a serem adotadas para que a estratégia seja alcançada. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 6 47 ABORDAGEM TEÓRICA Meus amigos, entendo que esse é um tema introdutório, que deve ser do conhecimento de cada um de vocês. Assunto sempre muito lembrado para os cargos de Administração. Nas questões apresentadas, o último item sempre cobrará a apresentação de uma solução para o problema apresentado, na forma prevista pelo seu edital, ok? 1. Planejamento O planejamento está inserido nos quatro principais processos administrativos (os demais são a organização, a direção e o controle). É por meio dele que a empresa define aonde quer chegar, em que prazo, com quais recursos e como fará para atingir estes objetivos. O processo de planejamento deve acontecer em todos os níveis da instituição, contudo eles serão diferenciados em função das suas abrangências, prazos e detalhamentos. Em virtude dessas especificidades, o planejamento divide-se em estratégico, tático e operacional. Na nossa revisão, trataremos sobre o planejamento estratégico, abordado pela questão a ser respondida. O planejamento estratégico é o de caráter mais amplo e abrangente. É de responsabilidade dos níveis hierárquicos mais elevados da empresa e é projetado para o longo prazo, tendo seus efeitos e desdobramentos projetados por vários anos à frente. É compreensivo, deve envolver a empresa em todos os seus níveis, abrange todos os recursos e áreas de atividade e preocupa-se em atingir os objetivos da organização como um todo. Possui como principal finalidade estabelecer a direção a ser seguida pela organização. Em outras palavras, pode-se afirmar que o planejamento estratégico tem a função de, por meio da estratégia, orientar a gestão das organizações e influenciar processo decisório de seus dirigentes. No processo de planejamento, define-se ou revisa-se a missão da organização, sua visão de futuro, seus valores e seus objetivos estratégicos, ou seja, formula-se a estratégia. Veremos do que se trata cada um desses pontos no tópico seguinte. 2. Missão, visão, valores e objetivos estratégicos A missão de uma organização é a sua razão de existência. Funciona como o propósito orientador para atuação de uma organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Outrossim, comunica aos públicos internos e externos qual o papel da organização na sociedade. Na visão,define-se o que a organização pretende ser no futuro, isto é, o sonho da organização, a maneira como ela quer ser vista no futuro. Auxilia na definição dos objetivos organizacionais mais relevantes. Sob pena de perder sua credibilidade, deve ser elaborada de maneira consistente com a Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 7 47 realidade da empresa, ou seja, as situações sonhadas, expressadas pela visão, precisam ser possíveis, factíveis. Os valores são referências norteadoras da conduta dos colaboradores e informam qual o comportamento esperado no ambiente desta empresa. São definidos pela alta administração e revelam suas preferências e ideologias pessoais. Valores são princípios, crenças, normas e padrões que orientam o comportamento e a atuação da organização e que devem ser internalizados e incorporados por toda a equipe. Os objetivos estratégicos devem expressar o resultado que a organização como um todo pretende alcançar, exprimindo o que é essencial para o cumprimento da missão e o alcance da visão. São os alvos prioritários e convergentes para a organização e encontram-se atrelados às questões estratégicas e à visão de futuro organizacional. Uma vez conhecidos os pontos mencionados nesta revisão, acredito ser possível resolver à questão. Mãos à obra. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 8 47 TEMA 2 Considerando a atitude e a visão interativa em face do planejamento, redija um texto dissertativo acerca dos tipos e características dos princípios gerais de planejamento e dos princípios específicos de planejamento. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 9 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Princípios Gerais e específicos do Planejamento Planejamento é a primeira função administrativa do processo organizacional (planejamento, organização, direção e controle). Em síntese apertada, planejar é definir objetivos, recursos e tarefas necessárias para o alcance de tais objetivos. Nessa questão cobrou-se a doutrina do professor Djalma de Oliveira1, segundo o qual a atividade de planejamento deve estar fundamentada em princípios gerais e específicos. São Princípios Gerais: 1. Princípio da contribuição aos objetivos: o planejamento deve visar o alcance dos objetivos máximos da empresa. Assim, ao planejar, deve-se hierarquizar os objetivos estabelecidos, procurando alcançá-los em sua totalidade, dada a interligação entre eles; 2. Princípio da precedência do planejamento: conforme vimos acima, o planejamento é uma função administrativa que antecede as demais (organização, direção e controle). Nesse sentido, de forma geral, o planejamento deverá ser elaborado no início do processo administrativo, assumindo, por conseguinte, maior importância em relação às demais funções; 3. Princípio da maior penetração e abrangência: se relaciona com as mudanças que o planejamento provoca nas características e atividades da organização. O planejamento deverá levar em conta as atividades mais influentes e abrangentes, pois estas poderão provocar modificações na organização, notadamente nos seguintes aspectos: pessoas, tecnologias e sistemas. a. Nas pessoas, essas modificações podem corresponder à necessidade de treinamento, substituição, transferências, avaliações etc.; b. Na tecnologia, pela evolução dos conhecimentos, de acordo com as novas maneiras de fazer os trabalhos etc.; e c. Nos sistemas podem ocorrer alterações nas responsabilidades estabelecidas, nos níveis de autoridade, descentralização, comunicações, procedimentos, instruções etc. 4. Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Importante conhecermos as diferenças entre cada um desses conceitos: 1 OLIVEIRA, Djalma DE. Planejamento Estratégico. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 10 47 a. Eficiência: considera principalmente a dimensão dos recursos a serem empregados. Preconiza que as atividades devem ser realizadas de modo adequado, com redução dos custos e cumprimento dos deveres e responsabilidades. Relaciona-se com maior intensidade às atividades no nível operacional da empresa, lidando com questões sobre como realizar operações com menos recursos, menos tempo, menos pessoal, etc. b. Eficácia: considera principalmente a dimensão referente ao alcance dos resultados. Expressa-se pelo alcance dos objetivos e metas, independentemente dos custos implicados; c. Efetividade: é o impacto das ações, dos programas e projetos, avaliando se trouxeram algo positivo para os clientes, usuários e sociedade em geral; é o grau de satisfação das necessidades e dos desejos da sociedade pelos serviços prestados pela instituição. São Princípios Específicos: 1. Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é o seu produto, ou seja, o plano, mas o processo desenvolvido. Nesse sentido, o papel do responsável pelo planejamento não é simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo de sua elaboração pela própria organização; 2. Planejamento coordenado: relaciona-se com a necessidade de ser adotada uma abordagem sistêmica para a realização do planejamento. Considera que nenhum aspecto da empresa pode ser planejado eficientemente se for feito de forma independente dos demais. Exige que todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem interdependentemente; 3. Planejamento integrado: o planejamento dos vários escalões de uma empresa deve ser integrado. De acordo com Oliveira2 (2010, p. 335) nas empresas voltadas para o ambiente, nas quais os objetivos empresariais dominam os de seus membros, geralmente os objetivos são escolhidos de “cima para baixo” e os meios para atingi-los, “de baixo para cima”, sendo este último fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja função primária seja a servir a seus membros; 4. Planejamento permanente: refere à continuidade necessária no processo de planejamento. Devido ao dinamismo em que se insere o ambiente empresarial, considera que nenhum plano mantém seu valor e utilidade com o tempo. São essas as informações necessárias para responder à questão. Agora, é com vocês. 2 OLIVEIRA, Djalma de. Planejamento Estratégico. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 11 47 TEMA 3 A liderança tem sido definida sob diferentes perspectivas no transcorrer da evolução humana. Embora seja foco de muitos estudos, não há uma conclusão universal a respeito do conceito de liderança, assim como do comportamento e do estilo do líder (BURNS, 1978; BOWDITCH e BUONO, 2002; ROBBINS, 2005). O termo “liderar” foi utilizado, pela primeiravez, em 825 d.C. A palavra tem origem inglesa e foi conceituada como o ato de “conduzir, dirigir, guiar, comandar, persuadir, encaminhar, encabeçar, capitanear, atravessar” (HOUAISS, 2001). É neste quadro, fundado sobre um amplo conjunto de significados, que Robbins (2005) salienta que, na literatura atual, não há consenso acerca do que vem a significar o termo “liderança”. Não há consonância entre as abordagens quanto à origem da liderança, se esta é inata, desenvolvida ou adquirida. Muito menos há consenso em relação aos principais pontos que influenciam o processo de liderar. Não se sabe se o determinante é a figura do líder, ou o simbolismo que essa figura representa, se é a natureza da situação que possibilita a liderança, ou se são as características dos liderados que proporcionam o ato de liderar. LIMA, Gustavo & CARVALHO NETO, Antônio. Uma leitura da evolução das teorias sobre liderança à luz da teoria da estruturação de Giddens. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EnGPR227.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018, com adaptações. Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo sobre o tema liderança. Aborde, necessariamente os seguintes tópicos: As teorias de liderança: teoria dos traços de personalidade, teorias comportamentais e teorias situacionais; Os estilos de liderança: autocrática, liberal e democrática; e As principais diferenças entre liderança transacional e transformacional. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 12 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Teorias a respeito de liderança Apesar de haver diversos conceitos de liderança, não há uma definição unânime. De forma geral, aceita-se que liderança é a capacidade de influenciar, persuadir, convencer pessoas para perseguirem um determinado objetivo. Há diversas teorias a respeito de liderança que tentam explicar como se processa essa capacidade do líder de interferir na escolha das pessoas. Dentre essas teorias, pode-se mencionar: 1. As relativas aos traços de personalidade, enfatizando que o sucesso do líder é decorrência das suas características pessoais, intelectuais e emocionais. Assim, a liderança é considerada como algo inato, desconsiderando-se a possibilidade de ser desenvolvida por meio da aprendizagem. Essa é uma teoria que, atualmente, está bastante desacreditada. 2. De maneira oposta, nas teorias comportamentais (estilos de liderança), o que predomina não são os traços de personalidade, mas sim o estilo de liderança. De acordo com essa teoria, a liderança pode ser aprendida por meio de técnicas de desenvolvimento pessoal. Assim, o líder não nasce líder, mas é alguém que foi moldado para o ser. 3. Por fim, o terceiro grupo concentra as teorias situacionais ou contingenciais, cujo aspecto diferenciador é a maneira como o líder adequa o próprio comportamento às circunstâncias. Assim, o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com as situações e para cada um dos membros da sua equipe. Nesse modelo, a liderança é explicada de forma mais ampla e parte da premissa de que não existe um único estilo de liderança válido para toda e qualquer situação. 2. Estilos de Liderança Quanto aos estilos de liderança, segundo Chiavenato3 (2011, p.121), um líder pode adotar uma postura autocrática, liberal ou democrática. No primeiro caso, tem-se um líder centralizador: todas as principais decisões são tomadas de maneira unilateral, não permitindo que os demais membros da equipe opinem, cabendo-lhes, apenas, obedecerem às ordens sem questionamento. Além disso, o líder determina qual a tarefa que cada membro da equipe deverá executar e com quem ela será feita. O líder é pessoal e dominador nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada um. 3 Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração, Rio de Janeiro, Elsevier. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 13 47 No caso de uma liderança liberal, o líder dá ampla liberdade aos seus subordinados para decidir, participando de modo muito discreto e comentando apenas quando perguntado. Tanto a divisão das tarefas como a designação dos grupos para a sua realização ficam por conta do próprio grupo. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o desempenho do grupo. Por último, tem-se a liderança democrática, o líder incentiva a equipe a participar do processo de tomada de decisão. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o aconselhamento técnico do líder. Outrossim, o líder procura ser um membro normal do grupo, age de forma objetiva e o estimula com fatos, elogios ou críticas. 3. Liderança transacional vs. liderança transformacional Na liderança transacional, estabelece-se um processo de troca entre o líder e os liderados. Esse estilo baseia-se em um processo de troca na qual o líder provê recompensas em troca do esforço de seguidores e desempenho. De um lado, o líder se beneficia ao obter o comprometimento dos subordinados para o cumprimento das tarefas e, por outro lado, os liderados são recompensados na proporção do empenho empregado na execução das tarefas. Segundo CARRANZA4 (2016, p. 210), liderança transformacional é processo de construção do comprometimento organizacional através do empoderamento dos seguidores para acompanhar esses objetivos; ocorre quando os líderes elevam os interesses de seus empregados garantindo a aceitação dos propósitos e da missão do grupo e estimulam seus empregados a pensarem além de seus interesses em prol dos interesses da organização. Assim, o que se busca é criar um ambiente que proporcione o pleno desenvolvimento das capacidades da equipe, permitindo que cada membro possa alcançar o máximo do próprio potencial. Acredito que possuímos informações suficientes para resolver à questão. Agora é com vocês! 4 Carranza, Giovana. Administração Geral e Pública - Para Técnico e Analista. 4.ed. Salvador: Juspodivm; 2016. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 14 47 TEMA 4 Tendo em vista que, na administração pública moderna, a sistemática de avaliação de desempenho dos servidores é um procedimento imprescindível para a melhoria contínua dos resultados dos órgãos ou instituições, e considerando que os procedimentos de avaliação de desempenho dos servidores da administração pública devem ser estruturados e geridos por servidores lotados nas unidades de gestão de pessoas das instituições públicas, que dominem o conhecimento sobre a aplicação e a condução desses procedimentos, disserte a respeito da avaliação de desempenho. Em seu texto, faça o que se pede a seguir. a) Conceitue avaliação de desempenho. b) Cite e descreva quatro níveis que compõem o modelo de avaliação por múltiplas fontes. c) Cite e descreva quatro vantagens da avaliação por múltiplas fontes. d) Descreva quatro objetivos da avaliação de desempenho. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção -2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 15 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Avaliação de desempenho Segundo Chiavenato5, a avaliação é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa – ou de uma equipe – em função das atividades que desenvolve, das metas e dos resultados a serem alcançados, das competências que oferece e do potencial de desenvolvimento. A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as competências de uma pessoa ou equipe e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização. É, também, uma forma de alinhar as estratégias de gestão de pessoas às estratégias organizacionais. As organizações concebem diferentes modelos sobre quem será o responsável por avaliar o desempenho da pessoa. As de perfil mais democrático e participativo proporcionam ao próprio empregado a responsabilidade de autoavaliar livremente o seu desempenho. Já as de perfil mais hierarquizado, atribuem a responsabilidade pela avaliação ao gerente imediato. Outras procuram integrar o gerente e o subordinado na avaliação para reduzir as barreiras decorrentes da hierárquica. Outras, ainda, adotam um processo circular de 360º na avaliação. Nos interessa tratar especificamente sobre esse último modelo mencionado, também chamado de avaliação por múltiplas fontes. 2. Avaliação 360° ou múltiplas fontes De acordo com esse modelo, o servidor é avaliado não apenas pelo seu superior hierárquico, mas também por outros “atores” que com ele interagem no seu ambiente de trabalho, tais como colegas de equipe, subordinados e, inclusive, por ele próprio. Em alguns casos, a avaliação é feita também por clientes e fornecedores. Justamente, por envolver diversas pessoas ao seu redor, recebe o nome de avaliação 360°. De acordo com esse modelo, são previstos os seguintes níveis de avaliação6: 1. Avaliação pela chefia imediata, gestor ou superior: também chamada de heteroavaliação, é realizada considerando os mesmos fatores de desempenho descritos no ato de critérios e procedimentos7, também atribuindo a cada fator uma pontuação ou conceito. Além dos fatores, 5 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP: Manole, 2014. 6 Manual de Orientação para a Gestão do Desempenho. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública. pg. 15. 7 O ato de critérios e procedimentos é o documento pelo qual se estabelecem as diretrizes que serão utilizadas no processo de avaliação: será o guia de orientação e o norteador do ‘olhar’ do avaliador. Tais critérios devem ser claros e objetivos, além de estarem vinculados a um planejamento institucional, de forma a guardar coerência com uma gestão de processos democrática e transparente. Aprofundamentos sobre o tema podem ser encontrados no Manual de Orientação para a Gestão do Desempenho (pg. 36), no Decreto n° 7.133/10 e na Orientação Normativa n° 7/11. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 16 47 cabe ao chefe imediato avaliar e atribuir nota ao cumprimento da meta individual pactuada no plano de trabalho, no início do ciclo de avaliação; 2. Autoavaliação: pressupõe um processo de reflexão e análise que o servidor faz sobre o seu desempenho, durante um período determinado, e em relação aos fatores de avaliação individual especificados pelo órgão ou instituição, atribuindo a cada fator uma pontuação ou conceito. 3. A avaliação pelos subordinados: é feita individualmente pelos integrantes da equipe imediatamente subordinada ao respectivo gestor avaliado, considerando os mesmos fatores de desempenho e atribuindo a cada um deles uma pontuação, conforme a escala definida pelo órgão ou instituição. 4. A avaliação pelos pares: é realizada pelo conjunto de pessoas que ocupam cargos ou funções de mesmos níveis hierárquicos; 5. A avaliação pelos clientes e fornecedores: visa obter uma visão do cliente sobre a qualidade e eficiência do atendimento ou serviços prestados pelo empregado ou servidor avaliado, bem como aferir o padrão de relacionamento com os fornecedores. 3. Vantagens De acordo com o Manual de Orientação para a Gestão do Desempenho, o principal pressuposto que corrobora o uso do modelo ora tratado reside no fato de que a avaliação realizada por diversos atores fornece informações mais justas e fidedignas do que as realizadas por apenas uma fonte de avaliação, sobretudo porque os envolvidos passam a compartilhar a responsabilidade pelo processo e eventuais distorções na percepção de um dos avaliadores se diluem nas avaliações realizadas pelos demais. Em geral, quanto maior for a equipe, mais verdadeiro se torna esse princípio. Organizando essas ideias, podemos citar como vantagens desse modelo de avaliação: 1. Justiça: menos notas infladas artificialmente, mais salvaguardas e impacto menos adverso sobre grupos minoritários; 2. Menor impessoalidade: viés pessoal menor e ponto de vista mais equilibrado; 3. Completude: múltiplos enfoques que possibilitam abranger o planejamento, a execução e a entrega final do produto ou serviço; 4. Senso de equipe: a participação de vários níveis (superiores, pares, subordinados, clientes e fornecedores) favorece o senso de equipe e responsabilidade no processo avaliativo; 5. Credibilidade: maior credibilidade devido ao respeito pelos colegas de trabalho, pois o chefe pode estar errado, mas é improvável que todos os avaliadores também estejam. Percepções coletivas possuem credibilidade maior que as individuais; Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida ==153694== 17 47 6. Valor: é provável que os colegas de trabalho sejam mais específicos no feedback comportamental, devido à maior proximidade entre os atores; 7. Motivação: a pressão decorrente da avaliação dos pares motiva as mudanças de comportamento. 4. Objetivos A avaliação de desempenho objetiva promover a melhoria da qualificação dos serviços públicos e subsidiar a política de gestão de pessoas, principalmente quanto à capacitação, desenvolvimento no cargo ou na carreira, remuneração e movimentação de pessoal. Partindo desses dois grandes objetivos gerais, podem-se detalhar alguns dos objetivos específicos mais comuns da avaliação de desempenho, como por exemplo: 1. Alinhar os processos de trabalho com a missão e com os objetivos estratégicos da instituição, buscando vincular a atuação do servidor e das equipes com o alcance das metas institucionais; 2. Dar apoio ao processo de revisão do planejamento estratégico; 3. Facilitar a adequação do indivíduo ao cargo ocupado, mediante a definição clara das expectativas de desempenho; 4. Proporcionar avaliações mais justas e fidedignas, possibilitando a concessão de incentivos salariais pelo bom desempenho e o desenvolvimento de uma política de promoções de cargos e funções respaldada em bases sólidas; 5. Avaliar as competências individuais e estimar o potencial de desenvolvimento dos empregados; 6. Identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento, norteando o desenvolvimento de programas de capacitação; 7. Validar o recrutamento e a seleção de pessoal e fornecer insumos para decisões administrativas a exemplo de transferências e dispensas; 8. Democratizar o ambiente de trabalho, estabelecendo umdiálogo contínuo com servidores e equipes a respeito dos resultados desejados pela instituição, pelos cidadãos e pela sociedade, acompanhando a superação dos desafios propostos e articulando consensualmente as correções de rumo necessárias; 9. Fornecer insumos para o autoaperfeiçoamento do avaliado. Apresentadas as informações, podemos resolver as questões. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 18 47 TEMA 5 Uma das características das organizações bem-sucedidas é a comunicação constante entre as chefias e os colaboradores, que conversam sobre as atividades desenvolvidas, dando feedback oportuno sobre o desempenho dos seus colaboradores. Por essa perspectiva, os empregados que são apontados pela avaliação de desempenho como diferenciados sentem-se como verdadeiros colaboradores no desempenho da empresa. Ao longo da evolução dos métodos de gestão, diversas técnicas e métodos de avaliação têm sido adotados visando dar transparência e efetividade a esse processo: Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: O MÉTODO ESCALA GRÁFICA Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: a) Conceito e principais objetivos da avaliação de desempenho; b) Características do método de avaliação de desempenho denominado escala gráfica; c) Vantagens e desvantagens do método escala gráfica. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 19 47 ABORDAGEM TEÓRICA Meus amigos, percebam que os temas se repetem. Estão na dúvida? Vejam a primeira rodada de temas. 1. Avaliação de desempenho Segundo Chiavenato8, a avaliação é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa – ou de uma equipe – em função das atividades que desenvolve, das metas e dos resultados a serem alcançados, das competências que oferece e do potencial de desenvolvimento. A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as competências de uma pessoa ou equipe e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização. É, também, uma forma de alinhar as estratégias de gestão de pessoas às estratégias organizacionais (Chiavenato, 2014). De acordo com Coelho9, avaliar desempenho implica atribuir um juízo de valor sobre o conjunto de comportamentos necessários ao bom exercício do cargo manifestados por indivíduos e equipes. Consiste, assim, em identificar informações válidas, precisas e sistemáticas acerca do quanto o desempenho do indivíduo está de acordo com o esperado para seu cargo. Para tal, a delimitação prévia de um plano de trabalho, entre chefia e subordinado, na etapa de planejamento, que esteja alinhado com os critérios de verificação de desempenho, é fundamental para a correta execução e consequente avaliação de desempenho. 2.Objetivos da avaliação de desempenho A avaliação de desempenho objetiva promover a excelência do trabalho desenvolvido e subsidiar a política de gestão de pessoas, principalmente quanto à capacitação, desenvolvimento no cargo ou na carreira, remuneração e movimentação de pessoal. Partindo desses dois grandes objetivos gerais, podem-se detalhar alguns objetivos específicos mais comuns da avaliação de desempenho, a saber: 10. Alinhar os processos de trabalho com a missão e com os objetivos estratégicos da instituição, buscando vincular a atuação do servidor e das equipes com o alcance das metas institucionais; 8 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP: Manole, 2014. 9 COELHO JR., F. A. Gestão do Desempenho Humano no Trabalho: Interfaces Teóricas, Etapas Constitutivas e Implicações Práticas. Palestra Gestão com Pessoas, apresentada pelo professor Francisco Coelho/FACE em 31/08/2011. Disponível em: http://srh.unb.br/component/content/article/1-latest-news/307-gestao-do-desempenho-humano-e-organizacional. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 20 47 11. Dar apoio ao processo de revisão do planejamento estratégico; 12. Facilitar a adequação do indivíduo ao cargo ocupado, mediante a definição clara das expectativas de desempenho; 13. Proporcionar avaliações mais justas e fidedignas, possibilitando a concessão de incentivos salariais pelo bom desempenho e o desenvolvimento de uma política de promoções de cargos e funções respaldada em bases sólidas; 14. Avaliar as competências individuais e estimar o potencial de desenvolvimento dos empregados; 15. Identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento, norteando o desenvolvimento de programas de capacitação; 16. Validar o recrutamento e a seleção de pessoal e fornecer insumos para decisões administrativas a exemplo de transferências e dispensas; 17. Democratizar o ambiente de trabalho, estabelecendo um diálogo contínuo com servidores e equipes a respeito dos resultados desejados pela instituição, pelos cidadãos e pela sociedade, acompanhando a superação dos desafios propostos e articulando consensualmente as correções de rumo necessárias; 18. Fornecer insumos para o autoaperfeiçoamento do avaliado. Há uma variedade de métodos para avaliar o desempenho humano. O nosso foco será o método de escala gráfica, tratado no tópico a seguir. 3. Método de escala gráfica O método da escala gráfica, um dos métodos tradicionais de avaliação do desempenho mais utilizados, baseia-se numa tabela de dupla entrada, cujas linhas horizontais são fatores de avaliação e as colunas verticais são os graus de avaliação do desempenho. Os fatores de avaliação são os comportamentos e atitudes selecionados e valorizados pela organização, a exemplo do desempenho na função, produção, qualidade, cooperação, conhecimento do trabalho, características individuais, criatividade, etc. Uma vez isso definido, passa-se à descrição dos graus de avaliação para definir as escalas de variação do desempenho em cada fator de avaliação. Esses graus são normalmente divididos em três, quatro ou cinco níveis (ex.: ótimo, bom, regular, sofrível, fraco). Cada fator deve ser definido com uma descrição sumária, simples e objetiva, representando ampla variedade de desempenho: desde o desempenho fraco ou insatisfatório até um desempenho ótimo ou excelente. Entre esses extremos, haverá opções intermediárias, permitindo ao avaliador graduar o desempenho de modo mais preciso. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 21 47 De acordo com Ribas e Salim apud Chiavenato10, são pontos positivos desse método de avaliação: • Facilidade de planejamento e de construção do instrumento de avaliação; • Simplicidade e facilidade de compreensão e de utilização; • Visão gráfica e global dos fatores de avaliação envolvidos; • Facilidade na comparação dos resultados de vários funcionários; • Proporciona fácil retroação de dados ao avaliado. Segundo o mesmo autor, são desvantagens: • Superficialidadee subjetividade na avaliação do desempenho; • Produz efeito de generalização (hallo efect): se o avaliado recebe bom em um fator, provavelmente receberá bom em todos os demais fatores; • Categorização e homogeneização das características individuais; • Limitação dos fatores de avaliação: funciona como um sistema fechado; • Rigidez e reducionismo no processo de avaliação; • Nenhuma participação ativa do funcionário avaliado; • Avalia apenas o desempenho passado; • Favorece o erro de tendência central11; • Tende a apresentar resultados condescendentes ou exigentes para todos os seus subordinados. Acredito haver conteúdo suficiente para responder à questão. Então, vamos lá! 10 RIBAS, A. L.; SALIM, C. R. Gestão de pessoas para concurso. São Paulo: Alumnus, 2013, p. 204. 11 Tendência para atribuir a nota média. Por medo ou insegurança, o avaliador deixa de atribuir notas muito baixas para não prejudicar o avaliado; ou muito altas, para não ter que justificá-las no futuro. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 22 47 TEMA 6 Considerando os muitos conceitos, características e aspectos inerentes à gestão de pessoas, redija um texto dissertativo abordando, necessariamente, os seguintes tópicos: a) o caráter contigencial e multidisciplinar da gestão de pessoas; b) a responsabilidade de linha e a função de staff na moderna gestão de pessoas. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 23 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Caráter contingencial e multidisciplinar da GP A dinâmica atual do planeta impõe um ritmo intenso às equipes responsáveis por administrar as organizações. Cada vez mais, as firmas se tornam mais competitivas e, inseridas em um cenário de inovação constante, é primordial buscar vantagens competitivas duráveis para se manter no mercado. Entre as clássicas funções da administração, pode-se destacar a de recursos humanos, que tem, basicamente, como objetivos encontrar, atrair e manter as pessoas de que uma instituição necessita. A princípio, esta pode parecer uma tarefa relativamente simples e de cunho operacional, entretanto trata-se de um trabalho essencialmente estratégico e basilar para o desenvolvimento e o crescimento da organização. A gestão de pessoas é um campo tão importante e com tamanha evidência que perpassa quase todas as outras funções administrativas. Devido a essa relevância, as organizações têm, cada vez mais, buscado aperfeiçoar a sua gestão de modo a atingir os seus objetivos estratégicos. Segundo Andreia Ribas, são características da gestão de pessoas: Caráter multivariado: por tratar-se de uma área multidisciplinar, a área de gestão de pessoas envolve conceitos de Psicologia, de Administração, de Sociologia, de Engenharia Industrial, de Direito do Trabalho, e de Segurança e Medicina do Trabalho, entre outras, envolvendo diversos campos de conhecimento; Caráter contingencial: todas as suas atividades dependem da situação em que a organização se encontra e de suas características, além das características da organização, do mercado, dos funcionários, do governo, dos clientes e dos fornecedores. Dessa forma, não existem leis ou princípios universais, muito menos regras imutáveis; tudo depende das contingências do ambiente. Ainda, segundo Chiavenato, a GP é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a arquitetura organizacional, a cultura corporativa, as características do seu mercado, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos, o estilo de gestão e uma infinidade de outras variáveis importantes. Alinhada a esse dinamismo, a gestão de pessoas está em constante evolução. Um desses pontos refere-se ao entendimento sobre a responsabilidade do principal encarregado por essa tarefa. Seria uma responsabilidade dos gerentes de linha ou uma função de staff, a cargo de um departamento específico? Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 24 47 Tradicionalmente, as atividades e as práticas da área foram centralizadas, sendo executadas, na maior parte dos casos, pela área de gestão de pessoas. Contudo, com o passar do tempo, chegou- se à conclusão de que a área de gestão de pessoas deveria atuar de forma estratégica e que as atividades táticas e operacionais deveriam ficar a cargo dos gerentes de linha, a quem as pessoas subordinam-se diretamente. Assim, modernamente, entende-se que cada gestor é o responsável pelos recursos humanos alocados em seu departamento (responsabilidade de linha), cabendo-lhe lidar diretamente com seus subordinados, tomar decisões a respeito deles, definir seus objetivos individuais ou grupais e padrões de desempenho, liderá-los, orientá-los e engajá-los na organização, cuidar de seu treinamento e desenvolvimento, remuneração e incentivos, enfim, proporcionar aos seus subordinados todas as condições para que possam contribuir para o sucesso da organização. De acordo com essa abordagem, todas essas atividades estão sob a responsabilidade linear e direta de cada executivo pela condução das pessoas ou equipes sob sua liderança. Para o bom desempenho dessa tarefa, os gerentes de linha contarão com a área de gestão de pessoas, atuando como órgão de assessoria e consultoria, proporcionando aos gestores a devida orientação (regulamentos, normas e procedimentos) sobre como administrar seus profissionais (função de staff). Acredito terem sido fornecidas informações mais que suficientes para responder à questão. Agora, é com vocês. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 25 47 TEMA 7 “O contexto geral da GP é de que é formado por pessoas e organizações em uma incrível e duradoura interdependência. De um lado, as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando em organizações. E estas dependem daquelas para poderem funcionar e alcançar o sucesso. De um lado, o trabalho toma considerável tempo das vidas e dos esforços das pessoas, que dele dependem para a subsistência e sucesso pessoal. Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, senão quase impossível, em face da importância e do impacto que provoca nelas. Assim, as pessoas dependem das organizações onde trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Crescer na vida e ser bem-sucedido depende de crescer nelas. De outro lado, as organizações também dependem direta e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir bens e serviços, atender clientes, competir nos mercados e atingir objetivos globais e estratégicos. As organizações jamais existiriam sem as pessoas que lhes dão vida, dinâmica, energia, inteligência, criatividade e racionalidade. Na verdade, cada uma das partes depende da outra em uma relação de mútua dependência na qual há benefícios recíprocos. Uma relação de duradoura simbiose entre elas”. Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP: Manole, 2014. Considerando o textoacima como meramente motivador, redija um texto dissertativo que responda aos seguintes pontos: Importância da gestão de pessoas (GP); Cite os objetivos da GP; Explique os seis processos de GP. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 26 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Gestão de pessoas: objetivo e importância É bastante conhecida a afirmação que as pessoas constituem o principal ativo da organização. Atualmente, a elevada competitividade do mercado, a velocidade da informação e a necessidade de modificação constante exige das empresas um perfil dinâmico, inovador e flexível. Para que isso seja possível, é necessário que os funcionários e as equipes de trabalho sejam engajadas e que apresentem comportamentos, habilidades e atitudes alinhados aos valores organizacionais e orientados ao resultado final. Chiavenato considera que a GP é a função que permite a colaboração eficaz das pessoas – colaboradores, empregados, funcionários, recursos humanos, talentos ou qualquer denominação que seja utilizada – para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. Nesse sentido, é importante perceber que as pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e as fraquezas de uma organização dependendo da maneira como a gestão de pessoas é concebida. Diante desse fato, percebe-se a importância da GP para o sucesso do negócio. Consiste na principal responsável pela seleção, desenvolvimento e motivação das pessoas da organização, atuando em toda a estrutura hierárquica da empresa, desde o nível operacional até a alta direção, gerenciando talento, conhecimento e capital humano disponível, elementos sem os quais a empresa não conseguira atingir os seus objetivos. Segundo Chiavenato12 (2014, p.11), a GP tem os seguintes objetivos: • Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; • Proporcionar competitividade à organização; • Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas; • Aumentar a autoatualização (autorrealização) e a satisfação das pessoas no trabalho; • Desenvolver e elevar a qualidade de vida no trabalho (QVT)13; • Administrar e impulsionar a mudança; • Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável; • Construir a melhor equipe e a melhor empresa. 12 Chiavenato, Idalberto Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações /Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2014. 13 A QVT é um conceito que se refere aos aspectos da experiência vivida no trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, camaradagem, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 27 47 2. Os seis processos básicos A GP é um conjunto integrado de processos dinâmicos e interativos. Segundo Chiavenato14 (2014, p. 13), os seis processos básicos de GP são: 1. Processos de agregar pessoas: utilizados para incluir novas pessoas na empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas. 2. Processos de aplicar pessoas: utilizados para desenhar as atividades que as pessoas realizarão na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos, orientação das pessoas e avaliação do desempenho. 3. Processos de recompensar pessoas: utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. Incluem recompensas, remuneração e benefícios, e serviços sociais. 4. Processos de desenvolver pessoas: utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas. Envolvem treinamento e desenvolvimento das pessoas, gestão do conhecimento e gestão de competências, aprendizagem corporativa, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicações e consonância. 5. Processos de manter pessoas: utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações sindicais. 6. Processos de monitorar pessoas: utilizados para acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e sistemas de informações gerenciais. Bom, agora é com vocês. 14 Chiavenato, Idalberto Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações /Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2014. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 28 47 TEMA 8 Para serem bem-sucedidas em um ambiente cada vez mais competitivo, as organizações necessitam de pessoas que sejam eficientes, eficazes, empreendedoras e dispostas a assumir riscos. A razão para isso é simples: são as pessoas que conduzem o negócio, que operam e gerenciam os processos, que prestam os serviços, ou seja, que fazem as coisas acontecerem. Para que elas consigam atingir esse objetivo é essencial que as empresas invistam maciçamente nos programas de treinamento e capacitação. É necessário que haja uma mudança de postura nas organizações, que elas passem a enxergar os recursos empregados nestes programas, não como uma despesa, mas, sim, como um investimento. Por outro lado, os programas de treinamento precisam focar também, no desenvolvimento de certas competências que são desejadas pela organização. Considerando que o texto acima tem caráter meramente motivador, redija um texto dissertativo sobre a capacitação de pessoal, abordando, necessariamente, os seguintes pontos: A importância da capacitação de pessoal; As etapas que compõem sua elaboração. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 29 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Importância da capacitação de pessoal De acordo com Chiavenato15 (2014, p.309), as pessoas constituem o principal patrimônio das organizações, tendo em vista ser esse o principal diferencial competitivo das empresas bem- sucedidas. Num ambiente globalizado e fortemente caracterizado pelo dinamismo, as organizações precisam se preparar continuamente para os desafios da inovação e da competitividade. Nesse contexto, é fundamental contar com colaboradores motivados, bem preparados e plenamente capacitados, de modo que a empresa possa se adaptar e explorar adequadamente as oportunidades nesse cenário. Para que isso seja possível, é essencial o intenso treinamento e a preparação das pessoas. As organizações de sucesso não poupam recursos quando se trata de treinamento, visto que o reconhecem como investimento (não como gasto), capaz de gerar importante diferencial competitivo para a empresa. O plano de capacitação é um norteador das ações de capacitação definindo temas, critérios e metodologias a serem utilizadas para o desenvolvimentoprofissional dos colaboradores permitindo- lhes desempenhar com eficácia as competências institucionais em consonância com a estratégia da empresa. 2. Aspectos inerentes à elaboração de um plano de capacitação Para Ribas e Salim16 (2013, p. 234), a construção de um plano de capacitação deve seguir as seguintes etapas: 1. Análise ou diagnóstico: também conhecida como Levantamento de Necessidades de Treinamento (LNT). Nesta etapa, os gestores e outros profissionais de RH analisam a situação da empresa, verificando a necessidades de treinamento. Busca responder às seguintes perguntas: Quais são as metas corporativas? Quais são as competências prioritárias a serem desenvolvidas? Quais problemas devem ser eliminados por meio de treinamento? Quais são os resultados esperados? 15 Chiavenato, Idalberto Gestão de pessoas : o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. -- 4. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2014. 16 RIBAS, A. L. SALIM, C. L. Gestão de pessoas para concurso. Alumnus, 2013. p. 237. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 30 47 Assim, essa fase inclui a análise dos três níveis da organização: a análise organizacional, a análise de tarefas e a análise do desempenho do indivíduo. 1.1. Análise organizacional: é realizada a análise dos objetivos, valores organizacionais, competências emergentes e essenciais, além do clima e do suporte organizacional à transferência de treinamento. Tem como objetivo a análise de longo prazo e analisa não apenas a missão, os objetivos, os recursos, as competências e a sua distribuição para a consecução dos objetivos, como também o ambiente socioeconômico e tecnológico no qual a organização está inserida. 1.2. Análise das tarefas: identificação das atividades que compõem a tarefa, das responsabilidades do executante da tarefa, das condições de trabalho e riscos, e dos conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas. 1.3. Análise dos Recursos Humanos ou das pessoas: consiste em verificar em que medida os empregados dispõem de conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas para o desempenho das tarefas necessárias para o alcance dos objetivos da organização. A avaliação de necessidade de capacitação consiste na identificação das necessidades educacionais, na busca de minimizar ou eliminar as lacunas de competências, na busca de prováveis soluções para o desempenho. Resumindo: a análise organizacional esclarece os objetivos, a análise das tarefas esclarece o que é necessário para alcançá-los e a análise dos recursos humanos expõe as carências do pessoal quanto à execução da tarefa. 2. Planejamento das atividades de treinamento: após o diagnóstico de necessidades, passa-se ao planejamento das atividades de treinamento (ou desenho instrucional). De acordo com Borges-Andrade, Abbad e Mourão (2004) apud Ribas e Salim17, a fase de planejamento é composta pela elaboração da redação dos objetivos, escolha das modalidades, estabelecimento da sequência, escolha dos procedimentos de capacitação, definição dos critérios de avaliação e teste do desenho. 2.1. Redação dos objetivos: as necessidades de treinamento são transformadas em objetivos instrucionais, especificando os níveis de conhecimento, habilidade e/ou atitudes que se deseja alcançar. É importante salientar que os objetivos instrucionais devem ser compostos por verbos observáveis (exemplos: escolher, classificar, redigir, etc.), uma vez que servirão de base para a avaliação do processo de avaliação do treinamento. 17 Idem, p.239. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 31 47 2.2. Escolha da modalidade: é realizada uma análise do contexto da organização para definição da modalidade de ensino, que pode ser presencial, a distância, semipresencial ou mista. 2.3. Estabelecimento da sequência: os objetivos são categorizados e a sequência de aprendizado é definida. Ocorre a hierarquização dos objetivos e conteúdos instrucionais para a definição da sequência lógica de ensino. 2.4. Escolha do procedimento: ocorre a seleção e a criação de situações de aprendizagem adequadas ao domínio a que pertencem os objetivos instrucionais, às características dos treinando e ao contexto em que a capacitação será realizada. 2.5. Definição dos critérios de avaliação: nesta etapa os critérios da avaliação de aprendizagem serão definidos de acordo com o objetivo, ou seja, as avaliações de treinamento que ocorrerão ao final de cada capacitação devem ser planejadas. 2.6. Teste do desenho: acontece a validação dos materiais e das situações de aprendizagem. Neste caso, ou o procedimento é testado por inteiro, ou, caso não seja possível testar, o projeto é analisado pelas pessoas envolvidas para a coleta de sugestões e possíveis modificações do desenho. 3. Execução do treinamento: é a fase em que todo o planejamento é posto em ação. Segundo Chiavenato18 (2014), é a fase mais importante do processo. Para seu sucesso, é necessário levar em consideração uma série de fatores, por exemplo, a preparação adequada dos atores envolvidos no treinamento e o cumprimento do que foi estabelecido na fase de planejamento. 4. Avaliação do treinamento: sabe-se que a avaliação do treinamento é a etapa de verificação de todo o processo para saber se o treinamento ocorreu sem falhas. Será verificado desde a estratégia e a estrutura aplicada ao resultado alcançado pelos treinados. Segundo Marras19 (2001, p. 159), a avaliação de treinamento: “Tem por finalidade aferir os resultados conseguidos comparativamente àquilo que foi planejado e esperado pela organização”. Entende-se que o que mais importará para a organização é estar ciente do tipo de retorno que o programa de treinamento irá trazer para a empresa. Portanto, ao terminar um treinamento deve-se avaliá-lo para saber se ele trouxe realmente retorno para a empresa. Toledo e Melloni20 (1986, p. 89) comentam que: “Ao se investir em treinamento espera-se que haja aumento de produtividade, mudanças de comportamento, melhoria do clima humano na organização, redução de custos e de acidentes, rotação de pessoal, além de outros resultados”. 18 Idem, p. 323. 19 MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 4. ed. São Paulo: Futura, 2001. 20 TOLEDO, F.; MILIONI, B. Dicionário de Recursos Humanos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1986. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 32 47 Assim, o retorno do treinamento deverá ser o maior conhecimento por parte do empregado das atividades exercidas e, com isso, a melhoria da sua atividade profissional dentro da organização. Chiavenato21 afirma que as principais medidas para avaliar o treinamento são: custo (qual valor investido no programa de treinamento?); qualidade (como o programa atendeu às expectativas?); serviço (o programa atendeu às necessidades dos participantes?); rapidez ( como o programa se ajustou aos novos desafios oferecidos?); e resultados (quais foram os resultados do programa?). Segundo esse autor, se as respostas às questões foram positivas, o programa foibem-sucedido; caso contrário, o programa de treinamento não atingiu os objetivos e o esforço ficou inválido e sem efeito. Vê-se que o importante, após a realização do treinamento, é a constatação se as metas sugeridas foram alcançadas. Esta etapa é de grande importância à organização, pois caso as metas não sejam alcançadas, as etapas de treinamento deverão ser revistas e o treinamento novamente realizado para que, definitivamente, sua demanda seja satisfeita. Feita essa revisão, acredito que tenhamos visto os principais pontos necessários à resolução da questão. Mãos à obra. 21 Idem, p. 327. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 33 47 TEMA 9 Motivação no trabalho sempre foi um assunto de grande importância na área da administração. De fato, diversas teorias foram propostas para explicar como se desenvolve a motivação humana no ambiente corporativo. Nesse sentido, uma das mais discutidas foi a teoria dos dois fatores, que deu origem a diversas variantes. Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca da teoria dos dois fatores. Em seu texto, faça, necessariamente, o que se pede a seguir: a) Indique o autor e as premissas básicas da citada teoria; b) Descreva os elementos que caracterizam cada um dos fatores dessa teoria; c) Apresente exemplos específicos de cada um desses fatores. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 34 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Teoria dos dois fatores A teoria dos dois fatores foi formulada e desenvolvida por Frederick Herzberg, com base em entrevistas feitas com duzentos engenheiros e contadores da indústria de Pittsburgh. Com essas entrevistas, Herzberg buscava identificar as consequências de determinados tipos de acontecimentos na vida profissional dos entrevistados, visando determinar os fatores que os fizeram se sentir excepcionalmente felizes na situação de trabalho e os que os tornaram infelizes nessa mesma situação. Dois tipos de acontecimentos ou fatores foram propostos com base nos dados colhidos das entrevistas: os fatores higiênicos e os motivacionais. Seus estudos levaram à conclusão de que os fatores que influem na produção de satisfação profissional são desligados e distintos dos fatores que levam à insatisfação profissional. Os fatores higiênicos são também chamados de fatores extrínsecos, pois estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições nas quais elas desempenham seu trabalho. Como essas condições são administradas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos são: o salário; os benefícios sociais; o tipo de chefia a que estão subordinadas e(ou) a supervisão que as pessoas recebem de seus superiores; as condições físicas e ambientais de trabalho; as políticas e diretrizes da empresa; o clima de relações entre a empresa e as pessoas que nela trabalham (relacionamentos pessoais); os regulamentos internos etc. De acordo com as pesquisas de Herzberg, quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação e, quando a elevam, não conseguem sustentá-la elevada por muito tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. Os fatores motivacionais são também conhecidos como fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o indivíduo executa. Estão relacionadas às necessidades de mais alto nível, tais como reconhecimento que ele recebe pela realização da tarefa, à natureza da tarefa (ou conteúdo do trabalho) e à capacidade de melhor executá-la, ao exercício da responsabilidade e à possibilidade de crescimento profissional. Segundo Herzberg, os fatores motivacionais podem gerar a satisfação ou a não satisfação. Para o autor, o contrário de satisfação não é insatisfação, e sim a não satisfação. De forma análoga, o contrário de insatisfação é a não insatisfação. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 35 47 Assim, para motivar o funcionário, não é suficiente que os fatores causadores de insatisfação (ambientais) não estejam presentes. Além deles, é necessário criar fatores motivadores para que os funcionários atinjam um elevado grau de desempenho. MAPA MENTAL Fatores HIGIÊNICOS: interferem na INSATISFAÇÃO • Salário • Benefícios sociais • Tipo de chefia • Condições físicas e ambientais de trabalho • Políticas e diretrizes da empresa • Relacionamentos pessoais Fatores MOTIVADORES: interferem na SATISFAÇÃO • Reconhecimento • Conteúdo do trabalho • Responsabilidade • Realização profissional • Crescimento pessoal Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 36 47 TEMA 10 Características das organizações modernas - Não há definição de estrutura organizacional que descreva com exatidão seu objetivo, sendo que cada abordagem focaliza seus diferentes aspectos. No entanto, entende-se estrutura organizacional pelo conjunto recorrente de relacionamentos entre os membros da organização, incluindo relacionamentos de autoridade e subordinação e padrões de comunicação e de comportamento, descentralização, entre outros. Considera-se, assim, que estruturas são arranjos altamente específicos, nas quais cada configuração reflete uma situação peculiar de ajustamentos ao longo do tempo, alguns deles contínuos e deliberados, implementados em razão da dinâmica ambiental. Considerando que o fragmento de texto apresentado tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: estrutura organizacional. Em seu texto: a) Identifique e descreva os seus principais componentes; b) Identifique e descreva os seus principais condicionantes; Elabore sua resposta definitiva em até 30 linhas. Marcio Damasceno, Rafaela Freitas, Carlos Roberto Aula 05 Discursivas p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Administração) Sem Correção - 2019/2020 www.estrategiaconcursos.com.br 1390228 05716794122 - Heliasmyne Asthiliem Nascimento de Almeida 37 47 ABORDAGEM TEÓRICA 1. Estrutura Organizacional Organização da empresa é definida como a ordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados estabelecidos. A estrutura organizacional é o modo, a maneira como as atividades da empresa são divididas, organizadas e coordenadas. Ela deve ser delineada de acordo com os objetivos e as estratégias estabelecidas pela empresa, tratando-se de uma relevante ferramenta para concretização da sua estratégia. São componentes da estrutura organizacional: 1. Sistema de responsabilidade: refere-se à alocação de atividades inerentes à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outrem. É constituído por: a. Departamentalização: consiste no agrupamento de indivíduos, tarefas, funções e recursos em unidades gerenciáveis de acordo com algum critério para facilitar o alcance dos objetivos da empresa;
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