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Literatura Brasileira

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Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem abaixo: 
“Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade 
com um pequeno sacristão que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; 
apenas se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo 
andava ocupado no serviço da igreja; assim porém que se acabavam as missas, e que 
saíam as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas 
diabruras mais recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou 
antes por prova de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um 
caniço, e faziam juntos o serviço e as maroteiras: a mais pequena que faziam era irem 
de altar em altar escorropichando todas as galhetas, o que lhes incendia mais o desejo 
de traquinar”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Domínio Público, p. 32. < 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em 07 de ago. 2017. 
A passagem acima foi extraída do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de 
Manuel Antônio de Almeida. Romance de costumes, a obra trouxe para a ficção os 
ambientes mais populares do Rio de Janeiro e seus moradores, escolhendo como 
protagonistas os homens pobres, mas livres, do século XIX. Nesse romance é possível 
enxergar um modo de sociabilidade que Antonio Candido percebeu como estrutural 
daquela sociedade e da sociedade brasileira em geral. Considerando o fragmento de 
texto e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, Candido chamou esse tipo 
de sociabilidade de: 
Nota: 10.0 
 A malandragem. Você acertou! 
“A grande contribuição desse romance de costumes está na aposta de ficcionalizar o mundo popular do 
população sem eira nem beira, Memórias de um sargento de milícias revela certo tipo de sociabilidade 
Sousa ou Macedo e que Antonio Candido, a certa altura, denominou de malandragem (livro-base, p. 1 
 B marginal. 
 C aristocrática. 
 D convencional. 
 E civilizatória. 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim 
S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo. 
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não 
senhora, há conforto, há higiene. 
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: 
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora 
da água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é 
preciso muito pistolão. Promessas... 
— Ah! É professora? 
— Não. Professora é minha sobrinha. 
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães? 
— Sim. 
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória? 
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... 
[...] 
Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve 
suspensões, repetições, mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala 
sem pensar que aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi 
diversas passagens, modifiquei outras. [...] É o processo que adoto: extraio dos 
acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78. 
Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se 
chamou de “romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da 
obra São Bernardo, e sua leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance 
São Bernardo, leia as sentenças abaixo: 
I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do 
romance. Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra 
solitário na fazenda. 
II – No romance, Paulo Honorário conta a história de seu casamento com Madalena, o 
suicídio dela e a decadência da fazenda. 
III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o 
que se passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena 
sobre o casamento. 
IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo 
Honório, por exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e 
financeiros aos de camaradagem e sentimentos afetivos. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 A I e II. 
 B II e III. 
 C I, II e IV. Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Paulo Honório é o narrador da história, cujos eventos se 
já está sozinho, viúvo e decadente; porque de fato o romance pode ser entendido como uma crítica ao c 
os interesses comerciais, produtivos e financeiros acima dos demais. A afirmativa III está errada porqu 
Honório, que o narra em 1ª pessoa. Trata-se de um romance memorialista, de um homem solitário. (Liv 
 D I, III e IV. 
 E I e III. 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A grande noite do poeta seria, porém, a de 7 de setembro de 1868, quando recitou, 
com voz vibrante e, mais do que nunca, arrebatado de emoção, ‘Tragédia no mar’, que 
depois tomaria o nome de ‘O navio negreiro’. [...] O poema foi escrito para ser recitado 
em voz alta. [...] E é em voz alta que esse poema em seis movimentos, cada um deles 
a pedir uma inflexão diferente, trabalha em nós e nos comove e nos revolta”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Alberto Costa e. Castro Alves. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 98 (Coleção Perfis 
Brasileiros). 
E leia um fragmento de “O Navio Negreiro”: 
‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço 
Brinca o luar – dourada borboleta; 
E as vagas após ele correm… cansam 
Como turba de infantes inquieta. 
 
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento 
Os astros saltam como espumas de ouro… 
O mar em troca acende as ardentias, 
– Constelações do líquido tesouro… 
 
..........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALVES, C. O navio negreiro. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: 
LEP, 1952, p. 795. 
Conhecido como poeta dos escravos, porque defendia a abolição da escravidão, 
Castro Alves difundiu seus versos em teatros, nas ruas e em salões literários ou 
íntimos. Suas apresentações provocavam forte impacto nos auditórios por que 
passava. Considerando os fragmentos de texto, o poema acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, sobre a poesia de Castro Alves é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 A a obra de Castro Alves se desenvolveu por um grande período, e dividiu-se em três fases: amo 
 B o grande traço de sua poesia é o desalento, que transparece nos poemas em que critica a escrav 
 C seus versos apresentam uma visão pessimista do futuro, o que explica a dureza e rigidez de seu 
 D a eloquência é o ponto forte de seu estilo, que expressa o entusiasmo com que via a experiênci 
Você acertou! 
Esta alternativa está correta porque o “principal traço estilístico de sua obra (Castro Alves) é a eloquên 
consórcio entre música e a poesia elaborada pelos poetas românticos anteriores e amplifica-se pelos pro 
opunha à poesia do desalento, da geração de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, uma poesia nas 
humana e os espetáculos da natureza. É com sua obra [...] que essa poesia entusiasmada assume proble 
base, p. 106, 108). As demais alternativas estão erradas porque Castro Alves morreu muito jovem, aos 
fases; porque, como se viu, não havia traço de contenção ou melancolia em sua poesia, muito pelo cont 
 E inconformado com a escravidão, Castro Alves escreveu uma obra melancólica, que o inseriu n 
 
 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leiaa passagem a seguir: 
“Minha vida começou a ser um mosaico de profissões; aqui onde me veem, fui 
mascate, agente do foro, guarda-livros, lavrador, operário, estalajadeiro, escrevente de 
cartório; algumas semanas vivi de tirar cópias de peças e papéis para teatro. 
Trabalhava com energia, mas a fortuna não correspondia à constância, e o melhor dos 
anos gastei-o em luta áspera e desigual. Uma compensação havia, a mais doce de 
todas: era o amor e o contentamento de Ângela, a igualdade do ânimo com que ela 
encarava todas as vicissitudes. Pouco tempo depois da nossa fuga, havia outra 
compensação mais: era Helena. Essa menina nasceu em um dos momentos mais 
tristes da minha vida”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, J. M. Machado de. Hedlens. In: Domínio Público, p. 80. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000079.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2017. 
A passagem acima é narrada por Salvador, pai de Helena, do romance homônimo. 
Machado de Assis foi também um grande leitor e intérprete da realidade social de seu 
tempo. Retratou de perto segmentos importantes e diferentes da sociedade brasileira. 
Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, 
em Helena, Machado retrata com minúcia os dilemas de qual grupo social? Assinale a 
alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A Os escravos. 
 B A classe dirigente brasileira. 
 C Os intelectuais e artistas. 
 D A população pobre e livre. Você acertou! 
Os chamados quatro romances da primeira fase machadiana – Ressurreição, A mão e a luva, Helena 
pertencem nem à elite nem são escravos: são pobres e livres. Essas personagens giram em torno dos p 
ascensão social, muitas vezes frustradas como no caso de Helena. “Um dos temas centrais da obra ma 
que tem uma inserção social precária no século XIX. Trata-se daquela mesma população que é protag 
milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e que comparece em peso na ficção de José de Alencar. Ma 
desse grupo social, principalmente em seus quatro primeiros romances” (livro-base, p. 115) 
 E Os membros do clero. 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 
1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o 
poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia 
imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 10.0 
 A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os epi 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é jus 
forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmoni 
canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteú 
estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido 
 B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou 
 C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente sem 
 D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofe 
 E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de 
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom 
grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos 
jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida 
e do pecado, mas também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio 
dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções 
literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano 
ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses 
dois conceitos são: 
Nota: 10.0 
 A visão laica e visão alegórica. 
 B visão literária e visão transfiguradora. 
 C visão religiosa e visão reformista. 
 D visão religiosa e visão transfiguradora. 
Você acertou! 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniai 
ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. 
denominados visão religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (lite 
denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barro 
 E visão reformista e visão alegórica. 
 
Questão 7/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. 
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os 
coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. 
Tupi, or not tupi that is the question. 
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. 
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago. 
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama. Freud 
acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. Correio da Manhã, 18 de março de 1924 (ortografia 
atualizada) 
Personalidade polêmica, Oswald de Andrade foi autor de vários manifestos. Os mais 
conhecidos e importantes são o Manifesto antropófago e o Manifesto pau-brasil. 
Nesses textos, ao mesmo tempo em que divulgam as ideias modernistas, eles 
estabelecem os planos e os marcos do modernismo brasileiro. Em grande medida, foi 
um dos principais responsáveis pela divulgação e concretização do início do 
modernismo. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas 
verdadeiras e F paras as afirmativas falsas. 
I. ( ) O indígena, na antropofagia, submete-se aos padrões dos heróis de matriz 
europeia, a fim de legitimá-lo literariamente. 
II. ( ) Ao defender um novo mito formador, Oswald retoma muitas discussões iniciadas 
no romantismo. 
III. ( ) Oswald de Andrade propõe a inclusão da lábia brasileira, da malandragem, da 
língua coloquial na literatura nacional. 
IV. ( ) A antropofagia nivela as vanguardas europeias, cujas diferenças são anuladas 
localmente, misturando-se todas em vista de um projeto de “desidealizar” a 
representação do Brasil. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0A V – F – V – V 
 B F – V – V – V Você acertou! 
As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque Oswald retoma as discussões sobre a língua, por exe 
defendiam uma língua brasileira para representar as coisas locais (livro-base, p. 183); porque as manife 
o programa modernista, que busca incluir tudo que está “marginalizado em nossa vivência cultural” (li 
vanguardas europeias, como entre o futurismo e o surrealismo, aqui eram como que apagadas em nome 
nacional (livro-base, p. 185). A afirmativa I é falsa porque a ideia do indígena conformado à matriz eur 
modernista (livro-base, p. 182). 
 C V – V – V – F 
 D F – V – F – V 
 E F – F – V – V 
 
Questão 8/10 - Literatura Brasileira 
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta, 
Estes os troncos, estes os rochedos; 
São estes inda os mesmos arvoredos; 
Esta é a mesma rústica floresta. 
Tudo cheio de horror se manifesta, 
Rio, montanha, troncos, e penedos; 
Que de amor nos suavíssimos enredos 
Foi cena alegre, e urna é já funesta. 
Oh quão lembrado estou de haver subido 
Aquele monte, e às vezes, que baixando 
Deixei do pranto o vale umedecido! 
Tudo me está a memória retratando; 
Que da mesma saudade o infame ruído 
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32. 
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o início 
da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-
base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da 
Costa, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 A na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica. 
 B poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um 
Você acertou! 
A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram 
passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão erradas porque a prese 
poesia inicial árcade, como se vê nas referências a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica im 
elementos locais, como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em 
poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro am 
pecado e afins (livro-base, p. 62-64). 
 C o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz. 
 D as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se obs 
 E não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções e 
 
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira 
Leia o poema de Gregório de Matos: 
A Jesus Cristo Nosso Senhor 
Pequei, Senhor; mas não por que hei pecado, 
Da vossa alta clemência me despido: 
Porque, quanto mais tenho delinquido, 
Vos tenho a perdoar mais empenhado. 
Se basta a vos irar tanto pecado, 
A abrandar-vos sobeja um só gemido: 
Que a mesma culpa, que vos há ofendido, 
Vos tem para o perdão lisonjeado. 
Se uma ovelha perdida e já cobrada 
Glória tal e prazer tão repentino 
Vos deu, como afirmais na Sacra História: 
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada; 
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino 
Perder na vossa ovelha a vossa glória. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Cia das Letras, 2010, p. 
313 
A poesia de Gregório de Matos alcançou a síntese das duas tendências centrais da 
poesia barroca em língua portuguesa: o conceptismo e o cultismo. O primeiro 
caracteriza-se pelo desenvolvimento silogístico de uma ideia-chave; e o segundo, pelo 
uso de figuras de linguagem que reforçam o plano da expressão. Tendo como 
referência os textos e comentários acima, assim como a videoaula e a leitura do livro-
base Literatura Brasileira, leia o poema de Gregório de Matos acima e depois 
assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as afirmativas falsas. 
I. ( ) A organização formal do poema aponta para a dimensão cultista da estética 
barroca, pois há o uso deliberado de metáforas (“ovelha desgarrada”), antíteses 
(ofendido/lisonjeado), entre outros recursos expressivos. 
II. ( ) O ato de contrição desenvolve-se segundo um raciocínio silogístico sobre o ato 
de pecar e o pedido de perdão. Daí a dimensão conceptista do poema. 
III. ( ) Na segunda estrofe, o eu-lírico estabelece a relação de dependência entre 
pecado e perdão: o pecado que ofende Jesus é o mesmo pecado que permite o 
perdão solicitado pelo eu-lírico. 
IV. ( ) A ironia e o jogo entre a necessidade do pecador existir para que haja a glória 
de Deus jamais poderia aparecer em um poema barroco. A contradição não faz parte 
dessa estética literária. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 A V– F– V– V 
 B F– V– V– V 
 C V– V– V– F Você acertou! 
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o largo uso de figuras de linguagem (metáforas, antíte 
desenvolvimento silogístico é característico do conceptismo, que se apresenta na conformação da relaç 
falsa, pois podemos afirmar que, “no plano do desenvolvimento da ideia, o poema repousa sobre uma t 
perdão, pecador e Deus, constrói-se, num primeiro momento, como exercício de humildade do eu-líric 
sequência, lido o poema na íntegra, surge um segundo significado, um bocado irônico, que enfatiza a d 
humano. Sem o pecador, não há a glória de Deus, pois essa glória repousa no gesto de absolvição, na r 
diante das contradições do mundo barroco. Essa tensão no plano da ideia do poema invade a forma lite 
tensão entre pecado e perdão” (livro-base, p. 36-40). 
 D F– V– F– V 
 E F– F– V– V 
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Não assustava ao sertanejo a imobilidade da moça; durante a corrida, apesar do 
estrépito do incêndio e do esforço que empregava para arrancá-la às chamas, não 
cessara um instante de ouvir sobre o peito a palpitação do coração de D. Flor, a 
princípio violenta, mas que foi moderando-se gradualmente. 
Conheceu que não passava isso de um simples desmaio causado pelo vapor do 
incêndio. Com o repouso e a inspiração do ar mais vivo e fresco, a donzela não 
tardaria a voltar a si. Mas se não receava já pela vida preciosa que salvara, todavia 
não se desvaneceu completamente a inquietação do mancebo pelas consequências 
que podia ter aquele susto para a saúde e tranquilidade de D. Flor”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José de. O sertanejo. Domínio Público, p. 7. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000140.pdf> Acesso em 10 de ago. 2017. 
O trecho acima foi destacado do romance O sertanejo de José de Alencar. Figura 
central do romance do século XIX brasileiro, o escritor cearense consolida o romance 
brasileiro como principal gênero literário do Oitocentos. A tradição crítica classificou as 
obras de Alencar em quatro frentes: romance histórico, urbano, regionalista e 
indianista. A partir do fragmento acima e do livro-base Literatura Brasileira, relacione 
as obras de José de Alencar abaixo aos seus respectivos estilos: 
1) Romance urbano 
2) Romance regionalista 
3) Romance histórico 
4) Romance indianista 
( ) Iracema 
( ) O sertanejo 
( ) Lucíola 
( ) Minas de prata 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 A 4, 2, 1, 3 
Você acertou! 
4) Romance indianista - Iracema 
1) Romance urbano - Lucíola 
3) Romance histórico – Minas de prata 
2) Romance regionalista – O sertanejo 
As obras e seus respectivos estilos foram trabalhados no capítulo dois e corresponde à página 101 do li 
 B 1, 3, 2, 4 
 C 2, 3, 1, 4 
 D 3, 2, 4, 1 
 E 1, 2, 3,4 
 
Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 
1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o 
poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia 
imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 10.0 
 A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os epi 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é jus 
forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmoni 
canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteú 
estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido 
 B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou 
 C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente sem 
 D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofe 
 E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e 
janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e 
aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da 
praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio 
de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e 
melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças 
nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as 
cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e 
crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro 
branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho 
afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas 
calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, 
mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São 
Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, 
nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio Público, p. 2. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017. 
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de 
Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias 
póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética 
realista-naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das 
características centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade 
e realismo buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética 
realista-naturalista que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos: 
Nota: 10.0 
 A a descrição e a redução das peripécias. 
Você acertou! 
Para produzir este efeito de objetividade os escritores da escola realista-naturalista procuravam descrev 
que suas personagens desenvolviam suas ações. Estas não deviam encobrir a representação objetiva do 
ou peripécias, base do melodrama e do folhetim, tende a chamar muita atenção e tirar o foco das condi 
postas: “Em linhas gerais, a prosa buscava a representação de uma realidade em seus detalhes de modo 
contemporânea. [...] O romance realista-naturalista [...] tende a diminuir o papel da peripécia e apostar 
prefere descrever a narrar [...]. O romance, no afã da busca pela objetividade pela realidade, aposta nos 
intruso chama a atenção para si e para seu ponto de vista, expresso geralmente pela digressão. O narrad 
fluxo de consciência leva o foco da história para os sentimentos e ideias do narrador e também não foi 
 B a narração e grande número de peripécias. 
 C o narrador intruso e a digressão. 
 D grande número de peripécias e a descrição. 
 E redução das peripécias e fluxo de consciência. 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia 
feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, 
lhe darei o de Cunha. 
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de 
camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, 
que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos 
gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar 
que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidão de 
mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, 
um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a 
capricho”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes 
ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos 
romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados 
romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, 
aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o 
ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um 
fragmento do romance urbano: 
Nota: 10.0 
 A O Guarani. 
 B Iracema. 
 C Lucíola. Você acertou! 
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os dem 
(Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “ 
desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele p 
virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao tra 
em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) 
ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O 
gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em 
ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101). 
 D Til 
 E Dom Casmurro 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmentode texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos 
cinco contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. 
Gostava de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro 
achado; todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era 
talvez um lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco 
contos, como se perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil 
sentidos, apalpam-se a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem 
o pensamento, e para se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... 
Crime é que não podia ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que 
embaciasse o caráter de um homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sorte 
grande, como as apostas de cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi 
que a minha felicidade era merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos 
benefícios da Providência. Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me 
receberam com muitas e delicadas alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia 
andava já espalhada entre as pessoas do meu conhecimento; respondi enfadado que 
a coisa não valia a pena de tamanho estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e 
porque eu me encolerizasse, replicaram-me que era simplesmente grande”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à 
noite posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na 
praia e acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha 
acontecido algo semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a 
encaminhado ao delegado para que este a devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, 
valor muito superior, ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com 
a fama de grande homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a 
complexidade da narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio 
Candido em “Esquema de Machado de Assis” diz da modernidade da obra 
machadiana. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira sobre o romance de Machado, entre as técnicas machadianas 
que revelam sua modernidade, segundo Candido, está... 
Nota: 10.0 
 A a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a realidade das relações sociai distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista. 
 B a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços romanescos de modo a expressar como num sociedade de seu tempo. 
 C a capacidade em expressar coisas espantosas da forma mais suave possível, fazendo uso da iro excepcional pareça normal e vice-versa. 
Você acertou! 
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica de Machado de Assis “consiste essenc 
maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a norm 
essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o 
modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, p. 114) As demais alternativas estão er 
“poética” machadiana; porque a ideia de escrever de modo realista à semelhança de um inventário é co 
mesma imagem (do inventário) para criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características ps 
elaboradas pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram escritores como Aluísio Azeve 
elaborar uma literatura nacional não estivesse fora dos horizontes de Machado, ele jamais empregou lin 
vez que empregou a ironia. 
 D a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das personagens de acordo com as determ pertencem. 
 E a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da criação de personagens alegóricos, e grandiloquente. 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Não assustava ao sertanejo a imobilidade da moça; durante a corrida, apesar do 
estrépito do incêndio e do esforço que empregava para arrancá-la às chamas, não 
cessara um instante de ouvir sobre o peito a palpitação do coração de D. Flor, a 
princípio violenta, mas que foi moderando-se gradualmente. 
Conheceu que não passava isso de um simples desmaio causado pelo vapor do 
incêndio. Com o repouso e a inspiração do ar mais vivo e fresco, a donzela não 
tardaria a voltar a si. Mas se não receava já pela vida preciosa que salvara, todavia 
não se desvaneceu completamente a inquietação do mancebo pelas consequências 
que podia ter aquele susto para a saúde e tranquilidade de D. Flor”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José de. O sertanejo. Domínio Público, p. 7. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000140.pdf> Acesso em 10 de ago. 2017. 
O trecho acima foi destacado do romance O sertanejo de José de Alencar. Figura 
central do romance do século XIX brasileiro, o escritor cearense consolida o romance 
brasileiro como principal gênero literário do Oitocentos. A tradição crítica classificou as 
obras de Alencar em quatro frentes: romance histórico, urbano, regionalista e 
indianista. A partir do fragmento acima e do livro-base Literatura Brasileira, relacione 
as obras de José de Alencar abaixo aos seus respectivos estilos: 
1) Romance urbano 
2) Romance regionalista 
3) Romance histórico 
4) Romance indianista 
( ) Iracema 
( ) O sertanejo 
( ) Lucíola 
( ) Minas de prata 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 A 4, 2, 1, 3 
Você acertou! 
4) Romance indianista - Iracema 
1) Romance urbano - Lucíola 
3) Romance histórico – Minas de prata 
2) Romance regionalista – O sertanejo 
As obras e seus respectivos estilos foram trabalhados no capítulo dois e corresponde à página 101 do li 
 B 1, 3, 2, 4 
 C 2, 3, 1, 4 
 D 3, 2, 4, 1 
 E 1, 2, 3, 4 
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim 
S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo. 
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não 
senhora, há conforto, há higiene. 
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: 
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora 
da água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é 
preciso muito pistolão. Promessas... 
— Ah! É professora? 
— Não. Professora é minha sobrinha. 
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães? 
— Sim. 
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória? 
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... 
[...] 
Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve 
suspensões, repetições, mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala 
sem pensar que aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi 
diversas passagens, modifiquei outras. [...] É o processo que adoto: extraio dos 
acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78. 
Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se 
chamou de “romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da 
obra São Bernardo, e sua leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance 
São Bernardo, leia as sentenças abaixo: 
I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do 
romance. Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra 
solitário na fazenda. 
II – No romance, Paulo Honorárioconta a história de seu casamento com Madalena, o 
suicídio dela e a decadência da fazenda. 
III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o 
que se passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena 
sobre o casamento. 
IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo 
Honório, por exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e 
financeiros aos de camaradagem e sentimentos afetivos. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 A I e II. 
 B II e III. 
 C I, II e IV. Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Paulo Honório é o narrador da história, cujos eventos se 
já está sozinho, viúvo e decadente; porque de fato o romance pode ser entendido como uma crítica ao c 
os interesses comerciais, produtivos e financeiros acima dos demais. A afirmativa III está errada porqu 
Honório, que o narra em 1ª pessoa. Trata-se de um romance memorialista, de um homem solitário. (Liv 
 D I, III e IV. 
 E I e III. 
 
Questão 7/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Licenciado em Medicina na capital brasileira (1832), [...] estreara nas letras com um 
volume de Poesias (rio de janeiro, 1832) de nítido cunho neoclássico. Mas a viagem à 
Europa (1833-1837), imprescindível coroamento de todo itinerário acadêmico, pusera-
o, em Paris, diante da nova realidade literária encarnada pelo Romantismo. Daí tinham 
saído por um lado, o manifesto programático, isto é, a revista Niterói, publicada na 
capital francesa, em 1836, por um grupinho de jovens intelectuais brasileiros que 
haviam feito [dele] seu líder”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 164. 
As ideias românticas começaram a circular no Brasil recém-independente graças às 
vozes de intelectuais e poetas radicados, boa parte deles, em Paris. Foram as 
atividades desses homens que marcaram o início do Romantismo no Brasil. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, 
é considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro: 
Nota: 10.0 
 A Iracema, de José de Alencar. 
 B Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. 
Você acertou! 
É considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro Suspiros poéticos e s 
(1811-1882). (Livro-base, p. 78). As outras obras, com exceção de O Ateneu, pertencem a fases posteri 
1852; Iracema – 1865; Canção do Exílio – 1846). O livro de Raul Pompeia inclui-se entre o que se cha 
 C Canção do exílio, de Gonçalves Dias. 
 D O Ateneu, de Raul Pompeia. 
 E Macário, de Álvares de Azevedo. 
 
 
Questão 8/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta 
do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras 
da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já 
estavam disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e 
logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de 
Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria 
dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais 
estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a 
plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de 
Antônio Conselheiro, o Belo Monte”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles 
brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141. 
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital 
do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro 
“bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram 
construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram 
empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a 
miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de 
um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira 
desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no 
livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o 
movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e 
consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como: 
Nota: 10.0 
 A Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga. 
 B Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar. 
 C Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro. 
 D Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura 
 E Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial problematizar aspectos da realidade. 
Você acertou! 
O caso de Euclides da Cunha (1866-1909) representa um marco dessa mudança de perspectiva. Engenh 
correspondente jornalístico a Canudos em 1897, a fim de fazer a cobertura da reação das forças republi 
Conselheiro. Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raç 
explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos o 
sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos. [...]. Supera largament 
mesmo o puro ensaísmo, a fim de construir uma representação literariamente relevante e problematizar 
base, p. 167,168). 
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Minha vida começou a ser um mosaico de profissões; aqui onde me veem, fui 
mascate, agente do foro, guarda-livros, lavrador, operário, estalajadeiro, escrevente de 
cartório; algumas semanas vivi de tirar cópias de peças e papéis para teatro. 
Trabalhava com energia, mas a fortuna não correspondia à constância, e o melhor dos 
anos gastei-o em luta áspera e desigual. Uma compensação havia, a mais doce de 
todas: era o amor e o contentamento de Ângela, a igualdade do ânimo com que ela 
encarava todas as vicissitudes. Pouco tempo depois da nossa fuga, havia outra 
compensação mais: era Helena. Essa menina nasceu em um dos momentos mais 
tristes da minha vida”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, J. M. Machado de. Hedlens. In: Domínio Público, p. 80. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000079.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2017. 
A passagem acima é narrada por Salvador, pai de Helena, do romance homônimo. 
Machado de Assis foi também um grande leitor e intérprete da realidade social de seu 
tempo. Retratou de perto segmentos importantes e diferentes da sociedade brasileira. 
Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, 
em Helena, Machado retrata com minúcia os dilemas de qual grupo social? Assinale a 
alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A Os escravos. 
 B A classe dirigente brasileira. 
 C Os intelectuais e artistas. 
 D A população pobre e livre. Você acertou! 
Os chamados quatro romances da primeira fase machadiana – Ressurreição, A mão e a luva, Helena 
pertencem nem à elite nem são escravos: são pobres e livres. Essas personagens giram em torno dos p 
ascensão social, muitas vezes frustradas como no caso de Helena. “Um dos temas centrais da obra ma 
que tem umainserção social precária no século XIX. Trata-se daquela mesma população que é protag 
milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e que comparece em peso na ficção de José de Alencar. Ma 
desse grupo social, principalmente em seus quatro primeiros romances” (livro-base, p. 115) 
 E Os membros do clero. 
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e 
do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do 
Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária 
individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira 
geração modernista”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. 
Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como 
foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências 
distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar 
das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da 
primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos 
iniciais da segunda geração são... 
Nota: 10.0 
 A A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrad 
Você acertou! 
A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do c 
de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroic 
Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendência 
1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base 
 B A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana. 
 C O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. 
 D O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. 
 E Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. 
 
 
 
Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir 
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição 
literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem 
nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o 
nativo sentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito 
acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso 
do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se 
diferenciava”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 22 ago. 
2017. 
 
A delimitação do momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os 
historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como 
disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se 
distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para 
estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do 
marco inicial da literatura brasileira está: 
 
Nota: 10.0 
 A o hábito dos autores do período escreverem textos religiosos, gramáticas, em vez de textos lite 
 B a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais aparecessem nos textos de autores b 
 C a ausência de um sistema literário em território brasileiro, que articulasse autor, obra e leitor, e 
Você acertou! 
O problema de delimitar a origem de nossa literatura não está simplesmente na produção de obras em n 
estabelecer um sistema literário, como propõe Antonio Candido. A ideia de um sistema literário é de um 
comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. [...] Entre eles se distinguem: a exis 
[...]; um conjunto de receptores [...]; um mecanismo transmissor; [...] O conjunto dos três elementos dá 
a literatura, que aparece, sob este ângulo, como sistema simbólico” (livro-base, p. 16-17). Assim, a difi 
temas desenvolvidos por nossos autores, mas por uma falta de vida espiritual que fizesse circular as ob 
 D a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão dos acontecimentos locais por me 
 E a produção de textos alegóricos que impedem a manifestação dos temas locais e a diferenciaçã 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom 
grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos 
jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida 
e do pecado, mas também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio 
dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções 
literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano 
ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses 
dois conceitos são: 
Nota: 10.0 
 A visão laica e visão alegórica. 
 B visão literária e visão transfiguradora. 
 C visão religiosa e visão reformista. 
 D visão religiosa e visão transfiguradora. 
Você acertou! 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniai 
ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. 
denominados visão religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (lite 
denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barro 
 E visão reformista e visão alegórica. 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia 
feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, 
lhe darei o de Cunha. 
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de 
camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, 
que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos 
gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar 
que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidão de 
mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, 
um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a 
capricho”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes 
ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos 
romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados 
romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, 
aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o 
ambiente da cidade em oposição ao ambienterural. De acordo com a passagem 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um 
fragmento do romance urbano: 
Nota: 10.0 
 A O Guarani. 
 B Iracema. 
 C Lucíola. Você acertou! 
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os dem 
(Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “ 
desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele p 
virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao tra 
em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) 
ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O 
gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em 
ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101). 
 D Til 
 E Dom Casmurro 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A grande noite do poeta seria, porém, a de 7 de setembro de 1868, quando recitou, 
com voz vibrante e, mais do que nunca, arrebatado de emoção, ‘Tragédia no mar’, que 
depois tomaria o nome de ‘O navio negreiro’. [...] O poema foi escrito para ser recitado 
em voz alta. [...] E é em voz alta que esse poema em seis movimentos, cada um deles 
a pedir uma inflexão diferente, trabalha em nós e nos comove e nos revolta”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Alberto Costa e. Castro Alves. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 98 (Coleção Perfis 
Brasileiros). 
E leia um fragmento de “O Navio Negreiro”: 
‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço 
Brinca o luar – dourada borboleta; 
E as vagas após ele correm… cansam 
Como turba de infantes inquieta. 
 
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento 
Os astros saltam como espumas de ouro… 
O mar em troca acende as ardentias, 
– Constelações do líquido tesouro… 
 
..........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALVES, C. O navio negreiro. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: 
LEP, 1952, p. 795. 
Conhecido como poeta dos escravos, porque defendia a abolição da escravidão, 
Castro Alves difundiu seus versos em teatros, nas ruas e em salões literários ou 
íntimos. Suas apresentações provocavam forte impacto nos auditórios por que 
passava. Considerando os fragmentos de texto, o poema acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, sobre a poesia de Castro Alves é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 A a obra de Castro Alves se desenvolveu por um grande período, e dividiu-se em três fases: amo 
 B o grande traço de sua poesia é o desalento, que transparece nos poemas em que critica a escrav 
 C seus versos apresentam uma visão pessimista do futuro, o que explica a dureza e rigidez de seu 
 D a eloquência é o ponto forte de seu estilo, que expressa o entusiasmo com que via a experiênci 
Você acertou! 
Esta alternativa está correta porque o “principal traço estilístico de sua obra (Castro Alves) é a eloquên 
consórcio entre música e a poesia elaborada pelos poetas românticos anteriores e amplifica-se pelos pro 
opunha à poesia do desalento, da geração de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, uma poesia nas 
humana e os espetáculos da natureza. É com sua obra [...] que essa poesia entusiasmada assume proble 
base, p. 106, 108). As demais alternativas estão erradas porque Castro Alves morreu muito jovem, aos 
fases; porque, como se viu, não havia traço de contenção ou melancolia em sua poesia, muito pelo cont 
 E inconformado com a escravidão, Castro Alves escreveu uma obra melancólica, que o inseriu n 
 
 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado 
por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-
se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação 
mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na 
década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da 
literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de 
anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática 
e formal em relação à literatura modernista’”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, 
p. 167. 
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. 
Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a 
literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações 
socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas 
respectivas obras: 
1) Lima Barreto 
2) Euclides da Cunha 
3) Monteiro Lobato 
4) Graça Aranha 
( ) Clara dos Anjos 
( ) Canaã 
( ) Os sertões 
( ) Urupês 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 A 1, 2, 3, 4 
 B 1, 4, 2, 3 Você acertou! 
1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 
2. Graça Aranha – Canaã 
3. Euclides da Cunha – Os sertões 
4. Monteiro Lobato – Urupês 
As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré-modernismo e co 
 C 2, 3, 4, 1 
 D 3, 2, 4, 1 
 E 3, 1, 2, 4 
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 
1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o 
poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia 
imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 10.0 
 A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os epi 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é jus 
forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmoni 
canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteú 
estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido 
 B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou 
 C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente sem 
 D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofe 
 E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas,acompanhadas ou não de 
 
Questão 7/10 - Literatura Brasileira 
Leia o texto abaixo: 
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas 
e, em consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e 
adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos 
grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a 
natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das 
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992. 
Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a crítica 
da exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o talento da 
pintora, critica sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda europeia, julgando 
serem formas passageiras, que não teriam espaço nem continuidade no campo das 
artes visuais. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, esse texto e seu autor são, respectivamente: 
Nota: 10.0 
 A Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade 
 B Manifesto Antropofágico - Oswald de Andrade 
 C Canaã - Graça Aranha 
 D Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis 
 E Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato Você acertou! 
Em 1917, Anita Malfatti realiza em São Paulo uma exposição. A reação à mostra é comumente identifi 
Monteiro Lobato redigiu, para o jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado “A propósito da expo 
“Paranoia ou mistificação?”. Esse título foi publicado no livro Ideias de Jeca Tatu em 1920 (livro-base 
 
Questão 8/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Licenciado em Medicina na capital brasileira (1832), [...] estreara nas letras com um 
volume de Poesias (rio de janeiro, 1832) de nítido cunho neoclássico. Mas a viagem à 
Europa (1833-1837), imprescindível coroamento de todo itinerário acadêmico, pusera-
o, em Paris, diante da nova realidade literária encarnada pelo Romantismo. Daí tinham 
saído por um lado, o manifesto programático, isto é, a revista Niterói, publicada na 
capital francesa, em 1836, por um grupinho de jovens intelectuais brasileiros que 
haviam feito [dele] seu líder”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 164. 
As ideias românticas começaram a circular no Brasil recém-independente graças às 
vozes de intelectuais e poetas radicados, boa parte deles, em Paris. Foram as 
atividades desses homens que marcaram o início do Romantismo no Brasil. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, 
é considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro: 
Nota: 10.0 
 A Iracema, de José de Alencar. 
 B Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. 
Você acertou! 
É considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro Suspiros poéticos e s 
(1811-1882). (Livro-base, p. 78). As outras obras, com exceção de O Ateneu, pertencem a fases posteri 
1852; Iracema – 1865; Canção do Exílio – 1846). O livro de Raul Pompeia inclui-se entre o que se cha 
 C Canção do exílio, de Gonçalves Dias. 
 D O Ateneu, de Raul Pompeia. 
 E Macário, de Álvares de Azevedo. 
 
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e 
do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do 
Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária 
individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira 
geração modernista”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. 
Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como 
foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências 
distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar 
das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da 
primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos 
iniciais da segunda geração são... 
Nota: 10.0 
 A A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrad 
Você acertou! 
A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do c 
de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroic 
Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendência 
1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base 
 B A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana. 
 C O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. 
 D O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. 
 E Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. 
 
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Não assustava ao sertanejo a imobilidade da moça; durante a corrida, apesar do 
estrépito do incêndio e do esforço que empregava para arrancá-la às chamas, não 
cessara um instante de ouvir sobre o peito a palpitação do coração de D. Flor, a 
princípio violenta, mas que foi moderando-se gradualmente. 
Conheceu que não passava isso de um simples desmaio causado pelo vapor do 
incêndio. Com o repouso e a inspiração do ar mais vivo e fresco, a donzela não 
tardaria a voltar a si. Mas se não receava já pela vida preciosa que salvara, todavia 
não se desvaneceu completamente a inquietação do mancebo pelas consequências 
que podia ter aquele susto para a saúde e tranquilidade de D. Flor”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José de. O sertanejo. Domínio Público, p. 7. 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000140.pdf> Acesso em 10 de ago. 2017. 
O trecho acima foi destacado do romance O sertanejo de José de Alencar. Figura 
central do romance do século XIX brasileiro, o escritor cearense consolida o romance 
brasileiro como principal gênero literário do Oitocentos. A tradição crítica classificou as 
obras de Alencar em quatro frentes: romance histórico, urbano, regionalista e 
indianista. A partir do fragmento acima e do livro-base Literatura Brasileira, relacione 
as obras de José de Alencar abaixo aos seus respectivos estilos: 
1) Romance urbano 
2) Romance regionalista 
3) Romance histórico 
4) Romance indianista 
( ) Iracema 
( ) O sertanejo 
( ) Lucíola 
( ) Minas de prata 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 A 4, 2, 1, 3 
Você acertou! 
4) Romance indianista - Iracema 
1) Romance urbano - Lucíola 
3) Romance histórico – Minas de prata 
2) Romance regionalista – O sertanejo 
As obras e seus respectivos estilos foram trabalhados no capítulo dois e corresponde à página 101 do li 
 B 1, 3, 2, 4 
 C 2, 3, 1, 4 
 D 3, 2, 4, 1 
 E 1, 2, 3, 4 
 
Questão 1/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir 
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição 
literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem 
nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o 
nativosentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito 
acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso 
do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se 
diferenciava”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 22 ago. 
2017. 
 
A delimitação do momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os 
historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como 
disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se 
distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para 
estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do 
marco inicial da literatura brasileira está: 
 
Nota: 10.0 
 A o hábito dos autores do período escreverem textos religiosos, gramáticas, em vez de textos lite 
 B a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais aparecessem nos textos de autores b 
 C a ausência de um sistema literário em território brasileiro, que articulasse autor, obra e leitor, e 
Você acertou! 
O problema de delimitar a origem de nossa literatura não está simplesmente na produção de obras em n 
estabelecer um sistema literário, como propõe Antonio Candido. A ideia de um sistema literário é de um 
comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. [...] Entre eles se distinguem: a exis 
[...]; um conjunto de receptores [...]; um mecanismo transmissor; [...] O conjunto dos três elementos dá 
a literatura, que aparece, sob este ângulo, como sistema simbólico” (livro-base, p. 16-17). Assim, a difi 
temas desenvolvidos por nossos autores, mas por uma falta de vida espiritual que fizesse circular as ob 
 D a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão dos acontecimentos locais por me 
 E a produção de textos alegóricos que impedem a manifestação dos temas locais e a diferenciaçã 
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira 
Leia o texto abaixo: 
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas 
e, em consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e 
adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos 
grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a 
natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das 
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992. 
Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a crítica 
da exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o talento da 
pintora, critica sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda europeia, julgando 
serem formas passageiras, que não teriam espaço nem continuidade no campo das 
artes visuais. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, esse texto e seu autor são, respectivamente: 
Nota: 10.0 
 A Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade 
 B Manifesto Antropofágico - Oswald de Andrade 
 C Canaã - Graça Aranha 
 D Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis 
 E Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato Você acertou! 
Em 1917, Anita Malfatti realiza em São Paulo uma exposição. A reação à mostra é comumente identifi 
Monteiro Lobato redigiu, para o jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado “A propósito da expo 
“Paranoia ou mistificação?”. Esse título foi publicado no livro Ideias de Jeca Tatu em 1920 (livro-base 
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia 
feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, 
lhe darei o de Cunha. 
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de 
camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, 
que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos 
gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar 
que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidão de 
mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, 
um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a 
capricho”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes 
ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos 
romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados 
romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, 
aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o 
ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um 
fragmento do romance urbano: 
Nota: 10.0 
 A O Guarani. 
 B Iracema. 
 C Lucíola. Você acertou! 
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os dem 
(Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “ 
desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele p 
virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao tra 
em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) 
ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O 
gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em 
ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101). 
 D Til 
 E Dom Casmurro 
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira 
Leia o fragmento abaixo: 
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços 
neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela 
o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das 
organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, 
reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Ubu Editora/Sesc São Paulo, 2016, p. 115. 
O trecho acima faz parte da segunda parte de Os sertões, em que Euclides da Cunha 
aborda as características do Homem brasileiro do ponto de vista das teorias 
deterministas da época. De acordo com os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, sobre o ponto de vista de Euclides da Cunha em relação a Canudos, é 
correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 A Euclides da Cunha apresenta a complexidade do meio e descreve aspectos da natureza e do ho homens de Canudos. 
 B Euclides escreve Os sertões para defender o exército brasileiro da acusação injusta de ter mass 
 C Ao testemunhar os acontecimentos da guerra de canudos, Euclides da Cunha, em Os sertões, s que defendera até então. 
Você acertou! 
Euclides da Cunha antes de testemunhar diretamente o conflito – esteve na quarta incursão do exé 
deterministas em face da força, coragem que viu nos sertanejos de Canudos.

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