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ESTA PROVA É UM SIMULADO QUE REPRODUZ AS CARACTERÍSTICAS DE CONTEÚDO E OS ASPECTOS VISUAIS DAS PROVAS OFICIAIS DO ENEM.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO 
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1º DIA 
CADERNO 
VERDE
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à 
língua escolhida: inglês ou espanhol.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. 
Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome 
as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE 
QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6. Não esquecer de assinar a lista de presença.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, entregue o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO ao aplicador.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida 1h30min do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE 
QUESTÕES.
6.
22
0o
EXOSEN10699
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SIMULADO ENEM2
6.220
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Inglês)
QUESTÃO 01
Over the past centuries, as horses became less necessary for 
conquering empires and farm labour, many societies began to re-brand 
horsemanship – the art of riding, handling and training horses – as a 
leisure activity practiced by men and women alike.
But in Colombia, taming horses is still often seen as a task suitable 
only for the most rugged and macho alpha males – women need not apply.
Disponível em: <https://bbc.com>. Acesso em: nov./2019.
O texto fala sobre a cultura da equitação, destacando que, na Colômbia: 
A a atividade é vista como uma atividade militar e agrícola.
B essa cultura ainda é bastante machista.
C apenas cavalos machos são favorecidos.
D a equitação está sendo ressignificada.
E a arte da equitação é primazia das mulheres.
QUESTÃO 02
The Negro Speaks of Rivers
I’ve known rivers:
I’ve known rivers ancient as the world and older than the
[flow of human blood in human veins.
My soul has grown deep like the rivers.
I bathed in the Euphrates when dawns were young.
I built my hut near the Congo and it lulled me to sleep.
I looked upon the Nile and raised the pyramids above it.
I heard the singing of the Mississippi when Abe Lincoln
[went down to New Orleans, and I’ve seen its muddy
[bosom turn all golden in the sunset.
I’ve known rivers:
Ancient, dusky rivers.
My soul has grown deep like the rivers.
Langston Hughes (1902-1967). Disponível em: <https://poets.org>. 
Acesso em: out./2019.
Langston Hughes foi um importante escritor norte-americano ligado 
ao movimento de orgulho da cultura negra nos EUA. Nesse poema, o 
autor:
A orgulha-se de seu vasto conhecimento em geografia.
B traça um panorama poético da ancestralidade inerente ao negro.
C denuncia os maus-tratos sofridos pelos trabalhadores na constru-
ção das pirâmides do Egito.
D valoriza o negro norte-americano como o mais evoluído entre seus 
ancestrais.
E faz um relato sobre suas viagens a diferentes partes do mundo.
QUESTÃO 03
In 2015, Zika virus swept through Brazil and the Americas. It was 
the first time a mosquito-borne virus was known to cause severe birth 
defects, and the World Health Organization declared it a “public health 
emergency that warranted a global response.”
“This was a truly unprecedented phenomenon,” says Dr. Albert 
Ko, an epidemiologist at the Yale School of Public Health who has 
worked in Brazil for over two decades. “There was a new, emerging 
pathogen in the world.” The pandemic’s emergency status was lifted 
in November 2016. But it left more than 3,700 children born with birth 
defects – the most severe of which is microcephaly, where babies are 
born with small heads and brain damage – in its aftermath.
Disponível em: <https://www.npr.org>. Acesso em: out./2019.
O texto apresenta dados sobre a epidemia do vírus Zika no Brasil, 
afirmando que:
A essa foi a primeira vez que um vírus que nasce em mosquitos causou 
uma pandemia.
B a Organização Mundial de Saúde culpou o governo brasileiro pela 
disseminação da pandemia.
C as medidas profiláticas no Brasil vinham dando certo por mais de 
duas décadas antes da eclosão dessa pandemia.
D a pandemia do vírus Zika foi decretada em novembro de 2016.
E mesmo que o status de pandemia do vírus Zika não esteja mais 
em vigência, suas sequelas são visíveis.
QUESTÃO 04
Disponível em: <https://earthjustice.org>. 
Acesso em: out./2019.
O anúncio de conscientização sobre pesticidas tem como público-alvo:
A os donos de grandes fazendas.
B os políticos e legisladores.
C os consumidores de vegetais orgânicos.
D as famílias de agricultores.
E o consumidor geral que não planta seu próprio alimento.
QUESTÃO 05
We all want to raise smart, successful kids, so it’s tempting 
to play Mozart for our babies and run math drills for kindergartners. 
After all, we need to give them a head start while they’re still little 
sponges, right?
“It doesn’t quite work that way,” says Kathy Hirsh-Pasek, a 
professor of psychology at Temple University and co-author of 
Becoming Brilliant: What Science Tells Us About Raising Successful 
Children with Roberta Golinkoff. She’s been studying childhood 
development for almost 40 years.
So how does it work? NPR Education reporters and Life Kit 
hosts Anya Kamenetz and Cory Turner talk with Hirsh-Pasek about the 
“six C’s” that kids need to succeed – collaboration, communication, 
content, critical thinking, creative innovation and confidence – and why 
raising brilliant kids starts with redefining brilliant.
Disponível em: <https://npr.org>. 
Acesso em: nov./2019.
O texto aborda práticas para criar crianças inteligentes. Entre as medi-
das citadas está:
A levar a criança desde pequena a consultas com profissionais de 
psicologia.
B aplicar treinos de raciocínio matemático para a criança desde o 
ensino infantil.
C tocar Mozart para a criança desde os primeiros meses de vida.
D trabalhar o desenvolvimento da criatividade da criança.
E matricular a criança na escola antes das demais.
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SIMULADO ENEM 3
6.220
Questões de 01 a 05 (opção Espanhol)
QUESTÃO 01
Isabel II exige respeto
La reina escribe una carta a los editores de prensa para reivindicar el 
derecho de su familia a la privacidad
La reina de Inglaterra, Isabel II, ha escrito a los editores de prensa 
ingleses para pedirles que respeten la intimidad de los miembros de 
la familia real británica cuando no estén realizando actividades públicas 
y se encuentren en el ámbito de lo privado. “Ha enviado la carta a los 
editores ingleses de periódicos y revistas como respuesta a años y 
años de la intrusión de paparazzi en la privacidad de la familia real”, 
afirmó este domingo el asistente de prensa de la monarca.
No han trascendido de forma oficial detalles sobre el contenido de 
esta carta, “privada y que no está pensada para que se publique”, que fue 
enviada por un abogado de la Casa Real por orden de Isabel II, ni tampoco 
de cuándo fue mandada. Lo que sí se sabe es que a partir de ahora 
la CasaReal británica tomará medidas legales contra los paparazzi si 
éstos les fotografían cuando no estén desempeñando ninguna tarea 
pública, informa el diario The Sunday Telegraph.
“Los miembros de la familia real creen que tienen derecho a la 
privacidad cuando están realizando actividades privadas. Pese a que 
saben que todo lo que hacen puede ser de interés público, no creen 
que esto dé derecho a que les fotografíen a ellos o a sus amigos cuando 
estén en el ámbito privado”, afirmó Paddy Harverson, el portavoz. 
La familia real inglesa mantiene desde hace muchos años una 
tensa relación con la prensa de su país, sobre todo tras la muerte de 
la princesa Diana, primera esposa del Príncipe Carlos, que falleció a 
consecuencia de un accidente de tráfico en París cuando su vehículo 
era perseguido por paparazzi.
Adaptado de: <https://elpais.com>.
Os paparazzi sempre são bastante invasivos e não medem esforços 
quando desejam fotografar pessoas famosas e influentes. A rainha 
da Inglaterra, ao enviar a carta aos editores ingleses representando a 
família real, teve como objetivo:
A exigir um pedido de desculpas formal por todas as vezes que tiveram 
sua privacidade invadida.
B solicitar que nunca mais sejam fotografados por paparazzi em qual-
quer situação.
C solicitar que só sejam fotografados quando autorizados pela Coroa.
D informar que caso tenham sua privacidade cerceada, tomarão pro-
vidências legais.
E declarar que são totalmente contra a atividade dos paparazzi.
QUESTÃO 02
<www.marketingdirecto.com>
O anúncio publicitário, do início do século XX, retrata uma sociedade 
machista e que corrobora com a visão de que a mulher:
A é inferior ao homem em sua capacidade intelectual.
B está destinada às tarefas domésticas e que é isso que a faz ser 
uma “mulher de verdade”.
C é protegida pelo homem. 
D é criada para servir ao homem.
E pensa sempre em estar elegante e bonita para o marido.
QUESTÃO 03
El Museo Nacional del Prado: 
200 años de emoción
El popular museo celebra dos siglos en Madrid con varias 
exposiciones y su adaptación al entorno digital. ¿Por qué es uno de los 
más importantes del mundo y una visita obligada?
“El Prado es como una ciudad cuyas calles atraviesan el tiempo, 
atraviesan los siglos y recorren el mundo”, decía el escritor británico 
John Berger, al referirse a uno de los íconos del arte y la cultura en 
Occidente. El museo ocupa el quinto lugar entre los mejores del 
mundo, el tercero en Europa y el primero en España, según el ranking
de Travellers’ Choice. Dos siglos después de su apertura, y a pesar 
del ruido y del afán propio del turismo, el Prado sigue siendo ese 
lugar de encuentro inagotable, de diálogo atemporal, de aprendizaje 
y emoción.
Recibe cerca de 3 millones de personas al año y, en lo que 
va de 2019, con la celebración de su bicentenario, las visitas han 
aumentado un 3,75 por ciento con respecto al año anterior. Por sus 
pasillos caminan estudiantes de arte, maestros, copistas, niños, 
ancianos, turistas, expertos, apasionados y desprevenidos. Hay 
quienes apenas se detienen frente a algunas de las casi 2 000 obras 
que hoy están en exhibición, mientras que otros se concentran 
en un solo cuadro, sin sospechar que, en su depósito, el museo 
guarda unas 29 000 piezas más entre pinturas, esculturas, objetos 
decorativos y dibujos.
“Este museo no es el más extenso, pero sí el más intenso”, decía 
el pintor y escritor español Antonio Saura, quien también aseguraba 
que el Prado tenía la mayor concentración de obras maestras por metro 
cuadrado del mundo. Muchos, como él, aprendieron el oficio entre sus 
paredes, desde Renoir y Toulouse-Lautrec hasta Picasso, Matisse y 
Dalí. Incluso Manet, uno de los padres del impresionismo, se fascinó 
ante la colección y escribió en 1865 al francés Fantin-Latour: “Cuánto 
me gustaría que estuvieras aquí, qué alegría habrías experimentado al 
ver a Velázquez, que por sí solo vale todo el viaje”.
[…]
En sus paredes cuelgan pinturas inconfundibles: Las meninas, 
Los fusilamientos del 3 de mayo, El jardín de las delicias o Las tres 
gracias. Todas llenas de significados y protagonistas del arte universal. 
El doctor en Historia del Arte y Consejero Técnico del Museo, Matías 
Díaz Padrón, explica a Semana que, 200 años después de creado, 
las pinturas que se encuentran en el Prado reflejan la historia: “El 
público sabe que, aunque tiene carencias, el museo guarda obras que 
responden no solo a la historia de España, sino de Occidente. Sus 
obras van más allá de una realidad estética, porque representan una 
realidad histórica”.
Pilar Chacón Preciado. Adaptado de: <www.semana.com>.
O mais famoso museu espanhol, o Museo Nacional del Prado, com-
pletou, em 2019, 200 anos. Ao longo desse período, ele se tornou:
A o museu mais importante de toda a Europa, pela qualidade de seu 
acervo.
B pela sua arquitetura, uma visita obrigatória a todos que passam por 
Madri.
C um lugar de pesquisa e inspiração para os filósofos.
D um dos mais importantes do mundo, porque suas pinturas refle-
tem a história de todo o Ocidente.
E o mais famoso ponto turístico da capital espanhola.
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SIMULADO ENEM4
6.220
QUESTÃO 04
La barca
 Dicen que la distancia es el olvido
 Pero yo no concibo esa razón
 Porque yo seguiré siendo el cautivo
 De los caprichos de tu corazón
 Supiste esclarecer mis pensamientos
 Me diste la verdad que yo soñé
 Ahuyentaste de mi los sufrimientos
 En la primera noche que te amé
 Hoy mi playa se viste de amargura
 Porque tu barca tiene que partir
 A cruzar otros mares de locura
 Cuida que no naufrague en tu vivir
 Cuando la luz del sol se esté apagando
 Y te sientas cansada de vagar
 Piensa que yo por ti estaré esperando
 Hasta que tú decidas regresar
 Supiste esclarecer mis pensamientos
 Me diste la verdad que yo soñé
 Ahuyentaste de mi los sufrimientos
 En la primera noche que te amé
 Hoy mi playa se viste de amargura
 Porque tu barca tiene que partir
 A cruzar otros mares de locura
 Cuida que no naufrague en tu vivir
 Cuando la luz del sol se esté apagando
 Y te sientas cansada de vagar
 Piensa que yo por ti estaré esperando
 Hasta que tú decidas regresar
Roberto Cantoral
A famosa canção “La barca”, do cantor e compositor mexicano Roberto 
Cantoral, representa os sentimentos de um eu lírico:
A cansado de sofrer por amor e disposto a esquecer o passado.
B amargurado por ter sido rejeitado.
C que não acredita que poderá voltar a amar uma outra pessoa nova-
mente. 
D que tenta de todas as maneiras convencer a pessoa amada a voltar 
a viver ao seu lado.
E que vive de lembranças e ainda tem a esperança de reviver os 
bons momentos ao lado da pessoa amada.
QUESTÃO 05
<https://br.pinterest.com>
O personagem Gaturro nem sempre é compreendido por sua namorada 
Ágatha. Nessa charge, Ágatha se mostra surpresa pelo fato de que:
A Gaturro não gosta de ver televisão na companhia dela, mas o faz.
B os dois sempre divergem de opinião quando discutem algo polêmico.
C Gaturro faz uma dura crítica aos programas de televisão.
D os dois, pela primeira vez, concordam com alguma coisa.
E Gaturro não se importa com a opinião dela.
QUESTÃO 06
Disponível em: <https://jornalistaguerreiro.wordpress.com>.
No anúncio, nota-se a predominância da função apelativa da linguagem, 
a partir do(a):
A verbo no imperativo, convidando o público a consumir o produto.
B questionamento feito ao público, desviando-o do anúncio.
C predomínio da linguagem não verbal, destacando o produto.
D descrição pormenorizada do produto na parte inferior do anúncio.
E logotipo da marca associado à foto do produto, chamando a atenção 
do público.
QUESTÃO 07
(Enem)
CÓPIA RÁPIDA FÁCIL.
VAI SER BOM, NÃO FOI?
UMA EMPRESA COM PRÊMIOS INTERNACIONAIS
NÃO PODERIA OFERECER MENOS DO QUE
A MELHORQUALIDADE EM IMPRESSÃO
DIGITAL DO MUNDO.
Disponível em: <www.behance.net>. 
Acesso em: 21 fev. 2013 (adaptado).
A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, 
funcionando como estratégia de persuasão em relação ao consumidor 
do mercado gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui para 
esse destaque é o emprego:
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SIMULADO ENEM 5
6.220
A do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no processo.
B de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
C das formas verbais no futuro e no preté rito, em sequê ncia.
D da expressão intensificadora “menos do que” associada à qualidade.
E da locução “do mundo” associada a “melhor”, que quantifica a ação.
QUESTÃO 08
E QUANTO PODEMOS
COBRAR PELO USO
DO BALANÇO?
MAS QUEM PAGARIA
PARA USAR UM BALANÇO,
DR. HERMÉS?
ENTÃO
MANDE
DERRUBAR.
Disponível em: <http://m.memorialdademocracia.com.br>.
Na tira, a conjuntura em questão permite afirmar que há uma crítica 
à (ao):
A falta de percepção que os ricos têm da população mais carente.
B comercialização excessiva nos espaços de lazer das crianças.
C privatização dos locais públicos que atendem crianças carentes.
D interesse essencialmente financeiro que move certa parcela da 
população.
E exclusão cada vez maior de espaços de brincadeiras para crianças 
em geral.
QUESTÃO 09
(Enem)
Por que as formigas nã o morrem quando postas 
em forno de micro-ondas?
As micro-ondas sã o ondas eletromagnéticas com frequê ncia muito alta. 
Elas causam vibraç ã o nas moléculas de água, e é isso que aquece a co-
mida. Se o prato estiver seco, sua temperatura nã o se altera. Da mesma 
maneira, se as formigas tiverem pouca água em seu corpo, podem sair 
incó lumes. Já um ser humano nã o se sairia tã o bem quanto esses inse-
tos dentro de um forno de micro-ondas superdimensionado: a água que 
compõ e 70% do seu corpo aqueceria. Micro-ondas de baixa intensida-
de, poré m, estã o por toda a parte, oriundas da telefonia celular, mas nã o 
há comprovação de que causem problemas para a população humana.
E. Okuno. Disponí vel em: <http://revistapesquisa.fapesp.br>.
 Acesso em: 11 dez. 2013.
Os textos constroem-se com recursos linguí sticos que materializam 
diferentes propó sitos comunicativos. Ao responder à pergunta que dá 
tí tulo ao texto, o autor tem como objetivo principal:
A defender o ponto de vista de que as ondas eletromagné ticas sã o 
inofensivas.
B divulgar resultados de recentes pesquisas científicas para a socie-
dade.
C apresentar informaç õ es acerca das ondas eletromagné ticas e de 
seu uso.
D alertar o leitor sobre os riscos de usar as micro-ondas em seu dia 
a dia.
E apontar diferenças fisiológicas entre formigas e seres humanos.
QUESTÃO 10
Estranho ofício é este de escrever. De toda crônica que publiquei 
na vida, houve sempre um leitor para achar que era a melhor e outro 
a pior que já escrevi. Crônica? Nunca a célebre definição de Mário de 
Andrade (sobre o conto) veio tão a propósito: crônica é tudo aquilo 
que chamamos de crônica. Rubem Braga, de quem se diz que jamais 
praticou outro gênero, o maior cronista brasileiro, é autor de alguns dos 
melhores contos de nossa literatura, sempre tidos e lidos como crôni-
cas. O mesmo se poderia afirmar de Paulo Mendes Campos. Quanto a 
mim, como dizia o poeta, outros que não eu a pedra cortem: limito-me 
a escrever aquilo que me agradaria ler [...].
Fernando Sabino, “O estranho ofício de escrever”. 
Disponível em: <https://cronicabrasileira.org.br>. 
No trecho, nota-se o uso da seguinte figura de linguagem:
A Metáfora, pois a definição da crônica no texto é dada a partir de 
uma expressão popular.
B Metáfora, a partir da opinião do autor sobre suas próprias crônicas, 
caracterizadas com uma palavra em seu sentido figurativo.
C Metonímia, pois a definição de crônica encontrada no trecho serve, 
na verdade, para definir qualquer tipo de texto.
D Metalinguagem, a partir do momento em que o autor define, de 
acordo com seu próprio ponto de vista, o que é a crônica.
E Metalinguagem, pois há, no texto, uma reflexão sobre o seu 
próprio gênero textual.
QUESTÃO 11
(Enem)
Câ ntico VI
 Tu tens um medo de
 Acabar.
 Nã o vê s que acabas todo o dia.
 Que morres no amor.
 Na tristeza.
 Na dú vida.
 No desejo.
 Que te renovas todo dia.
 No amor.
 Na tristeza.
 Na dú vida.
 No desejo.
 Que é s sempre outro.
 Que é s sempre o mesmo.
 Que morrerá s por idades imensas.
 Até nã o teres medo de morrer.
 E entã o será s eterno.
C. Meireles. Antologia poé tica. Rio de Janeiro: 
Record, 1963 (fragmento).
A poesia de Cecí lia Meireles revela concepç õ es sobre o homem em 
seu aspecto existencial. Em “Câ ntico VI”, o eu lí rico exorta seu interlo-
cutor a perceber, como inerente à condiç ã o humana:
A a sublimaç ã o espiritual graç as ao poder de se emocionar.
B o desalento irremediá vel em face do cotidiano repetitivo.
C o questionamento cé tico sobre o rumo das atitudes humanas.
D a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente.
E um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas.
QUESTÃO 12
Esse homem deve ser de minha idade – mas sabe muito mais 
das coisas. [...]
Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse mesmo 
tipo de feiura triste do interior. Conversamos sobre pescaria de robalo, 
piau, traíra. Volta a falar de sua terra e desconfia que eu sou do governo, diz 
que precisa passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas coisas 
escritas em um papel valem muito. Pergunta pela minha profissão, e te-
nho vergonha de contar que vivo de escrever papéis que não valem nada; 
digo que sou comerciante em Vitória, tenho um negocinho. Ele diz que o 
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SIMULADO ENEM6
6.220
comércio é melhor que a lavoura; que o lavrador se arrisca e o comerciante 
é que lucra mais; mas ele foi criado na lavoura e não tem preparo. Endireita 
para mim o cigarro de palha que estou enrolando com o fumo todo maça-
rocado. Deve ser de minha idade – mas sabe muito mais coisas.
Rubem Braga, “Lavoura”. Disponível em: 
<https://cronicabrasileira.org.br>. 
No texto, a descrição da sequência de eventos ocorridos entre o narrador 
e o outro personagem tem como objetivo:
A assinalar a diferença etária e de experiências entre um e outro 
personagem.
B evidenciar o amplo e diferente conhecimento do personagem da 
lavoura.
C demonstrar as intuições do narrador ao conhecer o outro perso-
nagem.
D justificar o constrangimento do narrador em relação à sua profissão.
E demarcar, por desejo do narrador, as diferenças sociais entre os dois.
QUESTÃO 13
Pergunta
– Mas, afinal, meu velho, por que nunca pensaste em casamento?
– Prefiro a solidão propriamente dita. 
Mário Quintana, Da preguiça como método de trabalho. 
No diálogo, o sujeito que responde à pergunta feita demonstra sua 
opinião sobre o casamento e a solidão. Segundo ele, esses dois 
conceitos seriam:
A completamente diferentes, sendo a vida solteira superior.
B ultrapassados, já que o autor parece não favorecer nenhum deles.
C antônimos, uma vez que, ao se casar, não haveria como atingir a 
solidão.
D equivalentes entre si, significando, portanto, quase a mesma ideia.
E paradoxos, já que a ideia de um dos termos está intrinsecamente 
incluída no outro.
QUESTÃO 14
(Enem)
TEXTO I
A. Bracco; M. Loschi. “Quando rotas se tornam arte”. Retratos: a revista 
do IBGE. Rio de Janeiro, n. 3, set./2017 (adaptado).
TEXTO II
Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da 
Colú mbia Britâ nica (Canadá ), transformou-se em fenômeno mundial 
produzindo obras de arte virtuais pedalando sua bike. Seguindo rotas 
traç adas com o auxí lio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter percor-
rido mais de 10 mil quilô metros.
Disponível em: <www.booooooom.com>. 
Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).Os textos destacam a inovaç ã o artí stica proposta por Stephen Lund a 
partir do(a):
A deslocamento das tecnologias de suas funç õ es habituais.
B perspectiva de funcionamento do dispositivo de GPS.
C ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade.
D aná lise dos problemas de mobilidade urbana.
E foco na promoç ã o cultural da sua cidade.
QUESTÃO 15
(Enem)
Essa pequena
 Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
 Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abó bora
 Temo que nã o dure muito a nossa novela, mas
 Eu sou tã o feliz com ela
 Meu dia voa e ela nã o acorda
 Vou até a esquina, ela quer ir para a Fló rida
 Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas 
 Nã o canso de contemplá -la
 Feito avarento, conto os meus minutos
 Cada segundo que se esvai
 Cuidando dela, que anda noutro mundo
 Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
 À s vezes ela pinta a boca e sai
 Fique à vontade, eu digo, take your time
 Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas 
 O blues já valeu a pena
Chico Buarque. Disponí vel em: <www.chicobuarque.com.br>.
 Acesso em: 31 jun. 2012.
O texto “Essa pequena” registra a expressã o subjetiva do enunciador, 
trabalhada em uma linguagem informal, comum na mú sica popular. 
Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente 
no texto, o uso de:
A palavras emprestadas de lí ngua estrangeira, de uso inusitado no 
portuguê s.
B expressõ es populares, que reforç am a proximidade entre o autor e 
o leitor.
C palavras polissê micas, que geram ambiguidade. 
D formas pronominais em primeira pessoa.
E repetições sonoras no final dos versos.
QUESTÃO 16
(Enem)
14 coisas que você nã o deve jogar na privada
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina 
o ambiente e os animais. També m deixa mais difí cil obter a á gua 
que nó s mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entu-
pimentos:
• cotonete e fio dental;
• medicamento e preservativo;
• ó leo de cozinha;
• ponta de cigarro;
• poeira de varriç ã o de casa;
• fio de cabelo e pelo de animais; 
• tinta que nã o seja à base de á gua;
• querosene, gasolina, solvente, tí ner.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como ó leo 
de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de cole-
ta especiais, que darã o a destinação final adequada.
M. Morgado; Emasa. “Manual de etiqueta”. Planeta Sustentá vel, 
jul.-ago./2013 (adaptado).
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, alé m do foco no in-
terlocutor, que caracteriza a funç ã o conativa da linguagem, predomina 
també m nele a funç ã o referencial, que busca:
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SIMULADO ENEM 7
6.220
A despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o 
a ter atitudes responsá veis que beneficiarão a sustentabilidade do 
planeta.
B informar o leitor sobre as consequê ncias da destinaç ã o inadequada 
do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto descarte de alguns 
dejetos.
C transmitir uma mensagem de cará ter subjetivo, mostrando exem-
plos de atitudes sustentá veis do autor do texto em relaç ã o ao pla-
neta.
D estabelecer uma comunicaç ã o com o leitor, procurando certificar-se 
de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo 
compreendida.
E explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os 
termos utilizados de forma a proporcionar melhor compreensã o 
do texto.
QUESTÃO 17
(Enem)
Ao se apossarem do novo territó rio, os europeus ignoraram um 
universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por 
um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos 
primeiros habitantes levou-os a uma descriç ã o simplista desses grupos 
e à sua sucessiva destruiç ã o.
Na verdade, nã o existe uma distinç ã o entre a nossa arte e aque-
la produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas 
manifestaç õ es devem ser encaradas como expressõ es diferentes dos 
modos de sentir e pensar das vá rias sociedades, mas també m como 
equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns.
M. C. M. Scatamachia. In: N. Aguilar (Org.). Mostra do redescobrimento: 
arqueologia. Sã o Paulo: Fundaç ã o Bienal de Sã o Paulo – 
Associaç ã o Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
De acordo com o texto, inexiste distinç ã o entre as artes produzidas pelos 
colonizadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o (a):
A suporte artí stico
B ní vel tecnoló gico
C base antropoló gica
D concepç ã o esté tica
E referencial temá tico
QUESTÃO 18
15 de setembro de 1862
Tirei hoje do fundo da gaveta, onde jazia a minha pena de cronista. 
A coitadinha estava com um ar triste, e pareceu-me vê-la articular por 
entre os bicos, uma tímida exprobração. Em roda do pescoço enrola-
vam-se uns fios tenuíssimos, obra dessas Penélopes que andam pelos 
tetos das casas e desvãos inferiores dos móveis. Limpei-a, acariciei-a, 
e, como o Abencerragem ao seu cavalo, disse-lhe algumas palavras 
de animação para a viagem que tínhamos de fazer. Ela, como pena 
obediente, voltou-se na direção do aparelho de escrita, ou, como diria 
o tolo de Bergerac, do receptáculo dos instrumentos da imoralidade. 
Compreendi o gesto mudo da coitadinha, e passei a cortar as tiras de 
papel, fazendo ao mesmo tempo as seguintes reflexões, que ela parecia 
escutar com religiosa atenção:
– Vamos lá; que tens aprendido desde que te encafuei entre os 
meus esboços de prosa e de verso? Necessito mais que nunca de ti; 
vê se me dispensas as tuas melhores ideias e as tuas mais bonitas 
palavras; vais escrever nas páginas do Futuro. [...]
E havendo dito estas coisas à minha pena, tinha eu acabado de 
preparar o papel, e eis que ela começou, entre os meus já desacos-
tumados e emperrados dedos, a mencionar que no dia 4 deste mês 
se efetuou o encerramento da assembleia legislativa, cerimônia sobre 
a qual nada há que dizer, porque foi conforme os estilos que por sua 
natureza nada oferecem de notável.
Machado de Assis, Obra completa.
Na crônica em questão, Machado de Assis utiliza duas figuras de lin-
guagem diferentes para cumprir seu objetivo. Assinale a alternativa que 
nomeia essas duas figuras e a finalidade de sua mobilização no texto.
A Metalinguagem e personificação, para mostrar ao leitor que, prova-
velmente depois de algum tempo, o autor voltava a escrever esse 
gênero textual.
B Metáfora e personificação, para dar vida à pena antes morta, atri-
buindo a ela um trabalho específico do autor.
C Prosopopeia e metonímia, para o autor se colocar, de alguma forma, 
no meio dos grandes cronistas de sua época.
D Metalinguagem e hipérbole, uma vez que o autor exagera os 
fatos, ao atribuir a característica inerte da escrita a si mesmo e 
à pena.
E Eufemismo e prosopopeia, pois o autor caracteriza a pena como 
um ser humano ao passo que suaviza sua inutilidade para a 
escrita.
QUESTÃO 19
(Enem)
Carta ao Tom 74
 Rua Nascimento Silva, cento e sete
 Você ensinando pra Elizete
 As canç õ es de canç ã o do amor demais 
 Lembra que tempo feliz
 Ah, que saudade,
 Ipanema era só felicidade
 Era como se o amor doesse em paz 
 Nossa famosa garota nem sabia
 A que ponto a cidade turvaria
 Esse Rio de amor que se perdeu 
 Mesmo a tristeza da gente era mais bela
 E alé m disso se via da janela
 Um cantinho de cé u e o Redentor
 É , meu amigo, só resta uma certeza,
 É preciso acabar com essa tristeza
 É preciso inventar de novo o amor
V. Moraes; Toquinho. Bossa Nova, sua histó ria, sua gente. 
Sã o Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).
O trecho da canç ã o de Toquinho e Vinicius de Moraes apresenta mar-
cas do gê nero textual carta, possibilitando que o eu poé tico e o inter-
locutor:
A compartilhem uma visã o realista sobre o amor em sintonia com o 
meio urbano.
B troquem notí cias em tom nostá lgico sobre as mudanças ocorridas 
na cidade.
C façam confidências,uma vez que não se encontram mais no Rio 
de Janeiro.
D tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida 
citadina.
E aceitem as transformaç õ es ocorridas em pontos turísticos espe-
cíficos.
QUESTÃO 20
Disponível em: <https://cdnbr2.img.sputniknews.com>. 
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SIMULADO ENEM8
6.220
Por meio de uma expressão popular transformada em linguagem 
não verbal, a charge anterior faz uma crítica aos americanos, que, 
segundo ela:
A deturpam fatos de sua própria história, mudando-a de acordo com 
o que se quer passar à sociedade.
B minimizam sua própria história, colocando-a em um patamar de 
inferioridade e, assim, não a estudando propriamente.
C escondem sua própria história do resto do mundo, repetindo, dessa 
forma, diversos erros e acertos do passado.
D potencializam os acertos de sua própria história, aumentando, 
assim, os fatos e ignorando sua veracidade.
E escondem sua própria história e, assim, as consequências de seus 
atos durante os tempos. 
QUESTÃO 21
Vincent van Gogh, Os comedores de batata, 1885. 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org>. 
A obra em questão, apesar de não ser caracterizada como realista, 
apresenta a seguinte característica do Realismo:
A A idealização de cenas do cotidiano das classes populares.
B A denúncia social das diferenças entre classes.
C A caracterização dos seres humanos como animais.
D O relato dos costumes árduos das classes mais baixas.
E O testemunho do modo de vida das classes mais abastadas.
QUESTÃO 22
(Enem)
Rede social pode prever desempenho 
profissional, diz pesquisa
Pense duas vezes antes de postar qualquer item em seu perfil 
nas redes sociais. O conselho, repetido à exaustã o por consulto-
res de carreira por aí , acaba de ganhar um status, digamos, mais 
científico. De acordo com resultados da pesquisa, uma rá pida 
aná lise do perfil nas redes sociais pode prever o desempenho pro-
fissional do candidato a uma entrevista de emprego. Para chegar a 
essa conclusã o, uma equipe de pesquisadores da Northern Illinois 
University, University of Evansville e Auburn University pediu a um 
professor universitário e dois alunos para analisarem perfis de um 
grupo de universitá rios.
Apó s checar fotos, postagens, nú mero de amigos e interesses 
por 10 minutos, o trio considerou itens como consciê ncia, afabilida-
de, extroversã o, estabilidade emocional e receptividade. Seis meses 
depois, as impressõ es do grupo foram comparadas com a aná lise de 
desempenho feita pelos chefes dos jovens que tiveram seus perfis 
analisados. Os pesquisadores encontraram uma forte correlaç ã o entre 
as caracterí sticas descritas a partir dos dados da rede e o comporta-
mento dos universitá rios no ambiente de trabalho.
Disponí vel em: <http://exame.abril.com.br>.
 Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
As redes sociais sã o espaç os de comunicaç ã o e interaç ã o on-line 
que possibilitam o conhecimento de aspectos da privacidade de seus 
usuá rios. Segundo o texto, no mundo do trabalho, esse conhecimento 
permite:
A identificar a capacidade física atribuída ao candidato.
B certificar a competência profissional do candidato.
C controlar o comportamento virtual e real do candidato.
D avaliar informaç õ es pessoais e comportamentais sobre o candi-
dato.
E aferir a capacidade intelectual do candidato na resoluç ã o de pro-
blemas.
QUESTÃO 23
Disponível em: <https://temporalcerebral.com.br>. 
Tradução: “Os danos são maiores embaixo d’água. Ajude a manter o rio limpo”.
No anúncio, há, através da linguagem não verbal:
A uma representação de quais danos se pode haver nos ambientes 
aquáticos graças aos dois objetos retratados.
B uma demonstração sobre como certo objeto de plástico prejudica 
os ambientes aquáticos.
C um apelo para o público não consumir quaisquer produtos de 
origem plástica.
D uma crítica ao uso de certo objeto, apresentando outras alternativas 
a ele.
E uma simulação metafórica sobre o perigo dos objetos plásticos 
nos rios.
QUESTÃO 24
(Enem)
Palavras jogadas fora
Quando crianç a, convivia no interior de Sã o Paulo com o curioso 
verbo pinchar e ainda o ouç o por lá esporadicamente. O sentido da 
palavra é o de “jogar fora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma 
das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conse-
guinte, deixei de usar. Quando indago à s pessoas se conhecem esse 
verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. Apa-
rentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que 
deixará de existir tã o logo essa geraç ã o antiga morrer.
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SIMULADO ENEM 9
6.220
As palavras sã o, em sua grande maioria, resultados de uma 
tradiç ã o: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição”, etimolo-
gicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (so-
bretudo valores culturais). O rompimento da tradiç ã o de uma palavra 
equivale à sua extinç ã o. A gramá tica normativa muitas vezes colabora 
criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a 
extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou in-
diretamente pela visã o normativa, a um grupo que julga nã o ser o seu. 
O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e 
refinamento citadino, está fadado à extinção?
É louvá vel que nos preocupemos com a extinç ã o de ararinhas-
-azuis ou dos micos-leã o-dourados, mas a extinç ã o de uma palavra 
nã o promove nenhuma comoç ã o, como nã o nos comovemos com 
a extinç ã o de insetos, a nã o ser dos extraordinariamente belos. Pelo 
contrá rio, muitas vezes a extinç ã o das palavras é incentivada.
M. E. Viaro. Lí ngua Portuguesa, n. 77, mar./2012 (adaptado).
A discussã o empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos 
traz uma reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual 
compreende-se que:
A as palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos 
dicioná rios, conforme sugere o tí tulo.
B o cuidado com espé cies animais em extinç ã o é mais urgente do 
que a preservaç ã o de palavras.
C o abandono de determinados vocá bulos está associado a precon-
ceitos socioculturais.
D as geraç õ es tê m a tradiç ã o de perpetuar o inventá rio de uma 
lí ngua.
E o mundo contemporâ neo exige a inovaç ã o do vocabulá rio das 
lí nguas.
QUESTÃO 25
Auguste Rodin, O beijo, 1888-1889. 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org>. 
A escultura de Rodin, a exemplo de O beijo, reproduzida acima, apre-
senta a seguinte característica:
A A demonstração de um instante fantasioso e onírico do homem.
B A fuga da realidade, exteriorizando um momento de alívio da vida 
humana.
C O endeusamento de uma atitude considerada como baixa pela 
sociedade.
D O retrato de uma situação considerada como sagrada na arte e na 
sociedade.
E A ilustração de um momento significativo e belo de um gesto 
humano.
QUESTÃO 26
Quinze anos
 Era uma pobre criança...
 – Pobre criança, se o eras! –
 Entre as quinze primaveras
 De sua vida cansada
 Nem uma flor de esperança
 Abria a medo. Eram rosas
 Que a doida da esperdiçada
 Tão festivas, tão formosas,
 Desfolhava pelo chão.
 – Pobre criança, se o eras! –
 Os carinhos mal gozados
 Eram por todos comprados,
 Que os afetos de sua alma
 Havia-os levado à feira,
 Onde vendera sem pena
 Até a ilusão primeira
 Do seu doido coração!
Machado de Assis. Crisálidas. 
Disponível em: <http://machado.mec.gov.br>. 
No poema, nota-se uma temática típica do Romantismo, a infância, 
mas tratada de um modo diferente, uma vez que ela é apresentada, 
nos versos, como:
A não idealizada
B ingênua
C feliz
D amistosa
E deslumbrante
QUESTÃO 27
(Enem)
Obesidade causa doenç a
A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organi-
zaç ã o Mundial da Saú de, ligada à Organizaç ã o dasNaç õ es Unidas. O 
problema vem atingindo um nú mero cada vez maior de pessoas em 
todo o mundo, e entre as principais causas desse crescimento estã o o 
modo de vida sedentá rio e a má alimentaç ã o.
Segundo um mé dico especialista em cirurgia de reduç ã o de 
estô mago, a taxa de mortalidade entre homens obesos de 25 a 40 anos
é 12 vezes maior quando comparada à taxa de mortalidade entre 
indiví duos de peso normal. O excesso de peso e de gordura no 
corpo desencadeia e piora problemas de saú de que poderiam ser 
evitados. Em alguns casos, a boa notí cia é que a perda de peso leva 
à cura, como no caso da asma, mas em outros, como o infarto, nã o 
há soluç ã o.
T. Ferreira. Disponí vel em: <http://revistaepoca.globo.com>. 
Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).
O texto apresenta uma reflexão sobre saú de e aponta o excesso de 
peso e de gordura corporal dos indiví duos como um problema, relacio-
nando-o ao:
A padrã o esté tico, pois o modelo de beleza dominante na sociedade 
requer corpos magros.
B equilí brio psí quico da populaç ã o, pois esse quadro interfere na 
autoestima das pessoas.
C quadro clí nico da população, pois a obesidade é um fator de risco 
para o surgimento de diversas doenças crô nicas.
D preconceito contra a pessoa obesa, pois ela sofre discriminação 
em diversos espaços sociais.
E desempenho na realização das atividades cotidianas, pois a obesi-
dade interfere na performance.
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SIMULADO ENEM10
6.220
QUESTÃO 28
Lira itabirana
I
 O Rio? É doce.
 A Vale? Amarga.
 Ai, antes fosse
 Mais leve a carga.
Carlos Drummond de Andrade.
Disponível em: <https://oglobo.globo.com>. 
No poema, datado de 1984, Carlos Drummond de Andrade critica as 
construções da empresa Vale, em Minas Gerais. Tal crítica se vale da 
seguinte figura de linguagem:
A Metonímia.
B Antítese.
C Hipérbole.
D Eufemismo.
E Prosopopeia.
QUESTÃO 29
(Enem)
Posso mandar por e-mail?
Atualmente, é comum “disparar” currículos na internet com a 
expectativa de alcanç ar o maior nú mero possí vel de selecionadores. 
Essa, no entanto, é uma ideia equivocada: é preciso saber quem vai 
receber seu currí culo e se a vaga é realmente indicada para seu perfil, 
sob o risco de estar “queimando o filme” com um futuro empregador. 
Ao enviar o currí culo por e-mail, tente saber quem vai recebê -lo e faç a 
um texto sucinto de apresentaç ã o, com a sugestã o a seguir:
Assunto: Currí culo para a vaga de gerente de marketing
Mensagem: Boa tarde. Meu nome é José da Silva e gostaria de me 
candidatar à vaga de gerente de marketing. Meu currí culo segue anexo.
“Guia da lí ngua 2010: modelos e té cnicas”. 
Lí ngua Portuguesa, 2010 (adaptado). 
O texto integra um guia de modelos e té cnicas de elaboraç ã o de textos 
e cumpre a funç ã o social de:
A divulgar um padrão oficial de redação e envio de currí culos.
B indicar um modelo de currí culo para pleitear uma vaga de emprego.
C instruir o leitor sobre como ser eficiente no envio de currí culo por 
e-mail.
D responder a uma pergunta de um assinante da revista sobre o envio 
de currí culo por e-mail.
E orientar o leitor sobre como alcanç ar o maior nú mero possível de 
selecionadores de currí culos.
QUESTÃO 30
(Enem)
Um dia, meu pai tomou-me pela mã o, minha mã e beijou-me a 
testa, molhando-me de lá grimas os cabelos e eu parti.
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalaç ã o.
Ateneu era o grande colé gio da é poca. Afamado por um sistema 
de nutrido reclame, mantido por um diretor que de tempos a tempos 
reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, 
como os negociantes que liquidam para recomeç ar com artigos de 
ú ltima remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado cré dito na 
preferê ncia dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a 
cercar de aclamaç õ es o bombo vistoso dos anú ncios.
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida famí lia do Visconde 
de Ramos, do Norte, enchia o impé rio com o seu renome de pedagogo. 
Eram boletins de propaganda pelas proví ncias, conferê ncias em diver-
sos pontos da cidade, a pedidos, à substâ ncia, atochando a imprensa 
dos lugarejos, caixõ es, sobretudo, de livros elementares, fabricados à s 
pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores pruden-
temente anô nimos, caixõ es e mais caixõ es de volumes cartonados em 
Leipzig, inundando as escolas pú blicas de toda a parte com a sua invasã o 
de capas azuis, ró seas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro 
e sonoro, oferecia-se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto 
dos confins da pátria. Os lugares que os não procuravam eram um belo 
dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontâ nea, irresistí vel! E 
nã o havia senã o aceitar a farinha daquela marca para o pã o do espí rito.
R. Pompeia. O Ateneu. Sã o Paulo: Scipione, 2005.
Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela 
um olhar sobre a inserç ã o social do colé gio demarcado pela:
A ideologia mercantil da educaç ã o, repercutida nas vaidades pessoais.
B interferê ncia afetiva das famí lias, determinantes no processo edu-
cacional.
C produç ã o pioneira de material didá tico, responsá vel pela facilitaç ã o 
do ensino.
D ampliaç ã o do acesso à educaç ã o, com a negociaç ã o dos custos 
escolares.
E cumplicidade entre educadores e famí lias, unidos pelo interesse 
comum do avanç o social.
QUESTÃO 31
Pobre Pombinha! no fim dos seus primeiros dois anos de casada já 
não podia suportar o marido; todavia, a princípio, para conservar-se mu-
lher honesta, tentou perdoar-lhe a falta de espírito, os gostos rasos e a 
sua risonha e fatigante palermice de homem sem ideal; ouviu-lhe, resig-
nada, as confidências banais nas horas íntimas do matrimônio; atendeu-
-o nas suas exigências mesquinhas de ciumento que chora; tratou-o com 
toda a solicitude, quando ele esteve a decidir com uma pneumonite agu-
da; procurou afinar em tudo com o pobre rapaz: não lhe falou nunca em 
coisas que cheirassem a luxo, a arte, a estética, a originalidade; escon-
deu a sua mal-educada e natural intuição pelo que é grande, ou belo, ou 
arrojado, e fingiu ligar interesse ao que ele fazia, ao que ele dizia, ao que 
ele ganhava, ao que ele pensava e ao que ele conseguia com paciência na 
sua vida estreita de negociante rotineiro; mas, de repente, zás! faltou-lhe 
o equilíbrio e a mísera escorregou, caindo nos braços de um boêmio de 
talento, libertino e poeta, jogador e capoeira. O marido não deu logo pela 
coisa, mas começou a estranhar a mulher, a desconfiar dela e a espreitá-
-la, até que um belo dia, seguindo-a na rua sem ser visto, o desgraçado 
teve a dura certeza de que era traído pela esposa, não mais com o poeta 
libertino, mas com um artista dramático, que muitas vezes lhe arrancara, 
a ele, sinceras lágrimas de comoção, declamando no teatro em honra 
da moral triunfante e estigmatizando o adultério com a retórica mais 
veemente e indignada. [...]
Aluísio Azevedo. O cortiço.
No trecho, nota-se uma característica da escola literária à qual essa 
obra pertence, a:
A idealização da figura da mulher, independente de sua posição na 
sociedade.
B luta pela emancipação da figura feminina na literatura.
C predominância do bem sobre o mal, graças ao maniqueísmo.
D degradação moral dos personagens, fruto do determinismo.
E busca pela caracterização predominantemente física das persona-
gens.
QUESTÃO 32
(Enem) Em junho de 1913, embarquei para a Europa a fim de me 
tratar num sanató rio suí ç o. Escolhi o de Clavadel, perto de Davos-Platz, 
porque a respeito dele me falara Joã o Luso, que ali passara um inverno 
com a senhora. Mais tarde vim a saber que antes de existir no lugar um 
sanató rio, lá estivera por algum tempo Antô nio Nobre. “Ao cair das fo-
lhas”, um de seus mais belos sonetos, talvez o meu predileto, está da-
tado de “Clavadel, outubro, 1895”. Fiquei na Suí ç a até outubro de 1914.M. Bandeira. Poesia completa e prosa. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.
No relato de memó rias do autor, entre os recursos usados para organizar 
a sequê ncia dos eventos narrados, destaca-se a:
A construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto.
B presenç a de advé rbios de lugar para indicar a progressã o dos fatos.
C alternâ ncia de tempos do preté rito para ordenar os acontecimentos.
D inclusã o de enunciados com comentá rios e avaliaç õ es pessoais.
E alusã o a pessoas marcantes na trajetó ria de vida do escritor.
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SIMULADO ENEM 11
6.220
QUESTÃO 33
(Enem) Exmo Sr. Governador:
Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura 
de Palmeira dos Í ndios em 1928.
[...]
ADMINISTRAÇ Ã O
Relativamente à quantia orç ada, os telegramas custaram pouco. 
De ordiná rio vai para eles dinheiro considerá vel. Nã o há vereda aberta 
pelos matutos que prefeitura do interior nã o ponha no arame, procla-
mando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas histó ricas 
ao Governo do Estado, que nã o precisa disso; todos os acontecimentos 
polí ticos sã o badalados. Porque se derrubou a Bastilha – um telegrama; 
porque se deitou pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F. 
esticou a canela – um telegrama.
Palmeira dos Í ndios, 10 de janeiro de 1929. 
GRACILIANO RAMOS
G. Ramos. Viventes das Alagoas. Sã o Paulo: Martins Fontes, 1962.
O relató rio traz a assinatura de Graciliano Ramos, na é poca, prefeito de 
Palmeira dos Í ndios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas. 
De natureza oficial, o texto chama a atenç ã o por contrariar a norma 
prevista para esse gê nero, pois o autor:
A emprega sinais de pontuaç ã o em excesso.
B recorre a termos e expressõ es em desuso no portuguê s.
C apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade 
com o destinatá rio.
D privilegia o uso de termos té cnicos, para demonstrar conhecimento 
especializado.
E expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emo-
cional.
QUESTÃO 34
NÃO É UM SACO GENTE QUE CRITICA TODA IDEIA
NOVA QUE APARECE?
OK, MAS
QUAL A
UTILIDADE
PRÁTICA
DISSO?
POR QUE VOCÊ
NÃO LARGA
MÃO DESSA
BOBAGEM E
ARRANJA UM
EMPREGO?
SEMPRE
FIZEMOS AS
COISAS TÃO
BEM SEM
ISSO...
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Disponível em: <https://ekobar.wordpress.com>.
Na tirinha, nota-se o uso de vocabulário coloquial para fazer uma crítica 
a certo tipo de atitude das pessoas. Dessa forma, assinale a alterna-
tiva que contenha uma frase em linguagem coloquial adequadamente 
transformada em formal.
A “qual a utilidade prática disso?” " “qual o uso prático desse 
objeto?”
B “fizemos as coisas tão bem”" “fizemos as coisas de forma boa”
C “por que você não larga mão”" “por que motivo você não larga 
mão”
D “arranja um emprego”" “arranja um trampo”
E “não é um saco” " “não é desagradável”
QUESTÃO 35
(Enem) Por onde houve colonização portuguesa, a música popular 
se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental. Podemos 
ver cavaquinho e violão atuarem juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacar-
ta, na Indonésia, ou em Goa. O caráter nostálgico, sentimental, é outro 
ponto comum da música das colônias portuguesas em todo o mundo. 
O kronjong, a música típica de Jacarta, é uma espécie de lundu mais 
lento, tocado comumente com flauta, cavaquinho e violão. Em Goa não 
é muito diferente. 
De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da música po-
pular desenvolvida nos países colonizados por Portugal compartilham um 
instrumental, destacando-se o cavaquinho e o violão. No Brasil, são exem-
plos de música popular que empregam esses mesmos instrumentos:
A Maracatu e ciranda.
B Carimbó e baião.
C Choro e samba.
D Chula e siriri.
E Xote e frevo.
QUESTÃO 36
(Enem)
À garrafa
 Contigo adquiro a astú cia 
 de conter e de conter-me. 
 Teu estreito gargalo
 é uma liç ã o de angú stia.
 Por translú cida põ es
 o dentro fora e o fora dentro 
 para que a forma se cumpra 
 e o espaç o ressoe.
 Até que, farta da constante 
 prisã o da forma, saltes
 da mã o para o chã o
 e te estilhaces, suicida,
 numa explosã o 
 de diamantes.
J. P. Paes. Prosas seguidas de odes mí nimas. 
Sã o Paulo: Cia. das Letras, 1992.
A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos 
da produç ã o literá ria contemporâ nea, que, no poema de José Paulo 
Paes, se expressa por um(a):
A reconhecimento, pelo eu lí rico, de suas limitaç õ es no processo 
criativo, manifesto na expressã o “Por translúcida pões”.
B subserviê ncia aos princí pios do rigor formal e dos cuidados com a 
precisã o metafó rica, como se observa em “prisã o da forma”.
C visã o progressivamente pessimista, em face da impossibilidade da 
criaç ã o poé tica, conforme expressa o verso “e te estilhaces, suicida”.
D processo de contenç ã o, amadurecimento e transformaç ã o da pala-
vra, representado pelos versos “numa explosão / de diamantes”.
E necessidade premente de libertaç ã o da prisã o representada pela 
poesia, simbolicamente comparada à “garrafa” a ser “estilhaçada”. 
QUESTÃO 37
da sua memó ria
 mil 
 e 
 mui 
 tos 
 out 
 ros 
 ros 
 tos 
 sol 
 tos 
 pou 
 coa 
 pou 
 coa 
 pag 
 amo 
 meu
A. Antunes. 2 ou + corpos no mesmo espaç o. 
Sã o Paulo: Perspectiva, 1998.
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SIMULADO ENEM12
6.220
Assinale a alternativa cuja palavra apresenta separação silábica incorreta
no poema anterior, de acordo com a gramática normativa.
A mui-tos
B out-ros
C ros-tos
D sol-tos
E pou-co
QUESTÃO 38
Aquarela
 O corpo no cavalete
 é um pá ssaro que agoniza 
 exausto do pró prio grito. 
 As ví sceras vasculhadas 
 principiam a contagem 
 regressiva.
 No assoalho o sangue
 se decompõ e em matizes 
 que a brisa beija e balanç a: 
 o verde – de nossas matas 
 o amarelo – de nosso ouro 
 o azul – de nosso cé u
 o branco o negro o negro
Cacaso. In: H. B. Hollanda (Org.). 26 poetas hoje. 
Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.
Assinale a alternativa que indica o verso que contém uma personificação.
A “é um pá ssaro que agoniza”
B “As ví sceras vasculhadas”
C “se decompõ e em matizes”
D “que a brisa beija e balanç a”
E “o verde – de nossas matas” 
QUESTÃO 39
(Enem)
TEXTO I
João Guedes, um dos assíduos frequentadores do boliche do ca-
pitão, mudara-se da campanha havia três anos. Três anos de pobreza 
na cidade bastaram para o degradar. Ao morrer, não tinha um vintém 
nos bolsos e fazia dois meses que saíra da cadeia, onde estivera preso 
por roubo de ovelha.
A história de sua desgraça se confunde com a da maioria dos que 
povoam a aldeia de Boa Ventura, uma cidadezinha distante, triste e 
precocemente envelhecida, situada nos confins da fronteira do Brasil 
com o Uruguai. 
C. Martins. Porteira fechada. Porto Alegre: 
Movimento, 2001 (fragmento).
TEXTO II
Comecei a procurar emprego, já topando o que desse e viesse, menos 
complicação com os homens, mas não tava fácil. Fui na feira, fui nos 
bancos de sangue, fui nesses lugares que sempre dão para descolar 
algum, fui de porta em porta me oferecendo de faxineiro, mas tava 
todo mundo escabreado pedindo referências, e referências eu só tinha 
do diretor do presídio.
R. Fonseca, Feliz Ano Novo. São Paulo: 
Cia. das Letras, 1989 (fragmento).
A oposição entre campo e cidade esteve entre as temáticas tradicio-
nais da literatura brasileira. Nos fragmentos dos dois autores contem-
porâneos, esse embate incorpora um elemento novo:a questão da 
violência e do desemprego. As narrativas apresentam confluência, pois 
nelas a (o):
A criminalidade é algo inerente ao ser humano, que sucumbe a suas 
manifestações.
B meio urbano, especialmente o das grandes cidades, estimula uma 
vida mais violenta.
C falta de oportunidades na cidade dialoga com a pobreza do campo 
rumo à criminalidade.
D êxodo rural e a falta de escolaridade são causas da violência nas 
grandes cidades.
E complacência das leis e a inércia das personagens são estímulos à 
prática criminosa.
QUESTÃO 40
(Enem)
A História, mais ou menos
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá de que tinha 
nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o 
Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já 
tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá 
falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em 
vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo, resolveram 
dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram 
lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está 
o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos 
adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era 
um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da 
praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se 
apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? 
Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na 
volta dicavam tudo para o coroa.
L. F. Verissimo, O nariz e outras 
crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor 
decorre da(o):
A linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do 
assunto.
B inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado.
C caracterização dos lugares onde se passa a história.
D emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada.
E contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada.
QUESTÃO 41
(Enem) O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry 
(ritmo e poesia), junto com as linguagens da danç a (o break dancing) 
e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para alé m dos guetos, 
com o nome de cultura hip hop. O break dancing surge como uma 
danç a de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos jovens com 
sprays nos muros, trens e estaç õ es de metrô de Nova York. As lingua-
gens do rap, do break dancing e do grafite se tornaram os pilares da 
cultura hip hop.
J. Dayrell. A mú sica entra em cena: o rap e o funk na socializaç ã o 
da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado).
Entre as manifestaç õ es da cultura hip hop apontadas no texto, o 
break se caracteriza como um tipo de danç a que representa aspectos 
contemporâ neos por meio de movimentos:
A retilí neos, como crí tica aos indivíduos alienados.
B improvisados, como expressão da dinâ mica da vida urbana.
C suaves, como sinônimo da rotina dos espaç os pú blicos.
D ritmados pela sola dos sapatos, como sí mbolo de protesto.
E cadenciados, como contestaç ã o à s rá pidas mudanç as culturais.
QUESTÃO 42
(Enem) A última edição deste periódico apresenta mais uma 
vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que 
produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo problema 
do material jogado na estrada vicinal que liga o município de Rio 
Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a re-
portagem encontrou mais uma forma errada de destinação do lixo: 
material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos 
moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em 
vez de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. 
Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar 
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SIMULADO ENEM 13
6.220
o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É 
muita falta de educação achar que aquilo que não é correto para sua 
região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um 
passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos 
aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. 
Um perigo!
Disponível em: <http://jornaldacidade.uol.com.br>. 
Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no 
jornal. Tal diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero 
textual, que é:
A apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.
B chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no 
jornal.
C provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos 
apresentados.
D interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes 
para a opinião pública.
E trabalhar uma informação previamente apresentada com base no 
ponto de vista do autor da notícia.
QUESTÃO 43
Disponível em: <www.satirinhas.com>. 
Na imagem, notam-se temas de discussão sobre certos vocábulos da 
língua portuguesa. Essa discussão está baseada, principalmente, na:
A variação regional da linguagem.
B variação histórica da linguagem.
C variação social da linguagem.
D presença de gírias nas cidades grandes.
E falta de escolaridade de parte da população.
QUESTÃO 44
Canção para ninar dromedário 
 Drome, drome
 Dromedário
 As areias
 Do deserto
 Sentem sono,
 Estou certo.
 Drome, drome
 Dromedário
 Fecha os olhos
 O beduíno,
 Fecha os olhos,
 Está dormindo.
 Drome, drome
 Dromedário
Sérgio Capparelli. Disponível em: <https://leiturinha.com.br>. 
No poema anterior, nota-se certo recurso muito usado, principalmente, 
nos textos infantis. Trata-se da(o):
A aliteração
B onomatopeia
C personificação
D hipérbato
E antítese
QUESTÃO 45
Já falei do perfume de jasmim? Já falei do cheiro do mar. A terra é 
perfumada. E eu me perfumo para intensificar o que sou. Por isso não 
posso usar perfumes que me contrariem. Perfumar-se é uma sabedoria 
instintiva. E como toda arte, exige algum conhecimento de si própria. 
Uso um perfume cujo nome não digo: é meu, sou eu. Duas amigas 
já me perguntaram o nome, eu disse, elas compraram. E deram-me 
de volta: simplesmente não eram elas. Não digo o nome também por 
segredo: é bom perfumar-se em segredo.
Clarice Lispector, “Os perfumes da terra”. 
Disponível em: <https://cronicabrasileira.org.br>. 
No texto, a autora apresenta sua própria ideia sobre os perfumes, 
caracterizados, por ela, como:
A fáceis de serem presenteados.
B exclusivamente vindos da natureza.
C extensões da própria individualidade.
D possíveis de serem compartilhados.
E aromas inventados para personalidades.
PROPOSTA DE REDAÇ Ã O
Instruções:
• O rascunho da redaç ã o deve ser feito no espaç o apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 
30 linhas.
• A redaç ã o que apresentar có pia dos textos da Proposta de Redaç ã o 
ou do Caderno de Questõ es terá o nú mero de linhas copiadas descon-
siderado para efeito de correç ã o.
Receberá nota zero, em qualquer das situaç õ es expressas a seguir, 
a redaç ã o que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos 
humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema 
proposto.
TEXTO I
Título VIII
Da Ordem Social
Capítulo VI
Do Meio Ambiente
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-
-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1o Para assegurar a efetividade desse direito,incumbe ao poder 
público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e 
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
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SIMULADO ENEM14
6.220
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético 
do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação 
de material genético;
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territo-
riais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo 
a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada 
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que 
justifiquem sua proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade po-
tencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, 
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade [...].
Disponível em: <www.senado.leg.br>. 
TEXTO II
Poluição por plásticos já chegou ao Ártico, diz estudo
Segundo pesquisadores, microplásticos viajam pela atmosfera e chegam 
ao solo quando neva
Nem as geleiras do Ártico escaparam da poluição gerada pelo 
homem. Um novo estudo feito por pesquisadores do Instituto Alfred 
Wegener de Pesquisa Polar e Marinha, na Alemanha, comparou a 
quantidade de microplásticos no Ártico com a do norte da Europa. 
Segundo eles, apesar de o polímero ser mais abundante nos Alpes 
suíços e no norte da Alemanha, o Ártico apresenta concentração alta. 
A hipótese é que o vento tenha um papel importante na dispersão 
desses polímeros (pedaços de plástico com menos de 5 mm) para a 
região. [...]
Os microplásticos são responsáveis por grande parte da polui-
ção dos oceanos, contaminando a vida marinha e também a vida 
terrestre.
Isso acontece porque os peixes que chegam ao prato do seres 
humanos, por exemplo, podem ser contaminados pelos microplásticos 
quando se alimentam de seres menores, como os plânctons, que in-
geriram o polímero.
Outros estudos indicam ainda que a inalação desses microplásti-
cos – que têm produtos químicos em sua composição – pode levar a 
riscos à irritação respiratória, inflamação, fibrose e até mesmo câncer 
de pulmão, devido a vida prolongada do material no organismo. 
Em setembro de 2017, uma pesquisa da ONG Orb Media mostrou 
que há microplásticos também na água de torneira. De 159 amostras 
coletadas nos cinco continentes, 83% continham plástico.
Sem contar o lixo terrestre, os oceanos têm cerca de 300 milhões 
de toneladas de plástico, algo equivalente a 11 trilhões de garrafas plás-
ticas de 500 mL. Estima-se, porém, que em 2030, essa quantidade 
dobrará. 
Apenas 20% de todo o plástico produzido no planeta é reciclado. 
No Brasil, a reutilização não passa de 2%.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>.
TEXTO III
Proibição de canudo cria efeito contrário
A medida era uma alternativa que deveria ajudar a melhorar o 
meio ambiente, mas, agora, gera preocupação. Os comerciantes do 
Rio têm tido dificuldades para encontrar o canudo de papel biodegradá-
vel nos centros de distribuição.
Há dois meses, a prefeitura sancionou uma lei que proíbe o uso 
dos canudinhos de plástico, só que os fabricantes ainda não consegui-
ram se adaptar e os novos modelos estão em falta. “A procura é até 
grande, só que as fábricas ainda não têm para distribuir e a gente fica 
sem o material”, reclamou Maurício Ferreira, gerente de loja.
O preço também assusta: um pacote com mil unidades de canu-
dos biodegradáveis custa R$ 170. O de plástico, com a mesma quanti-
dade, sai a R$ 6. “Não compensa comprarmos um canudo, ainda que 
seja caro, e eu ser obrigada a aumentar o valor do meu produto”, disse 
a empresária Rosana Monteiro.
A multa para quem descumprir a lei varia de R$ 650 a R$ 6 mil. 
Para evitar a punição e por causa da escassez e do valor mais alto 
do produto adequado, alguns donos de barracas e ambulantes pen-
sam em substituir os canudos proibidos por outros objetos de plástico, 
como copos e garrafas. Uma medida que não ajuda em nada na pro-
teção da natureza, já que esses materiais demoram mais de 200 anos 
para se decompor.
Disponível em: <https://trcsustentavel.com.br>.
TEXTO IV
Disponível em: <www.humorpolitico.com.br>. 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimen-
tos construí dos ao longo de sua formaç ã o, redija um texto dissertati-
vo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa 
sobre o tema “Como resolver o problema do plástico no Brasil e 
seus efeitos negativos no meio ambiente?”, apresentando proposta 
de intervenç ã o que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa 
de seu ponto de vista.
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46
(Enem) O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre dois 
personagens de um romance.
– Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? – Perguntou Sofia.
– Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Po-
demos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em 
peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e morreu 
quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi 
mais ou menos proibida. [...] Até as dez horas as escolas dos mosteiros 
detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são funda-
das as primeiras universidades.
Adaptado de Jostein Gaarder. O Mundo de Sofia: romance da 
História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, 
tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo 
com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como 
ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que:
A as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas.
B a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.
C o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da 
Idade Média.
D as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 
150 anos da Era Cristã.
E os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade 
Média.
QUESTÃO 47
(Enem) A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje 
mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração das coisas, 
chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e 
aproxima tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o au-
tomóvel que sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo 
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SIMULADO ENEM 15
6.220
em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece 
móveis e fachadas a uma observação crítica completa, mas dá apenas 
a sua espetacular, rígida e repentina proximidade, também a propagan-
da autêntica transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo 
que corresponde ao de um bom filme.
W. Benjamin. Rua de mão única: infância berlinense – 1900.
Belo Horizonte: Autêntica, 2013 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, se-
gundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica 
em virtude do(a):
A caráter ilusório das imagens.
B evolução constante da tecnologia.
C aspecto efêmero dos acontecimentos.
D conteúdo objetivo das informações.
E natureza emancipadora das opiniões.
QUESTÃO 48
(Enem) O texto foi extraído da peça Tróilo e Créssida de William
Shakespeare, escrita, provavelmente, em 1601.
 Os próprios céus, os planetas, e este centro 
 reconhecem graus, prioridade, classe, 
 constância, marcha, distância, estação, forma,
 função e regularidade, sempre iguais; 
 eis porque o glorioso astro Sol 
 está em nobre eminência entronizado 
 e centralizado no meio dos outros, 
 e o seu olhar benfazejo corrige 
 os maus aspectos dos planetas malfazejos, 
 e, qual rei que comanda, ordena 
 sem entraves aos bons e aos maus.
Personagem Ulysses, Ato I, cena III. W. Shakespeare. 
Tróilo e Créssida: Porto.Lello & Irmão, 1948.
A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se aproxima da 
teoria:
A geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu.
B da reflexão da luz do árabe Alhazen.
C heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico.
D da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei.
E da gravitação universal do inglês Isaac Newton.
QUESTÃO 49
Observe a caricatura. 
<https://angelorigon.com.br/>
Ela retrata:
A o crescimento desordenado das cidades brasileiras, que estimula 
a invasão apenas de prédios e terrenos devolutos, geralmente por 
movimentos sociais de luta por moradia.
B a especulação imobiliária ligada ao crime organizado, que se implanta 
exclusivamente em áreas urbanas sem planejamento.
C o chamado movimento pendular, em que a população residente 
nas áreas distantes do centro se desloca diariamente por motivos 
de estudo e/ou trabalho.
D a política de habitação popular das diferentes esferas de governo, que 
acaba incentivando a ocupação desordenada de modo a pressionar 
a adesão de parte dessa população carente a financiamentos ha-
bitacionais com juros extorsivos, que atendem aos interesses da 
indústria da construção civil.
E o crescimento desordenado das cidades brasileiras, que resulta na 
ocupação de sítios ambientalmente vulneráveis, como encostas 
acentuadas e fundos de vales, fazendo com que a população dessas 
áreas se expanda para regiões mais distantes do centro, que geral-
mente não possuem infraestrutura adequada.
QUESTÃO 50
(Enem) I. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), o 
estado de natureza é um estado de guerra universal e perpétua. Con-
traposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o 
estado de paz é a sociedade civilizada.
Dentre outras tendências que dialogam com as ideias de Hobbes, des-
taca-se a definida pelo texto abaixo.
II. Nem todas as guerras são injustas e correlativamente, nem toda paz 
é justa, razão pela qual a guerra nem sempre é um desvalor, e a paz 
nem sempre um valor.
N. Bobbio, N. Matteucci, G. Pasquino. Dicionário de Política, 5a ed. 
Brasília: Universidade de Brasília; São Paulo: 
Imprensa Oficial do Estado, 2000.
Comparando as ideias de Hobbes (texto I) com a tendência citada no 
texto II, pode-se afirmar que:
A em ambos, a guerra é entendida como inevitável e injusta.
B para Hobbes, a paz é inerente à civilização e, segundo o texto II, ela 
não é um valor absoluto.
C de acordo com Hobbes, a guerra é um valor absoluto e, segundo o 
texto II, a paz é sempre melhor que a guerra.
D em ambos, a guerra ou a paz são boas quando o fim é justo.
E para Hobbes, a paz liga-se à natureza e, de acordo com o texto II, 
à civilização.
QUESTÃO 51
Apesar dos intensos conflitos desde o final da década de 1970, 
a população afegã tenta manter sua rotina através, por exemplo, do 
pastoreio do rebanho ovino ou caprino, subindo as montanhas durante 
o verão e fazendo o caminho inverso no inverno. 
<https://i.pinimg.com/>
Esse movimento migratório é conhecido como:
A nomadismo sedentário
B aclimatação
C migração intrarregional
D êxodo rural
E transumância
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SIMULADO ENEM16
6.220
QUESTÃO 52
Com sua teoria consensual da verdade, Habermas se distancia 
mais ainda da epistemologia positivista, que postula uma relação 
não problemática com o real. Verdadeira não é uma afirmação que 
corresponde a um objeto ou a uma relação real, mas uma afirma-
ção considerada válida num processo de argumentação discursiva. 
A verdade não tem que ver com conteúdos e sim com procedimen-
tos: aqueles que permitem estabelecer um consenso fundado. A 
verdade, num certo sentido, confunde-se com as condições formais 
para alcançá-la.
B. Freitag; S. P . Rouanet. Habermas:
Sociologia. São Paulo: Ática, 1993.
A passagem comenta a concepção habermasiana de verdade, segun-
do a qual:
A a correspondência com a realidade garante a verdade de uma afir-
mação.
B a razão pura fornece as categorias para a compreensão das coisas 
em si mesmas.
C a validade de uma afirmação provém de um procedimento discur-
sivo.
D o consenso não desempenha papel no conhecimento da verdade.
E o conhecimento é universalmente obtido pelos indivíduos quando 
usam a razão.
QUESTÃO 53
Aos 33 anos, a velocista e multicampeã olímpica norte-americana 
Allyson Felix é dona de seis ouros olímpicos e acaba de quebrar o re-
corde de ninguém menos que Usain Bolt em Doha, Qatar, durante o 
Campeonato Mundial de Atletismo da IAAF (Associação Internacional 
das Federações de Atletismo). Allyson é a única atleta, homem ou mu-
lher, a ganhar 12 medalhas de ouro no mundial. 
A vitória de Felix se torna simbólica para todas as mulheres quan-
do, dez meses antes, a atleta perdeu o patrocínio da Nike. Allyson 
expôs ao New York Times que recebeu, para 2018, um contrato 70% 
menor do que o ano anterior após decidir se tornar mãe. Ela também 
pediu à marca garantias de que não seria penalizada caso rendesse 
abaixo do nível nos meses seguintes ao parto. O pedido foi negado. 
“Não estava disposta a aceitar o status quo duradouro da mater-
nidade. Eu queria estabelecer um novo padrão. Se eu, uma das atletas 
mais amplamente comercializadas da Nike, não pudesse garantir essas 
proteções, quem poderia? A Nike recusou. Estamos parados desde 
então”, escreveu Felix na época. Em meio à polêmica, o contrato não 
foi renovado.
A denúncia de Allyson e mais outras atletas ao The New York 
Times resultou na mudança de políticas para atletas grávidas. Ainda 
assim, é um sintoma sobre como empresas abraçam publicamente o 
empoderamento feminino mas mantêm as mesmas práticas discrimi-
natórias.
Disponível em: <https://lifestyle.r7.com>. 
Acesso em: 04 out. 2019.
A situação vivida pela velocista estadunidense evidencia: 
A a superação da discriminação contra mulheres.
B a violência de gênero existente no universo esportivo.
C a igualdade física entre atletas homens e mulheres.
D a perpetuação da desigualdade de gênero no esporte.
E o apoio financeiro das grandes marcas às mulheres.
QUESTÃO 54
(Enem) Considere o papel da técnica no desenvolvimento da cons-
tituição de sociedades e três invenções tecnológicas que marcaram 
esse processo: invenção do arco e flecha nas civilizações primitivas, 
locomotiva nas civilizações do século XIX e televisão nas civilizações 
modernas.
A respeito dessas invenções são feitas as seguintes afirmações:
I. A primeira ampliou a capacidade de ação dos braços, provocando 
mudanças na forma de organização social e na utilização de fontes de 
alimentos.
II. A segunda tornou mais eficiente o sistema de transportes, amplian-
do possibilidades de locomoção e provocando mudanças na visão de 
espaço e tempo.
III. A terceira possibilitou um novo tipo de lazer que, envolvendo apenas 
participação passiva do ser humano, não provocou mudanças na sua 
forma de conceber o mundo.
Está correto o que se afirma em:
A I, apenas.
B I e II, apenas.
C I e III, apenas.
D II e III, apenas.
E I, II e III.
QUESTÃO 55
(Enem) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von 
Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações 
sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referin-
do-se ao indígena, ele afirmou:
“Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, 
ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o exci-
ta e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo 
[...]. Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até 
o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo 
inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito 
e feliz.”
Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. 
Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1982.
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius:
A apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os ín-
dios, diferentemente do que fazia a missão europeia, respeitavam 
a flora e

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