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Tema indicado na planilha: Taxa de filtração glomerular Q.1 Gato SRD de 5 anos de idade e pesando 1,9 kg que foi abandonado. No exame clínico foi verificada a sua condição de magreza, alopecia generalizada com pústulas cutâneas, enfraquecimento e andar cambaleante, junto com mucosas pálidas, desidratação, dor abdominal, di arr eia e hematoquezia. O exame para Leucose Felina (FeLV) por imunofluorescência indireta foi positivo. Exame parasitológico de fezes revelou presença de Giardia sp. e Isospora sp. Apesar de o animal ter sido tratado não foi observada recuperação, sendo finalmente eutanasiado. A necropsia revelou hepatomegalia e gastrite. No exame hematológico observa-se anemia microcítica hipocrômica, característica de anemia ferropriva, geralmente causada por subnutrição. A presença de rubroblastos e a policromatofilia indica uma anemia regenerativa. Eosinofilia pode estar relacionada com o parasitismo e a neutrofilia com as infecções observadas na pele (pústulas). A hipoalbuminemia é reflexo da má condição nutricional e o parasitismo intestinal. Azotemia neste caso deve ser pré-renal em função da desidratação. O aumento de amilase pode estar relacionado com a diminuição da taxa de filtração glomerular. Aumento de bilirrubina moderada, principalmente conjugada, pode ter relação com função hepática comprometida, como se observa nos casos de FeLV. Considerando seu conhecimento diante do processo de regulação da taxa de filtração glomerular (TFG), julgue os itens a seguir. I. Em condições normais, os rins mantêm a TFG em um nível relativamente constante. II. O sistema renina-angiotensina-altesterona é um importante regulador da TFG e do fluxo sanguíneo vascular. III. A TFG quando reduzida, estimula os rins á liberarem a enzima renina para que seja lançada na corrente sanguínea. IV. O feedback tubuloglomerular faz com que o diminua a taxa de filtração glomerular, onde essa diminuição aumenta o fluxo no membro ascendente espesso, aumentando o fornecimento de NaCl á mácula densa. V. No processo de reflexo miogênico glomerular, a constrição arteriolar aferente é imediata, após um aumento na tensão da parece arteriolar, aumentando assim, a resistência ao fluxo sanguíneo em resposta á pressão de perfusão aumentada. Os itens corretos são: a) I e III b) I, II e III c) I, III e V d) Apenas o item V e) Todas estão erradas RESPOSTA: C Tema indicado na planilha: Função da vagina e vestíbulo Q2. O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma neoplasia contagiosa que acomete cães, sem predileção por raça ou sexo (AMARAL, 2004). A transmissão geralmente ocorre pelo contato sexual entre cães, com implantação de células em tecidos lesionadas ou sadios (BRANDÃO, 2002), também pode ocorrer devido à esfoliação de células tumorais durante contatos eventuais como lambeduras e/ou mordeduras, justificando o aparecimento desse tumor extragenital (DAMASCENO, 2004). O TVT pertence a classificação de Tumores de Células Redondas, juntamente com os mastocitomas, linfomas e histiocitomas (VERMOOTEN, 1987). Quanto ao seu local de desenvolvimento pode acometer a genitália externa de cães de ambos os sexos, com localização mais frequente na vagina, vulva e região extragenital (fora dos órgãos ou da região genitais), nas fêmeas (LOAR, 1992). Nos machos comumente observados no prepúcio, pênis e região extragenital (GONZALEZ, 1997). Metástases podem ocorrer em 5% dos casos (NIELSEN, 1990; ISHIKAWA et al., 1995; BATAMUZI, 1996). Sua apresentação se dá geralmente a partir de pequenas áreas elevadas, com aspecto de couve-flor ou em nódulos, vermelho, friável, com presença de secreção serosanguinolenta e possível infecção bacteriana secundária (JOHNSON, 1994; MACEWEN, 2001). Em relação ao local de desenvolvimento da TVT em fêmeas, correlacione os órgãos, que possivelmente estão envolvidos, a suas determinadas funções. I. Vulva II. Vestíbulo III. Vagina a) É a região responsável pelo encontro dos tratos reprodutivo e urinário, na qual se estende da vulva até a abertura da uretra, ou seja, estende-se desde o orifício uretral até a vulva externa e combina as funções urinárias e reprodutivas. b) Órgão copulatório, onde o sêmen é depositado na sua porção final, ou seja, é uma passagem puramente reprodutiva, cópula e parto, e estende-se desde a cérvice até a entrada da uretra. c) É a abertura externa do aparelho genital da fêmea, formada pelos lábios maiores que são responsáveis pelo fechamento da entrada dos tratos reprodutivo e urinário. A sequência correta é: a) I-a, II-b e III-c b) I-c, II-a e III-b c) I-a, II-c e III-b d) I-c, II-b e III-a e) I-b, II-a e III-c RESPOSTA: B Tema indicado na planilha: Fermentação de lípideos em ruminates Q3. A nutrição de ruminantes pode ser considerada mais complexa que a nutrição de monogástricos. Devido à anatomia do trato digestivo, os microrganismos presentes no rúmen fermentam alimentos fibrosos e sintetizam nutrientes, principalmente proteína e algumas vitaminas (Barcelos et al., 2001). O rúmen fornece o ambiente propício e fonte alimentar para o crescimento e reprodução dos microrganismos. A ausência de oxigênio no rúmen favorece o crescimento de algumas bactérias em particular, e algumas delas conseguem degradar a parede celular das plantas (celulose) em simples açúcares (glicose). Os microrganismos fermentam a glucose para obter energia para crescer e durante o processo de fermentação eles produzem ácidos graxos voláteis (AGV). Os AGV atravessam a parede ruminal os quais são a principal fonte de energia dos ruminantes. A taxa e a extensão da digestão no rúmen dependem, entre outros fatores, da natureza e do teor dos constituintes da parede celular e da disponibilidade ruminal de nitrogênio. Desse modo, a avaliação dos componentes da parede celular e do conteúdo protéico, juntamente com a determinação da taxa e da extensão de fermentação no rúmen, constituem parâmetros importantes nos estudos do valor nutritivo de forragens (Buttery, 1977). A fermentação em ruminantes é resultado da atividade física e microbiológica que converte os compostos dietéticos a ácidos graxos voláteis, proteína microbiana, vitaminas do complexo B e vitamina K, metano e dióxido de carbono, amônia, nitrato, etc. (Owens & Goetsch, 1993). Para manutenção e bom desenvolvimento da população microbiana ruminal ativa, os animais devem manter o ambiente ruminal com condições adequadas. Todavia, existe o metabolismo microbiano dos lipídeos dos alimentos e uma nova síntese pelos micróbios de seus próprios lipídeos; os organismos do rúmen são limitados em suas habilidades para utilizarem substâncias altamente redutoras com uma fonte de energia e uso de ácidos graxos é restrito para a incorporação celular e propósitos sintéticos. O metabolismo microbiano dos galactolipídeos e triglicerídeos começam com suas hidrólises, as porções de glicerol e galactose existentes são rapidamente fermentadas pra ácidos graxos voláteis. Hidrólises do rúmen se processam rapidamente após a ingestão, a acumulação de fosfolipídeos é indicativo da síntese microbiana. A hidrogenação e metabolismo de ácidos graxos insaturados são comandados por certos tipos de bactérias do rúmen. Diante do texto base, explique quais seriam os efeitos da fermentação dos lipídeos no rúmen. RESPOSTA: Enquanto as baixas quantidades de lipídeos insaturados, que ocorrem em forragens, não acusam importantes efeitos sobre a fermentação no rúmen, quantidades em excesso de ácido graxos insaturados e triglicerídeos podem sim causar profundas alterações, através da eliminação do metano produzido pelas bactérias. Administrando-se doses freqüentes em pequenas quantidades, os animais são muito menos aptos a causar eliminação de metano do que administrado em uma única e alta dose. O deserranjamento da fermentação do metano produzum excesso de hidrogênio, resultando em alterações no balanço da fermentação no rúmen, proporcionando altas produções de propionato para manutenção do balanço da fermentação. O excesso de propinato está associado com alterações metabólicas no metabolismo de lipídeo animal, como se observa na síndrome da falta de gordura do leite. Ácidos graxos insaturados têm sido misturados a sugeridas substâncias, para a eliminação do mesmo na fermentação, com o propósito de redução da queda da fermentação e acréscimo na eficiência animal. Tema indicado na planilha: Hormônios liberados pela neurohipófise Q4. A Distocia caracteriza-se pelas dificuldades ou impedimentos que o(s) feto(s) encontra(m) para ser(em) expulso(s) do útero da fêmea gestante, ou seja, dificuldade de parto em decorrência de problemas de origem materna, fetal ou de ambos (TONIOLLO e VICENTE, 2003; TILLEY e SMITH Jr, 2008). Há três estágios do trabalho de parto, sendo que, o primeiro estágio se inicia quando começam as contrações uterinas e termina quando a cérvix fica completamente dilatada, tendo duração média de 6 a 12 horas. Gatas tendem a vocalizar em princípio; ronronam à medida que o parto se aproxima. O segundo estágio começa com a dilatação plena da cérvix, a entrada do primeiro feto no canal cervical e a ruptura da membrana corialantóide, terminando com a expulsão do último filhote da ninhada. Em gatas a duração média do parto é de 16 horas, com variação de 4 a 42 horas; é importante considerar essa variabilidade ao se intervir no trabalho de parto. E o terceiro estágio se inicia após a liberação da ninhada e termina com a eliminação de toda a placenta (TILLEY e SMITH Jr, 2008). Os sinais fetais nas gatas, com a elevação dos níveis séricos de prostaglandina, mediante sinalização através do aumento da concentração de cortisol materno e fetal causa a luteólise, promovendo a queda dos níveis séricos de progesterona. Isso causa descolamento placentário, aumento na secreção de prostaglandina e da sensibilidade uterina à ocitocina (liberada pela pressão do feto contra a cérvix e pela sinalização de receptores na mucosa cervical), iniciando o trabalho de parto. Ademais, a hipófise possui duas porções bem distintas, denominadas de neurohipófise, formando o lóbulo posterior da hipófise (um agregado de neurônios partindo de uma extensão do hipotálamo) e a adenohipófise, constituindo o lóbulo anterior (estruturada por células do tecido epitelial). Diante das afirmativas, relate sobre qual hormônio está sendo prejudicado para que o animal mantenha-se impossibilitado de realizar o processo de parto. RESPOSTA: A glândula hipófise, responsável pela síntese de hormônios (sistema endócrino), atua indiretamente no controle funcional de diversos órgãos do corpo animal. A hipófise possui duas porções, na qual a mais indicada ao caso estar relacionada à porção neurohipófise, onde a mesma possui a sua parte nervosa, correspondente a maior parte da neurohipófise e é responsável pelo armazenamento e liberação de ADH (hormônio antidiurético, vasopressina) e ocitocina, onde a mesma atua no estímulo da musculatura do útero, possuindo um importante papel na expulsão do feto no momento do parto, situação importante na enfermidade. A ocitocina age nos receptores específicos da musculatura lisa do miométrio uterino, aumentando o cálcio intracelular, estimulando a frequência, amplitude e duração das contrações uterinas.
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