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5 - ATOS ADMINISTRATIVOS docx

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DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 2 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas características 
distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Ex. atributos dos atos administrativos 
Segundo Di Pietro, é uma declaração unilateral do Estado ou de quem o represente que produz 
efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de Direito Público e 
sujeita a controle pelo Poder Judiciário. 
 
1 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
São todos os atos editados pela Administração Pública, independentemente se forem regidos 
predominantemente pelo direito privado ou pelo direito público. Podemos dizer que os atos da 
administração incluem os atos administrativos (regidos pelo direito público). 
São espécies de atos da administração: 
a) atos de direito privado (a exemplo de uma doação ou locação) 
b) atos materiais (atos que envolvem apenas a execução de uma atividade – demolição) 
c) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor (atestados e certidões) 
d) atos políticos 
e) atos normativos 
f) atos administrativos propriamente ditos 
 
1.1 FATOS DA ADMINISTRAÇÃO E FATOS ADMINISTRATIVOS 
Podemos afirmar que FATO é um acontecimento. Alguns fatos, inclusive, podem acontecer 
independentemente da vontade da administração. 
ATO ADMINISTRATIVO
DECLARAÇÃO UNILATERAL
EXERCÍCIO DA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
REALIZADO POR AGENTE PÚBLICO OU 
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO
REGIDO PELO DIREITO PÚBLICO
PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS IMEDIATOS
SUJEITO AO CONTROLE JUDICIAL
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 3 
 
Fatos da Administração são os acontecimentos no âmbito da administração pública e que 
não possuem repercussão no Direito Administrativo. Ex. café derramado na toalha pelo servidor 
(não há efeito jurídico nesse acontecimento, basta a toalha ser limpa novamente). 
Fatos Administrativos são os acontecimentos no âmbito da administração pública e que 
possuem repercussão no Direito Administrativo. Ex. se o mesmo café derramado na toalha 
danificar a referida toalha, causando um prejuízo de trinta reais, o servidor terá que indenizar 
a administração pública nesse valor. 
OBS: também serão considerados fatos administrativos qualquer realização material 
decorrente da função administrativa (atos materiais). Ex. construção de uma estrada, limpeza 
de ruas, interdição de estabelecimento. Normalmente os atos materiais são decorrentes 
de um ato administrativo. 
OBS: a OMISSÃO da administração pública é considerada um fato administrativo, quando esse 
silêncio produzir efeitos jurídicos. Ex: a decadência do direito de a administração anular um ato 
administrativo. 
OBS: por fim, os eventos naturais e que produzam efeitos jurídicos no âmbito da 
administração, também serão considerados fatos administrativos. Ex. morte de um servidor, 
nascimento de filho de servidora, raio que incendiou a repartição pública. 
 
ELEMENTOS (Co Fi Fo Mo Ob) e ATRIBUTOS (PATI) do ato administrativo 
 
ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato 
COmpetência: poder atribuído 
FInalidade: interesse público (resultado 
mediato) 
FOrma: como o ato vem ao mundo 
Motivo: pressupostos de fato e de direito 
Objeto: conteúdo (resultado imediato) 
 
Presunção de legitimidade: conformidade 
do ato com a ordem jurídica e veracidade dos 
fatos (sempre existe). 
Autoexecutoriedade: permite que a 
Administração atue independente de 
autorização judicial. 
Tipicidade: vem sempre definido em lei. 
Imperatividade: faz com que o destinatário 
deva obediência ao ato, independente de 
concordância. 
 
 
2 ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
2.1 COMPETÊNCIA 
A competência ou o sujeito do ato administrativo é o poder legal conferido ao agente público 
para o desempenho das atribuições do seu cargo. 
O elemento competência sempre será vinculado. 
Caso o agente público atue fora dos limites da sua competência, temos presente o abuso de 
poder, na modalidade excesso de poder. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 4 
 
Nem sempre o ato com vício de competência deve, obrigatoriamente, ser anulado. Exceto 
quanto tratar-se de competência exclusiva ou competência em razão da matéria, o ato poderá 
ser CONVALIDADO. 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA: 
1 – é irrenunciável – como é prevista em lei, é de exercício obrigatório pelo agente público. 
2 – é inderrogável – a competência não se transfere por acordo ou vontade das partes. 
3 – é improrrogável – significa que a inércia das partes em não alegar a incompetência de 
determinado sujeito não o torna competente. Ex. multa de trânsito expedida por autoridade 
incompetente. 
4 – é intransferível – a titularidade sempre permanece a mesma, na delegação ou avocação, 
o que se transfere temporariamente é o exercício da competência. 
5 – é imprescritível – o exercício da competência não prescreve com o lapso temporal. 
 
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
Os artigos 11 ao 14, da lei 9.784/99, trazem algumas condições e características acerca da 
delegação de competência: 
- a regra geral é a possibilidade de delegação de competência, a qual somente não é 
admitida se houver impedimento legal; 
- a delegação pode ser feita para órgãos ou agentes subordinados, mas ela também é possível 
mesmo que não exista subordinação hierárquica; 
- a delegação deve ser de apenas parte da competência do órgão ou agente, não de todas as 
suas atribuições; 
- a delegação será sempre por prazo determinado; 
- o ato de delegação é um ato discricionário e é revogável a qualquer tempo pelo 
delegante; 
- o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial; 
- o ato praticado por delegação deve mencionar expressamente esse fato e é considerado 
adotado pelo delegado, ou seja, a responsabilidade recai sobre ele. 
 
Atos que não podem ser delegados (art. 13 da Lei 9.784/99): 
1- A edição de atos de caráter normativo 
2- A decisão de recursos administrativos 
3- As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
É o ato em que o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de determinada 
competência atribuída por lei a subordinado. 
OBS: não é possível a avocação de competência quando se tratar de competência exclusiva 
do subordinado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 5 
 
 
2.2 FINALIDADE 
A finalidade é requisito essencial de validade dos atos administrativos, que constitui o 
seu necessário direcionamento a um fim de interesse público, indicado expressa ou 
implicitamente na norma legal, embasadora de sua realização. 
A finalidade sempre é elemento VINCULADO. 
Decorre do princípio da IMPESSOALIDADE. 
A finalidade é o efeito jurídico mediato (secundário) que o ato administrativo produz. O efeito 
jurídico imediato que o ato produz é o objeto (conteúdo) do ato. 
A finalidade do ato administrativo deve ser atingida tanto em sentido amplo (interesse 
público) como em sentido estrito (finalidade específica, prevista em lei) para que seja 
considerado válido. 
O desatendimento a qualquer das finalidades de um ato administrativo – geral ou específica – 
configura vício insanável, devendo o ato ser anulado. Lembre-se que o gênero abuso de 
poder se subdivide em duas espécies: excesso de poder (vício na competência) e desvio de 
poder (vício na finalidade ampla ou estrita de qualquer ato administrativo). 
 
2.3 FORMA 
A forma é o modo de exteriorização dos atos administrativos. Via de regra, os atos 
administrativos exigem a forma escrita, porém, existem atos administrativos não escritos: 
ordens verbais, gestos, apitos, sinais luminosos, etc. 
Atualmente, regra geral, a forma é elemento VINCULADO dos atos administrativos. 
Via de regra, o vício de forma pode ser convalidado. No entanto, sempre que a lei 
expressamente exigir determinada forma para queum ato administrativo seja considerado 
válido, a inobservância dessa exigência acarretará a nulidade do ato. 
OBS: a motivação – declaração escrita dos motivos que ensejaram a prática do ato – 
integra o elemento forma do ato administrativo. A ausência de motivação, quando 
obrigatória, acarreta a nulidade do ato, por vício de forma. 
 
2.4 MOTIVO 
O motivo é o pressuposto de fato e de direito que determina a prática do ato. É a causa 
imediata do ato administrativo. Ex. a lei diz que o servidor tem direito a 5 dias de licença 
paternidade. Se um servidor requerer a licença e provar o nascimento do filho (pressuposto de 
fato), a administração, verificando que a situação fática se encaixa na hipótese prevista na lei 
(pressuposto de direito), pratica o ato. 
O motivo pode ser VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO. 
Quando o motivo é INEXISTENTE ou ILEGÍTIMO, o vício é insanável e o ato deve ser 
ANULADO. 
 
MOTIVAÇÃO 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 6 
 
Motivo e motivação são coisas diferentes. A motivação é a declaração por escrito do 
motivo que determinou a prática do ato. Todos os atos possuem motivo, porém, alguns 
atos o motivo não precisa ser declarado. A motivação deve ser prévia ou concomitante à edição 
do ato. 
A motivação é obrigatória nos atos vinculados e sua exigência é a regra nos atos discricionários 
(Di Pietro). Exemplo de motivação discricionária mais cobrada em provas é a nomeação e 
exoneração ad nutum de servidor para cargo em comissão pela administração pública. 
Como já visto, a motivação faz parte do elemento FORMA dos atos administrativos. 
 
ATOS QUE OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS (art. 50, Lei 9.784/99) 
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses 
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções 
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção 
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório 
V – decidam recursos administrativos 
VI – decorram de reexame de ofício 
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, 
laudos, propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato 
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo 
 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
Segundo essa teoria, o motivo alegado pelo agente público, no momento da edição do ato, 
deve corresponder à realidade, tem que ser verdadeiro. 
Caso se comprove que não ocorreu a situação declarada, ou a inadequação entre a situação 
ocorrida (pressuposto de fato) e o motivo descrito na lei (pressuposto de direito), o ato será 
nulo. 
A teoria dos motivos determinantes só se aplica aos atos em que houve motivação, sejam os 
atos discricionários ou vinculados. 
ESAF: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que determinou e 
justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a sua validade. 
CESPE: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, o agente que pratica um ato 
discricionário, embora não havendo obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos 
jurídicos da sua realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a 
administração, aos motivos ali expostos. 
 
2.5 OBJETO (CONTEÚDO DO ATO) 
Pode-se dizer que o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. EX. o objeto 
de uma licença paternidade é a própria concessão da licença. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 7 
 
De acordo com a doutrina em geral, nos atos vinculados o motivo e o objeto serão sempre 
vinculados e nos atos discricionários, o motivo e o objeto são discricionários. Desse modo, o 
que nos permite verificar se o ato é vinculado ou discricionário é o motivo e o objeto.0068 
 
MÉRITO ADMINISTRATIVO 
Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, mérito administrativo é o poder 
conferido pela lei ao agente público para que ele decida sobre a oportunidade e conveniência 
de praticar determinado ato discricionário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos limites 
estabelecidos na lei. Vale repetir, só existe mérito administrativo em atos 
discricionários. 
O Poder Judiciário exercendo a função jurisdicional, nunca vai adentrar no mérito administrativo 
(motivo e objeto) dos atos administrativos. Ele pode controlar apenas a legalidade de um ato 
administrativo. Assim, o Poder Judiciário jamais irá revogar um ato administrativo no exercício 
da função jurisdicional por motivos de conveniência e oportunidade, nesse caso, ele apenas 
poderá anular o ato quando ilegal. 
 
 
3 ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (PATI) 
3.1 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE 
Significa dizer que todos os atos são legítimos, ou seja, todos os atos foram editados conforme 
o direito. Essa presunção é relativa (juris tantum), isto é, admite prova em contrário. O ônus 
da prova da existência de vício no ato administrativo é de quem alega, ou seja, do 
administrado. 
Esse atributo (ou qualidade) está presente em TODOS os atos administrativos. 
Presunção de legitimidade: presume-se que o ato foi praticado conforme a lei. Presunção 
de veracidade: presume-se que os fatos alegados pela Administração são verdadeiros. 
(CESPE/TCE-PA/2016) A presunção de legitimidade dos atos administrativos está 
relacionada à sujeição da administração ao princípio da legalidade. 
 
3.2 IMPERATIVIDADE 
É a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os 
administrados, ou impor-lhes obrigações, independente de sua concordância ou sua 
aquiescência. 
É decorrência direta do poder extroverso do Estado. 
Não está presente em todos os atos administrativos. Está presente apenas nos atos que 
impõem obrigações ou restrições. Não está presente nos atos enunciativos (ex: certidão, 
parecer) e nos atos que conferem direitos (ex: licença ou autorização de bem público). 
 
3.3 AUTOEXECUTORIEDADE 
São os atos que podem ser implementados, diretamente, inclusive mediante o uso da força, se 
necessária, sem que a administração precise obter autorização judicial prévia. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 8 
 
Não está presente em todos os atos administrativos 
Exemplo de ato NÃO revestido de autoexecutoriedade é a cobrança de multa, quando resistida 
pelo particular. Assim, se a administração quiser receber a quantia desejada, deverá acionar o 
Poder Judiciário, através de uma ação de cobrança chamada execução fiscal. 
Segundo a doutrina, a autoexecutoriedade está presente quando a lei expressamente a prevê 
e em situações de urgência. 
Atos autoexecutórios mais comuns: 
- atos de polícia 
- de interdição e demolição de prédios ameaçados de desabar 
- de apreensão de mercadorias impróprias para o consumo 
- dissolução de uma passeata 
 
3.4 TIPICIDADE 
Segundo Di Pietro, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras 
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.” 
Cada espécie de ato administrativo requer a devida previsão legal. 
Impede a prática de atos inominados (atos sem previsão legal). 
(CESPE/TCE-PA/2016) Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato 
administrativo, devem-se observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos 
administrados maior segurança jurídica. 
 
 
4 – EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
4.1 ANULAÇÃO 
Ocorre a anulação quando há algum tipo de vício no ato, relativo à legalidade ou legitimidade. 
Na anulação sempre ocorre um controle de legalidade, nunca um controle de mérito. 
A anulação pode ser realizada pela própria administração, de ofício ou mediante 
provocação, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado. 
Os vícios de legalidade podem ser sanáveis ou não. Quando forem insanáveis, o ato deve 
ser obrigatoriamente anulado. Caso os vícios forem sanáveis, o ato pode tanto ser anulado 
como convalidado. A convalidação é atodiscricionário, privativo da administração. 
Tanto os atos vinculados como os discricionários são passíveis de anulação. No 
entanto, nos atos discricionários, não pode haver anulação por questões de mérito 
administrativo, ou seja, um ato não pode ser anulado por ser considerado inconveniente ou 
inoportuno. 
A anulação de um ato administrativo gera efeitos retroativos (ex tunc). Porém, devem 
ser resguardados os efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé. Vale lembrar que 
o ato nulo não gera direitos adquiridos, o que ocorre, é que os efeitos já produzidos até a 
data da sua anulação, perante terceiros de boa-fé, não serão desfeitos. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 9 
 
STF: qualquer ato da administração pública que tiver o condão de repercutir sobre a esfera de 
interesses do cidadão deverá ser precedido de procedimento em que se assegure ao interessado 
o efetivo exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa (RE 594.296/MG). 
Vale destacar, ainda, que essa decisão vale para todas as formas de desfazimento dos atos 
administrativos (revogação, anulação, cassação, etc) e não só para os casos de anulação. 
De acordo com o art. 54 da Lei 9784/99, é de 5 anos o prazo para a anulação de atos 
administrativos ilegais, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado, 
salvo comprovada a má-fé (o ônus da prova, nesse caso, é da administração). 
 
4.2 REVOGAÇÃO 
A revogação é a retirada, do mundo jurídico, de um ato VÁLIDO, mas que se tornou 
inconveniente ou inoportuno. 
Somente os atos administrativos discricionários podem ser revogados, decorre 
exclusivamente de critérios de conveniência e oportunidade da administração pública. 
A revogação de um ato administrativo gera efeitos prospectivos (ex nunc), porquanto 
o ato revogado era válido, não possuía vício nenhum. Devem-se respeitar os direitos 
adquiridos. 
Somente pode revogar um ato administrativo aquele que praticou o ato. O Poder 
Judiciário jamais poderá revogar um ato administrativo editado pela administração 
pública. No entanto, o Poder Judiciário poderá revogar os seus próprios atos quando no 
exercício de sua função administrativa (função atípica). 
 
ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS 
- os atos vinculados 
- os atos consumados (que exauriram os seus efeitos) 
- os atos que integram um procedimento 
- os atos que já geraram direitos adquiridos 
- os meros atos administrativos (certidões, atestados, votos e pareceres) 
OBS: tanto a revogação quanto a anulação de atos administrativos pela própria 
administração pública são decorrências do denominado poder de AUTOTUTELA administrativa 
(Súmula 473/STF). 
Súmula n. 473/STF: a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
EFEITO REPRISTINATÓRIO DA REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO: De acordo com Matheus 
Carvalho, assim como ocorre nos casos de anulação, na revogação de atos não há o efeito 
repristinatório, ou seja, a retirada, por razões de conveniência e oportunidade, do ato X que 
havia revogado o ato Y, não gera o retorno do ato Y ao ordenamento jurídico, salvo disposição 
expressa no ato que determinou a revogação do ato X." (CARVALHO, Matheus. Manual de 
Direito Administrativo. 3ª ed. p. 288-289). 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 10 
 
(CESPE/2016/PC-GO/ESCRIVÃO) A revogação, pela administração, de ato administrativo 
que tenha revogado um primeiro ato produzirá como efeito automático e imediato a 
revalidação desse primeiro ato, que passará novamente a surtir efeitos normalmente. 
GABRITO: INCORRETO 
 
4.3 CASSAÇÃO 
É a extinção de um ato administrativo quando o beneficiário deixa de cumprir os requisitos 
que deveria estar cumprindo. 
Na maioria das vezes, a cassação é uma forma de sanção para o particular que deixou de 
cumprir as condições exigidas para a manutenção de um determinado ato. Ex. licença para 
construir e licença para o exercício de uma profissão. 
 
OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
Extinção natural: cumprimento dos efeitos do ato; 
Extinção subjetiva: desaparecimento do sujeito (ex: falecimento do servidor que estava em 
licença); 
Extinção objetiva: desaparecimento do objeto (ex: destruição do bem objeto de autorização 
de uso); 
Caducidade: norma jurídica posterior tornou inviável a permanência da situação antes 
permitida pelo ato; 
Contraposição: edição posterior de ato cujos efeitos se contrapõem ao anteriormente emitido 
(ex: exoneração versus nomeação); 
Renúncia: o próprio beneficiário abre mão de uma vantagem de que desfrutava. 
Conversão: atinge ato inválido, mudando-o para outra categoria, para que se aproveitem os 
efeitos já produzidos. 
 
 
5 CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
Como já vimos, os atos com vícios de legalidade ou legitimidade devem ser anulados, ou pela 
própria administração (de ofício ou quando provocada) ou pelo Poder Judiciário (quando 
provocado). No entanto, em alguns poucos casos, os vícios de legalidade dão origem a atos 
meramente anuláveis, ou seja, atos que, a critério da administração pública, poderão ser 
anulados ou convalidados (corrigidos). 
O art. 55 da Lei 9.784/99, aponta três condições para que o ato possa ser convalidado: 
I- Defeito sanável 
II- O ato não acarretar lesão ao interesse público 
III- O ato não acarretar prejuízo a terceiros 
Os defeitos sanáveis são: 
a) Vícios relativos à competência quanto à pessoa (não quanto à matéria), desde que 
não se trate de competência exclusiva; 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 11 
 
b) Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial à validade 
daquele ato. 
OBS: O Poder Judiciário não pode convalidar atos administrativos de outros poderes (só poderá 
convalidar os seus próprios atos quando exercendo a sua função atípica de administrar). 
OBS: a convalidação é um ato discricionário para a administração, isto é, ela poderá convalidar 
o ato por juízo de conveniência e oportunidade administrativas. 
OBS: a convalidação pode recair tanto sobre atos discricionários ou vinculados, porquanto o 
controle é de legalidade (vício na competência ou forma) e não de mérito administrativo. 
OBS: em regra a convalidação é realizada pela própria administração, mas 
eventualmente poderá ser feita pelo administrado, quando a edição do ato dependia da 
manifestação de sua vontade e a exigência não foi observada. 
OBS: a convalidação é de atos ilegais 
OBS: a convalidação possui efeitos retroativos. 
Abaixo, segue um quadro retirado do livro dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 
sintetizando as principais diferenças entre a anulação, a revogação e a convalidação de atos 
administrativos descrita no art. 55 da Lei 9.784/1999.1 
 
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CONVALIDAÇÃO 
Retirada de atos inválidos, 
com vícios, ilegais. 
Retirada de atos válidos, 
sem qualquer vício. 
Correção de atos com vícios 
sanáveis, desde que tais 
atos não tenham acarretado 
lesão ao interesse público 
nem prejuízo a terceiros. 
Opera retroativamente, 
resguardados os efeitos já 
produzidos perante 
terceiros de boa-fé. 
Efeitos prospectivos; não é 
possível revogar atos que já 
tenham gerado direito 
adquirido. 
Opera retroativamente. 
Corrige o ato, tornando 
regulares os seus efeitos, 
passados e futuros. 
Pode ser efetuada pela 
administração, de ofício ou 
provocada, ou pelo 
Judiciário, se provocado. 
Só pode ser efetuada pela 
própria administração que 
praticou o ato. 
Só pode ser efetuada pela 
própria administração que 
praticou o ato. 
Pode incidir sobre atos 
vinculados e discricionários, 
exceto sobre o mérito 
administrativo. 
Só incide sobre atos 
discricionários(não existe 
revogação de ato vinculado). 
Pode incidir sobre atos 
vinculados e discricionários. 
A anulação de ato com vício 
insanável é um ato 
vinculado. A anulação de 
ato com vício sanável que 
fosse passível de 
A revogação é um ato 
discricionário. 
A convalidação é um ato 
discricionário. Em tese, a 
administração pode optar 
por anular o ato, mesmo que 
 
1 Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. e atual. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 181. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 12 
 
convalidação é um ato 
discricionário. 
ele fosse passível de 
convalidação. 
 
 
6 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
6.1 QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE 
Atos vinculados: a lei fixa os requisitos e condições de sua realização, não deixando liberdade 
de ação para a Administração. 
Atos discricionários: a Administração tem liberdade de ação dentro de determinados 
parâmetros previamente definidos em lei. 
Há discricionariedade nos elementos motivo e objeto dos atos administrativos. 
Os atos discricionários podem ser tanto anulados (controle de legalidade) como revogados 
(controle de mérito) 
O controle judicial dos atos discricionários refere-se apenas a aspectos de legalidade do referido 
ato. 
 
6.2 QUANTO AOS DESTINATÁRIOS 
Atos gerais: possuem destinatários indeterminados; são dotados de generalidade e 
abstração; prevalecem sobre os atos individuais. Ex: atos normativos. 
Atos individuais: possuem destinatários certos e determinados; pode ser um destinatário 
(ato singular) ou vários (ato plúrimo). Ex: nomeação, exoneração, autorização, licença. 
 
6.3 QUANTO À SITUAÇÃO DE TERCEIROS 
Atos internos: atingem apenas o órgão que os editou. Ex: portaria de remoção de servidor. 
Atos externos: também atingem terceiros. Ex: multas a empresas contratadas, editais de 
licitação, atos normativos etc. 
 
6.4 QUANTO À FORMAÇÃO DE VONTADE 
Atos simples: decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Ex: 
despacho de um chefe de seção, decisões de conselhos administrativos. 
Atos complexos: decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas, 
provenientes de órgãos diversos (há um ato único). Ex: aposentadoria de servidor estatutário, 
portarias conjuntas. 
Segundo o STF, a nomeação de ministros de Tribunal Superior é exemplo de ato 
complexo. 
Atos compostos: resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um 
é instrumental em relação à do outro (existem dois atos). Ex: autorização que depende de 
visto. 
 
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6.5 QUANTO ÀS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Atos de império: Atos administrativos de império são aqueles praticados de ofício pelos 
agentes públicos e impostos de maneira coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados 
a obedecer-lhes. Ex: desapropriação. 
Atos de gestão: Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública 
como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar em relação aos 
administrados. Ex: alienação de bens, aluguéis de imóveis. 
Atos de expediente: se destinam a dar andamento aos processos e papeis administrativos, 
sem qualquer conteúdo decisório. Ex: protocolo de documentos. 
 
6.6 QUANTO AOS EFEITOS 
Ato constitutivo, extintivo ou modificativo: respectivamente criam, extinguem ou 
modificam direitos e obrigações para seus destinatários. Ex: licenças, nomeações, aplicação 
de sanções (constitutivos); cassação de autorização, demissão de servidor (extintivos); 
alteração de horário de funcionamento do órgão (modificativo). 
Ato declaratório: atesta um fato ou reconhece um direito ou uma obrigação que já existia 
antes do ato. Ex: expedição de certidões e atestados. 
 
6.7 QUANTO AOS REQUISITOS DE VALIDADE 
Ato válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum vício. 
Ato nulo: é aquele que nasce com vício insanável. Ex: ato com motivo inexistente, ato com 
objeto não previsto em lei e ato praticado com desvio de finalidade. 
Ato anulável: é o que apresenta vício sanável. Ex: vícios de competência e de forma (regra). 
Ato inexistente: apenas tem aparência de ato administrativo, mas, em verdade, não chega a 
entrar no mundo jurídico, por falta de um elemento essencial. Ex: usurpador de função. 
64811190068 
6.8 QUANTO À EXEQUIBILIDADE 
Ato perfeito: aquele que já concluiu todas as etapas da sua formação. 
Ato eficaz: é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum 
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc. 
Ato pendente: é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir 
efeitos. 
Ato consumado: é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir. 
 
 
7 ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (NONEP) 
7.1 ATOS NORMATIVOS 
Possuem efeitos gerais e abstratos, atingindo todos aqueles que se situam em idêntica 
situação jurídica (não têm destinatários determinados) Correspondem aos atos gerais. 
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Não podem inovar o ordenamento jurídico (ao contrário das leis). 
Atos normativos são leis em sentido material (e não em sentido formal), pois possuem 
conteúdo de leis, porém não passaram pelo procedimento legislativo constitucional. 
Não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos ou ação 
judicial ordinária; devem ser impugnados por ação direta de inconstitucionalidade. 
Exemplos: regulamentos, portarias, circulares, instruções normativas. 
 
7.2 ATOS ORDINATÓRIOS 
São os atos com efeitos internos, endereçados aos servidores públicos, que visam a 
disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. 
Possuem fundamento no poder hierárquico; de regra, não atingem os particulares em geral. 
São inferiores em hierarquia aos atos normativos. Exemplos: portarias de delegação de 
competência, circulares internas, ordens de serviço, avisos. 
 
7.3 ATOS NEGOCIAIS 
São aqueles em que a vontade da Administração coincide com o interesse do administrado. 
Representam a anuência prévia da Administração para o particular realizar determinada 
atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito (atos de consentimento). 
Não cabe falar em imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos negociais. 
Licença: 
Ato administrativo vinculado e definitivo. Permite ao particular exercer direitos 
subjetivos. 
Não pode, em regra, ser revogada (exceto licença para construir). Admite apenas 
cassação (vício na execução) ou anulação (vício na origem). Pode gerar direito a 
indenização ao particular, caso ele não tenha dado causa à invalidação da licença. 
 
Autorização: 
Ato administrativo discricionário e precário. Permite ao particular exercer atividades 
materiais, prestar serviços públicos ou utilizar bem público. 
Pode ser revogada a qualquer tempo pela Administração, em regra, sem a necessidade 
de pagar indenização ao interessado. 
 
Permissão: 
Ato administrativo discricionário e precário. Enquanto ato administrativo, refere-
se apenas ao uso de bem público; em caso de delegação de serviços públicos, a 
permissão deve ser formalizada mediante um contrato de adesão, precedido de licitação 
(ou seja, não constitui um ato administrativo). 
Outros exemplos: admissão, aprovação e homologação. 
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7.4 ATOS ENUNCIATIVOS 
São aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente (ex: certidões e atestados) 
ou que emitem uma opinião para preparar outro ato de caráter decisório (pareceres). 
A rigor, não constituem uma manifestação de vontade da Administração; por isso, são 
considerados meros atos da Administração(são atos administrativos apenas em sentido 
formal, mas não material). 
Exemplos: 
certidão (cópia fiel de informações registradas em livros ou banco de dados); 
atestado (declaração sobre fato que não consta em livro ou arquivo); 
parecer (pode ser obrigatório ou facultativo e, em alguns casos, pode ter efeito vinculante); 
apostila (averbação para corrigir ou atualizar dados). 
OBS: caso um parecer seja adotado como fundamento para uma decisão, o referido parecer 
passará a integrar o ato administrativo decisório. 
 
7.5 ATOS PUNITIVOS 
Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas. 
Podem ser de ordem interna (ex: penalidades disciplinares a servidores públicos) ou externa 
(sanções aplicadas a particulares). 
 
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8 QUESTÕES 
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça) Decreto de um governador estadual 
estabeleceu que determinado tema fosse regulamentado mediante portaria conjunta das 
secretarias estaduais A e B. Um ano depois de editada a portaria conjunta, nova portaria, 
editada apenas pela secretaria A, revogou a portaria inicial. 
Nessa situação, considerando-se o entendimento do STJ, 
I a segunda portaria não poderia gerar efeitos revocatórios. 
II a revogação de ato complexo, ou seja, ato formado pela manifestação de dois ou mais 
órgãos, demanda a edição de ato igualmente complexo; vale dizer, formado pela manifestação 
dos mesmos órgãos subscritores do ato a ser revogado. 
A respeito das asserções I e II, assinale a opção correta. 
a) A asserção I é falsa, e a II é verdadeira. 
b) As asserções I e II são falsas. 
c) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
d) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
 
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02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre atos administrativos, é correto afirmar: 
a) a delegação e avocação se caracterizam pela excepcionalidade e temporariedade, sendo 
certo que é proibida avocação nos casos de competência exclusiva. 
b) a renúncia é instituto afeto tanto aos atos restritivos quanto aos ampliativos. 
c) as deliberações e os despachos são espécies da mesma categoria de atos administrativos 
normativos. 
d) é ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo; 
salvo quando se tratar de recurso hierárquico impróprio. 
e) nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e ampla 
defesa, a qualquer tempo, quando a decisão puder resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo, de qualquer natureza, que beneficie o interessado. 
 
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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Em cada um do 
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a 
respeito da organização administrativa e dos atos administrativos. 
A prefeitura de determinado município brasileiro, suscitada por particulares a se manifestar 
acerca da construção de um condomínio privado em área de proteção ambiental, absteve-se 
de emitir parecer. Nessa situação, a obra poderá ser iniciada, pois o silêncio da administração 
é considerado ato administrativo e produz efeitos jurídicos, independentemente de lei ou 
decisão judicial. 
 
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04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Em cada um do 
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a 
respeito da organização administrativa e dos atos administrativos. 
Removido de ofício por interesse da administração, sob a justificativa de carência de servidores 
em outro setor, determinado servidor constatou que, em verdade, existia excesso de servidores 
na sua nova unidade de exercício. Nessa situação, o ato, embora seja discricionário, poderá ser 
invalidado. 
 
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05 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito) Com base na Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção 
correta acerca da revogação e dos elementos dos atos administrativos. 
a) A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos devidamente 
externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. 
b) O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante ou pela 
autoridade delegada. 
c) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua revogação. 
d) Caso um ato administrativo esteja eivado de vício de legalidade, o Poder Judiciário terá de 
revogá-lo. 
 
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06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) A convalidação dos atos administrativos 
a) destina-se, entre outros, a atos administrativos com vício de motivo. 
b) não pode ser feita por quem não pertença aos quadros da Administração pública. 
c) destina-se a atos válidos. 
d) tem efeitos retroativos. 
e) não pode ser inviabilizada pela ocorrência do fenômeno da prescrição. 
 
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07 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário – Engenharia) O ato 
administrativo discricionário 
a) apresenta discricionariedade em todos os seus requisitos, exceto quanto à competência para 
a prática do ato. 
b) apresenta discricionariedade em um de seus requisitos, qual seja, a finalidade. 
c) não comporta anulação. 
d) é passível de revogação. 
e) não está sujeito a controle judicial. 
 
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08 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Manoel, servidor público e chefe de determinada repartição, emitiu certidão de dados funcionais 
a seu subordinado, o servidor Pedro. Passados alguns dias da prática do ato administrativo, 
Manoel decide revogá-lo por razões de conveniência e oportunidade. Cumpre salientar que o 
mencionado ato não continha vício de ilegalidade. A propósito dos fatos narrados, a revogação 
está 
a) incorreta, pois somente caberia tal instituto se feito pela autoridade máxima do órgão ou 
entidade a que pertence Manoel. 
b) incorreta, pois somente caberia tal instituto se houvesse a concordância do servidor Pedro. 
c) correta. 
d) incorreta, porque o instituto adequado ao caso é a anulação. 
e) incorreta, porque certidão é ato administrativo que não comporta tal instituto. 
 
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09 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Considere: 
I. O atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos depende de lei expressa. 
II. A imperatividade significa que os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos 
quantos se encontrem em seu círculo de incidência, ainda que o objetivo por ele alcançado 
contrarie interesses privados. 
III. Em alguns atos administrativos, como as permissões e autorizações, está ausente o cunho 
coercitivo. 
IV. A presunção de legitimidade dos atos administrativos é juris et de jure, ou seja, presunção 
relativa. 
No que concerne aos atributos dos atos administrativos, está correto o que se afirma APENAS 
em 
a) I, II e IV. 
b) III e IV. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) II. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------10 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O 
Prefeito de determinado Município concedeu licença por motivo de doença em pessoa da família 
a servidor público municipal já falecido. Nesse caso, o ato administrativo citado apresenta vício 
de 
a) objeto. 
b) motivo. 
c) forma. 
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d) sujeito. 
e) finalidade. 
 
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11 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Judiciária) Fabio, 
servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu licença a seu subordinado 
Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de interesses particulares. No último dia da licença 
em curso, Fabio decide revogá-la por razões de conveniência e oportunidade. A propósito dos 
fatos, é correto afirmar que a revogação 
a) não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos. 
b) não é possível, pois apenas o superior de Fabio poderia assim o fazer. 
c) é possível, em razão da discricionariedade administrativa e da possibilidade de ocorrer com 
efeitos ex tunc. 
d) não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse algum vício no 
ato administrativo. 
e) é possível, desde que haja a concordância expressa de Gilmar. 
 
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12 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinada 
comissão de servidores, designada para a condução de procedimento licitatório, ao final de 
seus trabalhos, homologou o resultado e adjudicou o objeto ao vencedor. 
Nessa situação hipotética, os atos administrativos de homologação do resultado e de 
adjudicação do objeto classificam-se, 
a) quanto à forma de exteriorização, como parecer, sendo possível sua revogação judicial. 
b) quanto à forma de exteriorização, como deliberação, sendo impossível revogá-los após a 
celebração do correspondente contrato administrativo. 
c) quanto aos seus efeitos, como declaratórios, podendo a administração revogá-los. 
d) quanto à intervenção da vontade administrativa, como complexos, podendo ser anulados 
judicialmente. 
e) quanto ao conteúdo, como admissão, podendo a administração anulá-los. 
 
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13 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinado ato 
administrativo revogou outro ato. Posteriormente, contudo, um terceiro ato administrativo foi 
editado, tendo revogado esse ato revogatório. 
Nessa situação hipotética, o terceiro ato 
a) repristinou o ato primeiramente revogado, ou seja, restaurou os efeitos deste. 
b) provocou a caducidade do primeiro ato, que não poderá produzir efeitos. 
c) renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele constar expressamente tal intuito. 
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d) convalidou o primeiro ato administrativo, que volta a surtir efeitos regularmente. 
e) é nulo, pois o ato revogatório é irrevogável. 
 
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14 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária) Um servidor público 
praticou um ato administrativo para cuja prática ele é incompetente. Tal ato não era de 
competência exclusiva. 
Nessa situação, o ato praticado será 
a) inexistente. 
b) irregular. 
c) válido. 
d) nulo. 
e) anulável. 
 
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15 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos 
atributos dos atos administrativos, assinale a opção correta. 
a) O ato administrativo configura instrumento de realização do interesse público, razão por que 
ele tem a coercibilidade como atributo absoluto. 
b) A imperatividade é atributo que dota de coercitividade todos os atos administrativos. 
c) A presunção de legitimidade do ato administrativo é atenuada pela possibilidade de o 
particular deixar de cumpri-lo quando houver alguma dúvida sobre sua legalidade. 
d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas hipóteses de cobrança de 
multa e de desapropriação. 
e) O contraditório e a ampla defesa suprimem a autoexecutoriedade dos processos 
administrativos. 
 
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16 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O atributo que 
consiste na possibilidade de certos atos administrativos serem decididos e executados 
diretamente pela própria administração, independentemente de ordem judicial, denomina-se 
a) presunção de legitimidade. 
b) autoexecutoriedade. 
c) motivação. 
d) tipicidade. 
e) imperatividade. 
 
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17 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Atena, servidora pública federal e chefe de determinada repartição, aplicou penalidade de 
suspensão ao servidor Dionísio em razão de falta cometida. Antes do cumprimento da sanção, 
Atena descobriu que Dionísio não cometeu a infração, vez que praticada por outro servidor. 
Nesse caso, o ato administrativo 
a) pode ser revogado, competindo à própria Administração pública assim o fazer. 
b) deve ser anulado. 
c) comporta convalidação, no entanto, deverá ser alterado o sujeito passivo da penalidade. 
d) será revogado obrigatoriamente pelo Poder Judiciário. 
e) deve permanecer no mundo jurídico, vez que Dionísio ainda não havia cumprido a 
penalidade, bastando mera correção no próprio ato de suspensão. 
 
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18 (2017/FCC/Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Rodrigo é servidor público federal e chefe de determinada repartição pública. 
Rodrigo indeferiu as férias pleiteadas por um de seus subordinados, o servidor José, alegando 
escassez de pessoal na repartição. No entanto, José comprovou, que há excesso de servidores 
na repartição pública. No caso narrado, 
a) há vício de motivo no ato administrativo. 
b) o ato deve, obrigatoriamente, permanecer no mundo jurídico, vez que sequer exigia 
fundamentação. 
c) inexiste vício no ato administrativo, no entanto, o ato comporta revogação. 
d) o ato praticado por Rodrigo encontra-se viciado, no entanto, não admite anulação, haja vista 
a discricionariedade administrativa na hipótese. 
e) o objeto do ato administrativo encontra-se viciado. 
 
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19 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Melinda, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de competência. Cumpre 
salientar que a hipótese não trata de competência outorgada com exclusividade pela lei, mas 
o ato administrativo competia a servidor público diverso. Em razão do ocorrido, determinado 
particular impugnou expressamente o ato em razão do vício de competência. Nesse caso, o ato 
a) não comporta convalidação, pois o vício narrado não admite tal instituto. 
b) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex tunc. 
c) não comporta convalidação, em razão da impugnação feita pelo particular. 
d) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex nunc. 
e) comporta exclusivamente a aplicação do instituto da revogação, com efeitos ex tunc. 
 
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20 (2017/FCC/TRT -11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado Município de 
Roraima concedeu autorização para atividade de extração de areia de importante lago situado 
no Município. Cumpre salientar que o ato administrativo preencheu todos os requisitos legais, 
bem como foi praticado quando estavam presentes condições fáticas que não violavam o 
interesse público. Ocorre que, posteriormente, a atividade consentida veio a criar malefícios à 
natureza. No caso narrado, o ato administrativo emanado pelo Prefeito poderá ser 
a) mantido incólume no mundo jurídico, haja vista que a nova circunstância fática não gera 
consequências ao ato já praticado. 
b) anulado pela Administração pública ou pelo Judiciário, com efeitos ex tunc. 
c) anulado apenas pelo Poder Judiciário e com efeitos ex nunc. 
d) convalidado, com efeitos ex tunc. 
e) revogado, com efeitos ex nunc. 
 
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21 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A publicação de edital 
para realização de concurso público de provas e títulos para provimento de cargos em órgão 
público municipal motivou número de inscritos muito superior ao dimensionado pela 
Administração pública. Considerando a ausência de planejamento da Administração para 
aplicação das provas para número tão grande de candidatos, bem como que a recente 
divulgação da arrecadação municipal mostrou sensível decréscimo diante da estimativa de 
receitas, colocando em dúvida a concretude das nomeações dos eventuais aprovados, a 
Administração municipal 
a) pode anular o certame, em razão dos vícios de legalidade identificados. 
b) deve republicar o edital do concurso público para reduzir os cargos disponíveis, sob pena de 
nulidade do certame. 
c) pode revogar o certame, em razão das supervenientes razões de interesse público 
demonstradas para tanto. 
d) pode revogar o certame municipal somente se tiver restado demonstrada a inexistência de 
recursos para fazer frente às novas despesas com as aprovações decorrentes do concurso. 
e) deve prosseguir com o certame, republicando o edital para adiamento da realização da 
primeira prova, a fim de reorganizar a aplicação para o novo número de candidatos, sendo 
vedado revogar o certame em razão da redução de receitas. 
 
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22 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Os atos 
administrativos são dotados de atributos que lhe conferem peculiaridades em relação aos atos 
praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade 
a) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que podem ser executados 
diretamente pela própria Administração pública. 
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b) submetem-se ao controle de legalidade e de mérito realizado pelo Judiciário, tendo em vista 
que se trata de medida de exceção, em que a Administração pública adota medidas materiais 
para fazer cumprir suas decisões, ainda que não haja previsão legal. 
c) dependem apenas de homologação do Judiciário para serem executados diretamente pela 
Administração pública. 
d) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da decisão pela 
Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos do ato administrativo. 
e) implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios diretos, suas 
próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar a legalidade do ato. 
 
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23 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária) Pedro, servidor público de 
um órgão municipal encarregado da fiscalização de obras civis, emitiu autorização para Saulo 
construir um muro de arrimo e também demolir uma pequena edícula, comprometendo-se a 
providenciar, junto a seu superior, a formalização do correspondente alvará. Ocorre que Jair, 
morador de imóvel vizinho, sentiu-se prejudicado pelas obras, que causaram abalo em seu 
imóvel e denunciou a situação à autoridade competente, requerendo a nulidade do ato, face a 
incompetência de Pedro para emissão da autorização. Diante desse cenário, 
a) não há que se falar em convalidação, haja vista que o ato é discricionário, cabendo, 
exclusivamente, à autoridade competente a sua edição. 
b) a autorização conferida é passível de convalidação pela autoridade competente, se 
preenchidos os requisitos legais e técnicos para concessão da licença. 
c) a autorização dada por Pedro pode ser revogada pela autoridade competente, se verificadas 
razões de ordem técnica ou anulada judicialmente. 
d) o ato administrativo praticado por Pedro é viciado, passível de revogação, a qualquer tempo, 
pela autoridade competente para sua emissão. 
e) o ato praticado por Pedro é nulo, não passível de convalidação, haja vista que esta somente 
é cabível quando presentes vícios de forma e de motivação. 
 
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24 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia) Após o término de estágio probatório, a 
administração reprovou servidor público e editou ato de exoneração, no qual declarou que está 
se dera por inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia faltado ao 
serviço ou se atrasado para nele chegar. 
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é 
a) nulo por ausência de finalidade. 
b) anulável por ausência de objeto. 
c) anulável por ausência de forma. 
d) anulável por ausência de motivação. 
e) nulo por ausência de motivo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
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25 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
Ato praticado por usurpador de função pública é considerado ato irregular. 
 
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26 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato administrativo. 
 
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27 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos 
administrativos, julgue o próximo item. 
A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato administrativo 
com o objetivo de paralisar a atividade de construir. 
 
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28 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos 
administrativos, julgue o próximo item. 
Ato administrativo declaratório é aquele que implanta uma nova situação jurídica ou modifica 
ou extingue uma situação existente. 
 
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29 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação) José, chefe do setor de recursos 
humanos de determinado órgão público, editou ato disciplinando as regras para a participação 
de servidores em concurso de promoção. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
O veículo normativo adequado para a edição do referido ato é o decreto. 
 
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30 (2017/CESPE/SEDF/NívelMédio) Maurício, chefe imediato de João (ambos servidores 
públicos distritais), determinou que este participasse de reunião de trabalho em Fortaleza – CE 
nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das diárias. No dia oito de janeiro, João 
sofreu um acidente de carro e, conforme atestado médico apresentado para Maurício, teve de 
ficar de repouso por três dias, razão pela qual não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no 
bimestre que João teve de se afastar do serviço por motivo de saúde. 
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela relacionados, julgue 
o item a seguir. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
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A concessão de diária é ato vinculado da administração pública. 
 
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31 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) No que se refere aos poderes administrativos, aos 
atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. 
Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato nulo, 
emitiu uma certidão negativa de tributos para João. Na semana seguinte, Antônio foi exonerado 
em função da nulidade do ato que o vinculou à administração. 
Assertiva: Nessa situação, a certidão emitida por Antônio continuará válida. 
 
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32 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) No que se refere aos poderes administrativos, aos 
atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. 
Situação hipotética: A autoridade administrativa Y, no exercício de competência que lhe foi 
delegada pela autoridade X e que lhe conferia poder decisório para a prática de determinado 
ato de autoridade, praticou determinado ato administrativo que o administrado Z entendeu ser-
lhe prejudicial. Nessa situação, caso queira obstar os efeitos do referido ato mediante mandado 
de segurança, o administrado Z deverá dirigir sua peça contra a autoridade delegada, e não 
contra a autoridade delegante. 
 
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33 (2017/CESPE/SEDF/Direito) Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no 
serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do 
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se 
sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze 
dias após a data da publicação do resultado. 
Nessa situação hipotética, a portaria editada por Mauro contém vício nos elementos 
competência e objeto. 
 
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34 (2017/CESPE/SEDF/Administrador) À luz da legislação que rege os atos 
administrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o 
seguinte item. 
A competência — ou sujeito —, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto — ou conteúdo — 
são elementos que integram os atos administrativos. 
 
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35 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito da motivação dos atos 
administrativos, é correto afirmar: 
a) Pode ser dispensada a critério da autoridade competente, em homenagem ao princípio 
constitucional da duração razoável do processo. 
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b) É válida a motivação de caráter genérico, que se resuma a apontar que a decisão é tomada 
“por razões de interesse público”. 
c) Em regra, as motivações podem ser implícitas, cumprindo ao interessado revelá-las se 
necessário. 
d) Atos administrativos discricionários prescindem de motivação para serem válidos, visto que 
são produzidos a critério da Administração pública, por razões de conveniência ou 
oportunidade. 
e) Em regra, a motivação é requisito de validade do ato administrativo, devendo envolver, para 
ser suficiente, o apontamento das razões de fato e de Direito que o informam. 
 
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36 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito do atributo da presunção de 
validade dos atos administrativos, considere: 
I. Trata-se de presunção absoluta, que inadmite prova em contrário. 
II. Trata-se de atributo importante ao adequado funcionamento do Estado de Direito, visto ser 
manifestação da autoridade estatal, merecedora de fé pública e credibilidade até prova em 
contrário. 
III. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de motivar as suas decisões. 
IV. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de decidir mediante 
procedimentos administrativos. 
V. Trata-se de atributo por força do qual a validade dos atos administrativos é insuscetível de 
impugnação por eventuais interessados, exceto pela via judicial. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, III e IV. 
c) IV e V. 
d) II, III e V. 
e) I, II e V. 
 
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37 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Psicologia) Agente público produziu ato administrativo 
com vício de legalidade. O ato deve ser 
a) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos para o futuro, isto é, 
a partir da data em que publicado o ato de revogação. 
b) convalidado pela Administração pública, se o vício em questão for sanável, produzindo a 
convalidação efeitos apenas para o futuro, a partir da data de publicação do ato de 
convalidação. 
c) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos retroativos à data na 
qual foi publicado. 
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d) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos retroativos à data na qual 
foi publicado. 
e) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos apenas para o futuro, a 
partir da data de publicação do ato de anulação. 
 
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38 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Rodrigo, servidor público federal, ao praticar um ato administrativo, não observou determinada 
exigência legal. Isto porque a edição do ato dependia de manifestação de vontade do 
administrado Nelson e tal exigência não foi observada. No caso narrado, a convalidação do ato 
administrativo 
a) não é possível. 
b) pode ser feita por Nelson, que emitirá sua manifestação de vontade posteriormente, 
convalidando o ato. 
c) é possível, se feita exclusivamente por Rodrigo. 
d) pode ser feita tanto pelo administrado Nelson quanto por Rodrigo, no entanto, apenas na 
segunda hipótese dar-se-á com efeitos retroativos à data em que o ato foi praticado. 
e) é possível, desde que feita, exclusivamente, pelo superior hierárquico de Rodrigo e ocorra 
com efeitos ex nunc. 
 
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39 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Marcos, servidor público federal, praticou ato administrativo com vício de forma, não 
observando formalidade indispensável à existência do ato. O servidor, ao constatar o vício, 
revogou o ato administrativo e proferiu novo ato observando a formalidade exigida por lei. No 
caso narrado, 
a) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex tunc. 
b) não é possível a revogação, haja vista a ilegalidade do ato praticado. 
c) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex nunc. 
d) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da convalidação, sempre possível para ato com 
víciode forma. 
e) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da anulação, com efeitos ex nunc. 
 
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40 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Acerca do regime jurídico-
administrativo e do controle da administração pública, julgue o próximo item. 
A administração pública pode revogar seus atos por motivos de conveniência ou oportunidade, 
competindo, no entanto, exclusivamente ao Poder Judiciário a anulação de atos administrativos 
eivados de vícios de legalidade. 
 
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41 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário - Tecnologia da 
Informação) Mateus, servidor público federal, removeu o servidor Pedro para localidade 
extremamente distante e de difícil acesso, no intuito de castigá-lo. Ocorre que Pedro merecia 
penalidade administrativa por ter cometido infração funcional, mas não remoção. No caso 
narrado, a remoção, por não ser ato de categoria punitiva, apresenta vício de 
a) motivo. 
b) finalidade. 
c) objeto. 
d) forma. 
e) competência. 
 
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42 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário – Administrativo) Sergio, 
servidor público federal e chefe de determinada repartição pública, demitiu Antônio sob o 
fundamento de que o mesmo havia cometido falta grave. Cumpre salientar que Antônio não 
era servidor concursado, mas sim ocupante de cargo em comissão. Transcorridos quinze dias 
após a demissão, descobriu-se que Antônio não havia praticado falta grave e que Sergio 
pretendia colocar um colega seu no cargo anteriormente ocupado por Antônio. Neste caso, é 
correto afirmar: 
a) Por ser falso o motivo do ato administrativo, o ato de demissão é nulo. 
b) O ato de demissão é válido, haja vista tratar-se de cargo demissível ad nutum e que, 
portanto, sequer exigia motivação. 
c) Não incide a teoria dos motivos determinantes, haja vista que o vício é na forma e na 
finalidade do ato administrativo de demissão. 
d) Aplica-se, na hipótese, a convalidação do ato administrativo; portanto, Antônio, 
injustamente demitido, poderá retornar ao seu cargo. 
e) O ato é válido porque a finalidade pública foi mantida, sendo admissível a substituição de 
um servidor por outro, desde que o cargo seja adequadamente preenchido, de modo a não 
trazer prejuízo ao interesse público. 
 
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43 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Comunicação Social) 
Considere a seguinte situação hipotética: o Ministro de Estado da Educação, em situação 
emergencial, praticou ato administrativo de competência do Ministro do Planejamento. Nesse 
caso, a convalidação 
a) não é possível, em razão do vício de objeto. 
b) é possível, pois o vício de objeto narrado comporta convalidação. 
c) é possível, por se tratar de vício de forma. 
d) não é possível, em razão do vício de competência narrado. 
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e) é possível, independentemente do vício, se ocorrer com efeitos ex tunc. 
 
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44 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) O ato que concede aposentadoria a servidor 
público classifica-se como ato 
a) simples. 
b) discricionário. 
c) composto. 
d) declaratório. 
e) complexo. 
 
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45 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil) A respeito da invalidação, anulação e 
revogação de atos administrativos, assinale a opção correta. 
a) Atos administrativos, por serem discricionários, somente podem ser anulados pela própria 
administração pública. 
b) A administração, em razão de conveniência, poderá revogar ato administrativo próprio não 
eivado de qualquer ilegalidade, o que produzirá efeitos ex nunc. 
c) O ato administrativo viciado pela falta de manifestação de vontade do administrado deverá 
ser anulado, não podendo essa ilegalidade ser sanada por posterior manifestação de vontade 
do interessado. 
d) São anuláveis e passíveis de convalidação os atos que violem regras fundamentais atinentes 
à manifestação de vontade, ao motivo, à finalidade ou à forma, havidas como de obediência 
indispensável pela sua natureza, pelo interesse público que as inspira ou por menção expressa 
da lei. 
e) A anulação de ato administrativo ocorre por questões de conveniência e produz efeitos 
retroativos à data em que o ato foi emitido. 
 
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46 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil) Com referência ao controle 
administrativo, assinale a opção correta. 
a) A revogação, pela administração, de ato administrativo que tenha revogado um primeiro ato 
produzirá como efeito automático e imediato a revalidação desse primeiro ato, que passará 
novamente a surtir efeitos normalmente. 
b) Os atos administrativos cujos efeitos já se tenham exaurido integralmente são insuscetíveis 
de revogação. 
c) O exercício da autotutela, poder-dever da administração, é amplo e dispensa a instauração 
de procedimento administrativo, ainda que potenciais interesses individuais sejam atingidos. 
d) Situação hipotética: Lúcio, indivíduo de boa-fé, logrou a manutenção dos efeitos já 
produzidos por ato administrativo posteriormente declarado nulo. Assertiva: Nessa situação, 
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por força da isonomia, aquele que detiver situação jurídica idêntica à de Lúcio terá direito à 
extensão dos mesmos efeitos jurídicos produzidos pelo ato anulado. 
e) Um ato administrativo pode ser anulado em decorrência de pressupostos de conveniência e 
oportunidade da administração ou devido à ilegalidade do ato. Nesse caso, será desnecessária 
a instauração de processo administrativo para a oitiva de interessados. 
 
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47 (2016/FCC/DPE-ES/Defensor Público) Sobre os elementos do ato administrativo, 
a) desde que atendido o interesse da Administração, fica descaracterizada a figura do desvio 
de finalidade. 
b) a inexistência do elemento formal não é causa necessária de invalidação do ato, em vista da 
teoria de instrumentalidade das formas. 
c) a noção de ilicitude do objeto, no direito administrativo, não coincide exatamente com a 
noção de ilicitude do objeto no âmbito cível. 
d) sujeito do ato é seu destinatário; assim, o solicitante de uma licença é o sujeito desse ato 
administrativo. 
e) havendo vício relativo ao motivo, haverá, por consequência, desvio de finalidade. 
 
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48 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) Considere o seguinte trecho destacado da obra de 
Regis Fernandes de Oliveira (Ato Administrativo, São Paulo: Revista dos Tribunais, 5º ed. 2007, 
p.50): O que distingue, in princípio, o ato administrativo dos demais praticados pela 
Administração e dos atos privados é a desnecessidade de ir a juízo para impor-se. O autor se 
refere ao atributo do ato administrativo denominado 
a) presunção de legitimidade. 
b) exigibilidade. 
c) executividade. 
d) imperatividade. 
e) autoexecutoriedade. 
 
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49 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo) A Administração pública expede atos 
administrativos vinculados e atos administrativos discricionários, sendo que 
a) os primeiros devem, obrigatoriamente, sermotivados, já os segundos, sujeitos a juízo de 
conveniência e oportunidade, prescindem de motivação para sua validade. 
b) se abre, ao Administrador, a escolha entre expedir uns ou outros independentemente do 
que estabelece a lei de regência, ante a superação do princípio da estrita legalidade pelo 
princípio da eficiência. 
c) ambos se sujeitam à lei de regência e são passíveis de controle judicial, que, no entanto, 
tem extensão e profundidade diversa. 
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d) os primeiros se sujeitam à lei de regência e ao controle do judiciário, já os segundos 
encontram fundamento em ato regulamentar e não são sindicáveis. 
e) ambos prescindem, para validade, de fundamento último em lei, desde que respeitem os 
princípios da fundamentação e da publicidade. 
 
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50 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Considere a seguinte situação hipotética: o Estado de Mato 
Grosso de Sul, por meio de concessão de uso, facultou ao particular José a utilização privativa 
de bem público, para que a exercesse conforme sua destinação. Ocorre que a mencionada 
concessão se deu sem licitação, razão pela qual foi convertida em permissão precária, em que 
não há a mesma exigência. Assim, imprimiu-se validade ao uso do bem público, já consentido. 
O instituto da conversão 
a) é utilizado quando se pretende converter ato válido em ato de outra categoria. 
b) pode se dar por razões de oportunidade e conveniência. 
c) não aproveita efeitos já produzidos em razão do ato anterior. 
d) não se destina a atos administrativos com vício de objeto, conforme o narrado no enunciado. 
e) aplica-se com efeitos retroativos à data do ato original. 
 
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51 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Considere dois casos hipotéticos: 
I. João é servidor público estadual e chefe de determinada repartição. No exercício de seu poder 
disciplinar, aplicou a seu subordinado, o servidor Francisco, a sanção de suspensão após o 
respectivo processo administrativo disciplinar. Cumpre salientar que a lei prevê, para a infração 
cometida por Francisco, que a Administração pode punir o servidor com as penas de suspensão 
ou de multa. 
II. Isabela, servidora pública estadual, sofreu remoção ex officio. Referida remoção, de acordo 
com a lei, só pode dar-se para atender à conveniência do serviço. No entanto, no caso de 
Isabela, foi feita para puni-la. 
Nas situações narradas, 
a) há discricionariedade quanto à forma do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê 
duas formas possíveis para atingir o mesmo fim. 
b) há discricionariedade quanto ao objeto do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê 
dois objetos possíveis para atingir o mesmo fim. 
c) há discricionariedade quanto à finalidade do ato administrativo, no caso II, e desvio de 
finalidade na atuação da Administração. 
d) o caso II trata de exemplo de ato administrativo vinculado, havendo, na hipótese, vício de 
motivo. 
e) ambos os casos correspondem a atos administrativos vinculados; no entanto, apenas no 
caso II, o ato administrativo está viciado, sendo, portanto, ilegal. 
 
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52 (2016/FCC/AL-MS/Auxiliar de Enfermagem) Considere: 
I. São sempre passíveis de apreciação judicial. 
II. Sujeitam-se à lei. 
III. É espécie de ato jurídico. 
IV. Em regra, não produzem efeitos jurídicos imediatos. 
No que concerne aos atos administrativos, está correto o que consta em 
a) IV, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, II e III, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e II, apenas. 
 
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53 (2016/CESPE/TCE-PR/Nível Superior) Um agente de determinada autarquia estadual, 
em fiscalização de rotina, autuou estabelecimento comercial em razão de infração 
administrativa verificada. Procedeu ainda, naquela mesma ocasião, à interdição cautelar do 
estabelecimento em questão. 
Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos administrativos, 
assinale a opção correta. 
a) Os atos administrativos praticados são dotados de presunção de veracidade e legitimidade, 
bem como de presunção absoluta de conformidade à lei. 
b) Se, na situação hipotética em questão, o administrador público tivesse agido motivado por 
vingança pessoal contra o proprietário do estabelecimento comercial, estaria configurada a 
nulidade do ato por abuso de poder na modalidade excesso de poder. 
c) Se, na situação hipotética em apreço, fosse aplicada pena de multa ao estabelecimento 
comercial, sua cobrança poderia ser executada diretamente pela administração pública. 
d) Na hipótese apresentada, a aplicação de punição administrativa ao estabelecimento 
comercial submete-se ao princípio da legalidade, uma vez que somente lei pode instituir 
sanções administrativas. 
e) Na hipótese em apreço, a interdição cautelar do estabelecimento comercial não poderia 
prescindir da observância do devido processo legal e somente poderia ser efetivada após o 
exercício do direito de defesa por parte do interessado. 
 
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54 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) A revogação do ato administrativo é a 
supressão de um ato legítimo e eficaz, seja por oportunidade, seja por conveniência, seja por 
interesse público; entretanto, o poder de revogar da administração pública não é absoluto, pois 
há situações insuscetíveis de modificação por parte da administração. 
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Tendo as considerações apresentadas como referência inicial, assinale a opção que apresenta 
ato suscetível de revogação. 
a) parecer emitido por órgão público consultivo 
b) ato de concessão de licença para exercer determinada profissão, segundo requisitos exigidos 
na lei 
c) ato de posse de candidato nomeado após aprovação em concurso público 
d) ato administrativo praticado pelo Poder Judiciário 
e) ato de concessão de licença funcional já gozada pelo servidor 
 
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55 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a opção correta, acerca da 
extinção dos atos administrativos. 
a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do 
agente que praticou o ato anterior. 
b) A invalidação fulmina todas as relações jurídicas decorrentes do ato inválido, resguardados 
os direitos de terceiros de boa-fé que não tenham contribuído para a invalidação do ato. 
c) A cassação é ato discricionário do agente público. 
d) Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado, ocorrerá, por 
consequência lógica, a repristinação do ato originário. 
e) São passíveis de revogação os chamados atos meramente administrativos, tais como 
pareceres e certidões. 
 
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56 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Quanto às espécies de atos 
administrativos, assinale a opção correta. 
a) A licença pode ser concedida de ofício pela administração. 
b) A permissão pode ser concedida de ofício pela administração. 
c) A permissão de uso de bens públicos é ato unilateral, discricionário e precário. 
d) Autorização é ato pelo qual a administração consente que o particular exerça atividade ou 
utilize bem público que vise ao interesse público. 
e) Licença é ato discricionário por meio do qual a administração confere ao interessado 
consentimento para o desempenho de determinada atividade.

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