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6 - CONTROLE DA ADMINISTRACAO PUBLICA docx

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DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 2 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1 CONCEITO E ABRANGÊNCIA 
É o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder 
de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de poder 
(executivo, legislativo e judiciário). 
Para Di Pietro, o controle da Administração corresponde a um poder de fiscalização, 
vigilância e correção que sobre ela exercem órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e 
Executivo, com o objetivo geral de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios 
que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico. 
Esse poder de fiscalizar e corrigir incide sobre toda a Administração Pública, ou seja, sobre 
todos os atos produzidos pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário quando estiverem 
atuando no exercício da atividade administrativa. 
 
 
2 CLASSIFICAÇÃO 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
Quanto à 
origem ou 
alcance 
Interno: é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus 
próprios atos e agentes. É o poder de autotutela que cada Poder exerce 
sobre os seus próprios atos. 
OBS: A maioria dos autores e bancas (CESPE, FCC, etc) entendem 
que o controle que a administração direta efetua sobre as 
entidades da administração indireta é EXTERNO (ou de caráter 
externo) 
Externo: é o controle exercido por um Poder sobre os atos 
administrativos praticados por outro Poder. 
Popular: é a possibilidade de o administrado, diretamente ou por 
intermédio de órgãos especializados, verificar a regularidade da atuação 
da administração e impedir a prática de atos ilegítimos. 
Quanto ao 
momento 
Prévio (a priori): o controle prévio ocorre antes de o ato ser praticado. 
Ex. autorização legislativa para nomeação de dirigentes das autarquias. 
Concomitante: no controle concomitante, a fiscalização dos atos ocorre 
no momento em que estão sendo realizados. Ex. fiscalização de um 
concurso público. 
Posterior (a posteriori): ocorre após a pratica do ato administrativo. 
Ex. homologação de licitação ou concurso público, o controle judicial dos 
atos administrativos. A maioria dos controles realizados pelos tribunais 
de contas são posteriores. 
Quanto à 
natureza ou ao 
Legalidade: deriva diretamente do princípio da legalidade e visa verificar 
se o ato foi praticado em conformidade com o ordenamento jurídico. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 3 
 
aspecto 
controlado 
Mérito: o controle de mérito visa a verificar a oportunidade e a 
conveniência administrativas do ato controlado. Trata-se de atuação 
discricionária exercida por quem editou o ato administrativo. 
Quanto à 
amplitude 
Hierárquico: decorre do escalonamento vertical entre órgãos da 
administração direta ou escalonamento vertical dentro de uma mesma 
entidade da administração indireta. O controle hierárquico é sempre 
um controle interno. 
Finalístico: é o controle exercido pela administração direta sobre as 
pessoas jurídicas integrantes da administração indireta. Esse controle 
também é chamado de tutela administrativa ou supervisão 
ministerial. 
Quanto ao 
âmbito1 
Por Subordinação: decorre da relação de subordinação que existe entre 
os diversos órgãos públicos, a qual permite ao órgão de graduação 
superior fiscalizar, orientar e rever a atuação de órgãos de menor 
hierarquia. Esse controle é tipicamente INTERNO. 
Por Vinculação: nesse controle o poder de fiscalização e de revisão é 
efetuado de uma pessoa jurídica sobre outra, tendo, portanto, natureza 
externa. Ocorre, por exemplo, no controle da Administração Direta 
sobre a Indireta. 
 
 
3 CONTROLE ADMINISTRATIVO 
É o poder de fiscalização e correção exercido pelo Poder Executivo e pelos demais órgãos 
da administração (no exercício da função administrativa), do Poder Legislativo e Judiciário 
sobre os seus próprios atos e atividades. 
O controle realizado é de legalidade e de mérito sobre os atos administrativos e atividades, 
confirmando-os ou desfazendo-os. 
De acordo com s Súmula n. 473/STF, a administração possui a prerrogativa de anular os 
seus próprios atos quando ilegais (controle de legalidade), ou revogá-los (controle de 
mérito), quando inconvenientes ou inoportunos. Esse é o poder-dever de AUTOTUTELA da 
administração pública. 
OBS: o controle administrativo é interno, ou seja, ocorre no interior da administração ou nos 
órgãos da administração dos demais poderes (legislativo e judiciário). 
O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração indireta denomina-se 
poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle finalístico, que analisa 
a aderência da atuação dos entes que integram a Administração indireta aos atos ou leis que 
os constituíram. 
O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza 
administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
 
3.1 Instrumentos para o controle administrativo 
 
1 Síntese da obra Manual de direito Administrativo, 24. Ed., do autor José dos Santos Carvalho Filho. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 4 
 
a) Direito de Petição 
Previsto no art. 5°, XXXIV, a, da CF/88, que diz que são a todos assegurados, 
independentemente de taxas, o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos 
ou contra ilegalidade ou abuso de poder. 
Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode dirigir-se formalmente a uma autoridade do Poder 
Público com o intuito de fazer uma reivindicação, queixa, solicitar esclarecimentos ou 
simplesmente manifestar a sua opinião sobre algo de seja de seu próprio interesse ou de 
interesse da coletividade. 
A única exigência formal é que a petição deverá ser escrita e o peticionário deverá ser 
devidamente identificado. Não se faz necessário advogado para exercer o direito de pedir na 
administração pública. 
 
b) Pedido de Reconsideração 
Trata-se de um pedido escrito, dirigido pelo interessado à autoridade responsável pela edição 
do ato, pleiteando a extinção ou a alteração do ato em conformidade com as suas pretensões. 
O pedido de reconsideração não é um recurso propriamente dito, pois é destinado à mesma 
autoridade que praticou o ato e não para uma autoridade superior, como acontece nos recursos. 
 
c) reclamação administrativa 
De acordo com a professora Di Pietro, é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou 
servidor público, deduz uma pretensão perante a Administração Pública, visando obter 
reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão. 
O prazo prescricional para a apresentação da reclamação é de um ano, contado do ato ou 
da atividade lesiva, se outro prazo não for fixado em lei específica. 
 
d) recursos administrativos ou hierárquicos 
São instrumentos formais de controle administrativo que o interessado pleiteia para a 
reapreciação de atos ou decisões proferidas pela administração. 
Devem ser interpostos através de petição escrita à autoridade superior àquela que proferiu a 
decisão administrativa. Assim, a reapreciação de um recurso administrativo sempre será dentro 
de um mesmo Poder, não havendo hipótese de reexame de recursos administrativos por um 
outro poder ou outra esfera. 
Via de regra, os recursos administrativos possuem apenas efeito devolutivo, contudo o art. 61 
da lei 9.784/99 estabelece que, se houver disposição legal em contrário ou havendo justo receio 
de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a 
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. 
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, o controle divide-se em controle de ofício e 
controle provocado. O primeiro é realizado pela própria Administração,no regular exercício de 
suas funções, independentemente de provocação de terceiros. Por outro lado, o controle 
provocado é aquele deflagrado por terceiros, tendo como principal exemplo os recursos 
administrativos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 5 
 
RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO 
Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2, é aquele dirigido à autoridade 
ou ao órgão imediatamente superior, dentro da mesma pessoa jurídica em que o ato foi 
praticado. Para que o recurso seja hierárquico (próprio), é necessário que o ato controlado 
provenha de agente ou de órgão subordinado ao agente ou ao órgão controlador. 
 
RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO 
Segundo os mesmos professores, é aquele dirigido: 
a) A um órgão especializado na apreciação de recursos específicos, sem relação 
hierárquica com o órgão controlado; 
b) A um órgão integrante de uma pessoa jurídica diferente daquela da qual emanou 
o ato controlado. O termo “impróprio” traduz a noção de que entre o órgão ou a 
autoridade que proferiu o ato recorrido e o órgão a que se endereça o recurso não há 
relação hierárquica, embora eles possam ser localizados na mesma pessoa jurídica. 
 
OBS: os recursos hierárquicos impróprios podem ser interpostos apenas se houver previsão 
legal que expressamente os preveja, designando a autoridade ou o órgão competente com 
competência para apreciar e decidir o recurso. 
 
 
4 CONTROLE LEGISLATIVO 
O controle legislativo ou controle parlamentar é exercido pelos órgãos do Poder Legislativo 
em relação a determinados atos praticados pela Administração Pública. 
Caracteriza-se por ser um controle externo, exercido nos exatos termos e limites previstos 
no texto constitucional. 
No entanto, o controle que o Poder Legislativo efetua sobre sua própria atuação 
administrativa não se distingue do controle fundado no poder de autotutela. 
 
4.1 Controle parlamentar direto 
O controle parlamentar direto são as hipóteses de controle efetuadas pessoalmente pelos 
parlamentares, pelas mesas legislativas ou por intermédio das comissões do Poder Legislativo. 
Art. 49, X, CF/88 – compete ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por 
qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta. 
Art. 49, V, CF/88 – compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. (ver 
art. 84, IV e 68, §, 2°). 
 
2 Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 348 e 349. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 6 
 
Art. 49, IX, CF/88 - é competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as 
contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos 
planos de governo. 
Art. 71, caput – é competência do Congresso Nacional, auxiliado pelo Tribunal de contas da 
União, exercer a fiscalização contábil, financeira e orçamentária federal. 
 
4.2 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária 
Art. 70, CF/88 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que 
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos 
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. 
 
4.3 Controle externo exercido pelos tribunais de contas 
Apesar de o STF não considerar os Tribunais de contas entre os órgãos do Poder Legislativo, 
alguns doutrinadores, dentre eles José dos Santos Carvalho Filho, considera que as Cortes de 
Contas são órgãos financeiros integrantes do Poder Legislativo das diversas esferas da 
Federação. 
Os tribunais de contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo. Não existe hierarquia entre 
os tribunais de contas e o Poder Legislativo. 
Segundo a professora Di Pietro, predomina atualmente na doutrina e jurisprudência brasileiras 
o entendimento de que as decisões dos Tribunais de Contas são meramente 
administrativas, ou seja, não são capazes de produzir a chamada “coisa julgada judicial”. Por 
não emanarem de órgãos integrantes do Poder Judiciário (que tem o monopólio da jurisdição), 
as decisões das Cortes de Contas formam apenas a coisa julgada administrativa. 
 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante 
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a 
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer 
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a 
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores 
que não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão 
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 7 
 
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União 
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, 
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, 
ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções 
realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, 
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao 
dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara 
dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, 
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as 
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multaterão eficácia de 
título executivo. 
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas 
atividades. 
OBS: o TCU apenas aprecia as contas do Presidente da República, emitindo parecer prévio, 
sendo assim, o TCU não julga as contas do Presidente, pois essa é uma das competências do 
Congresso Nacional. No entanto, o TCU julga as contas dos demais administradores 
públicos. 
 
 
5 CONTROLE JUDICIAL 
É o controle realizado pelos órgãos do Poder Judiciário, no desempenho de atividade 
jurisdicional, sobre atos administrativos praticados pelo Poder Executivo, bem como sobre os 
atos administrativos editados, no exercício da função administrativa, pelo Poder Legislativo e 
pelo próprio Poder Judiciário. Assim, podemos afirmar que o controle judicial pode incidir sobre 
atividades administrativas em todos os poderes do Estado. 
O controle judicial é exclusivamente sobre a legalidade e legitimidade dos atos 
administrativos, nunca sobre o mérito administrativo. 
Normalmente o controle judicial é posterior à prática do ato. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 8 
 
O Poder Judiciário, no exercício da função judicante, somente age mediante provocação do 
interessado ou do legitimado. 
No exercício do controle jurisdicional dos atos administrativos, somente poderá ser decretada 
a anulação dos atos administrativos, porquanto a revogação decorre de controle administrativo 
de mérito. 
Segundo o STF, o controle jurisdicional dos atos administrativos não viola o princípio 
constitucional da separação dos poderes (RE 804690). 
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é órgão interno de controle administrativo, financeiro 
e disciplinar do Poder Judiciário. 
 
5.1 Meios judiciais de controle dos atos administrativos 
a) mandado de segurança 
b) ação popular 
c) ação de improbidade administrativa 
d) ação civil pública 
e) mandado de injunção 
f) habeas corpus 
g) habeas data 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 9 
 
6 QUESTÕES COMENTADAS: 
1.(2013/CESPE/DPE-ES/Estágio – Direito) Em relação ao controle da administração 
pública, assinale a opção correta. 
a) Dada a inafastabilidade do controle externo da administração pública pelo Poder Judiciário e 
pelo Poder Legislativo, admite-se a renúncia pontual do controle interno pelos órgãos de 
controle do Poder Executivo. 
b) A autotutela não se inclui entre os tipos de controle da administração pública. 
c) O controle da administração pública pode ser interno e externo. 
d) O controle da administração pública restringe-se ao mérito da atividade administrativa 
sujeita a controle. 
e) Não podem os administrados participar das ações de controle da administração pública, uma 
vez que constituem prerrogativas exclusivas dos agentes públicos provocar o procedimento de 
controle, bem como realizá-lo. 
Gabarito: C 
Comentários: 
Letra a: Errada. De acordo com o art. 74 da CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário, manterão, de forma integrada, sistema de controle interno. Assim, a alternativa erra 
ao afirmar que o Poder Executivo poderia renunciar, pontualmente, o exercício do controle 
interno. Por fim, vale ressaltar que não é possível qualquer tipo de renúncia ao controle interno 
em nenhum dos Poderes. 
Letra b: Errada. A autotutela é a possibilidade de a administração rever os seus próprios atos, 
anulando os atos ilegais ou revogando os atos inconvenientes e inoportunos. Esse poder/dever 
da administração possui fundamento na Súmula n. 473/STF. Ao contrário do que afirma a 
alternativa, a autotutela é um dos tipos de controle da administração pública. Por fim, não 
confundir autotutela com a tutela administrativa, que é o controle exercido pela administração 
direta nas entidades da administração indireta, também chamado de controle finalístico ou 
supervisão ministerial. 
Letra c: Correta. Realmente o controle da administração pública pode ser interno ou externo. 
Interno: é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes. É 
o poder de autotutela que cada Poder exerce sobre os seus próprios atos. Externo: é o controle 
exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados por outro Poder. 
Letra d: Errada. Quanto a natureza ou o aspecto controlado, o controle pode ser de mérito ou 
de legalidade. Assim, errada a alternativa ao afirmar que o único aspecto controlado seria o 
mérito dos atos administrativos, há também controle de legalidade dos atos. 
Letra e: Errada. Os administrados podem sim participar das ações de controle da 
administração pública, exemplo disso temos a ação popular, o mandado de segurança, o habeas 
corpus, etc. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
2. (2010/CESPE/DETRAN-ES/Administrador) O controle que a Controladoria Geral da 
União exerce sobre o Ministério dos Transportes denomina-se controle externo. 
Gabarito: Errado 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 10 
 
Comentários: 
A Controladoria Geral da União (CGU) é órgão pertencente ao Poder Executivo, assim como o 
Ministério dos Transportes também o é. Quando um órgão exerce controle administrativo sobre 
outro órgão de um mesmo Poder, o controle é INTERNO, e não externo como afirma a questão. 
Já vimos que o controle externo é aquele exercido por um Poder sobre os atos administrativos 
praticados por outro Poder. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
3 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) Acerca do controle da administração, assinale 
a opção correta. 
a) O controle por vinculação possui caráter externo, pois é atribuído a uma pessoa e se exerce 
sobre os atos praticados por pessoa diversa. 
b) Controle interno é o que se consuma pela verificação da conveniência e oportunidade da 
conduta administrativa. 
c) O controle de legalidade é controle externo na medida em que é necessariamente processado 
por órgão jurisdicional. 
d) Controle administrativo é a prerrogativa que a administração pública possui de fiscalizar e 
corrigir a sua própria atuação, restrita a critérios de mérito. 
e) O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle por subordinação, 
uma vez que esta é uma fundação pública federal. 
Gabarito: A 
Comentários: 
Letra a: Correta Controle por vinculação é quando não há relação de subordinação entre as 
pessoas controladas, ocorre entre a administração direta sobre os atos das entidades da 
administração indireta. Assim, acerta a alternativa ao afirmar que o controle possui caráter 
externo, pois, no caso, há duas pessoas jurídicas diferentes e não há subordinação entre elas, 
apenas vinculação. Fique atento se a sua prova afirmar que o controle realizado dentro de um 
mesmo Poder será interno. Nem sempre, veja que nesse caso, ainda que o controlador e o 
controlado pertencessem ao Poder Executivo, o controle é externo. 
Letra b: Errada. O controle Interno é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus 
próprios atos e agentes. É o poder de autotutela que cada Poder exerce sobre os seus próprios 
atos. Desse modo, o controle pode ser pela verificação da conveniência e oportunidade como 
também poderá ser verificada a legalidade dos atos praticados pela administração. 
Letra c: Errada. O controle de legalidade pode ser interno ou externo. Será interno quando 
exercido no poder de autotutela da administração. Será externo quando, por exemplo, o Poder 
Judiciário avaliar aspectos de legalidade de atos praticados por outro Poder. Perceba que o 
controle de legalidade não é necessariamente processado por um órgão jurisdicional. 
Letra d: Errada. Realmente o controle administrativo é a prerrogativa que a administração 
pública possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação. No entanto, pode-se verificar 
critérios de méritoou de legalidade dos seus atos. Mais uma vez a banca cobra o conhecimento 
da Súmula n. 473/STF, muitíssimo importante para a sua prova, o poder de autotutela da 
administração. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 11 
 
Letra e: Errada O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle 
por vinculação (e não subordinação como afirma a alternativa). Observe que, mesmo não 
sabendo se a FUNAI é realmente uma fundação pública federal, você poderia acertar a 
alternativa sabendo que o controle da administração direta sobre os atos da administração 
indireta é controle por vinculação, finalístico ou supervisão ministerial. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
4 (2010/CESPE/TRE-MT/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito do 
controle da administração, assinale a opção correta. 
a) Controle de mérito é aquele em que o órgão controlador faz o confronto entre a conduta 
administrativa e uma norma jurídica vigente e eficaz, que pode estar na CF ou em lei 
complementar ou ordinária. 
b) Na medida em que o controle de legalidade dos atos dos Poderes Executivo e Legislativo é 
exercido apenas pelo Poder Judiciário, ele se caracteriza como um controle externo, e não 
interno. 
c) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um 
ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas. 
d) O controle exercido pelo Poder Legislativo sobre a administração pública é de caráter 
exclusivamente político. 
e) Segundo a CF, o controle externo da administração pública federal é exercido pelo Tribunal 
de Contas da União, tanto sob os aspectos de legalidade e legitimidade quanto sob os de 
economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas. 
Gabarito: C 
Comentários: 
Letra a: Errada. O disposto na alternativa é o controle de legalidade, e não de mérito. O 
controle de mérito é a verificação da oportunidade e conveniência administrativas do ato 
controlado. Trata-se de uma atuação discricionária exercida por quem editou o ato. 
Letra b: Errada. O controle de legalidade dos atos dos Poderes Legislativo e Executivo não é 
exercido apenas pelo Judiciário. No exercício da autotutela dos atos, qualquer um dos Poderes 
pode exercer o controle de legalidade dos seus atos, sendo um controle interno. Quando o 
Poder Judiciário exerce o controle dos atos dos outros Poderes, aí sim, será externo. 
Letra c: Correta. Exatamente isso. Para a maioria da doutrina e bancas de concurso, o controle 
exercido pelos órgãos da administração direta sobre as entidades da administração indireta é 
controle por vinculação e de caráter externo, ainda que dentro de um mesmo Poder (no caso, 
Poder Executivo). 
Letra d: Errado. O controle realizado pelo Poder Legislativo não é exclusivamente político 
(direto), também pode ser técnico-financeiro (indireto), realizado com o auxílio dos tribunais 
de contas. Cuidado com os termos que restringem ou extrapolam demais nas provas de 
concursos, normalmente elas tornam as questões ou alternativas falsas, porquanto no direito 
a grande maioria das regras possuem exceções. 
Letra e: Errado. Segundo o art. 71 da CF, o controle externo será exercido pelo Congresso 
Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 12 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
5 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Considere duas situações hipotéticas: 
I. o Congresso Nacional decide apurar a legalidade de ato administrativo praticado pelo 
presidente de autarquia federal; 
II. o Congresso Nacional anulou ato normativo do Poder Executivo que exorbitou do poder 
regulamentar. 
No que concerne ao controle legislativo, especificamente ao controle político exercido pelo 
Poder Legislativo sobre a Administração pública, 
a) ambas as hipóteses estão corretas. 
b) ambas as hipóteses estão incorretas, pois extrapolam os limites do controle legislativo 
exercido sobre os atos da Administração pública. 
c) está correta apenas a primeira hipótese; no item II, cabe ao Congresso tão somente sustar 
atos normativos do Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 
d) está correta apenas a segunda hipótese; no item I, compete exclusivamente ao Congresso 
Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer das Casas, os atos do Poder 
Executivo, não abrangendo, no entanto, a administração indireta. 
e) ambas as hipóteses estão incorretas, pois foram citadas atribuições exclusivas do Senado 
Federal no exercício do controle legislativo. 
Gabarito: C 
Comentários: 
A primeira realmente está correta e possui fundamento no art. 49, X, da CF/88, que assim 
dispõe: X – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder 
Executivo, incluídos os da administração indireta. 
A segunda está incorreta, porquanto, de acordo com o art. 49, V, da CF/88, cabe ao Congresso 
Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar 
ou dos limites de delegação legislativa. 
 
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6 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) A respeito do controle 
da administração pública, do processo administrativo e da licitação, julgue o item a seguir. 
Caso o ato administrativo apresente vício, o Poder Judiciário, quando for provocado, poderá 
anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou revogá-lo, com efeitos ex nunc. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
No exercício do controle judicial, o Poder Judiciário não poderá revogar atos administrativos, 
apenas anulá-los. Eis o erro da assertiva. 
 
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7 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa) Os atos da 
Administração pública estão sujeitos a controle externo e interno. O controle exercido pelo 
Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, 
a) dá-se sobre atos e contratos firmados pela Administração pública, não sendo exercido, 
contudo, antes da celebração dos referidos instrumentos. 
b) inclui a análise dos editais de licitação publicados, permitindo a modificação da redação 
daqueles instrumentos, especialmente no que se refere à habilitação, a fim de preservar a 
igualdade entre os participantes do certame. 
c) autoriza a suspensão de atos e contratos celebrados pela Administração pública quando, 
instada a revogá-los ou anulá-los, não o fizer no prazo fixado. 
d) possibilita a sustação de atos pelo Tribunal de Contas, quando a Administração pública não 
sanar os vícios indicados pelo mesmo. 
e) permite a sindicância das licitações realizadas pela Administração direta e indireta, com a 
anulação de editais e contratos deles decorrentes sempre que houver vício de legalidade 
insanável. 
Gabarito: D 
Comentários: 
Letra a: Errado. Realmente o controle legislativo exercido com o auxílio dos Tribunais de 
Contas dá-se sobre atos e contratos firmados com a administração pública, podendo, contudo, 
esse controle ser efetuado antes, durante ou depois da celebração dos referidos instrumentos. 
Assim, podemos afirmar que o controle dos TCs pode ser prévio, concomitante ou posterior 
sobre os atos e contratos firmados com a administração pública. 
Letra b: Errado. Não há previsão constitucional para autorizar os Tribunais de Contas alterar 
a redação de editais, mesmo no que se refere à fase de habilitação. 
Letra c: Errado. As Cortes de Contas, amparadas no art. 71, X, da CF/88, podem apenas 
sustar os atos administrativos praticados em desacordo pela administração pública. No caso 
dos contratos, apenaso Congresso Nacional tem competência para suspender. Por fim, vale 
ressaltar que as Cortes de Contas não podem instar a revogação dos atos administrativos 
praticados pela administração pública, pois a revogação é avaliação do mérito do ato, calcado 
no poder de autotutela da administração pública. 
Letra d: Correto. É o que preceitua o art. 71, X da CF/88: X – sustar, se não atendido, a 
execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado 
Federal. 
Letra e: Errado. Não é permitida a anulação de contratos administrativos pelas Cortes de 
Contas, não há previsão constitucional para revogação ou anulação de contratos celebrados 
pela administração pública. 
 
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8 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item que se segue, 
a respeito do controle da administração e da responsabilidade civil do Estado. 
A ação civil pública é instrumento válido de controle judicial da atividade administrativa. 
Gabarito: Correto 
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Comentários: 
O controle judicial é o controle realizado pelos órgãos do Poder Judiciário, no desempenho de 
atividade jurisdicional, sobre atos administrativos praticados pelo Poder Executivo, bem como 
sobre os atos administrativos editados, no exercício da função administrativa, pelo Poder 
Legislativo e pelo próprio Poder Judiciário. Assim, podemos afirmar que o controle judicial pode 
incidir sobre atividades administrativas em todos os poderes do Estado. 
Meios judiciais de controle dos atos administrativos 
a) mandado de segurança 
b) ação popular 
c) ação de improbidade administrativa 
d) ação civil pública 
e) mandado de injunção 
f) habeas corpus 
g) habeas data 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
9 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado de Educação do DF exerce sobre fundação 
a ela vinculada configura controle administrativo por subordinação. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
O poder de fiscalização que uma Secretaria exerce sobre uma entidade da administração 
indireta configura controle administrativo por vinculação. Não há qualquer forma de 
subordinação entre órgãos da administração direta com as entidades da administração indireta. 
Além disso, podemos afirmar que esse controle é administrativo, por vinculação e 
externo. 
 
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10 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
É garantido ao Poder Judiciário o controle de mérito administrativo dos atos administrativos, 
pois lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da apreciação de juiz. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
O controle de mérito dos atos administrativos permite avaliar a conveniência a e oportunidade 
dos atos, possibilidade dada apenas a quem editou o ato administrativo a ser controlado. 
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O Poder Judiciário, na sua função judicante, não pode avaliar aspectos de mérito dos atos 
administrativos praticados pela administração pública, sob pena de violação do princípio da 
separação dos poderes. Cabe ao Poder Judiciário avaliar apenas a legalidade dos atos. 
Por fim, a assertiva afirma que a lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da 
apreciação do juiz. O princípio da inafastabilidade da jurisdição realmente está previsto no texto 
constitucional, porém, a referida lesão ou ameaça deve estar vinculada a ilegalidades e não ao 
mérito dos atos administrativos. 
 
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11 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Julgue o item a seguir, acerca de 
controle da administração pública. 
O controle exercido pelos tribunais de contas sobre as casas legislativas é considerado controle 
interno, haja vista a posição dos tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
A assertiva afirma que o controle exercido pelos tribunais de contas sobre as casas legislativas 
é considerado interno. Isso é errado, pois não há relação de subordinação entre as Cortes de 
Contas e os Poderes Legislativos. Há relação de vinculação, apenas. Assim, o controle, 
necessariamente deve ser externo. 
Quanto a afirmação de que os tribunais de contas pertencem ao Poder Legislativo, o assunto é 
controvertido, no entanto, a maioria da doutrina e o posicionamento atual do STF é de que as 
Cortes de Contas não pertencem a nenhum dos três Poderes da República. 
 
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12 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos conceitos 
doutrinários relativos ao controle da administração pública, julgue o item a seguir. 
Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular ato executado por 
uma de suas unidades gestoras. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
Nesse caso, o Poder Legislativo estará atuando na sua função atípica de administrar, exercendo 
o seu poder de autotutela administrativa, revogando ou anulando os seus próprios atos. Assim, 
o controle não é do tipo legislativo, mas sim, controle administrativo dos seus próprios atos. 
 
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13 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo 
interno e externo, julgue o item a seguir. 
As comissões parlamentares de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a 
investigar fato determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório. 
Gabarito: Correto 
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Comentários: 
As CPIs são, de fato, instrumentos por meio dos quais o Poder Legislativo exerce sua função 
fiscalizatória, de controle externo. Conforme afirma o enunciado, as CPIs (Comissões 
Parlamentares de Inquérito) não possuem poder condenatório. A Carta Magna prevê, em seu 
art. 58, § 3o, que suas conclusões, se for o caso, deverão ser encaminhadas ao Ministério 
Público, para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 
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14 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo 
interno e externo, julgue o item a seguir. 
A CF atribui ao TCU a competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de 
concessão de emissoras de rádio e televisão. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
Segundo o art. 49, XII, CF/88, é competência exclusiva do Congresso Nacional “apreciar os 
atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão”. Assim, 
percebemos que não é uma das competências dadas ao TCU pela Constituição Federal. 
 
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15 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo 
interno e externo, julgue o item a seguir. 
O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza 
administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
Gabarito: Correto 
Comentários: 
O controle administrativo é o poder de autotutela da Administração, podendo rever os seus 
próprios atos, tanto por motivos de mérito (conveniência e oportunidade)como por motivos de 
ilegalidades, por iniciativa própria ou por provocação. A assertiva acerta ao afirmar que é 
cabível apenas no exercício da função administrativa. Vale ressaltar, ainda, que o Poder 
Executivo exerce a função administrativa tipicamente e os demais Poderes (Legislativo e 
Judiciário) atipicamente. 
 
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16 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo 
interno e externo, julgue o item a seguir. 
O CNJ é órgão externo de controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário, uma vez que integra a estrutura desse 
Poder (art. 92, I-A, CF). Tem como missão o controle da atuação administrativa e financeira do 
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Poder Judiciário, bem como busca assegurar o cumprimento dos deveres funcionais pelos 
juízes. 
 
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17 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com relação à responsabilidade 
civil do Estado, aos serviços públicos e ao controle da administração pública, julgue o item 
subsequente. 
A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados constitui uma expressão 
de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. 
Gabarito: Correto 
Comentários: 
Exato. A função fiscalizatória (controle externo) será exercida pelo Poder Legislativo (Congresso 
Nacional na esfera federal) com o auxílio do Tribunal de Contas, nos termos do art. 71 da 
CF/88. 
 
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18 (2016/FGV/COMPESA/Advogado) O presidente de determinado ente da Administração 
Pública Indireta do Estado Alfa formulou consulta à sua assessoria jurídica a respeito da 
necessidade, ou não, de os dirigentes dessas entidades prestarem contas ao Tribunal de 
Contas. Após alentada pesquisa e detida análise da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
o assessor-chefe chegou à única conclusão que se mostrava harmônica com a ordem 
constitucional. 
Dentre as entidades que integram a Administração Pública Indireta, estão sujeitas à fiscalização 
do Tribunal de Contas 
a) somente as autarquias e as fundações, com personalidade jurídica de direito público ou 
privado. 
b) somente as autarquias, as fundações com personalidade jurídica de direito público e as 
empresas públicas. 
c) as autarquias e as fundações, bem como as sociedades de economia mista e as empresas 
públicas, mas, neste último caso, apenas em relação aos bens e valores públicos que 
administrem. 
d) as autarquias, as fundações, as sociedades de economia mista e as empresas públicas. 
e) somente as entidades que prestem serviços públicos. 
Gabarito: D 
Comentários: 
Vejamos o que dispõe o art. 71, II, da CF/88: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas 
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e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio 
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
Perceba que a Constituição não restringiu o controle a apenas algumas entidades da Adm. 
Indireta, mas sim a todas elas (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de 
economia mista). 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
19 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) A respeito do controle dos atos e 
contratos administrativos, assinale a opção correta. 
a) No controle externo da administração financeira e orçamentária, os tribunais de contas 
devem realizar o controle prévio dos atos ou contratos da administração direta ou indireta 
b) É vedado ao Poder Judiciário realizar o controle de mérito de atos discricionários que não 
contrariarem qualquer princípio administrativo. 
c) O controle de legalidade ou legitimidade do ato administrativo, no sistema brasileiro, 
compete privativamente ao Poder Judiciário. 
d) No controle de legalidade ou de legitimidade, o ato administrativo ilegal só pode ser 
revogado. 
e) No controle administrativo, a administração pode anular seus próprios atos, mas não revogá-
los. 
Gabarito: B 
Comentários: 
Letra a: Errado. O erro da alternativa está em afirmar que o controle efetuado pelos TCs é 
prévio. Na verdade, via de regra, o controle é realizado a posteriori para a maioria dos atos 
e contratos. Em alguns casos o controle também pode ser concomitante, como é o caso das 
inspeções e auditorias. Raramente o controle poderá ser previamente, ou seja, poderá ocorrer, 
mas não é a regra. 
Letra b: Correto. O Poder Judiciário não analisa o mérito dos atos administrativo, isso já está 
mais do que claro. Mas cuidado, o Judiciário poderá anular atos discricionários se ilegais ou 
ilegítimos. 
Letra c: Errado. O controle de legalidade compete tanto ao Poder Judiciário como ao Poder 
que editou o ato (princípio da autotutela). 
Letra d: Errado. No controle de legalidade ou legitimidade o ato só poderá ser anulado. 
Somente revoga-se atos válidos, por motivos de conveniência e oportunidade da administração. 
Letra e: Errado. Mais uma vez o enunciado da Súmula n. 473/STF. No controle administrativo, 
a administração deve anular os atos ilegais e revogar os atos inoportunos ou inconvenientes. 
 
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20 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação) O Poder Judiciário exerce o 
controle 
a) interno da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato administrativo, 
quanto a sua forma. 
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b) externo da Administração pública, podendo decidir sobre o mérito do ato administrativo, 
mas não sobre sua legalidade. 
c) administrativo da Administração pública, podendo controlar tanto o mérito do ato 
administrativo, quanto a sua forma. 
d) externo da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, 
mas não sobre o seu mérito. 
e) interno da Administração pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato administrativo, 
mas não sobre o seu mérito. 
Gabarito: D 
Comentários: 
Desnecessário analisarmos todas as alternativas. Vamos fazer um pequeno resumo sobre o 
controle judicial exercido, obviamente, pelo Poder Judiciário: 
- é controle externo 
- visa analisar aspectos de legalidade e legitimidade dos atos da administração. 
- NÃO analisa o mérito dos atos administrativos. 
- é controle judicial (não é administrativo e nem legislativo). 
- via de regra é realizado posteriormente à edição dos atos (mas pode ser prévio também. 
Ex. mandado de segurança preventivo). 
- age somente mediante provocação do interessado ou do legitimado. 
 
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21 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com fundamento nos conceitos 
e na legislação a respeito de controle na administração pública, julgue o item a seguir. 
O Poder Legislativo, por exercer, nos limites da Constituição Federal de 1988, controle sobre 
os demais Poderes, inclusive sobre o Poder Judiciário, quando este executa função 
administrativa, tem a prerrogativa de sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, 
quando exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa. 
Gabarito: Errado 
Comentários:Vejamos o que dispõe o art. 49, V, da CF/88: 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa; 
Perceba que a prerrogativa dada ao Poder Legislativo é para sustar os atos do Poder Executivo 
apenas. Não há essa prerrogativa de sustar os atos do Poder Judiciário no exercício 
do poder regulamentar. 
Ademais, o exercício do poder regulamentar é prerrogativa exclusiva do chefe do Poder 
Executivo. 
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De acordo com Cyonil Borges, poder regulamentar é a prerrogativa dada a Administração 
Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de editar atos gerais para detalhar, 
esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua concretização. 
O Poder Regulamentar é espécie do Poder Normativo. O decreto regulamentar/regulamento de 
execução é ato privativo do chefe do Poder Executivo. 
 
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22 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São finalidades do 
controle interno da Administração pública, EXCETO: 
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas 
de governo e dos orçamentos da União. 
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União. 
c) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. 
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio 
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. 
Gabarito: E 
Comentários: 
Para respondermos essa questão basta analisarmos o disposto no art. 74 da CF/88: 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema 
de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas 
de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma 
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
Podemos observar que a alternativa “e” é uma das atribuições do Tribunal de Contas da União, 
conforme previsto no art. 71, I, da CF/88. 
 
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23 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com fundamento nos conceitos 
e na legislação a respeito de controle na administração pública, julgue o item a seguir. 
O controle interno situa-se no âmbito do controle administrativo e é exercido, em cada Poder, 
sobre seus próprios órgãos e entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não 
comunicada ao respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária. 
Gabarito: Correto 
Comentários: 
A primeira parte da assertiva é bem tranquila, já que realmente o controle interno situa-se no 
âmbito do controle administrativo e é exercido pelos três Poderes da República. A dúvida 
poderia surgir sobre a parte final que afirma que trata da responsabilidade solidária. No 
entanto, vejamos o que dispõe o parágrafo primeiro do art. 74 da CF/88: 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
 
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24 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) A respeito de 
reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e controle interno da administração 
pública, julgue o item seguinte. 
O controle interno instituído pela Constituição Federal de 1988 foi mais um instrumento para a 
garantia da legalidade das ações nos órgãos e nas entidades da administração pública federal. 
Gabarito: Correto 
Comentários: 
Essa é uma daquelas questões que, de tão óbvias, a maioria dos candidatos fica procurando 
algum erro. Porém, é isso mesmo, o controle interno foi instituído para ser mais uma forma de 
garantir a legalidade dos atos da administração pública. Veja o que dispõe o inciso II do art. 
74 da CF/88: 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
 
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25 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Julgue o item a seguir, acerca de 
controle da administração pública. 
O órgão de controle administrativo que decidir pelo cancelamento de ato válido, em virtude de 
considerações de natureza administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
Nessa questão, a banca misturou os assuntos de controle da administração pública e formas 
de extinção dos atos administrativos. Vamos por partes para que fique bem claro. 
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Primeiramente devemos descobrir qual o tipo de controle que está sendo realizado (o órgão de 
controle administrativo...). Assim, já sabemos que é controle interno e esse controle poderá 
ser de mérito (conveniência e oportunidade) ou de legalidade. 
Cancelar um ato válido, em outras palavras, é o mesmo que dizer revogar um ato por motivos 
de conveniência e oportunidade. Vimos que, se um ato é válido, ele só poderá ser revogado, 
nunca podemos anular um ato válido. Anulação somente para atos inválidos. 
Por fim, “considerações de natureza administrativa” nada mais é do que conveniência e 
oportunidade da administração (mérito administrativo). 
Com efeito, a questão erra justamente por afirmar que o ato deveria ser anulado, quando na 
verdade o ato deveria ser revogado. 
 
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26 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Julgue o item a seguir, acerca de 
controle da administração pública. 
O sistema de contencioso administrativo ocorre no âmbito de tribunais de competência 
especializada que não integram a estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas 
de força de coisa julgada. 
Gabarito: Correto 
Comentários: 
Exato. Existem duas formas adotadas pelos Estados para solucionar os litígios decorrentes da 
sua atuação. 
1 Sistema francês ou do contencioso administrativo: 
- dualidade de jurisdição; 
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas; 
- a própria Administração resolve as lides administrativas. 
2 Sistema inglês ou de jurisdição única: 
- todos oslitígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferir 
decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada. 
 
Sistema administrativo brasileiro: 
- sistema inglês ou de jurisdição única. As decisões dos órgãos administrativos, em regra, 
não têm caráter conclusivo perante o Poder Judiciário, podendo ser revistas na via judicial. 
OBS: o que caracteriza o sistema é a predominância da jurisdição comum (formada pelos 
órgãos do Poder Judiciário) ou da especial (formada pelos tribunais de natureza administrativa), 
e não a exclusividade de uma ou outra. Isso porque, segundo ensina Hely Lopes Meireles, 
nenhum país possui um sistema de controle puro, seja através do Poder Judiciário, seja através 
de tribunais administrativos. 
 
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27 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com fundamento nos conceitos 
e na legislação a respeito de controle na administração pública, julgue o item a seguir. 
Recursos administrativos constituem meios hábeis para propiciar o reexame de decisão interna 
de um órgão da administração por órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
Os recursos administrativos são instrumentos formais de controle administrativo que o 
interessado pleiteia para a reapreciação de atos ou decisões proferidas pela administração. 
Devem ser interpostos através de petição escrita à autoridade superior àquela que proferiu a 
decisão administrativa. Desse modo, a assertiva erra ao afirmar que a reexame será realizado 
por outro Poder ou esfera. O reexame de um recurso sempre será dentro de um mesmo 
Poder. 
 
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28 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com fundamento nos conceitos 
e na legislação a respeito de controle na administração pública, julgue o item a seguir. 
O controle exercido sobre as entidades da administração indireta é de caráter essencialmente 
finalístico, pois elas não estão sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se 
enquadrar nas políticas governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus 
estatutos. 
Gabarito: Correto 
Comentários: 
O controle da administração direta sobre as entidades da administração indireta é finalístico, 
externo, por vinculação e restrito às disposições previstas na lei de criação dessas entidades. 
 
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29 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos conceitos 
doutrinários relativos ao controle da administração pública, julgue o item a seguir. 
O tribunal de contas que executar atividades de fiscalização sobre os atos de gestão financeira 
da administração pública exercerá sua função jurisdicional. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
No caso, a função exercida será a função fiscalizadora, que é administrativa e não jurisdicional. 
Segundo a professora Di Pietro, predomina atualmente na doutrina e jurisprudência brasileiras 
o entendimento de que as decisões dos Tribunais de Contas são meramente 
administrativas, ou seja, não são capazes de produzir a chamada “coisa julgada judicial”. Por 
não emanarem de órgãos integrantes do Poder Judiciário (que tem o monopólio da jurisdição), 
as decisões das Cortes de Contas formam apenas a coisa julgada administrativa. 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 24 
 
30 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos conceitos 
doutrinários relativos ao controle da administração pública, julgue o item a seguir. 
Na administração pública, o controle interno deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira 
e orçamentária. 
Gabarito: Errado 
Comentários: 
Vejamos o que dispõe o art 70 da CF/88: 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e 
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Perceba que também abrange a fiscalização operacional e patrimonial, além da aplicação das 
subvenções e renúncia de receitas. 
 
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