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TXT 1_Cidadania e direitos humanos (2)(1)

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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 
1 
 
 
 
 
 
ENCONTRO 01 (DATA): A CIDADANIA E OS DIREITOS HUMANOS. 
 
CAR@S ESTUDANTES, 
 
Tudo bem? 
 
Hoje vamos dialogar sobre os conceitos de cidadania e direitos humanos. O objetivo 
desse texto é debater o que são os direitos humanos, importante na medida em que 
seu entendimento colabora para estimular sua defesa e afastar obstáculos à sua 
efetivação. Já a noção atual de cidadania pressupõe direitos e obrigações iguais para 
todos, cujo exercício no cenário brasileiro atual, no qual a maioria dos direitos 
reconhecidos não são automaticamente efetivados, torna necessária a compreensão 
teórica para que algum compromisso com a sua prática seja possível entre nós, pois 
a noção de se ser um sujeito de direitos não se adquire espontaneamente. 
 
Vamos lá! 
 
CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS: UMA CATEGORIA ESTRATÉGICA PARA 
UMA SOCIEDADE MELHOR 
 
Os direitos humanos são considerados fundamentais para garantir que os seres 
humanos tenham condições mínimas necessárias de se desenvolverem e de 
participarem plenamente da vida; por esta razão, o respeito ao princípio da dignidade 
humana se configura como o núcleo da Declaração Universal dos Direitos Humanos 
(1948). 
 
Assim, os direitos humanos dizem respeito ao atendimento de necessidades 
que são as mesmas para todos os seres humanos, a vida, por exemplo, é um direito 
humano fundamental, e sua preservação é uma necessidade para todas as pessoas. 
Mas, além deste, há um conjunto de necessidades igualmente consideradas 
fundamentais, tais como a habitação, a saúde, a educação, entre tantas outras. 
 
 
CIDADANIA E INTERCULTURALISMO 
PROFESSOR(A): MSC. CLÁUDIA MIRELLA PEREIRA RAMOS 
UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 
2 
 
 
 
Uma questão deve ficar clara: quando afirmamos a igualdade de todos os seres 
humanos, não estamos nos referindo à igualdade física, intelectual ou psicológica, 
mas sim, que todas as pessoas nascem com os mesmos direitos fundamentais. O que 
isto quer dizer? Que não importa onde a pessoa nasceu, nem a cor da sua pele, se é 
homem ou mulher, se a pessoa é rica ou pobre, nem a sua preferência política ou sua 
crença religiosa. Os direitos humanos fundamentais são os mesmos e valem do 
mesmo modo para todos os seres humanos, indistintamente. 
 
Embora seja inegável a sua importância enquanto símbolo de respeito aos 
direitos universais e à dignidade da pessoa humana, a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos (1948), pressupõe que os poderes públicos os assegurem 
formalmente, o que os transforma em direitos civis. Por extensão, a cidadania diz 
respeito aos direitos que permitem à pessoa desfrutar destes direitos e participar da 
vida e do governo do seu povo. 
 
Direitos que estão assegurados na Constituição Brasileira, de 1988, que não 
só estabelece a dignidade e os direitos fundamentais como princípios constitucionais, 
como reconhece a igualdade dos cidadãos brasileiros e o direito ao acesso dos bens 
sociais, independentemente de suas escolhas religiosas e políticas, da sua condição 
social, da raça, etnia, gênero e orientação sexual; este documento estabelece também 
a liberdade como condição da expressão e participação na sociedade. A garantia 
desses dois princípios é o que torna possível assegurar os direitos tradicionalmente 
reconhecidos, incluindo os direitos de cidadania. 
 
Por isto que se afirma que os direitos de cidadania são, também, deveres, pois 
não há como exercer os direitos de cidadania se as pessoas não se engajarem em 
ações orientadas à sua vivência e à sua prática, expressando suas reivindicações, 
opiniões e vontades na esfera pública, cruciais à consolidação da cidadania e dos 
princípios democráticos. 
 
 
 
UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 
3 
 
 
Assim, cidadania diz respeito ao conjunto de direitos e deveres que torna 
possível ao cidadão a participação no governo (através do direito de votar e de ser 
votado) a participação na construção e efetivação de políticas públicas, morar com 
dignidade, ter um emprego, não ser discriminado, manifestar-se pública e livremente 
sobre quaisquer temas ligados à nação através de plebiscitos e debates públicos. 
Estes são alguns exemplos de exercício da cidadania, que só é possível por vivermos 
em um Estado democrático. 
 
O cidadão é uma pessoa com a possibilidade de transformar a sociedade em 
que está inserido por meio do exercício de seus direitos (liberdade, igualdade, 
participação da vida política e social) e deveres. Logo, a cidadania está relacionada à 
democracia, aos direitos humanos, à solidariedade, ao meio ambiente e à ética, e, por 
ser um exercício, encontra-se sempre em construção. Esse exercício é realizado 
dentro das normas e leis do Estado. A cidadania é, assim, um dos fundamentos do 
Brasil como Estado Social e Democrático de Direito. 
 
Portanto, o cidadão é aquele que possui e goza de determinados direitos. Ter 
direitos significa ter a capacidade e a autonomia para usufruir determinados benefícios 
legais garantidos pelo Estado aos seus habitantes. Por exemplo: Ser possuidor de 
documentos, tais como certidão de nascimento, carteira de identidade, título de eleitor, 
carteira de motorista etc. Poder ter acesso a esses documentos são direitos civis de 
cada pessoa. Civis é derivado do latim civitas, que também significa cidadão, ou o 
habitante da cidade. A certidão de nascimento é um direito adquirido logo ao nascer; 
já a carteira de identidade, só posteriormente. A carteira de motorista, porém, somente 
pode ser obtida aos dezoito anos. É nesta idade que o indivíduo começa a adquirir o 
que chamamos de cidadania plena, ou seja, a capacidade legal de responder pelos 
seus próprios atos diante das autoridades públicas. 
 
É importante ressaltar, que uma pessoa ou grupo de pessoas que dentro do 
Estado não pratica o exercício de sua cidadania estará na condição de marginalizada, 
excluída das decisões da vida social. Infelizmente, a exclusão social não voluntária 
ainda é bastante presente em nosso país, moradores de rua, trabalhadores, cujas 
condições de trabalho e moradia não lhe garantem dignidade, entre outros exemplos. 
UNIDADE IV • <Título da Unidade IV> 
4 
 
Nosso Estado tem o dever de criar políticas que universalizem estes direitos civis, 
sociais e políticos, incluindo estes grupos que foram excluídos e marginalizados da 
sociedade de forma efetiva. 
 
Considerando que a cidadania pressupõe direitos e obrigações cujo exercício 
reivindica um conjunto de capacidades individuais que devem ser desenvolvidas, 
sobretudo, no cenário brasileiro atual, no qual a maioria dos direitos reconhecidos não 
são automaticamente efetivados, interrogamos: como você avalia o exercício da 
cidadania no Brasil, hoje? 
 
Referências 
 
BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. A cidadania ativa: referendo, plebiscito e 
iniciativa popular. São Paulo: Editora Ática, 1991. 
 
BRASIL. Constituição Federal, 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso 
em: 07 jan. 2011. 
 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS [ONU]. Declaração Universal dos Direitos 
Humanos [DUDH], 1948. Disponível em: 
<http://www.oas.org/dil/port/1948%20Declara%C3%A7%C3%A3o%20Universal%20
dos%20Direitos%20Humanos.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2011. 
 
PEREIRA, Ana Carolina Reis. História oral de vida de professores: direitos 
humanos, justiça restaurativa e violência escolar. São Paulo: UNICAMP, 2018. 
343 P. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de 
Educação, Universidade Estadual de Campinas, 2018. Disponível em: 
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331575/1/Pereira_AnaCarolinaRei
s_D.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2019. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331575/1/Pereira_AnaCarolinaReis_D.pdf
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331575/1/Pereira_AnaCarolinaReis_D.pdf

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