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Microeconomia - capítulo 3, Exercícios Resolvidos/ REVISÃO - Consumidor - Pindyck & Rubinfeld

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Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 3, Consumidor :: REVISÃO 
1. O que significa o termo transitividade de preferências? 
A transitividade de preferências significa que, se alguém prefere 
A em relação a B, e B em relação a C, então essa pessoa prefere 
A em relação a C. 
2. Suponha que um determinado conjunto de curvas de indiferença 
não possua inclinação negativa. O que você pode dizer a respeito de 
quão desejáveis são essas duas mercadorias? 
Uma das principais hipóteses da teoria das preferências é que 
quantidades maiores dos bens são preferidas a quantidades 
menores. Logo, se a quantidade consumida de um bem 
diminui, os consumidores devem obter um menor nível de 
satisfação. Esse resultado implica necessariamente curvas de 
indiferença negativamente inclinadas. No entanto, se uma 
mercadoria é indesejável, o consumidor estará em melhor 
situação ao consumir quantidades menores da mercadoria; por 
exemplo, menos lixo tóxico é preferível em relação a mais lixo. 
Quando uma mercadoria é indesejável, as curvas de indiferença 
que mostram o dilema entre aquela mercadoria e a mercadoria 
desejável apresentam inclinações positivas. Na Figura 3.2 
abaixo, a curva de indiferença U2 é preferida à curva de 
indiferença U1. 
Bem Y
Lixo tóxico
Pontos
preferidos
U 2
U 1
 
Figura 3.2 
3. Explique a razão pela qual duas curvas de indiferença não podem se 
interceptar. 
A resposta pode ser apresentada mais facilmente com a ajuda 
de um gráfico como o da Figura 3.3, que mostra duas curvas de 
indiferença se interceptando no ponto A. A partir da definição 
de uma curva de indiferença, sabemos que um consumidor 
obtém o mesmo nível de utilidade em qualquer ponto sobre 
uma determinada curva. Nesse caso, o consumidor é 
indiferente entre as cestas A e B, pois ambas estão localizadas 
sobre a curva de indiferença U1. Analogamente, o consumidor é 
indiferente entre as cestas A e C porque ambas estão 
localizadas sobre a curva de indiferença U2. A propriedade de 
transitividade das preferências implica que tal consumidor 
também devera ser indiferente entre C e B. No entanto, de 
acordo com o gráfico, C está situada acima de B, de modo que 
C deve ser preferida a B. Assim, está provado que duas curvas 
de indiferença não podem se interceptar. 
Bem Y
Bem X
A
C
B
U 1
U 2
 
Figura 3.3 
4. Desenhe um conjunto de curvas de indiferença para as quais a taxa 
marginal de substituição seja constante. Desenhe duas linhas de 
orçamento com diferentes inclinações; mostre, em cada caso, qual será 
a escolha maximizadora de satisfação. Que conclusões você poderia 
tirar? 
Na Figura 3.4, a mercadoria X e a mercadoria Y são substitutos 
perfeitos, de modo que as curvas de indiferença são linhas 
retas, U1 e U2, ambas com inclinação igual a -1. No caso de 
mercadorias que são substitutos perfeitos, o consumidor 
sempre preferirá comprar a mercadoria mais barata, de modo a 
obter utilidade máxima. Por exemplo, se a mercadoria Y for 
mais barata que a mercadoria X, o consumidor se defrontará 
com a restrição orçamentária L2 e maximizará sua utilidade no 
ponto A. Por outro lado, se a mercadoria X for mais barata que 
a mercadoria Y, o consumidor se defrontará com a restrição 
orçamentária L1 e maximizará sua utilidade no ponto B. Se a 
mercadoria X e a mercadoria Y tiverem o mesmo preço, a 
restrição orçamentária coincidirá com a curva de indiferença, e 
o consumidor será indiferente entre qualquer ponto sobre a 
curva. Para entender a razão disso, lembre que a inclinação da 
linha do orçamento é −
Px
Py
. Em termos mais gerais, a inclinação 
de uma curva de indiferença linear é a taxa constante à qual o 
consumidor está disposto a trocar as duas mercadorias. Se as 
inclinações da linha de orçamento e da curva de indiferença 
forem iguais, o consumidor será indiferente entre qualquer 
ponto sobre a linha do orçamento. Quando as inclinações 
forem diferentes, o consumidor deverá optar por uma das 
extremidades da linha do orçamento, de acordo com as 
respectivas inclinações. 
Bem Y
Bem X
A
B
U 1 U 2L1
L2
 
Figura 3.4 
 
5. Explique por que a taxa marginal de substituição de uma pessoa 
entre duas mercadorias deve ser igual à razão entre os preços das 
mercadorias para que o consumidor possa obter satisfação máxima. 
A TMS representa a taxa à qual o consumidor está disposto a 
trocar uma mercadoria por outra de modo a manter seu nível 
de satisfação inalterado. A razão entre os preços representa a 
troca que o mercado está disposto a realizar entre as duas 
mercadorias. A tangência de uma curva de indiferença com a 
linha do orçamento representa o ponto no qual as duas taxas 
são iguais e consumidor obtém satisfação máxima. Se a TMS 
entre duas mercadorias não fosse igual à razão entre os preços, 
o consumidor poderia trocar uma mercadoria pela outra aos 
preços de mercado, de modo a obter níveis de satisfação mais 
elevados. Esse processo continuaria até que o nível de 
satisfação mais alto possível fosse atingido. 
 
 
6. Explique por que os consumidores provavelmente estariam em 
piores condições de satisfação quando um produto que eles consomem 
fosse racionado. 
Se a quantidade máxima de uma mercadoria for fixada por lei 
em nível inferior à quantidade desejada, nada garante que o 
mais alto nível de satisfação possível possa ser alcançado. De 
fato, o consumidor não será capaz de obter maiores 
quantidades da mercadoria racionada através da redução do 
consumo de outras mercadorias. O consumidor só conseguirá 
maximizar sua utilidade sem restrição no caso em que a 
quantidade máxima for fixada em nível acima do desejado. 
(Observação: o racionamento pode causar maior nível de bem-
estar social, por razões de eqüidade ou justiça entre os 
consumidores.) 
7. Após a fusão com a economia da Alemanha Ocidental, os 
consumidores da Alemanha Oriental demonstravam preferência por 
automóveis Mercedes-Benz em relação a automóveis Volkswagen. 
Entretanto, depois de terem convertido suas poupanças para marcos 
alemães, muitos desses consumidores correram até os revendedores 
Volkswagen. Como você explicaria esse aparente paradoxo? 
Para responder essa questão, são necessárias três hipóteses: 1) 
um Mercedes custa mais do que um Volkswagen; 2) a função 
de utilidade dos consumidores da Alemanha Oriental inclui 
duas mercadorias: automóveis e todas as outras mercadorias, 
avaliadas em marcos alemães; e 3) os consumidores da 
Alemanha Oriental auferem alguma renda. Com base nessas 
premissas, podemos especular que, ainda que os consumidores 
da antiga Alemanha Oriental prefiram um Mercedes a um 
Volkswagen, é possível que eles não tenham renda suficiente 
para comprar um Mercedes ou, então, que eles prefiram uma 
cesta composta por um Volkswagen e outras mercadorias a 
uma cesta que inclua apenas um Mercedes. A utilidade 
marginal de consumir um Mercedes pode exceder a utilidade 
marginal de consumir um Volkswagen, mas para o consumidor 
o que importa é a utilidade marginal por dólar para cada 
mercadoria. O fato dos consumidores terem se dirigido aos 
revendedores Volkswagen, e não aos revendedores Mercedes, 
indica que a utilidade marginal por dólar deve ter sido mais 
elevada para os Volkswagen. 
8. Descreva o princípio da igualdade marginal. Explique por que esse 
princípio não se mantém se uma utilidade marginal crescente estiver 
associada ao consumo de uma ou ambas as mercadorias. 
De acordo com o princípio da igualdade marginal, para que o 
grau máximo de satisfação seja obtido é necessário que a razão 
entre utilidade marginal e preço seja igual para todas as 
mercadorias. A linha de raciocínio é a mesma apresentada na 
Questão para Revisão No. 5. Parte-se do fato de que a utilidade 
é maximizada quando o orçamento é alocado de modo a 
igualar, para todas as mercadorias, a utilidade marginal por 
dólar gasto. 
Se a utilidade marginal é crescente, o consumidor maximiza 
sua satisfação consumindo quantidades cada vez maiores da 
mercadoria. Isso significaque, supondo preços constantes, o 
consumidor acabaria gastando toda sua renda com uma única 
mercadoria. Teríamos, então, uma solução de canto, na qual o 
princípio da igualdade marginal não pode valer. 
9. Qual é a diferença entre utilidade ordinal e utilidade cardinal? 
Explique por que a suposição de utilidade cardinal não se faz 
necessária para a ordenação das preferências do consumidor. 
A utilidade ordinal implica um ordenamento das alternativas 
que não leva em consideração a intensidade das preferências. 
Essa abordagem permite, por exemplo, afirmar que a primeira 
escolha do consumidor é preferida à segunda escolha, mas não 
especifica quão preferível é a primeira opção. A utilidade 
cardinal implica que a intensidade das preferências pode ser 
quantificada. Uma classificação ordinal é suficiente para 
ordenar as escolhas do consumidor de acordo com suas 
preferências. Não é necessário saber quão intensamente um 
consumidor prefere a cesta A à cesta B; é suficiente saber que 
A é preferida a B. 
10. Os preços dos computadores caíram substancialmente durante as 
duas últimas décadas. Use essa queda no preço para explicar por que 
o IPC tende a subestimar o índice de custo de vida para indivíduos 
que utilizam essas máquinas intensivamente. 
O índice de preços ao consumidor mede as variações na média 
ponderada dos preços de uma cesta de mercadorias adquiridas 
pelos consumidores. Os pesos de cada mercadoria 
correspondem à sua participação na despesa total do 
consumidor. Escolhe-se um ano-base, e usam-se os pesos 
observados no ano para calcular o IPC naquele e nos anos 
seguintes. Quando o preço de uma mercadoria cai de forma 
significativa, o consumidor tende a consumir mais daquela 
mercadoria em detrimento das demais, o que implica 
mudanças na distribuição da renda do consumidor entre as 
várias mercadorias. O uso dos pesos do ano-base ignora o efeito 
das variações de preço sobre a participação de cada mercadoria 
no total de despesas, levando, assim, a uma medida imprecisa 
das mudanças no custo de vida. 
Por exemplo, suponha que, em 1970, Fred gastasse 10% de sua renda em 
computadores, e que a participação de cada mercadoria na despesa total de 
Fred em 1970 tenha sido usada como peso no cálculo do IPC de Fred nos 
anos seguintes. Se a demanda de Fred por computadores fosse inelástica, 
reduções no preço dos computadores (em relação às outras mercadorias) 
diminuiriam a proporção de sua renda gasta com computadores. Após 
1970, um IPC baseado nos pesos de 1970 estaria atribuindo um peso de 
10% ao preço dos computadores, apesar de Fred gastar menos que 10% de 
sua renda com computadores. Supondo que os preços das outras 
mercadorias estivessem aumentando, ou caindo menos que 10%, o IPC 
estaria atribuindo pesos excessivamente pequenos às variações nos preços 
das outras mercadorias, e subestimando as mudanças no custo de vida de 
Fred.

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