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Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário João Manuel Barbosa Neto Dissertação de Mestrado Orientador na FEUP: Prof. Paulo Osswald Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica 2020-06-29 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário ii Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário iii Aos meus pais e amigos iv Resumo O projeto decorreu nas linhas de embalagem de uma indústria de mobiliário, cujos indicadores de eficiência estavam abaixo do esperado, com especial ênfase no indicador de disponibilidade. O objetivo, portanto, foi o de encontrar as causas raiz do problema e criar um plano de ações de forma a minimizar os tempos de paragem, para que se consiga obter os valores que a empresa definiu para as linhas em questão. Numa das linhas, cerca de 83,6% do tempo total de perdas de disponibilidade foram alvo de estudo, com um potencial contributo de redução em 63,6% dessas perdas, o que representaria um incremento total do índice de disponibilidade de 14,4%. Na outra linha, as perdas de disponibilidade em análise representam 88,5%, sendo possível reduzir até 59,4% das perdas, gerando um contributo máximo de 11,5% no índice de disponibilidade. Depois de identificados os problemas, durante a dissertação, foi possível implementar 27,3% das medidas propostas e 36,4% estão já em fase de implementação. As medidas aplicadas e em implementação são transversais às duas linhas e têm um potencial de contributo no aumento do índice de disponibilidade de 7,1% na linha que apresenta piores resultados e de 5,2% na outra linha. As restantes medidas estão em fase de análise e orçamentação, e existem medidas que devido à sua complexidade têm de ser implementadas ao longo do tempo, portanto, ainda com um longo caminho a percorrer. Os efeitos das medidas só poderão ser avaliados durante os próximos meses, contudo, espera-se obter um incremento de OEE de 6,4% e 4,8% nas linhas de produção. Foi ainda abordado um indicador de desempenho relevante na área da qualidade, externo à linha de embalamento, sendo apresentado um plano de ações e respetiva implementação para corrigir as não conformidades detetadas. v Increasing the overall efficiency of equipment (OEE) in a furniture industry Abstract The project took place on the packaging lines of a furniture industry, whose efficiency indicators were below expectations, with special emphasis on the availability indicator. The objective, therefore, was to find the root causes of the problem and create an action plan in order to minimize downtime, and to obtain the values that the company defined for the lines in question. In one of the lines, approximately 83.6% of the total availability loss time was studied, with a potential contribution of a reduction of 63.6% of these losses, which would represent a total increase in the availability index of 14.4% and in the other line, the availability losses under analysis represent 88.5%, with it being possible to reduce up to 59.4% of the losses, generating a maximum contribution of 11.5% in the availability index. After identifying the problems, during the dissertation it was possible to implement 27.3% of the proposed measures and 36.4% are in the implementation phase. The measures applied and being implemented are transversal to the two lines and have a potential contribution in increasing the availability rate of 7.1% in the line with the worst results and in the other line of 5.2%. The remaining measures are under analysis and budgeting, and there are measures that, due to their complexity, have to be implemented over time, so there is still a long way to go. The effects of the measures can only be assessed during the coming months, however, it is expected to obtain an increase in OEE of 6.4% and 4.8% in the production lines. A relevant performance indicator in the area of quality, external to the packaging line, was also addressed, with an action plan and respective implementation being presented to correct the detected non-conformities. vi Agradecimentos Agradeço a todas as pessoas da empresa que estiveram diretamente envolvidas no trabalho realizado, em especial à Sahara Guimerá, Adriana Ramos, Fernanda Silva, António Moreira e Márcio Machado. Ao Filip Banica e Ulrika Garbe da IKEA Industry Malmo, pela formação específica do OEE na IKEA Industry. Ao professor Paulo Osswald, pela orientação e disponibilidade durante todo o projeto. À Ana Sofia e ao Diogo Fernandes pela sua disponibilidade e ajuda conjunta na aplicação do plano de ações em relação à redução do COPQ handling na IKEA Industry. Ao Paulo Mendes e ao João Quelha do departamento de equipamentos, pela ajuda e cooperação nas alterações executadas nos equipamentos. Ao Reinaldo pela transmissão de conhecimentos práticos nas funções de responsável de área e técnico de planeamento. Ao Luís Pedro Ribeiro do departamento de Processos, pela disponibilidade e ajuda ao longo do projeto. Ao Paulo Nunes e Manuel Moura do departamento de IT pelo seu apoio ao nível da compreensão dos softwares que a empresa utiliza para medição e registo do OEE. Aos colegas da equipa do Departamento de Manutenção, em especial ao Vítor Carneiro, Jorge Pacheco, Tiago Pacheco, Rui Silva e Miguel Neto, pela transmissão do seu conhecimento técnico na área do Packing. À IKEA Industry que, ao longo dos meus quase 10 anos, sempre apoiou na minha formação. A todos muito obrigado! vii “Dados! Dados! Dados! Eu não posso fazer tijolos sem argila!” Sherlock Holmes viii Índice de Conteúdos 1. Introdução .............................................................................................................................. 1 1.1 Enquadramento do projeto e motivação ................................................................................ 1 1.2 Apresentação da empresa ..................................................................................................... 1 1.2.1 História da IKEA ................................................................................................................ 1 1.2.2 IKEA Industry ..................................................................................................................... 2 1.3 Objetivos do projeto ............................................................................................................... 3 1.4 Método seguido ...................................................................................................................... 4 1.5 Estrutura da dissertação ........................................................................................................ 4 2. Revisão Bibliográfica .............................................................................................................. 5 2.1 Introdução ao Lean Manufacturing ......................................................................................... 5 2.1.1 Origem do conceito Lean Production ................................................................................. 5 2.1.2 Princípios do Lean Production ........................................................................................... 5 2.1.3 Identificação de desperdícios ............................................................................................ 6 2.2 Total Productive manintenance (TPM) ................................................................................... 8 2.2.1 Ferramentas do TPM ....................................................................................................... 10 2.3 Overall Equipment Effectiveness (OEE)...............................................................................11 3. Situação inicial nas linhas de embalamento “Genax” .......................................................... 14 3.1 Board on Frame – Fluxo Lacquering & Print ........................................................................ 14 3.1.1 Tipo de Mobiliário ............................................................................................................ 14 3.1.2 Estrutura Organizacional ................................................................................................. 14 3.1.3 Fluxo produtivo ................................................................................................................ 14 3.2 O OEE na IKEA Industry ...................................................................................................... 18 3.3 Resultados iniciais OEE linhas Genax ................................................................................. 21 4. Análise das causas e propostas de melhoria ...................................................................... 23 4.1 Perdas de disponibilidade .................................................................................................... 23 4.1.1 Ajustes/afinações ............................................................................................................. 24 4.1.2 Micro-paragem ................................................................................................................. 24 4.1.3 Limpeza ........................................................................................................................... 25 4.1.4 Avaria............................................................................................................................... 25 4.1.5 Set-up .............................................................................................................................. 25 4.1.6 Troca de consumíveis ...................................................................................................... 25 4.2 Diagrama de Ishikawa .......................................................................................................... 26 4.2.1 Meio Ambiente ................................................................................................................. 26 4.2.2 Medição ........................................................................................................................... 26 4.2.3 Métodos ........................................................................................................................... 27 4.2.4 Materiais .......................................................................................................................... 28 4.2.5 Máquinas ......................................................................................................................... 28 4.2.6 Mão de Obra .................................................................................................................... 29 4.3 Plano de ações para o aumento do índice de disponibilidade ............................................. 31 4.3.1 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” ............................ 31 4.3.2 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “avarias” .......................................... 33 4.3.3 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “micro-paragens” ............................. 34 4.3.4 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “limpeza” ......................................... 34 4.3.5 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “set-up”............................................ 35 4.3.6 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “troca de consumíveis” .................... 36 4.4 Plano de ações para o aumento do índice de desempenho ................................................ 37 4.4.1 Estabilização do índice de desempenho.......................................................................... 37 4.4.2 Incremento do índice de desempenho ............................................................................. 37 4.5 Plano de ações para o aumento do índice de OEE ............................................................. 38 4.6 Resultados expectáveis das medidas propostas ................................................................. 38 ix 4.7 Minimização dos erros no registo de paragens no “Operator” ............................................. 40 5. Redução do COPQ handling ................................................................................................ 41 5.1 Enquadramento .................................................................................................................... 41 5.2 Registo de paletes rejeitadas “In-BOF” ................................................................................ 41 5.3 Resultados Iniciais (wk03-wk16) do embalamento proveniente das linhas Genax .............. 42 5.3.1 Paletes que foram embaladas na Genax 1 ...................................................................... 42 5.4 Plano de ações para redução do COPQ Handling ............................................................... 45 6. Conclusões e perspetivas de trabalho futuro ....................................................................... 46 Referências ............................................................................................................................... 48 ANEXO A: Layout BOF – Fluxo lacquering & Print ........................................................... 49 ANEXO B: Áreas de Produção BOF até ao Packing......................................................... 50 ANEXO C: Softwares de registo e monotorização de indicadores de desempenho ......... 54 ANEXO D: Ulrika Garbe OEE ............................................................................................ 58 ANEXO E: Name Plate Capacity (NPC) ............................................................................ 59 ANEXO F: Gráficos e Tabelas OEE Genax 1 ................................................................... 60 ANEXO G: Gráficos e Tabelas OEE Genax 2 ................................................................... 63 ANEXO H: Plano de Ações “Aumento do OEE nas linhas Genax” ................................... 68 ANEXO I: Impressos de registo de Paletes NOK IN ........................................................ 74 ANEXO J: Gráficos e Tabelas Embalamento NOK Genax 2 ............................................ 76 ANEXO K: Manutenção Preventiva linhas Genax ............................................................. 79 x Lista de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos BOF – Board on Frame COPQ – Cost of Poor Quality FIFO – First-in, first-out HDF – High Density Fiberboard KPI – Key Performance Indicator L&P – Lacquering & Print NPC – Name Plate Capacity OEE – Overall Equipment Effectiveness SOS – Standard Operation Sheet TPM – Total Productive Maintenance TPS – Toyota Production System WES – Work Element Sheet WK – Week xi Índice de Figuras Figura 1 - Ikea Industry Portugal (fonte: Google Earth, 2020) .................................................. 3 Figura 2 - Modelo dos 4Ps da Toyota Way (fonte: Liker, 2004) ............................................... 6 Figura 3 - Gestão Visual (fonte: Garbe, 2020) ........................................................................... 8 Figura 4 - Oito pilares do TPM - sugerido pelo JIPM. (fonte: Ahuja e Khamba, 2008) ............ 8 Figura 5 - Divisão de tempos para cálculo do OEE (adaptado fonte: Nakakima, 1988).......... 11 Figura 6 - MICKE à esquerda, LACK no centro e KALLAX à direita (fonte: Ikea, 2020)..... 14 Figura 7 - Genax L1 & L2 (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020).......................................... 15 Figura 8 - Packing Genax Line 2 ..............................................................................................15 Figura 9 - a) Formação da caixa em máquina b) caixas coladas manualmente ........................ 15 Figura 10 - Colocação de semi produtos e cartão de fecho de caixa ........................................ 16 Figura 11 - Fecho de caixa ....................................................................................................... 16 Figura 12 - Máquina responsável pelo "casamento" das caixas ............................................... 16 Figura 13 - Paletização ............................................................................................................. 17 Figura 14 - Embalamento vertical à esq. e embalamento horizontal à direita.......................... 17 Figura 15 - Colocação de Etiqueta ULL ................................................................................... 17 Figura 16 - Tempo não planeado. (fonte: Garbe, 2020) ........................................................... 18 Figura 17 - Tempo sem planeamento. (fonte: Garbe, 2020) .................................................... 18 Figura 18 - Tempo de carga. (fonte: Garbe, 2020) ................................................................... 19 Figura 19 - OEE Genax 1 ......................................................................................................... 21 Figura 20 - OEE Genax 2 ......................................................................................................... 21 Figura 21 - Desempenho real e objetivo desempenho IKEA – Genax 1 .................................. 22 Figura 22 - Disponibilidade real e objetivo disponibilidade IKEA – Genax 1 ........................ 22 Figura 23 - OEE real e objetivo OEE IKEA– Genax 1 ............................................................ 22 Figura 24 - Perdas de disponibilidade Genax 1 WK38-Wk11 ................................................. 23 Figura 25 - Ajustes/afinações Genax 1 [em minutos] Genax 1 WK38-Wk11 ......................... 24 Figura 26 - Diagrama de Ishikawa "OEE abaixo do objetivo proposto pela IKEA” ............... 26 Figura 27 - Acesso rápido à zona de ajustes ............................................................................. 31 Figura 28 - Aplicação de motor nos eixos Genax 2002 ........................................................... 36 Figura 29 - Palete OK vs. Palete NOK (fonte: Ikea Industry Portugal, 2020) ......................... 41 Figura 30 - Percentagem de paletes Nok Genax 1.................................................................... 42 Figura 31 - Percentagem de paletes rejeitadas por equipa Genax 1 ......................................... 42 Figura 32 - Percentagem das paletes das gamas embaladas Genax 1 ...................................... 43 Figura 33 - Principais defeitos por gama de produtos Genax 1................................................ 43 Figura 34 - Defeitos mais relevantes c/ top 5 referências com mais ocorrências Genax 1 ...... 44 Figura 35 - Percentagem de referências embaladas Genax 1 ................................................... 44 file:///D:/v29-06-2020_Tese_OEE%20_João%20Neto_MIEM_IKEA%20Industry%20Portugal.docx%23_Toc44350492 xii ANEXO A: Layout BOF – Fluxo lacquering & Print Figura A.1 - Fluxo do material e áreas BOF (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) .............. 49 ANEXO B: Áreas de Produção BOF até ao Packing Figura B.1 - Área Cutting (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020)........................................... 50 Figura B.2 - Área Frames (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) ........................................... 51 Figura B.3 - Caixilhos produzidos na área dos Frames ............................................................ 51 Figura B.4 - Área Cold Press (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) ..................................... 52 Figura B.5 - Colocação de favo à esq., Prensagem e cura no buffer á dir. ............................... 52 Figura B.6 - Área Edgeband & Drill (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) .......................... 52 Figura B.7 - Área Lacquering (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) .................................... 53 ANEXO C: Softwares de registo e monotorização de indicadores de desempenho Figura C.1 - "What-is-Operator-Systems" (fonte: operatorsystems, 2020) .............................. 54 Figura C.2 - “Operator Production Optimizer” (fonte: operatorsystems, 2020) ...................... 54 Figura C.3 - Interface Operator ................................................................................................ 55 Figura C.4 - Interface OPC Show ............................................................................................. 55 Figura C.5 - Interface Qlikview OEE dashboard ..................................................................... 56 Figura C.6 - Interface do Maintmaster ..................................................................................... 57 ANEXO E: Name Plate Capacity (NPC) Figura E.1 - Linhas de produção IKEA Industry (fonte: Garbe, 2020) .................................... 59 ANEXO F: Gráficos e Tabelas OEE Genax 1 Figura F.1 - OEE Genax 1 equipa A ........................................................................................ 60 Figura F.2 - OEE Genax 1 equipa B ......................................................................................... 60 Figura F.3 - OEE Genax 1 equipa C ......................................................................................... 60 Figura F.4 - Índice de Performance Genax 1 WK38-Wk11 ..................................................... 61 ANEXO G: Gráficos e Tabelas OEE Genax 2 Figura G.1 - Desempenho real e objetivo desempenho IKEA – Genax 2 ................................ 63 Figura G.2 - Disponibilidade real e objetivo disponibilidade IKEA– Genax 2 ....................... 63 Figura G.3 - OEE real e objetivo OEE IKEA– Genax 2 .......................................................... 63 Figura G.4 - OEE Genax 2 equipa A ........................................................................................ 64 Figura G.5 - OEE Genax 2 equipa B ........................................................................................ 64 Figura G.6 - OEE Genax 2 equipa C ........................................................................................ 64 Figura G.7 - Índice de Performance Genax 2 WK38-Wk11 .................................................... 65 Figura G.8 - Perdas de disponibilidade Genax 2 WK38-Wk11 ............................................... 67 xiii ANEXO H: Plano de Ações “Aumento do OEE nas linhas Genax” Figura H.1 - MN1 Genax IN/ L1 e L2 ...................................................................................... 68 Figura H.2 - MN1 Genax OUT / L1 e L2 ................................................................................. 70 Figura H.3 - MN1 Biele Genax / L1 e L2 ................................................................................ 71 Figura H.4 - Template WES ..................................................................................................... 73 Figura H.5 - Template SOS ...................................................................................................... 73 ANEXO I: Impressos de registo de Paletes NOK IN Figura I.1 - Impresso de registo de Paletes NOK IN ................................................................ 74 Figura I.2 - Impresso de registo de Paletes NOK acompanhamento ........................................ 75 ANEXO J: Gráficos e Tabelas Embalamento NOK Genax 2 Figura J.1 - Percentagem de paletes Nok Genax 2 ................................................................... 76 Figura J.2 - Percentagem de paletes rejeitadas por equipa Genax 2 ........................................ 76 Figura J.3 - Percentagem de paletes rejeitadas por equipa Genax 2 ........................................76 Figura J.4 - Percentagem de referências embaladas Genax 2................................................... 77 Figura J.5 - Defeitos mais relevantes c/ top 5 referências com mais ocorrências Genax 2 ...... 77 Figura J.6 - Principais defeitos por gama de produtos Genax 2 ............................................... 78 xiv Índice de Tabelas Tabela 1 - Aplicação do DMAIC no Trabalho ........................................................................... 4 Tabela 2 - Os 7+1 desperdícios. (fonte: Monika Krajnik, 2017) ................................................ 7 Tabela 3 - Seis Grandes Perdas (Vorne, 2008) ......................................................................... 12 Tabela 4 - OEE Disponibilidade (fonte: Gizikov, 2018) .......................................................... 13 Tabela 5 - OEE Desempenho (fonte: Gizikov, 2018) .............................................................. 13 Tabela 6 - OEE Qualidade (fonte: Gizikov, 2018) ................................................................... 13 Tabela 7 - Metas do OEE linhas Genax ................................................................................... 21 Tabela 8 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 1 ............................... 22 Tabela 9 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 1 W38-WK11 .......... 30 Tabela 10 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “ajustes/afinação” .................. 31 Tabela 11 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “ajustes/afinação” (cont.) ....... 32 Tabela 12 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “avarias” ................................. 33 Tabela 13 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “micro-paragens” ................... 34 Tabela 14 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “limpeza” ............................... 34 Tabela 15 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “set-up” .................................. 35 Tabela 16 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “troca de consumíveis” .......... 36 Tabela 17 - Plano de ações melhoria índice de desempenho ................................................... 37 Tabela 18 - Plano de ações melhoria do OEE em relação às equipas ...................................... 38 Tabela 19 - Impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 1 ............................ 38 Tabela 20 - Quadro resumo do incremento do OEE na Genax 1 ............................................. 39 Tabela 21 - Impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 2 ............................ 39 Tabela 22 - Quadro resumo do incremento do OEE na Genax 2 ............................................. 39 Tabela 23 - Minimização dos erros no registo de paragens ..................................................... 40 Tabela 24 - Plano de ações para redução do COPQ Handling ................................................. 45 ANEXO B: Áreas de Produção BOF até ao Packing Tabela B.1 - Matérias-Primas área Cutting .............................................................................. 50 ANEXO F: Gráficos e Tabelas OEE Genax 1 Tabela F.1 - NPC/referência Genax 1 ...................................................................................... 62 ANEXO G: Gráficos e Tabelas OEE Genax 2 Tabela G.1 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 2 ........................... 63 Tabela G.2 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 2 W38-WK11 ...... 65 Tabela G.3 - NPC/referência Genax 2 ...................................................................................... 66 xv ANEXO H: Plano de Ações “Aumento do OEE nas linhas Genax” Tabela H.1 - Formação M1N .................................................................................................... 72 Tabela H.2 - Quadro de registo por linha das M1N ................................................................. 72 ANEXO K: Manutenção Preventiva linhas Genax Tabela K.1 - Periocidade Manutenção Preventiva linhas Genax ............................................. 79 Tabela K.2 - Plano de manutenção preventiva - Genax IN +Pórtico ....................................... 81 Tabela K.3 - Plano de manutenção preventiva - Tapetes de transporte ................................... 82 Tabela K.4 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Logopak Frontal 510 F90 .......... 83 Tabela K.5 - Plano de manutenção preventiva – Genax OUT ................................................. 85 Tabela K.6 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Logopak Lateral 510 TM .......... 86 Tabela K.7 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Etiquetas Domino T60 .............. 87 Tabela K.8 - Plano de manutenção preventiva - Sistema Casamentos simples ....................... 88 Tabela K.9 - Plano de manutenção preventiva – Máquina Biele ............................................. 90 Tabela K.10 - Plano de manutenção preventiva - Octomeca Vertical...................................... 91 Tabela K.11 - Plano de manutenção preventiva - Octomeca Horizontal ................................. 93 Tabela K.12 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Logopak Frontal ...................... 94 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 1 1. Introdução Neste capítulo é apresentado o enquadramento geral do tema e a motivação para a sua realização; é, ainda, feita uma breve apresentação da empresa, são referidos os objetivos do projeto, a metodologia utilizada, e, por último, é descrita a estrutura do documento. 1.1 Enquadramento do projeto e motivação O projeto foi realizado em colaboração com os vários departamentos de suporte (produção, manutenção, processos, informática, equipamentos e recursos humanos) da fábrica Board on Frame (BOF) na empresa IKEA Industry Portugal. O objetivo deste trabalho é o aumento da eficiência global de um equipamento (OEE). O projeto irá incidir em duas linhas de produção (“Genax 1” e “Genax 2”) no setor do Packing. A IKEA colocou metas de OEE mais desafiantes nestas linhas e com este projeto pretende-se, além de cumprir com as metas propostas, criar um espírito de melhoria contínua, de forma a que a empresa esteja preparada para os desafios que se avizinham, como, por exemplo, a conversão das linhas de embalamento juntamente com as outras linhas e áreas para uma unidade de alto desempenho. 1.2 Apresentação da empresa 1.2.1 História da IKEA A IKEA foi fundada por Ingvar Kamprad em 1943 como um pequeno negócio sueco de encomendas por catálogo através do correio. O nome IKEA combina as iniciais do seu fundador, Ingvar Kamprad, com as primeiras letras do nome da quinta onde cresceu e da aldeia próxima (Elmtaryd e Agunnaryd). No ano de 1948 Ingvar Kamprad começou a incluir mobiliário na sua gama de produtos e em 1951, lança o seu primeiro catálogo de produtos. Esse período prevê a exploração do design de móveis, automontagem, publicidade, uso de catálogo e showroom para alcançar muitas pessoas. A primeira loja foi inaugurada em Älmhult, Småland, em 1958. As primeiras lojas fora da Suécia foram abertas em 1963 na Noruega e em 1969 na Dinamarca. As lojas espalharam se para outras partes da Europa na década de 1970, com a primeira loja fora da Escandinávia em 1973 na Suíça, seguida pela Alemanha Ocidental (1974). Ainda naquela década, abriram-se mais lojas em outras partes do mundo, como Japão (1974), Austrália, Canadá, Hong Kong (1975) e Singapura (1978). A IKEA expandiu-se ainda mais na década de 1980, abrindo lojas em países como França e Espanha (1981), Bélgica (1984), Estados Unidos (1985), Reino Unido (1987) e Itália (1989). Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 2 A empresa mais tarde expandiu-se para mais países nasdécadas de 1990 e 2000. A Alemanha, com 53 lojas, é o maior mercado da IKEA, seguido pelos Estados Unidos, com 51 lojas. A primeira loja em Portugal abriu em 2004 em Alfragide. No ano de 1991 surgiu uma grave crise económico-social nos países fornecedores de mobiliário de madeira, cuja grande parte estava localizada na Europa de leste, e para combater essa necessidade surgiu o grupo Swedwood, um grupo autónomo, constituído por algumas fábricas que disputavam entre si o abastecimento exclusivo das lojas IKEA. Com o decorrer dos anos e com vista a fortalecer as indústrias de mobiliário que forneciam a IKEA, criou-se a IKEA Industry que resulta da fusão de três grandes grupos que são: grupo Swedwood, Swedpan e IKEA Industry & Development. O fundador, com a preocupação da continuidade do grupo, foi retirando responsabilidades aos três filhos e desenhou uma estrutura societária que protege a empresa de qualquer luta pelo poder entre os seus filhos (Peter, Jonas e Mathias). Em 2018, o fundador da IKEA e um dos maiores empreendedores do século XX, Ingvar Kamprad, faleceu pacificamente em sua casa em Småland, Suécia, no dia 27 de janeiro. No ano fiscal de 2019, existiam 433 lojas IKEA distribuídas por 50 mercados. O grupo IKEA conta com 211.000 colaboradores e totalizou um volume de vendas de 41,3 mil milhões de euros no ano fiscal de 2019 (B.V., 2019). 1.2.2 IKEA Industry A IKEA Industry é a maior produtora de móveis de madeira do mundo e fabrica móveis de madeira para as lojas IKEA. Juntamente com fornecedores externos da IKEA, representa a capacidade de produção de mobiliário da IKEA. A IKEA Industry é uma área central do Grupo Inter IKEA. O objetivo é criar produtos que tenham grande valor para o cliente, em termos de qualidade e preço. Além disso, existe uma ambição em ser o bom exemplo em todos os aspetos de negócios e pessoas, incluindo na sustentabilidade. A IKEA Industry tem 42 unidades de produção em 9 países: China, Hungria, Lituânia, Polónia, Portugal, Rússia, Eslováquia e Suécia, contando com cerca de 20.000 colaboradores (Inter Ikea Group, 2020). A Ikea Industry subdivide-se em quatro divisões que são: Solid Wood, FlatLine, Boards e Purchase. Os cinco principais países produtores são Polónia, Rússia, Eslováquia, Portugal e Suécia. Ikea Industry Portugal A IKEA Industry Portugal, S.A., fundada a 21 de abril de 2007, com o nome de Swedwood, situa-se em Paços de Ferreira, no distrito do Porto, e conta, atualmente, com aproximadamente 1500 colaboradores, numa área de cerca de 130.000 𝑚2. IKEA Industry Portugal faz parte integrante da divisão Flat Line, onde produz artigos de gama leve em grandes séries. Como se pode observar na Figura 1, a unidade industrial é dividida em duas grandes fábricas (Board on Frame Factory e Pigment Furniture factory). Ambas as fábricas no final do processo de fabrico partilham a área de armazém de produto acabado. Estas comunicam através de pontes que ligam ambas as fábricas ao warehouse. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 3 Figura 1 - Ikea Industry Portugal (fonte: Google Earth, 2020) A Board on Frame Factory, foca-se na produção de componentes de mobiliário de estrutura resistente central em “favo de mel” e dedica-se à produção de mobiliário para escritório e arrumação. Existem dois fluxos de produção distintos que são: Lacquering & Print e Foil. Ambos os fluxos partilham as áreas do Cutting e do Packing. A Pigment Furniture Factory, como o próprio nome sugere, dedica-se ao mobiliário em que o processo de pintura é através de pigmentação, e está mais ligada ao setor de negócio Flat Line, em que os principais produtos são o mobiliário de quarto e frentes de cozinha (portas de frente de armários, cómodas e cozinha). 1.3 Objetivos do projeto Com o presente projeto pretende-se resolver problemas nas linhas “Genax 1” e “Genax 2”, linhas essas que fazem o embalamento do semi-produto para a obtenção do produto final, tal como vendido ao cliente nas lojas IKEA, e obter a curto e médio prazo, além de uma redução de custo operacional, um aumento da eficiência dos equipamentos. Para que isso aconteça, o estudo irá incidir sobre os índices que compõem o OEE, pretendendo atingir os seguintes objetivos: Criação e implementação de medidas com base num plano de ações definido onde existirá a participação dos vários departamentos de suporte, de forma a melhorar o OEE das linhas em estudo; Monitorização dos indicadores do OEE e confronto com os objetivos da organização ao longo do período do projeto; Além dos aspetos relacionados com o OEE, pretende-se reduzir o custo da não qualidade que a IKEA cobra à IKEA Industry devido a problemas relacionados com a qualidade do embalamento - Cost of Poor Quality (COPQ) handling. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 4 1.4 Método seguido O método seguido neste projeto assenta na metodologia DMAIC. Esta metodologia consiste num processo de melhoria definida por 5 etapas (Pande et al., 2000). A tabela 1, apresenta o DMAIC do inglês “Define – Measure –Analyse – Improve – Control” na presente dissertação. Tabela 1 - Aplicação do DMAIC no Trabalho Definir Definir o âmbito do projeto Medir Recolher dados sobre o desempenho do processo atual Analisar Estudar as causas do problema e identificar as mais relevantes Melhorar Implementação de ações de melhoria Controlar Resultados das medidas implementadas e confirmação ou não da melhoria 1.5 Estrutura da dissertação A presente dissertação está dividida em seis capítulos. No primeiro capítulo faz-se um enquadramento da dissertação e é apresentada a empresa na qual o projeto foi desenvolvido. Descreve-se, de uma forma muito breve, os tipos de produtos que fabrica e identifica-se a área onde o projeto se vai desenvolver. São ainda definidos os objetivos e qual a metodologia seguida no projeto. No capítulo dois é feita uma revisão dos conceitos, metodologias e ferramentas utilizados na análise de dados, escolha de soluções e implementação das mesmas. No terceiro capítulo é definido o âmbito do projeto, são apresentadas as linhas que irão ser alvo de estudo, bem como a metodologia segundo a qual é medido o OEE na IKEA Industry, e são apresentados os resultados iniciais do OEE entre a semana 38 de 2019 e a semana 11 de 2020 para as linhas Genax. Já no capítulo quatro são debatidas as causas da ineficiência medida pelo OEE, e numa fase inicial são aprofundadas as perdas de disponibilidade e desempenho. É efetuado um Diagrama de Ishikawa para encontrar as causas raiz e a partir daí é definido um plano de ações. No capítulo cinco é tratada a redução do COPQ handling, que é um indicador que a IKEA mede o desempenho da qualidade em questões de embalamento. Por fim, no sexto capítulo, em forma de conclusão, são apresentadas as lições aprendidas e é feito o ponto de situação final do projeto, retirando-se algumas ilações e perspetivas para trabalhos futuros. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 5 2. Revisão Bibliográfica No decorrer deste capítulo é feita uma revisão bibliográfica dos conceitos mais importantes para a compreensão dos assuntos relacionados com a presente dissertação. 2.1 Introdução ao Lean Manufacturing 2.1.1 Origem do conceito Lean Production Após o fim da 2ª Guerra Mundial as indústrias japonesas depararam-se com grandes dificuldades pois não tinham capital para matérias-primas e equipamentos, nem o mercado japonês tinha capacidade para absorver grandes quantidades do mesmo modelo, sendo, desta forma, a produção em escala impraticável. Um dos pontos fortes das indústrias americanas na época era a produção em massa, pois conseguiam reduzir custos graças a uma maior eficiência. Face a este cenário, o grande objetivo da indústrianipónica era flexibilidade, para poder fabricar pequenas séries com baixo custo. A partir dos anos 50, a empresa Toyota Corporation criou e desenvolveu o Toyota Production System (TPS), um sistema de produção que era capaz de competir com os sistemas de produção americanos, adaptado à realidade japonesa, e, portanto, produzindo grande variedade de modelos em baixas quantidades (Ohno, 1988). O sistema produtivo foi criado para combater a forte concorrência da indústria americana, procurando reduzir os desperdícios e eliminar tarefas que não acrescentavam valor ao produto desejado (Holweg, 2007). Com o decorrer dos anos, e após o sucesso da Toyota, surge na década de 70, a filosofia Lean Production que, na realidade, é mais uma documentação e sistematização do TPS, dado que o TPS tinha nascido da prática e não havia manuais sobre o que era, porque funcionava e como se aplicava. 2.1.2 Princípios do Lean Production Segundo Liker (2004), os princípios do Lean Production dividem-se em quatro categorias e podem ser representados através de uma pirâmide de quatro níveis, chamada de modelo dos 4P. Os 4P são filosofia (Philosophy), processo (Process), pessoas/parceiros (People/Partners) e, no topo da pirâmide, resolução de problemas (Problem Solving). A pirâmide que se encontra na Figura 2 reflete um modelo construído de baixo para cima. Na base da pirâmide encontra-se a filosofia da empresa, que aposta em objetivos a longo prazo; acima deste patamar aborda-se os processos da empresa em que se pretende minimizar o desperdício; logo de seguida vem o nível de pessoas e parceiros que aborda a motivação, o empowerment e a responsabilização das pessoas e, para finalizar, a resolução dos problemas que aposta numa aprendizagem constante e melhoria contínua através dos problemas que vão surgindo no dia a dia. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 6 Figura 2 - Modelo dos 4Ps da Toyota Way (fonte: Liker, 2004) De acordo com Womack e Jones (2003), são especificados cinco princípios da filosofia Lean, que seguem o objetivo já descrito anteriormente de identificar e eliminar os desperdícios, e que são os seguintes: 1. Identificar o valor segundo o ponto de vista do cliente; 2. Definir a cadeia de valor; 3. Criar fluxo contínuo entre as atividades da cadeia de valor; 4. Implementar o sistema pull (puxado) com o propósito de produzir apenas em função dos pedidos do cliente (ou do processo do cliente); 5. Procurar a excelência envolvendo um aperfeiçoamento a todos os níveis (processos, pessoas, produtos, …) 2.1.3 Identificação de desperdícios A filosofia lean centra-se, fundamentalmente, na agregação de valor e é essencial identificar as fontes que fazem gastar tempo e meios em ações que não acrescentam valor. Deste modo, é inevitável dizer que desperdício é o antónimo de valor, logo, o que não agrega valor torna se num custo (Womack e Jones, 2003). Os desperdícios, de acordo com Ohno (1988) foram divididos em sete tipos, porém, existem vários autores (Liker, 2004) e (Ortiz, 2006) que defendem que existe um outro desperdício relacionado com o potencial humano que, por vezes, não se desenvolve nas organizações. Na Tabela 2, são apresentados os 7+1 desperdícios. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 7 Tabela 2 - Os 7+1 desperdícios. (fonte: Monika Krajnik, 2017) Transporte Cada vez que um produto é movido, corre-se o risco de ser danificado, perdido, atrasado, etc., além de ser um custo sem valor agregado. O transporte não faz nenhuma transformação no produto pelo qual o consumidor deseja pagar. Inventário O stock (matérias-primas, trabalhos em andamento, produtos acabados) representa um gasto de capital que ainda não produziu um valor quer para o produtor quer para o consumidor. Movimentações As movimentações referem-se a movimentos de pessoas que não são realmente necessários para executar uma ou mais operações. Tempos de espera Sempre que máquinas, pessoas ou material não estão a processar, elas estão à espera e representam um grande custo à organização pois não existe qualquer retorno. Excesso de processamento O processamento excessivo ocorre sempre que é feito um trabalho desnecessário numa peça, além do exigido pelo cliente. Isso também inclui o uso de ferramentas mais precisas que o necessário. Sobreprodução A sobreprodução acontece sempre que se produz mais recursos do que o necessário para entregar ao cliente. A sobreprodução é a pior perda, segundo Ohno, porque oculta problemas de diversos tipos. Defeitos Sempre que ocorrem defeitos, são incorridos custos extras para retrabalhar a peça, reagendar a produção, ou em sucata, reclamações, inspeções extras de qualidade, capacidade reduzida etc. Potencial humano As organizações empregam na sua equipa conhecimentos específicos para o desempenho da função de cada colaborador. Esses funcionários também têm outras capacidades e conhecimentos e é um desperdício não as aproveitar. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 8 Gestão visual A gestão visual é uma ferramenta da metodologia Lean, que visa incrementar o aumento de eficiência das operações, tornando os processos mais visuais. A gestão visual no TPS engloba toda a sinalização que torna transparentes os processos, desde a sinalização no chão e no ar, que identifica corredores ou áreas até à sinalização luminosa ou sonora que identifica processos com problemas. Na presente dissertação trata-se apenas de uma parte da gestão visual utilizada para condensar a informação sobre os indicadores e problemas nas reuniões de equipa. A forma mais comum de gestão visual são os quadros visuais (quadros por equipa, quadros de departamento, quadros de fábrica, etc.) onde todos os indicadores de desempenho relevantes e outras informações são exibidas, como representa a Figura 3. Figura 3 - Gestão Visual (fonte: Garbe, 2020) 2.2 Total Productive manintenance (TPM) O conceito da manutenção produtiva total ou Total Productive Maintenance (TPM) surgiu no Japão na segunda metade do século passado. Na década de sessenta, mais precisamente em 1962, as indústrias nipónicas envolveram-se no estudo de sistemas de manutenção preventiva e, para isso, apoiaram-se nos sistemas de manutenção que os Estados Unidos tinham nessa época. Com o decorrer dos estudos em 1969 formou-se a JIPE (Japan Institute of Plant Engineers), que, mais tarde, se tornaria em JIPM (Japan Institute of Plant Maintenance). O primeiro apontamento da aplicação do TPM data de 1971, e foi aplicada na empresa Nippondenso, que fazia parte da Toyota. Na indústria não existe capacidade para lidar com grandes tempos de inatividade de produção, os equipamentos e a força de trabalho devem ser confiáveis, de modo a atender às datas de entrega e aos padrões de qualidade estabelecidos. Este foi o início da Manutenção Produtiva Total: uma política de manutenção focada na manutenção da capacidade produtiva total, contando com a participação total dos funcionários (Nakajima 1988). O plano de implementação do TPM sugerido pelo JIPM, é constituído por oito pilares e está retratado na Figura 4. Figura 4 - Oito pilares do TPM - sugerido pelo JIPM. (fonte: Ahuja e Khamba, 2008) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 9 Nos próximos subcapítulos do TPM serão abordados os pilares mais relevantes para a presente dissertação, nomeadamente: a manutenção autónoma; manutenção planeada; educação e formação. Manutenção autónoma A manutenção autónoma é um dos pilares do TPM e consiste em conservar e evitar a deterioração do equipamento através da colaboração do próprio operador. Este tipo de manutenção visa a autorresponsabilizaçãodo operário para que cuide do seu próprio equipamento. Pretende-se que o operador após formação técnica básica consiga realizar inspeções às condições dos equipamentos e realizar tarefas básicas de manutenção, como, por exemplo: limpeza, lubrificação, apertos, ajustes, inspeção aos atuadores e reajustes nos equipamentos de produção, sem o auxílio de um técnico de manutenção. De acordo com Willmott et al. (2001) existem sete etapas para a aplicação da manutenção autónoma: 1. Limpeza; 2. Prevenir fontes de sujidades; 3. Preparação de normas de limpeza, inspeção e lubrificação; 4. Inspeção geral dos equipamentos; 5. Inspeção autónoma; 6. Organização e normalização; 7. Manutenção autónoma total. Manutenção planeada A manutenção planeada constitui outro pilar e consiste em calendarizar operações de manutenção, ações essas em função do conhecimento da máquina e da sua utilização, bem como das recomendações do fabricante. O principal objetivo das manutenções planeadas é o de evitar avarias e a consequente paragem dos equipamentos e necessidade de manutenção corretiva. Para isso, é necessário efetuar-se um planeamento eficaz de manutenção preventiva e manutenção preditiva. A manutenção preventiva é um conceito que foi introduzido em 1951, e consiste numa espécie de check-up físico do equipamento para evitar a avaria e prolongar a vida útil do mesmo. Este tipo de manutenção descreve atividades que são realizadas após um determinado período (Herbaty, 1990). A manutenção preditiva é frequentemente referida como manutenção baseada em condições (Condition-Based Maintenance). A manutenção é iniciada em resposta a uma condição específica do equipamento ou deterioração de desempenho (Vanzile e Otis, 1992). A manutenção baseada no tempo (Time Based Maintenance) é uma operação na qual se podem efetuar verificações, inspeções e serviços periódicos (Pai, 1997). As vantagens da manutenção planeada são diversas, destacando-se as seguintes: Aumento do MTBF (Mean time between failure) que é um indicador de fiabilidade que reflete o tempo médio entre falhas; Redução de custos de manutenção devido a redução de desgaste nos equipamentos e aumento da vida útil dos componentes; Aumentos de produtividade devido à redução de paragens imprevistas, como, por exemplo, avarias. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 10 Educação e formação Este pilar é de fundamental importância pois desenvolve as capacidades dos colaboradores para executar as suas funções na empresa, de uma forma responsável e segura. Para a implementação deste pilar nas empresas deve-se seguir as seguintes etapas: Estudar a situação inicial; Desenvolver um plano de formação à medida das necessidades de cada colaborador; Desenvolver as habilidades interpessoais; Capacitar os funcionários com formações técnicas; Alinhar funcionários às metas organizacionais; Avaliar os conteúdos lecionados; Efetuar uma atualização periódica de formação. 2.2.1 Ferramentas do TPM Standard Work “A normalização hoje ... é a base necessária para melhorias amanhã. Quando você pensa na normalização como algo que pode fazer melhor hoje, mas que exige melhorias amanhã - é certo que você conseguirá alguma coisa. Mas quando você considera a normalização como uma limitação, o progresso será interrompido”. Henry Ford, Today and Tomorrow, 1926 De acordo com Pinto (2009), o trabalho normalizado (designação em português) é a maneira de reduzir a variabilidade nos processos, e, com isso, minimizar as oscilações dos resultados. Depois de identificada a melhor prática, o passo seguinte é criar uma documentação operatória com as diversas instruções de trabalho. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 11 2.3 Overall Equipment Effectiveness (OEE) O Overall Equipment Effectiveness (OEE) foi pela primeira vez referenciado formalmente por um instituto japonês da manutenção industrial (de que Nakajima era um dos consultores) em 1971, e, gradualmente, começou a ser usado na Europa e Estados Unidos (Nakajima, 1988). É um indicador de desempenho (KPI) importante nos dias de hoje para apoiar as melhorias e destina-se a gestores (manutenção, produção, engenharia / tecnologia, qualidade). Este KPI fornece uma imagem completa do uso eficaz de um equipamento num processo de produção. É um indicador global, por isso, não atenta apenas a quantos produtos não foram produzidos devido a paragens da linha, mas também qual foi o potencial de produção que foi limitado devido à menor velocidade ou baixa qualidade e a produtos não-conformes. O OEE é uma comparação entre as entre peças conformes obtidas e a saída máxima potencial durante o tempo planeado de produção, e a forma mais rápida para o cálculo é a apresentada na Equação 2.1: 𝑂𝐸𝐸 (%) = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝐼𝑑𝑒𝑎𝑙 ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑂𝐾 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑒𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 (2.1) As perdas limitam a produção e as razões para não produzir a quantidade esperada de produtos podem ser encontradas aqui. As chamadas “Seis Grandes Perdas” são as causas mais comuns de perda de eficácia, e Nakajima (1988) fornece uma estrutura com o objetivo de eliminar desperdícios na fabricação. Com base na teoria apresentada, Nakajima separa-as em três grupos: Perdas de disponibilidade: paragens devido a avarias, set-up e ajustes; Perdas de desempenho: micro paragens e velocidade reduzida; Perdas de qualidade: defeitos e retrabalho e perdas de qualidade no arranque e produção rejeitada. Para melhor compreensão do apresentado anteriormente, e para efetuar o cálculo das várias componentes do OEE, a Figura 5 ilustra a divisão dos tempos para este mesmo cálculo. Figura 5 - Divisão de tempos para cálculo do OEE (adaptado fonte: Nakakima, 1988) O tempo total é o tempo que corresponde a 365 dias/ano com 24 horas diárias, basicamente o tempo total de um ano sem nenhuma restrição. O tempo total de abertura é o tempo na qual a empresa se encontra com as instalações abertas, sendo o tempo não alocado para a produção os dias que a empresa por várias razões assim o considera. Dentro do tempo de abertura, divide-se em tempo de produção e tempo não planeado para produção, tempos estes que são decididos de acordo com o plano produtivo de forma a não criar excesso de produção e stocks, bem como para proceder à manutenção planeada dos equipamentos. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 12 O tempo de operação é resultado do tempo de produção menos as perdas de disponibilidade, enquanto o tempo de operação líquido já foi reduzido devido a perdas de desempenho. Por sua vez, o tempo com valor agregado é o tempo de operação líquido subtraído com as perdas de qualidade. A Tabela 3 apresenta a lista das seis grandes perdas e demonstra como elas se relacionam com as categorias de perdas do OEE. Tabela 3 - Seis Grandes Perdas (Vorne, 2008) Seis Grandes Perdas Perda de OEE Exemplos Comentário Avarias Perda de disponibilidade Falha de ferramenta Falha do equipamento Set-up e Ajustes Set-up Falta de produto Falta de operadores Tempo de aquecimento Essa perda é frequentemente tratada através de programas de redução de tempo de set-up. Pequenas Paragens Perda de desempenho Fluxo de produção obstruído Limpeza/Verificação Normalmente, inclui apenas paragens com menos de cinco minutos e que não requerem pessoal de manutenção. Velocidade reduzida Desgaste do equipamento Ineficácia do Operador Qualquer coisa que impede o processo de funcionar em sua velocidade máxima teórica. Artigos rejeitados de arranque Perda de qualidade Sucata Retrabalho Dano no processo Montagem incorreta Rejeição durante o aquecimentoe inicialização. Pode ser devido a set-up inadequado, período de aquecimento, etc. Produção rejeitada Rejeitados durante a produção. Após a especificação das perdas, Nakajima (1988), decompôs o OEE em três índices: índice de disponibilidade, índice de desempenho e índice de qualidade. A fórmula de cálculo do OEE consiste na multiplicação dos três indicadores, como mostra a Equação 2.2. 𝑂𝐸𝐸 (%) = 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(%) ∗ 𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛ℎ𝑜(%) ∗ 𝑄𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(%) (2.2) Índice de Disponibilidade Este índice representa a percentagem de tempo que a máquina esteve em tempo de produção, sendo que este valor é proporcional às perdas de disponibilidade. A Equação 2.3 expõe o cálculo do índice de disponibilidade. 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 (2.3) Índice de Desempenho O índice de desempenho está relacionado com as perdas de desempenho. O processo de fabrico quando se revela mais lento do que a velocidade máxima possível representa uma perda de desempenho. A Equação 2.4 apresenta o cálculo do índice de desempenho. 𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛ℎ𝑜 (%) = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛ℎ𝑜 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (2.4) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 13 Índice de Qualidade O índice de qualidade é calculado através do quociente da subtração da quantidade de produção rejeitada à produção total, pela produção total, conforme a equação 2.5. 𝑄𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑟𝑒𝑗𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (2.5) Para ajudar no processo de implementação de melhorias do OEE, Gizikov (2018), analisou o caso de uma situação genérica e desenvolveu, para cada um dos indicadores, uma tabela de ajuda em que consta na horizontal cada uma das perdas e na vertical os seguintes tópicos: Importância genérica de cada perda; ferramentas e/ou técnicas e abordagens mais recomendadas. Disponibilidade Na Tabela 4, e, conforme indicado no parágrafo anterior, Gizikov (2018) aponta as causas mais típicas para a disponibilidade, embora este gráfico possa variar, dependendo da realidade de cada empresa. Tabela 4 - OEE Disponibilidade (fonte: Gizikov, 2018) Desempenho Em relação ao desempenho e análogo à situação anterior, a Tabela 5, apresenta a tabela de Gizikov (2018) para o indicador de desempenho. Tabela 5 - OEE Desempenho (fonte: Gizikov, 2018) Qualidade Para o indicador de qualidade, Gizikov (2018) defende que as perdas típicas dependem da linha e do artigo que está a ser fabricado e apresenta, como se pode ver na Tabela 6, algumas ferramentas e abordagens para encontrar as causas dessas mesmas perdas. Tabela 6 - OEE Qualidade (fonte: Gizikov, 2018) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 14 3. Situação inicial nas linhas de embalamento “Genax” No presente capítulo é apresentado o fluxo produtivo Lacquering & Print, com as suas as áreas de produção e, em pormenor, as linhas que serão alvo de estudo. Irá se detalhar como a IKEA Industry calcula o indicador OEE e os resultados iniciais durante uma escala temporal definida. 3.1 Board on Frame – Fluxo Lacquering & Print A fábrica Board on Frame conta com dois fluxos: fluxo Lacquering & Print e fluxo Foil. A presente dissertação está inserida no fluxo Lacquering & Print. 3.1.1 Tipo de Mobiliário O fluxo Lacquering & Print dedica-se ao mobiliário de estrutura leve, sendo que a Figura 6 apresenta alguns dos modelos mais fabricados. 3.1.2 Estrutura Organizacional A laboração da empresa está organizada em três equipas. Numa semana normal a produção arranca no domingo, às 23h00, com o 3º turno e termina na sexta-feira, às 23h00, com o 2º turno. A equipa da noite é fixa e as restantes duas equipas alternam entre a manhã e a tarde, sendo que, por vezes, para finalizar planos de produção, usa-se os fins-de-semana. Existe também uma 4º equipa no departamento de manutenção, de forma a utilizar o tempo em que não existe produção planeada, para efetuar manutenção preventiva. 3.1.3 Fluxo produtivo O fluxo produtivo Lacquering & Print conta com seis áreas de produção: Cutting, Frames, Cold Press, Edgeband & Drill, Lacquering e Packing. Na figura do anexo A, pode-se observar como estão dispostas estas seis áreas com indicações através de setas para indicar o sentido do fluxo produtivo. No ANEXO B é explicado o processo produtivo até à área do Packing. Packing Nesta zona agrupam-se os semi-produtos para formar os conjuntos que constituem o produto final e efetua-se o embalamento. O Packing BOF é constituído por linhas que dão continuidade ao fluxo Lacquering & Print (L&P) e outras que dão continuidade ao fluxo Foil. Após término na área do Packing, os produtos seguem para o armazém de produto acabado, para depois serem enviados para as lojas IKEA. Figura 6 - MICKE à esquerda, LACK no centro e KALLAX à direita (fonte: Ikea, 2020) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 15 Packing Genax 1 e Genax 2 As linhas alvo de estudo foram selecionadas pelo responsável de produção do Packing, devido a resultados de OEE abaixo do objetivo. O layout da Figura 7 ilustra as linhas Genax. Figura 7 - Genax L1 & L2 (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Na Figura 8, pode ser observada a máquina Genax 2002 e a zona de colocação de semi-produto do Packing Genax Line 2. Figura 8 - Packing Genax Line 2 Processo de embalamento Após o braço de ventosas colocar o cartão planificado na entrada da máquina, esta forma a parte inferior da caixa, recorrendo à colagem com cola quente das faces dobradas. O processo de formar as caixas pode ser efetuado pela máquina “Genax 2002” ou manualmente pelos operadores, através de máquinas de cola quente, em caso de indisponibilidade da máquina. A figura 9a ilustra a máquina de formação da caixa, e a figura 9b caixas que foram coladas manualmente pelos operadores. Figura 9 - a) Formação da caixa em máquina b) caixas coladas manualmente Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 16 Após estarem formadas, as caixas seguem pela linha transportadora, onde os operadores efetuam manualmente uma sequência de operações, segundo uma instrução de trabalho, conforme ilustra a Figura 10, geralmente tarefas simples e repetitivas, colocando na caixa todos os itens que formam o produto final. O número de operadores varia de acordo com as referências e são geridos pelo team leader. Figura 10 - Colocação de semi produtos e cartão de fecho de caixa As caixas seguem para a máquina de colocar os tampos (Genax 2003), que dobram o cartão e fazem a colagem do tampo nas caixas, como ilustrado na Figura 11. Figura 11 - Fecho de caixa No caso da “Packing Genax line 2”, pode ser feito o “casamento” de caixas em determinadas referências. Existem produtos que, devido às suas dimensões, são separados em várias caixas, e de forma a organizar os produtos, é efetuado o “casamento” dessas caixas em paletes, ainda na linha de embalamento. No caso, por exemplo, de um produto de duas caixas, é embalado o produto A e retirado da linha, e quando se embala o produto B, coloca-se o produto A na máquina para haver a união das caixas nesse equipamento, conforme ilustra a Figura 12. Figura 12 - Máquina responsável pelo "casamento" das caixas Importa realçar que, ao longo da linha, existem máquinas de colocação de etiqueta nas caixas (lateral, frontal e superior), dependendo do produto. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 17 Após a tarefa de casamento, ou simplesmente de fecho de caixa, o passo seguinte é o de paletização.Esta operação é feita através de um robot, conforme ilustra a Figura 13. Figura 13 - Paletização Segue-se o processo de embalamento das paletes com plástico em filme, primeiro embalamento na vertical (Octomeca Vertical) e, depois colocação de cantos de proteção e embalagem da palete na horizontal (Octomeca Horizontal), conforme Figura 14. Figura 14 - Embalamento vertical à esq. e embalamento horizontal à direita Para concluir a operação nesta linha existe uma impressora com um “braço automatizado”, exemplificado na Figura 15, que coloca uma etiqueta ULL na palete como meio de identificação e é através desta etiqueta que é reportado a produção do produto acabado. Figura 15 - Colocação de Etiqueta ULL Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 18 3.2 O OEE na IKEA Industry A IKEA Industry, no seu modelo de OEE, especifica alguns tipos de disponibilidade cuja alocação contraria o descrito por Nakajima, como, por exemplo, o facto de reuniões e paragens para refeições serem consideradas como paragens não planeadas, porém a IKEA adaptou o OEE à sua realidade. No anexo D podem ser consultados os conceitos do OEE na IKEA. A forma de cálculo que a empresa aplica está normalizada e é aplicada por todas as IKEA Industry. No software de controlo de produção, a IKEA definiu códigos de paragens standard, para categorizar e executar os cálculos do OEE, reforçando a ideia de que esta forma de cálculo foi definida para o cálculo do OEE na IKEA Industry. Códigos de paragens (Stop Codes) Os códigos de paragem são normalizados dentro da IKEA Industry. No sistema de registo de fabricação (o Operator), os códigos de paragem e o seu impacto no tempo de carga, tempo de funcionamento, tempo de set-up, tempo de avarias e tempo de manutenção são especificados. Os códigos de paragem listados são obrigatórios, mas as unidades têm a possibilidade de adicionar subcódigos mais específicos para cada um desses códigos. Todas as paragens com duração de 120 segundos ou mais devem receber um código de paragem. A situação ideal é, naturalmente, todas as paragens receberem um código correto a explicar o motivo da paragem. Os códigos de paragem para tempo não planeado e para o tempo sem planeamento só podem ser definidos pelo departamento de planeamento e/ou pelo gestor de produção da área de fabrico. Não planeado (Not Planned): Tempo que não está destinado a produção, conforme explicita a Figura 16, por exemplo, 4º turno, fins de semana e feriados nacionais. Figura 16 - Tempo não planeado. (fonte: Garbe, 2020) Tempo total de operação (Total Operating Time): Tempo total (tempo de calendário), menos o tempo não planeado. Sem planeamento (Unplanned): Tempo em que não há plano de produção normal devido a falta de pedidos de clientes e testes de novos produtos. Essas circunstâncias são conhecidas com pelo menos 24 horas de antecedência, e devem ser visíveis no plano de produção. O tempo sem planeamento subdivide-se em quatro subcategorias, conforme apresentado na Figura 17. Figura 17 - Tempo sem planeamento. (fonte: Garbe, 2020) Tempo de carga (Loading Time): é o tempo total previsto para produção. O tempo de carga é o tempo total de operação menos o tempo não planeado. Porém, ao longo do tempo de carga existem tempos de paragem ou de redução de velocidade que afetam a produção e foram categorizados com um “Code ID” (Figura 18). Os códigos de redução de velocidade são colocados automaticamente pelo software, pois caso o número de peças que passam pelo sensor de peças à saída (scanner de etiquetas) for inferior ao programado assume esse código, predefinido com o código 31000. ID description ID description ID description descrição em português 1 Not planned time 10 Not planned time 10000 Not planned time Não planeado 21000 No orders Sem carga planeada 21001 Planned meeting Reunião planeada 22000 Planned repair Repair planeado 22001 Planned trials Trial/Testes R Running time - normal RUN Normal speed RUN Normal speed Velocidade normal 31 Reduced speed - material 31000 Quality issues Problemas de qualidade 32000 Wrong NPC NPC incorreto 32001 Startup after stop Arranque após paragem 32002 Adjustments Ajustes/afinações 33 Reduced speed - manning 33000 Missing operators Falta de operadores 39 Reduced speed - undefined 39000 Reduced speed - undefined Não justificada 41000 Product setup Setup de produto 41001 Color setup Setup de cor 42000 Shop floor meetings Reunião de shop floor 42001 Meal/Break Refeição/Lanche 43000 1st OK piece tests Testes 1ª peça OK 43001 Autocontrol Autocontrolo 43002 Material inspection Inspeção de material 43003 Raw material NOK Matéria prima NOK 43004 Semi-finished NOK Semi-produto NOK 44000 Tool change Troca de ferramenta/consumiveis 44001 Adjustments Ajustes/afinações 45 Maintenance stop 45000 1st level maintenance Manutenção 1º nível 46 Cleaning 46000 Cleaning Limpeza 47000 No raw material Falta de matéria prima 47001 No semi-finished Falta de semi-produto 47002 Missing space at exit Falta de espaço à saída 47003 Missing consumables Falta de consumiveis 49 Undefined 49000 Undefined Não justificada 491 Micro-stop 49100 Micro-stop Micro-paragem 51000 Mechanic component failure Falha componente mecanico 51001 Missing lubrification Falta de Lubrificação 51002 Wear Desgaste 52000 Electric component failure Falha componente elétrico 52001 Air conditioning failure Falha ar condicionado 52002 Temperature & Smell Temperatura & Cheiro 53000 Pneumatic component failure Falha componente pneumatico 53001 Leak Fugas 54000 Missing machine component Falta de peça na máquina 54001 External supplier intervention Intervenção Fornecedor Externo 54002 Programming error Erro de programação 54003 Software component failure Falha componente software 59000 Other failure Outros 59001 Lack of maintenance Falta de manutenção 59002 Adjusts with components exchange Ajustes com troca de componentes 59003 Component repairing Reparação de componentes 91 Air 91000 Air failure Falha de ar 92 Exhaust 92000 Exhaust faiulre Falha da aspiração 93 Electrical power 93000 Electrical power failure Falha de energia 94 Heat 94000 Heat failure Falha de calor 95 Fire 95000 Fire failure Incêndio 96000 Spills Derrames 96001 Flood Inundação 97 Work accident 97000 Work accident Acidente de trabalho 9 Setup Break/Meeting Quality Stops Breakdown time facility 41 42 43 Waiting time No material47 5 Breakdown time machine 51 Machine control failure Running time - reduced 2 3 4 Other59 44 96 Spills Mechanical failure 52 Eletrical failure 53 Pneumatic failure 5 32 Reduced speed - machine No orders R&D Tool change Group Sub group Code 21 22 Unplanned time ID description ID description ID description descrição em português 1 Not planned time 10 Not planned time 10000 Not planned time Não planeado 21000 No orders Sem carga planeada 21001 Planned meeting Reunião planeada 22000 Planned repair Repair planeado 22001 Planned trials Trial/Testes R Running time - normal RUN Normal speed RUN Normal speed Velocidade normal 31 Reduced speed - material 31000 Quality issues Problemas de qualidade 32000 Wrong NPC NPC incorreto 32001 Startup after stop Arranque após paragem 32002 Adjustments Ajustes/afinações 33 Reduced speed - manning 33000 Missing operators Falta de operadores 39 Reduced speed - undefined 39000 Reduced speed - undefined Não justificada 41000 Product setup Setup de produto 41001 Color setup Setup de cor 42000 Shop floor meetings Reunião de shop floor 42001 Meal/Break Refeição/Lanche 43000 1st OK piece tests Testes 1ª peça OK 43001 Autocontrol Autocontrolo 43002 Material inspection Inspeção de material 43003 Raw material NOK Matéria prima NOK 43004 Semi-finished NOK Semi-produto NOK 44000 Tool change Troca de ferramenta/consumiveis 44001 Adjustments Ajustes/afinações45 Maintenance stop 45000 1st level maintenance Manutenção 1º nível 46 Cleaning 46000 Cleaning Limpeza 47000 No raw material Falta de matéria prima 47001 No semi-finished Falta de semi-produto 47002 Missing space at exit Falta de espaço à saída 47003 Missing consumables Falta de consumiveis 49 Undefined 49000 Undefined Não justificada 491 Micro-stop 49100 Micro-stop Micro-paragem 51000 Mechanic component failure Falha componente mecanico 51001 Missing lubrification Falta de Lubrificação 51002 Wear Desgaste 52000 Electric component failure Falha componente elétrico 52001 Air conditioning failure Falha ar condicionado 52002 Temperature & Smell Temperatura & Cheiro 53000 Pneumatic component failure Falha componente pneumatico 53001 Leak Fugas 54000 Missing machine component Falta de peça na máquina 54001 External supplier intervention Intervenção Fornecedor Externo 54002 Programming error Erro de programação 54003 Software component failure Falha componente software 59000 Other failure Outros 59001 Lack of maintenance Falta de manutenção 59002 Adjusts with components exchange Ajustes com troca de componentes 59003 Component repairing Reparação de componentes 91 Air 91000 Air failure Falha de ar 92 Exhaust 92000 Exhaust faiulre Falha da aspiração 93 Electrical power 93000 Electrical power failure Falha de energia 94 Heat 94000 Heat failure Falha de calor 95 Fire 95000 Fire failure Incêndio 96000 Spills Derrames 96001 Flood Inundação 97 Work accident 97000 Work accident Acidente de trabalho 9 Setup Break/Meeting Quality Stops Breakdown time facility 41 42 43 Waiting time No material47 5 Breakdown time machine 51 Machine control failure Running time - reduced 2 3 4 Other59 44 96 Spills Mechanical failure 52 Eletrical failure 53 Pneumatic failure 5 32 Reduced speed - machine No orders R&D Tool change Group Sub group Code 21 22 Unplanned time ID description ID description ID description descrição em português 1 Not planned time 10 Not planned time 10000 Not planned time Não planeado 21000 No orders Sem carga planeada 21001 Planned meeting Reunião planeada 22000 Planned repair Repair planeado 22001 Planned trials Trial/Testes R Running time - normal RUN Normal speed RUN Normal speed Velocidade normal 31 Reduced speed - material 31000 Quality issues Problemas de qualidade 32000 Wrong NPC NPC incorreto 32001 Startup after stop Arranque após paragem 32002 Adjustments Ajustes/afinações 33 Reduced speed - manning 33000 Missing operators Falta de operadores 39 Reduced speed - undefined 39000 Reduced speed - undefined Não justificada 41000 Product setup Setup de produto 41001 Color setup Setup de cor 42000 Shop floor meetings Reunião de shop floor 42001 Meal/Break Refeição/Lanche 43000 1st OK piece tests Testes 1ª peça OK 43001 Autocontrol Autocontrolo 43002 Material inspection Inspeção de material 43003 Raw material NOK Matéria prima NOK 43004 Semi-finished NOK Semi-produto NOK 44000 Tool change Troca de ferramenta/consumiveis 44001 Adjustments Ajustes/afinações 45 Maintenance stop 45000 1st level maintenance Manutenção 1º nível 46 Cleaning 46000 Cleaning Limpeza 47000 No raw material Falta de matéria prima 47001 No semi-finished Falta de semi-produto 47002 Missing space at exit Falta de espaço à saída 47003 Missing consumables Falta de consumiveis 49 Undefined 49000 Undefined Não justificada 491 Micro-stop 49100 Micro-stop Micro-paragem 51000 Mechanic component failure Falha componente mecanico 51001 Missing lubrification Falta de Lubrificação 51002 Wear Desgaste 52000 Electric component failure Falha componente elétrico 52001 Air conditioning failure Falha ar condicionado 52002 Temperature & Smell Temperatura & Cheiro 53000 Pneumatic component failure Falha componente pneumatico 53001 Leak Fugas 54000 Missing machine component Falta de peça na máquina 54001 External supplier intervention Intervenção Fornecedor Externo 54002 Programming error Erro de programação 54003 Software component failure Falha componente software 59000 Other failure Outros 59001 Lack of maintenance Falta de manutenção 59002 Adjusts with components exchange Ajustes com troca de componentes 59003 Component repairing Reparação de componentes 91 Air 91000 Air failure Falha de ar 92 Exhaust 92000 Exhaust faiulre Falha da aspiração 93 Electrical power 93000 Electrical power failure Falha de energia 94 Heat 94000 Heat failure Falha de calor 95 Fire 95000 Fire failure Incêndio 96000 Spills Derrames 96001 Flood Inundação 97 Work accident 97000 Work accident Acidente de trabalho 9 Setup Break/Meeting Quality Stops Breakdown time facility 41 42 43 Waiting time No material47 5 Breakdown time machine 51 Machine control failure Running time - reduced 2 3 4 Other59 44 96 Spills Mechanical failure 52 Eletrical failure 53 Pneumatic failure 5 32 Reduced speed - machine No orders R&D Tool change Group Sub group Code 21 22 Unplanned time file:///D:/Proposal_v6%20%20final.xlsx file:///D:/Proposal_v6%20%20final.xlsx file:///D:/Proposal_v6%20%20final.xlsx Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 19 Figura 18 - Tempo de carga. (fonte: Garbe, 2020) Disponibilidade O indicador de disponibilidade mede o tempo, efetivamente, disponível relativamente ao planeado. As categorias que afetam o índice de disponibilidade são: Avarias (Breakdowns): Tempo em que a máquina não produziu, devido a problemas técnicos com a máquina ou com sistemas de suporte. A figura 18 explicita as várias origens de falha, que pertencem ao grupo “5 - Breakdown time machine” e “9 - Breakdown time facility” Espera (Waiting): Tempos em que a máquina está à espera de ordem para arranque devido a enumeras causas, conforme explicita a Figura 18 no grupo “4 - Waiting time”. Assim este indicador fica definido pela equação (3.1) Índice de disponibilidade = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 funcionamento 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎− (𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠+𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎) 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (3.1) ID description ID description ID description descrição em português 1 Not planned time 10 Not planned time 10000 Not planned time Não planeado 21000 No orders Sem carga planeada 21001 Planned meeting Reunião planeada 22000 Planned repair Repair planeado 22001 Planned trials Trial/Testes R Running time - normal RUN Normal speed RUN Normal speed Velocidade normal 31 Reduced speed - material 31000 Quality issues Problemas de qualidade 32000 Wrong NPC NPC incorreto 32001 Startup after stop Arranque após paragem 32002 Adjustments Ajustes/afinações 33 Reduced speed - manning 33000 Missing operators Falta de operadores 39 Reduced speed - undefined 39000 Reduced speed - undefined Não justificada 41000 Product setup Setup de produto 41001 Color setup Setup de cor 42000 Shop floor meetings Reunião de shop floor 42001 Meal/Break Refeição/Lanche 43000 1st OK piece tests Testes 1ª peça OK 43001 Autocontrol Autocontrolo 43002 Material inspection Inspeção de material 43003 Raw material NOK Matéria prima NOK 43004 Semi-finished NOK Semi-produto NOK 44000 Tool change Troca de ferramenta/consumiveis 44001 Adjustments Ajustes/afinações 45 Maintenance stop 45000 1st level maintenance Manutenção 1º nível 46 Cleaning 46000 Cleaning Limpeza 47000 No raw material Falta de matéria prima 47001 No semi-finished Falta de semi-produto 47002 Missing space at exit Falta de espaço à saída 47003 Missing consumables Falta de consumiveis 49 Undefined 49000 Undefined Não justificada 491 Micro-stop 49100 Micro-stop Micro-paragem 51000 Mechanic component failure Falha componente mecanico 51001 Missing lubrification Falta de Lubrificação 51002 Wear Desgaste 52000 Electric component failure Falha componente elétrico 52001 Air conditioning failure Falha ar condicionado 52002 Temperature & Smell Temperatura & Cheiro 53000 Pneumatic componentfailure Falha componente pneumatico 53001 Leak Fugas 54000 Missing machine component Falta de peça na máquina 54001 External supplier intervention Intervenção Fornecedor Externo 54002 Programming error Erro de programação 54003 Software component failure Falha componente software 59000 Other failure Outros 59001 Lack of maintenance Falta de manutenção 59002 Adjusts with components exchange Ajustes com troca de componentes 59003 Component repairing Reparação de componentes 91 Air 91000 Air failure Falha de ar 92 Exhaust 92000 Exhaust faiulre Falha da aspiração 93 Electrical power 93000 Electrical power failure Falha de energia 94 Heat 94000 Heat failure Falha de calor 95 Fire 95000 Fire failure Incêndio 96000 Spills Derrames 96001 Flood Inundação 97 Work accident 97000 Work accident Acidente de trabalho 9 Setup Break/Meeting Quality Stops Breakdown time facility 41 42 43 Waiting time No material47 5 Breakdown time machine 51 Machine control failure Running time - reduced 2 3 4 Other59 44 96 Spills Mechanical failure 52 Eletrical failure 53 Pneumatic failure 5 32 Reduced speed - machine No orders R&D Tool change Group Sub group Code 21 22 Unplanned time ID description ID description ID description descrição em português 1 Not planned time 10 Not planned time 10000 Not planned time Não planeado 21000 No orders Sem carga planeada 21001 Planned meeting Reunião planeada 22000 Planned repair Repair planeado 22001 Planned trials Trial/Testes R Running time - normal RUN Normal speed RUN Normal speed Velocidade normal 31 Reduced speed - material 31000 Quality issues Problemas de qualidade 32000 Wrong NPC NPC incorreto 32001 Startup after stop Arranque após paragem 32002 Adjustments Ajustes/afinações 33 Reduced speed - manning 33000 Missing operators Falta de operadores 39 Reduced speed - undefined 39000 Reduced speed - undefined Não justificada 41000 Product setup Setup de produto 41001 Color setup Setup de cor 42000 Shop floor meetings Reunião de shop floor 42001 Meal/Break Refeição/Lanche 43000 1st OK piece tests Testes 1ª peça OK 43001 Autocontrol Autocontrolo 43002 Material inspection Inspeção de material 43003 Raw material NOK Matéria prima NOK 43004 Semi-finished NOK Semi-produto NOK 44000 Tool change Troca de ferramenta/consumiveis 44001 Adjustments Ajustes/afinações 45 Maintenance stop 45000 1st level maintenance Manutenção 1º nível 46 Cleaning 46000 Cleaning Limpeza 47000 No raw material Falta de matéria prima 47001 No semi-finished Falta de semi-produto 47002 Missing space at exit Falta de espaço à saída 47003 Missing consumables Falta de consumiveis 49 Undefined 49000 Undefined Não justificada 491 Micro-stop 49100 Micro-stop Micro-paragem 51000 Mechanic component failure Falha componente mecanico 51001 Missing lubrification Falta de Lubrificação 51002 Wear Desgaste 52000 Electric component failure Falha componente elétrico 52001 Air conditioning failure Falha ar condicionado 52002 Temperature & Smell Temperatura & Cheiro 53000 Pneumatic component failure Falha componente pneumatico 53001 Leak Fugas 54000 Missing machine component Falta de peça na máquina 54001 External supplier intervention Intervenção Fornecedor Externo 54002 Programming error Erro de programação 54003 Software component failure Falha componente software 59000 Other failure Outros 59001 Lack of maintenance Falta de manutenção 59002 Adjusts with components exchange Ajustes com troca de componentes 59003 Component repairing Reparação de componentes 91 Air 91000 Air failure Falha de ar 92 Exhaust 92000 Exhaust faiulre Falha da aspiração 93 Electrical power 93000 Electrical power failure Falha de energia 94 Heat 94000 Heat failure Falha de calor 95 Fire 95000 Fire failure Incêndio 96000 Spills Derrames 96001 Flood Inundação 97 Work accident 97000 Work accident Acidente de trabalho 9 Setup Break/Meeting Quality Stops Breakdown time facility 41 42 43 Waiting time No material47 5 Breakdown time machine 51 Machine control failure Running time - reduced 2 3 4 Other59 44 96 Spills Mechanical failure 52 Eletrical failure 53 Pneumatic failure 5 32 Reduced speed - machine No orders R&D Tool change Group Sub group Code 21 22 Unplanned time file:///D:/Proposal_v6%20%20final.xlsx file:///D:/Proposal_v6%20%20final.xlsx Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 20 Desempenho O indicador de desempenho é uma comparação entre a produção real e o que a máquina deveria estar a produzir durante o tempo de execução. O desempenho perdido é medido em unidades de produção. Produção máxima (Maximum Output): é a capacidade máxima durante o tempo de execução, ou seja, NPC (Name Plate Capacity) multiplicada pelo tempo de execução. Velocidade reduzida (Reduced speed): A máquina não está a funcionar na velocidade máxima definida. Name Plate Capacity (NPC): é a capacidade máxima para a que a linha ou a máquina foi projetada. No anexo E são referidos diferentes métodos de quantificação. A fórmula para calcular o desempenho é definida pela equação (3.2) Índice de desempenho = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑁𝑃𝐶∗𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑒𝑐𝑢çã𝑜 (3.2) As paragens que não são reportadas no índice de disponibilidade acabarão como perdas de desempenho, como, por exemplo, as micro paragens, por serem muito curtas para serem detetáveis. Qualidade O indicador de qualidade é a percentagem de unidades que é produzida dentro das especificações de qualidade. A qualidade perdida é medida em unidades de saída do produto e é denominada de defeitos. Produção Atual (Actual output): esta é a saída total real da máquina durante o tempo de carga. Defeitos (Defects): os produtos que não estão em conformidade com os requisitos dos clientes podem obter diversas classificações: sucata, reparação, retrabalho e desqualificados. Sucata (Scrap): produtos que não estão conforme as especificações de qualidade, serão sucatados, pois não têm reparação possível. Reparação (Repair): produtos que podem ser reparados, para ficarem conformes com especificações de qualidade (defeitos muito pequenos, quase indetetáveis) Retrabalho (Rework): produtos que precisam de ser retrabalhados (repetir o processo de fabrico), para atender às especificações de qualidade. (Itens retrabalhados tornam-se um número de item diferente após o processo de retrabalho). Desqualificados (Downgrading): Produtos que não cumprem com as especificações, mas que podem ser redefinidos com outras especificações. O indicador de qualidade é calculado através da seguinte equação (3.3) Índice de Qualidade = 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑂𝑘 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙−defeitos 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 (3.3) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 21 3.3 Resultados iniciais OEE linhas Genax Neste subcapítulo é apresentado o estado inicial dos vários índices que compõem o OEE. No anexo C pode ser consultada a informação dos softwares de apoio para esse registo e monitorização. A informação das metas do OEE que a IKEA definiu para os meses do presente ano fiscal para as linhas em estudo é exposta na Tabela 7. Tabela 7 - Metas do OEE linhas Genax Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Objetivo proposto pela IKEA 84,6% 92,8% 100% 78,5% O período de observação está compreendido entre a semana 38 (ano 2019) e a semana 11 (ano 2020), retirando as semanas 52, 1 e 2 (férias de natal e ano novo). Esta escala temporal é “normal” e representativa, pois durante este espaço temporal passaram as variadas referências que se embalam nas linhas em questão. Os resultados do índice de disponibilidade e desempenho foram retirados do QlikView, no período indicado e de forma direta,ou seja, sem precisar de recorrer a mais páginas de relatórios. Já os dados do índice de qualidade foram retirados do QlikView, mas de forma indireta, ou seja, trabalhando com valores de várias folhas de cálculo, pois na IKEA Industry os índices de qualidade são analisados por produto e não por linha. De seguida, serão apresentados os resultados iniciais para cada linha. Na Figura 19 pode ser vista a variação dos índices de disponibilidade, desempenho, qualidade e OEE para a Genax 1 e na Figura 20 a mesma informação para a Genax 2, ao longo das semanas em análise. Este estudo seria mais eficiente caso existisse relatórios por cada equipamento de cada linha, pois seria uma análise mais conclusiva e minuciosa. Figura 19 - OEE Genax 1 Figura 20 - OEE Genax 2 Observa-se nos gráficos da Figura 19 e 20 que a linha do índice de qualidade é quase constante e próxima dos valores de 100%. Este valor deve-se ao facto de a área em questão não ser uma área de transformação de matéria prima, mas sim de embalamento, os problemas de qualidade reportados nesta linha de produção são referentes a danos mecânicos, ou seja, produtos que se danificaram nesta mesma área. 60.00% 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) 60.00% 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 22 Devido a este facto, a presente análise vai focar apenas os índices de disponibilidade e desempenho. A realidade das linhas é bastante semelhante e, para não se tornar repetitiva, apenas será apresentado o método seguido para a Genax 1, pois o mesmo vai ser aplicado para as duas linhas de produção. Os resultados da Genax 2 podem ser consultados no Anexo G. A linha do OEE e do índice de desempenho nos gráficos das Figuras 19 e 20 parecem duas linhas paralelas, o que evidencia que o índice de disponibilidade tem uma variabilidade reduzida e afeta o OEE quase como se fosse uma constante. Analisando os pontos extremos do gráfico da Figura 19 e 20, os valores do mínimo e máximo de desempenho coincidiram temporalmente com os valores mínimo e máximo do OEE. A variabilidade do OEE é sobretudo influenciada pela variabilidade do desempenho, porém, o índice de disponibilidade é o que tem o maior impacto. As figuras 21, 22 e 23 reforçam esta afirmação, pois apresentam uma comparação entre os valores dos índices: desempenho, disponibilidade e OEE das semanas em análise com o objetivo proposto pela IKEA. Figura 21 - Desempenho real e objetivo desempenho IKEA – Genax 1 Figura 22 - Disponibilidade real e objetivo disponibilidade IKEA – Genax 1 Figura 23 - OEE real e objetivo OEE IKEA– Genax 1 Em relação aos objetivos propostos pela IKEA Industry, o índice que está mais desviado do objetivo na Genax 1 é o índice de disponibilidade, conforme se pode observar na Tabela 8. Tabela 8 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 1 Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Diferença média em relação ao objetivo -7,0% -0,8% -1,4% -8,1% 80.00% 90.00% 100.00% Desempenho (%) Meta Desempenho Genax (%) 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% Disponibilidade (%) Meta Disponibilidade Genax (%) 60.00% 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% OEE (%) Meta OEE Genax (%) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 23 4. Análise das causas e propostas de melhoria Após o problema em análise estar apresentado, com as metas traçadas, neste capítulo irá ser abordado o sistema de recolha de dados que a IKEA Industry utiliza, de modo a entender se os indicadores contêm toda a informação, e se essa informação é útil e credível para o projeto de melhoria do OEE. Aprofundar-se-á a análise aos dados de produção, de forma a identificar as causas dos problemas apresentados. De seguida, será desenvolvido um plano de ações, assim como a sua implementação, com a priorização das medidas que geram mais impacto na melhoria do OEE a curto e médio prazo. 4.1 Perdas de disponibilidade As perdas de disponibilidade no período em análise são categorias incluídas no “Breakdown Time” e “Waiting Time”. No gráfico da Figura 24 são exibidas todas as perdas que ocorreram no período em análise e o seu peso percentual. O índice de disponibilidade é onde existe mais margem para ganho, pois, este índice para a Genax 1, tem um desvio de 7,2% em relação ao objetivo. Figura 24 - Perdas de disponibilidade Genax 1 WK38-Wk11 As perdas de disponibilidade têm um peso importante no OEE, e para chegar ao objetivo, como falado anteriormente, precisamos de obter um ganho de disponibilidade de 7,2%. Contudo, a margem de ganho máxima é de 22,6%, pois, neste momento, o índice de disponibilidade médio é de cerca de 77,4%. Na prática, a margem de ganho máxima é reduzida, pois existem duas categorias de perdas relevantes, que não podem ser melhoradas, que são: “Reunião de shop-floor” e “Refeição/Lanche”, pois é um tempo planeado que a IKEA Industry inclui no cálculo da disponibilidade e representa um total de cerca de 22% do tempo de perdas de disponibilidade, correspondendo a uma impossibilidade de incremento no índice de disponibilidade de aproximadamente 5% (22,0%*22,6%). Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 24 O tempo de paragem incluído na “Reunião de shop-floor” engloba todas as reuniões, atividades de formação em horário de trabalho, ginástica laboral entre outros. À imagem da “Reunião de shop-floor”, a “Refeição/Lanche” segue o mesmo princípio, pois existe uma paragem de linha que é programada e, atendendo à dinâmica da linha, não é vantajoso que se vá à refeição ou ao lanche de forma alternada por parte dos operadores. Na figura 24 pode-se verificar que 63,6% do tempo total de perdas de disponibilidade são contabilizadas nas seguintes perdas: “Ajustes/afinações”, “Micro-paragem”, “Limpeza”, “Reparação de componentes”, “Falha de componente elétrico”, “Set-up”, “Troca de consumíveis”, “Falha de componente mecânico” e “Falha de componente pneumático”. Seguidamente, serão analisadas as perdas que totalizam cerca de 63.6% do tempo total. Num cenário ideal, caso se conseguisse eliminar estas perdas, o índice de disponibilidade poderia ser melhorado em 14,4% (63,6%*22,6%). Para análise as perdas foram agrupadas em 6 categorias, as categorias relacionadas com avaria irão ser analisadas em conjunto. 4.1.1 Ajustes/afinações A categoria “Ajustes/Afinações” é a perda de disponibilidade mais crítica nesta análise. Importa realçar que é uma categoria bastante abrangente, onde qualquer paragem para resolver um problema diminuto pode ser facilmente reportada nesta categoria. Esta categoria representa 35,8% do tempo total de perdas de disponibilidade e pode-se ganhar até um total de 8,1% (35,8%*22,6%), no índice de disponibilidade. Na Figura 25 é apresentado um histograma da contabilização de tempos por máquina (mais relevante), durante este período. Figura 25 - Ajustes/afinações Genax 1 [em minutos] Genax 1 WK38-Wk11 A máquina onde se perdeu mais tempo para ajustes e afinações é a Genax 2003, pois durante este período totalizou, em ajustes e afinação, aproximadamente 2600 minutos. Este período longo de tempo na Genax 2003, acontece porque, geralmente, quando existe um encravamento de caixas, além de se ter de ajustar, é necessário retirar todas as caixas que estão no transporte da máquina. 4.1.2 Micro-paragem As micro-paragens representam 6,3% do tempo de perda de disponibilidade, e nesta perda, pode-se ganhar até 1,4 % (6,3%*22,6%), no índice de disponibilidade, porém no software de registo apenas se consegue verificar o nº de incidências, a sua duração, em que equipa ocorreu e que produto estava a ser embalado, o que cria dificuldadespara identificar a causa, sendo necessário criar outra fonte de registo exclusivo para as micro-paragens. Na análise dos dados possível verificou-se que a equipa C lidera o número de minutos gasto em micro-paragens com um total de 527 minutos, enquanto a equipa A e B têm 406 e 267 minutos, respetivamente. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Genax 2002 Genax 2003 Robot de paletização Etiquetadoras Octomeca Vetical Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 25 4.1.3 Limpeza Esta perda de disponibilidade surge devido a limpeza dos equipamentos da formação das caixas e seu fecho e ainda limpeza e remoção de etiquetas que se colam nos rolos de transporte. É uma perda ainda significativa, pois representa 5,8% do total de tempo de perda de disponibilidade, existindo, portanto, a hipótese de ganhar 1,3% (5,8%*22,6%) no índice de disponibilidade. Após a análise de relatórios, constatou-se que a máquina que exigiu mais tempo gasto em limpeza foi a Genax 2003 com um total de 672 minutos, seguido da limpeza das etiquetadoras e remoção de etiquetas que se acumularam nos rolos de transporte com 189 minutos e da Genax 2002 em que foram reportados 103 minutos nas operações de limpeza. 4.1.4 Avaria Existem várias categorias de avaria, porém não acrescentam muita relevância em serem divididas, pois os códigos que reportam estas avarias são indicadores que afetam os KPI do departamento de manutenção e estão já a ser tratados por aquele departamento. Após relatório de avarias observou-se que aproximadamente 50% do tempo gasto nestas categorias podia ser evitado, caso houvesse uma frequência de manutenção preventiva correta. As manutenções preventivas são essencialmente efetuadas ao fim de semana, contudo, parte desse tempo é gasto em reparação de equipamento, que, por ser mais demorado, é agendado para o fim de semana. As categorias de avaria reportadas são: “Reparação de componentes”, “Falha de componente elétrico”, “Falha de componente mecânico” e “Falha de componente pneumático”, as quatro categorias de avarias totalizam 10,3% do tempo total de perdas, e existe a possibilidade de, caso se eliminem estas perdas de disponibilidade, o índice de disponibilidade incrementar até um total de 2,3% (10,3%*22,6%). 4.1.5 Set-up A rubrica “Setup de produto”, durante o período em análise, apenas foi reportada 29 vezes com um total de 568 minutos, o que faz em média um tempo de set-up de 20 minutos, apesar de nos registos existem 255 trocas de referência. O valor de “Set-up” é um valor baixo e representa apenas 3% do tempo de perdas de disponibilidade, pois, muitas das vezes, a referência é diferente, mas sem necessidade de efetuar set-up, devido a uma troca de cor, por exemplo. Nesta perda poderá ganhar-se até 0.7% no índice de disponibilidade. Nota: A unidade da IKEA Industry Portugal, fábrica BOF, vai ajustar, em breve, a produção para ser uma unidade de alto desempenho, e bastantes mudanças irão acontecer, criando uma restruturação e novos desafios daqui em diante. A mudança passa por reduzir o número de referências efetuadas, com o objetivo de fazer os produtos mais rentáveis em grande quantidade, reduzindo os tempos de set-up e outras perdas inerentes à troca de referência. Com essas alterações, avizinha-se uma mudança nos padrões do OEE, com expetativa de metas de OEE por parte da IKEA mais exigentes. 4.1.6 Troca de consumíveis A perda “Troca de consumíveis” acontece quando a linha está em produção e existe a necessidade de substituição de um consumível (cartão, etiquetas, plástico de filme), que, por questões de segurança, não poderá ser efetuado sem a linha estar parada. É uma perda de 2,4% nos tempos de perda de disponibilidade e é uma oportunidade de incremento no índice de OEE, de 0,5% (2,4%*22,6%). Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 26 4.2 Diagrama de Ishikawa Após a recolha dos dados relativos à produção no período em análise, o próximo passo será encontrar as possíveis causas e verificá-las com factos. Para isso, começou-se por um diagrama de Ishikawa, resultado de um “Brainstorming” de potenciais causas, para, de certa forma, estruturar o problema. O Diagrama da Figura 26 foi efetuado com o contributo dos vários departamentos (produção, manutenção, processos, informática, equipamentos e recursos humanos). Figura 26 - Diagrama de Ishikawa "OEE abaixo do objetivo proposto pela IKEA” 4.2.1 Meio Ambiente Em relação ao separador “Meio ambiente”, a Genax 1, Genax 2, o armazenamento de semi- produto e armazém de matérias primas são zonas onde o controlo de humidade não é feito. Em relação à temperatura, existem permutadores de calor pré-programados, contudo, não têm capacidade para manter a área toda à mesma temperatura. Resumindo, a temperatura e a humidade variam ao longo do tempo e poderão influenciar as matérias primas de embalamento (cola granulada, cartão de embalamento e plástico em filme), as pessoas e até mesmo o processo de colagem das caixas de embalamento, apesar de ser difícil quantificar o seu efeito no OEE. 4.2.2 Medição A medição do software de registo de produção é um dos pontos chave, pois é da medição que surgem os resultados do OEE. Neste tópico existem duas dificuldades, a primeira é em definir corretamente o NPC quando ocorre a operação de “casamento” de caixas e o segundo problema surge nos “erros humanos” na justificação manual dos tempos de paragem. O primeiro problema relatado aparece devido a uma limitação de software de produção à combinação de “caixas”, pois nestas linhas existe o “casamento” de caixas para algumas referências. O “casamento” de caixas afeta a cadência da linha, mas isto está definido, quando existe o NPC é reduzido. O problema está na sequência em que se faz a união de caixas. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 27 Por exemplo, num produto de casamento a 2 caixas, a caixa 1 tem um NPC de 8 caixas/minuto definido pelo bottleneck que é a Genax 2002 e a caixa 2 (atribuída como caixa de casamento) tem um NPC de 4 caixas/minuto. Se for produzida primeiro a caixa 1 até à saída e depois for reintroduzida na linha para ser unida à caixa 2, o desempenho tem a possibilidade de ser 100%, porém, se for feita a sequência contrária, a caixa 2 como tem um NPC de 4 caixas/minuto e pode fazer 8 caixas/minuto, o desempenho tem a possibilidade na caixa 2 superar os 100% e na caixa 1 como só pode fazer 4 caixas/ minutos, porque está na operação de casamento e o NPC está definido como 8 caixas/ minuto, o seu desempenho irá descer claramente abaixo dos 100%. Em conclusão, a variação do desempenho é afetada pela sequência de caixas. A nível de desempenho global não afeta porque a sequência de produção não altera, na realidade, a velocidade de produção, mas gera variação no índice de desempenho. Após vários anos e várias mudanças nas linhas da Genax, o NPC usado no software de produção foi mantido pela máquina bottleneck, que é a Genax 2002. O fabricante definiu o NPC da Genax 2002 a 8 caixas/minuto e esse NPC é independente das medidas da caixa, o que leva a erros, pois numa caixa com comprimento maior, o tempo de ciclo é maior em relação a uma caixa com um comprimento inferior. Para além destes dois problemas de definição do NPC, existe um terceiro, pois estas máquina foram feitas para determinadas referências e, ao longo dos tempos, foram introduzidos produtos novos. Existem três produtos para os quais a Genax 2002 não consegue formar caixa, o que obriga a que as caixas sejam formadas manualmente pelos operadores (“PAHL desk top 128x58”, “PAHL desk top 96x58” e o “Micke Add-On Un Hi 105x65”). Nesses produtos a produtividade real depende sobretudo do número de operadores disponíveis no dia, contudo o NPC é na mesma 8 caixas/minuto. Todos os dados relativosao desempenho dos vários produtos da Genax 1 encontram-se no Anexo F, e em relação à Genax 2 no anexo G. O NPC máximo da linha Genax 1 e Genax 2 é de 8 caixas/minuto e o NPC mínimo é de 2,3 caixas/minuto, essa variação de NPC é apenas justificada pela operação mais lenta no “casamento de caixas”. Em relação ao segundo problema, depois de analisados os dados de produção, foram detetados vários erros na atribuição de códigos de paragem e suas justificações, já que algumas justificações acontecem por descuido ou desconhecimento dos códigos de paragem. Além disso, existe uma dificuldade em atribuir a paragem a uma afinação ou avaria, pois dependendo da categoria pode prejudicar os resultados do departamento de produção, caso for uma afinação, ou em caso de avaria, interfere nos KPI do departamento de manutenção. O departamento de manutenção tem software de registo de avarias próprio (Maintmaster), e, diariamente, são analisados os vários problemas com tempo de paragem. Em caso de dúvida, existe um esclarecimento entre os supervisores de produção e manutenção, mas existem situações que não são abordadas, existindo dessa forma erros de atribuição. As micro-paragens são um tópico especialmente importante, porém, é difícil justificar a causa de cada micro-paragem. O software de registo de produção “Operator”, tem registo ao segundo, idealmente dever-se-ia medir e categorizar cada micro-paragem, mas nem sempre os operadores perceberam o que aconteceu. Para evitar a não justificação das paragens, no “Operator”, o código de micro-paragem não pode ser usado para paragens superiores a 120 segundos. 4.2.3 Métodos Relativamente a métodos, existe uma série de causas possíveis que prejudicam o indicador do OEE e são as seguintes: troca de consumíveis frequentes (Cartão, Etiquetas, Plástico Filme), parâmetros de operação desatualizados, produção em função do semi-produto e operadores disponíveis, armazenamento e manuseamento do cartão de embalagem NOK e incumprimento do método FIFO (First-in, first-out), no consumo do cartão de embalagem. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 28 As paragens para troca de consumíveis são bastante frequentes e interferem na disponibilidade da linha de produção. A questão que se coloca é se o investimento em sistemas automáticos de troca de consumíveis é viável. Com o decorrer dos anos existem várias mudanças de produtos e equipamentos, além das manutenções corretivas e equipamento que ficaram obsoletos, desta forma, deveriam existir atualizações frequentes aos parâmetros de operação para que se conseguisse a otimização do equipamento. Existe um plano de produção definido, todavia, existem atrasos e adiantamentos relativamente ao plano de produção. As linhas da Genax são as linhas que finalizam o processo com o embalamento, e, muitas vezes, trabalham em função do produto que está disponível e com os operadores que têm nesse momento. Dependendo do produto, as linhas têm uma variação relevante do número de operadores em linha, e se o planeamento for alterado, podem ter de trabalhar com menos operadores do que o estabelecido para aquela referência. O armazenamento do cartão de embalagem, sobretudo o que vai ser alvo da formação da caixa inferior e o seu manuseamento, é um fator crítico, porque caso não se tenha cuidado com estes aspetos, o cartão de embalagem deformará e irá criar dificuldades no processo de formação da caixa. Existirá, portanto, necessidade de se efetuar ajustes adicionais para se conseguir formar a caixa. Após o controlo de receção do cartão de embalagem, onde se cumpre uma instrução de inspeção visual, dimensional e controlo das propriedades do material através de testes laboratoriais, atribui-se uma validade de consumo de 15 dias. O critério de consumo em relação ao cartão de embalagem aplicado na empresa é o FIFO (First-in, first-out). Por vezes, assim não acontece, umas vezes por questão de desconhecimento, outras por questões logísticas, o que origina em certas situações o consumo instantâneo do cartão que chega e período longos de tempo de material que não se consome, ficando, portanto, sem controlo das condições do cartão de embalagem. 4.2.4 Materiais A cola tem um papel importante, pois a mesma tem de ser injetada através de bicos de cola com diâmetros calibrados de forma a expelir a quantidade certa e colar instantaneamente no processo de formação da caixa. Trata-se de um processo bastante rápido e exigente, porque caso a caixa não fique bem colada, existe logo paragem da linha, pois uma caixa malformada, provoca logo a obstrução da caixa seguinte. 4.2.5 Máquinas No seguimento do subcapítulo anterior, quando existe uma má colagem, existem vários problemas que são gerados, desde logo a paragem de produção, embalagens em cartão danificadas ou a sujidade pela cola nas laterais da guia onde passam as caixas. Para eliminar os excessos de cola, os operadores efetuam uma limpeza rápida e colocam a linha em funcionamento, porém existem acumulações de cola que deveriam ser removidas e esta ação deveria ser feita numa paragem programada para limpeza de vestígios de cola. Este problema ficaria resolvido caso existisse uma manutenção de 1º nível, que deveria ser diária, porque, para além de se manter a máquina limpa, poderia ser feita uma breve inspeção do estado da máquina, podendo, com isso, evitar alguma paragem grave, e alertando os técnicos de manutenção para alguma situação anómala. Após leitura de vários relatórios de avarias, constatou-se que cerca de 50% dos problemas não existiriam caso existisse uma manutenção de 1º nível eficaz e manutenção preventiva frequente, o que gera a oportunidade de um contributo no aumento do OEE. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 29 Outro ponto que se poderia melhorar é o tempo de set-up e tempos de ajustes/afinações. Em relação ao tempo de set-up, é difícil de quantificar, pois depende também da referência anterior, por vezes, o tempo gasto em set-up é diminuto, já que o produto anterior é bastante semelhante ao que vai ser introduzido na linha. O cenário ideal era o investimento em máquinas totalmente automáticas ou a automação das existentes, pois evitava que existissem paragens prolongadas com operadores a ajustar a máquinas de forma manual. Na empresa existem máquinas que executam o mesmo tipo de trabalho, porém mais recentes, em que a intervenção do operador é bastante inferior. 4.2.6 Mão de Obra As possíveis causas do OEE abaixo do objetivo proposto em relação à mão de obra são três e estão relacionadas entre si: operários sem formação ou pouco polivalentes, absentismo e variabilidade entre turnos. De encontro ao que foi dito no subcapítulo anterior, as máquinas que geram mais problemas são sobretudo as máquinas da formação da caixa e seu fecho, pois exigem mais conhecimento dos seus ajustes manuais. Devido a essa dificuldade, a formação de pessoas que consigam realizar os ajustes de forma eficiente em cada turno é essencial. Os operários de linha dividem- se em três tipos de funções: operários de colocação de semi-produto, operários-máquina e manobradores de empilhador, contudo, deveria haver uma certa polivalência de forma a que quando ocorre um problema numa máquina, a pessoa que estiver mais próxima o possa resolver. O absentismo é um fator também crítico, e para combater esse fato é necessário que existam pessoas formadas e polivalentes, para que haja, em cada turno, pessoas de “backup” com conhecimentos dos procedimentos de ajustes, em caso de ausência, por exemplo, do operador- máquina. A variabilidade por turnos é um tema importante, porque, há uns anos, por imposição da lei, fez-se uma reorganização dos turnos, de forma a que os turnos diurnos alternassem entre turno da manhã e turno da tarde e existisse um turno fixo paraa noite. O que aconteceu é que os funcionários mais experientes preferiram os turnos diurnos e houve a necessidade de contratar pessoas novas para o turno da noite. As equipas diurnas têm mais apoio na sua produção, pois além de contarem com uma equipa de suporte, contam com os operários mais experientes. Aprofundando a análise ao nível dos turnos, verifica-se uma diferença significativa entre as equipas diurnas e a noturna. Para comprovar este facto, com base em gráficos retirados do período em análise, e que podem ser consultados no anexo F, é apresentada a Tabela 9, onde são descritos os valores médios dos índices disponibilidade, desempenho, qualidade e o OEE, comparando com os valores objetivo proposto pela IKEA. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 30 Tabela 9 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 1 W38-WK11 Equipa A Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Média das medições 78,74% 92,12% 98,94% 71,80% Objetivo proposto pela IKEA 84,60% 92,80% 100% 78,40% Diferença em relação ao objetivo -5,86% -0,68% -1,06% -6,60% Equipa B Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Média das medições 77,85% 93,20% 98,65% 71,56% Objetivo proposto pela IKEA 84,60% 92,80% 100% 78,40% Diferença em relação ao objetivo -6,75% 0,40% -1,35% -6,84% Equipa C Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Média das medições 74,57% 89,59% 97,38% 65,07% Objetivo proposto pela IKEA 84,60% 92,80% 100% 78,40% Diferença em relação ao objetivo -10,03% -3,21% -2,62% -13,33% A equipa C (turno noturno) é a equipa que tem o pior valor de OEE, comparando com as equipas diurnas. Este mesmo turno tem pior índice de disponibilidade, desempenho e qualidade. Contas feitas, em relação aos turnos diurnos, conta com uma diferença de indicador de OEE de quase 7%, sendo importante realçar que as equipas diurnas têm um valor negativo de aproximadamente 6% em relação ao objetivo. Para cumprir com o índice de OEE, a IKEA Industry na Genax 1, precisa de recuperar 8.1%, sendo que, caso se conseguisse colocar o turno da noite com o mesmo índice de OEE que os turnos de dia, haveria um ganho de cerca de 2,2% (1/3*6,5%) no OEE, restando apenas recuperar 5.9% para cumprir com o objetivo. Após a análise da origem dos problemas e potenciais causas, é necessário tomar ações, que tanto podem passar por medidas corretivas e/ou preventivas, reorganização estrutural das equipas de produção, automação das linhas de produção, melhoria dos sistemas de suporte, formação de equipas entre outros. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 31 4.3 Plano de ações para o aumento do índice de disponibilidade Seguidamente, é apresentado o plano de ações com o objetivo de minimizar as paragens mais significativas e que influenciam o indicador de disponibilidade. A ordem em que são apresentados os vários pontos é por ordem de maior contributo potencial de melhoria do índice de disponibilidade. 4.3.1 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” A perda mais relevante e na qual irão incidir várias medidas, com pesos diferentes na contribuição para o incremento do índice de disponibilidade, é a perda “ajustes/afinação”. O incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” tem como base quatro ações: alteração do sistema de segurança para acesso à zona de ajustes na Genax 2002 e Genax 2003, formação aos operadores nos “ajustes/afinações, reduzir o trabalho manual na formação da caixa e reorganização do armazém de matéria-prima. Cada ponto irá ser discutido de seguida. a) Alteração do sistema de segurança para acesso à zona de ajustes na Genax 2002 e Genax 2003 De forma a facilitar o acesso aos ajustes de forma rápida foi proposto uma alteração ao sistema de segurança, que passa pela alteração da vedação da máquina. Esta alteração tem em vista a resolução de dois problemas: por um lado, o operador pode aceder à zona de afinações de forma rápida e, por outro, caso haja uma caixa bloqueada no sistema de formação de caixas, facilmente pode remove-la sem ser necessário deslocar-se a uma porta e esperar permissão para a sua entrada no equipamento. Esta alteração foi validada de forma a cumprir com os procedimentos de segurança impostos pela Ikea Industry. Um exemplo desta alteração pode ser visto na Figura 27. Figura 27 - Acesso rápido à zona de ajustes Na Tabela 10 é apresentado o resumo desta ação, porém ainda é necessária validação da melhoria ao longo dos próximos meses de produção. Tabela 10 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “ajustes/afinação” Objetivo real Ações Estado Peso Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” Alteração do sistema de segurança para acesso à zona de ajustes na Genax 2002 e Genax 2003 Implementado e aguarda validação de melhoria 50% 8,1% 5,8% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 32 As restantes medidas ainda se encontram a decorrer e em análise, desta forma irão ser tratadas de modo diferenciado, em forma de resumo na Tabela 11 encontram-se as medidas, assim como o seu peso expectável no incremento do índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação”. Tabela 11 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “ajustes/afinação” (cont.) b) Formação aos operadores nos “ajustes/afinações” A formação aos operadores para os diferentes postos de trabalho é essencial. A área do Packing onde as linhas da Genax se inserem é uma área em que, devido à sua natureza, os operadores têm de ser bastante versáteis. Neste tópico, o que se propõe é formar operadores mais polivalentes para que exista mais do que um operador a saber operar um determinado posto. Existem, por exemplo, duas pessoas/turno para mudanças de produto e ajustes/afinações nestas linhas, o que pode ser um número reduzido, caso coincida uma mudança de referência em simultâneo ou até mesmo por absentismo de um deles. A ação que se propõe neste tópico é a formação de mais operadores especializados nos “ajustes/afinações” e “set-up” das máquinas, para que se consiga ser mais rápido e assertivo nestas operações. Na formação dos operadores existirá uma componente teórica e prática, tanto com o atual operário-máquina como com o técnico de manutenção, que pode transmitir informação mais técnica, que pode ser bastante útil. Esta ação já se encontra a decorrer, pois estes mesmos operadores são responsáveis pelas manutenções de 1º nível, das quais se irá falar mais à frente. c) Reduzir o trabalho manual na formação da caixa Como explicado na secção 3.1.3, a formação das caixas, por vezes, é feita manualmente pelos operadores, e esta necessidade é explicada por dois motivos. O primeiro é devido a referências de produtos nas quais a máquina não consegue efetuar a caixa, e o segundo motivo prende-se pelo facto que, em caso de paragem da Genax 2002, exista stock de caixas formadas para que não afete a produção normal, pois desta forma existem caixas para introdução na linha. O segundo motivo causa alguns problemas na máquina de fecho de caixa, pois mistura caixas que foram formadas de forma manual e caixas que foram formadas pela máquina, o que por vezes cria a necessidade de ajuste, para que se consiga trabalhar com os dois tipos de caixas. A ação passa por reduzir o trabalho manual na formação da caixa, exceto as referências nas quais não é possível a sua operação de forma automática pela máquina. No decorrer da presente dissertação, os chefes de linha foram sensibilizados para que esta operação se reduza gradualmente, até que seja eliminada totalmente. d) Reorganização doarmazém de matéria-prima A temperatura e a humidade são parâmetros importantes, apesar de a área não ser de transformação de matéria prima, a temperatura influência no comportamento e nas dimensões do cartão no processo de dobragem do cartão planificado para a formação das caixas. Objetivo real Ações Estado Peso Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” b) Formação aos operadores nos “ajustes/afinações” A decorrer 20% 8,1% 5,8% c) Reduzir o trabalho manual na formação da caixa A decorrer 20% d) Reorganização do armazém de matéria-prima Em análise 10% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 33 De acordo com os produtores, um dos problemas poderá existir na absorção de humidade ambiente (em planos de dimensões grandes isso pode ser o suficiente para exceder as dimensões das máquinas, na produção das caixas é o suficiente para os planos deixarem de entrar nas máquinas). Na empresa existe um controlo de qualidade na receção da matéria prima e após a sua receção, no caso do cartão de embalagem, existe um período de 15 dias, no qual o mesmo deverá ser consumido. A situação ideal era que este método de FIFO funciona-se sem falhas, a questão é que, por vezes, assim não acontece, por vários motivos, dos quais o mais importante é o aspeto logístico. A proposta que se coloca é reorganizar o armazém de matérias-primas a nível de layout, de forma a que se cumpra o método de consumo. Além dessa implementação, todas as paletes que estivessem fora do tempo estipulado para gasto, deveriam ser alvo de nova inspeção. Esta ação ainda se encontra em análise, e contribuirá sobretudo no cumprimento do FIFO e, por consequência, no incremento do índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação”. 4.3.2 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “avarias” O quadro da Tabela 12 apresenta a segunda rubrica mais importante, que diz respeito a avarias e que de seguida irá ser discutido. Tabela 12 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “avarias” A rubrica “avarias”, apesar de ser sempre um fator imprevisível, após análise de avarias concluiu-se que se pode conseguir reduzir com a execução da manutenção preventiva mais frequente. No período em análise verificou-se um decréscimo de tempo reportado na manutenção preventiva, motivo explicado pelas necessidades dos grandes volumes de embalamento e, por isso, falta de tempo para as executar, pois o plano de produção por vezes alongava-se ao período do quarto turno. Porém, existem alternativas para o agendamento das intervenções e o modelo que se propõe é rentabilizar o tempo de refeição com as manutenções preventivas necessárias, juntamente com as manutenções de 1º nível, das quais se irá falar na secção 4.3.4. Os planos de manutenção também foram revistos e o tempo ajustado com base em relatórios das manutenções preventivas registadas até ao momento, no histórico do software. A periocidade e os documentos de manutenção preventiva prévios podem ser consultadas no Anexo K, documentos que irão ser convertidos para o modelo de SOS (Standard Operation Sheet) normalizado para a IKEA Industry. A meta de melhoria desta medida, atendendo à tipologia de avarias registada no software de manutenção é de 50%. Nota: os tempos de manutenção preventiva não irão interferir no índice de disponibilidade, pois esta operação é efetuada no tempo de paragem para refeição e reportada na rubrica “refeição/lanche” ou “Unplanned”, ou em caso de necessitar mais tempo que o planeado, irá se efetuar no 4º turno ao fim de semana, com o software a registar “Not Planned”, no Operator. Objetivo real Ações Estado Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Melhoria real expectável Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “avarias” Revisão de planos de manutenção preventiva e reagendamento de intervenções Implementado e aguarda validação de melhoria 2,3% 1,9% 50% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 34 4.3.3 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “micro-paragens” A Tabela 13 apresenta o terceiro índice mais relevante neste estudo que é a rubrica “micro- paragens e o seu ganho potencial para cada linha. Tabela 13 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “micro-paragens” Conforme mencionado no capítulo 4.2.2, existe um grande desafio para descobrir as causas que originam as sucessivas micro-paragens. De forma a identificá-las melhor e entender as suas causas, sugere-se uma adaptação do software de apoio, assim como a criação de condições para que este registo seja eficaz. Em algumas áreas de produção na IKEA Industry, existem sinalizadores na linha, para se saber qual a máquina que está a provocar paragem, e este método poderia ser adaptado nas linhas em questão, localizando assim a máquina que está a provocar a paragem de produção e incorporar esse registo no software. Para isso é necessário que quando exista uma micro paragem na linha, se registe automaticamente qual a máquina que a originou, e seja justificada posteriormente a sua causa pelo operador responsável. A aplicação do sistema descrito ainda está a ser alvo de análise por parte do departamento de informática. Com esta medida apenas se conseguirá obter dados, para que no futuro se tome medidas para eliminar as suas causas. 4.3.4 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “limpeza” Existem variadas paragens devido a “limpeza”, e, após estudo destas paragens, concluiu-se que surgem devido a excessos de cola nas máquinas de formação das caixas e seu fecho (Genax 2002 e Genax 2003). Com esta manutenção de 1º nível aplicada espera-se que se elimine totalmente esta rubrica. Os valores potenciais de ganho nesta rubrica para as duas linhas estão mencionados na Tabela 14. Tabela 14 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “limpeza” A proposta que se adotou para combater este problema, foi a de manutenção de 1º nível. Numa fase inicial, irá se fazer uma limpeza geral ao equipamento, para que, por exemplo, se elimine as colas acumuladas. Após isso, implementar-se-á a manutenção de 1º nível com um plano bem definido, onde constará a tarefa a efetuar, assim como o tempo previsto para sua execução e frequência, que numa fase inicial será semanal. A implementação da manutenção de primeiro nível nas linhas da Genax foi dividida em várias etapas, que se enumeram de seguida: Objetivo real Ações Estado Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “micro-paragens” Registo de micro-paragens mais eficaz Em análise 1,4% 1,5% Objetivo real Ações Estado Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Melhoria real expectável Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “limpeza” Criação e implementação de manutenção de 1º nível Implementado e aguarda validação de melhoria 1,3% 0,5% 100% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 35 1ª Etapa – Identificar as tarefas e sua descrição, qual o tempo por intervenção e sua periocidade. As Figuras H.1, H.2 e H.3 exemplificam a organização das tarefas e tempos por máquina. 2ª Etapa – Elaboração de instruções de trabalho para as operações de manutenção de primeiro nível (M1N). A IKEA Industry dispõe de documentos standard como é o caso das WES (Work Element Sheet) e as SOS (Standard Operation Sheet), que são usadas na realização da documentação relativa às instruções de trabalho das M1N. Nas Figuras H.4 e H.5, são apresentados os modelos WES e SOS, respetivamente. A documentação será exposta junto ao equipamento em questão. As Figuras H.1, H.2 e H.3 serão mais tarde convertidasem SOS, primeiramente encontram-se em fase teste. 3ª Etapa – Reunião com o encarregado da área e chefe de equipa para a seleção de operadores. Nessa mesma reunião faz-se o preenchimento da Tabela H.1, para posteriormente dar lugar à formação por técnico de manutenção. 4ª Etapa – Criação de quadro de registo por linha, para a gestão visual. Este quadro (Tabela H.2), permite acompanhar as atividades de manutenção de primeiro nível (M1N) efetuadas; 5ª Etapa – Calendarizar as operações de M1N. Após reunião, ficou definido que o objetivo é realizar as diferentes tarefas através de um conjunto de operadores maioritariamente na equipa da noite e no horário das refeições nas equipas de dia. 6ª Etapa – Implementação prática das manutenções de primeiro nível, primeiramente em fase de teste, para verificar se tudo decorre conforme o planeado. 7ª Etapa – Análise de resultados. Esta fase é uma fase para fazer ajustes, tanto a nível de tempo e de periocidades, assim como acréscimo ou remoção de tarefas. Os resultados são medidos em forma de cumprimentos da M1N (%). Após a fase de testes, existe uma equipa que faz a monotorização semanal do cumprimento das M1N. Nota: Apesar de haver uma rubrica no “Waiting Time” (Figura 18) para reportar a manutenção de 1º nível, ficou decidido pelo responsável de produção que estas paragens irão acontecer no tempo de paragem para refeição e desta forma continuar a justificar este tempo como “refeição/lanche”. A equipa é constituída por 13 colaboradores divididos pelas 3 equipas, e que são responsáveis por efetuar manutenção de 1º nível e colaborar com os atuais operários- máquina, reforçando desta forma as equipas. 4.3.5 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “set-up” Em relação ao “set-up”, a Tabela 15 apresenta os dados dos ganhos potenciais para as duas linhas em estudo. Embora a rubrica “set-up” sempre existirá, o que se pretende aqui estudar é a possibilidade de encurtar o tempo de set-up e faze-lo de forma igual entre as várias equipas. Tabela 15 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “set-up” Os equipamentos da linha da Genax foram alterados ao longo do tempo. Inicialmente, a linha era composta apenas pela máquina de formação das caixas, tapetes onde os operadores inseriam o semi-produto e sua máquina de fecho da caixa. Numa fase posterior foram colocados o robot para paletização e as máquinas de embalamento. Objetivo real Ações Estado Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “set-up” Colocação de motores nos fusos de ajuste da máquina Genax 2002 com controlo manual, por parte dos operadores, para melhorar tempos de ajustes e set-up A decorrer 0,7% 1,1% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 36 As máquinas Genax 2002 e Genax 2003, que fazem a formação da caixa e o seu fecho, são máquinas essencialmente de ajuste manual através de fusos. Para reduzir os tempos de set-up e ajustes foi proposto a colocação de motores nos fusos de ajuste das máquinas para ser mais rápido o seu ajuste. Inicialmente, foi efetuado num dos fusos, posteriormente irão ser colocados nos restantes fusos das outras máquinas, onde exista essa possibilidade. Esta medida irá ter impacto nos tempos de set-up, porém não será muito significativa, pois nesta rubrica existe uma janela de melhoria pequena (0,7% na Genax 1 e de 1,1 % na Genax 2), caso se eliminasse totalmente os tempos de set-up, o que é de facto impossível. Desta forma, espera- se que o set-up seja igual em todos os turnos, uma vez que passa a ser feita pela máquina, em função da referência. Um exemplo da automação nos fusos de ajuste pode ser encontrado na Figura 28. Figura 28 - Aplicação de motor nos eixos Genax 2002 4.3.6 Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “troca de consumíveis” A “troca de consumíveis” é uma perda de disponibilidade que se pode eliminar totalmente caso se implemente sistemas automáticos de troca de consumíveis. Estas trocas de consumíveis representam pequenas paragens, porém com alguma frequência. A troca de consumíveis mais crítica registada no software no período em análise está diretamente relacionada com a troca do rolo das etiquetas durante a produção, esta paragem é evitável caso se tenha em atenção aos avisos sonoros e visuais que as impressoras emitem para aviso aos operadores que o consumível está próximo a terminar. Esta troca do rolo das etiquetas poderá ser feita durante a produção, porém deverá existir um operador com um rolo de etiquetas já impressas com a referencia que se está a produzir e que coloque as etiquetas de forma manual nas caixas para que não haja paragem de linha. Na tabela 16 são apresentados os valores do ganho potencial para as duas linhas em questão, para a rubrica “troca de consumíveis”. Tabela 16 - Plano de ações melhoria índice disponibilidade – “troca de consumíveis” Nota: O rolo de etiquetas é independente do produto, pois este imprime no momento da sua aplicação. Existem rolos de etiquetas já impressas de reserva em caso de falha do equipamento ou no caso de haver troca do rolo das etiquetas. Objetivo real Ações Estado Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Melhoria real expectável Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “troca de consumíveis” Sensibilização aos operadores da influência desta paragem no índice de disponibilidade Implementado e aguarda validação de melhoria 0,5% 0,8% 100% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 37 4.4 Plano de ações para o aumento do índice de desempenho Relativamente ao índice de desempenho, irá se propor medidas para que as medições do índice de desempenho se estabilizem. Após a sua estabilização, futuramente, poderá trabalhar-se nas medidas para o incremento deste mesmo índice. 4.4.1 Estabilização do índice de desempenho A estabilização no índice de desempenho é essencial para servir de base para o seu incremento. Numa primeira fase, seria importante rever os NPC e a limitação que o software de produção apresenta na definição correta dos NPC. Numa segunda fase, o foco era entender as dificuldades que os operadores apresentam nas suas rotinas, e que interferem no desempenho da linha, assim como efetuar uma revisão dos parâmetros operacionais nos diversos produtos. a) Verificar a possibilidade de uma atualização ao atual sistema de produção para definição correta do NPC nos diversos produtos Após a explicação da grande variação do desempenho medido no Qlikview (secção 4.2.2), idealmente deveria ser efetuada uma alteração ao programa de recolha de dados, ou outra alternativa, para que se conseguisse definir o NPC correto e com isso fazer uma análise de forma mais direta ao índice de desempenho. b) Revisão dos parâmetros operacionais nos diversos produtos Com o decorrer dos anos, existiram alterações efetuadas nas linhas em análise, o que origina standard work de set-up que contêm erros por desatualização, pelo que seria crucial que todos os parâmetros estivessem atualizados corretamente, para cada referência. Após o standard work estar corrigido, deveria existir o cumprimento do mesmo e, com isso, seria reduzida a variabilidade dos set-up entre equipas. 4.4.2 Incremento do índice de desempenho Existem várias causas, ainda desconhecidas, para o índice do desempenho estar abaixo do esperado, contudo, o absentismo, é uma das causas já identificadas e que contribui para que os valores de desempenho estejam abaixo do esperado. Na Tabela 17 estão enumerados os potenciais ganhos no índice de desempenho na Genax 1 e Genax 2. Tabela 17 - Plano de ações melhoria índice de desempenho É um tópico bastante delicado e está relacionado com a repetida ausência do operário. Os valores de absentismomédio nas várias equipas, no período em análise nesta área, rondam os 7%, criando, por isso, uma certa instabilidade na formação das equipas. Deverão ser analisadas as causas que estão relacionadas com o absentismo de forma a amenizá-lo, pois cria instabilidade na produção. Objetivo real Ações Estado Incremento no índice de desempenho Analisar causas do absentismo Em análise Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 38 4.5 Plano de ações para o aumento do índice de OEE Seguidamente apresenta-se uma medida que interfere com os vários indicadores que formam o OEE, e é apresentado na Tabela 18. Tabela 18 - Plano de ações melhoria do OEE em relação às equipas Como visto anteriormente na secção 4.2.6, caso a equipa da noite conseguisse obter o mesmo OEE que os turnos diurnos, conseguia-se ganhar diretamente um valor relevante de 2,2% no valor do OEE. Na Genax 2 existe um potencial de 1,6%, caso a equipa da noite tivesse a mesma prestação a nível de OEE que a equipa com melhor resultado. Porém, existem variados fatores que tornam essa tentativa de equilibrar as equipas um assunto complexo. Os operadores ao longo dos anos criam relações interpessoais com os colegas de trabalho e existe também a partilha de boleias para o trabalho. Esta medida, a ser possível, irá ter de ser desenvolvida num largo período e com ajuda de uma equipa de suporte no turno da noite. 4.6 Resultados expectáveis das medidas propostas Na Tabela 19 é apresentado o impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 1, onde se expõe o ganho potencial, a melhoria real expectável e o resultado das medidas. Tabela 19 - Impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 1 As melhorias do índice de disponibilidade propostas são todas independentes, e consegue-se na Genax 1 um incremento de 7,1%, o que significa que o índice de disponibilidade passa para os 84,5%. Em relação ao índice de desempenho é expectável que após as medidas de estabilização sejam implementadas, a sua medição de desempenho tenha tendência a ficar constante e que sirva de base para as medidas que possibilitam o seu incremento. Como falado anteriormente, o índice de qualidade não irá ser alvo de medidas para melhoria do mesmo. Na secção 4.5 é ainda comentada a possibilidade de se aumentar o índice de OEE com os equilíbrios das equipas, embora esta medida esteja dependente dos indicadores de disponibilidade, desempenho e qualidade. Objetivo real Ações Estado Ganho potencial Genax 1 Ganho potencial Genax 2 Incremento no índice de OEE Possibilidade de equilibrar equipas Em análise 2,2% 1,6% Objetivo real Ganho Potencial Melhoria real expectável Resultado das medidas Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” 8,1% 50% 4,1% Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “avarias” 2,3% 50% 1,2% Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “limpeza” 1,3% 100% 1,3% Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “troca de consumíveis” 0,5% 100% 0,5% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 39 A Tabela 20 apresenta um resumo do incremento dos vários indicadores do OEE na Genax 1. Tabela 20 - Quadro resumo do incremento do OEE na Genax 1 Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Objetivo proposto pela IKEA 84,6% 92,8% 100% 78,5% Diferença em relação ao objetivo [wk38-wk11] -7,0% -0,8% -1,4% -8,1% Expectativa após medidas 84,7% 92,0% 98,6% 76,8% Diferença ainda a corrigir + 0,1% -0,8% -1,4% -1,7% Como se pode observar na Tabela 20, o objetivo da disponibilidade para a Genax 1 fica coincidente com os objetivos propostos pela IKEA, contudo deverá trabalhar-se no sentido de finalizar todas as medidas propostas, assim como trabalhar para o incremento dos restantes índices, para que se consiga atingir os objetivos na Genax 1, no entanto deverá se salientar o fato de uma subida expectável do OEE em 6,4%. Em relação aos objetivos que estas medidas pretendem alcançar, as mesmas são transversais à Genax 2, apesar das categorias de perdas de disponibilidade terem valores diferentes. Na Tabela 21 é demonstrado o impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 2. Tabela 21 - Impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 2 O impacto das medidas no índice de disponibilidade na Genax 2 soma um incremento total de 5,2%. No índice de desempenho à semelhança da Genax 1 espera-se que se estabilize e que se aproxime de um valor constante ao longo do tempo. Não existirá nenhuma medida em relação ao índice de qualidade. A Tabela 22 apresenta um quadro resumo do incremento do OEE na Genax 2. Tabela 22 - Quadro resumo do incremento do OEE na Genax 2 Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Objetivo proposto pela IKEA 84,6% 92,8% 100% 78,5% Diferença em relação ao objetivo [wk38-wk11] -4,1% -0,3% -1,1% -4,9% Expectativa após medidas 85,7 92,5% 98,9% 78.4% Diferença ainda a corrigir +1,1 % -0,3% -1,1% -0,1% No caso da Genax 2, com as metas de melhorias definidas, o OEE ficou muito próximo com o valor proposto, contudo, é necessário continuar com as medidas propostas e finalizar, de forma a fortalecer os resultados expectáveis aqui mencionados. Objetivo real Ganho Potencial Melhoria real expectável Resultado das medidas Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “ajustes/afinação” 5,8% 50% 2,9% Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “avarias” 1,9% 50% 1,0% Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “limpeza” 0,5% 100% 0,5% Incremento no índice de disponibilidade na rubrica “troca de consumíveis” 0,8% 100% 0,8% Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 40 4.7 Minimização dos erros no registo de paragens no “Operator” Existem vários fatores que interferem no cálculo correto do OEE e que deveriam ser corrigidos, dado que afetam a análise correta dos vários indicadores (disponibilidade, desempenho e qualidade) e como resultado disso o OEE. Na Tabela 23 estão enumeradas as medidas que possibilitam a minimização dos erros no registo de paragens. Tabela 23 - Minimização dos erros no registo de paragens Os erros no registo de paragens no “Operator” são frequentes e afetam sobretudo a análise que os mesmos permitem. Na resolução de problemas é importante que as paragens estejam bem categorizadas, pois, sem a correta categorização, a informação é inútil. O objetivo passa por duas etapas, a primeira delas é a formação aos operadores responsáveis pelo registo e a segunda é criar software anti erro, para que o erro humano seja minimizado. a) Formação aos operadores no registo de paragens Com o decorrer da dissertação e análise dos vários relatórios do Qlikview, reparou-se que existe uma grande percentagem de códigos de paragem e justificações que foram mal atribuídas. A atribuição dos códigos não deveria oferecer dúvidas. A formação tem como base “normalizar” o processo de justificação de paragens e esclarecer algumas dúvidas que haja nos códigos de paragem, visto que este registo é efetuado já há cerca de 2 anos. b) Melhoria no sistema de registo de paragens Este ponto vem de certa forma reforçar o anterior, pois caso exista bastante liberdade na introdução manual de informação, o erro humano é mais provável. A implementação desta melhoria iria, de certa forma, evitar os erros, já que o software ajudaria no processo de preenchimento da justificação de paragem e alertava para eventuais erros. Objetivo real Ações Estado Minimização dos erros no registo de paragens no “Operator” a) Formação aos operadores no registo de paragens A decorrer b) Melhoria no sistema de registo de paragens no “Operator” Em análise Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numaindústria de mobiliário 41 5. Redução do COPQ handling 5.1 Enquadramento O custo da não conformidade (COPQ) é a maneira de medir custos na IKEA relacionados com as reclamações de artigos devido a razões de qualidade, como danos e defeitos do produto. É um dos principais indicadores de desempenho na área da qualidade. Os números do COPQ mostram o nível de artigos e o custo total de todos os danos e defeitos relacionados com o produto que foram registados. Usa-se essa informação para melhorar a qualidade das linhas existentes, incluindo soluções de embalagem e transporte, bem como no planeamento de futuras ofertas de produtos. O COPQ Total é subdividido em diferentes componentes: COPQ KPI, COPQ Purchasing e o COPQ Handling. O COPQ handling está relacionado com o manuseamento dos produtos durante a cadeia de valor (centros de distribuição, loja ou no domicílio do cliente). Neste capítulo não se pretende avaliar o COPQ ao longo de toda a cadeia de valor, mas apenas o "contributo" gerado na linha de embalamento, pois uma das razões que contribui para o custo do “COPQ handling” é a qualidade das linhas de embalagem. Note-se que no sistema de medição do OEE apenas são atribuídos ao OEE do embalamento, as não-conformidades ali detetadas. No entanto, o processo de embalamento origina outras não-conformidades, que aqui se pretende estudar e reduzir. Com o intuito de reduzir o COPQ handling, será feita uma análise dos tipos de defeitos mais comuns, a monitorização dos dados relativos ao registo das paletes rejeitadas e será apresentado um plano de ações com vista a eliminar os problemas mais relevantes. Este indicador de qualidade será avaliado apenas a nível do embalamento da palete a seguir à linha de embalamento e é controlado por uma equipa específica, equipa essa formada com critérios de rejeição bem definidos e independente da linha de produção, a mesma rejeita todas as paletes não conformes. Este índice não entra no índice de qualidade da linha para o cálculo do OEE. A equipa de inspetores faz um registo em Excel, que depois segue para análise da equipa de produção, para seu seguimento. 5.2 Registo de paletes rejeitadas “In-BOF” O termo paletes rejeitadas “In-BOF” significa o fluxo de paletes rejeitadas que sai do warehouse de volta para a fábrica BOF. Após relatório de reclamação das lojas IKEA no final do ano de 2019 devido ao embalamento NOK, a IKEA Industry organizou-se de forma a garantir a qualidade de embalamento das paletes a 100%. Criou-se uma equipa de trabalho onde se definiu quais os tipos de defeitos (Figura 29) e os critérios de rejeição; após isso, formou-se os operários que ficariam responsáveis da verificação de todas as paletes que davam entrada no armazém, nos diferentes turnos. Figura 29 - Palete OK vs. Palete NOK (fonte: Ikea Industry Portugal, 2020) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 42 Para resolver o problema das paletes NOK, começou-se pela recolha de dados da quantidade das paletes rejeitadas e qual o motivo. Para registo de paletes rejeitadas foi elaborada uma folha de cálculo. 5.3 Resultados Iniciais (wk03-wk16) do embalamento proveniente das linhas Genax O período inicial em análise foi entre a semana 3 (início de registo) e a semana 16 de 2020, pois nestas semanas a produção foi constante e de alguma forma significativa. Neste capítulo somente se irá abordar as linhas em que se estudou o OEE, porém, esta metodologia está a ser aplicada nas restantes linhas de produção da área do Packing (fluxo BOF e L&P). Neste subcapítulo são apresentados os resultados da Genax 1, assim como as várias abordagens aos resultados de forma a entender se existe alguma relação entre os vários parâmetros. Os gráficos obtidos para a Genax 2 podem ser consultados no Anexo J. Os registos são os seguintes: percentagem de paletes NOK no período definido por linha de produção, percentagem de paletes rejeitadas por linha de produção e por equipa, percentagem de produção das gamas produzidas por linha de produção, quatro principais defeitos por gama de produtos por linha de produção, percentagem de produção por referência e por linha de produção e defeitos mais relevantes nas 5 referências com mais ocorrências por linha de produção. 5.3.1 Paletes que foram embaladas na Genax 1 A Genax 1 nas semanas em análise embalou em média 1844 paletes por semana. O gráfico da Figura 30 mostra a percentagem de paletes NOK que foram embaladas na Genax 1. O valor médio é de 2,52%, o que em termos de quantidades de paletes é bastante significativa pois representa 46 paletes rejeitadas pelo warehouse por semana. Figura 30 - Percentagem de paletes Nok Genax 1 Os vários inspetores por turno reportam as paletes rejeitadas, registando, além do defeito, também qual foi a equipa responsável pelo seu embalamento. A taxa de rejeição atribuída à equipa A foi de 24%, 50% à equipa B e 26% à equipa C, conforme mostra o gráfico da Figura 31. Figura 31 - Percentagem de paletes rejeitadas por equipa Genax 1 0.00% 0.50% 1.00% 1.50% 2.00% 2.50% 3.00% wk03 wk04 wk05 wk06 wk07 wk08 wk09 wk10 wk11 wk12 wk13 wk14 wk15 wk16 24% 50% 26% A B C Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 43 A gama de produtos mais embalada na Genax 1 em percentagem de paletes, ilustrada no gráfico da Figura 32 é a gama “kallax” responsável por 71%, seguida pela gama “Micke” com 25%. As restantes duas gamas só representam o valor de 4%, sendo produzido 3% pela gama “Lack” e 1% pela gama “Pahl”. Figura 32 - Percentagem das paletes das gamas embaladas Genax 1 O gráfico da Figura 33 apresenta os quatro principais defeitos por gama de produtos e foi criado através da folha de registos das paletes rejeitadas em valor percentual, pois cada gama tem diferentes quantidades de paletes embaladas. Os quatro defeitos mais registados na Genax 1 são: “Top Nok”, “Cantoneiras Nok”, “filme Nok” e “ULL Nok”. Figura 33 - Principais defeitos por gama de produtos Genax 1 Analisando os quatro defeitos mais registados, podemos verificar agora quais as referências que são mais vezes rejeitadas. Deste modo, podemos verificar se as referências mais produzidas são as mais rejeitadas, ou se há maior incidência de problemas em alguma referência em particular. Para este estudo recorre-se a duas figuras, a Figura 34 onde expõe os defeitos mais relevantes das 5 referências com mais ocorrências na Genax 1 e a Figura 35, que explicita a percentagem de produção embalada por referência. Na Genax 1, no período em análise, foram embaladas 36 referências diferentes. Em relação ao número de paletes “Top NOK” a referência “Kallax Su 147x147 white” representou 25% deste defeito, embora apenas significasse 3,47% da produção. A referência “Kallax Su 77x42 black- brown” que lidera o número de paletes “Cantoneiras Nok” foi responsável por 37% de defeitos nesta categoria e representa apenas 1,91% da produção embalada. No número de paletes “Filme Nok”, a referência “Micke Desk 73x50 White” tem um número de paletes rejeitadas que representa 26% desta categoria com uma produção embalada de 4,97% neste período. E, para finalizar, no número de paletes “ULL Nok” desta vez com a referência “Kallax SU 77x77 Black-Brown” que totaliza 31% desta categoria com apenas 1% de produto embalado. Com estes valores é possível indiciar que há aqui um eventual problema de projeto ou de processo associado a determinadas referências. 71% 25% 3%1% kallax Micke Lack Pahl 0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% KALLAX MICKE LACK PÅHL Top NOK Cantoneiras NOK Filme Nok ULL NOK Outros defeitos Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 44 Figura 34 - Defeitos mais relevantes c/ top 5 referências com mais ocorrências Genax 1 Figura 35 - Percentagem de referênciasembaladas Genax 1 0 5 10 15 20 KALLAX SU 77x42 white LACK N TV bnch 149x55 black-brown PÅHL desk top 128x58 white KALLAX SU 77x77 white KALLAX SU 147x147 white Número de paletes "Top Nok" 0 20 40 60 80 100 MICKE desk 73x50 white KALLAX SU 147x147 white KALLAX SU 42x42 white KALLAX SU 77x77 white KALLAX SU 77x42 black-brown Número de paletes "Cantoneiras Nok" 0 2 4 6 8 10 KALLAX SU 77x42 black-brown KALLAX SU 42x42 white KALLAX SU 77x77 white KALLAX SU 77x147 white MICKE desk 73x50 white Número de paletes "Filme Nok" 0 5 10 15 20 25 KALLAX SU 112x147 white KALLAX SU 77x147 white KALLAX SU 182x182 black-brown MICKE desk 73x50 black-brown KALLAX SU 77x77 black-brown Número de paletes "ULL Nok" 0.00% 2.00% 4.00% 6.00% 8.00% 10.00% 12.00% 14.00% 16.00% Micke Add-On Un Hi 105x65 BkBn PAHL desk top 128x58 white LACK NN cff tbl 118x78 white Kallax SU 147x147 BkBn Box1 Kallax SU 147x147 BkBn Box2 MICKE Drawer Un 35x75 BkBn LACK CT 118x78x45 Black-Brown LACK TV 149x55x35 Black-Brown Kallax SU 182x182 BB Box3/4 LACK N TV bnch 149x55x35 white PAHL desk top 96x58 white Kallax SU 182x182 BB Box2 Kallax SU 77x77 Black-Brown Micke desk 142x50 Wh AP Kallax SU 182x182 BB Box1 Micke Add-On Un Hi 105x65 WH Micke desk 73x50 BkBn AP Kallax SU 77x42 Black-Brown Kallax SU 112x147 BB Box2 Kallax SU 112x147 BB Box1 Kallax SU 42x147 White Micke Drawer Un 35x75 White Kallax SU 77x42 White Kallax SU 147x147 White Box2 MICKE desk 142x50 BkBn MICKE desk 73x50 BkBn Kallax SU 147x147 White Box1 Kallax SU 182x182 White Box2 Kallax SU 42x42 White Kallax SU 112x147 white Box1 Micke Desk 73x50 Wh Kallax SU 112x147 white Box2 Kallax SU 182x182 White Box1 Micke Desk 142x50 Wh Kallax SU 77x77 White Kallax SU 77x147 White Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 45 5.4 Plano de ações para redução do COPQ Handling Após tratamentos dos dados das semanas em análise (Wk03-Wk16) para as linhas da Genax, foi possível identificar os quatro defeitos mais relevantes. Após reunião com uma equipa multidisciplinar constituída pelos departamentos de produção, manutenção e processos, criou- se um plano de ações para minimizar e/ou eliminar os defeitos em questão, conforme nos mostra a Tabela 24. Tabela 24 - Plano de ações para redução do COPQ Handling Na Tabela 24 pode-se verificar que, na maioria das ações, não existe qualquer investimento em meios, pelo que existe um trabalho de revisão aos equipamentos e ajustes aos parâmetros operacionais. Todas as medidas levarão ao objetivo de 0% de rejeição de paletes, Estes dados vão ser monitorizados continuamente e serão feitas reuniões de seguimento de duas em duas semanas até o processo se manter estabilizado, ou seja, as medidas implementadas e o nível de rejeição baixar para níveis próximo dos 0% de rejeição. A tabela de seguimento do plano de ações para a redução do COPQ handling irá ser atualizada ao longo do tempo. Defeito Objetivo Ações Estado Top Nok Calibração do equipamento Revisão geral ao estado atual do Robot Finalizado Adaptação do equipamento em alguns artigos Alteração do equipamento (Robot) Em análise Abastecimento correto da palete Testar a possibilidade de colocação de guia orientadora para a colocação da palete no Robot Em análise Cantoneiras NOK Calibração do equipamento Revisão geral do estado atual da Octomeca Horizontal Finalizado Auxílio no campo de visão do operador (360⁰) Aplicação de espelho Finalizado Aplicação de 2 câmeras + 1 monitor Finalizado Revisão dos parâmetros no equipamento da colocação de cantoneiras Realizar testes de otimização de parâmetros: perceber se os parâmetros de estiramento são os mais indicados para o processo de colocação das cantoneiras. (Octomeca horizontal) A decorrer Filme NOK Parâmetros incorretos no equipamento de colocação de filme vertical e horizontal Realizar testes para ajustes de parâmetros máquina. (Octomeca Vertical e Horizontal) A decorrer ULL NOK Não execução do set-up Criação de “One Point Lesson” para a realização de set-up após a produção da MICKE 142x50. (Impressora de etiquetas de ULL) A decorrer Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 46 6. Conclusões e perspetivas de trabalho futuro Neste trabalho foram analisados os índices de disponibilidade, desempenho e qualidade de duas linhas de embalamento. Realizou-se com dados desde a semana 38 de 2019 até à semana 11 de 2020, um período de cerca de 6 meses. O registo de dados no relatório Qlikview acontece desde o ano de 2018, e, nas linhas em questão os valores do índice de disponibilidade, desempenho e qualidade em média situam-se próximos dos valores analisados no período de observação. Verificou-se que para as duas linhas em questão, existe uma grande variabilidade, sobretudo no índice de desempenho ao longo do tempo, mas é o indicador de disponibilidade o principal responsável pelo OEE abaixo das metas propostas. O indicador de qualidade no OEE destas linhas não tem tanta relevância, pois esta área não é uma área de transformação de matéria- prima. Fez-se um estudo às principais perdas de disponibilidade, detalhando cerca de 85% do tempo destas perdas, e verificou-se quais as perdas em que poderia haver oportunidade de melhorias, e qual o ganho respectivo no indicador de disponibilidade. De seguida, criou-se um diagrama de Ishikawa de forma a estruturar a análise das potenciais causas. Este diagrama foi extremamente útil porque, além de estruturar o problema, ao longo do preenchimento do mesmo fez questionar alguns problemas mais “escondidos”. Após o preenchimento do diagrama de Ishikawa e o seu estudo nos diferentes ramos que o compõem, tornou-se mais fácil criar um plano de ações com base nos resultados obtidos do diagrama em resposta às necessidades encontradas. A preocupação pelo aumento do OEE nas linhas da Genax é um tema a que a empresa está a dar muita ênfase e, ao longo do tempo da dissertação, devido a semanas de paragem por motivos de falta de encomendas, foi aproveitado para debater ideias e implementar ações juntamente com os vários departamentos de suporte (Produção, Informática, Manutenção, Equipamentos e Recursos Humanos). O plano de ações é longo, existem ações que foram finalizadas durante a dissertação, outras que irão ser alvo de análise e orçamentação. Após a implementação dos vários pontos, espera-se que os níveis de OEE atendam aos requisitos impostos pela IKEA e, para isso, deverão ser monitorizados os resultados e processos, e, em caso de sucesso, padronizar as ideias e compartilhar com as várias unidades IKEA Industry com o mesmo processo de fabrico. De momento isso não é possível, pois a empresa está a atravessar semanas de fabrico atípicas, devido à pandemia COVID-19. Em relação ao capítulo do contributo das linhas da Genax na redução do COPQ Handling, espera-se, muito em breve, e após as medidas do plano de ações estarem implementadas, estabilizar o processo das não conformidades no embalamento para valores próximos dos 0% de rejeição no cliente interno (Warehouse) e que exista uma consciência no dia-a-dia de toda a equipa de produção para que se mantenha nos valores de rejeição desejados. Como trabalhos futuros, e além dos pontos que ainda estão em aberto, propõe-se que o índice de disponibilidade passe a ser medido por equipamento, pois dessa forma consegue-se identificar melhor as origens das paragens. O software de relatórios “Qlikview” é programado conforme as necessidades existentes, e deverá sempre que possível adaptado às necessidades de cada área. Os relatórios de paragens de produção devem ser examinados em cada turno, para evitar erros de preenchimento e em cada dia deveria criar-se uma rotina para verificar os ponto menos positivos que acontecerama nível de paragens, de forma a serem eliminados ou minimizados o mais breve possível. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 47 Um aspecto importante que serve de medida preventiva em relação ao contributo do COPQ Handling nas linhas da Genax será o de incluir o relatório das paletes rejeitadas pelo warehouse diariamente nas reuniões de turno como forma de controlo diário. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 48 Referências Ahuja, Inderpreet & Khamba, Jaimal 2008, “Total productive maintenance: Literature review and directions”, International Journal of Quality & Reliability Management. Frank Herbaty 1990, “Handbook of maintenance management: Cost-effective practices”, Noyes Publications. Garbe, Ulrika 2020, “KPIs for Maintenance”, IKEA Industry AB. Garbe, Ulrika 2020, “Performance Management - Training material”, IKEA Industry AB. Holweg, M. 2007, “The genealogy of lean production”, Journal of Operations Management. Gizikov, Ruslan 2018, “OEE – Overall Equipment Effectiveness - General training”, IKEA Industry AB. Krajnik, Monika 2017, “8 waste L1”, IKEA Industry AB. Liker, J. 2004, “The Toyota Way: 14 Management Principles from the World's Greatest Manufacturer”, McGraw-Hill. Nakajima, Seiichi 1988, "Introduction to TPM: Total Productive Maintenance", Productivity Press, New York. Ohno, Taiichi 1988, “Toyota Production System: Beyond Large-Scale Production”, Productivity Press, New York. Pai, K.G. 1997, “Maintenance management”, Maintenance Journal, October-December, pp. 8- 12. Pande, P. S., Neuman, R. P., & Cavanagh, R. R. 2000, “The Six Sigma Way: How GE, Motorola, and Other Top Companies are Honing Their Performance. Quality Progress” (pp. 422), McGraw-Hill Professional. Pinto, J. P. 2009, “Pensamento lean: a filosofia das organizações vencedoras”, LIDEL-Edições Técnicas, Lda. Vanzile, D. and Otis, I. 1992, “Measuring and controlling machine performance”, in Salvendy, G. (Ed.), Handbook of Industrial Engineering, John Wiley, New York. Vorne Industries 2008, “The fast Guide to OEE”. Willmott, Peter, and Dennis McCarthy 2001, “TPM - a route to world-class performance”, Oxford: Butterworth Heinemann. Womack, J. P. and Jones, D. T. 2003, “Lean Thinking: Banish Waste and Create Wealth in Your Corporation”, Free Press. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 49 ANEXO A: Layout BOF – Fluxo lacquering & Print Figura A.1 - Fluxo do material e áreas BOF (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 50 ANEXO B: Áreas de Produção BOF até ao Packing De forma a entender todo o processo de fabrico do tipo de mobiliário de “Board on Frame”, este anexo dedica-se a apresentar o processo produtivo de cada área, os vários tipos de materiais e de que forma são processados. Cutting Após a descarga de material no armazém de matérias primas é feito um controlo de qualidade. Surge a primeira transformação, que passa por uma operação de corte automatizado, seguido de uma paletização das placas, através de um programa semanal otimizado de forma a minimizar o desperdício. Esta máquina é de grandes dimensões como podemos ver na Figura B.1 e tem o nome de “Schelling Cut Center 1”, e foi apelidada com este nome, pois o nome do construtor é “Schelling”. Figura B.1 - Área Cutting (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Em relação às matérias-primas, conforme podemos observar na Tabela B.1, estas são diversas e com dimensões distintas (comprimento, largura e espessura), destacam-se as seguintes: HDF (High Density Fiberboard), aglomerado c/revestimento de Melamina e Aglomerado Standard. Tabela B.1 - Matérias-Primas área Cutting HDF Aglomerado c/ Melamina Aglomerado Após a paletização (saída da “Schelling Cut Center 1”), dependendo do tipo de matéria-prima e plano da produção pode seguir destinos diferentes. No caso das placas de HDF estas seguem para a área de Cold Press, sem sofrerem nenhum tipo de transformação na área dos Frames, em relação às placas de melamina, estas seguem diretamente para a área da Edgeband & Drill. O aglomerado standard é necessário sofrer mais algumas etapas de fabrico, e, nesta mesma área nas linhas “Calibration Resource Line 1”, “Multi Saw Line 1” e “Section Cut Line 1 & 2”, o aglomerado é calibrado, seccionado e cortado nas dimensões e tolerância já pré-estabelecidas. O aglomerado após estar terminado segue para a área dos Frames. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 51 Frames A área dos Frames é onde se executa o fabrico do “frame”, que é a estrutura principal dos componentes do móvel final. Esta área está dividida em fabrico manual por operadores que fabricam manualmente os caixilhos nos diversos tabuleiros (“Frame Center Line 1“), com uma capacidade de até 32 operadores e uma linha de fabrico automático de caixilhos, chamada de “Master Frame Line 1”, como se pode ver na Figura B.2. Figura B.2 - Área Frames (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Tanto no fabrico manual como no fabrico automático, o objetivo é o mesmo, e, resulta da união em esquadria do aglomerado vindo da área do Cutting com cola quente. A cola quente é aplicada de forma manual através de pistolas, enquanto que de modo automático é através de bicos injetores no equipamento, garantindo, como evidente, os parâmetros exigidos, como esquadria, quantidade e qualidade da aplicação da cola. Na Figura B.3, pode-se observar o resultado de uma referência de um “frame”, que pode ser fabricado via manual ou automática, pois em nada difere o produto final. Figura B.3 - Caixilhos produzidos na área dos Frames Cold Press A área da Cold Press é a área que se segue, a primeira etapa é a colocação do “favo de mel” (honeycomb) no interior do frame. O “favo de mel “constitui numa estrutura hexagonal em papel que, além de ser leve, proporciona resistência à peça. O processo continua e a próxima etapa é o fecho da moldura através da colagem das placas de HDF em cada face, com uma cola Polyvinyl Acetate (PVAC), chamada vulgarmente de “cola branca”, seguido de um processo de prensagem a frio durante 10 minutos, com determinada pressão. O processo termina após a prensagem e um tempo de cura de duas horas, onde as peças se encontram empilhadas nos buffers em direção à área da Edgeband & Drill. Na Figura B.4 pode visualizar-se as quatro linhas de produção, onde se encontram um total de quatro máquinas de aquecimento e corte do favo de papel, igualmente quatro calandras de cola PVAC e os elevadores automáticos para a colocação dos elementos em pilhas, cada duas linhas têm um total de quatro prensas a frio. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 52 Figura B.4 - Área Cold Press (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Na Figura B.5, podemos observar três etapas diferentes do processo, já explicado anteriormente. Na foto à esquerda, o favo já se encontra colocado de forma manual no interior do frame; na foto central, o caixilho já se encontra com cola nas duas faces do HDF movimentando-se entrar para a prensagem a frio e na imagem da direita está no processo de cura, devidamente protegido com um plástico protetor. Figura B.5 - Colocação de favo à esq., Prensagem e cura no buffer á dir. Edgeband & Drill Após estar concluído o tempo de cura dos painéis, a área onde passam todos os produtos no fluxo produtivo Lacquering &Print é a Edgeband & Drill, área responsável pelo acabamento lateral das peças e pela sua furação, pois aqui ficam concluídas estas duas operações. Os elementos aqui fabricados têm várias dimensões e cada referência tem o seu plano de furação, em relação à orla esta assumea cor final que se pretende dar ao painel. A Figura B.6, apresenta o layout da área da Edgeband & Drill, e, como se pode ver, existem duas linhas semelhantes “Edgeband & Drill Line 1” e “Edgeband & Drill Line 2”, em que o fabricante é o grupo alemão “Homag Group” e no seu lado direito, no sentido do fluxo pode-se ver a linha de nome “Edgeband & Drill Biesse), nome que deriva do seu fabricante italiano “Biesse Group”. Figura B.6 - Área Edgeband & Drill (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 53 As linhas apresentam diferenças técnicas, apesar do seu processo produtivo ser o mesmo. Essas diferenças técnicas têm a ver com o tipo de produto que se fabrica em cada uma delas, pois estas foram encomendadas aos fabricantes com uma série de requisitos, para atender aos diversos produtos para o qual foram desenhadas. Ao longo dos anos, estas linhas sofreram pequenas alterações com a incorporação de novos produtos e alteração da matéria-prima. Estas linhas de produção contam com um total de três orladoras e duas furadoras (exceção na linha da Biesse que conta com três), que dependendo do produto podem estar a processar material ou simplesmente em transporte. Têm um total de três cones (exceção na linha da Biesse que conta com dois) com a função de girar 90 graus, para que seja colocada a orla na face correta. Cada linha é composta também por uma máquina que divide o painel a meio chamada de “Splitter” e, logo de seguida, um equipamento que faz trocar as peças para que seja colocada a orla na face que sofreu o corte, vulgarmente chamada de “Swapper” ou “misturador”. Nos extremos temos equipamentos com sistema de ventosas a vácuo, normalmente chamadas de “Robot” que colocam os painéis no início da linha e os retiram da linha em paletes. Nas três linhas existem sistemas de monotorização da qualidade da orla e furação, sendo as peças NOK, retiradas por sistemas automáticos após a terceira orladora. É um processo automatizado, porém cada linha conta com uma equipa de operários que tem por responsabilidade controlar a qualidade e fazer ajustes caso necessário, também preparar set-up, abastecer os diversos tipos de cola e as orlas conforme a referência do produto e efetuar manutenção de 1º nível. Lacquering A área do Lacquering é a penúltima do fluxo Lacquering & Print. À imagem da área anterior, todo o fluxo referido, passa por esta área, e divide-se em material que apenas passa pelo transporte direto (diretamente para o Packing), sendo que o restante vai para o processo pintura, como se pode ver na Figura B.7. O Lacquering é constituído por duas linhas semelhantes, cada uma composta por diferentes equipamentos, que se irá detalhar de seguida. O processo de fabrico é rápido e contínuo, a carga e descarga dos painéis é assegurado pelos “Robot”, semelhantes aos da área da Edgeband & Drill. Os elementos são calibrados pela 1ª Calibradora, sendo de seguida aplicado filler e sealler. Após a sua secagem, são novamente lixados desta vez com lixas de grão inferior, e seguem para as próximas etapas, que, dependendo dos produtos, podem ter mais ou menos máquinas de pintura em funcionamento, sempre acompanhados de secagem rápida através da radiação UV. O controlo de qualidade é feito ao longo das linhas pelos operadores, sendo os produtos NOK retirados no controlo visual antes do Robot Out. Figura B.7 - Área Lacquering (fonte: IKEA Industry Portugal, 2020) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 54 ANEXO C: Softwares de registo e monotorização de indicadores de desempenho Os softwares que se utilizaram na presente dissertação para a obtenção dos dados de produção e registo de avarias são: Operator, OPC show, Qlikview e Maintmaster. Operator O Operator fornece uma solução de IT, criada para dar visibilidade às melhorias do processo de produção. O Operator dá uma visão geral completa do processo de fabricação pois monitoriza os processos, calcula KPI’s e notifica quando o processo se está a desviar do objetivo. O mesmo possui uma atualização imediata de status em tempo real, além de que pode fazer análises mais detalhadas (fonte: operatorsystems, 2020). Este software fornece uma ampla exibição de OEE, proporcionando uma vasta gama de benefícios operacionais e apoia nos esforços do aumento da eficácia dos equipamentos. Na IKEA Industry é utilizada a versão 5.1.00.035.1 do Operator, porém este software aborda muitos outros temas, tal como pode ser visualizado na Figura C.1. Figura C.1 - "What-is-Operator-Systems" (fonte: operatorsystems, 2020) O Operator pode também comunicar com outros softwares, como ilustra a Figura C.2. Figura C.2 - “Operator Production Optimizer” (fonte: operatorsystems, 2020) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 55 Na Figura C.3, pode-se ver a interface do Operator com o utilizador. É nesta interface que o operador justifica as paragens e/ou velocidade reduzida e atribui um código de paragem para posterior análise. Figura C.3 - Interface Operator “Uma fábrica sem uma exibição de métricas de produção é como um carro sem velocímetro! Você pode saber onde está, mas não tem ideia de quando vai chegar.” (Vorne, 2008) OPC Show O OPC Show, foi criado pelo departamento IT da IKEA Industry Portugal. A função é a de auxiliar no processo produtivo de cada linha de produção, permitindo a exibição de várias informações importantes como, por exemplo: exibição de mensagens (erro, informação, status), produto em produção, peças/min, quantidades de produto em falta, horas atuais, e um “gráfico de linha” ao longo de uma escala temporal definida (normalmente 9h de produção), no qual é exibida o indicador de desempenho multiplicado pelo índice de disponibilidade. A Figura C.4 apresenta a interface do OPC Show. Este software de exibição está em on-line com os dados do “Operator” e exibe de forma gráfica em monitores de grande dimensão colocados estrategicamente no meio de cada linha de produção. Figura C.4 - Interface OPC Show Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 56 QlikView “O QlikView possui uma tecnologia que diminui a necessidade de profissionais de TI, pois o software possui um mecanismo de inferência para cultivar associações nos dados automaticamente. A ferramenta consolida dados de várias fontes para fornecer dados centralizados para relatórios. O clique intuitivo nos painéis facilita a compreensão de tendências ocultas por profissionais que não são de TI. O aplicativo administra o acesso e o controlo do usuário por meio de uma gestão baseado na Web” (Software Advice, 2020). Este software na IKEA Industry é de grande utilidade, pois apoia todos os departamentos, quer na pesquisa como na obtenção de dados, filtros para deteção de problemas e seus relatórios. Através de páginas web, pode-se consultar a informação e até mesmo exportá-la para o Microsoft Office Excel para posterior análise. Existem, atualmente, 201 páginas web, divididas por categorias e atributos, cada uma com finalidades diferentes, que estão ligadas com outros softwares de apoio à IKEA Industry. A Figura C.5 apresenta um exemplo do que foi referido anteriormente. Figura C.5 - Interface Qlikview OEE dashboard Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 57 Maintmaster O software que o departamento de manutenção da IKEA Industry utiliza para a sua gestão interna é o Maintmaster. O sistema de manutenção adapta-se às necessidades e permite gerir todos os equipamentos e reportar todos os trabalhos efetuados pela equipa de manutenção, assim como programar tarefas de manutenção preventiva programada ou mesmo planeamento de intervenções corretivas.O software é bastante intuitivo e além de ter o registo dos diversos trabalhos também pode ser configurado de forma a conseguir obter relatórios avançados de forma rápida. A Figura C.6 apresenta a interface do Maintmaster. Figura C.6 - Interface do Maintmaster Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 58 ANEXO D: Ulrika Garbe OEE “In IKEA Industry we perceive all stops (planned or unplanned) during ordinary working time as losses. This means that stops like lunch break or a planned maintenance stop affects the OEE. There should be an urge to organize and optimize these events in such a way that the line is stopped as short time as possible. The only exceptions are R&D-trials or stops due to market reason (unplanned time), they do not affect OEE. Micro-stops are of course availability losses but here we have a challenge to capture all small stops. In an ideal world, we can measure and categorize all and include them in availability losses. However, those that are not detected because they are too short will affect the performance. The others will affect the availability. The best would be to categorize all these small stops, but it is not always possible for operators to notice what happened. We recommend putting reason code (other than micro stop) on all small stops. The micro-stop code cannot be used for stops longer than 120 s. We do not categorize the losses to be able to put responsibility to a single department. We think it is important to have correct codes and the units can themselves define sub-codes, but often departments need to work together to solve problems.” Ulrika Garbe, Senior Project leader 26-05-2020 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 59 ANEXO E: Name Plate Capacity (NPC) O NPC representa a saída máxima de uma linha de produção e há, em teoria, inúmeras maneiras de defini-la: Saída máxima de acordo com o contratado; Saída máxima conhecida em equipamentos semelhantes. Máxima saída conhecida no equipamento específico. Produção calculada teórica. Objetivo de saída. A IKEA Industry decidiu usar a produção máxima de acordo com o contratado (contrato entre a empresa e o fornecedor para a linha de máquinas específicas) (Garbe, 2020). O NPC não está só relacionado com a cadência de uma linha de produção, mas também inclui outro fator relacionado com a largura e comprimento da máquina que podem ser usados conforme a Figura E.1, ou seja, a taxa de enchimento. A velocidade máxima de uma linha de produção é definida no contrato, mas nem sempre se conhece a distância mínima entre as peças, e quando se desconhece essas informações dos fornecedores de máquinas, a equipa de produção terá de efetuar testes e definir. Figura E.1 - Linhas de produção IKEA Industry (fonte: Garbe, 2020) A possibilidade de utilizar a largura de trabalho varia dependendo do produto. Quando for possível encaixar dois ou mais produtos próximos um do outro, isso deve ser feito, mas a perda que aparece quando não há espaço para mais produtos não deve ser incluída no cálculo. Essa abordagem facilitará a comparação do OEE do dia a dia, mas precisamos definir o NPC para cada produto. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 60 ANEXO F: Gráficos e Tabelas OEE Genax 1 Figura F.1 - OEE Genax 1 equipa A Figura F.2 - OEE Genax 1 equipa B Figura F.3 - OEE Genax 1 equipa C 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 61 Figura F.4 - Índice de Performance Genax 1 WK38-Wk11 118.14% 118.11% 116.49% 114.28% 111.40% 110.87% 110.02% 107.49% 106.86% 100.60% 99.02% 98.85% 97.45% 96.30% 95.80% 95.60% 95.39% 93.29% 92.71% 91.70% 91.20% 89.78% 84.80% 82.45% 81.67% 81.17% 80.45% 80.37% 80.35% 79.95% 79.94% 79.52% 79.45% 79.42% 77.03% 75.68% 75.14% 74.40% 73.78% 71.35% 70.95% 66.80% 66.71% 64.53% 0.00% 20.00% 40.00% 60.00% 80.00% 100.00% 120.00% 140.00% KALLAX SU 147X147 WHITE BOX1 KALLAX SU 112X147 BB BOX1 KALLAX SU 112X147 WHITE BOX1 PAHL ADD UT 64X39 WHITE/GREEN PAHL DSK TP SHLF 64X60 WH/GRN KALLAX SU 147X147 BKBN BOX1 KALLAX SU 182X182 WHITE BOX1 KALLAX SU 182X182 BB BOX1 PAHL DESK TOP 96X58 WHITE PAHL DESK TOP 128X58 WHITE KALLAX SU 77X42 WHITE KALLAX SU 77X42 BLACK-BROWN MICKE ADD-ON UN HI 105X65 WH MICKE ADD-ON UN HI 105X65 BKBN MICKE DESK 73X50 BKBN KALLAX SU 42X42 WHITE MICKE DESK 73X50 WH KALLAX SU 77X77 BLACK-BROWN KALLAX SU 77X77 WHITE MICKE DRW 35X75 BKBN AP MICKE DESK 73X50 BKBN AP MICKE DRAWER UN 35X75 WHITE KALLAX SU 77X147 BLACK-BROWN KALLAX SU 77X147 WHITE KALLAX SU 42X147 WHITE KALLAX SU 112X147 BB BOX2 MICKE DESK 142X50 WH MICKE DESK 142X50 BKBN AP MICKE DRAWER UN 35X75 BKBN MICKE DESK 142X50 BKBN MICKE DESK 142X50 WH AP KALLAX SU 147X147 BKBN BOX2 KALLAX SU 42X147 BLACK-BROWN KALLAX SU 112X147 WHITE BOX2 KALLAX SU 147X147 WHITE BOX2 LACK N TV BNCH 149X55X35 WHITE LACK TV 149X55X35 BLACK-BROWN KALLAX SU 182X182 BB BOX3/4 KALLAX SU 182X182 WHITE BOX3/4 MICKE ADD-ON 105X65 BKBN AP LACK NN CFF TBL 118X78 WHITE KALLAX SU 182X182 WHITE BOX2 KALLAX SU 182X182 BB BOX2 LACK CT 118X78X45 BLACK-BROWN Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 62 Tabela F.1 - NPC/referência Genax 1 Referência NPC (Caixas/minuto) Kallax SU 112x147 BB Box2 8 Kallax SU 112x147 white Box2 8 Kallax SU 147x147 BkBn Box2 8 Kallax SU 147x147 White Box2 8 Kallax SU 182x182 BB Box2 8 Kallax SU 182x182 BB Box3/4 8 Kallax SU 182x182 White Box2 8 Kallax SU 182x182 White Box3/4 8 KALLAX SU 42x147 Black-Brown 8 Kallax SU 42x147 White 8 Kallax SU 42x42 Black-Brown 8 Kallax SU 42x42 White 8 Kallax SU 77x147 Black-Brown 8 Kallax SU 77x147 White 8 Kallax SU 77x42 Black-Brown 8 Kallax SU 77x42 White 8 Kallax SU 77x77 Black-Brown 8 Kallax SU 77x77 White 8 LACK CT 118x78x45 Black-Brown 8 LACK N TV bnch 149x55x35 white 8 LACK NN cff tbl 118x78 white 8 LACK TV 149x55x35 Black-Brown 8 Micke add-on 105x65 BkBn AP 8 Micke Desk 105x50 Wh 8 MICKE desk 142x50 BkBn 8 Micke desk 142x50 BkBn AP 8 Micke Desk 142x50 Wh 8 Micke desk 142x50 Wh AP 8 MICKE desk 73x50 BkBn 8 Micke desk 73x50 BkBn AP 8 Micke Desk 73x50 Wh 8 MICKE Drawer Un 35x75 BkBn 8 Micke Drawer Un 35x75 White 8 Micke drw 35x75 BkBn AP 8 Micke Add-On Un Hi 105x65 BkBn 6 Micke Add-On Un Hi 105x65 WH 6 PAHL add ut 64x39 white/green 6 PAHL desk top 128x58 white 6 PAHL desk top 96x58 white 6 PAHL dsk tp shlf 64x60 wh/grn 6 Kallax SU 112x147 BB Box1 4 Kallax SU 112x147 white Box1 4 Kallax SU 147x147 BkBn Box1 4 Kallax SU 147x147 White Box1 4 Kallax SU 182x182 BB Box1 2.3 Kallax SU 182x182 White Box1 2.3 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 63 ANEXO G: Gráficos e Tabelas OEE Genax 2 Figura G.1 - Desempenho real e objetivo desempenho IKEA – Genax 2 Figura G.2 - Disponibilidade real e objetivo disponibilidade IKEA– Genax 2 Figura G.3 - OEE real e objetivo OEE IKEA– Genax 2 Tabela G.1 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 2 Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Diferença média em relação ao objetivo -4,1% -0,3% -1,1% -4,9% 80.00% 85.00% 90.00% 95.00% 100.00% Desempenho (%) Meta Desempenho Genax (%) 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% Disponibilidade (%) Meta Disponibilidade Genax(%) 60.00% 70.00% 80.00% 90.00% 100.00% OEE (%) Meta OEE Genax (%) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 64 Figura G.4 - OEE Genax 2 equipa A Figura G.5 - OEE Genax 2 equipa B Figura G.6 - OEE Genax 2 equipa C 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 65 Tabela G.2 - Comparativo com os objetivos propostos pela IKEA Genax 2 W38-WK11 Equipa A Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Média das medições 80,79% 91,96% 99,07% 73,63% Objetivo proposto pela IKEA 84,60% 92,80% 100% 78,40% Diferença em relação ao objetivo -3,81% -0,84% -0,93% -4,77% Equipa B Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Média das medições 81,14% 94,46% 98,83% 75,78% Objetivo proposto pela IKEA 84,60% 92,80% 100% 78,40% Diferença em relação ao objetivo -3,46% 1,66% -1,17% -2,62% Equipa C Disponibilidade (%) Desempenho (%) Qualidade (%) OEE (%) Média das medições 79,57% 90,59% 98,34% 70,97% Objetivo proposto pela IKEA 84,60% 92,80% 100% 78,40% Diferença em relação ao objetivo -5,03% -2,21% -1,66% -7,43% Figura G.7 - Índice de Performance Genax 2 WK38-Wk11 117.80% 113.50% 112.40% 111.80% 105.20% 102.20% 98.85% 98.80% 98.74% 98.07% 97.30% 96.11% 95.87% 95.60% 94.16% 91.75% 89.18% 89.15% 88.79% 88.78% 87.10% 85.04% 84.75% 84.75% 84.55% 83.37% 80.62% 80.49% 79.27% 77.23% 77.16% 76.63% 75.57% 74.55% 72.25% 69.82% 69.54% 58.93% 0.00% 20.00% 40.00% 60.00% 80.00% 100.00% 120.00% 140.00% PAHL DESK TOP 96X58 WHITE PAHL ADD UT 64X39 WHITE/GREEN PAHL DSK TP SHLF 64X60 WH/GRN PAHL DESK TOP 128X58 WHITE MICKE ADD-ON UN HI 105X65 WH KALLAX SU 77X42 BLACK-BROWN KALLAX SU 77X42 WHITE KALLAX SU 42X42 BLACK-BROWN MICKE DESK 73X50 BKBN MICKE ADD-ON UN HI 105X65 BKBN MICKE DESK 73X50 WH KALLAX SU 42X42 WHITE KALLAX SU 77X77 BLACK-BROWN KALLAX SU 77X77 WHITE MICKE DRAWER UN 35X75 WHITE MICKE DRW 35X75 BKBN AP MICKE DRAWER UN 35X75 BKBN MICKE DESK 105X50 WH MICKE DESK 105X50 BKBN AP KALLAX SU 42X147 BLACK-BROWN KALLAX SU 42X147 WHITE MICKE DESK 142X50 WH MICKE DESK 142X50 BKBN MICKE DESK 105X50 BLACK-BROWN KALLAX SU 77X147 BLACK-BROWN KALLAX SU 77X147 WHITE KALLAX SU 112X147 WHITE BOX2 MICKE DESK 142X50 BKBN AP MICKE DESK 142X50 WH AP MICKE ADD-ON 105X65 BKBN AP LACK TV 149X55X35 BLACK-BROWN LACK CT 118X78X45 BLACK-BROWN KALLAX SU 147X147 WHITE BOX2 KALLAX SU 182X182 WHITE BOX3/4 KALLAX SU 112X147 BB BOX2 KALLAX SU 182X182 WHITE BOX2 LACK NN CFF TBL 118X78 WHITE KALLAX SU 182X182 BB BOX3/4 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 66 Tabela G.3 - NPC/referência Genax 2 Referência NPC (Caixas/minuto) Kallax SU 112x147 BB Box2 8 Kallax SU 112x147 white Box2 8 Kallax SU 147x147 White Box2 8 Kallax SU 182x182 BB Box3/4 8 Kallax SU 182x182 White Box2 8 Kallax SU 182x182 White Box3/4 8 KALLAX SU 42x147 Black-Brown 8 Kallax SU 42x147 White 8 Kallax SU 42x42 Black-Brown 8 Kallax SU 42x42 White 8 Kallax SU 77x147 Black-Brown 8 Kallax SU 77x147 White 8 Kallax SU 77x42 Black-Brown 8 Kallax SU 77x42 White 8 Kallax SU 77x77 Black-Brown 8 Kallax SU 77x77 White 8 LACK CT 118x78x45 Black-Brown 8 LACK NN cff tbl 118x78 white 8 LACK TV 149x55x35 Black-Brown 8 Micke add-on 105x65 BkBn AP 8 Micke desk 105x50 BkBn AP 8 MICKE desk 105x50 black-brown 8 Micke Desk 105x50 Wh 8 MICKE desk 142x50 BkBn 8 Micke desk 142x50 BkBn AP 8 Micke Desk 142x50 Wh 8 Micke desk 142x50 Wh AP 8 MICKE desk 73x50 BkBn 8 Micke desk 73x50 BkBn AP 8 Micke Desk 73x50 Wh 8 MICKE Drawer Un 35x75 BkBn 8 Micke Drawer Un 35x75 White 8 Micke drw 35x75 BkBn AP 8 Micke Add-On Un Hi 105x65 BkBn 6 Micke Add-On Un Hi 105x65 WH 6 PAHL add ut 64x39 white/green 6 PAHL desk top 128x58 white 6 PAHL desk top 96x58 white 6 PAHL dsk tp shlf 64x60 wh/grn 6 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 67 Figura G.8 - Perdas de disponibilidade Genax 2 WK38-Wk11 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 68 ANEXO H: Plano de Ações “Aumento do OEE nas linhas Genax” GENAX IN Semana SEGURANÇA LOTO Bloquear as fontes de energia da zona onde vamos intervir de acordo com a instrução LOTO. Luvas de alta temperatura Uso obrigatório de luvas de proteção na realização das tarefas que envolvam contacto em zonas com temperaturas elevadas. Boné de proteção Uso obrigatório de boné de proteção nas manutenções no interior das máquinas. Luvas de proteção química Uso obrigatório de luvas de proteção química nas operações de limpeza que exijam a utilização de produtos químicos. Luvas de proteção mecânica Uso obrigatório de luvas de proteção mecânica na realização de intervenções nas máquinas onde possa existir choque com objetos. Luvas de proteção anti corte Uso obrigatório de luvas de proteção anti corte na realização de intervenções nas máquinas onde possa existir contacto com elementos cortantes. Óculos de proteção Uso de óculos de proteção aquando da utilização de ar comprimido para a limpeza das máquinas. FERRAMENTAS As ferramentas necessárias para a realização das tarefas encontram-se no carrinho de ferramentas da manutenção 1º nível. Tarefa Frequência Tempo previsto Descrição tarefa Data Executante A Semanal 30 min Limpeza da estrutura inferior e superior no que diz respeito aos fios provenientes de restos de cola, pó, etc. B Semanal 30 min Limpeza da cola nos tubos, retirar os bicos das ventosas e limpá-los interiormente, limpeza da tubagem das ventosas e substituição das ventosas, se necessário. C Semanal 30 min Limpeza da cola nos rolos e cilindros de colagem das caixas na parte inferior. D Semanal 30 min Limpeza da área envolvente da máquina quanto a lixo e pó incluindo o indexador, pórtico, grades, chão, cuba da cola, abastecedor automático, etc. Figura H.1 - MN1 Genax IN/ L1 e L2 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 69 GENAX OUT Semana SEGURANÇA LOTO Bloquear as fontes de energia da zona onde vamos intervir de acordo com a instrução LOTO. Luvas de alta temperatura Uso obrigatório de luvas de proteção na realização das tarefas que envolvam contacto em zonas com temperaturas elevadas. Boné de proteção Uso obrigatório de boné de proteção nas manutenções no interior das máquinas. Luvas de proteção química Uso obrigatório de luvas de proteção química nas operações de limpeza que exijam a utilização de produtos químicos. Luvas de proteção mecânica Uso obrigatório de luvas de proteção mecânica na realização de intervenções nas máquinas onde possa existir choque com objetos. Luvas de proteção anti corte Uso obrigatório de luvas de proteção anti corte na realização de intervenções nas máquinas onde possa existir contacto com elementos cortantes. Óculos de proteção Uso de óculos de proteção aquando da utilização de ar comprimido para a limpeza das máquinas. FERRAMENTAS As ferramentas necessárias para a realização das tarefas encontram-se no carrinho de ferramentas da manutenção 1º nível. Tarefa Frequência Tempo previsto Descrição tarefa Data Executante A Semanal 30 min Limpeza das etiquetas de todas as impressoras coladas nos rolos desde a 1ª impressoraantes da máquina até à entrada. B Semanal 30 min Limpeza da cola dos rolos, estrutura inferior e injetores da cola no tapete M3 e M4. C Semanal 30 min Limpeza da cola na estrutura superior e nas guias inferiores e superiores dos tapetes M3 e M4. Limpar a cola nas rodas pressoras superiores na saída para o M5. D Semanal 30 min Limpeza da cola nos rolos e estrutura do tapete M6A. E Semanal 30 min Limpeza dos rolos pressores laterais do tapete M6A. F Semanal 30 min Limpeza dos rolos pressores superiores do tapete M6A. Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 70 G Semanal 30 min Limpeza da cola escorrida nos injetores da 2ª estação, assim como a zona envolvente, tinas e restos de cola branca. H Semanal 30 min Limpeza da área envolvente da máquina quanto a lixo e pó incluindo a estrutura da máquina, grades, chão, cuba da cola, abastecedor automático, etc. Notas: Figura H.2 - MN1 Genax OUT / L1 e L2 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 71 BIELE Semana SEGURANÇA LOTO Bloquear as fontes de energia da zona onde vamos intervir de acordo com a instrução LOTO. Luvas de alta temperatura Uso obrigatório de luvas de proteção na realização das tarefas que envolvam contacto em zonas com temperaturas elevadas. Boné de proteção Uso obrigatório de boné de proteção nas manutenções no interior das máquinas. Luvas de proteção química Uso obrigatório de luvas de proteção química nas operações de limpeza que exijam a utilização de produtos químicos. Luvas de proteção mecânica Uso obrigatório de luvas de proteção mecânica na realização de intervenções nas máquinas onde possa existir choque com objetos. Luvas de proteção anti corte Uso obrigatório de luvas de proteção anti corte na realização de intervenções nas máquinas onde possa existir contacto com elementos cortantes. Óculos de proteção Uso de óculos de proteção aquando da utilização de ar comprimido para a limpeza das máquinas. FERRAMENTAS As ferramentas necessárias para a realização das tarefas encontram-se no carrinho de ferramentas da manutenção 1º nível. Tarefa Frequência Tempo previsto Descrição tarefa Data Executante A Semanal 30 min Limpeza da área envolvente da máquina quanto a lixo, pó, restos de paletes, restos de filme incluindo também as duas Octomecas. Limpar com Spray P290 as guias dos cantos da Octomeca Horizontal na zona onde ocorre a travagem de cada canto. B Semanal 30 min Limpeza de todos os rolos no interior da Biele onde passam as caixas quanto a restos de cola e etiquetas coladas Limpeza de todos os rolos no interior da Biele onde passam as caixas quanto a restos de cola e etiquetas coladas Limpeza de todos os rolos no interior da Biele onde passam as caixas quanto a restos de cola e etiquetas coladas. Figura H.3 - MN1 Biele Genax / L1 e L2 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 72 Tabela H.1 - Formação M1N Tarefa (Linha/Secção/Tarefa) Responsável da tarefa Responsável pela formação Tabela H.2 - Quadro de registo por linha das M1N Linha Secção Tarefa Responsável Periodicidade Última intervenção Observações GENAX 1 GENAX IN A (30 min) semanal B (30 min) semanal C (30 min) semanal D (30 min) semanal GENAX OUT A (30 min) semanal B (30 min) semanal C (30 min) semanal D (30 min) semanal E (30 min) semanal F (30 min) semanal G (30 min) semanal H (30 min) semanal Biele A (30 min) semanal B (30 min) semanal Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 73 Figura H.4 - Template WES Figura H.5 - Template SOS Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 74 ANEXO I: Impressos de registo de Paletes NOK IN Figura I.1 - Impresso de registo de Paletes NOK IN Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 75 Figura I.2 - Impresso de registo de Paletes NOK acompanhamento Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 76 ANEXO J: Gráficos e Tabelas Embalamento NOK Genax 2 Figura J.1 - Percentagem de paletes Nok Genax 2 Figura J.2 - Percentagem de paletes rejeitadas por equipa Genax 2 Figura J.3 - Percentagem de paletes rejeitadas por equipa Genax 2 0.00% 0.50% 1.00% 1.50% 2.00% 2.50% 3.00% 3.50% wk03 wk04 wk05 wk06 wk07 wk08 wk09 wk10 wk11 wk12 wk13 wk14 wk15 wk16 23% 44% 33% A B C 48% 49% 3% Kallax Micke Pahl Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 77 Figura J.4 - Percentagem de referências embaladas Genax 2 Figura J.5 - Defeitos mais relevantes c/ top 5 referências com mais ocorrências Genax 2 0.00% 5.00% 10.00% 15.00% 20.00% 25.00% 30.00% 35.00% 40.00% 45.00% 50.00% KALLAX MICKE PÅHL Top NOK Cantoneiras NOK Filme Nok Palete / embalagem NOK 0 50 100 150 KALLAX SU 77x147 black-brown MICKE desk 105x50 black-brown KALLAX SU 42x42 white MICKE desk 105x50 white KALLAX SU 77x42 black-brown Número paletes "Cantoneiras Nok" 0 5 10 15 20 25 30 MICKE desk 73x50 white PÅHL desk top 96x58 white KALLAX SU 77x147 white MICKE desk 105x50 white MICKE desk 105x50 black-brown Número paletes "Top Nok" 0 5 10 15 KALLAX SU 77x77 white KALLAX SU 42x147 black-brown MICKE desk 105x50 black-brown KALLAX SU 77x147 white MICKE desk 105x50 white Número paletes "Filme Nok" 0 5 10 15 20 KALLAX SU 77x42 white PÅHL desk top 96x58 white MICKE desk 105x50 black-brown KALLAX SU 77x77 white MICKE desk 105x50 white Número paletes "Palete/Embalagem NOK" Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 78 Figura J.6 - Principais defeitos por gama de produtos Genax 2 0.00% 2.00% 4.00% 6.00% 8.00% 10.00% 12.00% 14.00% 16.00% 18.00% 20.00% PAHL add ut 64x39 white/green PAHL dsk tp shlf 64x60 wh/grn Micke desk 142x50 BkBn AP Kallax SU 42x42 Black-Brown Micke add-on 105x65 BkBn AP Micke Drawer Un 35x75 White PAHL desk top 128x58 white Kallax SU 77x77 Black-Brown Kallax SU 182x182 BB Box3/4 Kallax SU 42x147 White Kallax SU 77x42 Black-Brown Micke Desk 142x50 Wh Micke Add-On Un Hi 105x65 BkBn Kallax SU 42x42 White KALLAX SU 42x147 Black-Brown Kallax SU 182x182 White Box2 PAHL desk top 96x58 white Micke Add-On Un Hi 105x65 WH MICKE desk 142x50 BkBn Kallax SU 77x147 Black-Brown Micke Desk 73x50 Wh Kallax SU 77x77 White Kallax SU 77x42 White Kallax SU 182x182 White Box3/4 Kallax SU 77x147 White MICKE desk 105x50 black-brown Micke Desk 105x50 Wh Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 79 ANEXO K: Manutenção Preventiva linhas Genax Tabela K.1 - Periocidade Manutenção Preventiva linhas Genax Documento / Máquina Frequência Tempo 1 – Genax IN Mensal 15 Minutos 1 – Genax IN Semestral 40 Minutos 1 – Genax IN Anual 530 Minutos 2 – Tapetes Anual 105 Minutos 3 – Impressora Logopak Anual 105 Minutos 4 – Genax OUT Mensal 110 Minutos 4 – Genax OUT Anual 725 Minutos 5 - Impressora Logopak Anual 105 Minutos 6 – Aplicador Etiquetas Anual 105 Minutos 7 – Sistema de Casamentos* Anual 210 Minutos 8 – Biele Mensal 90 Minutos 8 – Biele Semestral 210 Minutos 8 – Biele Anual 265 Minutos 9 – Octomeca Vertical Semestral 40 Minutos 9 – Octomeca Vertical Anual 180 Minutos 10 – Octomeca Horizontal Semestral 140 Minutos 10 – Octomeca Horizontal Anual 200 Minutos 11 – Impressora Logopak Anual105 Minutos * Aplicável apenas na Genax 1 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 80 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 1 – Genax IN + Pórtico U2000256 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Mensal Verificar as correias, polias e veios do M2 5 Minutos C0203407 2 Verificar as correias e polias do M1 5 Minutos C0200030 1 Verificação do estado das ventosas e válvulas geradoras de vácuo do pórtico 10 Minutos C9011120 12 Verificar o estado dos tubos de vácuo e ventosas dos cubos 10 Minutos C0212111 C0220452 8 Verificar se existe perda de cola pelos injetores e consequente queda da mesma 5 Minutos C0215767R 8 Semestral Limpeza / Substituição dos válvulas geradoras de vácuo 20 Minutos C0212117 C0215016 8 8 Verificar o estado do controlo manual das electroválvulas assim como o seu funcionamento 10 Minutos C0210798 C0210794 C0203456 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 81 Anual Substituir os rolamentos e correias do M3 180 Minutos C0203404 C0207342 2 12 Calibração total da máquina 240 Minutos Verificação das polias, correias, cremalheira e alinhamento do anexador de caixas 20 Minutos Verificação e lubrificação dos rolamentos e guias lineares do pórtico de entrada no eixo Y e Z 20 Minutos C0218611 C0208599 C0215359 4 2 4 Verificação da roda dentada e cremalheira do eixo Y do pórtico 10 Minutos Verificação do estado da correia de elevação do pórtico no eixo Z 10 Minutos Verificar aperto da estrutura do pórtico 20 Minutos Limpeza do quadro elétrico 20 Minutos Limpeza anual da cuba efetuado por trabalho externo Semanal efetuado pela produção Limpeza total á máquina incluindo restos de cola nos cubos, cilindros, parte inferior da máquina, estrutura, chão entre outros 240 Minutos Tabela K.2 - Plano de manutenção preventiva - Genax IN +Pórtico Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 82 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 2 – Tapetes Transporte U2000257 U2000258 U2000259 U2000260 U2000261 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Anual Verificar o desgaste e a tensão das correias / correntes 30 Minutos Inspecionar os rolos quanto ao desgaste e aperto 20 Minutos Verificar o alinhamento das guias quando aplicável 10 Minutos Lubrificar guias, chumaceiras e rolamento quando aplicável 30 Minutos Verificação da tela de transporte quando aplicável 10 Minutos Verificação do moto redutor 5 Minutos Tabela K.3 - Plano de manutenção preventiva - Tapetes de transporte Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 83 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 3 – Impressora Logopak Frontal 510 F90 U2000361 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Anual Verificar o estado dos rolos do sistema de tração do papel e do “ribbon” 10 Minutos Verificar o estado das correias do sistema de tração do papel e do “ribbon” 30 Minutos Verificar sistema de elevação se aplicável 15 Minutos Limpar quadro elétrico 30 Minutos Verificar cilindros de aplicação e ajustes se aplicável 20 Minutos Tabela K.4 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Logopak Frontal 510 F90 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 84 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 4 – Genax OUT U2000262 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Mensal Verificação do estado das ventosas 10 Minutos C0214393 C0210617 8 8 Verificação do aperto dos cilindros que centram os tampos 10 Minutos C0216528 2 Verificação das correias pretas de deslocamento horizontal das caixas 20 Minutos C0203214 36 Verificação de eventuais fugas de cola pelos injetores 10 Minutos Verificação do estado das rodas brancas pressoras 20 Minutos Verificação da correia verde e rolos do M6A 20 Minutos Verificação das correias de movimento das ventosas 10 Minutos Verificação do aperto dos cilindros e das forquilhas de baixar / subir o prato das ventosas 10 Minutos Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 85 Anual Substituir se necessário todas as correias pretas de movimento horizontal das caixas 240 Minutos C0203214 36 Verificação das caixas de rolamentos das correias de movimento dos grupos de ventosas 240 Minutos C0206613 C0206612 2 2 Verificar desgaste e aperto dos rolos do transporte 60 Minutos C0218816 150+/- Verificar e lubrificar as chumaceiras, apoios e veios 40 Minutos Limpar e lubrificar as guias 20 Minutos Verificar o alinhamento das paralelas 20 Minutos Substituir a correia mais a polia do M9 30 Minutos Verificar o desgaste e a tensão das correias / correntes 30 Minutos Verificação do moto redutor dos tapetes 5 Minutos Verificar aperto da estrutura do pórtico 20 Minutos Limpeza do quadro elétrico 20 Minutos Limpeza anual da cuba efetuado por trabalho externo Semanal efetuado pela produção Limpeza total á máquina incluindo restos de cola nos cilindros, parte inferior da máquina, estrutura, rodas e rolos pressores, chão entre outros 240 Minutos Tabela K.5 - Plano de manutenção preventiva – Genax OUT Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 86 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 5 – Impressora Logopak Lateral 510 TM U2000364 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Anual Verificar o estado dos rolos do sistema de tração do papel e do ribbon 10 Minutos Verificar o estado das correias do sistema de tração do papel e do ribbon 30 Minutos Verificar sistema de elevação se aplicável 15 Minutos Limpar quadro elétrico 30 Minutos Verificar cilindros de aplicação e ajustes se aplicável 20 Minutos Tabela K.6 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Logopak Lateral 510 TM Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 87 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 6 – Impressora Etiquetas Domino T60 U2000999 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Anual Verificar o estado dos rolos do sistema de tração do papel e do ribbon 10 Minutos Verificar o estado das correias do sistema de tração do papel e do ribbon 30 Minutos Verificar sistema de elevação se aplicável 15 Minutos Limpar quadro elétrico 30 Minutos Verificar cilindros de aplicação e ajustes se aplicável 20 Minutos Tabela K.7 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Etiquetas Domino T60 Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 88 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 7 – Sistema Casamentos simples U2000366 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Anual Verificar o estado das rodas “cor de laranja” 10 Minutos Verificar o motor de movimento das ventosas / rolos / correntes e seus rolamentos 30 Minutos Verificação do estado das ventosas e efetuar limpeza aos válvulas geradoras de vácuo 60 Minutos Verificar o desgaste e a tensão das correias / correntes dos tapetes 30 Minutos Inspecionar os rolos quanto ao desgaste e aperto dostapetes 20 Minutos Lubrificar guias, chumaceiras e rolamento quando aplicável 30 Minutos Limpeza do quadro elétrico 30 Minutos Mensal efetuado pela produção Limpeza total á máquina nomeadamente restos de madeira e pó 60 Minutos Tabela K.8 - Plano de manutenção preventiva - Sistema Casamentos simples Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 89 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 8 – Biele + Pal – Cut + Robot Kuka + Conveyor’s U202000408 U2000263 U202000411 U202000412 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Mensal Verificação das ventosas / veios e molas do Robot 60 Minutos C0219578 C0219579 C0219580 C0214457 C9005470 C9011125 Verificação do estado / desgaste da lâmina de corte de papel da Pal-Cut 10 Minutos Verificação do estado dos tubos pneumáticos 10 Minutos Verificação dos apalpadores do robot 10 Minutos Semestral Limpeza dos válvulas geradoras de vácuo e substituir os filtros se necessário 180 Minutos Verificar aperto do “gripper” do robot 10 Minutos Verificação dos cabos / lagartas / estrutura do robot 20 Minutos Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 90 Anual Verificação do estado / desgaste das rodas dentadas da centragem dos tapetes 10 Minutos Verificar e lubrificar chumaceiras e apoios Verificar o desgaste e a tensão das correias / correntes dos tapetes 30 Minutos Inspecionar os rolos quanto ao desgaste e aperto dos tapetes 20 Minutos Verificar o alinhamento das guias quando aplicável 10 Minutos Verificação do moto redutor dos tapetes 5 Minutos Verificação do estado das rodas de nylon do pórtico de tampos 10 Minutos Verificação do estado das ventosas e limpeza dos válvulas geradoras de vácuo do pórtico de tampos 10 Minutos Verificação do estado das correias subir / descer / esquerda / direita do pórtico de tampos 10 Minutos Verificação geral ao dispensador de paletes quanto ao garfos, desgaste, cremalheiras (se aplicável), lubrificação de chumaceiras e rolamentos, correntes (se aplicável), cilindros pneumáticos, motores e sistema hidráulico (se aplicável) 60 Minutos Verificação do estado das correias e tensão da Pal –Cut 20 Minutos Verificação do estado / desgaste das rodas de nylon da Pal - Cut 10 Minutos Verificar estado / desgaste dos rolos da Pal – Cut 10 Minutos Limpeza dos quadros elétricos (Pal – Cut, Robot, Biele) 60 minutos Semanal efetuado pela produção Limpeza total á máquina nomeadamente restos de madeira, papel, cartão e pó 60 Minutos Tabela K.9 - Plano de manutenção preventiva – Máquina Biele Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 91 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 9 – Octomeca Vertical U202000410 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Semestral Limpar as calhas de passagem de energia na zona móvel 30 Minutos Verificação do estado dos contactos do pente das escovas 10 Minutos C0214648 Anual Verificar o estado de todas as correias e a tensão das mesmas 20 Minutos Verificação de todos os rolos de passagem do filme 20 Minutos Verificar os cones em nylon da centragem dos rolos de filme 10 Minutos Verificação e lubrificação das chumaceiras e apoios existentes 60 Minutos Verificar o desgaste e a tensão das correias / correntes 30 Minutos Inspecionar os rolos quanto ao desgaste e aperto 20 Minutos Limpeza do quadro elétrico 20 Minutos Tabela K.10 - Plano de manutenção preventiva - Octomeca Vertical Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 92 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 10 – Octomeca Horizontal U202000409 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Semestral Lubrificação das guias lineares 20 Minutos Verificação dos amortecedores de rotação dos cantos em ambos os sentidos 30 Minutos C0219482 8 Limpar as calhas de passagem de energia na zona móvel 30 Minutos Verificação do estado dos contactos do pente das escovas 10 Minutos C0209925 1 Verificação da roda dentada de nylon de rotação do braço do filme 10 Minutos Verificação do estado das ventosas dos cantos e substituir se houver necessidade 10 Minutos Verificação das rodas estabilizadoras da torre no eixo Z 30 Minutos Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 93 Anual Verificar e substituir se necessário dos batentes de travagem dos cantos, limpando bem a borracha que fica na guia linear 20 Minutos C0219078 4 Substituir todos os anos nesta preventiva o batente de travagem que fica na placa de compressão, pois, ganha muita sujidade e deteriora o rolamento linear que também terá que ser mudado se assim o justificar 30 Minutos C0219078 1 Verificação dos cones em nylon da centragem do filme C0219343 2 Substituição das correias de elevação da placa de compressão 60 Minutos C9003573 2 Verificar o desgaste e a tensão das correias / correntes 20 Minutos Inspecionar os rolos quanto ao desgaste e aperto 20 Minutos Lubrificar guias, chumaceiras e rolamento 30 Minutos Limpeza do quadro elétrico 20 Minutos Tabela K.11 - Plano de manutenção preventiva - Octomeca Horizontal Aumento da eficiência global de um equipamento (OEE) numa indústria de mobiliário 94 Manutenção - BOF Plano de manutenção preventiva 11 – Impressora Logopak Frontal / Lateral 920III PFR U2000365 Frequência Tarefa a desempenhar Nº Horas Previsto Código Harmonizado Qt. Nº BMS Anual Verificar o estado dos rolos do sistema de tração do papel e do ribbon 10 Minutos Verificar o estado das correias do sistema de tração do papel e do ribbon 30 Minutos Verificar sistema de elevação se aplicável 15 Minutos Limpar quadro elétrico 30 Minutos Verificar cilindros de aplicação e ajustes se aplicável 20 Minutos Tabela K.12 - Plano de manutenção preventiva - Impressora Logopak Frontal