Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A IMPORTÂNCIA DO SIG NA GESTÃO DE BAIRROS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR -MA THE IMPORTANCE OF GIS IN NEIGHBORHOOD MANAGEMENT IN THE MUNICIPALITY OF SÃO JOSÉ DE RIBAMAR -MA Julio César Oliveira, Téc. Instituto 11Elo/Brazil juliocesaroliveira2@gmail.com RESUMO Este estudo pretende ressaltar a importância do sistema de informações geográficas (SIG) e suas contribuições para a análise do crescimento e organização dos recém oficializados bairros do município de São José de Ribamar, localizado no Estado do Maranhão. A organização e modernização da gestão municipal não pode abster-se do uso das tecnologias e, de fato, não é mais viável que as decisões administrativas acerca dos vários elementos dinâmicos responsáveis pelo crescimento das áreas urbanas e rurais sejam gerenciados sem o uso das ferramentas tecnológicas de análise espacial. Este estudo enfatizou o estudo de caso deste município, utilizando dados de recente implantação de um sistema SIG, um dos elementos de modernização da gestão municipal, dentre eles, a reconfiguração e oficialização dos bairros. Para o estudo, foram levantadas algumas questões acerca das problemáticas resultantes da falta de uma sólida e eficaz metodologia de gerenciamento do crescimento urbano e estudos sobre o cenário de recente implantação de ferramenta de análise do espaço municipal, fazendo uso do banco de dados do geoprocessamento municipal, comparando as diversas características entre a reorganização dos bairros em detrimento dos loteamentos existentes. A seguir, são analisadas informações, singularidades e resultados da reformulação territorial naquele município. Palavras-chave: SIG; Município; Bairros; Gestão Municipal. ABSTRACT This study intends to emphasize the importance of the geographic information system (GIS) and its contributions to the analysis of the growth and organization of the newly officialized neighborhoods in the municipality of São José de Ribamar, located in the State of Maranhão. The organization and modernization of municipal management cannot refrain from using technologies and, in fact, it is no longer viable that administrative decisions about the various dynamic elements responsible for the growth of urban and rural areas are managed without the use of technological tools. of spatial analysis. This study emphasized the case study of this municipality, using data from the recent implementation of a GIS system, one of the elements of modernization of municipal management, among them, the reconfiguration and officialization of the neighborhoods. For the study, some questions were raised about the problems resulting from the lack of a solid and effective methodology for managing urban growth and studies on the scenario of the recent implantation of a municipal space analysis tool, using the municipal geoprocessing database, comparing the different characteristics between the reorganization of the neighborhoods to the detriment of the existing subdivisions. Next, information, singularities and results of the territorial reformulation in that municipality are analyzed. Keywords: SIG; Municipality, Neighborhoods; Municipal Management. 1 INTRODUÇÃO A utilização de tecnologias na gestão pública concede eficiência e otimização aos recursos de planejamento colaborando na implementação de instrumentos capazes de oferecer controle e organização do espaço público e suas implicações locais particulares. Observa-se que já há alguns anos, os municípios vêm mailto:juliocesaroliveira2@gmail.com tentando reformular seu papel na organização social da população. Veloso et al. (2011) expressa que a “[...]capacidade de gestão, definida no âmbito municipal, é a competência do Poder Executivo municipal em cumprir seus objetivos e atribuições legais – de acordo com o interesse público – com eficiência, alcance e eficácia, utilizando para tanto os recursos disponíveis por meio de instrumentos e ferramentas de gestão adequados[...]” Os instrumentos e recursos adequados, obviamente remete-se a um leque imenso de medidas auxiliares para a correta eficiência da gestão, desde pessoal qualificado a equipamentos. A implantação de um SIG, entretanto, fornece amparos muito especiais e dinâmicos dos mais poderosos, possibilitando uma infinidade de recursos de análise. O município de São José de Ribamar, situado na região metropolitana de São Luís do Maranhão, é uma cidade em franca expansão populacional e imobiliária. Os dados estimados de habitantes para 2019 é de 177.687 pessoas e apesar de o município contar com alguns instrumentos legais de regulamentação do seus espaços, como o Plano Diretor, Códigos de Obras e de Posturas, entre outros, a cidade não ficou isenta de diversos problemas na aplicação dessas leis pelo fato de não dispor de ferramentas de estudos, acompanhamentos, dimensionamentos e monitoramento constante das modificações dos próprios limites internos de cada bairro, ou seja, são muitos os problemas gerados pela falta de métodos eficazes de gerenciamento das fronteiras e delimitações entre cada menor unidade que formam a estrutura do município. Com a implantação de um sistema de geoprocessamento, os gestores dispõem de um novo e moderno projeto estratégico da administração que permite gerenciar com precisão e confiabilidade esses limites, inclusive, suprimindo problemas de defasagem na arrecadação pois o sistema permite agora que sejam implantados e atualizados mecanismos importantíssimos que viabilizam um estudo mais preciso e sistemático dos valores por bairros e infraestrutura dispensada a cada um deles, como é o exemplo da planta genérica de valores, instituída pela Lei Complementar nº 54, de 28 de dezembro de 2018, que por sua vez, impactará diretamente nos valores dos IPTU’s e ITBI’s, análises que tornam-se mais eficientes com uma base cartográfica local atualizada pois conferem . Atualmente a implantação de projetos de geoprocessamento está fortemente associada ao aumento da arrecadação. “Os programas de financiamento da administração pública disponíveis no Brasil têm sua principal preocupação na modernização da administração com a finalidade de aumentar a arrecadação tributária da municipalidade”. (DOMINGUES; FRANÇOSO, 2008, p. 75e76). 2 ÁREA DE ESTUDO O município de São José de Ribamar é integrante da região metropolitana de São Luís, situado no Estado do Maranhão, que possui uma área georreferenciada entre 2017 a 2019 de 178.467.186,438m² e população é de 176.008 mil habitantes segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística– IBGE em 2016, sendo o o terceiro município mais populoso do Estado e cujas principais atividades econômicas estão distribuídas entre pesca, comércio, turismo e serviços. Figura 1 – Área de estudo: Município de S. J de Ribamar 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os procedimentos para a realização da pesquisa consistiram em levantamento bibliográfico e legislação referente à temática da pesquisa (entre estas a Lei Complementar nº 54, de 28 de dezembro de 2018 e Lei Ordinária 1175 de 2017), aliados ao levantamento obtido por análise do banco de dados do geoprocessamento do próprio município de São José de Ribamar, dados estes que foram coletados entre fins de 2017 e início de 2019 através de ortofotogrametria e equipamentos GNSS Geodésico para obtenção de pontos de verificação e posterior tratamento no aplicativo ArcGis Desktop 10.7, resultando em um banco constituído de informações matriciais e vetoriais vinculados ao SGB Sirgas 2000 UTM, zona 23S. Tivemos amplo acesso ao acervo cartográfico e cadastral georreferenciado do município como limites municipais, logradouros, loteamentos, mosaico aerofotogramétrico e, obviamente, aos dados referentes aos limites e novas estruturas dos bairros, entre outros arquivos. Este acervopermitiu analisar e experimentar as ferramentas e suas principais potencialidades no que diz respeito a possibilidades de gerir as informações disponíveis, fornecendo uma larga percepção de métodos de acompanhamento e gerência da expansão urbana e do acompanhamento da dinâmica do crescimento urbano do município. O estudo dos dados georreferenciados permite uma análise espacial sistemática e importante no processo gerencial e administrativo da cidade. Figura 2 – Fluxograma do estudo Abaixo, segue figura que exemplifica a plataforma de estudo no SIG ArcGis Desktop 10.7. Figura 3 – Área de trabalho do SIG Arcgis – consulta ao banco de dados cadastrais 4 A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES INTERNOS E SEU MONITORAMENTO POR SIG Segundo os dados gerais da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, “cerca de 80% da população do país mora em área urbana e, em escala variável, as cidades brasileiras apresentam problemas comuns que foram agravados, ao longo dos anos, pela falta de planejamento, reforma fundiária, controle sobre o uso e a ocupação do solo” e o município de São José de Ribamar não fica de fora destas estatísticas que demonstram o atraso nas políticas de gerenciamento dos problemas que surgem e/ou se agravam com o crescimento desorganizado dos seus espaços. O município foi criado em 24 de setembro de 1952 por meio da Lei Estadual n.º 758 do mesmo ano. Durante várias décadas, houve diversos ajustes nos seus limites como sucessivas incorporações e desligamentos dos municípios adjacentes, Paço do Lumiar e a capital, São Luís. As mais importantes definições dos limites oficiais de cada município datam das décadas de quarenta e cinquenta, embora com uma quantidade considerável de erros técnicos, portanto, eram constantes as divergências entre seus reais limites administrativos, com várias incongruências que geravam incertezas e dados conflitantes e, por falta de uma delimitação clara e precisa, não eram raros os casos de conflitos sócio- político-administrativos agravados pelas grandes transformações na ocupação irregular do território. Com o crescimento constante e praticamente ininterrupto da população nos centros mais urbanizados do município, houve um enorme crescimento de loteamentos, conjuntos e problemáticas invasões. Por vários motivos, desde despreparo, omissão e sendo justo, por falta de ferramentas técnicas e tecnologia muito aquém da demanda, os limites internos e suas subdivisões que formam o corpo do município foram deixadas para crescer desordenadamente e sem o controle necessário. Em meados do ano de 2017 ocorreu uma restruturação com a proposta da Atualização Cartográfica dos Municípios do Estado do Maranhão. Um Convênio firmado entre o Estado do Maranhão, Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos - IMESC e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE com o objetivo de estabelecer normas e procedimentos para consolidação das divisas intermunicipais dos municípios, ajustando as divisas das unidades que formam a região metropolitana. Foram promulgadas naquele ano as Leis Ordinárias nº 10.639, 10.6349 e 10.650 de 31 de julho de 2017 que definem os limites entre os municípios de Paço do Lumiar/Raposa, São José de Ribamar/ Paço do Lumiar e São José de Ribamar /São Luís, respectivamente. Esse foi um importantíssimo passo para o município poder visualizar melhor a forma da sua estrutura física e buscar uma melhor organização. O município precisava de uma definição correta e técnica, sem os quais ficaria inviável a reestruturação interna e o uso das ferramentas de auxílio de que trata este artigo. Obviamente, não basta apenas encontrar soluções para problemas, as necessidades publicas vão além do básico, vão além de atingir soluções. As Políticas públicas devem voltar-se ao bem estar da população, ao conforto, boa distribuição de renda, fomento à pluralidade de sua cultura, acessibilidade, colaborando para qualidade de vida. Mas como tentar promover qualidade de gestão a determinado município se seus administradores nem mesmo dispõem de ferramentas que os auxiliem a tomar as decisões corretas de forma eficiente¿ como um município pode se desenvolver sem se conhecer¿ sem se enxergar¿ Em determinado fragmento, Rossi (1995, p. 63-67) conceitua que: “[...] O bairro torna-se, pois, um momento, um setor da forma da cidade, intimamente ligado à sua evolução e à sua natureza, constituído por partes e à sua imagem. Para a morfologia social, o bairro é uma unidade morfológica estrutural; é caracterizado por uma certa paisagem urbana, por um certo conteúdo social e por uma função; portanto, uma mudança num desses elementos é suficiente para alterar o limite do bairro”. Ou ainda, como bastante similarmente Marlene P.V. Teixeira (1986 p. 66) observa: “Um bairro se define ou se individualiza por três elementos: Paisagem Urbana, conteúdo social e função. A paisagem urbana está refletida no tipo, estilo e idade das construções; o conteúdo social é referente ao modo e ao padrão de vida da sua população e a função é a atividade básica que o bairro desempenha dentro do organismo urbano, isto é, função residencial, comercial ou administrativa [...]”. Embora a ideia de bairro também seja objeto de diversas e variadas interpretações por historiadores, geógrafos, arquitetos, filósofos e sociólogos, devido à ideologia comunitária inserida em sua formação, assim como entende Terezinha Segadas Soares (1959), para quem “A noção de bairro é uma noção de origem popular [...] mais rica e mais concreta do que qualquer outro tipo de definição, ela se baseia no sentimento coletivo dos seus habitantes, no conhecimento global, numa percepção, fruto da coexistência de uma série de elementos que dão ao bairro sua individualidade”, é óbvio que para a administração municipal, essa visão não pode ser uma diretriz. Para uma administração realmente eficiente desses bairros é necessário que suas características sejam corretamente geridas e acompanhadas de forma técnica e é neste contexto que se observa a modernização que se descortina no município de São José de Ribamar com duas medidas simultâneas, entre outras: a redefinição oficial dos bairros e a implantação de um Sistema de Informações Geográficas ou simplesmente SIG. Vários municípios já percebem e compreendem as potencialidades e benefícios práticos que trazem as ferramentas tecnológicas de gerenciamento territorial e são disseminados, cada vez mais rápidos, os entendimentos de que uma gestão baseada na tecnologia obtém resultados mais rápidos, corretos e precisos, dessa maneira, a compressão sobre a importância de um georreferenciamento e de um eficiente e amplo geoprocessamento certamente proporciona aos gestores públicos um mecanismo imprescindível no acompanhamento e manutenção do município. O conhecimento do espaço é fundamental para o desenvolvimento ordenado das atividades humanas. Pode-se afirmar que, na medida em que se melhor conhece a organização e distribuição dos fenômenos físicos, socioeconômicos e antrópicos, maiores serão as possibilidades de aplicar a técnica e os recursos disponíveis em favor das ações significativas quanto ao desenvolvimento social e econômico (ROSA, 1989). Uma das medidas mais importantes para que o município de São José de Ribamar pudesse gerir a distribuição e o crescimento do seu espaço, foi a reorganização e oficialização das suas menores unidades territoriais, definindo, finalmente, limites entre os bairros. Antes dessa intervenção, o município contava apenas com aglomerações urbanas criadas por loteamentos ou invasões. Os bairros, propriamente ditos, faziam parte das denominações mostradas anteriormente, tendo seus limites determinados porfatores subjetivos e carentes de regulamentação, tornando bastante dificultosa a gestão e contenção do seu crescimento contínuo e desorganizado, provocando descontroles sociais, ambientais e econômicos e diferentes impactos ao solo urbano com graves consequências para a sociedade. Apesar do município contar com a Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, regulamentada pela Lei Complementar Nº 27 de 24 de agosto de 2012 e com o Código de Obras do Município, sob a Lei Complementar Nº 04 de 28 de maio de 2003, é fato que sem a correta definição dos bairros e suas características e sem conhecer os limites de aplicação da gestão, muitas vezes a execução dessas leis torna-se muitas vezes ineficaz, tanto que, ao tratar das aplicações do Plano Diretor das cidades a advogada e especialista em Direito Público e Tributário, Juliana Fernandino Costa, em resenha intitulada “O Plano Diretor é instrumento e não solução para o uso e ocupação ordenada do solo urbano”, diz: “Na verdade, não é necessária a edição de novas regras para barrar os principais males da ocupação desordenada do solo. Está certo que é possível que tenhamos regras mais minuciosas para o ordenamento do solo, que criemos importantes novos instrumentos de gestão, mas a verdadeira solução para nosso problema está na fiscalização. [...] o Estado deve passar a exigir pelo menos o básico, fiscalizando e barrando o crescimento desordenado das nossas cidades.” 5 RESULTADOS A inserção de um SIG, cuja implantação foi sendo executada entre dezembro de 2017 e janeiro de 2019 e que se encontra hoje em pleno funcionamento, é de suma importância na modernização administrativa e no acompanhamento do crescimento do município de São José de Ribamar. A partir de sua implantação, o município conta com um banco de dados cartográficos e tabulares que, associados às novas diretrizes de bairros, promovem fiscalização e acompanhamento sistemático e consecutivo das suas diversas mudanças, auxiliando com informações precisas e confiáveis na tomada de decisão e intervenções sociopolíticas adequadas para a solução das inúmeras complexidades apresentadas constantemente. Gil (2010) define que “[...] Os sistemas de informação concebem uma reunião de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros ligados de acordo com uma sequência lógica para o processamento dos dados e a correspondente tradução em informações”. Fica claro que a implantação do SIG no município de São José de Ribamar potencializa a capacidade de decidir com assertividade, objetividade e segurança, aumentando a capacidade de se vislumbrar novas possibilidade, assim como filtrar e corrigir erros que vinham se perpetuando ao longo do tempo. No ano de 2018, antes da proposta de reorganização dos bairros do município, São José de Ribamar não continha uma estrutura de bairros bem definida ou mesmo organizada, eram aglomerados populacionais que foram se formando com o passar do tempo sem qualquer intervenção da gestão municipal, a exceção de alguns complexos habitacionais e loteamentos desenvolvidos por construtoras e financiado pela Caixa Econômica Federal, e ainda assim, vários deles, sem o devido acompanhamento, foram alvos de constantes descaracterizações e sobreposições, gerando inúmeros transtorno a exemplo do Parque Vitória, Turiúba, Jardim Turú, , Alto do Turú I, II e III. A planilha abaixo lista os loteamentos aprovados pelo poder municipal. Foram catalogados no decorrer do processo de georreferenciamento e durante busca para obtenção de demais documentos, inclusive com a colaboração do cartório de 1º ofício da cidade, que forneceu acesso a todas as plantas de loteamentos que dispunham a fim de complementar o banco de dados. Isso permite a constante comparação entre a configuração atual das localidades e aquilo que foi projetado, permitindo ao operador do sistema um panorama de todas as descaracterizações ocorridas ao longo do tempo, facilitando a detecção de expansão irregular dos limites projetados, sobreposições de imóveis, sobreposições de logradouros, deslocamentos de quadras e outros elementos urbanos, dirimindo assim a continuação de erros acumulados com o passar dos anos, diminuindo consideravelmente a possibilidade de ações equivocadas, dolosas ou não, no cadastro imobiliário, por exemplo. Segue lista dos loteamentos e suas respectivas áreas: Tabela 1– Loteamentos aprovados – ocorrência eventual de sobreposição ao longo do tempo. Nome do loteamento aprovado Área(ha) Nome do loteamento aprovado Área(ha) Nome do loteamento aprovado Área(ha) ALTOS DO ARAÇAGY 18,01 RESIDENCIAL DAS PRAIAS 0,41 NOVA TERRA 97,50 ALTOS DO TURU 2 173,95 ITAGUARÁ 18,03 NOVO COHATRAC 29,73 BARRA DO PANAQUATIRA I 24,14 JADIM GALILEIA 3 13,82 NOVO ORIENTE 1 36,08 BONNA VITTA 1 1,85 JARDIM DA GALILEIA 2 9,32 NOVO ORIENTE 2 54,90 BONNA VITTA 2 1,99 JARDIM DAS PRINCESAS 53,41 PARAISO DAS ROSAS 14,76 CANUDOS 18,34 JARDIM TURU 39,92 PARQUE AQUARIUS 97,89 CENTRAL PARK & ALTOS DO JAGUAREMA 54,30 LOTEAMENTO ALPHAVILLE 11,47 PARQUE ARAÇAGY 180,36 COHABIANO X 4,42 LOT COSTA ATLANTICO 2 127,37 PARQUE DAS PALMEIRAS 41,57 COHATRAC V 29,16 LOT COSTA ATLANTICO 1 259,38 PARQUE DOS RIOS 17,55 COND BRUNA LIOTTO 1,15 LOT PORTAL DOS COQUEIRAIS 22,51 PARQUE NOVA ERA 102,32 COND RESID PORTO DAS DUNAS 2,06 LOT.O CAMINHO DAS ÁREVORES 11,06 PARQUE NOVO MUNDO 106,31 COND RESID SÃO JOSE1 E 2 2,61 ITAPITACÓ 13,11 PARQUE SANTA RITA 10,19 COND ARAÇAGY 31,46 LOTEAMENTO RIO DA PRATA 40,47 PARQUE VITORIA 43,82 ENGENHO 285,42 LOTEAMENTO VILLAGE ARAÇAGY 68,09 PITANGUEIRAS 4,18 ESPAÇO SIDERAL MIRITIUA BOA VISTA 45,98 LOTEAMETNO BOA VIAGEM 207,43 PONTA VERDE 2,26 Nome do loteamento aprovado Área(ha) Nome do loteamento aprovado Área(ha) Nome do loteamento aprovado Área(ha) PRAIA AZUL 42,54 VILA COHABIANO IX 0,90 JARDIM DA GALILEIA 1 7,78 PRAIA DO MEIO 0,47 VILA COHABIANO VI 5,32 LOT BALNEÁRIO PÁNAQUATIRA 62,94 RECANTO VERDE 5,52 VILA COHATRAQUINHO 2,68 LOT POÇO DE PRATA 16,53 RECREIO DO ARAÇAGY 61,65 VILA COHATRAQUINHO 2,68 LOT PONTA VERDE 41,27 RESIDENCIAL ANA CAROLINA 4,51 VILA MESTRE ANTONIO 2,73 LOT RECANTO DA SORTE 3,23 RESIDENCIAL BURITIS 6,06 LOTEAMENTO ELDORADO 24,40 PARQUE ZUITO 2,66 RESIDENCIAL 3,72 BARRAS DO PANAQUATIRA II 33,03 RES BEIJA FLOR 8,29 RETIRO DO ARAGUAGY 3,61 LOT JARDIM TROPICAL II 28,80 SITIO TRIZIDELA 13,64 SARAMANTA 52,18 LOT MORADA NOVA III 6,28 VILA SÃO JOSÉ 20,29 SITIO SARAMANTA 121,83 LOT RECANTO DO TURU 53,73 LEBA ITAPARY 93,40 TERRA LIVRE 11,09 PARQUE SO JUDAS TADEU 7,67 GRANJAS CALIFÓRNIA II 122,09 VILA COHABIANO 1 25,37 VILA COHABIANO 2 23,76 GRANJAS CALIFÓRNIA II 44,02 VILA COHABIANO 2 22,92 COHABIANO X 9,42 GRANJAS CALIFÓRNIA I 12,86 VILA COHABIANO I 13,11 BRISAS DO PANAQUATRIA 17,92 LOT LA GRAN VILLE SÃO JORGE 6,72 VILA COHABIANO III 13,75 RES CONS. HILTONO RODRIGUES 7,98 LOT LA GRAN VILLE SÃO JORGE I 10,25 A figura a seguir, traz os mesmos dados da tabela anterior de forma comparativa, mostrando através de gráfico a relação entre as dimensões dos loteamentos oficiais existentes no município até o ano de 2018: Figura 4- Histograma loteamentos Município de S. J de Ribamar - loteamentos Esses loteamentos somam 3520,47 hectares, ou seja, representam apenas 20,26% do município e estas são as regiões onde houve certo planejamento, já que são áreas que passaram por projetos e provação por parte da prefeitura. As demais regiões do município eram apenas divisões sem definição oficial e, em última análise, podendo ser consideradas como divisões bastante subjetivas já que foram criadas sem qualquer critério havendo por vários anos divergências de limites que se estendiam, inclusive, a fronteiras com os municípios adjacentes. A gestão municipal não reconhecia oficialmente os limites dos bairrosque foram se formando por décadas, nota-se problemas aos quais os moradores dessas localidades estavam expostos constantemente e um desses problemas mais comuns era a divergência entre endereços dos imóveis e, obviamente, a consequência era a dificuldade de obter-se financiamentos imobiliários e dificuldades de a própria prefeitura arrecadar corretamente os valores de IPTU e ITBI, um exemplo, são valores que estão relacionados diretamente ao levantamento dos valores e importância de cada bairro através da Planta Genérica de Valores. Ao alterar as demarcações defasadas há décadas, a prefeitura define limites precisos entre os bairros e reduz os conflitos na identificação de endereços e limites e finalmente, pode regulamentar, acompanhar e dirimir esses importantes problemas. Entre dezembro de 2017 e janeiro de 2019, ao implantar o processo de georreferenciamento e geoprocessamento municipal, definiu-se que os bairros passariam a ter a seguinte configuração: Tabela 2 – Definição oficial de bairros a partir de 2019. Seguindo o exemplo anterior, o histograma a seguir ilustra a amostra comparativa de áreas referentes Nome do bairro Área(ha) Nome do bairro Área(ha) Nome do bairro Área(ha) Nome do bairro Área(ha) ALTO TURU 219,11 JARDIM TROPICAL 226,12 PINDAÍ 266,18 VILA DR JULINHO 48,45 ALTOS DO ITAPIRACÓ 111,76 JENIPARANA 287,79 QUINTA 310,57 VILA FLAMENGO 31,01 ARAÇAGY 848,20 JUÇATUBA 2031,50 RECANTO DA PAZ 41,62 VILA KIOLA 64,63 BARBOSA 7,20 LARANJAL 104,55 RIO SÃO JOÃO 34,30 VILA MESTRE ANTôNIO 2,81 BOA VIAGEM 556,31 MAIOBINHA 130,79 RIOZINHO 149,26 VILA OPERARIA 36,33 BOA VISTA 44,20 MARACAJÁ 36,36 SANTA MARIA 345,11 VILA ROSEANA SARNEY 55,45 BOM JARDIM 848,73 MATA 342,11 SANTANA 159,27 VILA SANTA TERESINHA 14,52 CAMPINA 13,68 MATINHA 831,72 SANTUÁRIO 14,83 VILA SAO JOSE 23,42 CANAVIEIRA 94,40 MIRITITIUA 90,46 SÃO BENEDITO 47,53 VILA SAO LUIS 71,20 CAÚRA 171,00 MIRITIUA 436,65 SÃO BRAS E MACACOS 193,73 VILA SARNAMBI 17,39 CENTRO 21,74 MOJÓ 55,19 SÃO JOSE DOS INDIOS 407,79 VILA SARNEY FILHO I 87,42 CIDADE ALTA 65,26 MOROPOIA 53,22 SÃO PAULO 237,64 VILA SARNEY FILHO II 89,27 COHATRAC 146,54 MUTIRÃO 42,13 SÃO RAIMUNDO 62,30 CRUZEIRO 25,09 NOVA TERRA 94,90 SARAMANTA 123,38 GAMBARRINHA 65,46 NOVO COHATRAC 100,78 SITIO DO APICUM 198,74 GUARAPIRANGA 2071,78 OLHO D'ÁGUA 18,99 TIJUPA QUEIMADO 101,65 ITAPARY 1290,87 OUTEIRO 13,25 TRIZIDELA DA MAIOBA 45,61 J. CAMARA 53,27 PANAQUATIRA 890,05 TURIUBA 83,82 J. CAMARA II 106,31 PARQUE DAS PALMEIRAS 43,14 UBATUBA 222,22 J.LIMA 105,27 PARQUE JAIR 211,06 VIEIRA 13,56 JAGUAREMA 668,36 PARQUE VITORIA 184,01 VILA ALONSO COSTA 22,67 JARARAI 98,79 PIÇARREIRA 174,64 VILA CAFETEIRA 14,41 à tabela de bairros oficializados a partir de 2019: Figura 5 – Histograma Município de S. J de Ribamar – Bairros Portanto, a partir do ano de 2019, o município de São José de Ribamar conta com uma atualização das suas estruturas internas e conta com um Sistema de Informações Geográficas que vai ser de inestimável ajuda no acompanhamento das mudanças constantes da cidade. O SIG vai proporcionar, além de dados tabulares que podem rapidamente um relatório de dados, bem como pode fornecer de forma imediata um panorama visual da dinâmica das mudanças diárias. O SIG, empregado de maneira correta, aliado a uma equipe bem treinada e estratégias de gestão atenciosas, beneficia gestores e população por trazerem rapidez nas tomadas de decisão e agilidade na execução de ações necessárias já que inúmeras informações estão a um clique de distância. CONSIDERAÇÕES FINAIS Vários municípios começam a perceber a importância da tecnologia na gestão eficiente das cidades. Os sistemas de informações geográficas, ou simplesmente SIG, são ferramentas imprescindíveis para o entendimento sistemático das mudanças ininterruptas pelas quais passam os centros urbanos e rurais e facilitam enormemente a visualização dos problemas e, a partir deles, obter as corretas soluções. Neste sentido, a implantação recente de um sistema de informações geográficas no município de São José de Ribamar, localizado na região metropolitana no Estado do Maranhão, a despeito do curto espaço de tempo de atividade, já vem mostrando efeitos positivos no gerenciamento e tomadas de decisão acerca das melhorias necessárias para o controle do crescimento desta cidade. Uma dessas melhorias foi a observação da necessidade de reorganização da própria estrutura que forma o corpo do município, ou seja, a necessidade da redefinição e oficialização dos bairros, trazendo uma melhor organização e consequentemente, uma prestação de serviços mais eficaz, mais acertada. A relação da gestão pública vem aos poucos sofrendo mudanças na maneira de ser executada, é notório que o país vem passando por uma mudança de percepção daquilo que diz respeito a gestão. Hoje as pessoas têm mais acesso ao que acontece na esfera pública, as informações são mais democráticas e atingem um número bem maior do que antes. A tecnologia é melhor compreendida como ferramenta de comunicação e como ferramenta de trabalho. Ainda temos um caminho muito longo até que consigamos desburocratizar os serviços públicos e torná-los realmente eficazes como a população merece mas a decisão da inserção de um sistema de informações geográficas em um município, notadamente em um município com as dimensões de São José de Ribamar, tornam o planejamento estratégico da cidade mais harmônico com as suas reais necessidades. REFERÊNCIAS CAMPARA, Marcelo J. Vigorito. Sistemas de geoprocessamento como ferramenta de apoio a tomada de decisão: uma avaliação sobre o sistema "SUS FALA" no município de Timóteo, Belo Horizonte – MG, 2012 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. - 5. Ed. São paulo: atlas, 2010. Disponível em: <http://www.urca.br/itec/images/pdfs/modulo%20v%20-%20como_elaborar_projeto_de_pesquisa_- _antonio_carlos_gil.pdf > Acesso em: 20 fev. 2020. VELOSO, João Francisco Alves. Gestão municipal no Brasil : um retrato das prefeituras, com a participação de : Leonardo Monteiro Monasterio, Roberta da Silva Vieira, Rogério Boueri Miranda – Brasília : Ipea, 2011. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3172> Acesso em: 05 mar. 2020. RIBEIRO,Osmar José; SCHIEBELBEIN,Luis Miguel. O geoprocessamento como ferramenta de gestão urbana. Ponta Grossa, Paraná, 2017. ULYSSÉA Neto, I.; ROSADO, M. C.; CRaglia, M. Uso de SIG na Determinação da Acessibilidade a Serviços de Saúde em Áreas Urbanas. Hygeia v.8 n.15, p.177-189, 2012. MEDEIROS, Anderson Maciel Lima. E-book sobre Conceitos em Geoprocessamento, 2012. Disponível em: <http://www.clickgeo.com.br/e-book-sobre-conceitos-em-geoprocessamento> Acesso em: 5 fev. 2020. DOMINGUES, C. V.; FRANÇOSO, M. T. Aplicação de geoprocessamento no processo de modernização da gestão municipal. Revista Brasileira de Cartografia, v. 60, n. 1, 11. LEITE, Leonardo de Oliveira; REZENDE, Denis Alcides. Modelo de gestão municipal baseado na utilização estratégica de recursos da tecnologia da informação para a gestão governamental: formatação do modelo e avaliação em um município. 2010. Rev. Adm. Pública Disponível em: http://www.urca.br/itec/images/pdfs/modulo%20v%20-%20como_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf http://www.urca.br/itec/images/pdfs/modulo%20v%20-%20como_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3172 http://www.clickgeo.com.br/e-book-sobre-conceitos-em-geoprocessamento http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=LEITE,+LEONARDO+DE+OLIVEIRA http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=REZENDE,+DENIS+ALCIDES<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122010000200012&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 5 fev. 2020. Prefeitura Municipal de São José de Ribamar, Lei complementar nº 54, de 28 de dezembro de 2018. Prefeitura Municipal de São José de Ribamar, Lei nº 1175 de 22 de dezembro de 2017 que dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2018 a 2021 e dá outras providências. JUNIOR, Jayme Muzzi Duarte, Código identificador de parcela urbana, Viçosa, MG, 2018. ROSA, Flávio Sammarco. Metrópole e Representação Cartográfica. 1989. 178 p. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122010000200012&script=sci_abstract&tlng=pt
Compartilhar