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55 
 
1 - Apresentação ................................................................................................................ 2 
2 - Perícia e Perito ............................................................................................................. 2 
2.1. Conceitos .................................................................................................................................... 2 
2.2. Da necessidade da perícia. Da atuação do perito. ..................................................................... 6 
3 - Questões Propostas .................................................................................................... 17 
4 - Questões Comentadas ................................................................................................ 28 
5 - Gabarito...................................................................................................................... 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
55 
1 - APRESENTAÇÃO 
Olá, meus amigos! 
Vou abordar, hoje, a parte “Das Provas” dentro do CPP. 
Vamos lá! 
 
2 - PERÍCIA E PERITO 
2.1. CONCEITOS 
 
Hoje a atividade de perito criminal e do médico-legista está regulada pela Lei no 12.030, de 17 de 
setembro de 2009, que dispõe sobre as perícias oficiais e dá providências, em que está 
estabelecido que na atividade pericial de natureza criminal está assegurada a autonomia técnica, 
científica e funcional, exigido concurso público, com formação acadêmica específica; que, em razão 
do exercício destas atividades, os peritos de natureza criminal estão sujeitos a regime especial de 
trabalho, observada a legislação específica de cada ente que o perito se encontra vinculado. 
São peritos de natureza criminal os peritos criminais, peritos médicos-legistas e peritos 
odontolegistas com formação superior específica detalhada em regulamento, de acordo com a 
necessidade de cada órgão e por área de atuação profissional. 
 
Seguindo, segundo a doutrina “todo procedimento médico (exames clínicos, laboratoriais, 
necroscopia, exumação) promovido por autoridade policial ou judiciária, praticado por profissional 
de Medicina visando prestar esclarecimentos à Justiça, denomina-se perícia ou diligência médico-
legal”. 
Perícias são diligências que possuem a finalidade de estabelecer a veracidade ou a falsidade de 
situações, fatos ou acontecimentos, de interesse da justiça por meio de provas. São verificações 
(análises) de todo o vestígio de uma infração, cabe lembrar aqui, que vestígio e indícios não são 
sinônimos, ok? Qualquer marca, fato, sinal que seja detectado em local onde tenha sido praticado 
fato delituoso é, em tese, um vestígio. Agora, após esse ser devidamente analisado, interpretado e 
associado com os exames laboratoriais e dados da investigação policial daquele fato, 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
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enquadrando-se em toda sua moldura, tiver estabelecida sua inequívoca relação com o fato 
delituoso e com as pessoas com esse relacionadas, aí ele terá se transformado em um indício. 
Segundo, Genival Veloso de França, “define-se perícia médico-legal como um conjunto de 
procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de um fato de 
interesse da Justiça. Ou como um ato pelo qual a autoridade procura conhecer, por meios técnicos 
e científicos, a existência ou não de certos acontecimentos, capazes de interferir na decisão de 
uma questão judiciária ligada à vida ou à saúde do homem ou que com ele tenha relação.” 
A perícia, segundo seu modo de realizar-se, pode ser sobre o fato a analisar (peritia percipiendi) 
ou sobre uma perícia já realizada (pericia deducendi), o que para alguns constitui-se em um 
Parecer. 
Dessa forma, a pericia percipiendi é aquela procedida sobre fatos cuja avaliação é feita baseada em 
alterações ou perturbações produzidas por doença ou, mais comumente, pelas diversas energias 
causadoras do dano. Ou seja, pericia percipiendi é aquela em que o perito é chamado para conferir 
técnica e cientificamente um fato sob uma óptica quantitativa e qualitativa. E por pericia 
deducendi, a análise feita sobre fatos pretéritos com relação aos quais possam existir contestação 
ou discordância das partes ou do julgador. Aqui o perito é chamado para avaliar ou considerar uma 
apreciação sobre uma perícia já realizada. 
Entretanto, tanto na peritia percipiendi como na deducendi existe o que se chama de parte 
objecti e parte subjecti. A parte objetiva é aquela representada pelas alterações ou perturbações 
encontradas nas lesões. Estas, é claro, como estão baseadas em elementos palpáveis ou 
mensuráveis, vistos por todos, não podem mudar. Essa parte é realçada na descrição. No entanto, 
a avaliação dos elementos da parte objecti pode levar, no seu conjunto, a raciocínios divergentes e 
contraditórios, como, por exemplo, em se determinar a causa jurídica de morte (homicídio, 
suicídio ou acidente), e onde possam surgir conceitos e teorias discordantes. Essa parte subjecti é 
sempre valorizada na discussão. 
A finalidade da perícia é produzir a prova, e a prova não é outra coisa senão o elemento 
demonstrativo do fato. Assim, tem ela a faculdade de contribuir com a revelação da existência ou 
da não existência de um fato contrário ao direito, dando ao magistrado a oportunidade de se 
aperceber da verdade e de formar sua convicção. E o objeto da ação de provar são todos os fatos, 
principais ou secundários, que exigem uma avaliação judicial e que impõem uma comprovação. 
Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por 
perito. 
Seguindo pessoal, é de suma importância vocês saberem que o Código de Processo Penal, diz que 
sempre que uma infração deixar vestígios é indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo suprimi-lo a confissão do acusado. As perícias devem ser realizadas por 
peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior e que na falta de perito oficial, o exame 
 
 
 
 
 
 
 
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55 
deve ser feito por duas pessoas idôneas portadoras de diploma de curso superior e de preferência 
na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do 
exame. E, caso tenha desaparecido os vestígios, o exame não poderá ser realizado, contudo a 
prova testemunhal poderá suprir a falta daquele. 
Então, uma perícia pode ser realizada direta e indiretamente. 
O exame direto é aquele feito pessoalmente pelo perito sobre o objeto a ser examinado. Já o 
indireto é feito sobre documentos ou outros elementos que se refiram ao objeto a ser 
analisado, ou, ainda, que guardem relação com ele. 
As perícias se materializam por meio dos laudos periciais, mais a frente eu vou falar sobre 
documentos legais, são muito cobrados nos concursos - os laudos são constituídos de peça escrita, 
contendo a descrição minuciosa do que foi examinado, as respostas aos quesitos formulados, além 
de outras provas. É importante também saber, que quando existir divergências entre dois peritos 
a respeito da mesma matéria, a perícia é denominada contraditória; sendo assim, o magistrado 
pode aceitar o que julgar conveniente ou nomear um terceiro perito. 
Assim, faz-se necessário estudarmos uma parte do Código de Processo Penal, o qual contemplou 
um conjunto de regras que regulamentam a produção de provas no âmbito do processo criminal. 
Dessa forma, estabeleceu normas gerais relacionadas aos requisitos a serem utilizados pelo 
magistrado na valoração dos elementos de convicção carregados ao processo e ao ônus probante, 
bem como disciplinou determinados meios específicos de prova, ou seja, elementos trazidos ao 
processo capazes de orientar o juiz na busca da verdade dos fatos. 
Muito importante para sua prova e para o entendimento desta aula é o conceito e finalidade da 
prova. Vejamos o que diz o grande mestre Guilherme de Souza Nucci: 
“Prova é o conjunto de elementos produzidospelas partes ou determinados pelo juiz visando à 
formação do convencimento quanto a atos, fatos e circunstâncias, assim, o termo prova deriva do 
latim probatio, que significa ensaio, verificação, inspeção, exame, argumento, razão, aprovação ou 
confirmação” 
No processo penal, a produção da prova objetiva auxiliar na formação do convencimento do juiz 
quanto à veracidade das afirmações das partes em juízo. Não se destina, portanto, às partes que a 
produzem ou requerem, mas ao magistrado, possibilitando, destarte, o julgamento de procedência 
ou improcedência da ação penal. 
Antes de entrar na legislação, vou abordar recentes jurisprudências sobre o tema, pois, o nível dos 
concursos vem aumentando e não sabemos o que a banca poderá cobrar. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
55 
O reconhecimento da existência de irregularidades no laudo pericial que atesta a 
natureza das lesões sofridas pela vítima de tentativa de latrocínio (157, § 3º, parte final, 
do CP) não resulta na desclassificação da conduta para alguma das outras modalidades 
de roubo prevista no art. 157 do CP. Isso porque, para a configuração daquele delito, é 
irrelevante se a vítima sofreu lesões corporais. Efetivamente, a figura típica do latrocínio 
se consubstancia no crime de roubo qualificado pelo resultado, em que o dolo inicial é 
de subtrair coisa alheia móvel, sendo que as lesões corporais ou a morte são 
decorrentes da violência empregada, atribuíveis ao agente a título de dolo ou culpa. 
Desse modo, embora haja discussão doutrinária e jurisprudencial acerca de qual delito é 
praticado quando o agente logra subtrair o bem da vítima, mas não consegue matá-la, 
prevalece o entendimento de que há tentativa de latrocínio quando há dolo de subtrair 
e dolo de matar, sendo que o resultado morte somente não ocorre por circunstâncias 
alheias à vontade do agente. Por essa razão, a jurisprudência do STJ pacificou-se no 
sentido de que o crime de latrocínio tentado se caracteriza independentemente de 
eventuais lesões sofridas pela vítima, bastando que o agente, no decorrer do roubo, 
tenha agido com o desígnio de matá-la. HC 201.175-MS, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado 
em 23/4/2013 (Informativo nº 0521). 
Para embasar a denúncia oferecida, é possível a utilização do reconhecimento 
fotográfico realizado na fase policial, desde que este não seja utilizado de forma isolada 
e esteja em consonância com os demais elementos probatórios constantes dos autos. 
Precedentes citados: HC 186.916-SP, DJe 11/5/2011, e HC 105.683-SP, DJe 3/5/2011. HC 
238.577-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 6/12/2012 (Informativo nº 
0514). 
 
Pode ser deferida produção antecipada de prova testemunhal – nos termos do art. 366 
do CPP – sob o fundamento de que a medida revelar-se-ia necessária pelo fato de a 
testemunha exercer função de segurança pública. O atuar constante no combate à 
criminalidade expõe o agente da segurança pública a inúmeras situações conflituosas 
com o ordenamento jurídico, sendo certo que as peculiaridades de cada uma acabam se 
perdendo em sua memória, seja pela frequência com que ocorrem, ou pela própria 
similitude dos fatos, sendo inviável a exigência de qualquer esforço intelectivo que 
ultrapasse a normalidade para que estes profissionais colaborem com a Justiça apenas 
quando o acusado se submeta ao contraditório deflagrado na ação penal. Esse é o tipo 
de situação que justifica a produção antecipada da prova testemunhal, pois além da 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
55 
proximidade temporal com a ocorrência dos fatos proporcionar uma maior fidelidade 
das declarações, possibilita o registro oficial da versão dos fatos vivenciados pelo agente 
da segurança pública, o qual terá grande relevância para a garantia da ampla defesa do 
acusado, caso a defesa técnica repute necessária a repetição do seu depoimento por 
ocasião da retomada do curso da ação penal. Precedente citado: HC 165.659-SP, Sexta 
Turma, DJe 26/8/2014. RHC 51.232-DF, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 2/10/2014 
(Informativo nº 549). 
 
Na verificação da materialidade delitiva do crime de violação de direito autoral (art. 184, 
§ 2º, do CP), admite-se perícia realizada com base nas características externas do 
material apreendido, não sendo necessária a catalogação dos CDs e DVDs, bem como a 
indicação de cada título e autor da obra apreendida e falsificada. A Lei 10.695/2003 – 
que incluiu os arts. 530-A a 530-G no CPP – previu novas regras para a apuração nos 
crimes contra a propriedade imaterial. Em face disso, a realização do laudo pericial 
agora prescinde de maiores formalidades. Ademais, não é necessária a catalogação dos 
CDs e DVDs, bem como a indicação de cada título e autor da obra apreendida e 
falsificada, porquanto a persecução do delito se procede mediante ação penal pública 
incondicionada. Precedente citado: AgRg no REsp 1.469.677-MG, Sexta Turma, DJe 
19/9/2014. AgRg no AREsp 276.128-MG, Rel. Min. Walter de Almeida Guilherme 
(Desembargador Convocado do TJ/SP), julgado em 2/10/2014 (Informativo nº 549). 
 
2.2. DA NECESSIDADE DA PERÍCIA. DA ATUAÇÃO DO PERITO. 
Então, nessa aula vou explorar os artigos do CPP, que abordam a legalidade das perícias e peritos. 
Iniciando, vejamos o artigo 158 do CPP: 
 
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar 
de crime que envolva: 
I - violência doméstica e familiar contra mulher; 
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
55 
 
Pessoal, o exame de corpo de delito compreende-se a perícia destinada à comprovação da 
materialidade das infrações que deixam vestígios (Ex: lesões corporais, furto qualificado pelo 
arrombamento, dano etc.). A própria nomenclatura utilizada – corpo de delito – sugere o objetivo 
dessa perícia. Assim, não se pode falar em exame de corpo de delito quando ausente um vestígio 
em consequência da prática delituosa. Observe-se que o referido art. 158 refere-se a exame de 
corpo de delito direto e indireto. Assim, considera-se direto quando realizado pelo expert diante 
do vestígio deixado pela infração penal, por exemplo, a necropsia no cadáver. Por outro lado, o 
exame indireto é aquele realizado com base em informações verossímeis fornecidas aos peritos 
quando não dispuserem estes do vestígio deixado pelo delito. Imagine-se um delito de estupro, 
sendo submetida a vítima à perícia de conjunção carnal ocorrida um mês antes. Não mais sendo 
constatado o vestígio em face do tempo decorrido, poderão os experts elaborar laudo indireto, a 
partir, por exemplo, de atestado do médico particular da vítima que a tenha examinado logo após 
a ocorrência. Nesse caso, o laudo indireto limitar-se-á a um juízo de compatibilidade, vale dizer, a 
afirmar que a realidade constatada é compatível com as referências constantes no documento que 
lhes foi apresentado. 
É muito comum, na doutrina, a confusão entre o exame de corpo de delito indireto e a 
possibilidade de suprimento da perícia pela prova testemunhal em razão do desaparecimento do 
vestígio. É que, apesar da obrigatoriedade da perícia determinada pelo art. 158 quando se tratar 
de crime que deixa vestígios, o Código de Processo Penal, estabeleceu que, quando o vestígio 
houver desaparecido, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Esta possibilidade de 
suprimento não se confunde com o chamado exame indireto, ok? No exame indireto há um laudo, 
firmado por peritos. Diferente é a situação de suprimento da perícia com base em testemunhas 
que vierem a prestar depoimento em juízo a respeito do vestígio do crime que tenham 
presenciado, caso em que se estará não diante de uma prova pericial indireta, mas sim de uma 
prova testemunhal. Essa a conjugaçãodos arts. 158 e 167, o primeiro classificando o exame de 
corpo de delito como direto ou indireto, e o segundo tratando da impossibilidade de realização do 
exame de corpo de delito, caso em que seria possível o suprimento pela prova testemunhal. 
 
 
 
 
 
 
 
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55 
O art. 158 do CPP, como já dissemos, determina que, quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado. Esta regra guarda simetria com o art. 564, III, b, do CPP, dispondo que constitui nulidade 
a falta do exame de corpo de delito, salvo o disposto no art. 167 do mesmo Código. Este, por sua 
vez, refere a possibilidade de suprimento do exame de corpo de delito pela prova testemunhal 
quando o vestígio houver desaparecido. 
Cabe lembrar que, em 2018 tivemos algumas alterações como o direito de prioridade à realização 
do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: violência doméstica e familiar 
contra mulher; e violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 
 
“Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. 
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que 
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o 
encargo.” 
“§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos 
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. 
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: 
I - requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, 
desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam 
encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas 
em laudo complementar; 
II - indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz 
ou ser inquiridos em audiência. 
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será 
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de 
perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. 
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento 
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais 
de um assistente técnico.” 
 
Continuando, o art. 159, caput, estabelece que o exame de corpo de delito deverá ser realizado 
por perito oficial portador de curso superior. 
Perito oficial é aquele que pertence aos quadros do Estado. Ao empregar a palavra “perito” no 
singular, o CPP aboliu a exigência de dois peritos para a realização do exame. Sendo oficial, 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
55 
portanto, basta um perito, ressalvada a hipótese de perícia que abranja mais de uma área do 
conhecimento, caso em que poderá ser designada a atuação de mais de um perito. Outra coisa, o 
CPP prevê que, na falta de perito oficial, poderá a perícia ser realizada por dois peritos não oficiais 
(peritos leigos), como tal consideradas as pessoas idôneas, portadoras de curso superior 
preferencialmente na área que constitui o objeto da perícia, que possuam habilitação técnica 
relacionada à natureza do exame e que, nomeadas pelo Delegado de Polícia ou pelo juiz, prestem 
o compromisso de bem e fielmente desempenharem a função para a qual encarregados. 
E no caso de divergência entre os peritos? Sabemos que existem 
determinadas hipóteses em que persiste a obrigatoriedade de ser a perícia executada por mais de 
um especialista. É o caso, por exemplo, da perícia efetuada por peritos não oficiais, exigindo o art. 
159, § 1.º, do CPP o mínimo de dois profissionais na sua efetivação; também assim o laudo 
toxicológico definitivo, sugerindo a redação do art. 50, § 2.º, da Lei 11.343/2006 a necessidade de 
que seja confeccionado por mais de um perito (refere o dispositivo que o perito que subscrever o 
laudo provisório não ficará impedido de participar do laudo definitivo, não sendo concebível que 
alguém participe de uma atividade sozinho); e, ainda, a perícia realizada para fins de 
materialização dos crimes contra a propriedade imaterial de ação penal privada, referindo-se o art. 
527 do CPP, expressamente, a “dois peritos”. 
Dessa forma, ficou notório que podem determinar a realização de perícias, o Promotor de Justiça e 
o Juiz. Entretanto, na grande maioria das ocorrências, onde o Delegado de Polícia primeiro toma 
conhecimento e por ser o presidente do inquérito, é quem mais exerce essa prerrogativa. Salienta-
se, ainda, que também as partes, especialmente por intermédio dos advogados que lhe 
representam, poderão requerer exames periciais, na fase processual, diretamente ao juiz. No 
entanto, não poderá requerer na fase inquisitorial a revisão ou complementação de exames 
periciais, uma vez que essa prerrogativa é exclusiva do magistrado. Esta prerrogativa caracteriza-se 
pela ausência de dispositivo contrário a esse procedimento e, em especial, pelo que orienta o Art. 
184 (“Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia 
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade”). 
No art. 159, § 3.º, do CPP contém regramento cogente, alertando que serão facultadas ao 
Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a 
formulação de quesitos e a indicação de assistentes. Assim, a ausência de notificação destes 
sujeitos processuais poderá acarretar nulidade processual, cuja natureza reputamos, ser relativa, 
sujeitando-se à demonstração de prejuízo para que seja declarada. Difere o regramento citado § 
3.º daquele incorporado ao art. 176 do CPP, pois este último é restrito a disciplinar que as partes 
poderão formular quesitos até o ato da diligência, estatuindo simples faculdade às partes que 
poderá ser exercida também na fase do inquérito policial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
55 
“Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que 
examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este 
prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.” 
 
Muitas perícias requerem exames complementares, que são necessárias para a análise e conclusão 
do laudo pericial, demandando assim dilação do prazo previsto. Observe-se que, de acordo com o 
constante no art. 160, parágrafo único, o laudo pericial deve ser concluído no prazo de dez dias. 
 
“Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, 
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que 
declararão no auto. 
Parágrafo único - Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, 
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar 
a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma 
circunstância relevante.” 
 
A regra estabelecida pelo Código de Processo Penal é a de que o exame de corpo de delito possa 
ser feito em qualquer dia e hora, sem restrições quanto aos feriados e períodos noturnos(art. 
161). Uma primeira exceção, contudo, existe em relação ao exame interno do cadáver (necropsia 
ou autópsia), o qual deverá ser feito no mínimo seis horas após a morte, segundo dispõe o art. 162 
do CPP. Como o risco de morte aparente, na atualidade, é improvável em face do avanço 
tecnológico, na prática esse tempo não tem sido observado, mesmo porque o próprio dispositivo 
citado ressalva a possibilidade de efetivação do exame antes do interregno lá previsto quando 
induvidosa a morte do indivíduo. 
Trata-se de medida de cautela, que objetiva impedir a realização do exame em um corpo onde 
ainda haja possibilidade de vida. Note-se que a Lei refere-se à autópsia, quando tecnicamente 
deveria indicar “necropsia”. O tempo de seis horas, baseia-se no fato que se evite que o exame 
seja realizado com a vítima viva. Consoante dispõe o artigo 162, parágrafo único, nem sempre será 
necessário o exame interno. Basta o exame externo do cadáver nos casos de morte violenta em 
que não houver infração penal para apurar como é o caso de morte acidental. Considera-se ainda 
desnecessária quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver 
exame interno para averiguar alguma circunstância relevante. 
 
“Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, 
em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto 
circunstanciado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único - O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, 
sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de 
encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às 
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.” 
 
Evidentemente, a autoridade a que faz referência o dispositivo é a policial, que é a quem compete 
determinar as providências necessárias para a necropsia (art. 6.º, VII, do CPP). Nada 
providenciando a autoridade policial, poderão os interessados (o Ministério Público, o assistente 
de acusação e o advogado do réu) requerer ao juiz que determine a exumação. Assim, as 
exumações podem ser requeridas administrativamente ou judicialmente, pelos herdeiros ou pelas 
autoridades. 
 
“Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem 
como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.” 
 
Embora as fotografias não sejam prova única, elas contribuem para a formação da convicção das 
autoridades que analisarem os inquéritos. 
 
“Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, 
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente 
rubricados. 
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao 
reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela 
inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se 
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 
Parágrafo único - Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos 
encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.” 
 
Os parentes poderão fazer o reconhecimento do morto, assim como outras pessoas que o 
conheciam. Será lavrado um auto de reconhecimento. 
 
“Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.” 
 
Mais a frente, vamos ver o que, realmente, são vestígios. A Lei diz que não sendo possível a 
realização do corpo de delito por haverem desaparecido – e não por não terem sido realizados em 
prazo adequado – a prova testemunhal poderá, então, suprir tal hipótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
55 
 
“Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de 
ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
§ 1º - No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de 
suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. 
§ 2º - Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no Art. 129, § 1º, I, do Código 
Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do 
crime. 
§ 3º - A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.” 
 
Tratando-se do crime de lesões corporais, a fim de evitar o desaparecimento dos vestígios, 
normalmente é o ofendido submetido ao exame de corpo de delito logo depois do fato. Neste 
exame deverão constar os esclarecimentos necessários para que possa o Ministério Público 
identificar a natureza da lesão praticada de modo a enquadrá-la no caput (lesão corporal leve) ou 
nos §§ 1.º e 2.º do art. 129 (lesão corporal grave ou gravíssima, respectivamente). Na verdade, o 
exame de corpo de delito no crime de lesões corporais compõe-se da resposta a determinados 
quesitos que, por sua vez, correspondem ao que dispõem o art. 129 e seus parágrafos. 
Para entender melhor essa parte, faz-se necessário ver o tipo do Art. 129, vejamos: 
“Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º - Se resulta: 
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.” 
 
O art. 168, § 2.º, como se vê, exige que a perícia seja feita “logo que decorra o prazo de 30 (trinta) 
dias”. Muito embora não seja explicitado qual seja esse prazo, os termos incorporados ao 
dispositivo em comento sugerem que o exame deva ser feito nos primeiros dias que se seguirem 
ao final do trintídio, sob pena de inviabilizar a constatação quanto a ter ficado ou não a vítima, 
efetivamente, incapacitada. 
Seguindo, vamos ao art. 169: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
55 
“Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade 
providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada 
dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas 
elucidativos. 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, 
no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos." 
 
Quando estudarmos local de crime, vão ver o quanto é importante a preservação daquele, pois, 
caso seja diferente teremos uma local inidôneo, o qual poderá prejudicar a perícia local. 
 
"Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas 
fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas." 
"Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da 
coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que 
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado." 
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que 
constituam produto do crime. 
Parágrafo único - Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio 
dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências. 
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado o 
perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o 
seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato." 
 
O art. 171do CPP dispõe que, “nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo 
a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão 
com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado”. A 
despeito dessa previsão, há controvérsias quanto à possibilidade de suprimento da perícia por 
outro meio de prova para fins de comprovação dessa qualificadora. Assim, desde que 
desaparecidos os vestígios, é possível, aplicando-se o art. 167 do CPP, reconhecer a qualificadora 
do rompimento de obstáculo a partir da prova testemunhal (ou de outras provas). Este é o 
entendimento dominante, compreendendo o STJ que “para a incidência da qualificadora prevista 
no art. 155, § 4.º, I, do Código Penal, é necessária a comprovação do rompimento de obstáculo, 
por laudo pericial, salvo em caso de desaparecimento dos vestígios, quando a prova testemunhal 
poderá suprir-lhe a falta.” 
Por outro lado, em relação à escalada, esta pressupõe o acesso ao local do furto por via anormal e 
com o emprego de meios artificiais, de particular agilidade ou de esforço sensível, reveladores da 
obstinação do agente em vencer as cautelas postas pelo ofendido para a defesa do seu patrimônio, 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
55 
bem como da sua maior capacidade de delinquir. Caracteriza-se, por exemplo, na transposição de 
janelas, telhados, muros, portões, túneis etc. 
O art. 173 do CPP estabelece que, “no caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em 
que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a 
extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato”. 
Aqui, temos o crime de incêndio, tipificado no art. 250 do Código Penal. As questões mencionadas 
no art. 173 do CPP e que devem ser respondidas pelos peritos (se possível) tendo em vista as 
peculiaridades do delito, cujas circunstâncias podem conduzir uma maior ou menor punição, 
dependendo tenha ocorrido em casa habitada ou não, dos instrumentos utilizados para provocar o 
fogo, do material ígneo empregado, das consequências e demais elementos que podem evidenciar 
o agir doloso ou culposo do agente. 
 
"Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á 
o seguinte: 
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for 
encontrada; 
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já 
tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não 
houver dúvida; 
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem 
em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem 
ser retirados; 
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a 
autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas 
em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as 
palavras que a pessoa será intimada a escrever." 
 
O art. 174 do CPP trata do exame grafotécnico. Esta prova pretende, mediante comparação da 
grafia aposta em documento escrito com a grafia do investigado ou do acusado, afirmar ou afastar 
a sua autoria em relação a determinado texto ou assinatura. Tratando-se de prova técnica, o 
exame constitui importante instrumento de convicção à autoridade policial, no curso das 
investigações, e ao juiz, no decorrer da instrução criminal. Sua utilização é bastante comum na 
apuração de crimes relacionados à falsificação de documentos públicos ou particulares, falsidade 
ideológica e estelionato. Sem embargo, também pode ser realizado na identificação da autoria de 
documentos relevantes para a comprovação de qualquer outro crime, como por exemplo, de 
homicídio previamente anunciado ao ofendido por meio de carta anônima supostamente enviada 
pelo acusado. 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
55 
Com a finalidade de efetuar a comparação, pode ser utilizado qualquer documento licitamente 
obtido, desde que comprovada sua autenticidade, o que pode ocorrer: por meio do 
reconhecimento do acusado de que a grafia lhe pertence; por meio de reconhecimento judicial, 
como por exemplo o documento produzido em processo cível reconhecidamente escrito pelo 
acusado; e por qualquer outro meio de prova hábil à afirmação da autoria do texto ou assinatura 
sob comparação. 
 
"Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim 
de se Ihes verificar a natureza e a eficiência." 
 
A obrigatoriedade do exame a que alude o art. 175 do CPP depende da hipótese concreta. 
Observe-se, por exemplo, a hipótese de um homicídio provocado por arma de fogo. Alegando o 
imputado, como defesa, disparo acidental, é importante que se faça a perícia para comprovar a 
viabilidade da versão apresentada. Diferentemente, sendo hipótese de imputação de homicídio 
doloso, em que alega o acusado, por exemplo, ter agido em legítima defesa ao desferir um tiro 
contra a vítima, a perícia no revólver apreendido é totalmente desnecessária. Suponha-se, agora, 
que o delito imputado seja o de disparo de arma de fogo. Neste caso, tratando-se de crime que se 
pode comprovar mediante prova testemunhal quanto à efetiva ocorrência da conduta, é 
absolutamente dispensável a perícia. 
 
"Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. 
Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita 
pelo juiz deprecante. 
Parágrafo único - Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória. 
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, 
juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos. 
Art. 179. No caso do § 1º do Art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado 
pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade. 
Parágrafo único - No caso do Art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, 
será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos. 
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as 
declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a 
autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar 
proceder a novo exame por outros peritos. 
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou 
contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o 
laudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
55 
Parágrafo único - A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros 
peritos, se julgar conveniente. 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em 
parte. 
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no Art. 19 (“Art. 
19 - Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo 
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão 
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.”). 
Art. 184 Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia 
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.” 
 
Ao participar mais de um profissional no exame pericial, é possível que venham eles a divergir nas 
respectivas conclusões. Para solucionar o impasse daí decorrente, prevê o art. 180 que, “se houver 
divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declaraçõese respostas de 
um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um 
terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por 
outros peritos”. Sintetizando, três são as possibilidades que podem surgir da análise judicial de 
laudo elaborado por mais de um perito, quando assim for exigido pela lei: 
 
 Peritos convergem nas conclusões e o juiz concorda integralmente com o resultado do 
laudo: a decisão será proferida em acordo com a perícia; 
 Peritos convergem nas conclusões e o juiz discorda com o resultado do laudo: o juiz 
proferirá decisão contrária ao laudo, fundamentando-a, porém, em outros elementos de 
prova coligidos ao processo; 
 Peritos divergem nas conclusões, caso em que o juiz: 
 Poderá optar por uma das soluções apontadas, discordando da remanescente e 
fundamentando esse seu entendimento; 
 Poderá nomear terceiro perito – chamado de “desempatador” – para indicar qual 
sua posição em face das conclusões contraditórias dos peritos que o antecederam 
no exame, guiando-se o magistrado, neste caso, pelo resultado das observações 
desse último expert; 
 Se o perito desempatador divergir das conclusões dos peritos que realizaram o 
primeiro laudo, poderá o juiz determinar nova perícia, a ser realizada por dois outros 
peritos, ignorando, então, a primeira realizada. 
 
Vamos, agora, fazer algumas questões. 
 
 
 
 
 
 
 
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55 
Até a próxima aula! 
Grande abraço e bons estudos! 
 
3 - QUESTÕES PROPOSTAS 
 
 
1) (2015 – CESPE - TJ-DF - Analista Judiciário – Judiciária) Julgue o item subsequente, em 
relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica e à citação por hora certa. 
Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código de Processo Penal, 
a prova ilícita produzida no processo criminal tem o condão de contaminar todas as provas 
dela decorrentes, devendo, entretanto, ficar evidenciado o nexo de causalidade entre elas, 
considerando-se válidas, ademais, as provas derivadas que possam ser obtidas por fonte 
independente da prova ilícita. 
 
2) (2015 – CESPE - TJ-DF – Oficial de Justiça) A respeito de prova criminal, de medidas 
cautelares e de prisão processual, julgue o item que se segue. 
A gravação decorrente de interceptação telefônica que não interessar ao processo deverá ser 
inutilizada por decisão judicial posterior, necessariamente, à conclusão da instrução 
processual. 
 
3) (2014 – CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal) No que se refere ao exame de 
corpo de delito, julgue o item seguinte. 
A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração deixar 
vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto. 
 
4) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
 
 
 
 
 
 
 
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55 
Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se 
lhes verificara propriedade. 
 
5) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-
á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou 
a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
 
6) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de coisas destruídas, 
deterioradas ou que constituam produto do crime. 
 
7) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da perícia ficará adstrito ao 
laudo elaborado pelo perito oficial. 
 
8) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes quando não for 
necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no caso de exame de corpo de delito. 
 
9) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes técnicos. 
 
10) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
55 
 
11) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às partes requerer a oitiva 
dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem a quesitos. 
 
12) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, mas a 
confissão do acusado pode supri-lo. 
 
13) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
 
14) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) Nos termos do Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, 
e responderão aos quesitos formulados. Ressalvada a possibilidade de prorrogação, em casos 
excepcionais, a requerimento dos peritos, o laudo pericial será elaborado no prazo máximo 
de 10 dias. 
 
15) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto - adapatda) Quanto ao processo penal, julgue os 
itens. 
O perito pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada sua condução 
coercitiva. 
 
16) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
55 
Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não poderão juntar ao laudo 
do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados, mas tão 
somente se ater à descrição precisa das lesões. 
 
17) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não bastará o simples 
exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar a necropsia com a abertura das três 
cavidades. 
 
18) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, não podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, mesmo a requerimento dos peritos. 
 
19) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito em qualquer dia e 
a qualquer hora, mas tão somente no período diurno. 
 
20) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocanteà prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela 
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que 
declararão no auto. 
 
21) (Fotógrafo Criminalístico - PCGO - 2011) A prova pericial é uma prova técnica, uma vez 
que pretende atestar a existência de fatos cuja certeza, segundo a lei, somente seria 
possível a partir de conhecimentos específicos. Acerca da prova pericial, julgue os itens. 
A prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos, tanto na demonstração 
da própria materialidade da infração penal por meio do exame de corpo de delito, como 
também na comprovação de outros dados importantes na apuração da verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
55 
22) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas no processo 
penal, julgue os itens. 
A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado 
no exame das provas em conjunto. 
 
23) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas no processo 
penal, julgue os itens. 
Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor ou sério 
constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do 
depoimento, determinará a pronta retirada do réu da sala de audiência, prosseguindo na 
inquirição, com a presença do seu defensor. 
 
24) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas no processo 
penal, julgue os itens. 
À exceção do exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia 
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. 
 
25) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas no processo 
penal, julgue os itens. 
Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar 
receio de que, ao tempo da instrução criminal, já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a 
requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento. 
 
26) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas no processo 
penal, julgue os itens. 
Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo relevante que 
justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o 
Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos. 
 
27) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral previstas na 
legislação processual penal, julgue os itens. 
 
 
 
 
 
 
 
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55 
A autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela 
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que 
declararão no auto. 
 
28) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral previstas na 
legislação processual penal, julgue os itens. 
Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não 
houver infração penal que apurar. 
 
29) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral previstas na 
legislação processual penal, julgue os itens. 
Os cadáveres serão sempre fotografados na posição de decúbito dorsal, bem como, na 
medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. 
 
30) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral previstas na 
legislação processual penal, julgue os itens. 
Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre juntarão ao laudo do 
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos. 
 
31) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral previstas na 
legislação processual penal, julgue os itens. 
Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento 
especializado, obrigatoriamente será designada a atuação de mais de um perito oficial. 
 
32) (2015 – CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário – Judiciária) No que se refere ao regime das 
provas em processo penal, julgue os itens. 
A testemunha pode se eximir do dever de prestar depoimento se for ascendente, 
descendente, cônjuge, companheiro, irmão, pai ou mãe do acusado ou da vítima, salvo se 
não for possível, por outro modo, obter a prova do fato e de suas circunstâncias. 
 
33) (2015 – CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário – Judiciária) No que se refere ao regime das 
provas em processo penal, julgue os itens. 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
55 
O interrogatório do surdo-mudo será, necessariamente, acompanhado de pessoa habilitada a 
entendê-lo, ainda que o interrogando saiba ler e escrever. 
 
34) (2015 – CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário – Judiciária) No que se refere ao regime das 
provas em processo penal, julgue os itens. 
Os exames de corpo de delito devem ser realizados por dois peritos oficiais, portadores de 
diploma de curso superior e, na falta de perito oficial, por duas pessoas idôneas, com ensino 
superior completo. 
 
35) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, assinale a alternativa correta. 
A) Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se lhes 
verificara propriedade. 
B) Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a 
exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a 
requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
C) Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de coisas destruídas, 
deterioradas ou que constituam produto do crime. 
D) O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da perícia ficará adstrito ao 
laudo elaborado pelo perito oficial. 
E) O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes quando não for necessária 
ao esclarecimento da verdade, inclusive no caso de exame de corpo de delito. 
 
36) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, 
de acordo com o Código de Processo Penal, 
A) durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes técnicos. 
B) o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior. 
C) durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às partes requerer a oitiva 
dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem a quesitos. 
D) quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, mas a confissão 
do acusado pode supri-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
55 
E) o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, 
não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
 
37) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil) Nos termos do Código de Processo 
Penal, os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que 
examinarem, e responderão aos quesitos formulados. Ressalvada a possibilidade de 
prorrogação, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos, o laudo pericial será 
elaborado no prazo máximo de 
A) 05 dias. 
B) 10 dias. 
C) 15 dias. 
D) 30 dias. 
 
38) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) No processo penal, o perito 
A) deve prestar compromisso para cada trabalho, ainda que seja perito oficial. 
B) deve, quando trabalha em dupla, chegar a um consenso com seu colega acerca do objeto da 
perícia, não podendo apresentar laudo divergente em separado. 
C) pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada suacondução coercitiva. 
D) pode ser considerado suspeito, mas nunca impedido. 
 
39) (Perito Criminal - PI - 2008) - Entre as alternativas abaixo, assinale a correta: 
A) Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não poderão juntar ao laudo do 
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados, mas tão somente se 
ater à descrição precisa das lesões. 
B) Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não bastará o simples 
exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar a necropsia com a abertura das três 
cavidades. 
C) O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, não podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, mesmo a requerimento dos peritos. 
D) O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito em qualquer dia e a 
qualquer hora, mas tão somente no período diurno. 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
55 
E) A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela 
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão 
no auto. 
 
40) (Perito Criminal - Policia Civil - PB - 2009) Com relação à forma das provas, assinale a 
opção correta. 
A) Considere que um projétil foi, comprovadamente, expelido pelo cano de uma arma de fogo, 
tendo sido tal arma apreendida pela polícia. Seguramente, a identificação do proprietário dessa 
arma indica o autor do disparo. 
B) Vestígio é a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autoriza, por 
indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. 
C) Uma impressão digital presente e registrada em um copo localizado sobre uma mesa em um 
prédio onde foi cometido um homicídio, identificada como tendo sido ali deixada pelo dedo da 
mão de determinada pessoa, é um indício que faz necessariamente prova de que essa pessoa foi a 
autora desse crime. 
D) Presunção é o juízo, a opinião pessoal, a convicção ou a suspeita que se formam em nossa 
consciência, da existência real de um fato, ou circunstância, desconhecidos, ante outros fatos ou 
circunstâncias conhecidos, que, por sua natureza, devam ou possam estar relacionados com o fato 
que se desconhece. 
E) Sob o ponto de vista criminalístico e processualístico, indícios e vestígios são palavras sinônimas. 
 
41) (Fotógrafo Criminalístico PCGO - 2011) A prova pericial é uma prova técnica, uma vez que 
pretende atestar a existência de fatos cuja certeza, segundo a lei, somente seria possível a 
partir de conhecimentos específicos. Acerca da prova pericial, é correto afirmar que 
A) deverá ser produzida por pessoas treinadas, sem a necessidade de habilitação na área. 
B) a prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos, tanto na demonstração da 
própria materialidade da infração penal por meio do exame de corpo de delito, como também na 
comprovação de outros dados importantes na apuração da verdade. 
(C) corresponde aos modos pelos quais as provas praticamente se produzem. Tomando-se por 
base os gêneros de provas, constituem prova pericial de sua concretização: a prova oral ou vocal; 
a pessoa testemunhal; o depoimento pessoal; a prova literal ou escrita; a documental 
(documentos públicos e privados); a pericial (exames, vistorias e arbitramento); a prova 
circunstancial (direta e indireta); as presunções; os indícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
55 
(D) a prova consiste na demonstração de inexistência daquilo que se alega como fundamento do 
direito que se defende ou que se contesta. 
(E) para auxiliar as partes em um processo, nas questões técnicas, poderá haver o profissional 
denominado auxiliar pericial. 
 
42) (Universa - Perito Criminal - GO - 2010) Provar se houve ou não a infração penal, 
demonstrar a ação do sujeito ativo na ação penal, fornecer subsídios de conhecimento 
técnico, científico e artísticos necessários à tipificação penal, comprovar o nexo de 
causalidade entre o sujeito ativo e a infração penal trata-se de 
(A) requisição de exames de corpo de delito. 
(B) modalidades de exames de corpo de delito. 
(C) isolamento e preservação de local de crime. 
(D) importância do exame de corpo de delito. 
(E) classificação de local de crime. 
 
43) (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Perito em Telecomunicação) Exceto quando os peritos, pela 
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes deste prazo, a autópsia 
deverá ser realizada pelo menos: 
A) 4 (quatro) horas após o óbito. 
B) 6 (seis) horas após o óbito. 
C) 8 (oito) horas após o óbito. 
D) 12 (doze) horas após o óbito. 
E) 24 (vinte e quatro) horas após o óbito. 
 
44) (PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polícia) Sobre a prova pericial é INCORRETO 
afrmar: 
A) O exame de corpo de delito deverá ser assinado por 2 (dois) peritos ofciais, portadores de 
diploma de curso superior. 
B) O exame de corpo de delito poderá ser realizado qualquer dia e horário, inclusive aos domingos. 
C) A autópsia será realizada, em regra, 6 (seis) horas após o óbito. 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
55 
D) Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material sufciente para a eventualidade de 
nova perícia. 
 
45) (2016 – FUNCAB - PC-PA - Escrivão de Polícia Civil) No que diz respeito às perícias e aos 
peritos é correto afirmar que: 
A) não pode ser realizada perícia em objetos falsificados. 
B) os peritos estão isentos de responsabilidade civil decorrente de dolo ou culpa. 
C) armas de fogo com numeração suprimida, raspada ou adulterada são isentas de perícia. 
D) os peritos podem ser responsabilizados criminalmente por atos no exercício da função. 
E) o Delegado de Polícia não pode requisitar uma perícia médico-legal. 
 
46) (2016 – CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) Com relação aos conhecimentos sobre 
corpo de delito, perito e perícia em medicina legal e aos documentos médico-legais, assinale 
a opção correta. 
A) Perícia é o exame determinado por autoridade policial ou judiciária com a finalidade de elucidar 
fato, estado ou situação no interesse da investigação e da justiça. 
B) O atestado médico equipara-se ao laudo pericial, para serventia nos autos de inquéritos e 
processos judiciais, devendo ambos ser emitidos por perito oficial. 
C) Perito oficial é todo indivíduo com expertise técnica na área de sua competência incumbido de 
realizar o exame. 
D) É inválido o laudo pericial que não foi assinado por dois peritos oficiais. 
E) Define-se corpo de delito como o conjunto de vestígios comprobatórios da prática de um crime 
evidenciado no corpo de uma pessoa. 
 
47) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca do exame de corpo de delito previsto 
no Código de Processo Penal, assinale a assertiva correta. 
A) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior. 
B) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado. 
C) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhai não suprirá a falta. 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
55 
D) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 03 (três) pessoas idôneas. 
E) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenharem o 
encargo. 
 
48) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral previstas na 
legislação processual penal, assinale a assertiva correta. 
A) Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver 
infração penal que apurar. 
B) A autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência 
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
C) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de umaárea de conhecimento especializado, 
obrigatoriamente será designada a atuação de mais de um perito oficial. 
D) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição de decúbito dorsal, bem como, na medida 
do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. 
E) Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre juntarão ao laudo do 
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos. 
 
4 - QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
1) (2015 – CESPE - TJ-DF - Analista Judiciário – Judiciária) Julgue o item subsequente, em 
relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica e à citação por hora certa. 
Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código de Processo Penal, 
a prova ilícita produzida no processo criminal tem o condão de contaminar todas as provas 
dela decorrentes, devendo, entretanto, ficar evidenciado o nexo de causalidade entre elas, 
considerando-se válidas, ademais, as provas derivadas que possam ser obtidas por fonte 
independente da prova ilícita. 
 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
55 
Isso mesmo! O art. 157 do CPP deixa claro que são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. Seguindo, no seu primeiro parágrafo, são também inadmissíveis as provas derivadas das 
ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as 
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
Gabarito: C. 
 
2) (2015 – CESPE - TJ-DF – Oficial de Justiça) A respeito de prova criminal, de medidas 
cautelares e de prisão processual, julgue o item que se segue. 
A gravação decorrente de interceptação telefônica que não interessar ao processo deverá ser 
inutilizada por decisão judicial posterior, necessariamente, à conclusão da instrução 
processual. 
 
Comentários: 
O art. 9° da Lei 9.296/96 menciona que a gravação a qual não interessar à prova será inutilizada 
por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de 
requerimento do Ministério Público ou da parte interessada. 
Gabarito: E. 
 
3) (2014 – CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal) No que se refere ao exame de 
corpo de delito, julgue o item seguinte. 
A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração deixar 
vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto. 
 
Comentários: 
 
O art. 158 do CPP deixa evidente que, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o 
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Vejamos um julgado sobre o assunto! 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
55 
O crime de dano (art. 163, CP), é delito material, ou seja, exige resultado naturalístico para a sua 
consumação, consistente na destruição, inutilização ou deterioração de um bem que venha 
acarretar a diminuição do patrimônio da vítima. Aplica-se ao crime de dano a regra do art. 158 do 
CPP, sendo indispensável a realização de exame de corpo de delito para a comprovação da 
materialidade delitiva, não podendo sua ausência ser suprida pela confissão do acusado. 
Demonstrado nos autos que o objeto material do delito foi encaminhado ao Instituto de 
Criminalística na data do fato criminoso, porém a perícia não foi realizada, não há que se falar em 
desaparecimento justificado dos vestígios, tampouco na aplicação do art. 167 do CPP. Recurso 
conhecido e não provido. 
(TJ-DF - APR: 20130710218448 , Relator: SOUZA E AVILA, Data de Julgamento: 16/07/2015, 2ª 
Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 22/07/2015 . Pág.: 64) 
Gabarito: E. 
 
4) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se 
lhes verificara propriedade. 
 
Comentários: 
Não! O art. 175 do CPP menciona que serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a 
prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência. 
Gabarito: E. 
 
5) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-
á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou 
a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
 
Comentários: 
Segundo o art. 168 do CPP, em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido 
incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
55 
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de 
seu defensor. Outra coisa, o Juiz não ficará adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial. 
Gabarito: C. 
 
6) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de coisas destruídas, 
deterioradas ou que constituam produto do crime. 
 
Comentários: 
O art. 172 do CPP, deixa claro que só irá proceder quando necessário! 
Gabarito: E. 
 
7) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da perícia ficará adstrito ao 
laudo elaborado pelo perito oficial. 
 
Comentários: 
O art. 182 do CPP menciona que o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, 
no todo ou em parte. 
Gabarito: E. 
 
8) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições do Código de 
Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes quando não for 
necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no caso de exame de corpo de delito. 
 
Comentários: 
Vejamos o art. 184 do CPP: 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
55 
“Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia 
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade”. 
Gabarito: E. 
 
9) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes técnicos. 
 
Comentários: 
Está errada, pois as partes podem indicar assistentes técnicos. 
Gabarito: E. 
 
10) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior. 
 
Comentários: 
Está errada, já que o exame de corpo de delito e perícias em geral serão realizados por um perito 
oficial ou, não havendo este, por dois peritos não oficiais. 
Gabarito: E. 
 
11) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às partes requerer a oitiva 
dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem a quesitos. 
 
Comentários: 
O erro é que as partes também poderão requerer que os peritos respondam aos quesitos por elas 
formulados. 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
55 
Gabarito: E. 
 
12) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens.Quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, mas a 
confissão do acusado pode supri-lo. 
 
Comentários: 
O art. 158 do CPP deixa evidente que, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o 
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Gabarito: E. 
 
13) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No tocante à prova, e 
de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
 
Comentários: 
O art. 155, caput, parte final, do CPP, ressalva da obrigatoriedade de judicialização as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. Exemplo de prova com natureza cautelar e não passível 
de repetição encontra-se nas interceptações telefônicas realizadas no curso do inquérito policial, 
as quais, se realizadas de acordo com a Lei 9.296/1996, poderão ser utilizadas na formação do 
convencimento do juiz, inclusive como fonte principal dessa convicção. 
Gabarito: C. 
 
14) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) Nos termos do Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, 
e responderão aos quesitos formulados. Ressalvada a possibilidade de prorrogação, em casos 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
55 
excepcionais, a requerimento dos peritos, o laudo pericial será elaborado no prazo máximo 
de 10 dias. 
 
Comentários: 
Essa ficou bem tranquila, nos termos do art. 160 Parágrafo único - O laudo pericial será elaborado 
no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a 
requerimento dos peritos. 
Gabarito: C. 
 
15) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto - adapatda) Quanto ao processo penal, julgue os 
itens. 
O perito pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada sua condução 
coercitiva. 
 
Comentários: 
Aqui temos a combinação dos art.159, § 5o e art. 278 do CPP, pois, durante o curso do processo 
judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a 
prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou 
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, 
podendo apresentar as respostas em laudo complementar. E no caso de não comparecimento do 
perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução. 
Gabarito: C. 
 
16) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não poderão juntar ao laudo 
do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados, mas tão 
somente se ater à descrição precisa das lesões. 
 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
55 
Pelo contrário, o art. 165 do CPP menciona que para representar as lesões encontradas no 
cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas 
ou desenhos, devidamente rubricados. 
Gabarito: E. 
 
17) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não bastará o simples 
exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar a necropsia com a abertura das três 
cavidades. 
 
Comentários: 
Segundo o art. 162 do CPP, a autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se 
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o 
que declararão no auto. E, nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do 
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem 
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de 
alguma circunstância relevante. 
Gabarito: E. 
 
18) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, não podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, mesmo a requerimento dos peritos. 
 
Comentários: 
O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, 
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos e o exame de corpo de delito poderá ser feito 
em qualquer dia e a qualquer hora. É preciso saber que a autópsia será feita pelo menos seis horas 
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser 
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
55 
 
19) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito em qualquer dia e 
a qualquer hora, mas tão somente no período diurno. 
 
Comentários: 
Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver 
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e 
não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. 
Poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
Gabarito: E. 
 
20) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo com o Código de 
Processo Penal, julgue os itens. 
A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela 
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que 
declararão no auto. 
 
Comentários: 
O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, 
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos e o exame de corpo de delito poderá ser feito 
em qualquer dia e a qualquer hora. É preciso saber que a autópsia será feita pelo menos seis 
horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa 
ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Nos casos de morte violenta, bastará o 
simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as 
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno 
para a verificação de alguma circunstância relevante. E em caso de exumação para exame 
cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize 
a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. Os cadáveres serão sempre fotografados na 
posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e 
vestígios deixados no local do crime. 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
55 
 
21) (Fotógrafo Criminalístico - PCGO - 2011) A prova pericial é uma prova técnica, uma vez 
que pretende atestar a existência de fatos cuja certeza, segundo a lei, somente seria 
possível a partir de conhecimentos específicos. Acerca da prova pericial, julgue os itens. 
A prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos, tanto na demonstração 
da própria materialidade da infração penal por meio do exame de corpo de delito, como 
também na comprovação de outros dados importantes na apuração da verdade. 
 
Comentários: 
A perícia é muito importante dentro do conjunto probante. Assim, o judiciário não pode analisar 
os fatos sem a contribuição dos técnicos ou pessoas especializadas em determinado

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