Buscar

A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR PARA O PACIENTE DIALÍTICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
- FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR PARA O 
MELHOR ENFRENTAMENTO PELO PACIENTE 
DIALÍTICO 
 
 
 
SIMONE APARECIDA MACIEL FERRÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barbacena/MG 
2020 
A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR PARA O MELHOR 
ENFRENTAMENTO PELO PACIENTE DIALÍTICO 
 
SIMONE APARECIDA MACIEL FERRÂO 
 
RESUMO 
 
O presente artigo tem por finalidade abordar sobre a importância do apoio 
familiar para o enfrentamento do paciente dialítico.Afinal o tratamento por meio 
de diálise torna-se incômodo e agressivo uma vez que a família se faz presente 
e apoia esse paciente observa-se resultados benéficos importantes.Objetiva-se 
analisar a importância da família no tratamento dialítico e auxiliar na 
necessidade do apoio familiar para adesão ao tratamento. Realizou-se uma 
revisão sistemática da literatura acerca da efetiva adesão ao tratamento por 
pacientes dialíticos.Foram pesquisados artigos científicos a partir da biblioteca 
virtual da saúde (BVS) que permite a busca simultânea em diversas bases 
 de dados nos quais são indexados os principais periódicos brasileiros, 
sendo selecionados 10 artigos científicos. Nesse sentido, para o 
desdobramento do presente artigo, utilizou-se como recurso metodológico a 
pesquisa bibliográfica realizada através de autores que tratam sobre o tema 
proposto e de legislação que abarcam sobre a temática sugerida. Chega-se ao 
resultado que os pacientes que receberam apoio familiar desde a descoberta 
da necessidade de diálise,aceitaram melhor o diagnóstico e efetivaram o 
tratamento. 
 
Palavras-chave: NEFROLOGIA, ENFRENTAMENTO, FAMÍLIA. 
 
INTRODUÇÃO 
A insuficiência renal é uma doença sistêmica e acontece quando os rins 
não conseguem exercer sua função, ou seja, deixa de remover os produtos 
metabólicos produzidos pelo corpo ou de realizar sua função reguladora. As 
substâncias que são eliminadas pela urina acumulam nos líquidos corporais, 
devido o comprometimento da excreção renal e acaba levando a ruptura das 
funções metabólicas e endócrinas, como a distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-
básico. 
A insuficiência renal pode ser classificada em aguda ou crônica. Na 
aguda a insuficiência renal surge em poucos dias e tem cura, enquanto que na 
crônica a doença vai se desenvolvendo e quando é detectada já é irreversível. 
A insuficiência renal aguda é uma síndrome clínica reversível em que existe 
uma perda súbita e quase completa da função renal durante um período de 
horas ou dias, com falha para excretar os produtos residuais nitrogenados e 
manter a homeostasia hidroeletrolítica. 
 Este tipo de insuficiência ocorre mais em pacientes hospitalizados, 
embora possa ocorrer também em ambiente ambulatorial. Ainda pode se ter a 
forma mais grave da doença renal que é a Insuficiência Renal Crônica (IRC). 
Esta é uma expressão que se refere ao diagnóstico sindrômico onde há a 
perda progressiva e irreversível da função renal de depuração. 
O paciente com IRC, em programa de hemodiálise, é obrigado a 
conviver diariamente com uma doença que não tem cura, que o obriga a 
passar por um doloroso tratamento, que demora horas, dependendo do 
programa e da necessidade, todos os dias ou alguns dias na semana, que 
provoca, junto com a evolução da doença e com suas complicações, grandes 
limitações que causam um impacto de alta relevância na sua vida e da família 
(HIGA, 2008). 
 Por essas perdas das funções renais na IRC o paciente tem que passar 
pela hemodiálise que corresponde pelo desvio do sangue do organismo, 
através de um dialisador, onde vai ocorrer a disfunção por ultrafiltração, e 
regressa posteriormente ao organismo. Todo esse processo é muito difícil para 
o doente, exigindo dele mudanças profundas tanto da condição física, 
psicológica, etc. E é por isso que a assistência de enfermagem é essencial 
durante o tratamento, pois é responsável desde a avaliar o paciente, ao acesso 
venoso, dar assistência enquanto o paciente dialisa até ajudá-lo a compreender 
as modificações do seu estado de vida. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
De acordo com o QUADRO 1 o método escolhido para a realização do 
presente artigo foi o levantamento bibliográfico. 
O levantamento pode ser bibliográfico ou documental. Neste caso, 
especificamente, foi bibliográfico. Para tanto, foram levantados conteúdos já 
publicados sobre as práticas pedagógicas utilizadas pelo docente em 
enfermagem. (GIL, 2002). 
É de suma relevância a realização de pesquisa bibliográfica, pois 
qualquer espécie de estudo, em qualquer área de estudo, exige-se um 
levantamento bibliográfico prévio, com o intuito de fornecer a importância da 
pesquisa ora elaborada, analisando o que já se produziu sobre determinado 
tema acadêmico-científico. 
A finalidade do levantamento bibliográfico, encontra-se na busca de 
conhecimentos tanto culturais como científicos já relatados anteriormente, 
adquirindo determinadas informações e conhecimentos prévios em relação ao 
tema para a qual se procura uma certa resposta. 
 
QUADRO 1 – Métodos e materiais utilizados na pesquisa 
 
Método 
 
Tipo de 
Pesquisa 
 
Técnica de 
Coleta de Dados 
 
Técnica de 
Tratamento dos 
Dados 
 
Levantamento 
bibliográfico 
 
Qualitativa 
Descritiva 
 
Análise 
bibliográfica 
 
Análise de 
conteúdo 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2018). 
 
O estudo em questão caracteriza-se como pesquisa de cunho 
qualitativo, descritivo, com característica de relato de artigos científicos que já 
trataram sobre a temática sugerida. 
De acordo com Capaverde et al: 
 
 A pesquisa qualitativa é útil para firmar conceitos e tem como 
objetivo explicar como as pessoas consideram uma 
experiência, uma idéia a ser alcançada e dar sugestões sobre 
variáveis a serem estudadas com maior profundidade. 
(CAPAVERDE et al, 2012, p.6) 
 
Ressalta-se a importância da revisão bibliográfica deve ser conferida à 
revisão crítica de teorias e estudos no processo de desenvolvimento de novos 
conhecimentos, sendo um aspecto relevante na contribuição para o 
desenvolvimento teórico-metodológico no referido campo de estudo. 
A forma de coleta de dados adotada foi à análise bibliográfica que tem 
como fundamental vantagem apresentar maior gama de fenômenos ao 
pesquisador em vista daqueles que poderia pesquisar de forma direta o que se 
mostra relevante quando o problema de pesquisa se relaciona a dados muito 
dispersos no espaço. Em muitas situações, não há outra maneira de conhecer 
os fatos se não com base em análises bibliográficas. (GIL, 2002). 
A coleta de dados foi realizada por meio de análise de conteúdo que é 
uma técnica de pesquisa para a descrição objetiva, sistemática e qualitativa do 
conteúdo evidente da comunicação (LAKATOS & MARCONI, 1999). 
 
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Inicialmente, oportuno mencionar que para se chegar aos resultados do 
presente trabalho, foi realizada uma identificação do estudo primário sobre o 
assunto, sendo consultados nesse sentido os bancos de dados da BVS 
(Biblioteca virtual em saúde). 
A busca foi realizada pela combinação dos descritores: nefrologia and 
enfrentratamento and família. Utilizando o operador boleano AND. Diante 
disso, a busca na base de dados resultou em 98 artigos. Que após critérios de 
inclusão e exclusão foram selecionados Brasil e Português 33 artigos, foram 
excluídos 32, restando 10 artigos para a construção desse estudo. 
De acordo com os autores a hemodiálise é um procedimento na qual 
uma máquina limpa e filtra o sangue, substituindo a função fisiológica dos rins, 
eliminando os resíduos prejudiciais à saúde como o excesso de sal e de 
líquidos, a Insuficiência Renal Crônica (IRC) consiste em lesão renal com perda 
progressiva e irreversível da função da filtração glomerular, função tubular e 
função endócrina. Em sua fase mais avançada os rins não conseguem manter 
a normalidade, uma síndrome clínica, de evoluçãolenta e longa duração. 
Identificada quando os rins não conseguem mais manter a normalidade do 
meio interno devido à perda de suas funções, o que ocasiona 
comprometimento dos outros órgãos do organismo. (6) 
Para Ribeiro et al. (2009), define-se insuficiência renal quando os rins 
não são capazes de remover os produtos de degradação metabólica do corpo 
ou de realizar as funções reguladoras. Desta maneira as substâncias 
normalmente eliminadas na urina tendem a acumular-se nos líquidos corporais 
em consequência da excreção renal comprometida, e ocasionam ruptura nas 
funções endócrinas e metabólicas, além de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-
básicos. É uma doença sistêmica e consiste na via final comum de muitas 
diferentes doenças do rim e do trato urinário (7). 
A IRC é dividida em seis estágios funcionais de acordo com o grau de 
função renal do paciente. Estes estágios compreendem desde a fase onde os 
indivíduos não apresentam lesão renal e mantêm sua função renal normal, 
porém se encaixam dentro do grupo de risco, até a fase cinco que inclui o 
indivíduo com lesão renal e insuficiência renal terminal ou dialítica (4). A 
doença renal é considerada um grande problema de saúde pública, pelas 
elevadas taxas de morbidade e mortalidade e, além disso, tem impacto 
negativo sobre a qualidade de vida relacionada à saúde. São cerca de 17 
milhões de pessoas acometidas pela IRC ao ano (10). 
No Brasil, segundo o censo 2008 da Sociedade Brasileira de Nefrologia 
(SBN), há 310 Unidades Renais que oferecem Programa Crônico Ambulatorial 
de Diálise atendendo cerca de 41.614 pacientes. Somente na região Nordeste, 
há 7.948 pessoas em tratamento dialítico. E, de acordo com SBN, em 2010, 
mais de 92 mil pessoas se encontravam em tratamento dialítico, sendo a 
hemodiálise o tipo de terapia renal substitutiva mais utilizada (8). 
Faz-se necessário evidenciar a importante função do Enfermeiro como 
educador, um compromisso ético e profissional. Sendo este um dos grandes 
responsáveis por incentivar o autocuidado à saúde visto que desenvolve a 
atuação mais próxima aos pacientes. A atuação deste profissional na 
prevenção à progressão da DRC se traduz na assistência prestada de forma 
assistemática aos pacientes na atenção básica em saúde, sem discriminar 
ações específicas da prevenção e da progressão, como sendo um processo 
inseparável (5). 
Pois o enfermeiro como coordenador da equipe deve coordenar a 
assistência prestada, identificando as necessidades individuais de cada cliente, 
proporcionando meios de atendimento que visem uma melhor adequação do 
tratamento, garantindo assim uma qualidade de vida melhor, aproveitando 
todos os momentos para criar condições de mudanças quando necessário. A 
prática do cuidar personalizado está diretamente ligada à qualidade da 
assistência prestada, e uma das formas de alcançar este objetivo é através do 
processo de enfermagem (10). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Verificou-se no presente trabalho que se faz necessário uma reflexão 
sobre a importância da família no processo de aceitação da diálise, assim 
como no acompanhamento em casa e no incentivo diário do paciente visto que 
o processo de diálise do paciente crônico pode ser tornar um processo 
doloroso e cansativo. 
Pacientes que receberam o apoio familiar durante o processo de 
descoberta da patologia e do tratamento tiveram maior aceitação pelo 
tratamento e consequentemente obtiveram melhores resultados. A família 
vivência uma experiência estressante em decorrência de uma doença 
persistente e passa a reavaliar seus saberes criando expectativas frente à 
realidade da cronicidade. 
 A rotina familiar muda drasticamente com as constantes visitas ao 
médico, medicações, hospitalizações, tratamento; o que acaba atingindo todas 
as pessoas que convivem com o doente. Geralmente, a família também 
vivencia uma situação de crise definida pelo sentimento de impotência. É esse 
o principal motivo pelo qual a família também precisa ser incluída no tratamento 
Pois, o cuidado interdisciplinar na diálise possibilita, entre outros 
benefícios, redução do número de hospitalizações, melhor controle da 
hipertensão arterial, dos distúrbios metabólicos e da anemia, bem como melhor 
preparo psicológico no período anterior ao início da diálise. É o que se chama 
de psicoeducação: a difusão da informação que cada cuidador pode utilizar no 
desenvolvimento e crescimento pessoal a fim de estimular o auxílio/apoio ao 
doente renal e sua família através da educação na promoção à saúde, como 
potencializador de atividades em um tempo que estaria reocupado 
. Por fim, chega-se a conclusão no presente artigo que apesar do 
sofrimento quando a família se faz presente durante todo o processo de 
tratamento os resultados são melhores e o processo se faz mais completo. Por 
isso se faz necessário o constante acompanhamento da equipe de 
enfermagem á essa família junto ao enfrentamento das diálises e de toda as 
adequações necessárias. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. MADEIRA EQP, LOPES GS, SANTOS SFF. A investigação epidemiológica 
na prevenção da insuficiência renal terminal. Ênfase no estudo da agregação 
familiar: Medoinline [periódico online] 1998 Abr-Jun [consultado em agosto de 
2011] 
 2. SANCHES, M.H.; PESTANA, J.O.M; SPOLIDORIO,L.C.; DENARDIN, 
O.V.P. Cuidados odontológicos em portadores de Insuficiência Renal Crônica. 
Revista Paulista de Odontologi, V.26, N.5, SET/OUT.2004, P.29-32. 
 3. ROMÃO JÚNIOR J.E.Doença renal crônica: definição, epidemiologia e 
classificação. J. Bras. Nefol 2004: 26 (3): 1-3. 
4. SALOMÃO A, ET AL. Projeto piloto de hemodiálise curta diária: melhora da 
qualidade de vida de renais crônicos. J Bras Nefrol 2002; 24(4): 168-75. 
 5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Amostragem dos centros de 
diálise do Brasil [citado 06 dez 2007]. Disponível em: 
HTTP://www.sbn.org.br/censo/2006/Amostragem.pp#7 Acessado ago/11 
6. MARTINS LM, França APD, KIMURA M. Qualidade de vida de pessoas com 
doença crônica. Rer Latino-am Enfermagem 1996 março; 4(3): 5-8. 
7. ASSOCIAÇÃO DOS RENAIS E TRANSPLANTADOS DO ESTADO DO RIO 
DE JANEIRO. Qualidade de vida. Rio de Janeiro; ADRETERJ; 2005 
8. CESARINO, CB. Paciente com insuficiência renal crônica em tratamento 
hemodialítico: atividade educativa do enfermeiro. Ribeirão Preto: Escola de 
Enfermagem da USP; 1995. 
9. CORMIER, DM, STEWART M. Support and coping of male 
hemodialysisdependent patients. Int J Nurs Stud 1997; 34(6): 420-30… 
10. BITTENCOURT ZZLC. Qualidade de vida e representações sociais em 
portadores de patologias crônicas: estudo de um grupo de renais crônicos 
transplantados. Campinas: Faculdade de Ciências Médicas da Universidade 
Estadual de Campinas; 2003.156p

Outros materiais