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Projeto - Legalização da Maconha

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unifoa - FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CURSO DE GRADUAÇÃO de direito
Arthur Zanelato
Ruy Porphirio
O DISCURSO DE LEGALIZAÇÃO DA MACONHA 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Volta Redonda - RJ
2020
unifoa - FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CURSO DE GRADUAÇÃO de direito
Arthur Zanelato
Ruy Porphirio
O DISCURSO DE LEGALIZAÇÃO DA MACONHA 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de avaliação apresentado ao Curso de Graduação em Direito da UniFOA, como requisito parcial para obtenção de nota no semestre avaliativo, sob a orientação da Profª. Mônica Barison.
Volta Redonda
2020
Dedicamos esse Trabalho aos nossos pais e amigos. Devemos todo carinho e gratidão por nos ajudarem no desenvolvimento das atividades deste tão sonhado curso de Direito.
1 introdução
As drogas acompanham a humanidade desde tempos imemoriais. No livro-documentário do repórter Ivan Schimidt, intitulado "A Ilusão das Drogas", de 1983, publicado pela editora Casa Publicadora Brasileira, o autor narra que há registros de que os povos pré-astecas e astecas tenham utilizado substâncias alucinógenas para cultos religiosos, pois, acreditavam que as alucinações eram, na realidade, revelações que os deuses lhes faziam. Não apenas religiosamente o homem se valeu do poder das drogas, mas também e, fundamentalmente, sob seu aspecto medicinal. As drogas que propiciam o anestesiamento do corpo, como, por exemplo, os derivados da papoula (Papaver somniferum), como o ópio e a morfina, que fazem cessar a sensação da dor, colaboram decisivamente nos processos cirúrgicos.
Mas, o descobrimento das substâncias estupefacientes e seus efeitos sobre o organismo humano, abriram muitos outros caminhos. Sabemos que a natureza humana é inconstante, por isso, ela pode evoluir ou se degenerar para o mal. Desta forma, a utilização das drogas para fins meramente religiosos ou medicinais, foi abrindo espaço para a utilização indiscriminada dessas substâncias. Logo, as pessoas recorrem às drogas, fundamentalmente, em razão da possibilidade que nela vêem de afastar de si toda dor e sofrimento. Principalmente, na sociedade hodierna, onde a humanização das pessoas vem perdendo terreno em face da mecanização cada vez mais acelerada do modo de vida.
A Maconha é uma droga entorpecente, também chamada de marijuana, produzida a partir das plantas herbáceas cientificamente conhecidas por cannabis sativa. Esta droga é proibida no Brasil, assim como na maior parte do mundo. Entretanto, há países que autorizam o seu consumo, como é o exemplo da Holanda e do Canadá. Sabe-se que na Holanda há Cafés onde é permitido seu uso, desde que o usuário não dirija após consumir a droga e seja maior de idade. Já no Canadá, o consumo da droga é autorizada para fins medicinais como agente antiemético, ou seja, para aliviar sintomas relacionados à náusea, vômitos e enjôo, e também no auxílio do tratamento de pessoas com câncer, AIDS e até mesmo glaucoma, sendo que em cada caso a droga atinge uma finalidade específica.
No Brasil, a proibição do uso de substâncias entorpecentes está prevista na Lei 11.343/06, a qual institui algumas penas ao seu usuário, como, por exemplo: advertências sobre os efeitos da droga, prestação de serviços à comunidade e também medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
2. OBJETIVO
2.1
Objetivo Geral
Analisar a utilização da maconha para fins medicinais e porque ela deve ser legalizada no Brasil, abordando as correntes favoráveis e contrárias na doutrina e na jurisprudência.
2.2
Objetivos Específicos
a) Revisar a doutrina e artigos sobre o uso da maconha para fins medicinais com objetivo de verificar se é possível sua legalização;
b) Definir o que é maconha, quais são seus principais elementos terapêuticos e seus efeitos que justificariam sua legalização ou permanência da proibição;
c) Analisar o posicionamento contrário acerca da liberação da cannabis e confrontar seus argumentos com os argumentos dos defensores de sua liberação;
d) Verificar as decisões judiciais que levaram a liberação e qual o critério adotado por essas jurisprudências.
3. JUSTIFICATIVA
Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (2012), do total da população adulta no Brasil, 5,8% declarou já ter usado maconha alguma vez na vida, ou seja, 7,8 milhões de brasileiros adultos já usaram maconha. Assim, seja pelo uso recreativo ou medicinal, a maconha está presente na sociedade brasileira, mesmo sua utilização sendo proibida, por isso o debate sobre o seu uso é de suma relevância.
Este trabalho é justificado pela importância social/jurídica do tema proposto, havendo inúmeros estudos científicos a favor do uso da maconha para fins terapêuticos e sua utilização em diversos Países; fundamental para o debate sobre o assunto é o conhecimento do fenômeno destas substâncias, seus benefícios e consequências, analisando-se os aspectos jurídicos e pautando-se pelo direito à saúde e à vida plena.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 A MACONHA – CANNABIS SATIVA
Cannabis é um gênero de plantas herbáceas de grande tamanho. Da espécie cannabis sativa se obtém o cânhamo e diversas drogas alucinógenas.
A cannabis sativa é um arbusto silvestre que cresce em zonas temperadas e tropicais, podendo chegar a uma altura de seis metros, extraindo de sua resina o haxixe. Seu componente pisco ativo mais relevante é o delta-9-tetrahidrocanabinol (delta-9-THC), contendo a planta mais de sessenta componentes relacionados. Os fármacos psicotrópicos descobertos até agora contêm sempre alcalóides indólicos. A única exceção a essa regra é o cânhamo, pois o THC não contém nitrogênio e não é, portanto um alcalóide.
A maconha é o produto formado pelas subunidades floridas, folhas, frutos, talos, sementes do cânhamo. Uma vez secos são triturados finamente, por isso tem uma aparência de tabaco, variando sua coloração segundo a sua procedência de verde a marrom.
Seu consumo se realiza de forma pura ou mesclada com tabaco, podendo ainda ser encontrada em forma de cápsulas, incensos e chá. Os efeitos da mesma variam dependendo da sua riqueza em THC. Essa riqueza depende do clima em que cresceu a planta, método de cultivo, armazenamento e colheita. Seus efeitos podem ser similares ao do haxixe, porém menos potentes.
Consome-se preferencialmente fumada, mas pode realizar-se infusões com efeitos distintos. O cigarro de maconha pode conter 150 ml de THC e chegar até o dobro, caso seja consumida com o óleo de haxixe. Em respeito à dependência, se considera primordialmente psíquica, os sintomas característicos da intoxicação são: ansiedade, irritabilidade, tremores, insônia, muito similares aos das benzodiacepinas.
O consumo oral da maconha implica efeitos psicológicos similares aos expressados na forma fumada, porém em maior intensidade e duração, e com efeitos nocivos potencializados.
A maconha pura contém inúmeros agentes químicos, alguns deles sumamente causam danos à saúde. Porém o THC em forma de pílula para consumo oral (não se fuma), poderia ser utilizado no tratamento dos efeitos colaterais (náuseas e vômitos) em alguns tratamentos contra o câncer. Outro químico relacionado com o THC (nabilone) foi autorizado pela “Food and Drug Administration” para o tratamento dos doentes de câncer que sofrem de náuseas. Em sua forma oral o THC é usado em doentes com AIDS, porque os ajuda a comer melhor e manter seu peso.
O THC afeta as células do cérebro encarregadas da memória. Isto faz com que a pessoa tenha dificuldade em recordar eventos recentes (como os que se sucederam a minutos atrás), e dificulta o aprendizado quando da influencia da droga. Ao ser fumada é facilmente absorvida pelos pulmões e passam rapidamente ao cérebro. Seus efeitos se manifestam poucos minutos após, e podem durar entre duas e três horas.
4.2 ATUAL DIREITO PENAL BRASILEIRO – USO DE DROGAS
Como comentado acima, tudo o que é massificado, chamará a atenção da política. Políticos, pessoas legitimadas para exercer os direitos democráticos de administração que emanam do povo de acordo com a Constituição (art. 1°, parágrafo único), por dependerem de votos em sua carreira,tendem a ter ou a opinião de uma maioria, ou de um grupo forte, unido, que tem uma mesma idéia. Tanto os grupos prós como os contra a legalização da maconha se encaixam na descrição, e, por isso, drogas viraram assunto político.
A Lei 11.343/06, em seu artigo 28, apresenta a seguinte redação:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - Advertência sobre os efeitos das drogas;
II - Prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
§ 2º Para determinar se a droga se destinava a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - Admoestação verbal;
II - Multa.
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.
Vê-se aqui o primeiro uso da política para angariar seguidores. Reconhecendo o art. 28 como ilícito penal (Capítulo III: Dos Crimes e das Penas, da lei 11.343), há de se lembrar que as penas possíveis, de acordo com o art. 32 do Código Penal, são as penas privativas de liberdade, as restritivas de direito e a multa. Onde, então, encontra-se respaldo legal para penas como “advertência ou admoestação verbal”? Por isso, até, considera-se que a nova lei das drogas descriminalizou o seu consumo, uma vez que as consequências advindas do poder estatal não passam pelo crivo da análise legal da Parte Geral do diploma penal pátrio.
Penas em abstrato como essas mostram a força política sobre o Direito e sua ciência, uma vez que enquanto esse é subordinado àquele, não há doutrina que se imponha. Pode haver jurisprudência, mas as últimas instâncias são claramente contaminadas devido ao critério de sua escolha, então, nestes casos, a jurisprudência mais forte deverá ser sempre a favor do que foi sancionado.
Além do mais, o legislador foi bastante imprudente ao não estabelecer a pena mínima para a prestação de serviços comunitários, que é a base para o aumento ou diminuição da pena em suas outras fases de dosimetria. Posiciona-se aqui a favor do mínimo de trinta dias, já que, pela inteligência da lei do art. 44, §4° do CP, as penas abaixo de trinta dias não oferecem eficácia.
Outra possível usurpação da força penal é em relação à reincidência: o art. 44, II, confere o direito de prestação de serviços comunitários somente quando o usuário não for reincidente em crime doloso (que é o caso). É verdade que diz o caput que ali se trata da substituição da pena restritiva de liberdade, mas não há no nosso ordenamento jurídico pena de restrição de direitos em abstrato (apesar de a hipótese ser legal), o que confere ao §4° do art. 28 da lei 11.343/06 um caráter estranho ao nosso ordenamento.
4.3 A ADEQUAÇÃO SOCIAL E PRINCÍPIO DO FATO E OFENSIVIDADE
Quem estuda o Direito entende a ciência, mas não necessariamente quem o opera a conhece, a respeita ou age da forma como a doutrina comanda. Assim, para a sociedade não ficar à mercê de caprichos individuais de eleitos e suas reformas legiferantes, há o princípio da Adequação Social, segundo o qual não se deve punir um ato que, considerado criminoso, não atinge o grau de reprovação social esperado pelos ilícitos penais.
Assim, não há porque condenar o uso da maconha se a sociedade considera normal, vale diferenciar “normal” de “comum”: o primeiro retrata a indiferença de algo analisado objetivamente, enquanto o segundo termo representa algo de incidência difusa, recorrente, mas não necessariamente aceita.
O princípio do fato advoga a idéia de que uma pessoa só poderá ser punida quando suas cogitações, por mais ofensivas que sejam, comecem a ser executadas. O jus puniendi não deverá ser usado contra intenções ou pensamentos das pessoas, como afirma Luiz Flávio Gomes. A ofensividade, ou lesividade, é clara: não há crime sem dano, ou perigo concreto de bem jurídico.
Estes princípios tem bastante importância, por exemplo, na determinação de não punição a quem não atinge a fase executória no iter criminis, ou tenta praticar o chamado crime impossível, com absoluta ineficácia do meio ou impropriedade do objeto. Importantíssima é a lição de Capez, quando diz:
“Não há crime quando a conduta não tiver oferecido ao menos um perigo, concreto, real, efetivo e comprovado de lesão ao bem jurídico. A punição de uma agressão em sua fase embrionária, embora aparentemente útil do ponto de vista da defesa social, representa ameaça à proteção do indivíduo contra uma atuação demasiadamente intervencionista do Estado.”
4.4 A DESCRIMINALIZAÇÃO DA DROGA
A maioria dos consumidores entende que a droga é ofensiva apenas aos seus usuários, mas é interessante notar como os defensores da legalização das drogas sempre afirmam que isto é assunto de saúde pública.
Trata-se de clara admissão do efeito do uso de drogas de modo pesado na sociedade. Estudos apontam que boa parte de furtos, roubos e mesmo do tráfico, se dá para a sustentação do vício. Isto posto, vê-se dificuldade para saber qual é o bem jurídico real que diz respeito ao consumo de drogas: a saúde em si, a saúde pública, ou a segurança pública.
A discussão fica um tanto quanto acalorada por um erro do legislador, que, ao invés de definir tal bem na própria legislação, como é feito no Código Penal em títulos e capítulos, definiu apenas como crime a prática do uso de drogas.
Fica complicada a discussão doutrinária a respeito disso. Ora, lembrando-se do princípio in dubio pro reu, restando dúvida acerca disso, o bem jurídico defendido deveria ser a saúde, por si só, já que é o menos difuso dos bens elencados. Daí vem a importância dos princípios, já que, como estudado, não se deve punir alguém pelo o que ele é, e sim pelo o que ele faz.
Entretanto, é impossível atualmente tratar das drogas como problema individual. Como já sustentado, há grande risco para a segurança pública, caso o consumo de drogas seja sustentado com outras práticas ilícitas. O risco começa como individual, e passo para o âmbito público, mais precisamente, nesse casso para a segurança pública.
Em se tratando de ofensa à segurança pública, vemos como principais tipos, o furto, o roubo e o tráfico. Estas condutas já estão tipificadas à exceção da última, que deverá se encaixar no mesmo bem jurídico do consumo. Além do mais, não são as drogas ilícitas que causam, exclusiva ou majoritariamente, o constante preenchimento dos tipos penais por atos cometidos na sociedade: qualquer um deles é praticado primariamente para a obtenção de (injusta) vantagem financeira, sendo que apenas esta poderá ser diretamente relacionada ao consumo de entorpecentes, como poderia o ser também para consumo de comida ou roupa.
O que, porém, não pode ser excluído éa lesão ao bem jurídico saúde pública. O usuário da cannabis, por exemplo, sofre com os danos causados pelo seu cigarro, da mesma forma que sofreria com qualquer outro cigarro. Há ainda o problema causado aos fumantes passivos. Também é provado que o uso por jovens, com o cérebro ainda em formação, traz riscos graves de desenvolver dependência. E não há estudo atual que diga, com certeza (certeza essa sempre muito duvidosa pelo caráter e capacidade evolucionista da ciência, diga-se de passagem), quais outros riscos essa prática traz à saúde do indivíduo. Aliás, mesmo os benefícios louváveis da droga, como o eficaz alívio da dor em doentes crônicos, não fogem à esfera da saúde pública.
Chega-se à constatação, portanto, de que, apesar de sua forma estranha como ilícito penal, o consumo de drogas não é ainda totalmente aceito pela legislação criminal, e, de fato, há a lesão do bem jurídico saúde pública, o que configura a hipótese de crime pelos princípios estudados.
5. METODOLOGIA
O referido projeto foi desenvolvido para melhor entendimento desse assunto que vem sendo bastante discutido. Foi realizado a pesquisa dos dados entre o período de 10 a 14 de junho de 2020.
Nos últimos meses estão sendo noticiados artigos que demonstram o ensejo de manifestações tomando esta frente e que muitas vezes estão sendo suprimidos pela justificativa de que se trata de apologia ao crime, ou seja, ao uso das drogas. O direito de se manifestar a respeito da legalização da maconha não configura, de forma alguma, apologia ao uso de droga, sendo que, a autoridade que assim entende pode estar agindo com abuso de poder ao constranger um cidadão. Todos temos direito de exprimir opiniões, o que configura a liberdade de expressão, uma vez que não se grite: "Use maconha", mas sim "Legalize a maconha", pois pedir a legalização não confere o incentivo a seu consumo.
No momento em que a passeata toma rumos opostos e, ao invés de clamar pela legalização, fizer relação ao USO propriamente dito da droga, estará incentivando esta prática e, com isso, ficará caracterizada a apologia ao crime, uma vez que o uso desta está elencado no rol de substâncias entorpecentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, órgão responsável para a listagem das substâncias entorpecentes.
Muito menos podem os manifestantes consumir a droga durante a passeata, o que caracterizaria o crime com pena prevista no artigo 28 da lei 11.343/06. Mas, tratando da apologia ao crime, estabelecido no artigo 287 do Código Penal, deve-se atentar ao fato real, isto é, analisar exatamente a atitude do manifestante para que isto possa ser considerado ou não apologia. A menção ao abuso do poder é proferida em face da prisão de um advogado, no Rio de Janeiro, que caminhava com seu cachorro, o qual levava uma mensagem em sua coleira que dizia: "A estupidez é a essência do preconceito, legalize a cannabis". O pedido desta inscrição é pela legalização da droga, já que não está defendendo nem mesmo enaltecendo o seu consumo.
5.1 SEUS EFEITOS
A maconha fumada causa a maioria dos mesmos problemas de saúde relacionados ao tabaco. Fumada ou comida, a maconha pode quebrar o equilíbrio, a coordenação física e a percepção visual. Isto pode ser perigoso ao dirigir um automóvel ou operar máquinas. Algumas pessoas se sentem narcotizadas (desorientadas e vertiginosas) ao usar a maconha. Esse efeito pode ser mais forte quando se come que quando se fuma.
Alguns usuários desenvolvem uma tolerância a maconha. Isto significa que necessitam de doses cada vez mais altas para conseguirem o mesmo efeito. Os usuários também podem tornar-se dependentes da maconha e podem ter síndrome de abstinência quando deixam de usa-las.
O principal inconveniente para o uso estritamente médico da cannabis, é o chamado efeito “globo” ou “muito doido”, que consiste em um transtorno das conexões nervosas que produz um fenômeno de dispersão mental, debilitando a memória imediata e dispersando as faculdades discursivas.
O efeito psicotrópico da cannabis, similar ao de outras substancias como o LSD, Peiote, Psilocibina, consiste basicamente em uma sensibilidade incrementada que leva também a uma certa falta de equilíbrio e de segurança psíquica do sujeito, acompanhada de uma “alteração do estado de consciência”.
Esses efeitos em gente insegura podem acabar em reações de pânico e ansiedade. De todas as formas esses casos são escassos. Pois as pessoas propensas a isso, normalmente deixam o consumo. A maconha reduz a tensão sanguínea (por isso seus efeitos relaxantes), e em caso de abuso pode produzir o desmaio momentâneo do consumidor “teto branco”, que com uns minutos de relaxamento e um pouco de glicose, se solucionam.
5.2 POSSIBILIDADES TERAPEUTICAS 
Todos os atos médicos estão baseados no binômio risco-benefício, e a maconha não é uma exceção. Apesar do THC ser o principio ativo mais estudado, existem outros componentes com possíveis usos terapêuticos, como o: canabidiol. O possível uso terapêutico dos canabinoides, mede-se com os mesmos parâmetros com que se valora outras moléculas potencialmente terapêuticas, ou seja, baseada em analises cientificas metodologicamente rigorosas.
Os riscos do consumo da maconha não devem ser considerados apenas em função dos efeitos adversos agudos, senão também e, sobretudo nos efeitos de longo prazo em sujeitos com doenças crônicas, dadas os riscos de aparição de tolerância aos ditos efeitos terapêuticos.
Fatores como a idade, o estado imune, e o desenvolvimento de doenças intercorrente ou concomitante deve ser considerado na determinação do risco. Nas pesquias realizadas até o momento, a maconha pode ter utilidade terapêutica em: Analgesia, transtornos neurológicos e dos movimentos, náuseas e vômitos associadas a terapias oncológicas (câncer), glaucoma, estimulante do apetite, estresse e insônia.
5.3 ASPECTOS POSITIVOS
Os defensores da legalização costumam dizer que o tráfico da cannabis, hoje gigantesco, acabaria. Não é verdade. Ele diminuiria consideravelmente, mas não se deve acreditar que ele vá acabar por diversos fatores. 
O primeiro, é que, sendo legal a comercialização da droga, ela seria passiva de cobrança de impostos e taxas. Devido ao seu alto consumo, isto geraria receita enorme para o Brasil, o que é realmente muito bom.
Mas porque se deve acreditar que aqueles quase profissionais do tráfico, que sempre negociaram sem gastar com impostos, no máximo com propina, entrariam para o mundo do comércio legal? Ora, eles continuariam sendo traficantes de outras drogas, já que nem todas devem ser legalizadas (aliás, entre as mais famosas, a maconha é a menos lucrativa – a única droga entre cocaína, ecstasy, crack, anfetaminas, LSD, entre outras, que tem preço comparado ao da maconha é o crack, mas o usuário dele não agüenta ficar tanto tempo sem quanto o da maconha). E já teriam tudo pronto para o tráfico continuar funcionando. Dizer que a legalização da cannabis, acabaria com o seu comércio ilegal, é negar a existência de contrabando concomitante com as importações, ou mesmo qualquer sonegação de imposto.
Uma possível redenção à lei que regulamentasse o consumo de cannabis poderia inclusive ser insegura para os mesmos, por deixá-los mais próximos dos órgãos fiscalizadores do Estado – uma eventual redenção, mesmo que parcial, entretanto, pode ser um aspecto positivo visto por esse lado também. Entretanto, haveria, sim, um grande comércio legal da droga. Por si só, ele geraria riqueza, fluxo de capital, criação de empregos diretos (comerciantes, fiscais) e indiretos (transporte, publicidade).
Há também de se lembrar do aprimoramento em relação aos estudos referentes à maconha. Haveria maior liberdade para a mesma ser testada, e um campo tecnológico enorme poderia ser criado. A planta cannabis é reconhecidamente, também, matéria-prima excelente para a fabricação de celulose, o que seria uma melhor alternativa às atuais plantações de eucalipto e plantas para este fim, que normalmente são mais caras, demoram muito para crescer e produzem material de piorqualidade. Pode ser também uma saída para o menor desmatamento das florestas nativas brasileiras.
5.4 ASPECTOS NEGATIVOS
O primeiro é que o tráfico não acabaria, e, com o provável aumento da demanda, não é difícil de imaginar uma boa parcela dela sendo atendida por produtos ilegais.
Além do mais, o consumo e a posse deveriam ser regulamentados, o que, além de muito demorado no Brasil, nem sempre é feito com eficácia. Saber se o consumo seria ao ar livre, em locais comuns de entretenimento, cafés especializados, como ocorreria a fiscalização, a destinação dos recursos provenientes de taxas e impostos tudo isto deveria ser discutido, e, levando tempo, poderia gerar rede de ilegalidades no comércio da droga, e o aumento de consumo ainda alimentado inteiramente pelo tráfico, além de onerar o já defasado aparato estatal.
Para a saúde, então, seria uma catástrofe. Não se sabe ao certo, ainda, os efeitos da maconha no cérebro adulto, mas o cigarro da droga tem os mesmos riscos de um cigarro comum: câncer no pulmão, na boca, laringe, faringe. Com certeza o problemático Sistema Único de Saúde não precisa de mais um cigarro para causar-lhe problemas. Vale dizer, claro, que as pessoas não costumam fumar o mesmo tanto de maconha que fumam de cigarro, mas mesmo assim o efeito ainda é grande, já que o cigarro da maconha é um pouco pior que o normal.
5.5 LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Ao tratar novamente o caso do advogado que foi preso no Rio de Janeiro, é claro que se trata de um ato de liberdade de expressão. A própria Constituição Federal nos confere este direito em seu artigo 5°, inciso IV, que prevê como direito e garantia fundamental que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato". O fato de as pessoas se reunirem e saírem às ruas em busca de algo que acreditam ser ideal também não caracteriza crime, já que mais uma vez estão amparadas pela nossa Lei Maior, no inciso XVI, do mesmo artigo 5°, o qual dispõe que "todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente". 
Assim sendo, desde que seja advertida a realização desta manifestação à autoridade competente, esta poderá ocorrer. A proibição destas manifestações caracteriza um ato atentatório à democracia, pois privam a liberdade de expressão reprimindo as passeatas, assim como na era da ditadura militar brasileira. É certo que o uso da maconha constitui crime, porém as manifestações que visam sua legalização não passam de liberdade de expressão. 
O uso da maconha e o ensejo de sua legalização sabendo que o instituto legal proíbe o uso desta droga, devemos analisar do ponto de vista jurídico o que acarretaria efetivamente a discussão acerca de sua legalização. O povo brasileiro está cansado de assistir a violência que tem se instaurado em nosso país e todos sabem que muitos dos casos envolvem o uso de drogas e, principalmente, o tráfico, que é o "Rei" do crime organizado atual. Entretanto, deve-se atentar que, quando há a intenção de manifestação pela legalização da maconha, não se enseja a legalização de todas as drogas.
Já que muitos dizem, baseados em índices, que grande parte da violência instaurada no país é derivada de pessoas que estavam sob o efeito de drogas, não convém analisar mais profundamente e indicar a porcentagem destas pessoas que estavam sob efeito específico da maconha e assim comparar com as pessoas que cometem crime estando sob efeito do álcool, por exemplo. Pode parecer absurdo, mas talvez este resultado mude a forma de pensar de muitas pessoas. Há também quem justifique que as pessoas não tendem a se satisfazer consumindo exclusivamente a maconha, o que muitas vezes não está em conforme com a realidade, pois o fato de ser proibido o uso desta droga faz com que as pessoas se dirijam ao tráfico e assim se iludam pela perspectiva de que está droga já não é o suficiente.
Estabelecendo uma hipótese, será que se esta droga fosse legalizada no país, claro que de forma razoável, apenas como válvula de escape como ainda será demonstrado, o fato de não ser estabelecida uma relação entre consumidos e traficante não diminuiria o número de pessoas que se envolveriam com o tráfico afim de consumir outros tipos de entorpecentes? Não podemos ser complacentes e é fato que a droga não é algo benéfico à saúde, embora saibamos que há outros tipos de substância legalizadas que também causam diversos malefícios ao organismo, como é o caso do tabaco e do álcool.
A legalização não visa tornar a imagem da droga bem vista aos olhos de todos, deve-se acautelar de forma a demonstrar todos os malefícios que esta pode causar ao usuário, contudo estará rompendo uma ponte entre este e o traficante, e, assim sendo, enfraquecerá o tráfico e o sistema criminoso, já que se sabe ser esta uma fonte muito rentável ao crime, posto que no Brasil pelo menos é a droga ilícita mais consumida, segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo. Há um ditado que diz: "conveniência faz o ladrão", ou seja, para quem já está envolvido não custa dar mais um passo a frente.
O governo deve encontrar uma forma de controlar o uso da maconha e não apenas proibí-la, pois, assim fazendo, não impede que as pessoas se arrisquem indo em busca da droga nas mãos dos traficantes. O problema maior a ser discutido é o tráfico de drogas e não o que cada particular pode fazer contra si próprio. Deve-se, portanto, desclassificar o enfoque dado ao usuário e a droga e sim atentar ao quadro: tráfico e droga. O ideal é serem passadas pelos meios de comunicação, mensagens que atentem não ser bom o uso da droga, para também não incentivar o seu consumo, apenas deixando claro que não constitui crime.
A legalização poderia atingir somente as pessoas que compram a droga, uma vez que governo organizasse uma forma lógica desta venda, tirando de fato o poder das mãos de quem a vende, sem autorização para fazê-lo. Sendo assim, estaríamos ainda punindo os comerciantes da droga e fornecendo uma segurança maior, no ponto de vista social e econômico (já que sobre a droga estaria sendo cobrado o tributo estabelecido pelo governo assim como sobre o tabaco).
O Senado, em fevereiro de 2004, aprovou a Lei 7.134, que decreta o fim da pena de prisão para usuários e dependentes de drogas, sendo assim, quem é detido e se declara usuário passa por um exame toxicológico o qual visa comprovar seu estado. Esta lei dispensa também a necessidade de o consumidor flagrado com entorpecentes ir à delegacia e com isso deverá ele ser encaminhado à Justiça, onde prestará depoimento e, caso isso não seja possível, o infrator deverá assinar termo circunstanciado pelo qual se comprometerá a ir ao juizado.
5.2 PROJETO DE LEI SOBRE O CASO
Esta hipótese é um tanto complicada, porque atualmente não há norma federal que regule as drogas proibidas. Dificilmente o Congresso decidirá que uma votação dessa escala deverá passar por todo o processo de tramitação entre suas casas projeto de lei, votações, aprovação, sanção ou veto, fora os lobbies para ver uma lei federal ser alterada (ou criada) para excluir apenas uma droga. Esta seria a melhor hipótese para uma eventual legalização das drogas como um todo, mas o risco disso é tão grande que não deveria ser sequer discutido, não porque não deve haver debate, mas simplesmente porque legalizar todas as drogas é colocar nas mãos de todos os cidadãos, a maioria sem maior conhecimento, algo com potencial lesivo fatal.
Além do mais, a constatação de que a legalização de uma única droga no Brasil não deu certo, teria uma correção mais difícil, já que a proibição não poderia ocorrer com novo ato singular da agência reguladora, mas sim com um igual processo, demorado, que foi capaz de legalizar.
5.2.1 LEGALIZAÇÃO POR JURISPRUDÊNCIA
Como já estudado, a atual proibição das drogas é feita através de resolução por um membro da administração federal. Há duas correntes que falam sobrehierarquia das normas: uma defende que ela existe, outra, que não. A que defende sua existência, afirma que a resolução está na base uma pirâmide normativa.
Considerando que a decisão judicial tem força de lei e não será contrariada por sua letra fria, abstrata, se for decidido anuir, pelas instâncias suscetíveis de discussão, o consumo de droga, assim o será. Há diversas formas, porém, disso acontecer.
5.2.2 LEGALIZAÇÃO POR JURISPRUDÊNCIA ORDINÁRIA (TJ)
É a jurisprudência de 1ª e 2ª instância, ela ocorreria por impulso de cidadão comum, arguindo, de alguma forma, a legalidade do consumo de, por exemplo, cannabis (há possibilidades de isto ocorrer, e será debatido mais à frente) e teria efeito inter-partes.
A possibilidade de maiores frutos deste tipo de ação seria muito pequena, já que haveria discussão e diversas posições jurisprudenciais, o que logo faria com que as ações chegassem ao STJ e ao STF, que tomariam decisões legal praticamente vinculativas, já com efeito erga omnes.
5.2.3 PROJETO DE LEI ATUAL
Atualmente, há um projeto de lei do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) que aspira a unificação da legislação de drogas, defendendo a união dos ministérios da Educação, da Saúde e da Justiça para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Política Antidrogas, para que se tomem medidas educativas e de prevenção. O projeto de lei propõe, ainda, a tipificação de financiadores e traficantes de drogas, o aumento de penas contra eles, a amenização de penas contra usuários e o estabelecimento de normas de repressão contra produção e venda de drogas.
6. CRONOGRAMA
Abaixo segue o cronograma de elaboração do trabalho proposto, seguindo dos referidos prazos estabelecidos:
	2020
	10/06
	13/06
	14/06
	Fase exploratória
	x
	
	
	Fase de pesquisa de campo
	
	x
	
	Fase do tratamento do material
	
	
	x
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não se pune o povo com uma proibição, já que muitas vezes esta não é eficaz. As autoridades, agindo desta forma, beneficiam o tráfico, que é o único favorecido. Se legalizassem o uso desta droga, poderia ser cobrada uma taxa alta de tributo em cima do produto, assim como ocorre com o tabaco e com o álcool, a fim de trazer uma valorização econômica às mãos do governo e não dos traficantes, como ocorre atualmente, e, com isso, deixaríamos um problema social se tornar eficaz economicamente.
Não é o fato da legalização da droga que vai tornar o mundo viciado, só tiraria do tráfico este poder, já que são poucas as pessoas que deixam de consumir a droga pelo simples fato de ser proibido. Legalizando, o tráfico perderia sua "menina dos olhos", já que esta é a droga mais vendida do país. Encaro a situação como forma de desestruturar o crime organizado, fundado no tráfico de drogas que perderia muito com isso e mesmo assim receberiam punição, sendo que as pessoas estariam autorizadas a comprar em estabelecimentos autorizados. Mas devemos nos questionar: se, para dar a vida, talvez tenhamos que destruir um embrião, não seria bom pensar na legalização da maconha a fim de desestruturar o tráfico?
As pessoas continuarão consumindo maconha, quer seja proibido quer não, mas as autoridades podem romper a relação perigosa que existe até a pessoa chegar ao consumo da mesma, através de sua legalização.
8. REFERÊNCIAS
Folha Online Brasília - Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u90963.shtml, acessado em 12 de junho de 2020.
Horne, Francisco Alejandro. Boletim Jurídico - Disponível em http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1537, acessado em 13 de junho de 2020.
Portal CIC Unb - Disponível em http://www.cic.unb.br/~fatima/imi/imi200/b/hojebrasil.htm, acessado em 13 de junho de 2020.
BRASIL. ANVISA. Resolução n° 147 de 28 de maio de 1999. Publicar a atualização das listas de substâncias sujeitas a controle especial (Anexo I) em acordo com o artigo 101 do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998, republicado no Diário Oficial da União de 1 de fevereiro de 1999. ANVISA, disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/147_99.htm> Acessado em 14 de junho de 2020.
BRASIL. Código penal. 3. ed. São Paulo: Vade Mecum, 2009. BRASIL. Constituição (1988). Constituição federal. 3. ed. São Paulo: Vade Mecum, 2009.
BRASIL. Lei 11.343. 3. ed. São Paulo: Vade Mecum. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
JUSTE, Marília. “Maconha é uma das substâncias mais seguras”, afirma especialista. G1 globo. nov. 2006. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,AA1353657-5603,00.html> Acessado em 14 de junho de 2020.
PRESSE, France. Álcool e fumo são piores que LSD, diz estudo. G1 globo, mar. 2007. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL13574-5603,00.html> Acessado em 14 de junho de 2020.

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