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Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar modulo 2

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Parasitologia e 
Saneamento
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Anderson Sena Barnabe
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
• Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar;
• Amebíase;
• Giardíase;
• Toxoplasmose;
• Doença de Chagas.
• Dar base para o conhecimento técnico a respeito das características fi siopatológicas e 
epidemiológicas das principais protozooses de transmissão alimentar.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Protozoários de Veiculação
Hídrica e Alimentar
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
Protozoários de Veiculação 
Hídrica e Alimentar
Muitas doenças transmitidas por alimentos (DTAs) podem ter etiologia parasitá-
ria e, dentre essas, as que são originadas por protozoários, as quais denominare-
mos protozooses, que representam grande risco à saúde pública (REY, 2002). 
Quando iniciamos os estudos sobre protozoários, precisamos antes de tudo, 
defini-los. Cavalier-Smith e Ema (2003), por exemplo, denominou esses seres vivos 
como: “eucariotos unicelulares fagotróficos com mitocôndrias”; o que pode ser uma 
definição simples, incluindo a grande maioria dos protozoários. Em resumo, os 
protozoários são seres unicelulares que possuem mitocôndria e um núcleo, o que 
os separam de outros microrganismos, tais como as bactérias. Essa denominação 
é um simples resumo dentro da complexidade desse grupo, visto que muitos deles 
não são patogênicos e representam importante papel no meio ambiente.
Existem milhares de espécies de protozoários, essa diversidade de organismos 
varia desde as não patogênicas até àquelas causadoras de importantes doenças em 
países tropicais (REY, 2002; NEVES, 2004). Contudo, antes de iniciarmos os estu-
dos sobre as mais relevantes, deixaremos claro que existe uma grande diversidade 
dessas patologias, o que faz com que algumas não sejam abordadas neste capítulo 
por não terem relevância como DTAs ou dentro do recorte da veiculação hídrica, 
tais como a malária e as leishmanioses.
Dentre as dez doenças especificadas como prioridades de investigação pelo Pro-
grama Especial da Organização Mundial da Saúde para Pesquisa e Treinamento 
em Doenças Tropicais, quatro são causadas por protozoários parasitas: malária, 
leishmaniose, doença de Chagas e doença do sono. Essas doenças, e outras como 
a amebíase e tricomoníase, apresentam um aumento alarmante de casos de refrati-
vidade aos tratamentos e riscos de reincidências, associados à falta de saneamento 
básico, em específico à disposição inadequada de esgotos e à falta de consumo de 
água portável em boa parte do mundo (CAMARGO, 2008).
As protozooses nas quais nos concentraremos são denominadas de intestinais, 
que decorrem da presença de protozoários no trato digestivo e que, ao contrário 
dos helmintos, proliferam no interior do organismo; e as sistêmicas como a to-
xoplasmose e a doença de Chagas, por conta da relevância dessas como DTAs. 
As protozooses com caráter patogênico epidemiológico mais verificadas no mundo 
e em nosso país são giardíase e amebíase. Neste material, além dessas, estudare-
mos as peculiaridades também das já citadas toxoplasmose e doença de Chagas, as 
quais nos contextos atuais estão sendo implicadas também como DTAs.
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Amebíase
Amebíase é uma infecção causada no ser humano pelo protozoário parasito 
Entamoeba histolytica. É uma das formas mais primitivas de protozoário, sen-
do extremamente frágil, pleomórfica e sensível a mudanças de temperatura a
(MARTINEZ-PALOMO, 1988; CODEIRO; MACEDO, 2007). Apresentando ape-
nas duas formas morfológicas definidas (trofozoítos e cistos), a amebíase é uma 
das infecções parasitárias veiculadas por alimentos mais presentes em nosso meio.
Extremamente comum em países tropicais, onde sua disseminação está diretamen-
te ligada à contaminação pelos cistos em alimentos consumíveis crus, tais como 
frutas e verduras, água não potável ou qualquer outro meio de disseminação feco-
-oral, uma vez que essas formas infectantes são liberadas em grande quantidade 
pelas fezes dos portadores (CORDEIRO; MACEDO, 2007).
Uma vez contaminado o ser humano, ocorre no intestino delgado o desencis-
tamento e os trofozoítos liberados migram para o intestino grosso (REY, 2002; 
NEVES, 2004; CORDEIRO; MACEDO, 2007). Os trofozoítos multiplicam-se por 
divisão binária e sofrem o processo de encistamento, originando novos cistos que 
são eliminados nas fezes. Por causa da proteção conferida por sua parede, os cistos 
podem sobreviver dias e até semanas no meio ambiente (CORDEIRO; MACEDO, 
2007). O ciclo dessa doença pode ser visto na Figura 1:
Figura 1 – Ciclo parasitário da Entamoeba histolytica
Fonte: Adaptado de cdc.gov
9
UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
Tendo por base a Figura 1, podemos verificar as formas císticas em 1; a ingestão 
dos cistos maduros em 2 (ver a presença de 1 até 4 núcleos no cisto); a transfor-
mação das formas trofozoítas e sua multiplicação e a formação de novos cistos que 
sairão junto das fezes (adaptado de REY, 2002).
Na forma não invasiva, o que ocorre na maioria dos casos de infectados imuno-
competentes, os trofozoítos permanecem confinados no lúmen intestinal dos por-
tadores, sendo denominados assintomáticos, eliminando os cistos em suas fezes. 
Na forma invasiva, os trofozoítos, cuja denominação também pode ser trofozoítos 
vegetativos, invadem a mucosa intestinal e, através da corrente sanguínea, atin-
gem outros órgãos como fígado, pulmão e encéfalo, causando doença extra-in-
testinal (ESPINOSA-CANTELLANO; MARTINEZ-PALOMO, 2000; CORDEIRO; 
MACEDO, 2007).
Aspectos clínicos
Em relação aos aspectos clínicos da doença, Cordeiro e Macedo (2007) efetu-
aram uma grande revisão sistemática do assunto e descreveram que se observa 
de um lado do espectro as formas assintomáticas, muito comuns no complexo 
patológico dessas parasitoses, e do outro, as que caracterizam a amebíase invasiva 
intestinal com disenteria, colite, apendicite, megacólon, peritonite, abscesso hepá-
tico, abscesso pleuropulmonar, lesões oculares e genitais, associados a gravidade 
da doença inferindo a virulência do agente e estado deimunidade dos portadores. 
Por virulência, devemos entender a capacidade do agente etiológico em produzir dano fisiopatológico.
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A amebíase hepática é a forma invasiva que causa o maior número de mor-
tes, cujo percentual varia nos diferentes estudos (SHAMSUZZAMAN et al, 2000). 
Pacientes com colite amebiana apresentam diarreia sanguinolenta e dor abdominal. 
O início é gradual, com pacientes relatando várias semanas de sintomas. São comuns 
pequenos e múltiplos volumes de fezes mucoides, porém, pode ocorrer diarreia 
aquosa profusa (CORDEIRO; MACEDO, 2007).
Durante algum tempo, em meados dos anos de 1990, surgiu a tese da separação 
de duas espécies de ameba morfologicamente idênticas. Uma seria a forma não pa-
togênica, a Entamoeba díspar, capaz de causar lesões intestinais focais em animais 
de laboratório (ALLANSON-JONES et al., 1986; REED et al., 1991; SANTOS; 
SOARES, 2008). Esse organismo, que faz parte do complexo gênero Entamoeba, 
vive no homem como um comensal estável e avirulento, produzindo um estado de 
portador assintomático e sendo aproximadamente dez vezes mais prevalente do 
que a E. histolytica (SANTOS; SOARES, 2008).
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Diagnóstico e prevenção da amebíase
Detectável por exames laboratoriais simples como os exames protoparasitológi-
cos fecais, a amebíase deve ser investigada principalmente junto a manipuladores 
de alimentos, visto que, se participarem do ciclo da doença de forma assintomática, 
eliminam as formas infectantes (cistos) em suas fezes, o que, associado à falta de 
higiene, pode contribuir para a disseminação da doença por via alimentar.
Programas de educação sanitária, higienização das mãos antes e após o uso de 
banheiros, e aplicação de agentes antimicrobianos para desinfecção (hipoclorito de 
sódio, por exemplo) de águas, frutas, verduras e legumes são medidas de preven-
ção primária à amebíase. Estudos epidemiológicos em comunidades que carecem 
de água tratada, tratamento farmacológico específico para essa parasitose e am-
pliação dos programas de higiene básica seriam elementos imprescindíveis para a 
eliminação dessa doença; infelizmente, no Brasil, existem dados de prevalência de 
até cerca de 15% da população infectada de forma assintomática com esse parasita 
(SANTOS; SOARES, 2008).
Giardíase
A giardíase é a infecção causada pela Giardia lamblia, um protozoário flagelado 
encontrado no trato intestinal de aves, répteis e mamíferos, incluindo humanos 
(SANTOS, 2009). No homem, produz um amplo espectro de sintomas, sendo a in-
fecção assintomática muito comum, principalmente associando o estado de imuni-
dade do hospedeiro, não gerando anormalidades com absorção normal e ausência 
de alterações na mucosa do intestino. Quando apresenta casos sintomáticos, esses 
são caracterizados por infecções severas acompanhadas de diarreias crônicas e má 
absorção intestinal (REY, 2002; NEVES, 2007).
A infecção por G. lamblia constitui a enfermidade entérica de veiculação hídrica 
mais comum nos países desenvolvidos e em desenvolvimento (FARTHING et al., 
1986). No Brasil, a prevalência dessa doença varia de 4 a 30% e tem a contami-
nação dos alimentos e da água pelas formas císticas a maior via de disseminação 
(PEDROSO; AMARANTE, 2006).
Assim como as Entamoebas, a G. lamblia apresenta duas formas morfológicas: 
cistos e trofozoítos (REY, 2002; PEDROSO; AMARANTE, 2006). O homem se 
contamina ao ingerir cistos via água, alimentos ou ao se autocontaminar, levando 
a mão suja à boca (principalmente crianças). Os cistos de Giárdia são resistentes à 
cloração da água, o que dificulta a prevenção dessa doença, sendo necessário con-
ferir as condições de potabilidade das águas, além de seu tratamento com agentes 
degermantes, a necessidade de filtrações (HELLER et al., 2004).
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UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
Coutinho, já em 1960, afirmava que a disseminação da G. lamblia deveria estar 
condicionada aos seguintes fatores epidemiológicos: água de beber e de uso domés-
tico; alimentos servidos frios, tais como leite e refrescos; alimentos crus, tais como 
saladas e frutas; contato com manipuladores de alimentos; contato direto pessoa a 
pessoa; como consequência de fezes expostas; e contato indireto por artrópodes 
domésticos, principalmente baratas e moscas, que funcionam como vetores mecâ-
nicos dessa e de outras doenças infectoparasitárias. O ciclo dessa doença pode ser 
visto na Figura 2.
Vetores mecânicos são artrópodes que veiculam os agentes etiológicos externamente (nas 
patas, asas, antenas etc.)Ex
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Figura 2 – Ciclo parasitário da Giardia lamblia
Fonte: Adaptado de cdc.gov
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Na Figura 2, podemos observar a contaminação de água e de alimentos pelos 
cistos infectantes em 1. Ao ingeri-los, no organismo humano, os cistos se trans-
formam em trofozoítos flagelados que formam novos cistos que saem nas fezes 
(elementos 3, 4 e 5), a figura que apresenta a descrição foi adaptada de Rey (2002).
Os cistos excretados nas fezes dos hospedeiros podem permanecer viáveis por 
vários meses (GUIMARÃES; SOGAYAR; FRANCO, 1999; DO NASCIMENTO, 
2009). Segundo Scorza (2004), a contaminação pode ser fecal-oral, pela ingestão 
direta de fezes contaminadas, pela ingestão de alimentos e água contaminados ou 
por fômites contaminados.
Aspectos clínicos
Segundo Do Nascimento (2009), após a infecção, quando ocorrem sintomas, 
temos com frequência a diarreia devido às lesões que os trofozoítos causam na 
mucosa intestinal, a resposta imunológica do hospedeiro, a alteração orgânica e a 
alteração da flora intestinal. Giárdia pode induzir à apoptose de pequenas células 
epiteliais intestinais, ao rompimento da zona de oclusão e ao aumento da perme-
abilidade intestinal, resultando em má absorção (SCORZA; LAPPIN, 2004; DO 
NASCIMENTO, 2009).
Diagnóstico e prevenção da giardíase
O diagnóstico da giardíase pode ser feito de diversas maneiras. As formas mais 
utilizadas são os exames coprológicos que possibilitam a identificação dos cistos do 
parasita na avaliação microscópica. A técnica mais utilizada para a visualização dos 
cistos é a flutuação em sulfato de zinco a 33%, porém, essa é uma técnica pouco 
sensível se realizada uma única vez, demonstrando sensibilidade de até 70% devi-
do à liberação de cistos nas fezes ser intermitente (ANDERSON et al., 2004; DO 
NASCIMENTO, 2009).
O melhor meio de contaminação de Giardia lamblia é por meio da água e de 
alimentos contendo cistos. O uso de água filtrada, clorada ou fervida e a desinfec-
ção de áreas contaminadas diminuem a possibilidade de infecção por esse flagelado 
e por outros parasitas gastrintestinais. Ressaltamos mais uma vez a implicância do 
saneamento básico como elemento de prevenção primária a essa doença. 
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo Toxoplasma gondii, protozoário 
intracelular obrigatório, de grande valência ecológica, ou seja, tem o poder de pa-
rasitar uma grande diversidade de hospedeiros. Essa parasitose é de distribuição 
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UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
cosmopolita (BARUZZI, 1976; BONAMETTI, 1997). O gato é o hospedeiro de-
finitivo, enquanto que o homem e outros mamíferos e as aves são hospedeiros 
intermediários (BONAMETTI, 1997).
Essa doença é uma relevante zoonose, pois o hábito alimentar de consumo de 
carnes e produtos de origem animal, crus ou malcozidos, tem grande importância 
na epidemiologia e na disseminação dessa doença. A enfermidade tem grande 
importância na saúde pública e acredita-se que cerca de 500 milhões de pessoas 
em todo mundo apresentam reação sorológica positiva para o parasito (MAROBIM 
et al., 2004; DA SILVA et al., 2006). Causa importantes alterações neonatais, 
lesões oculares, microcefalia, hidrocefalia, calcificações cerebrais, alterações psico-
motoras e retardo mental, tornando a infecção primária na gestante e, consequen-
temente, a infecção do feto por via transplacentária, considerando o aspecto mais 
grave da toxoplasmose humana (LUCAS et al., 1998).
Nosanimais, a toxoplasmose adquire importância, principalmente porque, quan-
do esses são infectados, servem de fonte direta ou indireta de infecção ao homem, 
além de causar danos diretos aos animais de interesse econômico e de estimação. 
O parasito se deposita na musculatura e pode infectar o homem pela ingestão de 
carne crua ou malcozida (OLIVEIRA et al., 2001).
Toxoplasma gondii é um protozoário de ciclo de vida facultativamente hetero-
xeno e infecta todas as espécies de animais homeotérmicos, incluindo mamíferos, 
aves e o homem (SILVA; CUNHA; MEIRELES, 2003). É um parasito intracelular 
obrigatório, pertencente à família Toxoplasmatinae, ordem Coccidia. Os gatos do-
mésticos e outros felídeos são os únicos hospedeiros definitivos, mas muitas espé-
cies de vertebrados servem como hospedeiros intermediários (MARTINS; VIANA, 
1998; DA SILVA et al.,2006).
Das fases de desenvolvimento do T. gondii, os taquizoítas apresentam forma em 
“arco” ou “meia lua” que, por vezes, torna-se arredondada. Medem 4 a 7 por 2 a 
4 µm de diâmetro, sendo sua extremidade anterior mais afilada do que a posterior. 
Seu núcleo, na maioria das vezes, é semicentral, localizado na metade posterior. 
Os bradizoítas envoltos por uma membrana argirofílica formam cistos de tamanho 
variável; os jovens podem medir 5 µm, possuindo 4 bradizoítas; os cistos mais ve-
lhos podem ter até 100 µm e podem conter centenas de bradizoítas em seu interior 
(DA SILVA et al., 2006).
Após a ingestão dos bradizoítos encistados do T. gondii, os oocistos aparecem 
nas fezes dos reservatórios definitivos após 4 a 5 dias e continuam a ser excretados, 
frequentemente, em grandes quantidades, de 3 a 20 dias. Esses oocistos esporu-
lam em 2 a 4 dias, em condições favoráveis, e tornam-se infectivos para todos os 
vertebrados (MAROBIN et al., 2004). De ciclo complexo, a doença tem algumas 
formas morfológicas distintas, que se distinguem quanto à diversidade de hospe-
deiros vertebrados (Figura 3). Observamos também que as estruturas infectantes, 
também contaminam o solo, a água e os vegetais que possam ser consumidos crus; 
dessa forma, vemos que a maior relevância da transmissão dessa doença se dá por 
ingestão de alimentos de origem animal ou vegetal.
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Figura 3 – Ciclo parasitário do Toxoplasma gondii
Fonte: Adaptado de cdc.gov
O Ciclo parasitário da toxoplasmose é mais complexo e envolve a presença de 
um hospedeiro definitivo (felinos -4-), únicos animais onde há o desenvolvimento do 
ciclo completo do parasita, que se finaliza com a liberação das formas infectantes 
oocistos (1). Essas estruturas contaminam roedores e animais que fazem parte da 
cadeia alimentar desses animais, o que viabiliza novas infecções (2 e 3).
Os oocistos podem contaminar também animais que fazem parte da nossa ca-
deia alimentar, assim como a água e as hortaliças (7). Após a ingesta, transforma-se 
em formas bradizoítas, as quais consumimos ao ingerir a carne crua ou malcozida 
(5 e 6). Dentro do hospedeiro humano, há a formação de uma estrutura intermedi-
ária denominada taquizoíta, de rápida multiplicação, a qual em um curto espaço de 
tempo de encista forma novos bradizoítas (10), deixando o ser humano na condição 
de hospedeiro intermediário. As transmissões congênitas e hematológicas também 
podem ser vistas em (8), (9) e (10) (adaptado de REY, 2002).
Aspectos clínicos e epidemiológicos da toxoplasmose
A infecção no homem e em mulheres que não estejam grávidas não representa 
grandes riscos de doença. Nesses grupos, os sintomas são similares aos estados 
gripais, sendo comum febres, dores de cabeça e musculares, que se curam espon-
taneamente dentro de um curto espaço de tempo. Já o grupo de indivíduos imunos-
suprimidos, formado por indivíduos HIV positivo ou que possuam alguma doença 
debilitante, pode sofrer danos maiores, tais como cegueira e lesões cerebrais, po-
dendo, às vezes, em casos extremos, evoluir para a morte (REY, 2002).
15
UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
O risco iminente da toxoplasmose se dá em mulheres grávidas em início de gesta-
ção, onde as formas taquizoítas podem contaminar o feto causando uma série de se-
quelas (REY, 2002). É importante ressaltar que mulheres previamente infectadas e que 
tenham anticorpos IgG em altas taxas não apresentam risco de transmissão vertical.
No Brasil, os índices de prevalência de anticorpos para toxoplasmose va-
riam de 54% a 75%, comparando-se aos mais altos descritos em outros países 
(MELAMED, 1981).
Profilaxia da toxoplasmose
A seguir, um resumo das medidas profiláticas em relação à toxoplasmose e suas 
implicâncias, principalmente no que tange à transmissão alimentar, tendo por base 
Rey (2002), Neves (2007) e Da Silva et al. (2006).
A profilaxia, por meio da redução da exposição aos fatores de risco para ad-
quirir a parasitose, diminui a incidência da toxoplasmose em gestantes suscetíveis 
e é a conduta mais eficiente para diminuir a morbimortalidade na toxoplasmose 
congênita. As principais medidas de prevenção consistem em:
• Cozinhar adequadamente os alimentos (67ºC por 10 minutos);
• Consumir carnes que foram congeladas previamente (o congelamento a –18ºC 
por sete dias elimina a maioria dos cistos teciduais);
• Não experimentar carne crua ou embutidos frescos;
• Higienizar frutas, legumes e hortaliças em água corrente abundante e tratada, 
esfregando manualmente;
• Lavar, com sabão e água, os utensílios de cozinha que por ventura tenham 
entrado em contato com carnes cruas.
Doença de Chagas
Classicamente, a doença de Chagas (dCh) é uma zoonose de transmissão por 
vetores biológicos denominados “barbeiros” que, ao picarem os seres humanos, 
depositam suas fezes contaminadas com as formas morfológicas tripomastigotas 
do protozoário Tripanosoma cruzi. Quando ocorre dessa forma, a transmissão da 
doença é denominada “natural” (REY, 2002; NEVES, 2007).
Vetores biológicos: são insetos que veiculam os agentes etiológicos de forma intrínseca 
ao organismo, maturando e propiciando aumento da capacidade infecciosa do agente (ex.: 
Aedes aegypti e o vírus da dengue).
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Infelizmente há uma série de formas alternativas de transmissão da dCh, tais 
como as transmissões congênitas, sanguíneas e alimentares. A transmissão alimen-
tar dessa doença (também denominada transmissão oral) tem grande relevância na 
região Norte do Brasil (PASSOS et al., 2012), a via oral tem assumido importância 
maior, principalmente em razão de sua associação com microepidemias. Na trans-
missão oral, a ingestão de formas tripomastigotas metacíclicas de Trypanosoma 
cruzi presentes em diferentes alimentos conduz a um quadro agudo que, em muitos 
casos, evolui para a morte (CAMANDAROBA; PINHEIRO; ANDRADE, 2002; 
PASSOS et al., 2012).
A contaminação de alimentos pelo T. cruzi pode ocorrer quando insetos tria-
tomíneos depositam suas fezes infectadas na superfície de alimentos ou de ingre-
dientes alimentícios ou, eventualmente, quando os insetos são triturados durante o 
processamento das frutas. Essa última é a principal hipótese explicativa para os di-
versos surtos ocorridos nos últimos anos, no Norte brasileiro, associada à ingestão de 
açaí possivelmente contaminado com o protozoário (VALENTE; VALENTE, 2002;
PASSOS et al., 2012.). De características polimórficas, a dCh tem uma série de sinto-
matologia, sendo que as formas cardíacas, com alterações na morfologia do coração 
(megacardiopatia chagásica), são um estado de morbidade de extrema relevância não 
só no Brasil, como também na América Latina (REY, 2002; NEVES, 2007).
Sabemos que a contaminação dos frutos endêmicos pelas fezes do vetor barbeiro 
é um processo extremamente implicado pela falta de saneamento na colheita, no 
processamento e na vigilância sanitária local. Além da contaminação dos frutos, há 
uma série de casos incriminando o consumo de carnes de caça, já que a infecção 
por T. cruzi já foi identificada em mais de uma centena de espécies de mamíferos 
silvestres, além de espécies domésticascomo cão, gato, porco, cabra, entre outros 
(SANGENIS et al., 2016; RASSI; RASSI; MARIN NETO, 2010).
No Brasil, a carne de caça constituía-se em uma fonte natural de alimento para 
as diversas etnias indígenas e, nos tempos atuais, ainda faz parte da alimenta-
ção de tribos que habitam a Região Amazônica (SILVA; GARAVELLO, 2009;
SANGENIS et al., 2016). Ressalta-se que as fezes de triatomíneos infectados (os 
vetores barbeiros) podem permanecer durante algumas horas com potencial infec-
tante em ambientes úmidos (Organização Pan-americana de Saúde – OPAS, 2009). 
Dessa forma, podem contaminar potencialmente tanto alimentos como vetores 
mecânicos já citados anteriormente.
Patas e aparelho bucal de carreadores secundários, como moscas e baratas, po-
dem ajudar na disseminação dessa doença por via alimentar. Em alimentos como 
leite ou caldo de cana, à temperatura ambiente, o parasita manteve-se viável por 
24 horas ou mais em estudos experimentais. Apesar de o suco gástrico ter a ca-
pacidade de destruir parte considerável dos parasitas, parte é capaz de evadir-se 
dessa ação, mediante mecanismos químicos de proteção externa, o que possibilita 
sua penetração através da mucosa intestinal (Organização Pan-americana de Saúde 
– OPAS, 2009).
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UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
 O ciclo da doença é extremante complexo e envolve formas morfológicas distin-
tas, conforme a Figura 4.
Figura 4 – Ciclo parasitário do Tripanosoma cruzi junto ao processo de transmissão natural
Fonte: Adaptado de cdc.gov
Tendo em vista a Figura 4, conforme adaptado de Rey (2002) e Neves (2007), 
podemos afirmar que a estrutura morfológica tripomastigota entra na pele do hos-
pedeiro, oriunda das fezes do vetor. Essas células infecciosas invadem células do 
hospedeiro humano, onde se transformam em um estágio morfológico denomina-
do amastigotas (3). Essas estruturas rompem as células infectadas e se transformam 
novamente em tripomastigotas, agora denominadas de sanguícolas (4). Essa forma 
infectante fica na circulação periférica para que seja infectiva a outros vetores que 
darão continuidade ao ciclo (5), inferindo um processo de multiplicação desse para-
sita em seu organismo (6, 7 e 8).
Após a infecção, boa parte dos portadores entra em uma fase denominada 
indeterminados, onde não manifestam sintomas por décadas. 
Aspectos epidemiológicos e profiláticos da doença de Chagas 
(sob a ótica da transmissão alimentar)
Segundo dados do Ministério da Saúde de 2015 (BRASIL, 2015) e de Dias 
(2016), entre os anos de 2000 a 2013, verificou-se que a forma de transmissão oral 
foi a mais frequente em todos os anos (1.081, 68,9%), seguida pela transmissão 
vetorial em 100 casos (6,4%).
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19
Em relação ao mecanismo de transmissão oral de T. cruzi, foram identificadas 
como situações possíveis para exposição (BRASIL, 2014): consumo de frutos endê-
micos da região Norte sem colheita ou processamento seguro para o consumidor 
e com falta de vigilância sanitária e entomológica nas áreas endêmicas; consumo 
de carnes de animais silvestres que possam ser hospedeiros definitivos do parasita 
(DIAS et al., 2016; BRASIL, 2014).
Os aspectos fisiopatológicos e os fundamentos epidemiológicos junto às ta-
xas de morbimortalidade da dCh são extremamente complexos e implica-se ao 
aprofundamento no estudo dessa doença. Cabe ao profissional de nutrição 
aprofundar os conhecimentos junto aos aspectos imunológicos, patológicos e 
principalmente profiláticos dessa importante endemia parasitária que infelizmente 
tem quadros de constantes emergência no Brasil e na América Latina.
O intuito desta Unidade foi o de abordar de forma contundente as estruturações 
básicas de quatro grandes patologias causadas por protozoários, sendo duas intes-
tinais (amebíase e giardíase) e duas sistêmicas (toxoplasmose e doença de Chagas), 
com foco na transmissão alimentar, deixando claro assim que as doenças transmi-
tidas por alimentos constituem riscos iminentes à saúde da população.
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UNIDADE Protozoários de Veiculação Hídrica e Alimentar
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Bases da Parasitologia Médica
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Parasitologia Humana
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
 Leitura
Investigação de surto de doença de Chagas aguda na região extra-amazônica, Rio Grande do Norte, Brasil, em 2016
VARGAS, Alexander et al. Investigação de surto de doença de Chagas aguda na região 
extra-amazônica, Rio Grande do Norte, Brasil, 2016. Cadernos de Saúde Pública, 
v. 34, p. e00006517, 2018.
http://bit.ly/2PPCJQM
Transmissão da doença de Chagas por consumo de carne de caça: revisão sistemática
SANGENIS, Luiz Henrique Conde et al. Transmissão da doença de Chagas por 
consumo de carne de caça: revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia, 
v. 19, p. 803-811, 2016.
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