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Formas Farmacêuticas sólidas: manipulação e dispensação - Cápsulas Prof. Dr. André Luis Menezes Carvalho Curso de Farmácia – UFPI Pós – Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF / UFPI Pós – Graduação em Odontologia – PPGO / UFPI Ementa: Cálculos para enchimentos de cápsulas. Conceitos das principais formas sólidas; Tipos de pós e sua manipulação; Utilização de saches; Cálculos de fatores de equivalência e correção; Preparação de cápsulas e seleção de excipientes; Controle de formas sólidas e revestimentos entérico. Conceitos de supositórios e óvulos; Excipientes utilizados. Prescrição de formas farmacêuticas sólidas. Roteiro da Disciplina 1) Considerações Iniciais – Conceitos; 2) Aspectos Biofarmacêuticos e excipientes para cápsulas; 3) Operações Farmacotécnicas / Unitárias; 4) Manipulação e Controle de Qualidade; 5) Pontos Críticos do Processo Magistral TCC - Orientações iniciais; 6) Aspectos Legais; 7) Tópicos em Dispensação Farmacêutica; 8) Aula Prática: Operações Farmacotécnicas e Manipulação de Cápsulas. 9) Informativo TCC II – Andamento do TCC. • Os resultados sinalizam que apesar do processo de mistura ser uma etapa crítica na preparação de cápsulas, é possível obter produtos manipulados com qualidade e segurança comprovadas, desde que todos os padrões técnicos mínimos, referentes às Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo Índice Terapêutico, sejam observados e seguidos. Aspectos Biofarmacêuticos e excipientes Agosto, 2019 Proposta de Excipientes Farmacêuticos • Estabilidade do Fármaco e da preparação; • SCB; • Fluxo da mistura de pós a ser encapsulada; • Incompatibilidades ( Fármacos - Excipientes e etc.); SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA • Ferramenta científica criada em 1995, por Amidon e colaboradores, considerando a solubilidade em meio aquoso permeabilidade intestinal – Farmácos Orais; • Solubilidade – Dose e do volume gastrointestinal; • Permeabilidade intestinal – fração percentual absorvida. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA • Fármaco de Alta solubilidade – Dose posológica mais alta é solúvel em 250mL de meio aquoso – pH de 1 a 8,0; • Fármaco de Alta permeabilidade – A fração absorvida é maior ou igual a 90% SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA • Classe I e II ( Permeabilidade ALTA) – “Disponibilidade” do fármaco irá controlar a taxa de absorção – Permeação não considerada limitante; • Classe I – Dissolução e e velocidade de esvaziamento gástrico – controle da taxa de absorção!! SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA • Classe II – Solubilidade controlará a dissolução – absorção limitada pela solubilidade; • Classe III e IV – A permeabilidade irá controlar a absorção; PERMEABILIDADE • Avaliação da passagem das moléculas do fármaco através das membranas biológicas. • As membranas funcionam como barreira lipídica para a maioria dos fármacos, permitindo a absorção de substâncias lipossolúveis por difusão passiva, enquanto as insolúveis nos lipídeos difundem-se com muita dificuldade. SCB – Sistema de Classificação Biofarmacêutica Dilucap • Dilucap: Sugestão de Excipiente padrão para cápsulas Estearato de Magnésio --------------- 0,5%; Aerosil -------------------------------------1,0%; Lauril Sulfato de Sódio (LSS) 1,0 a 2,0% Talco Farmacêutico --------------------3% Amido de Milho (AMISOL) qsp ----- 100,0% Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Lactose dissacarídeo do leite -monoidratada (+ comum); spray dried; -anidra. Lactose monoidratada: fluxo pobre. Spray dried: bom fluxo. Lactose anidra: bom fluxo e preferível para fármacos higroscópicos. Adsorve odores. Lactose • Empregos: - Diluente para cápsulas e comprimidos (65 – 85%) - Empregada em diluições de fármacos potentes. (Ansel & Stoklosa, 2001) • Solubilidade: - Solúvel em água a 25°C : 1:4,63 • Estabilidade e estocagem: - Recipiente fechado em local fresco e seco. - Umidade favorece crescimento microbiano. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Lactose Incompatibilidades: Compostos contendo grupamento amino primário (aminoácidos, peptídeos, anfetaminas, aminofilina, etc). Lisinopril (Eyjolfsson, 1998). Fluoxetina – amina secundária (Wirth et al., 1998) Condensação de Maillard. Compostos contendo arsênio e trinitrato de glicerila (escurece). Segurança: Aprovado pelo FDA. Permitido uso em cápsulas, comprimidos e injetáveis. Contra-indicado: intolerância à lactose. Segurança • Lactose Glicose + Galactose • Intolerância a Lactose deficiência Lactase • Lactase alta no neonato declina rapidamente na primeira infância. • Hipolactasia ocorre ate 4 a 8 anos • Sintomas – efeito osmótico da não absorção da lactose • Diarréia, distensão, flatulência, cólicas Lactase Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Celulose microcristalina (Avicel®, Microcel®) Descrição: Pó cristalino composto por partículas porosas. Grau de cristalinidade: 60 – 80%. Disponível em diferentes especificações (tamanhos de partículas). Avicel® PH 101 (50m), Avicel® PH 102 (100m) Microfotografia da celulose microcristalina Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Celulose microcristalina (Avicel®, Microcel®) Propriedades: Fluxo livre; Apesar de insolúvel auxilia na desagregação da FF sem interferir na solubilidade do fármaco. Favorece a compactabilidade de misturas de pós. Empregos: Diluente de cápsulas e comprimidos (20 – 90%) Lubrificante (5 – 20%) Desintegrante (5 – 15%) Adsorvente (20 – 90%) Utilizado em granulação úmida ou compressão direta. Celulose microcristalina (Avicel®, Microcel®) Solubilidade: Praticamente insolúvel em água, ácidos diluídos e solventes orgânicos. Estabilidade e estocagem: Pó estável e ligeiramente higroscópico. Local seco de e baixa umidade. Recipientes hermeticamente fechados. Incompatibilidades: Agentes oxidantes fortes Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Celulose microcristalina (Avicel®, Microcel®) Segurança: Não tóxico e não irritante (FDA). Permitido: comprimidos, cápsulas, pós, suspensões, xaropes, preparações vaginais, tópicas e para inalação. Pode ser irritante aos olhos. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Amido Descrição: Polissacarídeo de origem vegetal (amilose + amilopectina) Pó fino, branco, sem sabor. Propriedades: Baixa densidade, coesivo, higroscópico e apresenta fluxo pobre. Tamanho de partícula: 17 m. Empregos: Diluente em FFS (até 100%). Agente desagregante p/ comprimidos(3 – 15%), não apresenta essa ação em caps. Lubrificante. Aglutinante(5 – 25%) Diluição de fármacos potentes (Rowe et al., 2003) Solubilidade: Praticamente insolúvel em etanol (95°GL) e água fria; Intumesce com água a 37°C. Apesar de insolúvel não interfere na solubilização do fármaco veiculado. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Amido cujo os grânulos sofreram ruptura química e mecânica em presença de água com posterior dessecação. 5% amilose + 15% amilopectina + 80% de amido não modificado Propriedades: Características de fluxo e compressão superior ao amido. Tamanho de partícula: 52 m. Favorece a dissolução de fármacos pouco solúveis. Autolubrificante. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Amido pré-gelatinizado : Starch®1500, Lycatab ®PGS Emprego: Diluente de cápsulas ( 5- 75%) favorece o preenchimento com menor variação de peso (Gohil et al.,2004). Indicado para preparações pediátricas como alternativa à lactose (Aliaga et. al., 1998). Comprimidos por compressão direta (5 – 20%) Comprimidos por granulação úmida (5 – 10%) Desintegrante (5- 10%)Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Amido pré-gelatinizado : Starch®1500, Lycatab ®PGS Fosfato de cálcio dibásico (CaHPO4, Di- tab®) Descrição: Apresenta boas propriedades de compactação e fluxo Empregos: - Diluente para cápsulas e comprimidos (usar c/ lubrificante) - Agente tamponante e abrasivo. Propriedades: - Tamanho de partícula: 136 m (Emcompress®) - Boa propriedade de fluxo e compactação. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Fosfato de cálcio dibásico (CaHPO4, Di-tab ®) Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Incompatibilidades: Derivados da tetraciclina, indometacina, ác. acetilsalicílico, aspartame, ampicilina, cefalexina, eritromicina e fármacos sensíveis ao pH alcalino . Influencia na absorção da vit. D. Segurança: Não tóxico e não irritante (FDA). Uso permitido: cápsulas e comprimidos. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Manitol (D-manitol) Descrição: Álcool hexahídrico relacionado com a manose. Isomérico com o sorbitol. Pó cristalino ou granuloso branco, inodoro e sabor doce. Poder adoçante: metade da sacarose e igual à glicose. Propriedades: Pó coesivo, grânulo apresenta fluxo livre. Solúvel em 6 partes de água. Diluentes e outros adjuvantes empregados como excipientes Manitol (D-manitol) Emprego: Diluente de cápsulas e comprimidos. Agente edulcorante. Agente para ajuste de tonicidade. Estabilidade e incompatibilidades: Não higroscópico (indicado para fármacos sensíveis à umidade). Incompatível c/ xilitol. Reduz a biodisponibilidade da cimetidina. Forma complexo com alguns metais (Al, Fe e Cu). Manipulação de cápsulas Agosto, 2019 CÁPSULAS São formas farmacêuticas sólidas nas quais as substâncias ativas e/ou inertes são encerradas em um pequeno invólucro de gelatina. (Ansel, 2007) Cápsulas duras; Cápsulas moles; Cápsulas gastrorresistentes; Cápsulas de liberação prolongada. VANTAGENS Fácil deglutição; Mascaramento de características organolépticas; Versatilidade para o preparo de fórmulas em pequenas quantidades e/ou com doses individualizadas; Permitem preenchimento isolado ou combinado; Protegem o fármaco (exceção da umidade); Fácil formulação; Boa estabilidade; Boa aceitação pelos pacientes; Fácil identificação . DESVANTAGENS Maior custo de produção; Não pode ser fracionada; Fácil adesão à parede do esôfago; Restrição para pacientes com dificuldade de deglutição; Controle de temperatura e umidade para manipulação e conservação; CÁPSULAS DE GELATINA DURA Constituição: gelatina, açúcar e água, além de conservantes, agentes surfactantes, opacificantes, corantes e etc.; Constam de duas partes: corpo e tampa; Na manipulação possui ampla flexibilidade para atender as prescrições; CÁPSULAS DE GELATINA MOLE Constituição: glicerina ou um álcool poliídrico (sorbitol) adicionado a gelatina; São usadas para líquidos, suspensões, materiais pastosos, pós secos e até comprimidos; COMPOSIÇÃO Gelatina HPMC (cápsula vegetal) Agentes surfactantes Opacificantes (ex.: dióxido de titânio) Conservantes Antioxidantes Edulcorantes Corantes e flavorizantes certificados O invólucro da cápsula pode trazer impresso a marca do fabricante. As cápsulas constituídas a partir de matéria-prima de origem vegetal satisfazem hábitos vegetarianos e peculiaridades. CÁPSULAS GASTRO RESISTENTES São formas farmacêuticas de liberação modificada (liberação retardada) que resistem sem alteração, ao pH baixo encontrado no estômago. Porém, devem desagregar-se rapidamente no pH maior (suco intestinal) liberando o seu conteúdo no intestino. Adaptado:Shargel & Yu, 1993; USP-28, 2005; Remington, 2000. OBJETIVOS DO REVESTIMENTO ENTÉRICO: Evitar a degradação de fármacos sensíveis a ácidos ou à pepsina (Ex.: pancreatina, eritromicina); Reduzir os efeitos adversos de alguns fármacos, principalmente a irritação da mucosa gástrica ou efeito emético do fármaco(Ex.: AINEs, dietilestilbestrol, ác. nicotínico); Evitar que o fármaco sofra diluições antes de atingir o intestino (Ex.: vermicidas); Para retardar a liberação do fármaco (Ex.: quinidina, teofilina, fluoreto de sódio e alcalóides do ergot, etc.); Para que o fármaco possa produzir seu efeito máximo no duodeno e jejuno (Ex.: riboflavina, tiamina, sais de ferro); Para permitir que o fármaco seja liberado em partes distantes do aparelho digestivo tal como no cólon (Ex.: fermentos lácteos liofilizados, antiinflamatórios intestinais); Para mascarar odores e sabores indesejáveis (Ex. metronidazol, macrolídeos); (COMPRIMIDOS) Mecanismo de repetição de dose com camadas sucessivas de revestimento entérico (Ex.: anti-histamínicos). MÉTODOS DE REVESTIMENTO Método de revestimento no béquer; Método de imersão (dipping); Método de vaporização (atomização). Cápsulas Gastrorresistentes Cápsulas Gastrorresistentes TAMANHO DAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS Quantidade de material a ser encapsulado Densidade e compressibilidade TAMANHO DAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS N° CÁPSULA VOLUME (mL) PESO (mg) 000 1,37 822 - 1644mg (750mg) 00 0,95 570 - 1140mg (500mg) 0 0,68 408 – 816 (400mg) 1 0,5 300 - 600mg (350mg) 2 0,37 222 -444mg (250mg) 3 0,3 180 – 360mg (200mg) 4 0,21 126 -252mg (150mg) TAMANHO X QUANTIDADE DE PÓ Tamanho Volume( mL) Lactose (mg) Aspirina (mg) 000 1.37 1340 1000 00 0.95 929 600 0 0.68 665 500 1 0.50 489 300 2 0.37 362 250 3 0.30 293 200 4 0.21 195 125 5 0.17 127 60 ESQUEMA DE UMA CÁPSULA DURA Aberta Pré-Fechada Fechada Tampa Corpo Pós ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE PARA CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS Conteúdo de umidade (dessecação a 105°C): 10 a 16%. Dimensões: devem estar de acordo com a sua forma e tamanho. Desintegração: devem se manter no mínimo 15 minutos sem se dissolver na água a 25°C. Devem se dissolver em 15 minutos quando em contato com uma solu•ção de ácido clorídrico 0,5% p/v, a 36-38°C. Resist•ência à fratura: as cápsulas não devem quebrar ou rachar facilmente. Odor: não devem apresentar odor estranho quando armazenado em um frasco hermeticamente fechado durante 24h nas condi•ções de temperatura entre 30 a 40°C. PROCEDIMENTO PARA MANIPULAÇÃO Cálculos - Considerar a quantidade necessária de cada componente; - Observar e considerar: diluição, fator de equivalência e unidade de medida; Pesagem http://www.splabor.com.br/equipamentos-laboratorio/balanca-analitica/balanca-analitica-serie-auw220d-capacidade-82-220g-e-a-precisao-0-00001g.html http://www.splabor.com.br/equipamentos-laboratorio/balanca-analitica/balanca-analitica-serie-auw220d-capacidade-82-220g-e-a-precisao-0-00001g.html Fator de Equivalência Fator de Correção Fator de Equivalência Fator de Correção Correção de Umidade PROCESSO IDEAL PARA MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS (DURAS) PESAGEM Componentes ativos TRITURAÇÃO TAMISAÇÃO ENCAPSULAÇÃO PESAGEM/MEDIDA DILUENTES TAMISAÇÃO MISTURA ESCOLHA DA CÁPSULA ESCOLHA DO TAMANHO DA CÁPSULA Formulação; Densidades ; Grau de compactação; Menor tamanho da cápsula que se ajuste a quantidade de pó a ser encapsulada; Diversos métodos são descritos: - Tentativa e erro - Regra dos seis, regra dos sete - Método volumétrico (mais preciso) DENSIDADE Densidade aparente Dap = massa(g) volume aparente (mL) Densidade de compactação Se a proveta contendo a mistura de pó for batida de 100 a 200 vezes, o pó será compactado e ocupará um menor volume. Se o peso do pó for dividido pelo novo volume, o valor resultante será a densidade de compactação. MÉTODO VOLUMÉTRICO A cápsula dura possui um compartimento com volume definido e constante; • Doses baixas de fármacos; • Fármacos potentes; • Mistura de pós que apresentem: - densidade desconhecida (utilizar a proveta) - densidade aparente conhecida EXEMPLO:Carbonato de cálcio d = 0,8g/mL Peso do fármaco = 500mg Qual o tamanho de cápsula a ser utilizada e qual a quantidade de diluente a ser a ser pesada d = m (g) = 0,5 = 0,63 mL v (mL) 0,8 0,68 – 0,63 = 0,05 mL (VOLUME A SER PREENCHIDO COM DILUENTE) CONTINUAÇÃO Lactose d= 0,62g/mL d = m/v m = d x v = 0,05 x 0,62 =0,031g ou 31mg de lactose por cápsula. OBTENÇÃO DE CÁPSULAS (DURAS) Seleção do tamanho Formulação (quantidade X n.º de cápsulas): Diluentes (lactose, celulose microcristalina e amido pré-gelatinizado, etc.) Lubrificante (estearato de magnésio 1%) Surfactantes (lauril sulfato de sódio) Diluentes absorventes (caolim, carbonato de magnésio) Misturas eutéticas. ENCHIMENTO Mistura homogênea e uniforme Similaridade entre a densidade e o tamanho das partículas do fármaco; Ideal: tamanho médio das partículas entre 50 e 100 m. (Podzeck & Jones,2004) Dificuldade Pós fibrosos e partículas de formato alongado variação de peso. Adesão dos pós Variação de peso; Pós higroscópicos, pós muito finos e baixo PF; Prevenção: Celulose microfina e amido pré-gelatinizado. PREENCHIMENTO POR NIVELAMENTO PREENCHIMENTO POR NIVELAMENTO CONTROLE DE QUALIDADE Peso médio (10 unidades) - Não mais que duas fora das especificações; - Nenhuma deve estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas. Uniformidade de dose FORMAS FARMACÊUTICAS PESO MÉDIO OU VALOR NOMINAL DECLARADO LIMITES DE VARIAÇÃO Comprimidos, núcleos para drágeas, comprimidos efervescentes, comprimidos sublinguais, comprimidos vaginais e pastilhas. Até 80mg Entre 80 e 250mg Acima de 250mg + 10,0% + 7,5% + 5,0% Drágeas e comprimidos revestidos. Até 25mg Entre 25 e 150mg Entre 150 e 300mg Acima de 300mg + 15,0% + 10,0% + 7,5% + 5,0% Cápsulas duras e moles, cápsulas vaginais. Até 300mg Acima de 300mg + 10,0% + 7,5% CONTROLE DE QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE OBTENÇÃO DE CÁPDULAS (DURAS) Encapsuladores manuais Encapsuladores manuais e semi automáticos MÁQUINAS ENCAPSULADORAS Encapsuladoras semi-automáticas e automáticas: MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Contador de cápsulas; Etiquetas de conferência; Rótulos de advertência; Rotulos designativos (portaria 344, de doses dobradas, etc.). MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Dosador de PelletsContador de Cápsula MATERIAIS E EQUIPAMENTOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PONTOS CRÍTICOS DO PROCESSO MAGISTRAL Monitoramento e Melhoria Contínua Agosto, 2019 (Material gentilmente cedido ) PROCESSO MAGISTRAL Para produzir formas farmacêuticas eficazes e de elevada qualidade, é necessário que os critérios incidentes sobre a formulação e a forma farmacêutica sejam os mais rigorosos, bem como o exame, a análise e a avaliação das mais diversas informações devem ser realizados cuidadosamente pelos farmacêuticos. AULTON,2005 88 Pontos Críticos do Processo Magistral RDC 67/2007 Item 7.4.6. As substâncias submetidas a processo de diluição devem estar claramente identificadas com os alertas: a) concentrado: “ATENÇÃO! ESTA SUBSTÂNCIA SOMENTE DEVE SER UTILIZADA QUANDO DILUÍDA”. b) diluído: “SUBSTÂNCIA DILUÍDA” - nome da substância + fator de diluição. 89 Anexo I da RDC 67/2007 Armazenamento – Organização (item 7.4). Pesagem (Ordem Manipulação) – (item 8.4) Água – controle efetivo (item 7.5). Manipulação – controle em processo e ambiental (8.7 e 8.8) Dispensação – conferir o que está dispensando e fornecer orientações necessárias (item 14). Pessoal – Responsáveis e treinados (3.2) 90 Pontos Críticos do Processo Magistral RDC 67/2007 Principais fontes de não conformidade Variação (“uma fonte de não conformidades”) Erros (“a maior fonte de não conformidades”) Complexidade (“causa raiz da variação e dos erros”) (HINCKLEY, 2003) segundo Ferreira 2012 91 Causas de erros “Multitarefas” .... esquecimento. Ver X Enxergar! Excesso de autoconfiança... Atitudes automáticas. (HALLINAN, 2009) segundo Ferreira 2012 92 Monitoramento do Processo Magistral Padronizar para controlar. Identificar pontos críticos e estabelecer indicadores (itens de verificação). Análise e controle do processo (itens de controle). “Um processo é controlado por meio de seus efeitos”! (CAMPOS, 2004) “Poucas causas são vitais (pontos críticos) e muitas são triviais”. (Princípio de Pareto) FERREIRA, 2012 93 Processo “Conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos”. (CAMPOS, 2004) Causas: matérias-primas, equipamentos, medidas, infra-estrutura, mão-de-obra, método ou técnica. Efeitos: produto ou serviço em conformidade ou não com o desejado (especificado). 94 Medicamento na forma de Cápsulas MANIPULAÇÃO DE SÓLIDOS E S Especificação - Princípios Ativos - Excipientes - Cápsulas Vazias Ordem de Manipulação de Cápsulas - Balança (pesagem) - Gral e pistilo (trituração) - Tamiz (tamisação) - Encapsuladora (encapsulação) - Princípios ativos e excipientes encápsulados - Laboratorista (pesagem) - Laboratorista (tamisação/trituração) - Laboratorista (encapsulação) - POP 01 - Pesagem de sólidos - POP 02 - Tamisação e trituração - POP 03 - Encapsulação -Tempo - Peso Médio Máquina M. Obra Método Material Medição Mapeamento de Processos Modelo de Processo (Macroprocesso) (Ex: manipulação de sólidos) 95 Diagrama de causa e efeito Também conhecido como diagrama “Espinha de Peixe”, de “Ishikawa” ou 6M’s. É um diagrama que mostra a relação entre uma característica de qualidade (efeito) e os fatores que influenciam (causa), para fins de identificar, explorar, ressaltar e mapear fatores que são apontados com um problema (pontos críticos). 96 Método Mão de ObraMaterial Máquina Medição Meio Ambiente CAUSAS EFEITO 97 Diagrama de causa e efeito Avaliação Farmacêutica da Prescrição Método Mão de ObraMaterial Máquina Medição Meio Ambiente CAUSAS EFEITO Regime de trabalho Capacitação Motivação Saúde Ética Técnica Informação Regulatória Instrução Procedimento SISTEMA INFORMATIZADO Prescrição Citrato K Prescrição Furosemida 98 Sólidos Método Mão de Obra Material Máquina Medição Meio Ambiente CAUSAS EFEITO •Teor •Peso médio •Uniformidade de conteúdo •Característica organolépticas •Desintegração •Dissolução 99 Sólidos Tamanho de partículas Pellets Calibração de dosadores Volumetria Higroscopia (manipulado e estoque) Fluxo do pó Perda no processo Sobrecarga Coeficiente de variação Variância (FB5) 100 Sólidos Aglutinação de pós Excipientes semissólidos e líquidos Diluição Geométrica Pós Escolha do excipiente Vitamina D, Fitoterápicos E.S., Fármacos higroscópicos. Evidencia de homogeneidade CQ terceirizado 101 Balanças Calibração / Ajuste e verificação (Inmetro) Instalação correta? Performance: balança apresenta linearidade e funcionamento adequado para trabalho na faixa de peso designada pelo fabricante? A balança apresenta sensibilidade para a medida de grandezas requisitadas? Pesador acumula atividades extras? Conferência dos ingredientes a serem pesados (ex. leitor de código de barras). Dupla-checagem Conferência final com o peso teórico. Pesagem FERREIRA, 2012 102 Mistura É a operação que diferencia os pós simples dos compostos. Esta pode executar-se por espatulação, por trituração em almofarizes ou, se é apreciável a quantidade do pó composto, em máquina ditas misturadores: Distribuição homogênea dos componentes ativos. Homogeneidade na aparência. Garantia de liberação do fármaco no sítio especificado e à velocidade apropriada. (excipientes) 103 Mistura <proporção de substância ativa, > dificuldade em conseguir uma pequenavariação no teor que seja aceitável. (Baixa dosagem) > número de partículas por unidade de parâmetro de dose unitária, < variação de conteúdo de substância ativa. Por conseguinte, uma forma de reduzir a variação seria aumentar o número de partículas (substância ativa) presentes no parâmetro de dose unitária. (Diluição de pós) 104 Diluição Geométrica ENUNCIADO – Na RDC 354 no item 4.1.5 que diz respeito a diluição dos fármacos, é citado o método de diluição geométrica. Descreva-o e informe quando ele deve ser aplicado. 105 Diluição Geométrica Operação Unitária Metodologia por volume Procedimento Vital para Baixas Dosagens 106 Exemplo 1 - pesagem de 0,500 g de ativo: Balança de precisão: Erro de pesagem = (0,010/0,500) x 100 = 2 % Balança analítica: Erro de pesagem = ( 0,0001/0,500 )x 100 = 0,02 % Exemplo 2 - 70 cápsulas de 1,0 mg de ativo = 0,070 g de ativo: Balança de precisão: Erro de pesagem = (0,010/0,070) x 100=14,28 % Balança analítica: Erro de pesagem = ( 0,0001/0,070 ) x 100 = 0,14 % Balanças X Pesagens 107 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Alvará de funcionamento, AFE (Autorização de Funcionamento de Empresa) AE (Autorização Especial p/ Portaria 344/98). Avaliação de chegadas Insumos alimentícios ... Especificação 108 INSUMOS ATIVOS/INERTES Avaliação de laudos de análise (Umidade x água de hidratação; teor; fitoterápicos; Fator de equivalência) Controle de peso bruto/líquido de matérias-primas Água purificada NC (correção x prevenção x registros) PGRSS 109 Armazenamento REGISTROS DE LOTES - Rastreabilidade Matérias primas Diluídos Controlados Embalagens Produtos acabados Atenção nos fracionados e no suprimento do estoque de laboratório! 110 Recursos Humanos Seleção Treinamento Monitoramento do cumprimento das responsabilidades descritas Avaliação periódica para assegurar a qualificação para o desempenho das tarefas inerentes. 111 Desvios da Qualidade/Registros Produtos acabados Embalagens Matérias primas Atendimento Relatórios de Auditorias Internas Registros de Ações de Melhorias Ficha de Desvio da Qualidade Relatório de RACP 112 EQUIPAMENTOS/AMBIENTE Calibração de equipamentos Verificação de equipamentos Picnômetros Verificação de balança (tipo de peso e local de avaliação) Registros Temperatura do refrigerador (glicerina) Controle de umidade (equipamento, químico) Fracionamento e armazenamento de MP 113 ERRO! Subestimar Pontos Críticos "Se hoje erramos, amanhã já podemos contar com mais esta experiência, e certamente já seremos mais sábios que ontem." "Às vezes é muito mais importante, priorizarmos nossa perspicácia, evitando os próprios erros, do que nos preocuparmos com a estratégia de nossos opositores.“ 114 Dispensação de Formas Sólidas Agosto, 2019 Dispensação – RDC 67 /2007 O farmacêutico deve prestar orientação farmacêutica necessárias aos pacientes, objetivando o uso correto dos produtos. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas pela farmácia, com identificação do estabelecimento, data da dispensação e número de registro da manipulação, de forma a comprovar o aviamento. A repetição de atendimento de uma mesma Dispensação – RDC 67 /2007 • A repetição de atendimento de uma mesma receita somente é permitida se houver indicação expressa do prescritor quanto à duração do tratamento. Avaliação da racionalidade da Prescrição – RDC 67 / 2007 a) Legibilidade e ausência de rasuras e emendas; b) Identificação da instituição ou do profissional prescritor com o número de registro no respectivo Conselho Profissional, endereço do seu consultório ou da instituição a que pertence; c) Identificação do paciente; d) Endereço residencial do paciente ou a localização do leito hospitalar para os casos de internação; . Avaliação da racionalidade da Prescrição – RDC 67 / 2007 e) Identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI, concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades; f) Modo de usar ou posologia; g) duração do tratamento; i) local e data da emissão; h) assinatura e identificação do prescritor. Rotulagem Rotulagem Evidências Científicas – Publicações – Informe 2 – TCC. Agosto, 2019 CÁPSULAS DE Passiflora incarnata l: PADRONIZAÇÃO DE EXCIPIENTES, PROCESSO MAGISTRAL E CONTROLE DE QUALIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CAMPOS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA BACHARELADO EM FARMÁCIA Graduando: Henrique Luz Guedes Orientador: Prof. Dr. André Luis Menezes Carvalho Teresina Novembro/2018 Formas Farmacêuticas sólidas: manipulação e dispensação - Cápsulas Prof. Dr. André Luis Menezes Carvalho Curso de Farmácia – UFPI Pós – Graduação em Ciências Farmacêuticas – PPGCF / UFPI Pós – Graduação em Odontologia – PPGO / UFPI