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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ANGÉLICA MORAES SIMÕES DINAIR OLIVEIRA SILVA ALMEIDA EDILAINE DAMASCENO PIRES HOSANA ANGELICA CASEMIRO DA SILVA RAFAELA GONZAGA DE MORAES Relação entre a música, as brincadeiras e a motivação escolar: A utilização de jogos musicais no processo de alfabetização Vídeo do projeto integrador: Link: https://youtu.be/SIb-K_4VT5o São Lourenço da Serra 2020 https://cursos.univesp.br/groups/38986/users/54730 https://cursos.univesp.br/groups/38986/users/55584 https://cursos.univesp.br/groups/38986/users/53226 https://cursos.univesp.br/groups/38986/users/44608 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Relação entre a música, as brincadeiras e a motivação escolar: A utilização de jogos musicais no processo de alfabetização Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). São Lourenço da Serra 2020 SIMÕES, Angélica Moraes; ALMEIDA, Dinair Oliveira da Silva; PIRES, Edilaine Damasceno; SILVA, Hosana Angélica Casemiro da; MORAES, Rafaela Gonzaga. Relação entre a música, as brincadeiras e a motivação escolar: A utilização de jogos musicais no processo de alfabetização. 37f Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Giovana Rafaela Botti Resende Polo São Lourenço da Serra, 2020. RESUMO O projeto propõe a utilização de jogos musicais com a adaptação de cantigas populares, a fim de oferecer aos alunos atividades que valorizem a interação e estimulem o desenvolvimento cognitivo das crianças, facilitando o aprendizado e estimulando a alfabetização. Como as brincadeiras fazem parte do cotidiano infantil, trazer essa ferramenta para ser utilizada durante as aulas pretende propor atividades mais próximas a realidade dos alunos e capazes de despertar um aprendizado mais efetivo. A música também se apresenta como uma importante ferramenta nesse processo, ela tende a criar uma marca na vida das pessoas e de uma forma prazerosa tem a capacidade de tornar o ambiente escolar, muitas vezes tão “pesado”, em um lugar mais agradável e desejável de se estar. Através de entrevistas realizadas com profissionais da educação foram levantadas as maiores dificuldades encontradas nessa fase do ensino, e o que se destacou foi a desmotivação e o desinteresse dos alunos, que pode ser vencido com a utilização de atividades mais dinâmicas que estimule o processo de ensino aprendizagem através da música e das brincadeiras. O levantamento bibliográfico consultado mostrou também embasamento teórico para sustentar a hipótese de que a utilização de brinquedos e as brincadeiras podem contribuir de forma significativa com o aprendizado e despertar o interesse em aprender, os autores consultados descrevem como acontece o processo de ensino aprendizagem e suas dificuldades, e como a música e as brincadeiras podem contribuir para que o fracasso escolar deixe de ser uma realidade tão presente na vida escolar. PALAVRAS-CHAVE: BRINCAR; MÚSICA; DESMOTIVAÇÃO; ENSINO- APRENDIZAGEM SIMÕES, Angélica Moraes; ALMEIDA, Dinair Oliveira da Silva; PIRES, Edilaine Damasceno; SILVA, Hosana Angélica Casemiro da; MORAES, Rafaela Gonzaga de Relationship between music, games and school motivation: The use of musical games in the literacy process. 37f Technical-Scientific Report (Degree in Pedagogy) - Virtual University of the State of São Paulo. Tutor: Giovana Rafaela Botti Resende Polo São Lourenço da Serra, 2020. ABSTRACT The project proposes the use of music games with the adaptation of popular songs, in order to offer students activities that value interaction and stimulate children's cognitive development, facilitating learning and encouraging literacy, as games are part of children's daily life, bringing this tool to be used during classes intends to propose activities closer to the students' reality and capable of awakening a more effective learning. Music also presents itself as an important tool in this process, it tends to create a mark in people's lives and in a pleasant way it has the ability to make the school environment, often so “heavy”, in a more pleasant and desirable place to be. Through interviews with education professionals, the greatest difficulties encountered in this teaching phase were raised, and what stood out was the students' lack of motivation and lack of interest, which can be overcome with the use of more dynamic activities that stimulate the teaching process. learning through music and play. The bibliographic survey consulted also showed a theoretical basis to support the hypothesis that the use of toys and games can significantly contribute to learning and arouse interest in learning, the authors consulted describe how the teaching-learning process and its difficulties , and how music and games can only help school failure to stop being a reality so present in school life. KEYWORDS: PLAY; MUSIC; DEMOTIVATION; TEACHING-LEARNING Lista de Ilustrações Figura 1 Jogo "Pega Barata" ..................................................................................... 24 Figura 2 Adaptação do Jogo "Escravos de Jó" ......................................................... 25 Figura 3 Caixinhas Decoradas para o Jogo Escravos de Jó ..................................... 26 Figura 4 Jogo Pega Barata adaptado com as Cantiga .............................................. 28 Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 7 2 Desenvolvimento ...................................................................................................................... 10 2.1 Problemas e objetivos ............................................................................................................. 10 2.1.1. Objetivo Geral e específico ............................................................................................ 10 2.2. Justificativa .............................................................................................................................. 11 2.3. Fundamentação teórica ..................................................................................................... 12 2.3.1 Processo de Ensino Aprendizagem .............................................................................. 12 2.3.2 Fracasso escolar e a desmotivação do ensino ............................................................ 14 2.3.3 A contribuição do Brincar na Motivação da Aprendizagem. ...................................... 15 2.3.4 O papel da Música na motivação escolar. .................................................................... 17 2.3.5 O uso das cantigas populares na alfabetização. ......................................................... 19 2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador .............................................. 20 2.5. Metodologia ............................................................................................................................. 22 3. Resultados ..................................................................................................................................... 24 3.1 Protótipo Inicial ........................................................................................................................24 3.2 Protótipo Final .......................................................................................................................... 24 4 Considerações Finais.............................................................................................................. 30 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 32 6. APÊNDICES .................................................................................................................................. 34 1. INTRODUÇÃO O processo de ensino aprendizagem é um processo complexo que vem sendo estudado a vários anos, e a busca pela sua real efetividade é um desafio constante, a fim de garantir que todos os alunos consigam aprender aquilo que o professor está proposto a ensinar. Esse processo apresenta várias dificuldades, e entre elas a desmotivação escolar que o desafio a ser estudado por esse projeto. Esse desafio foi levantado através de entrevista realizadas com profissionais da educação, que ofereceram embasamento para a busca de ideias que venham a minimizar o desinteresse das crianças em estar na escola. O fracasso escolar gerado pela desmotivação dos alunos em relação a aprendizagem começa a surgir nos primeiros anos do ensino fundamental, pois os alunos passam a ser rotulados entre os bons e os ruins, rótulos esses estabelecidos pelos sistemas de ensino engessados e que valorizam o saber do adulto como o único aceitável, utilizando-se de atividades e estratégias de ensino mecânicas e retrogradas. A partir do momento que a criança não consegue identificar sentido naquilo que lhe é oferecido vai perdendo o interesse a vontade de aprender. Para Almeida (1999), apud Motta It. Al. a ação da escola não se limita ao cumprimento da instrução, mas principalmente à função de desenvolver a personalidade da criança, portanto para isto acontecer de forma eficaz a mesma não deve se conservar alheia aos conhecimentos pré-determinados, pelo contrário, atentar-se aos aspectos relacionados a atividades de conhecimentos propícias ao desenvolvimento mental e pessoal. De modo que, o que é importante na vida são as trocas e as relações que estabelecemos entre as coisas e as pessoas. Para Alves (1981, p.89), apud Motta It. Al. afirma que desejar é “criar condições para que cada indivíduo atualize todas as suas potencialidades”. “Para se compreender um problema colocado hoje, muito especificamente na nossa prática, e que consiste em dar ao fracasso escolar uma conotação „clinica‟, „ patológica‟, ou seja, considera o indivíduo que fracassa como „anormal‟, por apresentar rendimento e comportamento diferentes daqueles ditados pela „normas escolar‟, é necessário recorrer á história, retomando a gênese do problema.” (COSTA, 1994, p. 23 apud Motta It. Al.) Quando a criança chega a escola segundo Davis (1991), apud It.Al., os alunos sofrem uma alteração em sua forma de se expressar, o que antes era espontâneo, passa a ser trabalhado de forma a aprimorar esses pensamentos e a capacidade de aprender, se esses processos não forem trabalhadas de forma eficiente, a aprendizagem pode se tornar mecânica e sem sentido para as crianças. Este trabalho apresenta algumas possibilidades de tentar converter esse quadro através das brincadeiras e da música, tornando as aulas mais dinâmicas e atrativa para o público infantil de forma que todas as crianças tenham a mesma condição de aprender. As disciplinas de alfabetização e letramento e arte e música, estudadas no quarto semestre do curso de pedagogia da UNIVESP, contribuíram para o desenvolvimento do projeto e ofereceram embasamento para o desenvolvimento das pesquisas. Destacando a importância da prática de brincar para o desenvolvimento nas relações sociais, criatividade, senso crítico e até fator de saúde mental que já é comprovado pela ciência e, portanto, necessário também no ambiente escolar. É brincado que a criança aprende a conviver com o outro e a lidar com eventuais situações ocorrentes durante o momento de brincadeira. Deste modo, surge a oportunidade em exercitar trocas de maneira lúdica e divertida. Além disso, através da brincadeira é que a construção de significado acontece, tornando então, a assimilação de novos conteúdos mais interessante, natural e, logo, mais eficiente. Tendo em vista que o profissional da educação, ou professor, deve investir em despertar o desejo dos alunos na busca de conhecimento à brincadeira, proposta como atividades educativas, constitui como excelente aliada para criar uma conexão entre o universo infantil e os elementos ensinados em ambiente escolar. Segundo Kishimoto (2005), apud Rios e Silva “As brincadeiras desenvolvem a inteligência facilitando assim o estudo, por esse motivo passou a fazer parte dos conteúdos escolares. O lúdico e o inverso do ensino tradicional, e todo pedagogo deveria dar forma lúdica aos conteúdos”. Almeida (2003), apud Rios e Silva, afirma que” o/a professor/a que desperta na criança a paixão por aprender, está proporcionando a ela a sua própria busca pelo conhecimento. Ninguém precisará dizer-lhe o que fazer, ela com seu encanto e prazer se encarregara de buscar os infinitos conhecimentos. E a explicação é simples saber despertar na criança a paixão por aprender.” A música tanto quanto importante é uma ferramenta que apresenta grande êxito no trabalho educacional, capaz de tornar o ambiente de estudo um campo rico desenvolvendo os aspectos cognitivos, afetivos e expressivos, capaz de promover a interação, a motivação e despertar uma atmosfera de aprendizagem mais prazerosa e facilitar a relação entre professor-aluno. FARIA (2001), apud Moreira It. Al. afirma que, “para a aprendizagem da música, é muito importante, o aluno conviver com ela desde muito pequeno. A música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica atividade educacional dentro das salas de aula.” Para Bréscia (2003) apud Moreira It. Al “[...] o aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivíduo”. Para tentar minimizar os prejuízo que a desmotivação escolar pode trazer na vida escolar da criança, o melhor caminho a seguir é fazer a junção de atividades que utilizem a música e a brincadeira e no caso do projeto a seguir a estratégia escolhida foi a utilização de cantigas populares adaptadas para contribuir na alfabetização. Apresentar atividades que se utilizem de jogos musicais adaptados as cantigas populares como forma de contribuir para a interação e estimular o desenvolvimento cognitivo das crianças, minimizando o prejuízo que a desmotivação pode trazer para vida escolar da criança, é o foco deste trabalho. 2 Desenvolvimento 2.1 Problemas e objetivos Devido a pandemia da Covid 19, que impossibilitou a visita a campo na unidade escolar a qual o projeto seria apresentado, o levantamento do problema foi realizado através de entrevistas com profissionais da educação que já atuam com o ensino fundamental I. Uma das entrevistadas relatou que não há um problema específico na aprendizagem dos alunos, mas uma junção de pequenos problemas que acabam gerando a desmotivação escolar. Outra entrevistada relatou que o maior desafio é manter a versatilidade nas aulas de modo que consigamos conciliar o desenvolvimento das habilidades/conteúdos com atividades que sejam significativas para as crianças. Manter a atenção e concentração delas é tarefa que exige muito planejamento das aulas, reflexão sobre a prática, sobre as atividades e objetivos que o professor pretende alcançar e estudo, para se apropriar dos saberesinerentes à profissão. Através das entrevistas a pergunta norteadora que compete a este projeto responder é: qual a relação entre a música, as brincadeiras e a motivação escolar? E como a utilização de jogos musicais podem favorecer o processo de alfabetização? 2.1.1. Objetivo Geral e específico O objetivo geral desse projeto é propor uma metodologia dinâmica para aulas dos alunos do ensino fundamental, principalmente para os alunos dos três primeiros anos que estão em processo de alfabetização. Metodologia essa que utilize de ferramentas da música e das brincadeiras, pois essas ferramentas têm a capacidade de agir com facilitadoras no desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos. Não são apenas uma forma de diversão são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento. É de extrema importância manter o equilíbrio com o mundo, a criança precisa brincar, criar e inventar. Cada criança apresenta um ritmo de aprendizagem e através de jogos musicais essas diferenças podem não ser destacas e os alunos que apresentam mais dificuldades de aprendizagem podem se mostrar mais interessadas e dispostas a aprender, diferente do que aconteceria em atividades mecânicas e tradicionais. A escola deve se adaptar tornando as aulas mais estimulantes e com técnicas que façam com que estes alunos se interessem e consigam se introduzir na sala de aula podendo acompanhar os outros alunos, passando a escola a garantir a acessibilidades a todos estes alunos. Os objetivos específicos que pretendem ser alcançados são a adaptação de jogos que utilizem cantigas populares e contribuam para a alfabetização, buscando fazer a junção de atividades musicais e que contribuam para o processo de ensino aprendizagem. E através dessas atividades propostas desenvolver o aspecto cognitivo das crianças despertando nelas o maior prazer por aprender, minimizando assim a desmotivação escolar presente no contexto educacional. 2.2. Justificativa A importância da música e do brincar na escola é um tema que já vem sendo discutido a vários anos por estudiosos e mestres da educação. A utilização de métodos que saiam das rotinas engessadas e das atividades sem significado para as crianças, que valorizem a participação efetivas dos pequenos, valorizando seu conhecimento prévio, os seus prazeres, e fazer da escola um ambiente prazeroso, é o que a junção da música e da brincadeira pode propor. E através das brincadeiras que as crianças criam as suas primeiras experiências sociais, é onde elas escutam, observam e experimentam o mundo ao seu redor, trazer essa ferramenta para sala de aula, não só na educação infantil contribui para o desenvolvimento e o prazer em aprender, além de uma maior fixação do conteúdo estudado. A música tende a criar um marco na vida social do ser humano, todos possuem alguma canção que quando escutada remete a alguma lembrança de tempos passados, utilizando essa estratégia os conteúdos estudados através da música criarão um marco na vida escolar dos pequenos e dificilmente esse conteúdo e/ou aprendizado será esquecido. Além desses benefícios que a utilização da música e brincadeira proporciona o que mais pode ser destacado é a transformação de um ambiente sisudo e duro, em um ambiente prazeroso e que desperte a vontade de aprender. O projeto vem apresentar uma proposta de atividade lúdica com uso de jogos musicais que contribuam para o processo de alfabetização, se valendo de cantigas populares e brincadeiras tradicionais adaptadas ao contexto escolar. Onde os alunos desenvolverão seus saberes e de forma divertida desenvolver a alfabetização. Atividades como essa despertam na criança o desejo em aprender e o prazer de estar na escola. 2.3. Fundamentação teórica A fundamentação teórica que embasou esse projeto busca os principais trabalhos existentes sobre o problema apresentado. Apresenta as teorias que sustentam o trabalho e os de estudos já realizados sobre o processo de aprendizagem, suas dificuldades e como a música e as brincadeiras podem contribuir. 2.3.1 Processo de Ensino Aprendizagem O chamado processo de ensino aprendizagem é a junção de interações entre aluno e professor, é um processo indissociável e interdependentes entre si, não se pode separar o ensinar do aprender. É considerado ainda um processo dinâmico, que está sempre ação e se transforma a todo o tempo. Segundo Paulo Freire (1971), apud Kulo e Botomé, disse que essas expressões são definidas por uma espécie de “concepção bancária” onde os conhecimentos são depositados nos alunos, despejados dos professores aos alunos, o que não permite uma prática educacional adequada. A melhor forma de analisar esse processo é primeiramente considerar os verbos “ensinar”, que significa transmitir conhecimento, experiências e ensinamentos, e o verbo “aprender”, que significa adquirir conhecimento, experiências e ensinamentos. Estes verbos estão intimamente ligados, o fazer do professor e aquilo que ocorre com o aluno decorrente do seu fazer, refletem essa dependência, e interligação. Segundo Bushel (1973), apud Kulo e Botomé, o aprender tem ligação direta com o ensinar, ninguém pode dizer que ensinou, mas a aluno é que não aprendeu. Porque ensinar se configura com o aprendizado e não com a intenção de ensinar. Ensinar é a relação entre o fazer o professor e consequentemente e aprendizagem do aluno. Ainda segundo Libâneo (1994), apud Freitas, “aprender é o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento, desde o mais simples, onde a criança começa a aprender a manipular brinquedos, fazer contas, lidar com as coisas, nadar, andar de bicicleta, até processos mais complexos onde uma pessoa apreende a escolher uma profissão e lidar com as outras. Dessa forma as pessoas estão em constante aprendizado.” Um fator muito relevante nesse processo de aprendizagem é sem dúvida a motivação, que segundo Libâneo (1994), pode ser intrínseca ou extrínseca. “A motivação é intrínseca quando se trata de objetivos internos, com a satisfação de necessidades orgânicas ou sociais, a curiosidade e a aspiração pelo conhecimento. E é extrínseca, quando a ação da criança é estimulada de fora, como as exigências da escola, a expectativa de benefícios sociais que o estudo pode trazer, a estimulação da família do professor ou demais colegas.”( Libâneo,1994, apud Freitas). É um desafio despertar a motivação intrínseca nas crianças cada vez mais cedo, e garantir que essa motivação perdure por toda sua vida escolar. Aprender não deve ser confundido com decorar conteúdos, mas é preciso que haja desenvolvimento dos pensamentos e habilidades e preciso que o aluno consiga transformar o ambiente para isso o professor deve selecionar os conteúdos de forma que o aluno desperte suas habilidades e descubra suas possibilidades. Segundo Libâneo (1994), apud Freitas “a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende.” Segundo a professora Silvia Colelo, viver é em certa medida aprender, mas a aprendizagem essencial não é totalmente garantida pela vida. Fora das salas de aula dificilmente aprendemos tudo o que queremos e precisamos, para conviver no mundo de forma letrado, a escola tem um papel fundamental no aprendizado. Muitas vezes devido a sede em ensinar e a busca pelos melhores métodos de ensino, a relação entre professor e aluno acaba ficando em segundo plano, aumentando o distanciamento entre essa relação, fundamental para o aprendizado. A pedagogia do silêncio e da desvalorização da interação professor-aluno, aumentam o fracasso escolar, com grandes níveis de evasão escolar e problemas de aprendizagem. É preciso humanizar a educação, valorizando os conhecimentos, valores e expectativas dos alunos, Silvia Colelo defende que é preciso criar uma cumplicidadeentre professor e aluno. 2.3.2 Fracasso escolar e a desmotivação do ensino O fracasso escolar é um importante desafio que precisa ser vencido, pois sendo o espaço escolar um dos principais espaços para a formação do indivíduo, é onde se desenvolve além da instrução acadêmica, também se desenvolve a da personalidade e formação psíquica. O professor tem o dever de instigar e estimular o aluno para aprender e criar situações que os envolvam e despertem neles a capacidade de sentir, agir e reagir de todos os seus alunos, muitas vezes os professores buscam alunos ideais e já prontos, valorizando e comparando com os demais, criando nas crianças uma sensação de desprezo, fracasso e incapacidade, sentimentos que vai acompanha-las pelos demais anos de sua escolarização e até mesmo durante sua vida adulta, o “rótulo de fracassado” ficará estampado em suas ações. Piaget, (1994) apud Mota It al. foi um grande defensor da concepção interacionista, que defende que o conhecimento é ligado ao meio e ao grupo social a qual a criança pertence, sendo assim, todos tem a mesma capacidade de se desenvolver, mesmo que seja de forma mais ou menos eficiente, segundo ele “o sujeito constrói o seu conhecimento na sua relação com o meio, estando em uma permanente construção, por permuta, em interação entre o organismo e o meio. Fazer com que as crianças sintam prazer em estar na escola, é um desafio enfrentados por todos os professores, além da rotulação de serem mais ou menos inteligentes e capazes que as outras. As dificuldades e o desinteresse apresentada pelas crianças são geralmente despertadas, pois eles se sentem desmotivados, e não conseguem ver sentido naquilo que lhe foi proposto a aprender, os conteúdos escolares muitas vezes não contemplam os interesses e o meio social dos alunos. Nesse sentido, é papel do professor garantir e criar situações que despertem a satisfação e o desejo em aprender. Segundo Alves (1981), apud Mota It al, “é preciso criar condições para que cada indivíduo utilize todas as suas potencialidades. O conhecimento e consequentemente o aprendizado vem de dentro para fora e na interação do sujeito com o meio, por isso a motivação se faz tão importante nesse processo de formação. “O estudo da motivação humana representa para o educador, uma necessidade amplamente reconhecida, principalmente em uma sociedade democrática, onde os conteúdos e os métodos da educação devem sempre que possível respeitar os motivos individuais e os da comunidade e que vive o educando. “ (Campos,2003, apud Mota It al.) Para Campos 2003, apud Mota It al., a falta de motivação condiz com o aumento da indisciplina, aborrecimento, fadiga e baixo nível de aprendizagem. Ao perceberem que possuem alguma dificuldade de aprendizagem, e que são desvalorizados por isso, os alunos tendem a se sentir mais desinteressados e desatentos, isso acaba acarretando um certo sofrimentos, pois ninguém apresenta dificuldade em determinado assunto porque quer, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental, pouco a pouco eles vão se sentido menos capazes. A busca de métodos inovadores e formas de vencer essa desvalorização é o papel do professor que tem como objetivo a melhoria da educação básica. 2.3.3 A contribuição do Brincar na Motivação da Aprendizagem. Uma forma de vencer a desmotivação trazida pelo fracasso escolar, é uma arma simples e disponível a todos, e custa apenas uma dose caprichada de criatividade, essa arma é aquilo que as crianças fazem todos os dias de forma espontânea, o brincar. Kishimoto (1997) já dissertava sobre a importância do brincar na escola, defendendo essa prática como fundamental para o desenvolvimento da criança e a relação com as brincadeiras é uma peça fundamental na aprendizagem e desenvolvimento, brincar é a principal atividade dos pequenos, antes considerada como atividade secundária hoje contribui com a constante busca por novas didáticas e métodos de ensino e passa a ser considerado um eixo primordial no ensino. Brincadeira já é um direito regulamentado e garantido como básica e fundamental na BNCC ( Base Nacional Comum Curricular). “Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais” (BNCC, 2018,pg. 36). Kishimoto (1997) defende que a brincadeira está diretamente ligada ao desenvolvimento da imaginação, representação simbólica, da cognição, dos sentimentos, do prazer, das relações, da convivência, da criatividade, do movimento, e da autoimagem e diz ainda que brincando é que a criança desenvolve a motricidade, a mente e a criatividade, o brincar é a sua principal atividade diária. A brincadeiras são as primeiras formas de interação com o mundo, onde surgem as primeiras interações com o seu meio social, com suas regras e normas peculiares. “Brincando, a criança desenvolve o corpo e seus ritmos, o relacionamento. com as pessoas e os seus limites, a imaginação e o. pensamento poético. Alimentado cotidianamente pela brincadeira, o pensamento da criança encontra soluções inovadoras para velhos desafios, relaciona e mistura coisas e fontes diversas, sacode as dificuldades com humor e irreverência.” (ANDRADE; MARQUES, 2003, p. 41, apud Esther Kolling, 2011.) Mas quando se pensa em utilizar o brincar como forma de aprender, o caminho ainda apresenta alguns desafios, como as pedagogias antigas que não conseguem associar que é brincando que se aprende, geralmente quando se fala em brincar na escola já se pensa no ensino infantil, já no ensino fundamental o brincar ainda é visto como perca de tempo, e as crianças passam a brincar apenas no recreio, e muitas vezes elas tem o anseio para a chegada da hora do recreio, onde poderão extravasar suas energias reprimidas por um sistema de ensino mecânico e impositor. A valorização por atividades que incluam o brincar também dentro da sala de aula pode ser o segredo para despertar a motivação pelo aprender. “A brincadeiras desenvolvem a inteligência facilitando assim o estudo, por esse motivo passou a fazer parte dos conteúdos escolares. O lúdico é o inverso do ensino tradicional, e todo pedagogo deveria dar formas lúdicas aos conteúdos.” (Kishimoto, 2005, apud Rios e Silva). A ludicidade e o brincar possuem um papel significativo na vida das crianças e no seu processo de ensino aprendizagem, é por onde as crianças descobrem o mundo a seu redor a aprender a lidar com ele. Almeida (2003), apud Rios e Silva diz que o professor que conseguir despertar nas crianças a paixão por aprender, proporciona a ela a busca pelo conhecimento. “O professor é o mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento e a partir da importância da ludicidade o professor deverá contemplar jogos, brinquedos e brincadeiras, como princípio norteador das atividades didático- pedagógicas, possibilitando as crianças uma aprendizagem mais prazerosa.” (RCNEI, 1998, p30) Segundo Kishimoto (1997), “as crianças estão mais dispostos a ensaiar novas combinações de ideias em situações de brincadeiras, do que em outras atividades não recreativas, torna a criança mais flexível e aberta a aprendizado.” “Utilizar o jogo na educação infantil significa transportar para o campo do ensino aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.” (Kishimoto,1997). 2.3.4 O papel da Música na motivação escolar. A música é uma ferramenta eficiente para auxiliar no combate aos problemas do processo de ensino aprendizagem, entre eles a desmotivação escolar, pois através dela se pode desenvolveros aspecto cognitivos, afetivos e expressivos, capaz de promover a interação, a motivação e despertar uma atmosfera de aprendizagem mais prazerosa e facilitar a relação entre professor-aluno. Os benefícios musicais já podem ser vistos desde o ventre materno, os sons do corpo da mãe é o primeiro contato musical das crianças e após o seu nascimento os sons que imitam o ventre são capazes de tranquilizar os bebês, as cantigas de ninar e as apreciações musicais da família também farão parte dos primeiros contatos musicais, e através desses contatos podem ser desenvolvidos os sentimentos e emoções que estarão com eles até a vida adulta, e farão parte das suas mais doces lembranças. Segundo a RCNEI (Referencial Curricular n pág. 44, “a música é uma das formas importantes da expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral” Segundo Martins (2003) apud Costa It. al. as crianças vivem mergulhadas em ambientes sonoros, vive, brinca com os sons. A sua comunicação é lúdica, sendo assim percebe-se que as crianças iniciam as aprendizagens através das brincadeiras, das canções de ninar e as músicas infantis que faz parte de suas brincadeiras e é uma importante forma de expressão humana. “Pitágoras, filósofo grego da antiguidade, ensinava como determinados acordes musicais e certas melodias criaram reações definidas no organismo humano. As sensações de bem estar com a aplicação da música, já eram consideradas naquela época. Pitágoras demonstrou que a sequência correta de sons, se tocadas musicalmente num instrumento, pode mudar padrões de comportamento e acelerar o processo de cura.” ( Brescia,2003, apud Moreira e Santos) . À medida que as atividades escolares se distanciam desse prazer que a música proporciona e ficam engessadas e preparadas de forma mecânica, se tornam incapazes de despertar o interesse do aluno, o que gera falta de atenção e baixo rendimento escolar. Atividades que valorizam a dinâmica musical são capazes de despertar a curiosidade e a vontade de apender, contribui ainda no desenvolvimento da inteligência emocional, do raciocino e da concentração e ainda proporcionando sentimento de bem estar. A escola precisa modificar o pensamento de que escola boa é escola sisuda e pesada, na verdade esse tipo de pensamento só favorece a desmotivação e o fracasso escolar. Segundo Freire, apud Moreira e Santos, “precisamos remover os obstáculos que dificultam a alegria de ensinar e aprender tome conta de nós e não aceitar que ensinar e aprender são práticas necessariamente enfadonhas e tristes.” Pensamentos como esse fazem com que a escola venha carregada de repressão e tristeza onde muitas crianças já chegam indispostas e se sentindo excluídas pelo sistema de ensino. “É fundamental manter um ambiente de alegria e ludicidade na classe, sem humor, o educador não experiencia o encontro existencial com o educando e bloqueia o próprio processo de ensino aprendizagem. A educação tradicional colocou as virtudes: atenção, dedicação e responsabilidade como incompatíveis com a alegria e descontração.” (Silveira,2008, apud Moreira e Santos) A música possui a capacidade de contribuir nesse processo e trazer a alegria e descontração para sala de aula tradicional e a ludicidade presente na música desperta nas crianças o desejo em aprender. 2.3.5 O uso das cantigas populares na alfabetização. Reconhecendo a música como ferramenta de grande contribuição no processo de ensino aprendizagem e para favorecer a motivação e as relações pessoais na escola, e sendo o universo musical muito amplo nessa contribuição, e as cantigas populares uma de suas vertentes, que conseguem além de tornar as aulas mais dinâmicas trazem consigo o resgate pelas tradições populares. A cultura segundo Martins (2012) apud Costa It.al., “é o jeito das pessoas conviverem e se expressarem, é o modo como as crianças brincam, como os adultos vivem, trabalham e fazem arte.” Dessa forma a valorização da cultura com a utilização de cantigas populares no ambiente escolar e nas próprias atividades, faz a junção de ferramentas importantes para aprendizagem que são a música e o brincar, e ainda trazendo o resgate de culturas. Segundo Torre, apud Costa It.al. “os conteúdos dos textos poéticos das cantigas englobam conceitos, ideias, maneiras de pensar, agir, valores, criação abstrata, como idioma, literatura, ciências, filosofia, fé, religião e arte.” As cantigas buscam a interação entre as crianças desenvolvendo seus saberes, criando um ambiente de aprendizagem mais dinâmico onde os alunos possam brincar, se alegrar e ao mesmo tempo aprender. Segundo Gaspar (2010) apud Costa It.al. “As cantigas possuem uma letra fácil de memorizar, sendo formada por rimas e repetições que prendem atenção das crianças, de modo que estimula a imaginação e a memória da criança.” 2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador As disciplinas que esse projeto se baseou foram as disciplinas de alfabetização e letramento e arte e músicas estudas no atual semestre, segue abaixo as citações que contribuíram para o desenvolvimento do projeto. • Alfabetização e Letramento: O que justifica a aula como encontro de recepção ativa e de diálogo entre professor e aluno é a concepção histórica e social do saber. Como o conhecimento não se constrói pela mera cópia de um objeto externo ao aprendiz nem como elaboração puramente endógena, alheia ao meio em que se vive (PCN, 2000), depende da mediação significativa que o professor é capaz de fazer entre o aluno e o mundo (a sintonia entre aprendizagem e vida). Para Quintás (apud Madureira, 2003), a fertilidade do encontro pedagógico é responsável pelo Co nascimento dos interlocutores com a realidade, um processo que, longe de ser o acúmulo de informações compulsório ou automático, nasce do interesse e do compromisso, levando à descoberta e à possibilidade de recriação de sentidos. Nutrido pelo entusiasmo de quem ensina, os encontros na escola podem ser geradores de experiências transformadoras do sujeito e do objeto em estudo. No processo alfabetizador, segundo Brasil (1997), é importante que o aluno seja repentinamente exposto em situações orais em seus projetos de estudo, e que esse incentivo seja instruído desde as séries iniciais, estimulando-o sucessivamente, permitindo a articulação de conteúdos de língua oral e escrita, que posteriormente darão sentido á atividades de apresentação oral em futuros seminários Assim, para quem apenas transforma o sinal impresso no papel em valor sonoro, não vale a pena aprender a ler e a escrever. Sob o impacto da mediação docente, torna-se possível transformar os textos em fontes de idéias capazes de iluminar a compreensão do indivíduo sobre o mundo: uma experiência igualmente transformadora do papel e do sujeito que se dispôs a lê-lo. É preciso que a escola busque meios de atender as demandas das gerações que hoje ingressam no sistema e, na mesma medida, responder aos que foram dele excluídos. Metodos sintetico para alfabetização, e métodos analíticos são utilizados na alfabetização, alguns métodos recebem críticas como por exemplo o ALFABÉTICO que método utiliza cartilhas oe apostilas, e é críticado devido à decoreba e à repetição dos exercícios, além de não aproveitar a bagagem anterior de cada criança. O professor tem o papel de organizar situações didáticas, propor tarefas e prever modos de interação em um contexto que possa contemplar tanto a imprevisibilidade nas dinâmicas dos grupos como a singularidade dos processos de cada aluno. A linguagem escrita constitui-se como: “[...] um sistema especial de símbolos e signos cujo domínio significa uma mudança crítica em todo o desenvolvimento cultural da criança” (VIGOTSKY, 1995, p. 184). • Arte e Música: Quando a criança entra em contatocom a música pode desenvolver muitas habilidades e competências, principalmente na leitura início da alfabetização e durante mesma, em sua capacidade de memória, portanto torna-se relevante o trabalho com música dentro e fora da sala de aula. (Almeida e Costa 2015). De acordo Brasil (1998), é através da música que a criança consegue se expressar até mesmo a partir de um olhar, sorriso ou um levantar de mão, processo transitável desde ainda bebês até sua maturidade e no decorrer de sua vida, também pode auxiliar as crianças com necessidades especiais, este conhecimento de musicalidades está disponível a todos. A apropriação da escrita pela criança não se limita à aprendizagem de sons, como simples soletração, mas deve ser compreendida como um processo de aquisição de um complexo sistema de desenvolvimento das funções superiores advindo do percurso histórico cultural da criança. Há de se levar em conta que esse percurso tem início na própria necessidade natural de expressão e comunicação da criança e, conforme Martins (2008, p. 51) enfatiza, “[...] é fundamental que toda e qualquer linguagem aconteça, de fato, como busca de expressividade pessoal”. Mas organizar a música ou organizá-la entre crianças enquanto ela é produzida, é uma preocupação que toma sua verdadeira dimensão na criação coletiva. É que os três grandes fatores que caracterizam as condutas dos músicos são sucessivamente dominados pela criança: a exploração das fontes e as pesquisas sonoras; a expressão da vida afetiva e, geralmente, a representação; e a organização das ideias e então da forma. Nesse caminho, qual é o papel do educador? Na verdade, modesto. As três grandes classes de condutas de produção sonora da criança que nós distinguimos - exploração, expressão, construção - correspondem aos três períodos do jogo da criança tais como os analisou Piaget: jogo sensório-motor, simbólico e de regras. 2.5. Metodologia Para o desenvolvimento deste projeto foi utilizado a metodologia da pesquisa qualitativa que está relacionada ao levantamento sobre a compreensão de um grupo social, não quantificando valores e dados numéricos, mas analisando os fatos e o comportamento do público alvo. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos e aspirações, crenças valores e atitudes. Para isso foi várias buscado publicações bibliográficas que fossem capazes de oferecer uma base para busca do tema e que proporcionasse um embasamento teórico que fundamentasse a pesquisa. Foi utilizado como fonte de pesquisa diversos sites e publicações de onde foram extraídas várias informações que guiaram os estudos, em decorrência da pandemia da Covid 19, não foi possível a visita a campo na unidade escolar, sendo assim, respeitando o distanciamento social recomendado pelo ministério da saúde, foram realizadas entrevistas virtuais com profissionais que atuam na área da educação de alunos do ensino fundamental I, foram feitas as seguinte perguntas: 1.Qual a principal dificuldade e/ou desafio você vê nas séries iniciais do ensino fundamental? 2. Que ferramenta você considera importante na Alfabetização? 3. Qual o papel do brincar nesse processo? Depois da entrevista o grupo se reuniu para definir a pergunta norteadora desse projeto, e após as discussões e analises das ideias apresentadas, ficou decidido que o problema estudado seria a desmotivação escolar presente desde os primeiros anos do ensino fundamental, e como a utilização das músicas e brincadeiras contribuem para minimizar esse processo. Foram selecionadas duas brincadeiras, as quais foram adaptadas ao contexto do projeto: “Escravos de Jó” e “ A barata diz que tem:”, essas atividades propostas tem o objetivo de trabalhar a alfabetização de maneira mais lúdica, segundo uma da entrevistas que utiliza práticas parecidas, e afirma que:” Brincar é um prazer pra toda criança, junção do útil ao agradável, e através dos desafios lúdicos os professores estimulam o pensamento, desenvolve a inteligência fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar.” Ainda segundo ela essas atividades apresentam ótimos resultados. 3. Resultados 3.1 Protótipo Inicial O protótipo oferecido por esse projeto será uma proposta pedagógica que utiliza jogos e cantigas musicais, durante as entrevistas realizadas com profissionais da educação eles apresentaram algumas atividades realizadas em sala de aula e que tem apresentados bons resultados. Uma das atividades propostas foi o jogo “Pega Barata”, onde o professor oferece a criança um chinelinho de EVA, e uma seleção de palavras coladas me pequenas baratas de EVA, o professor inicia então um ditado dizendo as palavras que devem ser selecionadas e os alunos devem capturar as “baratas” corretas. Figura 1 Jogo "Pega Barata" 3.2 Protótipo Final Foram realizadas então algumas adequações ao jogo “Pega Barata”, com a inclusão da música “A barata diz que tem”, e ainda selecionado mais um jogo que é a adaptação da brincadeira “Escravos de Jó”, conforme descritos abaixo: 1. Escravos de Jó A primeira proposta é a adaptação do jogo “Escravos de Jó”, que é uma brincadeira presente na cultura infantil desde muitos anos, onde as crianças se sentam em círculo e recebem um objeto, e devem acompanhar o ritmo de uma cantiga especifica, nesse caso o objeto oferecido é uma caixa de fósforo, em cada caixinha decorada previamente pelos alunos e identificada com a foto de cada criança e dentro da caixinha eles encontram as letras de seu nome, a medida que a música vai transcorrendo e as caixinhas vão sendo passadas de uma criança a outra, quando a música acabar os alunos deverão “escrever” com as letras que estão dentro da caixa o nome do colega que está na foto. Figura 2 Adaptação do Jogo "Escravos de Jó" Figura 3 Caixinhas Decoradas para o Jogo Escravos de Jó O que fazer antes: • Providenciar 01 caixa de fósforo para cada aluno e uma foto tamanho 3X4 de cada criança. • Pedir que cada criança decore sua caixinha, com papeis coloridos, lápis de cor, canetinhas da forma que mais lhe agradem. • Modelizar os nomes das crianças em EVA e pedir para que eles recortem e montem os seus nomes com as letras moveis que foram formadas, nesse momento é possível também pedir para os alunos listarem palavras que começam com as mesma letras do seu nome, fazer a comparação com os nomes dos colegas. Objetivos: Expressar se através da colagem e pintura. Trabalhar em grupo com os colegas. Fazer a associação de seu nome com o ambiente ao redor. Desenvolver os diferentes níveis de alfabetização. Desenvolver o prazer em atividades mais dinâmicas. Materiais. Caixa de fósforo Foto 3X4 dos alunos Eva Cola liquida Papeis coloridos Canetinha Lápis de cor Espaço Deve se buscar um espaço grande onde seja possível acomodar as crianças em roda ter pelo menos 2metros, esse espaço deve ser em um local fresco e calmo e que de alguma forma para que eles se sintam bem à vontade. O que fazer durante Colocar as crianças em roda cada um com sua caixinha identificada, começar a cantiga: “Escravos de Jó, Jogavam caxangá Tira, põe Deixa ficar Guerreiros com guerreiros Fazem zigue-zigue-zá Guerreiros com guerreiros Fazem zigue-zigue-zá” Explique a eles a dinâmica e quando a música parar cada uma precisa escrever o nome do colega que a caixinha que ficou com ele corresponde e dizer alguma coisa que comece com a mesma letra daquele nome. 2. A Barata diz que tem. A segunda proposta é a adaptação da música “A barata diz que tem...”, que remete a infância e que a muito tempo faz parte das cantigas populares infantis no Brasil. Nessa adaptação cada criança recebe um chinelo de EVA para pegar as baratas, cada baratinhacorresponde a uma palavra determinada pelo professor, todos começam a cantar a música da “barata diz que tem..”, na parte da música em que fala “ é mentira da barata ela tem é....” o professor fala a palavra que a criança deve procurar e com o chinelo capturar a barata correspondente. Figura 4 Jogo Pega Barata adaptado com as Cantiga O que fazer antes Preparar com os alunos as “baratinhas” e os “chinelos”, os moldes podem ser trazidos pelo professor e recortados e decorados pelos alunos. Selecionar as palavras para cada baratinha, procurar buscar uma diversidade de níveis de dificuldades para as palavras. Objetivos Trabalhar em grupo com os colegas. Buscar palavras em meio a várias. Desenvolver os diferentes níveis de alfabetização. Desenvolver o prazer em atividades mais dinâmicas. Materiais Eva Cola liquida Tesoura Papeis coloridos Canetinha Lápis de cor Espaços Deve se buscar um espaço grande onde seja possível acomodar as crianças em roda ter pelo menos 2 metros, esse espaço deve ser em um local fresco e calmo e que de alguma forma para que eles se sintam bem à vontade. O que fazer durante Colocar as crianças em roda distribuir as baratinhas com as palavrinhas coladas no meio da roda, e entregar a cada criança o chinelinho, então começam a cantar a cantiga: “A barata diz que tem, sete saias de filó, é mentira da barata, ela tem ....”, nesse momento a professora para a música e diz a palavra que as crianças devem encontrar e capturar com o chinelo de E.V.A a criança que capturar mais palavrinhas vence o jogo. 4 Considerações Finais Em busca por uma alternativa que torne as aulas dos primeiros anos do ensino fundamental, mais atrativas e dinâmica, foi proposto atividades que despertem a ludicidade e o interesse das crianças, se valendo de cantigas populares em forma de brincadeiras. Com o objetivo de propor uma metodologia de aulas mais dinâmicas para os alunos que estão em processo de alfabetização, não apenas como forma de diversão, mas que possa contribuir para enriquecer o desenvolvimento cognitivo das crianças, e minimizar a desmotivação escolar, utilizando para isso jogos e cantigas populares adaptados ao contexto educacional. Apesar de não conseguir aplicar o projeto na escola devido as limitações que a pandemia do novo corona vírus implica na sociedade, as entrevistas realizadas com profissionais da educação e as pesquisas dos autores sobre o problema abordado, se pode concluir que ela possui um grande potencial para contribuir no processo de ensino aprendizagem e diminuir o fracasso escolar. Com isso ao observar o cenário apresentado durante as entrevistas e as propostas que o estudo do projeto, se pode observar a importância da utilização de aulas mais dinâmicas e que utilizem de ferramentas lúdicas para o aprendizado mais eficaz e prazeroso, diminuindo o problema da desmotivação escolar Não se pode dizer que essas atividades vão sozinhas por um fim ao problema da desmotivação escolar, mas podem contribuir no desenvolvimento psíquico da criança desenvolver a autoestima e o desejo por aprender. O desafio proposto pelos jogos e brincadeiras é uma forma real de despertar o interesse e a motivação nos alunos, e contribuir para a minimização do problema apresentado, e foi o pressuposto para a escolha das atividades pedagógicas propostas. Sendo uma atividade simples e fácil de ser aplicada em qualquer unidade escolar, utilizam-se de materiais que estão no alcance de todos, permite uma aplicação rápida e que demanda pouco tempo de implementação e oferece resultados a curto e a longo prazo, mas além da utilização de apenas essas ideias de atividades, o principal objetivo que a desburocratização das aulas e o abandono de atividades mecânicas e que esses exemplos possam ser seguidos e ampliados Através desse projeto se pode entender um pouco mais sobre a importância de se propor atividades diversificadas em sala de aula, valorizando os saberes das crianças e suas potencialidades. Buscando se afastar de aulas mecanizadas e que desmotivem a criança no aprender e buscar o seu conhecimento. As atividades que utilizem a música, as brincadeiras e o saberes populares se mostram de eficientes no desenvolvimento do aprendizado das crianças, as publicações dos diversos autores pesquisados confirmam essa afirmação. . 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APÊNDICES Segue abaixo as autorizações para divulgação das entrevistas:
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