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RESUMO - Direitos de nacionalidade e políticos

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CONCEIÇÃO, Lourivaldo da. Curso de Direitos Fundamentais. Campina Grande: Editora da Universidade Estadual da Paraíba, 2016.
RESUMO
Mariana Galvan dos Santos[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do Nível III do Curso de Direito na Universidade de Passo Fundo, Campus Casca.] 
Parte III – Os Direitos Fundamentais na Constituição de 1988
Título V – Direitos de Nacionalidade
	Nação é o vínculo jurídico que une uma população a um Estado. Nacionalidade é um direito humano, é um direito à ter direitos. Cidadania e nacionalidade se distinguem até na Constituição Federal, somente o nacional pode ser cidadão, cidadania conceitua-se como ter direitos civis (direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei), políticos (participar do destino do seu país, votar e ser votado) e sociais (direito à educação, saúde, trabalho, salário justo, previdência social). 
	A nacionalidade pode ser disposta de duas formas: 
	a) a partir do critério jus solis, onde todo indivíduo nascido em seu território é seu nacional. Esse é o critério usado pelo Brasil, mesmo com pais estrangeiros, o indivíduo que nasce no território é nacional, a não ser que os pais estejam a serviço do seu país.
	b) a partir do critério jus sanguinis, atribui nacionalidade àquele indivíduo que nasce de pai ou mãe nacional, independentemente do local de nascimento. O Brasil usa desse critério para brasileiro nato em algumas situações como: 
		> quando um dos pais está à serviço do Brasil no estrangeiro ou;
		> quando nascido no estrangeiro, de pai ou mãe nacional e venha residir no país optando pela nacionalidade brasileira; 
	Para naturalizar um estrangeiro depende de dois critérios também: 
		> pela lei adquira nacionalidade brasileira – exigida de países de língua portuguesa apenas um ano de residência ininterrupto ou;
		> estrangeiros que residam no país por mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação criminal e que requeiram a nacionalidade.
	Em princípio, os brasileiros natos e naturalizados têm os mesmos direitos e deveres, a exceção está expressa na Constituição: “São privativos de brasileiros natos os cargos de: Presidente e Vice-presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, carreira diplomática, oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado da Defesa”. Já os estrangeiros tem os mesmos direitos civis mas não políticos e os portugueses com residência no Brasil (caso haja reciprocidade) terão os mesmos direitos que os brasileiros. 
	Perde-se a nacionalidade brasileira – do naturalizado – em caso de: cancelamento de sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional ou; aquisição de outra nacionalidade (salvo nos casos de: reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para exercício de direitos civis).
	Todavia, com a nacionalização do mundo, surgem os apátridas – pessoas que deixaram sua pátria, onde não eram mais aceitas e não eram aceitas em outras pátrias – que não tinham mais o direito de ter direitos, mas a Declaração Universal de Direitos Humanos tentou minimizar essa situação, trazendo a nacionalidade como direito fundamental.
Título VI – Direitos Políticos
	A Constituição brasileira diz: “todo poder emana do povo” e isso trata da cidadania ligada à soberania popular e à democracia, essa democracia que no Brasil é indireta e por representação, ou seja, os cidadãos escolhem, através do voto, seus representantes para um mandato de determinado tempo. Para a doutrina existem dois tipos de mandatos:
	a) Mandato imperativo: onde a soberania é do povo, onde o deputado representaria apenas seus eleitores, poderia ser revogado por quem o elegeu, o deputado deveria prestar contas ao seu eleitorado e só tem os poderes concedidos, ele está vinculado às ideias dos seus eleitores;
	b) Mandato representativo: é a que acontece, onde o eleito é nomeado para determinado cargo e expressa a vontade do Estado, como suas características, as principais são generalidade (representa toda a nação), liberdade (tem liberdade de opinião, de palavra e de voto), irrevogabilidade (eleitores não podem revogar o mandato) e independência (os atos dos deputados não dependem de ratificação popular).
	A democracia direta, conhecida como a democracia ateniense, é aquela onde os cidadãos exercem diretamente a democracia, tomando decisões e criando leis. Outra forma de democracia é a semidireta, é mantida sob alguns mecanismos, são eles:
	a) Referendo: depende da ratificação dos eleitores um projeto de lei aprovado pelo legislador;
	b) Plebiscito: o Chefe de Estado solicita do povo a aprovação de um projeto de lei ou uma medida adotada por ele e normalmente é usado em casos extraordinários, relacionado a questões como território ou soberania;
	c) Iniciativa popular: apresentação de um projeto de lei pela população;
	d) Direito de revogação: o povo pode revogar o mandato de parlamentares ou juízes;
	e) Veto: é a faculdade do povo de manifestar-se contra algo já promulgado pelo Legislativo.
	Na Constituição de 1988 é regulamentado o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular. Além disso, diversos mecanismos existem para a participação popular na esfera estatal. 
	Os direitos políticos adquirem-se com o alistamento eleitoral e somente em algumas hipóteses podem ser perdidos ou suspensos esses direitos: cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado, incapacidade civil absoluta, condenação criminal transitada em julgado, recusa de cumprir a obrigação a todos imposta ou prestação alternativa e improbidade administrativa.
	Os partidos políticos têm duas funções principais: transmissão de questionamentos políticos da sociedade e participação no processo político (organização de eleições, competição eleitoral, etc). A Constituição brasileira e suas leis orgânicas definem os partidos políticos como: pessoas jurídicas de direito privado, destinados a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais. 
	Além disso, os partidos devem que seguir alguns princípios: liberdade partidária; os políticos devem resguardar a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana; ter caráter nacional; autonomia partidária e; o funcionamento parlamentar de acordo com a lei. A Constituição também estabelece restrições: proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiro ou de subordinação a estes; obrigação de prestação de contas à Justiça Eleitoral e; proibição de utilização pelos partidos de organização paramilitar.

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