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DOENÇA DE CROHN

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DOENÇA DE CROHN 
 A doença de Crohn é um processo inflamatório crônico do trato digestivo, podendo atingir desde a região oral até a região anal. A inflamação ocorre com frequência no último segmento do intestino delgado, o íleo, podendo afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.
 Sua origem ainda não é confirmada, mas há teorias que afirmam que esta doença é acarretada por diversos fatores que ativam a ação imunoinflamatória, resultando em uma lesão continuada da mucosa do intestino, a fibrose. Dentre estes, agentes imunes, ambientais, alimentares e genéticos, e alterações na permeabilidade da barreira do epitélio intestinal.
OCORRÊNCIA
 Tem ocorrência maior em jovens adultos a partir dos 15 anos e 25 anos, também pode ser encontrada em crianças recém-nascidas ou até mesmo em indivíduos com idades avançadas. Sabe-se que sua incidência é variável para cada região, sendo mais elevada em países do Norte da Europa onde encontra-se até 100.000 habitantes (Suécia) tendo 6 casos para cada um deles. Também foi constatado que em negros, orientais e índios americanos a doença é bastante rara. (Rodolfo Luís Korte, 1987). 
DEFINIÇÃO DA DOENÇA
 O sistema imunológico de defesa sofre alterações provocando mudanças nas ações das células imunológicas, fazendo com que elas se confundam e passem a agredir tecidos do aparelho digestivo saudáveis. 
 A doença de Crohn é descrita pelo comprometimento do aparelho digestivo. O segmento mais lesado é o íleo terminal, porém pode acometer a qualquer segmento do aparelho digestivo.
 A parede do íleo terminal é descrita como espessa e pouco flexível, tendo como exemplo um “cano”, com um espessamento da gordura mesentérica recobrindo a alça intestinal afetada, podendo conter a presença de uma ou mais fibroses. 
 O lumén intestinal é diminuído, infiltrado com linfócitos e mastócitos. O mecanismo patogênico da inflamação começa a partir da barreira epitelial com acesso de antígenos luminais à lâmina, causando uma resposta imunológica alterada. Pode ser confirmada através de radiografias com exames de contraste baritado, como enema opaco, que evidencia o “sinal de cordão de Kantor”, uma longa extensão do terminal íleo terminal estreitado. No estudo radiológico é verificada a separação por tecido fibroso e granuloso, úlceras lineares e fendas. 
SINTOMAS
 Os sintomas são caracterizados de maneira semelhante a apendicite aguda com vômitos e náuseas, febre, dor no quadrante inferior direito, seguidos por diarreia constante, considerados classificação grade da doença. Pacientes não estando desidratados, sem febre alta, com perda de peso de mais de 10% e/ou com obstrução intestinal, fazem parte da classificação leve da doença a moderada. Na maioria das vezes, a doença de Crohn do cólon pode ser difícil de ser diferenciada de colite ulcerativa, por ter sintomas parecidos, porém aqui identificamos algumas diferenças:
PROGNÓSTICO
Operações Cirurgicas
 Operações cirúrgicas são realizadas comumente em pacientes com doença de Crohn proporcionando alívio sintomático significativo, com altas taxas, cerca de 70% de recorrência destes sintomas após o procedimento e 85% após três anos do mesmo. Cerca de 60% -75% dos pacientes de Crohn podem precisar de cirurgia em algum momento para corrigir potenciais complicações da doença de Crohn - como limpar um bloqueio intestinal ou reparar danos aos intestinos. Danos ao intestino podem incluir uma perfuração ou abscesso (uma área cheia de pus causada por infecção).
Terapia Nutricional
 A terapia nutricional tem como principal função prevenir ou corrigir a desnutrição, repor deficiências de nutrientes, controlar sintomas, reduzir as consequências que essa doença pode gerar.
As principais recomendações são:
· Vitaminas tais como B12, D e Folato.
· Minerais de Cálcio e Magnésio.
· Oligoelementos de Ferro e Zinco.
 A deficiência de B12 e Folato ocorre principalmente em pacientes com atividade inflamatória no íleo terminal (Ou pela má absorções por comprometimento da função do íleo ou por falta dele com a retirada por cirurgia).
 A deficiência de cálcio e Vitamina D se dá pelo uso de corticoides, inflamação, idade, desnutrição, má absorção intestinal, baixa ingestão de nutrientes, atividade física limitada, alterações hormonais e fatores genéticos.
 A deficiência de Magnésio e zinco pelos fatores de diarreia crônica, fístulas, intestino curto, supercrescimento bacteriano e má absorção.
 A deficiência de Ferro ocorre pela perda crônica de sangue pelo trato gastrointestinal, muitas vezes de forma oculta.
 Para diminuir a carga antigênica ou reduzir as populações microbianas no cólon, o uso de dietas líquidas de poucos resíduos e baixo teor de fibras tem mostrado ser eficaz. Apesar das necessidades de energia dos doentes com Doença de Crohn não serem grandemente aumentadas (exceto quando o objetivo é ganhar peso), as exigências das proteínas podem ser aumentadas em 50% durante a Doença de Crohn ativa e, para, além disso, as vitaminas e os minerais podem ser úteis para a manutenção da remissão da doença. Deste modo, nas exacerbações agudas ou graves da Doença de Crohn, uma dieta de resíduo mínimo que limita açúcares e fibras em excesso e pouco absorvidos ou hiperosmolares, bem como cafeína, pode ser usada para reduzir, inicialmente, a diarreia ou a obstrução intestinal, em que neste último caso, as fibras têm que ser limitadas em partículas menores para conseguir atravessar o lúmen estreito (mas sempre ajustada individualmente para o doente).
 Outras soluções para restaurar a ingestão sem provocar sintomas, são as refeições pequenas e frequentes, já que as quantidades pequenas de suplementos isotônicos, líquidos, ou orais são melhor toleradas. Em casos de má absorção de gordura, a suplementação com alimentos com triglicerídeos de cadeia média, não só, valoriza a adição de calorias, mas também, serve como um veículo para nutrientes lipossolúveis. Por exemplo, a modificação das dietas orais e das fórmulas nutricionais com ácidos gordos ómega-3 aminoácidos específicos (como a glutamina), antioxidantes e prebióticos (oligossacáridos, fibras fermentáveis e amidos resistentes que servem de combustível para a flora intestinal, atenuando o processo inflamatório) ou probióticos (para modificar a flora microbiana intestinal) podem ser estratégias adjuvantes para a terapêutica na Doença de Crohn.
 Até agora o número de estudos de terapia nutricional para Doença de Crohn ativa em doentes adultos não é suficiente para conclusões terapêuticas fidedignas; no entanto, dietas elementares ou poliméricas parecem menos eficazes que os corticosteroides.
 Também se podem considerar as alergias alimentares e outras reações imunológicas (já que a permeabilidade da parede intestinal às moléculas do alimento e aos fragmentos de células aumenta nos estados inflamatórios, o que vai permitir uma maior interação entre estes e o sistema imunológico do hospedeiro). Contudo, as intolerâncias alimentares, específicas ou inespecíficas, ocorrem mais que duas vezes em pessoas com Doença de Crohn que na população em geral (exceto a intolerância à lactose, cujos padrões de ocorrência variam mais) e são devidas à localização e às manifestações da Doença de Crohn.
 Esta doença pode ter outras complicações relacionadas com a nutrição como 
· Anemia devido a pouca ingestão alimentar;
· Obstruções gastrointestinais parciais; 
· Má absorção;
· Diarreia (que pode diminuir significativamente os níveis de zinco, potássio e selénio); 
· Vómitos;
· Náuseas;
· Trânsito gastrointestinal alterado; 
· Secreções aumentadas;
· Aversões alimentares;
· Falha no crescimento;
· Perda de peso, entre outras.
Tratamentos Fisioterapêutico 
 O principal tratamento fisioterapêutico é feito através do pilates, onde seus movimentos auxiliam o fortalecimento da musculatura do abdômen, coluna lombar, glúteos e assoalho pélvico, que são responsáveis pela postura. Os exercícios devem ser praticados comcontrole evitando esforço excessivo e esgotamento físico. Durante a fase aguda da doença, com os sintomas e desconfortos como cólicas abdominais, dores articulares, fraquezas musculares, diarreia, o ideal é realizar exercícios que não causem compressão intra-abdominal e que tragam mais conforto e estabilização do corpo do paciente. O principal objetivo do pilates nesta doença é fortalecer o assoalho pélvico e a coluna para dar suporte à parede do abdômen. A respiração do paciente é importante ser observada pelo fisioterapeuta para que não faça pressão demasiada sobre o abdômen.
Tratamentos Farmacológicos
 Os tratamentos farmacológicos desempenham um papel apenas sobre os sintomas da doença, já que atualmente ainda não foi encontrada uma cura para ela. É possível que os medicamentos possam ser utilizados vários tipos até que seja encontrado um que se enquadre melhor para a diminuição dos sintomas. 
 É importante alertar que a medicação prescrita pelo médico depende do grau da doença e até que parte do trato gastrointestinal atingiu até o momento.
 Medicamentos usualmente prescritos:
· Antibióticos
Metronidazol, ciprofloxacina e outros antibióticos podem ser usados ​​quando ocorrem infecções ou para tratar complicações da doença de Crohn.
· Aminosalicilatos (5-ASAs) Administrados
por via oral ou retal, esses medicamentos atuam para diminuir a inflamação no revestimento dos intestinos e são geralmente usados ​​para tratar os sintomas leves a moderados de Crohn.
· Corticosteróides (Esteróides) 
Administrados por via oral, por injeção, por via retal ou intravenosa, estes medicamentos ajudam a reduzir a inflamação suprimindo o sistema imunitário e são normalmente administrados para ajudar nos sintomas moderados a graves de Crohn. Esteroides não são destinados para uso a longo prazo; eles são mais adequados para o controle de curto prazo dos sintomas da DII e da atividade da doença. Se não for usado adequadamente, os pacientes podem se tornar dependentes de esteroides ou resistentes.
· Modificadores imunológicos (imunomoduladores) Administrados 
oralmente ou injetados, esses medicamentos suprimem a resposta imune do corpo, de modo que não podem causar inflamação contínua.
· Terapias biológicas (biológicas) 
Administradas por via intravenosa ou injetada, essa classe de drogas suprime o sistema imunológica para reduzir a inflamação, visando uma via específica, e é geralmente administrada a pessoas que não responderam à terapia convencional.
CURIOSIDADE SOBRE A DOENÇA
 O nome da doença era dado pela localidade em que ela afetava. Anteriormente chamada por ileíte, enterite regional ou colite, o termo doença de Crohn foi usado para identificar independente da região acometida (íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno, etc.). A doença de Crohn recebeu este nome devido o artigo que descrevia a doença em 1932 ser publicado por três autores.
 O estudo do artigo baseado para esta pesquisa, feita em 1987, informava que a incidência e prevalência da doença era desconhecida, e que aumentava desde 1960 até o ano descrito. Atualmente ainda não há uma estimativa de número populacional dos portadores desta doença, mas que o GEDIIB (Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil), está engajado para desenvolver estudos que possam quantificar estas pessoas e adicionar conhecimentos à esta pesquisa.
 O mês dedicado à conscientização de doenças inflamatórias intestinais é o mês de maio, fazendo o maio roxo.
 A taxa de mortalidade dos pacientes com esta doença é maior com pacientes que a doença iniciou antes dos 20 anos de idade e nos que possuem a mesma por mais de 13 anos. (Misodor, 14/09/2009)
BIBLIOGRAFIA:
DOENÇA DE CROHN – REV. MED. - VOL. 67 - N? 1:14 a 18 – 1987
Rodolfo Luís Korte, Faculdade de Medicina de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica — São Paulo
file:///C:/Users/Gabriela/Downloads/58301-Texto%20do%20artigo-74717-1-10-20130702.pdf
ORIENTAÇÕES TERAPÊUTICAS PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DE CROHN – DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – 2014 
Phillippe Lopes Simão – Universidade de Algarve
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/8139/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Mestrado_Philippe_Sim%C3%A3o.pdf - (tratamento nutricional, página 48 a 50)
https://abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/
https://semlactose.com/wp-content/uploads/pdf-cache/Doen%C3%A7a-de-Crohn-a1b518.pdf 
https://abcd.org.br/wpcontent/uploads/2017/12/JORNADA_DO_PACIENTE_PRINCIPAIS_RESULTADOS.pdf
http://www.misodor.com/DOENCA%20DE%20CROHN.php 
http://revistapilates.com.br/2013/12/04/pilates-e-doenca-de-crohn-pode/ 
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=355
http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/486.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/68838/2/39720.pdf
DOENÇA DE CROHN
OBS: MAIO ROXO – seria o mês dedicado a conscientização de doenças inflamatórias intestinais. 
Antes conhecida como Ileíte terminal, porem fui substituída por Doença de Crohn (isso porque o terminal dava entender que era uma doença grave que levava a morte e também fui anulada porque a doença não acometia somente a parte do íleo). 
É uma doença inflamatória intestinal crônica. Afeta principalmente o intestino grosso e delgado. Que pode apresentar sintomas em todo trato gastrointestinais. A doença mescla crises agudas recorrentes, leves a graves, e períodos de ausência de sintomas. 
Diagnostico difícil, pois não tem um exame especifico alem de ter sintomas variados dependendo da parte afetada do paciente.
Os sintomas comuns descritos são: diarreia, sangue nas fezes, vômito, febre, dores abdominais, afta além da falta de apetite e por consequência perda de peso.
Os fatores dessa doença podem ser hereditários ou imunológicos, podendo agravar com o habito de vida. Causada por um desregulação do sistema imunológico do paciente que começa a gerar respostas contra o próprio intestino. 
Alimentação na Doença de Crohn
A terapia nutricional tem como principal função prevenir ou corrigir a desnutrição, repor deficiências de nutrientes, controlar sintomas, reduzir as consequências que essa doença pode gerar.
As principais recomendações são:
· Vitaminas tais como B12, D e Folato.
· Minerais de Cálcio e Magnésio.
· Oligoelementos de Ferro e Zinco.
A deficiência de B12 e Folato ocorre principalmente em pacientes com atividade inflamatória no íleo terminal (Ou pela má absorções por comprometimento da função do íleo ou por falta dele com a retirada por cirurgia).
A deficiência de cálcio e Vitamina D se dá pelo uso de corticoides, inflamação, idade, desnutrição, má absorção intestinal, baixa ingestão de nutrientes, atividade física limitada, alterações hormonais e fatores genéticos.
A deficiência de Magnésio e zinco pelos fatores de diarreia crônica, fístulas, intestino curto, supercrescimento bacteriano e má absorção.
A deficiência de Ferro ocorre pela perda crônica de sangue pelo trato gastrointestinal, muitas vezes de forma oculta.
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=355
http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/486.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/68838/2/39720.pdf

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