Buscar

ENEM 1º DIA - 30-05

Prévia do material em texto

A DOR PASSA. A APROVAÇÃO FICA!
30 DE MAIO DE 2020
1
VERDE
1º DIA
CADERNO
SIMULADO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2.
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
término das provas.
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E 
SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês) 
................................................................................... 
Questão 01 
If You’re Out There 
 
If you hear this message 
Wherever you stand 
I’m calling every woman 
Calling every man 
 
We’re the generation 
We can’t afford to wait 
The future started yesterday 
And we’re already late 
 
We’ve been looking for a song to sing 
Searched for a melody 
Searched for someone to lead 
We’ve been looking for the world to change 
If you feel the same, we’ll go on and say 
 
If you’re out there 
Sing along with me if you’re out there 
I’m dying to believe that you’re out there 
Stand up and say it loud if you’re out there 
Tomorrow’s starting now...now...now […] 
 
We can destroy Hunger 
We can conquer Hate 
Put down the arms and raise your voice 
We’re joining hands today […] 
 
LEGEND, J. Evolver. Los Angeles: Sony Music, 2008 (fragmento). 
 
O trecho da letra de If You’re Out There revela que essa 
canção, lançada em 2008, é um(a) 
a) convocação à luta armada. 
b) apelo ao engajamento social. 
c) atitude saudosista. 
d) crítica a atitudes impensadas. 
e) elogio à capacidade de aceitação. 
................................................................................... 
 
Questão 02 
 
 
A proposta da capa da revista, associando aspectos ver-
bais e visuais, transmite a seguinte mensagem: 
a) O combate aos problemas decorrentes do aqueci-
mento global é visto como uma guerra. 
b) O aquecimento global é mundialmente considerado 
um problema insuperável e irreversível. 
c) O problema do aquecimento global poderá ser solu-
cionado com a ajuda do Exército. 
d) As grandes guerras provocaram devastação, o que 
contribuiu para o aquecimento global. 
e) O Exército está trabalhando no processo de reposi-
ção de árvores em áreas devastadas. 
................................................................................... 
Questão 03 
As Furniture Burns Quicker, Firefighters Reconsider 
Tactics 
 
House fires have changed. The New York Fire Depart-
ment is rethinking its tactics for residential fires, while 
trying to hold onto its culture of “aggressive interior 
firefighting” – charging inside burning buildings as fast 
as possible. 
 
Plastic fillings in sofas and mattresses burn much faster 
than older fillings like cotton, helping to transform the 
behaviour of house fires in the last few decades, fire-
fighters and engineers say. With more plastic in homes, 
residential fires are now likely to use up all the oxygen 
in a room before they costume all flammable materials. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
“Years ago you could break a window and it took the 
fire several minutes to develop – or tens of minutes”, a 
fire battalion chief in Queens, George K. Healy, said. 
“Now we’re learning when you vent that window or the 
door, the fire is developing in, say, a minute.” 
 
LIBRADO, R. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 15 jun. 
2013 (adaptado). 
 
O texto aborda o tema dos incêndios residenciais, que 
se propagam com mais rapidez atualmente por causa 
a) da composição sintética dos móveis. 
b) da estrutura das construções atuais. 
c) da acumulação demasiada de tecidos. 
d) dos recursos insuficientes de combate ao fogo. 
e) da ventilação inapropriada dos cômodos. 
................................................................................... 
Questão 04 
The Four Oxen and the Lion 
 
A Lion used to prowl about a field in a which Four Oxen 
used to live. Many a time he tried to attack them; but 
whenever he came near, they turned their tails to one 
another, so that whichever way he approached them 
he was met by the horns of one of them. At last, how-
ever, they quarreled among themselves, and each 
went off to pasture alone in separate corner of the 
field. Then the Lion attacked them one by one and soon 
made an end of all four. 
 
Disponível em: www.aesopfables.com. Acesso em: 1 dez. 2011. 
 
A fábula The Four Oxen and the Lion ilustra um preceito 
moral, como se espera em textos desse gênero. Essa 
moral, podendo ser compreendida como o tema do 
texto, está expressa em: 
a) O mais forte sempre vence. 
b) A união faz a força. 
c) A força carrega a justiça nas costas. 
d) O ataque é a melhor defesa. 
e) O inimigo da vida é a morte. 
................................................................................... 
Questão 05 
Synopsis 
 
Filmed over nearly three years, WASTE LAND follows 
renowned artist Vik Muniz as he journeys from his 
home base in Brooklyn to his native Brazil and the 
world’s largest garbage dump, Jardim Gramacho, 
located on the outskirts of Rio de Janeiro. There he 
photographs an eclectic band of “catadores” – self-des-
ignated pickers of recyclable materials. Muniz’s initial 
objective was to “paint” the catadores with garbage. 
However, his collaboration with these inspiring charac-
ters as they recreate photographic images of them-
selves out of garbage reveals both the dignity and des-
pair of the catadores as they begin to re-imagine their 
lives. Director Lucy Walker (DEVIL’S PLAYGROUND, 
BLINDSIGHT and COUNTDOWN TO ZERO) and co-direc-
tors João Jardim and Karen Harley have great access to 
the entire process and, in the end, offer stirring evi-
dence of the transformative power of art and the al-
chemy of the human spirit. 
 
Disponível em: www.wastelandmovie.com. Acesso em: 2 dez. 
2012. 
 
Vik Muniz é um artista plástico brasileiro radicado em 
Nova York. O documentário Waste Land,produzido por 
ele em 2010, recebeu vários prêmios e 
a) sua filmagem aconteceu no curto tempo de três me-
ses. 
b) seus personagens foram interpretados por atores do 
Brooklyn. 
c) seu cenário foi um aterro sanitário na periferia cari-
oca. 
d) seus atores fotografaram os lugares onde moram. 
e) seus diretores já pensam na continuidade desse tra-
balho. 
................................................................................... 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E 
SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção espanhol) 
................................................................................... 
Questão 01 
En la República Democrática del Congo menos del 29% 
de la población rural tiene acceso al agua potable, y 
menos del 31% cuenta con servicios de saneamiento 
adecuados. En un país cuya situación ha sido calificada 
como “la peor emergencia posible de África en las últi-
mas décadas”, las enfermedades hacen estragos entre 
la población. La diarrea provoca cada año la muerte del 
14% de los niños menores de cinco años, y los brotes 
epidémicos de cólera causan más de 20.000 muertes 
anuales, sobre todo en las provincias de Katanga Orien-
tal, Kivu del Norte u del Sur. Con el objetico de paliar 
esta situación, la Fundación We Are Water ha llevado a 
cabo un proyecto de Unicef en los distritos del sur y el 
este del país para mejorar el acceso al agua potable, la 
higiene y el saneamiento en las comunidades rurales y 
semirrurales donde el cólera es endémico. Gracias a la 
excavación de pozos, el establecimiento de instalacio-
nes para la extracción de agua y la formación de agen-
tes de salud para mejorar las prácticas de higiene de 
estas comunidades, 10.000 niños, 5.000 mujeres y 
5.000 hombres de 30 aldeas y áreas cercanas a las 
ciudades han mejorado su acceso al agua potable y se 
verán libres de la amenaza del cólera. 
VAN DER BERG. E. Disponível em: www.nationalgeogra-
phic.com.es. Acesso em: 27 jul. 2012. 
 
A partir das informações sobre as condições de sanea-
mento básico na República Democrática do Congo e do 
gênero escolhido para veiculá-las, a função do texto é 
a) divulgar dados estatísticos sobre a realidade do país. 
b) levar ao conhecimento público as práticas que visam 
a melhoria da saúde na região 
c) alertar as pessoas interessadas em conhecer a região 
sobre os problemas de saneamento. 
d) oferecer serviços de escavação de poços e acesso à 
água para a população da região. 
e) orientar a população do país sobre ações de saúde 
pública. 
................................................................................... 
Questão 02 
 
 
O texto publicitário objetiva a adesão do público a uma 
campanha ambiental. A relação estabelecida entre o 
enunciado “Lo que le haces al planeta, te lo haces a ti” 
e os elementos não verbais pressupõe que as atitudes 
negativas do homem para com o planeta 
a) aceleram o envelhecimento da pele. 
b) provocam a ocorrência de seca. 
c) aumentam o dano atmosférico. 
d) prejudicam o próprio homem. 
e) causam a poluição industrial. 
................................................................................... 
Questão 03 
 
 
É comum fazer trocadilhos com ditos populares para 
recriar sentidos. Na reflexão do personagem Felipe, a 
expressão “tratar de encajarle” significa 
a) encaixar em outro dia a tarefa de hoje. 
b) delegar a outras pessoas os seus afazeres. 
c) ser incapaz de concluir seus afazeres a tempo. 
d) aceitar suas atribuições sem questioná-las. 
e) adiar uma tarefa para realizá-la melhor. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 04 
CIUDAD DE MÉXICO – José Rodríguez camina junto a su 
nieto frente al altar gigante con ofrendas del Día de los 
Muertos en el Zócalo de la capital mexicana, una tradi-
ción prehispánica que ocurre el 1 y 2 de noviembre de 
cada año. “Vengo con mi nieto porque quiero que vea 
que en México la muerte no sólo es lo que ve en los 
noticieros”, comenta. 
 
México consagra los dos primeros días de noviembre a 
homenajear a sus muertos. Las familias disponen colo-
ridas mesas con las bebidas, platillos, frutas o cigarrillos 
favoritos de sus difuntos. Algunas incluso lo hacen di-
rectamente en los cementerios, a cuyas puertas se 
agolpan músicos para llevar serenatas a los muertos. 
Toneladas de cempazuchitl, una flor amarilla, son usa-
das para tapizar los panteones. 
 
Es una fiesta para celebrar quienes se han ido. Aunque 
cada vez más palpable la influencia de Halloween, Mé-
xico se resiste a las tendencias que llegan del vecino Es-
tados Unidos y conserva una de las fiestas más coloris-
tas de su calendario, el Día de los Muertos. 
 
Un estudio de la Procuraduría de Defensa del Consumi-
dor (Profeco) elaborado en octubre de 2009 reveló que 
el 81 por ciento de los casi 300 encuestados en 29 de 
los 32 estados mexicanos celebran el Día de los Muer-
tos, frente al cuatro por ciento que se decantó por Ha-
lloween. 
SANTACRUZ, L. A. Disponível em: http://noticias.univision.com. 
Acesso em: 16 jan. 2011 (adaptado). 
 
O Día de los Muertos é uma tradicional manifestação 
cultural do México. De acordo com a notícia, essa festa 
perdura devido 
a) à homenagem prestada às pessoas que morreram 
pela glória do país. 
b) aos estudos que reafirmam a importância desse dia 
para a cultura mexicana. 
c) à reação causada pela exposição da morte de forma 
banalizada pelos noticiários. 
d) à proibição da incorporação de aspectos da cultura 
norte-americana aos hábitos locais. 
e) ao engajamento da população em propagar uma 
crença tradicional anterior à colonização. 
................................................................................... 
 
 
Questão 05 
Un gran disco rojo, silhuetas de manos y figuras anima-
les que decoran las paredes de diferentes cuevas del 
norte de España son las pinturas rupestres más anti-
guas jamás halladas. 
 
Hasta ahora se creia que – com una antigüedad de en-
tre 20.000 y 25.000 años – las pinturas rupestres más 
antiguas estaban en cuevas de Francia y Portugal. 
Las fechas en las que, según el nuevo hallazgo, se dibu-
jaron estas pinturas coinciden con la primera migración 
conocida de los humanos modernos (los Homo sapiens) 
a Europa desde África. Pero hace 40.000 años, sus pri-
mos los neandertales todavía vivían en lo que hoy es 
España. 
 
En estas pinturas pueden estar alguna de las claves 
para entender el desarrollo de la historia humana. Pero 
si, por el contrario, se comprueba que los artistas fue-
ron los neandertales, el hallazgo “añade un nuevo ele-
mento a nuestro conocimiento sobre sus capacidades 
y su sofisticación”. Eso indicaría que el pensamiento 
humano, abstracto y avanzado, y probablemente tam-
bién el lenguaje, surgieron cientos de miles de años an-
tes de lo que se creía. 
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 15 jun. 2012 (adap-
tado). 
 
A pintura rupestre é uma arte pré-histórica por meio 
da qual nossos ancestrais retratavam seu entorno, seu 
cotidiano, suas crenças. O achado arqueológico apre-
sentado no texto pode ser de grande relevância por 
a) oferecer informações sobre o movimento migratório 
dos Homo sapiens e dos neandertais.b) comprovar a sofisticação artística e a capacidade cri-
ativa dos neandertais. 
c) ressignificar o conhecimento sobre o desenvolvi-
mento do pensamento e da linguagem. 
d) ampliar a variedade de imagens representadas por 
pinturas rupestres. 
e) atestar o grau de parentesco primitivo entre Homo 
sapiens e neandertais. 
................................................................................... 
 
 
 
 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questões de 06 a 45 
................................................................................... 
Questão 06 
Examine a charge do cartunista argentino Quino (1932-). 
 
 
 
A charge explora, sobretudo, a oposição 
a) inocência  malícia. 
b) público  privado. 
c) progresso  estagnação. 
d) natureza  cidade. 
e) liberdade  repressão. 
................................................................................... 
Questão 07 
Folha – Qual é a sua maior preocupação com o DSM-5 
(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Men-
tais, conhecido como a “bíblia da psiquiatria”)? Corre-
mos o risco de todos sermos considerados doentes 
mentais? 
Allen Frances – O DSM-5 expandiu ainda mais o que já 
era um sistema de diagnóstico muito vagamente defi-
nido. Tristeza normal, como o luto, por exemplo, torna-
se transtorno depressivo maior; comer em excesso, 
torna-se transtorno da compulsão alimentar; ataques 
de birras de crianças podem se tornar “transtorno do 
temperamento irregular”; o esquecimento na velhice 
passa a ser transtorno neurocognitivo leve; e as crian-
ças normais são diagnosticadas com deficit de atenção 
e hiperatividade. 
Folha – Qual a influência que as grandes farmacêuticas 
exercem nessa tendência? 
Allen Frances – As multinacionais farmacêuticas não 
têm qualquer influência direta sobre as decisões do 
DSM, mas aproveitam qualquer oportunidade para 
criar novas desordens psiquiátricas. Eu acredito, por 
exemplo, que as farmacêuticas sejam as responsáveis 
por essas falsas epidemias de TDAH (transtorno do de-
ficit de atenção e hiperatividade) e transtorno bipolar. 
Cláudia Colucci. “Gastamos muito dinheiro para tratar pessoas 
normais, diz psiquiatra”. www.folha.uol.com.br, 11.09.2016. 
De acordo com o texto, 
a) o problema mais importante na área da psiquiatria é 
a universalização do acesso a tratamentos médicos. 
b) o progresso científico no diagnóstico psiquiátrico 
pressupõe a autonomia absoluta de cada indivíduo. 
c) há tendências preocupantes de patologização e me-
dicalização de comportamentos cotidianos. 
d) os critérios de diagnóstico da psiquiatria são direta-
mente condicionados pelo mercado farmacêutico. 
e) a medicalização da vida é guiada por critérios cientí-
ficos e filosoficamente indiscutíveis. 
................................................................................... 
Questão 08 
Quando este(a) autor(a) publicou seu primeiro livro, 
duas vertentes assinalavam o panorama da ficção bra-
sileira: o regionalismo e a reação espiritualista. Sua 
obra vai representar uma síntese feliz das duas verten-
tes. Como regionalista, volta-se para os interiores do 
país, pondo em cena personagens plebeias e “típicas”. 
Leva a sério a função da literatura como documento, 
ao ponto de reproduzir a linguagem característica da-
quelas paragens. Porém, como os autores da reação es-
piritualista, descortina largo sopro metafísico, coste-
ando o sobrenatural, em demanda da transcendência. 
No que superou a ambas, distanciando-se, foi no apuro 
formal, no caráter experimentalista da linguagem, na 
erudição poliglótica, no trato com a literatura universal 
de seu tempo, de que nenhuma das vertentes dispu-
nha, ou a que não atribuíam importância. E no fato de 
escrever prosa como quem escreve poesia – ou seja, 
palavra por palavra, ou até fonema por fonema. 
Walnice Nogueira Galvão. “Introdução”, 2000. Adaptado. 
Esse comentário refere-se a 
a) Guimarães Rosa. 
b) Clarice Lispector. 
c) Euclides da Cunha. 
d) Machado de Assis. 
e) Graciliano Ramos. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 09 
Desde já a ciência entra, portanto, no nosso domínio de 
romancistas, nós que somos agora analistas do homem, 
em sua ação individual e social. Continuamos, pelas nos-
sas observações e experiências, o trabalho do fisiólogo 
que continuou o do físico e o do químico. Praticamos, de 
certa forma, a Psicologia científica, para completar a Fisi-
ologia científica; e, para acabar a evolução, temos tão so-
mente que trazer para nossos estudos sobre a natureza e 
o homem o instrumento decisivo do método experimen-
tal. Em uma palavra, devemos trabalhar com os caracte-
res, as paixões, os fatos humanos e sociais, como o quí-
mico e o físico trabalham com os corpos brutos, como o 
fisiólogo trabalha com os corpos vivos. O determinismo 
domina tudo. É a investigação científica, é o raciocínio ex-
perimental que combate, uma por uma, as hipóteses dos 
idealistas, e substitui os romances de pura imaginação pe-
los romances de observação e de experimentação. 
Émile Zola. O romance experimental, 1982. Adaptado. 
 
Depreendem-se do comentário do escritor francês 
Émile Zola preceitos que orientam a corrente literária 
a) simbolista. 
b) árcade. 
c) naturalista. 
d) romântica. 
e) barroca. 
................................................................................... 
Questão 10 
O quadro não se presta a uma leitura convencional, no 
sentido de esmiuçar os detalhes da composição em 
busca de nuances visuais. Na tela, há apenas formas 
brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural, 
primitivo. Os contornos inchados das plantas, os pés 
agigantados das figuras, o seio que atende ao inexorá-
vel apelo da gravidade: tudo é raiz. O embasamento 
que vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no 
substrato do ser. As cabecinhas, sem faces, servem 
apenas de contraponto. Estes não são seres pensantes, 
produtos da cultura e do refinamento. Tampouco são 
construídos; antes nascem, brotam como plantas, sor-
vendo a energia vital do sol de limão. À palheta nacio-
nalista de verde planta, amarelo sol e azul e branco 
céu, a pintora acrescenta o ocre avermelhado de uma 
pele que mais parece argila. A mensagem é clara: essa 
é nossa essência brasileira – sol, terra, vegetação. É isto 
que somos, em cores vivas e sem a intervenção erudita 
das fórmulas pictóricas tradicionais. 
(Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adap-
tado.) 
Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila do 
Amaral (1886-1973): 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
d) 
 
e) 
 
................................................................................... 
Questão 11 
Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a litera-
tura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva cientí-
fica, de basenaturalista e evolucionista, à construção li-
terária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão 
romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de 
ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender 
o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz 
de ultrapassar a sua significação particular. 
 
(Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago (org.). Intér-
pretes do Brasil, vol. 1, 2000. Adaptado.) 
 
Tal comentário crítico aplica-se à obra 
a) Capitães da Areia, de Jorge Amado. 
b) Vidas secas, de Graciliano Ramos. 
c) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. 
d) Os sertões, de Euclides da Cunha. 
e) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. 
................................................................................... 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: 
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o ex-
certo de Auto da Barca do Inferno do escritor portu-
guês Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o des-
tino das almas que chegam a um braço de mar onde se 
encontram duas barcas (embarcações): uma destinada 
ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao 
Inferno, comandada pelo diabo. 
 
Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele 
mesmo fazendo a 1baixa começou a dançar, dizendo 
 
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã; 
Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã; 
Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha! 
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá? 
Frade: 2Deo gratias! Sou cortesão. 
Diabo: Danças também o 3tordião? 
Frade: Por que não? Vê como sei. 
Diabo: Pois entrai, eu 4tangerei 
e faremos um serão. 
E essa dama, porventura? 
Frade: Por minha a tenho eu, 
e sempre a tive de meu. 
Diabo: Fizeste bem, que é lindura! 
Não vos punham lá censura 
no vosso convento santo? 
Frade: E eles fazem outro tanto! 
Diabo: Que preciosa 5clausura! 
Entrai, padre reverendo! 
Frade: Para onde levais gente? 
Diabo: Para aquele fogo ardente 
que não temestes vivendo. 
Frade: Juro a Deus que não te entendo! 
E este 6hábito não me 7val? 
Diabo: Gentil padre 8mundanal, 
a Belzebu vos encomendo! 
Frade: Corpo de Deus consagrado! 
Pela fé de Jesus Cristo, 
que eu não posso entender isto! 
Eu hei de ser condenado? 
Um padre tão namorado 
e tanto dado à virtude? 
Assim Deus me dê saúde, 
que eu estou maravilhado! 
Diabo: Não façamos mais 9detença 
embarcai e partiremos; 
tomareis um par de remos. 
Frade: Não ficou isso na 10avença. 
Diabo: Pois dada está já a sentença! 
Frade: Por Deus! Essa seria ela? 
Não vai em tal caravela 
minha senhora Florença? 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Como? Por ser namorado 
e folgar c’uma mulher? 
Se há um frade de perder, 
com tanto salmo rezado?! 
Diabo: Ora estás bem arranjado! 
Frade: Mas estás tu bem servido. 
Diabo: Devoto padre e marido, 
haveis de ser cá 11pingado… 
 
(Auto da Barca do Inferno, 
2007.) 
 
1baixa: dança popular no século XVI. 
2Deo gratias: graças a Deus. 
3tordião: outra dança popular no século XVI. 
4tanger: fazer soar um instrumento. 
5clausura: convento. 
6hábito: traje religioso. 
7val: vale. 
8mundanal: mundano. 
9detença: demora. 
10avença: acordo. 
11ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fer-
vendo (segundo o imaginário popular, processo de tor-
tura que ocorreria no inferno). 
................................................................................... 
Questão 12 
No excerto, o escritor satiriza, sobretudo, 
a) a compra do perdão para os pecados cometidos. 
b) preocupação do clero com a riqueza material. 
c) o desmantelamento da hierarquia eclesiástica. 
d) a concessão do perdão a almas pecadoras. 
e) o relaxamento dos costumes do clero. 
................................................................................... 
Questão 13 
Com a fala “E eles fazem outro tanto!”, o frade sugere 
que seus companheiros de convento 
a) consideravam-se santos. 
b) estavam preocupados com a própria salvação. 
c) estranhavam seu modo de agir. 
d) comportavam-se de modo questionável. 
e) repreendiam-no com frequência. 
................................................................................... 
Questão 14 
No excerto, o traço mais característico do diabo é 
a) o autoritarismo, visível no seguinte trecho: “Não fa-
çamos mais detença”. 
b) a curiosidade, visível no seguinte trecho: “Danças 
também o tordião?”. 
c) a ironia, visível no seguinte trecho: “Que preciosa 
clausura!”. 
d) a ingenuidade, visível no seguinte trecho: “Fizeste 
bem, que é lindura!”. 
e) o sarcasmo, visível no seguinte trecho: “Pois dada 
está já a sentença!”. 
................................................................................... 
Questão 15 
Assinale a alternativa cuja máxima está em conformi-
dade com o excerto e com a proposta do teatro de Gil 
Vicente. 
a) “O riso é abundante na boca dos tolos.” 
b) “A religião é o ópio do povo.” 
c) “Pelo riso, corrigem-se os costumes.” 
d) “De boas intenções, o inferno está cheio.” 
e) “O homem é o único animal que ri dos outros.” 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o soneto XLVI, de Cláudio Manuel da Costa (1729-
1789), para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Não vês, Lise, brincar esse menino 
Com aquela avezinha? Estende o braço, 
Deixa-a fugir, mas apertando o laço, 
A condena outra vez ao seu destino. 
 
Nessa mesma figura, eu imagino, 
Tens minha liberdade, pois ao passo 
Que cuido que estou livre do embaraço, 
Então me prende mais meu desatino. 
 
Em um contínuo giro o pensamento 
Tanto a precipitar-me se encaminha, 
Que não vejo onde pare o meu tormento. 
 
Mas fora menos mal esta ânsia minha, 
Se me faltasse a mim o entendimento, 
Como falta a razão a esta avezinha. 
(Domício Proença Filho (org.). A poesia dos inconfidentes, 1996.) 
................................................................................... 
Questão 16 
O tom predominante no soneto é de 
a) resignação. 
b) nostalgia. 
c) apatia. 
d) ingenuidade. 
e) inquietude. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 17 
No soneto, o menino e a avezinha, mencionados na pri-
meira estrofe, são comparados, respectivamente, 
a) ao eu lírico e a Lise. 
b) a Lise e ao eu lírico. 
c) ao desatino e ao eu lírico. 
d) ao desatino e à liberdade. 
e) a Lise e à liberdade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do 
poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para 
responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Alma minha gentil, que te partiste 
tão cedo desta vida descontente, 
repousa lá no Céu eternamente, 
e viva eu cá na terra sempre triste. 
 
Se lá no assento etéreo, onde subiste, 
memória desta vida se consente, 
não te esqueças daquele amor ardente 
que já nos olhos meus tão puro viste. 
 
E se vires que pode merecer-te 
alguma coisa a dor que me ficou 
da mágoa, sem remédio, de perder-te, 
 
roga a Deus, que teus anos encurtou, 
que tão cedo de cá me leve a ver-te, 
quão cedo de meus olhos te levou. 
 
Sonetos, 2001. 
................................................................................... 
Questão 18 
 “Se lá no assento etéreo, onde subiste, 
memória desta vida se consente,” (2ª estrofe) 
 
Os termos destacados constituem 
a) pronomes. 
b) conjunções. 
c)uma conjunção e um advérbio, respectivamente. 
d) um pronome e uma conjunção, respectivamente. 
e) uma conjunção e um pronome, respectivamente. 
................................................................................... 
 
 
Questão 19 
Mais escolarizadas, mulheres ainda ganham menos e 
têm dificuldades de subir na carreira 
 As mulheres brasileiras já engravidam menos 
na adolescência, estudam mais do que os homens e ti-
veram aumento maior na renda média mensal, se-
gundo mostram as Estatísticas de Gênero do IBGE, re-
tiradas da base de dados do Censo de 2010, mas elas 
ainda ganham salários menores e tem dificuldades em 
ascender na carreira. 
<http://tinyurl.com/gnbsmbs> Acesso em: 29.08.2016. Adaptado. 
O título do artigo – Mais escolarizadas, mulheres ainda 
ganham menos e têm dificuldades de subir na carreira 
– poderia ser substituído, sem causar prejuízo de sen-
tido, por: 
a) Mulheres, mais escolarizadas, porventura ganham 
mais, entretanto possuem empecilhos para subir na 
carreira. 
b) Mulheres, mais escolarizadas, ainda ganham menos, 
bem como enfrentam obstáculos para subir na car-
reira. 
c) Mulheres, mais escolarizadas, às vezes ganham me-
nos, por conseguinte apresentam especificidades 
para se elevarem na carreira. 
d) Mais escolarizadas, mulheres, ainda que enfrentem 
dificuldades para progredirem na carreira, ganham o 
mesmo ou mais. 
e) Mais escolarizadas, mulheres apresentam particula-
ridades para subir na carreira, porquanto já ganham 
mais. 
................................................................................... 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o texto de Jacques Fux para responder à(s) ques-
tão(ões). 
 
Literatura e Matemática 
 
 Letras e números costumam ser vistos como 
símbolos opostos, correspondentes a sistemas de pen-
samento e linguagens completamente diferentes e, 
muitas vezes, incomunicáveis. Essa perspectiva, no en-
tanto, foi muitas vezes recusada pela própria literatura, 
que em diversas ocasiões valeu-se de elementos e pen-
samentos matemáticos como forma de melhor explo-
rar sua potencialidade e de amplificar suas possibilida-
des criativas. 
 A utilização da matemática no campo literário 
se dá por meio das diversas estruturas e rigores, mas 
também através da apresentação, reflexão e transfor-
mação em matéria narrativa de problemas de ordem 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
lógica. Nenhuma leitura é única: o texto, por si só, não 
diz nada; ele só vai produzir sentido no momento em 
que há a recepção por parte do leitor. A matemática 
pode, também, potencializar o texto, tornando ainda 
mais amplo o seu campo de leituras possíveis a partir 
de regras ou restrições. 
 Muitas passagens de Alice no País das Maravi-
lhas e Alice através do espelho, de Lewis Carroll, estão 
repletas de enigmas e problemas que até os dias de 
hoje permitem aos leitores múltiplas interpretações. 
Edgar Allan Poe é outro escritor a construir persona-
gens que utilizam exaustivamente a lógica matemática 
como instrumento para a resolução dos enigmas pro-
postos. 
 Explorar as relações entre literatura e matemá-
tica é resgatar o romantismo grego da possibilidade do 
encontro de todas as ciências. É fazer uma viagem pelo 
mundo das letras e dos números, da literatura compa-
rada e das ficções e romances de diversos autores que 
beberam (e continuarão bebendo) de diversas e poten-
ciais fontes científicas, poéticas e matemáticas. 
<http://tinyurl.com/h9z7jot > Acesso em: 17.08.2016. Adaptado. 
................................................................................... 
Questão 20 
Segundo o texto, pode-se afirmar que 
a) a separação entre Literatura e Matemática tem ori-
gem no romantismo grego. 
b) a separação entre Literatura e Matemática é neces-
sária, pois a lógica só está presente em uma delas. 
c) a relação entre Literatura e Matemática prejudica os 
leitores, por apresentar problemas e enigmas. 
d) a relação entre Literatura e Matemática só é possível 
quando as letras e os números são vistos como sím-
bolos opostos. 
e) a relação entre Literatura e Matemática faz com que 
as produções artísticas se apresentem de maneira 
integrada e produtiva. 
................................................................................... 
Questão 21 
No texto, entende-se que 
a) o substantivo literatura, no primeiro parágrafo, está 
utilizado no sentido denotativo, pois se refere à pro-
dução escrita informal. 
b) o verbo dizer, no segundo parágrafo, está utilizado 
no sentido denotativo, pois há um substantivo que 
possui voz ativa. 
c) o substantivo matemática, no segundo parágrafo, 
está utilizado no sentido denotativo, pois as incógni-
tas são representadas por letras gregas. 
d) o advérbio exaustivamente, no terceiro parágrafo, 
está utilizado no sentido conotativo, pois está relaci-
onado ao cansaço dos escritores. 
e) o verbo beber, no quarto parágrafo, está utilizado no 
sentido conotativo, pois remete ao sentido de absor-
ver intelectualmente. 
................................................................................... 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o poema de Camilo Pessanha para responder à(s) 
questão(ões) a seguir. 
 
INTERROGAÇÃO 
 
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar, 
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo; 
E apesar disso, crês? nunca pensei num lar 
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo. 
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito. 
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos. 
Nem depois de acordar te procurei no leito, 
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos. 
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo 
A tua cor sadia, o teu sorriso terno... 
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso 
Que me penetra bem, como este sol de Inverno. 
Passo contigo a tarde e sempre sem receio 
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca. 
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio 
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca. 
Eu não sei se é amor. Será talvez começo. 
Eu não sei que mudança a minha alma pressente... 
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço, 
Que adoecia talvez de te saber doente. 
(PESSANHA, Camilo. Clepsidra. São Paulo: Núcleo, 1989.) 
................................................................................... 
Questão 22 
No poema, o eu lírico demonstra que 
a) apresenta uma atração explicitamente física e carnal 
pela pessoa citada. 
b) possui plena antipatia por versos românticos, pois a 
razão realista é o que o move. 
c) resiste à mudança que sua alma imagina, pois ele não 
dá espaço para sentimentos. 
d) procura abrigo quando já está curado, pensando em 
não ser um devedor à pessoa amada. 
e) possui várias dúvidas a respeito de seu sentimento, 
o qual apresenta uma série de contradições. 
................................................................................... 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 23 
O escritor português Camilo Pessanha faz parte da es-
cola literária denominada Simbolismo. 
 
Assinale a alternativa que possui uma característica 
desse movimento artístico presente no poema. 
a) Elipse, pois o autor omite todos os pronomes pesso-
ais a fim de criar musicalidade. 
b) Bucolismo, pois o amor fazgrande reverência à na-
tureza ao evocar a sua sonoridade. 
c) Aliteração, pois o autor explora a repetição harmô-
nica e ritmada de sons consonantais. 
d) Determinismo, pois o meio em que vive a pessoa 
amada determina o ritmo de sua vida. 
e) Ornamentação exagerada, pois há vocabulário rit-
mado com exclusividade de rimas ricas. 
................................................................................... 
Questão 24 
A maioria dos atletas olímpicos é lembrada por suas vi-
tórias, ou seja, por medalhas de ouro. Mas um brasi-
leiro ficará eternizado na história dos Jogos por sua ati-
tude exemplar diante de um fato surpreendente e inu-
sitado na Olimpíada de 2004, em Atenas. O paranaense 
Vanderlei Cordeiro de Lima tinha 35 anos quando ga-
nhou a Medalha Pierre de Coubertin, um dos prêmios 
mais nobres concedidos pelo Comitê Olímpico Interna-
cional (COI) a atletas que valorizam o esporte mais do 
que a própria vitória. 
O brasileiro recebeu a honraria após a sua memorável 
participação na maratona olímpica, modalidade consi-
derada a mais tradicional e que, por isso, foi destaque 
no dia do encerramento dos Jogos. Vanderlei liderava 
a prova até o 36º quilômetro, a 6 do final, quando foi 
atacado pelo ex-sacerdote Cornelius Horan, que inva-
dira a pista. O golpe do fanático religioso irlandês der-
rubou o atleta, que teve de ser socorrido por alguns es-
pectadores, numa das cenas mais lamentáveis e, ao 
mesmo tempo, emocionantes da história das Olimpía-
das. 
Vanderlei perdeu fôlego, tempo, concentração e duas 
posições na prova, mas ainda assim conseguiu comple-
tar a maratona em terceiro lugar. Ao entrar no estádio 
Panathinaiko, ele foi aplaudido de pé pelos torcedores, 
que esperavam por sua chegada, e vibraram mais do 
que quando o italiano Stefano Baldini terminou o per-
curso na primeira colocação. Mostrando seu espírito 
esportivo, Vanderlei percorreu o trecho final da prova 
imitando um avião e com um sorriso no rosto. 
<http://tinyurl.com/pfwel5p> Acesso em: 12.09.2015. Adaptado. 
 
Segundo o texto, é correto afirmar que o atleta Van-
derlei Cordeiro 
a) demonstrou indignação ao sofrer a interferência do 
ex-sacerdote em 2004. 
b) foi derrubado por um atleta irlandês durante uma 
prova olímpica em Atenas. 
c) recebeu um prêmio por colocar o espírito olímpico 
acima do desejo da vitória. 
d) chegou em terceiro lugar na maratona de 2004, de-
monstrando descontentamento. 
e) contundiu-se ao ser derrubado pelo atleta italiano 
na maratona de Atenas em 2004. 
................................................................................... 
Questão 25 
Assinale a alternativa que apresenta o correto em-
prego da crase. 
a) Alguns atletas olímpicos irão à São Paulo fazer exa-
mes médicos periódicos. 
b) À um ano dos Jogos Olímpicos do Rio, é impossível 
adquirir alguns ingressos. 
c) Nossos atletas, à partir dessa semana, serão subme-
tidos a novos treinamentos. 
d) Nenhum atleta dessa delegação pode comer o que 
deseja o tempo todo, à vontade. 
e) A homenagem à João Carlos de Oliveira, o João do 
Pulo, resgata a nossa história olímpica. 
................................................................................... 
Questão 26 
Leia o fragmento da obra “Senhora”, de José de Alen-
car. 
Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta 
nova contrariedade, apareceu na sala a Aurélia Ca-
margo, que chegara naquele instante. Sua entrada foi 
como sempre um deslumbramento; todos os olhos vol-
taram-se para ela; pela numerosa e brilhante socie-
dade ali reunida passou o frêmito das fortes sensações. 
Parecia que o baile se ajoelhava para recebê-la com o 
fervor da adoração. Seixas afastou-se. Essa mulher hu-
milhava-o. Desde a noite de sua chegada que sofrera a 
desagradável impressão. Refugiava-se na indiferença, 
esforçava-se por combater com o desdém a funesta in-
fluência, mas não o conseguia. A presença de Aurélia, 
sua esplêndida beleza, era uma obsessão que o opri-
mia. Quando, como agora, a tirava da vista fugindo-lhe, 
não podia arrancá-la da lembrança, nem escapar à ad-
miração que ela causava e que o perseguia nos elogios 
proferidos a cada passo em torno de si. No Cassino, Sei-
xas tivera um reduto onde abrigar-se dessa cruel fasci-
nação. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
<http://tinyurl.com/ou5m65d> Acesso em: 17.09.2015. Adaptado. 
 
É correto afirmar que essa obra pertence ao 
a) Romantismo, pois ela critica os valores burgueses, 
exalta a natureza e a vida simples do campo, denun-
ciando a corrupção e a hipocrisia na sociedade flu-
minense do século XX. 
b) Romantismo, pois ela enaltece a fragilidade da mu-
lher e exprime de forma contida os sentimentos das 
personagens, situando-as no contexto da sociedade 
paulista do século XX. 
c) Romantismo, pois ela exalta a figura feminina, ex-
põe, de maneira exacerbada, os sentimentos das 
personagens, tendo como pano de fundo os costu-
mes da sociedade fluminense do século XIX. 
d) Modernismo, pois ela idealiza a mulher e a juven-
tude e trata da infelicidade dos amores não corres-
pondidos, inserindo as personagens na sociedade 
fluminense do século XX. 
e) Modernismo, pois ela se opõe ao exagero na expres-
são dos sentimentos e ao papel de submissão desti-
nado às mulheres, retratando o cotidiano da socie-
dade paulista do século XX. 
................................................................................... 
Questão 27 
O escritor, dramaturgo e poeta Ariano Suassuna mor-
reu em 2014, aos 87 anos. Membro da Academia Bra-
sileira de Letras (ABL), esse autor traduziu em suas 
obras a tradição popular do Nordeste. 
 
Assinale a alternativa que apresenta um trecho da obra 
Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. 
a) “SEVERINO Não pode ser, João. Eu matei o bispo, o 
padre, o sacristão, o padeiro e a mulher e eles mor-
reram esperando por você. Se eu não o matar, vêm-
me perseguir de noite, porque será uma injustiça 
com eles. (...)” (http://tinyurl.com/lelivros Acesso 
em: 20.08.14. Adaptado) 
b) “Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e mo-
desto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com 
um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si pró-
prio. Para João Teodoro, a coisa de menos importân-
cia no mundo era João Teodoro. (...)” 
(http://tinyurl.com/leitura-encantada Acesso em: 
20.08.14. Adaptado) 
c) “Havia muito que João Romão vivia exclusivamente 
para essa ideia; sonhava com ela todas as noites; 
comparecia a todos os leilões de materiais de cons-
trução; arrematava madeiramentos já servidos; 
comprava telha em segunda mão; fazia pechinchas 
de cal e tijolos; acumulados (...)” 
(http://tinyurl.com/dominiopub-1 Acesso em: 
20.08.14. Adaptado) 
d) “Aplica esta prova a todos os órgãos e compreendes 
o meu princípio. Enquanto a inteligência e a felici-
dade que dela se tira pela incansável acumulação de 
noções, só te peço que compares Renan e o Grillo...” 
(http://tinyurl.com/dominiopub-2 Acesso em: 
20.08.14. Adaptado) 
e) “Nhá Tolentina estava ficando rica de vender no ar-
raial pastéis de carne mexida com ossos de mão de 
anjinho; dos vinténs enterrados juntamente com 
mechas de cabelo, em frente das casas; e do João 
Mangolô velho de guerra, voluntário do mato nos 
tempos do Paraguai (...)” (http://tinyurl.com/litera-
turapoeta-1 Acesso em: 20.08.14. Adaptado) 
................................................................................... 
Questão 28 
Tenho visto criaturas que trabalham demais e não pro-
gridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: 
quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a 
boca e engolemtudo. 
Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentati-
vas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguin-
tes. 
Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, natu-
ralmente, e levei-a para além do ponto em que estava 
no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações. 
– Minhas senhoras, Seu Mendonça pintou o diabo en-
quanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, pa-
ciência, vá à justiça. 
Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o ca-
minho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de 
um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, 
estudando direito. Respeitei o engenho do Dr. Maga-
lhães, juiz. 
Violências miúdas passaram despercebidas. As ques-
tões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chica-
nas de João Nogueira. 
Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei 
maquinismos e não prestei atenção aos que me censu-
ravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Ini-
ciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus 
produtos ao mercado, comecei uma estrada de roda-
gem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, 
chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. 
Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elo-
giando-me e elogiando o chefe político local. Em con-
sequência mordeu-me cem mil réis. 
 
RAMOS, G. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1990. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
O trecho, de São Bernardo, apresenta um relato de 
Paulo Honório, narrador-personagem, sobre a expan-
são de suas terras. De acordo com esse relato, o pro-
cesso de expansão de suas terras. De acordo com esse 
relato, o processo de prosperidade que o beneficiou 
evidencia que ele 
a) revela-se um empreendedor capitalista pragmático 
que busca o êxito em suas realizações a qualquer 
custo, ignorando princípios éticos e valores humani-
tários. 
b) procura adequar sua atividade produtiva e função de 
empresário às regras do Estado democrático de di-
reito, ajustando o interesse pessoal ao bem da soci-
edade. 
c) relata aos seus interlocutores fatos que lhe ocorre-
ram em um passado distante, e enumera ações que 
põem em evidência as suas muitas virtudes de ho-
mem do campo. 
d) demonstra ser um homem honrado, patriota e au-
dacioso, atributos ressaltados pela realização de 
ações que se ajustam ao princípio de que os fins jus-
tificam os meios. 
e) amplia o seu patrimônio graças ao esforço pessoal, 
contando com a sorte e a capacidade de iniciativa, 
sendo um exemplo de empreendedor com respon-
sabilidade social. 
................................................................................... 
Questão 29 
– Recusei a mão de minha filha, porque o senhor é... 
filho de uma escrava. 
– Eu? 
– O senhor é um homem de cor!... Infelizmente esta é 
a verdade... Raimundo tornou-se lívido. Manoel pros-
seguiu, no fim de um silêncio: 
– Já vê o amigo que não é por mim que lhe recusei Ana 
Rosa, mas é por tudo! A família de minha mulher sem-
pre foi muito escrupulosa a esse respeito, e como ela é 
toda a sociedade do Maranhão! Concordo que seja 
uma asneira; concordo que seja um prejuízo tolo! O se-
nhor porém não imagina o que é por cá a prevenção 
contra os mulatos!... Nunca me perdoariam um tal ca-
samento; além do que, para realizá-lo, teria que que-
brar a promessa que fiz a minha sogra, de não dar a 
neta senão a um branco de lei, português ou descen-
dente direto de portugueses! 
 
AZEVEDO, A. O mulato. São Paulo: Escala, 2008. 
Influenciada pelo ideário cientificista do Naturalismo, a 
obra destaca o modo como o mulato era visto pela so-
ciedade de fins do século XIX. Nesse trecho, Manoel 
traduz uma concepção em que a 
a) miscigenação racial desqualificava o indivíduo. 
b) condição econômica anulada os conflitos raciais. 
c) discriminação racial era condenada pela sociedade. 
d) escravidão negava o direito da negra à maternidade. 
e) união entre mestiços era um risco à hegemonia dos 
brancos. 
................................................................................... 
Questão 30 
A madrasta retalhava um tomate em fatias, assim finas, 
capaz de envenenar a todos. Era possível entrever o ar-
roz branco do outro lado do tomate, tamanha a sua 
transparência. Com a saudade evaporando pelos olhos, 
eu insistia em justificar a economia que administrava 
seus gestos. Afiando a faca no cimento frio da pia, ela 
cortava o tomate vermelho, sanguíneo, maduro, como 
se degolasse cada um de nós. Seis. O pai, amparado 
pela prateleira da cozinha, com o suor desinfetando o 
ar, tamanho o cheiro do álcool, reparava na fome dos 
filhos. Enxergava o manejo da faca desafiando o to-
mate e, por certo, nos pensava devorados pelo vento 
ou tempestade, segundo decretava a nova mulher. To-
dos os dias – cotidianamente – havia tomates para o 
almoço. Eles germinavam em todas as estações. Jabu-
ticaba, manga, laranja, floresciam cada um em seu 
tempo. Tomate, não. Ele frutificava, continuamente, 
sem demandar adubo além do ciúme. Eu desconhecia 
se era mais importante o tomate ou o ritual de cortá-
lo. As fatias delgadas escreviam um ódio e só aqueles 
que se sentem intrusos ao amor podem tragar. 
 
QUEIRÓS, B. C. Vermelho amargo. São Paulo: Cosac & Naify, 2011. 
 
Ao recuperar a memória da infância, o narrador des-
taca a importância do tomate nos almoços da família e 
a ação da madrasta ao prepará-lo. A insistência nessa 
imagem é um procedimento estético que evidencia a 
a) saudade do menino em relação à sua mãe. 
b) insegurança do pai diante da fome dos filhos. 
c) raiva da madrasta pela indiferença do marido. 
d) resistência das crianças quanto ao carinho da ma-
drasta. 
e) convivência conflituosa entre o menino e a esposa 
do pai. 
................................................................................... 
 
 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 31 
Querido Sr. Clemens, 
Sei que o ofendi porque sua carta, não datada de outro 
dia, mas que parece ter sido escrita em 5 de julho, foi 
muito abrupta; eu a li e reli com os olhos turvos de lá-
grimas. Não usarei meu maravilhoso broche de peixe-
anjo se o senhor não quiser; devolverei ao senhor, se 
assim me for pedido... 
OATES, J. C. Descanse em paz. São Paulo: Leya, 2008. 
Nesse fragmento de carta pessoal, quanto à sequenci-
ação dos eventos, reconhece-se a norma-padrão 
pelo(a) 
a) colocação pronominal em próclise. 
b) uso recorrente de marcas de negação. 
c) emprego adequado dos tempos verbais. 
d) preferência por arcaísmos, como “abrupta” e 
“turvo”. 
e) presença de qualificadores, como “maravilhoso” e 
“peixe-anjo”. 
................................................................................... 
Questão 32 
 
Essa escultura foi produzida durante o período da dita-
dura stalinista, na ex-União Soviética, e representa o(a) 
a) luta do proletariado soviético para sua emancipação 
do sistema vigente. 
b) trabalhador soviético retratado de acordo com a re-
alidade do período. 
c) exaltação idealizada da capacidade de trabalho do 
povo soviético. 
d) união de operários e camponeses soviéticos pela 
volta do regime czarista. 
e) sofrimento de trabalhadores soviéticos pela opres-
são do regime stalinista. 
Questão 33 
TEXTO I 
 
 
TEXTO IIAo ser questionado sobre seu processo de criação de 
ready-mades, Marcel Duchamp afirmou: 
 
– Isto dependia do objeto; em geral, era preciso tomar 
cuidado com o seu look. É muito difícil escolher um ob-
jeto porque depois de quinze dias você começa a gos-
tar dele ou a detestá-lo. É preciso chegar a qualquer 
coisa com uma indiferença tal que você não tenha ne-
nhuma emoção estética. A escolha do ready-made é 
sempre baseada na indiferença visual e, ao mesmo 
tempo, numa ausência total de bom ou mau gosto. 
CABANNE, P. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. 
São Paulo: Perspectiva, 1987 (adaptado). 
 
Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se 
que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-ma-
des, inaugurou um modo de fazer arte que consiste em 
a) designar ao artista de vanguarda a tarefa de ser o 
artífice da arte do século XX. 
b) considerar a forma dos objetos como elemento es-
sencial da obra de arte. 
c) revitalizar de maneira radical o conceito clássico do 
belo na arte. 
d) criticar os princípios que determinam o que é uma 
obra de arte. 
e) atribuir aos objetos industriais o status de obra de 
arte. 
................................................................................... 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 34 
O jornal vai morrer. É a ameaça mais constante dos es-
pecialistas. E essa nem é uma profecia nova. Há anos a 
frase é repetida. Experiências são feitas para atrair lei-
tores na era da comunicação nervosa, rápida, multico-
lorida, performática. Mas o que é o jornal? Onde mora 
seu encanto? 
 
O que é sedutor no jornal é ser ele mesmo e nenhum 
outro formato de comunicação de ideias, histórias, 
imagens e notícias. No tempo das muitas mídias, o que 
precisa ser entendido é que cada um tem um espaço, 
um jeito, uma personalidade. 
 
Quando surge uma nova mídia, há sempre os que a 
apresentam como tendência irreversível, modeladora 
do futuro inevitável e fatal. Depois se descobre que 
nada é substituído e o novo se agrega ao mesmo con-
junto de seres através dos quais nos comunicamos. 
 
Os jornais vão acabar, garantem os especialistas. E, por 
isso, dizem que é preciso fazer jornal parecer com as 
outras formas da comunicação mais rápida, eletrônica, 
digital. Assim, eles morrerão mais rapidamente. Jornal 
tem seu jeito. É imagem, palavra, informação, ideia, 
opinião, humor, debate, de uma forma só dele. 
 
Nesse tempo tão mutante em que se tuíta para milha-
res, que retuítam para outros milhares o que foi pos-
tado nos blogs, o que está nos sites dos veículos on-
line, que chance tem um jornal de papel que traz uma 
notícia estática, uma foto parada, um infográfico fixo? 
 
Terá mais chance se continuar sendo jornal. 
LEITÃO, M. Jornal de papel. O Tempo, n. 5 684, 8 jul. 2012 (adaptado). 
 
Muito se fala sobre o impacto causado pelas tecnolo-
gias da comunicação e da informação nas diferentes 
mídias. A partir da análise do texto, conclui-se que es-
sas tecnologias 
a) mantêm inalterados os modos de produção e veicu-
lação do conhecimento. 
b) provocam rupturas entre novas e velhas formas de 
comunicar o conhecimento. 
c) modernizam práticas de divulgação do conheci-
mento hoje consideradas obsoletas. 
d) substituem os modos de produção de conhecimen-
tos oriundos da oralidade e da escrita. 
e) contribuem para a coexistência de diversos modos 
de produção e veiculação de conhecimento. 
 
Questão 35 
 
 
Na tirinha, o leitor é conduzido a refletir sobre relacio-
namentos afetivos. A articulação dos recursos verbais 
e não verbais tem o objetivo de 
a) criticar a superficialidade com que as relações amo-
rosas são expostas nas redes sociais. 
b) negar antigos conceitos ou experiências afetivas li-
gadas à vida amorosa dos adolescentes. 
c) enfatizar a importância de incorporar novas experi-
ências na vida amorosa dos adolescentes. 
d) valorizar as manifestações nas redes sociais como 
medida do sucesso de uma relação amorosa. 
e) associar a popularidade de uma mensagem nas re-
des sociais à profundidade de uma relação amorosa. 
................................................................................... 
Questão 36 
 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
No processo de criação da capa de uma revista, é parte 
importante não só destacar o tema principal da edição, 
mas também captar a atenção do leitor. Com essa capa 
sobre os desastres naturais, desperta-se o interesse do 
leitor ao se apresentar uma ilustração com impacto vi-
sual e uma parte verbal que agrega ao texto um caráter 
a) fantasioso, pois se cria a expectativa de uma matéria 
jornalística, com a natureza protagonizando ações 
espetaculares no futuro. 
b) instrucional, pois se cria a expectativa da apresenta-
ção de conselhos e orientações para a precaução 
contra os desastres naturais. 
c) alarmista, pois se reforça a imagem da natureza 
como um agressor e um inimigo temido pela sua 
avassaladora força de destruição. 
d) místico, pois se cria uma imagem do espaço brasi-
leiro como ameaçado por uma natureza descontro-
lada, em meio a um cenário apocalíptico. 
e) intimista, pois se reforça a imagem de uma publica-
ção organizada em torno das impressões e crenças 
do leitor preocupado com os desastres naturais. 
................................................................................... 
Questão 37 
O comportamento do público, em geral, parece indicar 
o seguinte: o texto da peça de teatro não basta em si 
mesmo, não é uma obra de arte completa, pois ele só 
se realiza plenamente quando levado ao palco. Para 
quem pensa assim, ler um texto dramático equivale a 
comer a massa do bolo antes de ele ir para o forno. Mas 
ele só fica pronto mesmo depois que os atores deram 
vida àquelas emoções; que cenógrafos compuseram os 
espações, refletindo externamente os conflitos inter-
nos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os cor-
pos sofredores em movimento. 
LACERDA, R. Leitores. Metáfora, n. 7, abr. 2012. 
 
Em um texto argumentativo, podem-se encontrar dife-
rentes estratégias para guiar o leitor por um raciocínio 
e chegar a determinada conclusão. Para defender sua 
ideia a favor da incompletude do texto dramático fora 
do palco, o autor usa como estratégia argumentativa a 
a) comoção. 
b) analogia. 
c) identificação. 
d) contextualização. 
e) enumeração. 
................................................................................... 
 
Questão 38 
Acho que educar é como catar piolho na cabeça de cri-
ança. 
É preciso ter confiança, perseverança e um certo des-
pojamento. 
É preciso, também, conquistar a confiança de quem se 
quer educar, para fazê-lo deitar no colo e ouvir histó-
rias. 
MUNDUKURU, D. Disponível em: http://caravanamekukradja.blo-
gspot.com.br. 
Acesso em: 5 dez. 2012. 
Concorrem para a estruturação e para a progressão das 
ideias no texto os seguintes recursos: 
a) Comparação e enumeração. 
b) Hiperonímia e antonímia. 
c) Argumentação e citação. 
d) Narração e retomada. 
e) Pontuação e hipérbole. 
................................................................................... 
Questão 39 
 
Em 1956, o artista Flávio de Resende Carvalho desfilou 
pela Avenidapaulista com o traje New Look, uma pro-
posta tropical para o guarda-roupa masculino. Suas 
obras mais conhecidas são relacionadas às performan-
ces. A imagem permite relacionar como características 
dessa manifestação artística o uso 
a) da intimidade, da política e do corpo. 
b) do público, da ironia e da dor. 
c) do espaço urbano, da intimidade e do drama. 
d) da moda, do drama e do humor. 
e) do corpo, da provocação e da moda. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 40 
TEXTO I 
Frevo: Dança de rua e de salão, é a grande alucinação 
do Carnaval pernambucano. Trata-se de uma marcha 
de ritmo frenético, que é a sua característica principal. 
E a multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a 
ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronuncia 
frevura, frever) que se criou o nome frevo. 
CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 
2001 (adaptado). 
TEXTO II 
Frevo é Patrimônio Imaterial da Humanidade 
 
O frevo, ritmo genuinamente pernambucano, agora é 
do mundo. A música que hipnotiza milhões de foliões e 
dá o tom do Carnaval no estado foi oficialmente reco-
nhecida como Patrimônio material da Humanidade. O 
anúncio foi feito em Paris, nesta quarta-feira, durante 
cerimônia da Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 
Disponível em: www.diariodepernambuco.com.br. Acesso em: 14 
jun. 2015. 
Apesar de abordarem o mesmo tema, os textos I e II 
diferenciam-se por pertencerem a gêneros que cum-
prem, respectivamente, a função social de 
a) resumir e avaliar. 
b) analisar e reportar. 
c) definir e informar 
d) comentar e explanar. 
e) discutir e conscientizar. 
................................................................................... 
Questão 41 
A arte de Luís Otávio Burnier 
 
O movimento natural do corpo segue as leis cotidianas: 
o menor esforço para o maior efeito. Etienne Decroux 
inverte a frase e cria o que, para ele, seria uma das mais 
importantes leis da arte: o maior esforço para o menor 
efeito. “Se eu pedir a um ator que me expresse alegria, 
ele me fará assim (fazia uma grande máscara de alegria 
com o rosto), mas se eu cobrir o seu rosto com um 
pano ou uma máscara neutra, amarrar seus braços 
para trás e lhe pedir que me expresse agora a alegria, 
ele precisará de anos de estudo”, dizia. 
CAFIERO, C. Revista do Lume, n. 5, jul. 2003. 
No texto, Carlota Cafiero expõe a concepção elaborada 
por Etienne Decroix, que desafia o ator a estabelecer 
uma comunicação com o público sem as expressões 
convencionais, por meio da 
a) estética facial. 
b) mímica corporal. 
c) amarra no corpo. 
d) função da máscara. 
e) simbologia do tecido. 
................................................................................... 
Questão 42 
 
Inovando os padrões estéticos de sua época, a obra de 
Pablo Picasso foi produzida utilizando características 
de um movimento artístico que 
a) dispensa a representação da realidade. 
b) agrega elementos da publicidade em suas composi-
ções. 
c) valoriza a composição dinâmica para representar 
movimento. 
d) busca uma composição reduzida e seus elementos 
primários de forma. 
e) explora a sobreposição de planos geométricos e fra-
gmentos de objetos. 
................................................................................... 
Questão 43 
O tapete vermelho na porta é para você se sentir nas 
nuvens antes mesmo de tirar os pés do chão. 
(Campanha publicitária de empresa aérea.) 
Disponível em: http://quasepublicitarios.wordpress.com. Acesso 
em: 3 dez. 2012. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como 
práticas de linguagem, assumindo configurações de es-
pecificidade, de forma e de conteúdo. Para atingir seu 
objetivo, esse texto publicitário vale-se do procedi-
mento argumentativo de 
a) valorizar o cliente, oferecendo-lhe, além dos serviços 
de voo, um atendimento que o faça se sentir espe-
cial. 
b) persuadir o consumidor a escolher companhias aé-
reas que ofereçam regalias inclusas em seus servi-
ços. 
c) destacar que a companhia aérea oferece luxo aos 
consumidores que utilizam seus serviços. 
d) enfatizar a importância de oferecer o melhor ao cli-
ente ao ingressar em suas aeronaves. 
e) definir parâmetros para um bom atendimento do cli-
ente durante a prestação de serviços. 
................................................................................... 
Questão 44 
Ao longo dos anos 1980, um canal esportivo de televi-
são fracassou em implantar o basquete como esporte 
mundial, e uma empresa de materiais esportivos teve 
de lidar, fora do seu programa, com um esporte que lhe 
era estranho. Correndo atrás do prejuízo, ambas corri-
giram a rota e vieram a fazer da incorporação do fute-
bol a seu programa um objetivo estratégico alcançado 
com sucesso. O ajuste do interesse econômico à reali-
dade cultural, no entanto, não deixa de dizer algo sobre 
ela: é significativo que o mais mundial dos esportes não 
faça sentido para os Estados Unidos, e que os esportes 
que fazem mais sentido para os Estados Unidos este-
jam longe de fazer sentido para o mundo. O futebol 
ofereceu uma curiosa e nada desprezível contraparte 
simbólica à hegemonia do imaginário norte-ameri-
cano. 
WISNIK, J. M. Veneno remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Cia. 
das Letras, 2008 (adaptado). 
De acordo com o texto, em décadas passadas, a dificul-
dade das empresas norte-americanas indica a influên-
cia de um viés cultural econômico na 
a) popularização do futebol no país frente à concorrên-
cia com o basquete. 
b) conquista da alta lucratividade por meio do futebol 
no cenário norte-americano. 
c) implantação do basquete como esporte mundial 
frente à força cultural do futebol. 
d) importância dada por empresas esportivas ao fute-
bol, similar àquela dada ao basquete. 
e) tentativa de fazer com que o futebol transmitido 
pela TV seja consumido por sua população. 
Questão 45 
O último refúgio da língua geral no Brasil 
 
No coração da Floresta Amazônica é falada uma língua 
que participou intensamente da história da maior re-
gião do Brasil. Trata-se da língua geral, também conhe-
cida como nheengatu ou tupi moderno. A língua geral 
foi ali mais falada que o próprio português, inclusive 
por não índios, até o ano de 1877. Alguns fatores con-
tribuíram para o desaparecimento dessa língua de 
grande parte da Amazônia, como perseguições oficiais 
no século XVIII e a chegada maciça de falantes de por-
tuguês durante o ciclo da borracha, no século XIX. Lín-
gua-testemunho de um passado em que a Amazônia 
brasileira alargava seus territórios, a língua geral hoje é 
falada por mais de 6 mil pessoas, num território que se 
estende pelo Brasil, Venezuela e Colômbia. Em 2002, o 
município de São Gabriel da Cachoeira ficou conhecido 
por ter oficializado as três línguas indígenas mais usa-
das ali: o nheengatu, o baníua e o tucano. Foi a primeira 
vez que outras línguas, além do português, ascendiam 
à condição de línguas oficiais do Brasil. Embora a ofici-
alização dessas línguas não tenha obtido todos os re-
sultados esperados, redundou no ensino de nheengatu 
nas escolas municipaisdaquele município e em muitas 
escolas estaduais nele situadas. É fundamental que 
essa língua de tradição eminentemente oral tenha 
agora sua gramática estudada e que textos de diversas 
naturezas sejam escritos, justamente para enfrentar os 
novos tempos que chegaram. 
NAVARRO, E. Estudos Avançados, n. 26, 2012 (adaptado). 
 
O esforço de preservação do nheengatu, uma língua 
que sofre com o risco de extinção, significa o reconhe-
cimento de que 
a) as línguas de origem indígena têm seus próprios me-
canismos de autoconservação. 
b) a construção da cultura amazônica, ao longo dos 
anos, constituiu-se, em parte, pela expressão em lín-
guas de origem indígena. 
c) as ações políticas e pedagógicas implementadas até 
o momento são suficientes para a preservação da 
língua geral amazônica. 
d) a diversidade do patrimônio cultural brasileiro, his-
toricamente, tem se construído com base na uni-
dade da língua portuguesa. 
e) o Brasil precisa se diferenciar de países vizinhos, 
como Venezuela e Colômbia, por meio de um idioma 
comum na Amazônia brasileira. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas. 
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto. 
 
TEXTOS MOTIVADORES 
TEXTO I 
Você fica mais velho, para de trabalhar, algumas quedas o deixam com medo de sair de casa, a família se afasta e você 
se encontra sozinho e isolado de todos. Essa é a realidade de muitos idosos no mundo. Recentemente, o Reino Unido 
criou o Ministério da Solidão, para enfrentar o problema no país. No Japão, idosas estão indo parar na cadeia propo-
sitalmente por se sentirem sozinhas ou invisíveis em casa. E os problemas não estão tão longe de nós assim. A partir 
da década de 2050, a população brasileira acima dos 60 anos será o dobro do contingente de crianças e adolescentes 
com menos de 14 anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No entanto, apesar de o país 
estar envelhecendo, os idosos estão cada vez mais solitários. Segundo um levantamento de 2017 da Sociedade Brasi-
leira de Geriatria e Gerontologia, a solidão é o maior temor dos brasileiros na terceira idade. De acordo com Salma 
Rose Imanari Ribeiz, médica psiquiatra e psicogeriatra, doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da 
USP, a culpa pode estar nas mudanças na configuração das famílias. “Antigamente, os lares eram habitados por diver-
sas gerações: avós, filhos e netos. E sempre havia companhia para o idoso em casa. Atualmente, nas grandes cidades, 
é frequente os idosos morarem sozinhos e, mesmo quando moram na mesma residência, seus filhos e netos passam 
a maior parte do tempo fora de casa, estudando ou trabalhando.” 
 https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/03/28/numero-de-idosos-solitarios-esta-aumentando-saiba-como-evitar.htm Acesso em março 2020 
TEXTO II 
Toda quarta-feira, quando o relógio bate 10h, o casal de idosos Luiz Xavier e Maria Gonçalves se apruma em seu sofá 
preto antigo para receber sua visita semanal - a única, há pelo menos dois anos. Sem filhos e ignorados pelos sobri-
nhos, eles enfretam sozinhos e peso de seus 83 e 76 anos, respectivamente - embora o início de Alzheimer já faça a 
mulher responder que tem 50, quando lhe perguntam a idade. O visitante, que faz o trabalho como voluntário de um 
programa da Prefeitura do Rio, é, também ele, um idoso: Antônio Corrêa, de 82 anos, vai à casa de Luiz e Maria e de 
outros seis idosos todas as semanas, para nada mais do que uma conversa. Ele faz parte do projeto Agente Experiente, 
no qual idosos ativos cuidam de idosos debilitados e que sofrem com o isolamento social. Se, por um lado, Luiz é 
completamente lúcido, mas se locomove mal por conta de um problema crônico na coluna, por outro, Maria tem 
mobilidade perfeita, mas está começando a desenvolver demência. Os dois quase não saem de casa. 
https://terra2012.com.br/2018/03/idosos-orfaos-de-filhos/ Acesso em março 2020 
TEXTO III 
Pouco mais de 14% da população do Brasil, cerca de 26 milhões de pessoas, é formada por idosos. Esse número cres-
ceu 50% na última década, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e deve aumentar 
ainda mais até 2027, quando cerca de 38 milhões de brasileiros devem atingir a terceira idade. Atualmente, 35% dos 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
idosos brasileiros vivem sozinhos, aumentando os riscos à saúde. Um estudo de pesquisadores da Universidade de 
Chicago, nos Estados Unidos, concluiu que o isolamento social de idosos acima de 60 anos eleva o risco de morte em 
até 14%. Já os estudiosos da Universidade Brigham Young, também nos EUA, afirmaram que a solidão na terceira 
idade é tão prejudicial à saúde quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra. Enquanto isso, os pesquisadores 
da Universidade de York, no Canadá, revisaram 23 artigos científicos, chegando à conclusão de que o isolamento de 
idosos aumenta em 29% o risco de desenvolvimento de doenças coronarianas e em 32% a chance de uma pessoa ter 
um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 
http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/isolamento-social-aumenta-risco-de-morte-entre-idosos/ Acesso em março 2020 
TEXTO IV 
A maioria dos idosos atravessa o processo de envelhecimento com relativo sucesso, pensando no seu passado, em 
seus sucessos e fracassos, obtendo uma imagem realista de si mesmo. Por outro lado, o enfrentamento dessa fase do 
ciclo vital, em função de perdas no decorrer da vida, pode ser vivida de forma desadaptada, trazendo ao indivíduo um 
sentimento de baixa auto-estima, depressão e desespero, favorecendo um maior isolamento. Quando falamos em 
perdas frequentes nessa faixa etária, estamos falando de saúde física, diminuição das capacidades, perdas sucessivas 
de vínculos afetivos, redução dos rendimentos, redução das amizades devido à aposentadoria, diminuição das respon-
sabilidades, viuvez; morte dos amigos e familiares, isolamento social, conflitos familiares, sensação de inutilidade, falta 
de diálogo, medo, solidão e falta de objetivos. É comum encontrarmos pessoas idosas sozinhas, mesmo quando rode-
adas de parentes ou amigos. Com relatos de angústia, limitações, dores sem explicação e falta de atividades no seu 
dia a dia. Essas queixas se tornam mais intensas com a perda do cônjuge ou pessoas muito próximas. 
TEXTO V 
 
http://www.aspas.org.br/recherche.php3?recherche=idosos Acesso março 2020 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de 
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo

Continue navegando