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VALERIA C V PRONTO

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VALÉRIA CUNHA VIEIRA
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM PEDAGOGIA
Lauro de Freitas 
2019
VALÉRIA CUNHA VIEIRA
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM PEDAGOGIA
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia.
Orientadores: Prof. Natalia da Silva Bunganca, Monica Maria Silva, Camila Aparecida pio, Rita de Cassia Leite de Andrade, Natalia Gomes dos Santos e Debora Cruz. 
Lauro de Freitas 
2019
 VIEIRA, Valeria Cunha . LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Número total de folhas 13. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia ) – Universidade Norte do Paraná, Salvador, 2019.
RESUMO
O presente trabalho objetiva falar da importância do lúdico no processo de aprendizagem de crianças de 4 e 5 anos com o objetivo de compreender a importância do ensino lúdico e o uso das brincadeiras e jogos na aprendizagem infantil discutindo a aplicabilidade do lúdico no cotidiano escolar e as dificuldades de implantação. Brincando, a criança se desenvolve melhorando suas habilidades motoras, sociais e intelectuais. Sendo assim, os objetivos da pesquisa são: averiguar como as atividades lúdicas podem ser excelentes recursos pedagógicos no contexto da educação infantil; orientar o educador infantil, quanto à relevância da atividade lúdica para o desenvolvimento da criança; apontar alternativas de trabalho e, por final, elaborar uma proposta de atividades lúdicas para os educadores de Educação Infantil. A aplicabilidade do ensino lúdico é lenta, pois falta didática especifica na formação dos professores e incentivos por partes da coordenação escolar. Evidenciou-se a falta de planejamento de um projeto organizado para aliar jogos e brincadeiras ao conteúdo teórico, pois sem este projeto cabe ao professor toda a carga de planejar atividades atrativas que facilitem o aprendizado dos conteúdos teóricos pelos alunos.. Este trabalho se ampara em pesquisa bibliográfica onde a fundamentação teórica se argumenta em teóricos como , Piaget, Luckesi, Oliveira, Santos, Maranhão e Vygotysky. Consideramos que a atividade lúdica é uma medida que renova e inova o trabalho na educação infantil, e que trabalhar a partir do lúdico requer entender o que a criança necessita para se desenvolver, enquanto um ser ativo, pensante e criativo. Portanto conclui-se quão importante a presença da ludicidade para o desenvolvimento motor humano, que está ligado também aos aspectos cognitivos, afetivos, sociais e culturais na vida do aluno.
Palavras-chave: Lúdico. Desenvolvimento. Aprendizagem. Educação Infantil .
Criança . 
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	TEMA DO PROJETO	6
1.2	JUSTIFICATIVA	6
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	6
1.4	PROBLEMATIZAÇÃO	7
1.5	OBJETIVOS	8
2	REVISÃO DE LITERATURA	8
3	DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	11
4	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA	11
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
6	REFERÊNCIAS	13
1. INTRODUÇÃO
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases (LEI N°9394/96), em seu artigo 21, inciso I, a Educação Infantil compreende a primeira etapa da Educação Básica, a qual, integra o desenvolvimento da criança até os 6 anos de idade, sendo, um complemento da ação da família. Salienta-se que atualmente, a educação básica compreende as crianças com até os 5 anos de idade.
Brincar hoje nas escolas, está ausente de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico como eixo do trabalho infantil. Nossa aproximação com a realidade do Brincar nas escolas, levou-nos a perceber a inexistência de espaço
para o desenvolvimento cultural das crianças. Esse resultado, apesar de apontar na direção das ações do professor, não podemos atribuir-lhe culpabilidade. Ao
contrário, trata-se de evidenciar o tipo de formação profissional do professor que não contempla informações nem vivências a respeito do brincar e do desenvolvimento infantil em uma perspectiva social, afetiva, cultural, histórica e criativa. O trabalho fez uma abordagem sobre o lúdico na aprendizagem infantil, pois o lúdico faz com que a criança aprenda a conviver com o grupo e com ela mesma, reforçando as habilidades sociais, enfrentando os obstáculos, os ganhos e
as perdas. Através das brincadeiras lúdicas a criança adquire uma boa saúde física, intelectual e emocional, fazendo com que se tornem adultos responsáveis e de boa conduta, pois passa-se anos e ficam presentes na memória e nas lembranças, fazendo parte da história marcando as épocas da vida da criança. Mas será que os educadores estão preparados para lidar com o ensino lúdico? É de responsabilidade do professor proporcionar o lúdico no momento das aulas, para que os alunos aprendam de uma maneira mais prazerosa e que os resultados sejam de melhor qualidade. A brincadeira lúdica nas escolas ainda não ocupa um lugar de destaque, mas é um importante meio de aprendizagem, uma vez que renomados autores, entre eles Vygotsky, Kishimoto e Piaget, comprovam que o lúdico é uma estratégia positiva para a aprendizagem infantil, pois enquanto a criança se desenvolve e se socializa, descobrindo, assim, seu papel na sociedade. A questão da importância do brincar na educação infantil parece de antemão tema óbvio, fácil de conclusão. Porém, assumir a atividade lúdica como instrumento norteador do trabalho docente, requer mais que um discurso bem estruturado, pois é um compromisso que deve ser assumido por todo professor de educação infantil. Tal compromisso não é desenvolvido de um dia para o outro, porém a obrigação com o desenvolvimento integral da criança necessita ser o princípio do trabalho. Sendo assim, uma vez que se assume tal compromisso, exige-se também uma quebra com práticas retóricas desenvolvidas durante o ensino e aprendizagem da criança, onde predomina-se o cuidar sobre o educar, ações que sufocam os princípios lúdicos do trabalho docente. 
 O presente estudo se estrutura inicialmente, com base em literaturas especializadas sobre o assunto, com o intuito de desenvolver uma análise mais abrangente a respeito da temática, bem como a mesma é pensada e veiculada nos espaços que atendem crianças pequenas. Também temos como finalidade despertar uma consciência do professor de educação infantil, no que se refere à criança e seu desenvolvimento, de modo que o profissional desta área consiga superar as práticas assistencialistas relacionadas à criança e, encontre neste trabalho, alternativas para inovar e reconfigurar sua práxis e sua postura de professor. Pretendemos ainda, pontuar algumas propostas de atuação do professor perante as condições que a instituição oferece, com o intuito de uma
maior conscientização e uso do lúdico no espaço de educação infantil.
 É importante ressaltar que brincadeiras e jogos que contribuem para o desenvolvimento da autoestima da criança pode ser o início para se trabalhara ludicidade e também investigar como a criança vivencia atividades lúdicas na sala de aula, no seu contexto familiar, além de analisar se a criança consegue aprender um conhecimento mais rápido através das atividades lúdicas.
0. TEMA DO PROJETO 
Ludicidade na Educação Infantil.
0. JUSTIFICATIVA
Este tema foi escolhido devido a importância pessoal que tenho sobre ele, e acreditando que é possível cada vez mais melhorar a metodologia de ensino para que possa sempre oferecer um trabalho de qualidade para crianças. Entendo a importância do conhecimento nos anos inicias da vida, para a partir dai compreender o ser humano no geral, da criança a fase adulta. 
Assim o professor deve procurar formas para contribuir na formação de cidadãos, ao refletir em sua prática pedagógica e ao trabalhar a atividade lúdica de forma que o aluno aprenda brincado. De acordo com Freire (1996, p. 59), “Saber que deve respeito à autonomia do educando exige de mim uma prática coerente”. Essas palavras levam-nos a refletirsobre a necessidade de uma prática pedagógica que respeite a individualidade do aluno. “Para brincar de modo efetivo, as crianças precisam de companheiros de brincadeiras, materiais, áreas, oportunidade, espaço, tempo, entre outros” (MOYLES, 2002, p. 106).
0. SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA Educação infantil 4 a 5 anos
0. PROBLEMATIZAÇÃO
 Tudo gira em torno da cultura lúdica, pois a brincadeira torna-se possível quando apodera elementos da cultura para internalizá-los e cria uma situação imaginária de reprodução da realidade. É através da brincadeira que a criança consegue adquirir conhecimento, superar limitações e desenvolver-se como indivíduo. Ainda sim existe as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de educação quando o processo de ludicidade chega em suas aulas, entender as dificuldades do profissional de Educação em controlar o andamento da aula onde esteja presente alunos com necessidades educacionais especiais, observando suas limitações e habilidades psicomotoras, de forma a inseri-lo nas brincadeiras e jogos lúdicos vivenciados nas aulas juntamente com os demais alunos.
A ludicidade é uma forma de linguagem que permite a criança se comunicar com os outros, possibilitando não só a liberdade de expressão, mas a autonomia criativa, ampliando o seu conhecimento sobre o mundo e proporcionando seu desenvolvimento emocional e social. O educador precisa estar atento à idade e às necessidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição os materiais adequados que devem ser suficientes, tanto na quantidade quanto pela diversidade, pelo interesse que desperta e pelo material de que são feitos, lembrando sempre da importância de respeitar e favorecer a criatividade das crianças. 
 
	
0. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
· Compreender a importância da Ludicidade na Educação Infantil.
 
 OBJETIVO ESPECIFICO:
· Averiguar como as atividades lúdicas podem ser excelentes
 recursos pedagógicos no contexto da educação infantil.
· Orientar o professor de educação infantil, quanto à relevância da
 atividade lúdica para o desenvolvimento da criança.
1. REVISÃO DE LITERATURA
Os jogos e as brincadeiras fazem parte da história da humanidade e muitos como forma de sobrevivência. Os jogos perderam o valor e significado quando os cristãos ficaram no poder, pois os consideravam profano e imoral e sem qualquer significado. Só a partir do século XVI os jesuítas voltaram a aplicar e ensinar os jogos nos colégios jesuítas, de acordo com Almeida (2003).
Segundo Almeida (2003, p.19) Platão afirmava “que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos praticados em comum por ambos os sexos...” e ainda atribuía ao esporte valor educativo e moral, o que contribuía para a formação do caráter e personalidade da criança. Platão introduziu uma prática matemática lúdica, e afirmava que deveriam introduzir, desde o início da vida escolar atrativos em forma de jogo para aplicação do conteúdo, para que se tornasse prazeroso o aprender.
Os jogos educativos mostram a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil e para a aquisição de conhecimentos dos educandos, pois criam novos desafios do cotidiano e do lúdico, levando a assimilação da criança à realidade ou, ainda, como forma de obter o conhecimento a sua maneira, podendo-se criar significados e sentidos novos a arte de aprender. O jogo na forma lúdica deverá dar espaço para a criança sintetizar a informação a sua maneira, tendo a liberdade para conduzi-lo de forma prazerosa, alegre e livre. O educador somente deve intervir para estimular a concepção da criança e a interação dos que apresentarem dificuldades de concentração ou participação para que o jogo absorva a atenção por completo e contribua para melhorar o desenvolvimento integral da criança.
De acordo com Almeida (2003, p. 32), Makarenko define que “ [...] o jogo é tão importante na vida da criança como é o trabalho para o adulto [...]”, pois a educação com jogos lúdicos:
[...] além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural e psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer, satisfação individual e modificador da sociedade (ALMEIDA, 2003, p. 31).
A brincadeira é de suma importância, pois através dela a criança cria seu mundo de símbolos, desperta a sua criatividade criando cenas do seu cotidiano e o que presencia. O lúdico torna o aprender mais prazeroso, faz com que a criança crie
cenários imaginários exercitando e explorando a sua criatividade utilizando o próprio conhecimento.
Alguns estudiosos defendem que a criança brinca simplesmente por gostar outros atribuem ao brincar uma necessidade que a criança desenvolve para dominar conflitos da vida diária. Santos (2008, p.111) alega que alguns autores defendem que a criança brinca por prazer, outros dizem que ela brinca para dominar angústias ou dar vazão à agressividade. Sendo assim, é possível perceber que o desenvolvimento infantil encontra no brincar mecanismos para impulsionar este processo. Portanto, o brincar se configura como atividade social e cultural da criança e é ação que condiciona o infantil ao mundo real por meio de uma experimentação antecipada dos fatos cotidianos. De acordo com Piaget (1975) (apud Kishimoto, 2001, p. 59) quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade. Além do brincar ser sinônimo de vida para a criança é também meio pelo qual esta consegue conhecer, expressar-se e evoluir enquanto ser humano ativo. É nesta perspectiva que Friedmann (1998, p. 30) afirma que as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos. A autora define o brincar como um direito da criança, pois brincar segundo ela é uma atividade que integra a vida social das mesmas. A escola deve defender o brincar em todas as suas formas, concretizando uma aspiração antiga: a da valorização da ludicidade natural do ser humano e a democratização das atividades lúdicas, as brincadeiras devem ser encaradas como um meio, um direito e um dever da criança. 
O jogar e brincar possuem um encantamento e despertam o interesse da criança gerando maior participação e interação entre os alunos e o conhecimento, o lúdico vem com a intenção de promover um desenvolvimento integral da criança. Santos (1997) afirma que:
O brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça as habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se a sociedade e constrói o seu próprio conhecimento (SANTOS, 1997, p. 20)
De acordo com Maranhão apud Haetinger (2004, p. 9),
[...] o jogo do ponto de vista educacional deve responder aos interesses da criança, e proporcionar a oportunidade da criança transformar o jogo, permitindo, assim, a participação e ainda possibilitar avaliação do conteúdo e atuação das crianças durante a atividade (HAETINGER, 2004, p. 9)
Os jogos e as brincadeiras devem proporcionar inúmeras oportunidades de ação e exploração e o educador deverá saber distinguir o momento certo da intervenção no jogo a fim de estimular a reflexão da criança e possibilitar a expressão de suas ideias.
Para Negrini apud Santos (1997, p. 13) a formação do educador deveria contemplar três pilares que fariam a sustentação da formação profissional: a formação acadêmica, a formação pedagógica e a formação pessoal. “Este tipo de formação é inexistente nos currículos oficiais dos cursos de formação do educador, entretanto algumas experiências tem mostrado sua validade e não são poucos os educadores que tem afirmado ser a ludicidadea alavanca da educação para o terceiro milênio".
Neste sentido Severino (1991) afirma que:
[...] ao entender a educação como um processo historicamente produzido e o papel do educador como agente desse processo, que não se limita a informar, mas ajudar as pessoas a encontrarem sua própria identidade de forma a contribuir positivamente na sociedade e que a ludicidade tem sido enfocada como uma alternativa para a formação do ser humano, pensamos que os cursos de formação deverão se adaptar a esta nova realidade. Uma das formas de repensar os cursos de formação é introduzir na base de sua estrutura curricular um novo pilar: a formação lúdica (SEVERINO,1991, p.29-40).
O professor é o diretor de seu próprio conhecimento, cabe a ele se atualizar
na sua própria formação e levar em conta as suas aptidões e capacidades para
oferecer uma visão mais ampla e flexível para o exercício de seu papel como educador a fim de resgatar a sua ludicidade para que possa transpor esta experiência para o campo da educação de modo que a criança crie espaço para a reconstrução do conhecimento. O professor deverá estar se inovando e procurando novas oportunidades para desenvolver o lúdico com os seus alunos estando, desta forma, prontos para inovar, aprender, criar e recriar os conceitos de aprendizagem.
Educadores, professores, pedagogos, num âmbito geral, todos concordam que a brincadeira é um instrumento pedagógico importante e ajuda a desenvolver o
raciocínio, as habilidades, fortalece vínculos afetivos entre alunos, desenvolve a
imaginação, a percepção, a criatividade e estimula-os, por isso é importante resgatar as brincadeiras tradicionais, pois elas utilizam mais a criatividade, resgata as histórias, e desenvolve o contato maior entre pais e filhos e devem estar presentes em todos os momentos, já que é uma forma prazerosa de aprender, estimulando o vínculo afetivo entre professor – aluno e vice – versa. O lúdico deve estar sempre presente na prática pedagógica, para desenvolver o aspecto cognitivo dos alunos.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23).
Na formação acadêmica o professor relaciona-se com pouca intensidade com o lúdico, não tendo um embasamento teórico que permita compreende a ludicidade como um fator de desenvolvimento humano, isso acontece porque o lúdico ainda não foi compreendido como uma dimensão importante e que deve ser estudada e vivenciada em sua plenitude. A vivência da ludicidade como fazer pedagógico durante o processo de formação do professor instiga o ato criador e recriador, crítico, aguça a sensibilidade, o espírito de liberdade e a alegria de viver.
Deste modo, a manifestação lúdica estimula a teoria dos valores (respeito ao outro, lealdade, cooperação, solidariedade, etc.) pelas novas gerações.
A compreensão da inserção do lúdico no contexto da educação infantil implica conhecer a trajetória da educação infantil no Brasil a partir da segunda metade do século XIX. Oliveira (2006, p. 91) contribui para melhor entendimento deste processo:
A história da educação infantil em nosso país tem, de certa forma, acompanhado a história dessa área no mundo, havendo, é claro, características que lhe são próprias. Até meados do século XIX, o atendimento de crianças pequenas longe da mãe em instituições como creches ou parques infantis praticamente não existia no Brasil. No meio rural, onde residia a maior parte da população do país na época, famílias de fazendeiros assumiam o cuidado das inúmeras crianças órfãs ou abandonadas, geralmente frutos da exploração sexual da mulher negra e índia pelo senhor branco. Já na zona urbana, por vezes filhos ilegítimos de moças pertencentes a famílias com prestígio social, eram recolhidos nas rodas de expostos existentes em algumas cidades desde o início do século XVIII.
Ainda segundo a autora, a partir da segunda metade do séc XIX, com a abolição da escravatura no país, a imigração para a zona urbana se acentua para as grandes cidades. Com isso, surgem alguns problemas referentes ao destino dos filhos dos escravos, o que culminou em algumas soluções como a criação de creches, de asilos e internatos, vistos como instituições para cuidar das crianças pobres, sendo adotado um modelo de assistência aos infantes, o qual atribuía à família a culpa pela situação dos filhos.
Assim, coexistiam concepções que optavam tanto pela presença dos jogos e brincadeiras livres na escola, quanto pela sua ausência, sendo estes considerados, muitas vezes, perda de tempo ou, simplesmente, atividades que
serviam para ocupar um espaço de tempo livre ao final da aula. Segundo Silva
(2003), a concepção de ludicidade que ainda predomina em alguns espaços escolares coloca as atividades das crianças na escola divididas entre os jogos e brincadeiras e o trabalho intelectual. Nas suas palavras, é possível visualizar um contexto em que, na maioria das vezes, a brincadeira não está inserida no cotidiano escolar:
São poucas as atividades que permitem a manifestação do imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente pelo professor. Entre professores e pais, há uma presença acentuada da idéia de que o jogo infantil é perda de tempo na escola e que deve ser utilizado quase exclusivamente em momentos de lazer e descanso (SILVA, 2003, p. 16).
Debortoli (2006), ao refletir sobre o brincar, argumenta que a escola ainda está preocupada em formar indivíduos úteis, moralmente disciplinados e tecnicamente preparados para o trabalho, onde se busca esvaziar as tradições, a história dos povos e formá-los para uma nova sociedade: sociedade científica, tecnológica, industrial. Nos dizeres do autor: Brincadeira na escola, só se tiver uma utilidade clara: domar o caráter, aprender e competir, compreender que nem todos vencem, desenvolver habilidades e comportamentos auxiliar outras aprendizagens escolares, aliviar tensões de aulas chatas e sem significado para as crianças (p. 84).
Luckesi (2007) contribui de forma significativa para este estudo, pois configura o lúdico como estado interno do sujeito e ludicidade como a denominação geral para esse estado – caracterizado por ele como “estado de ludicidade”, sendo este estado a qualidade de quem está lúdico por dentro de si mesmo. Assim, o que caracteriza a ludicidade é a experiência de plenitude que ela possibilita a quem a vivencia em seus atos. O autor aponta a experiência pessoal de cada um como um bom exemplo de como ela pode ser plena quando a vivenciamos com ludicidade. E coloca que é mais fácil compreender isso em nossa experiência, quando nos entregamos totalmente a uma atividade que possibilita a abertura de cada um de nós para a vida. A ludicidade ou o estado lúdico decorrem das atividades lúdicas que podem gerar em nós um estado lúdico ou não, dependendo da forma como as vivenciamos.
3 DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
O projeto será desenvolvido através de uma abordagem teórica sobre a importância da Ludicidade infantil, fundamentada nos autores, Piaget, Luckesi, Oliveira, Santos, Maranhão e Vygotysky. Foi feita a leitura do roteiro do projeto de ensino, para que fosse possível entendermos qual é a proposta de trabalho. Em seguida foi realizado a leitura e uma pesquisa nas obras dos autores mencionados acima, buscando um embasamento teórico sobre a Ludicidade infantil. Após ser realizada a leitura e a pesquisa sobre o assunto,foi elaborado o projeto de ensino seguindo o roteiro proposto para esta atividade.
 Comecei a introdução do projeto, abordando o tema como eixo norteador do projeto, visando esclarecer a importância do desenvolvimento motor, no processo de ensino aprendizagem dos alunos dos anos iniciais.
4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA
- Duração: 37 dias.
- Escolha do tema.
- Pesquisa bibliográfica sobre o tema ‘’ Ludicidade na Educação Infantil ‘’
- Escolha e Leitura da fundamentação teórica escolhida: Piaget, Luckesi, Oliveira, Santos, Maranhão e Vygotysky.
- Elaboração dos objetivos do projeto.
- Início da elaboração da introdução do projeto.
- Elaboração da redação do relatório do projeto no Word, conforme orientação
proposta na área acadêmica do aluno.
- Início da elaboração do desenvolvimento do projeto de ensino, baseando na
fundamentação teórica escolhida.
- Término da Elaboração do desenvolvimento do projeto de ensino.
- Avaliação diagnóstica do projeto de ensino e elaboração das considerações finais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Percebe-se que o lúdico facilita a aprendizagem infantil e que o lúdico
sempre está presente em jogos e brincadeiras por mais simples que sejam e sempre brincado a criança está aprendendo algo, mas precisam ser orientados por uma pessoa mais capacitada do que a criança para que se atinja o objetivo final, pois desde uma simples formação de fila, a criança aprende conceitos sobre regras, organização e comportamento ajudando a desenvolver a socialização dela. Portanto, para o jogo e a brincadeira estar relacionada a um conhecimento teórico, como a matemática, por exemplo, elas necessitam de uma maior elaboração dependendo do conhecimento do professor em aliar a brincadeira com o conteúdo, e, além disso, é necessário que o professor possua a sua disposição materiais para propor a interação entre os alunos.
A atividade lúdica promove ao ambiente escolar uma harmonia entre o fazer pedagógico e a aprendizagem infantil, pois organiza o processo de ensino e aprendizagem em uma rotina mais prazerosa, proveitosa e significante para a criança. Percebe-se que o brincar revela por meio de representações de fatos cotidianos algumas posturas, como também sonhos e desejos. 
A falta de um projeto organizado torna-se mais custoso à aplicação de jogos e brincadeiras lúdicos relacionadas ao conteúdo do momento. Observa-se que os educadores planejam suas aulas mais focadas no ensino tradicional, com atividades repetitivas, seja por motivos particulares, formação e trabalho, necessitando mais orientação e dedicação do educador com o lúdico, priorizando atividades lúdicas deixando, assim, o ensino expositivo mais participativo de forma há obter interação entre o conteúdo e o educando. Falta mais preparação na formação do professor voltada para o lúdico, da didática específica de como repassar o conteúdo em sala de aula, pois muitos professores só sentem essa necessidade quando estão frente a frente com seus alunos, e também falta interesse por partes dos professores em buscar mais capacitação a fim de melhorar a aprendizagem dos alunos seja por comodismo ou falta de incentivo e falta o reconhecimento por parte da coordenação escolar em aceitar os jogos e brincadeiras durante o processo de aprendizagem teórica dos alunos, em mudar o processo tradicional de ensino, mas acredita-se que em passos curtos podemos implantar uma nova forma de ensino
6 REFERÊNCIAS
BACELAR, Vera Lúcia da Encarnação. Ludicidade e educação infantil. Salvador:
EDUFBA, 2009.
BOADELLA, David. Nos caminhos de Reich. Tradução de Elisane Reis Barbosa.
ANDRADE, M. M. de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 9. ed.
São Paulo: Editora Atlas, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária da Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998. v.1 –
 Pensar    a   educação:     contribuições   de Vygotsky.  In: Piaget- Vygotsky: novas  contribuições     para    o   debate.  São Paulo:Ática, 1988. pp. 51-83
 Vygotsky:     aprendizado    e    desenvolvimento, um processo sócio- histórico.  Scipione. Série  Pensamento e Ação no Magistério.
PRETTO, NELSON DE LUCA. "A educação    num   mundo de    comunicação". In: Uma escola com/sem futuro.  Campinas: Papirus, 1996. (Coleção  Magistério: Formação e     Trabalho Pedagógico). pp. 97-120.
FARIA, ANÁLIA RODRIGUES DE.    Desenvolvimento     da   criança   e  do adolescente segundo Piaget.  4ª. ed.  São Paulo : Ática, 1998. Capítulos 1 e 3.
GENTILE, Paola. A Base da Sala de Aula. Nova Escola. São Paulo. Ano XXIII, N.217, p. 80 - 83, nov. 2008.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2008.
HAETINGER, M. G. Jogos, Recreação e Lazer. Unidade I. Curitiba: Editora IESDE
Brasil S.A., 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: Acesso em: 15 out 2018. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9394/96. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 17 de dezembro de 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação infantil. Brasília/DF: MEC, 2010. Disponível em: Acesso em: 12 fev. 2017.

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