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UNIDADE h 5 g Dados e estatísticas de violência contra a mulher RESPEITO À DIVERSIDADE O que dizem as pesquisas sobre violência contra mulher? Que tipo de análise pode ser feita a partir desses dados e estatísticas? Existem espaços em que a mulher se sente efetivamente segura no país? #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher O que dizem as pesquisas sobre violência contra a mulher no transporte público? R E L Ó G IO D A V IO L Ê N C IA * A CADA 2 SEGUNDOS, UMA MULHER É VÍTIMA DE VIOLÊNCIA FÍSICA OU VERBAL NO BRASIL. MULHERES JÁ FORAM AGREDIDAS FÍSICA OU VERBALMENTE HOJE. E ESSE NÚMERO NÃO PARA DE CRESCER. #TáNaHoraDeParar A CADA 2.6 SEGUNDOS, UMA MULHER É VÍTIMA DE OFENSA VERBAL. MULHERES JÁ FORAM INSULTADAS, HUMILHADAS OU XINGADAS HOJE. #TáNaHoraDeParar A CADA 6.9 SEGUNDOS, UMA MULHER É VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO. MULHERES JÁ FORAM AMEDRONTADAS OU PERSEGUIDAS HOJE. #TáNaHoraDeParar A CADA 2 MINUTOS, UMA MULHER É VÍTIMA DE ARMA DE FOGO. MULHERES JÁ FORAM VÍTIMAS DE TIROS HOJE. #TáNaHoraDeParar A CADA 6.1 SEGUNDOS, UMA MULHER É VÍTIMA DE IMPORTUNAÇÃO SEXUAL. MULHERES JÁ SOFRERAM IMPORTUNAÇÃO SEXUAL NO TRANSPORTE PÚBLICO HOJE.#TáNaHoraDeParar #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher *Fonte: www.relegiodaviolencia.com.br D A D O S E E S T A T ÍS T IC A S PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO da população afirma ter visto uma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente no último ano. viram mulheres que residem na sua vizinhança sendo agredidas por maridos, companheiros, namorados ou ex-maridos, ex-compa- nheiros, ex-namorados. 59% 28% 43% 37% 20% dos brasileiros viram homens abordando mulheres na rua de forma desrespeitosa, mexendo, passando cantadas, dizendo ofensas. viram homens humilhando, xingando ou ameaçando namoradas ou ex- namoradas, mulheres ou ex-mulheres, companheiras ou ex- companheiras. viram meninas, moças ou mulheres adultas que residem na sua vizinhança sendo agredidas por parentes como pai, padrasto, irmão, tio, cunhado, avô, etc. #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher RELAÇÃO COM AGRESSOR 76,4% das mulheres que sofreram violência afirmam que o agressor era alguém conhecido. 23,8% 21,1% 15,2% Cônjuge/companheiro/ namorado Vizinho Ex-cônjuge/ex-companheiro/ ex-namorado AGRESSÃO FÍSICA 536 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora no último ano (4,7 milhões de mulheres) 27,4% (16 milhões de mulheres) das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses. 9,0% (4,7 milhões) sofreram empurrão, chute ou apanharam. 8,9% (4,6 milhões) foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais. 9 por minuto 3,9% (1,7 milhão) foram ameaçadas com faca ou arma de fogo. 3,6% (1,6 milhão) sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento 3 por minuto VIOLÊNCIA CONTRA MULHER D A D O S E E S T A T ÍS T IC A S LOCAL / O QUE FEZ DEPOIS 21,8% (12,5 milhões) foram vítimas de ofensa verbal, como insulto, humilhação ou xingamento. #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher D A D O S E E S T A T ÍS T IC A S MULHERES DE 16 A 24 ANOS #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher VIOLÊNCIA DOMÉSTICA menos de 18 anos mais de 60 anos entre 18 e 59 anos 1,4% 15% 83,7% ESTUPRO menos de 14 anos mais de 60 anos entre 18 e 59 anos 4% 43% entre 15 e 18 anos 35% 18% D A D O S E E S T A T ÍS T IC A S Os dados apresentados fazem parte de um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, em fevereiro, encomendado pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) para avaliar o impacto da violência contra as mulheres no Brasil. #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher Os novos dados confirmam o que outras pesquisas já mostravam. Grande parte das mulheres que sofreram violência dizem que o agressor era alguém conhecido (76,4%). Mulheres pretas e pardas são mais vitimadas do que as brancas; as jovens, mais do que as mais velhas. CRIMES CONTRA DIGNIDADE SEXUAL 32,1% (19 milhões) ouviram comentários desrespeitosos quando estavam andando na rua. 11,5% (6 milhões) receberam cantadas ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho. 7,8% (3,9 milhões) foram assediadas fisicamente em transporte público como no ônibus, metrô. 6,2% (3 milhões) foram abordadas de maneira agressiva durante balada, isto é, alguém tocou seu corpo. 5,0% (2,3 milhões) foram agarradas ou beijadas sem o seu Consentimento. 4,0% foram assediadas fisicamente em transporte particular chamado por aplicativo de transporte. 3,3% afirmam que sofreram assédio porque estavam alcoolizadas. D A D O S E E S T A T ÍS T IC A S Você já ouviu alguma mulher relatar que foi assediada dentro de um ônibus? Pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Locomotiva informou que das mulheres afirmaram já terem sido vítimas de importunação sexual em meios de transporte. #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher Quando ocorre violência contra a mulher dentro do ônibus, o seu direito essencial de ir e vir é diretamente afetado, ela passa a se sentir insegura e seu direito de viver uma vida sem violência é violado. D A D O S E E S T A T ÍS T IC A S #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher Essa pesquisa evidenciou também que, apenas 26% das mulheres informaram que se sentem seguras num transporte público coletivo. A segurança é o fator que as deixam mais preocupadas. As citações de importunação sexual dentro do ônibus são mais variadas: olhares insistentes, cantadas indese- jadas, comentários de cunho sexual, perseguições, toques no seu corpo e homens que se esfregam no corpo da mulher se aproveitando da lotação do transporte coletivo. Paquerar é diferente de constranger. Uma paquera acontece com o consentimento de ambas as partes, é uma tentativa legítima de criar uma conexão com alguém que você conheceu e estima, com quem “pintou” um clima. Paquera não causa medo nem angústia. O mais importante é buscar o consentimento e, quando o NÃO for a resposta, aceite: NÃO É NÃO! V IO L Ê N C IA D O M É S T IC A N A P A N D E M IA #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher Em abril, quando o isolamento social imposto pela pandemia já durava mais de um mês, a quantidade de denúncias de violência contra a mulher recebidas no canal 180 deu um salto: cresceu quase 40% em relação ao mesmo mês de 2019, segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH). Segundo outra pesquisa realizada junto a órgãos de segurança de 12 estados do País, casos de feminicídio aumentaram 22,2% de março para abril, enquanto houve queda nos boletins de ocorrência em casos de agressão e violência sexual. Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com a empresa Decode, feito a pedido do Banco Mundial, revela aumento de 431% em relatos de brigas de casal por vizinhos em redes sociais entre fevereiro e abril deste ano. “Agora fica mais fácil de localizar o autor da violência e fica menos possível acreditar que a mulher caiu ou bateu com a cabeça na maçaneta. Por isso, os autores de violência estão investindo mais em violência psicológica, moral, sexual e patrimonial”, analisa a vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Barbosa. F E M IN IC ÍD IO N O B R A S IL #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher 1.206 Ápice da mortalidade se dá aos 28,2% entre 20 e 29 anos 29,8% entre 30 e 39 anos 18,5% entre 40 e 49 anos 70,7% tinham no máximo ensino fundamental. Crescimento de 4% vítimas Em 88,8% dos casos de homicídio o autor foi o companheiro ou ex-companheiro. 30 anos 61% negras em cada cinco mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos. 3 D A D O S E E S T A T ÍS T IC AS #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher A pesquisa nos faz questionar a existência de espaços em que a mulher se sente efetivamente segura no país. Em casa a mulher pode sofrer violência doméstica, no ônibus pode passar por uma importunação sexual, no trabalho, poderá assédio sexual. Qual é o lugar seguro para ela? Existe? Existe! Nem tudo está perdido. A Lei Maria da Penha, a alteração na lei do estupro, a lei do feminicídio, a de importunação sexual, são todas boas, mas a lei por si só não resolve o problema. É necessário pensar em questões mais profundas e sociais, tais como: O menino que vê o pai batendo na mãe pode bater na esposa; A menina que sofre violência sexual dentro de casa muitas vezes nem sabe que aquilo é uma violência, dentre outras situações. A educação é o caminho. A desconstrução do machismo e a informação são armas poderosas para a construção de uma sociedade mais justa e com mais equidade. Pense agora nas cinco mulheres mais importantes da sua vida. E se dissermos que pelo menos uma delas pode já ter sofrido violência, como você se sentiria? Quando falamos sobre violência contra a mulher, muitas pessoas pensam em figuras distantes, apenas números. Mas quer ver essa como interpretação mudar de figura? #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher Terminamos! A luta pelo respeito às mulheres é diária. Elas sofrem preconceitos, assédios e violência. Muitas conquistas se notam ao longo do tempo, tais como o direito ao voto, estudos, leis específicas para defendê-las, Delegacia da Mulher, entre outras, porém, ainda há muito a se fazer. São mais que números. São milhares de vidas. Respeite as mulheres! Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo! Faça parte dessa mudança! #TodosMerecemRespeito #RespeiteAmulher Agradecemos a companhia. Esse material é seu. Consulte-o sempre que desejar. Até a próxima! Terminamos a nossa quarta cartilha. ▪ PESQUISA MOSTRA QUE 97% DAS MULHERES JÁ SOFRERAM ASSÉDIO EM TRANSPORTE. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos- humanos/noticia/2019-06/pesquisa-mostra-que-97-das-mulheres-sofreram-assedio- em-transporte ▪ RELÓGIO DA VIOLENCIA. Disponível em: https://www.relogiosdaviolencia.com.br/ ▪ VIOLENCIA CONTRA A MULHER AUMENTA EM MEIO A PANDEMIA DENUNCIAS AO 180 SOBEM 40%. Disponível em: ▪ https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,violencia-contra-a-mulher-aumenta-em- meio-a-pandemia-denuncias-ao-180-sobem-40,70003320872~ ▪ VISÍVEL E INVISÍVEL: A VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO BRASIL 2° EDIÇÃO. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/comum/visivel- e-invisivel-a-vitimizacao-de-mulheres-no-brasil-2deg-edicao ▪ VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: NOVOS DADOS MOSTRAM QUE 'NÃO HÁ LUGAR SEGURO NO BRASIL'. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil- 47365503 REFERÊNCIAS https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-06/pesquisa-mostra-que-97-das-mulheres-sofreram-assedio-em-transporte https://www.relogiosdaviolencia.com.br/ https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,violencia-contra-a-mulher-aumenta-em-meio-a-pandemia-denuncias-ao-180-sobem-40,70003320872~ https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/comum/visivel-e-invisivel-a-vitimizacao-de-mulheres-no-brasil-2deg-edicao https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47365503 Compartilhando Conhecimentos
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