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Fichamento do Movimento Pós-Impressionismo

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Fichamento do Movimento Pós-Impressionismo
Referências:
FARTHING, Stephen e CORK, Richard: Tudo sobre ARTE: Os movimentos e as obras mais importantes de todos os tempos. Rio de Janeiro- RJ – Ed. Sextante, 2010.
INTRODUÇÃO
O termo pós-impressionismo, surgiu por volta de (1885), se refere à obra de vários artistas pioneiros que se seguiram ao surgimento do impressionismo (1812 – 1885). Esses artistas não formavam um grupo coeso ou um movimento, nem compartilhavam de um objetivo ou estilo em comum. A maioria deles tiveram uma fase impressionista ou foi influenciado por algum aspecto desse estilo antes de passar a explorar um território artístico desconhecido. Na prática o termo “pós-impressionismo” é usado principalmente para descrever as obras de quatro artistas: Paul Cézanne (1839-1906), Georges-Pierre Seurat (1859-1891), Vincent Van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguim (1848-1903). Todos eles reagiram individualmente ao impressionismo. Cézanne se concentrou na estrutura pictórica; Seurat estava interessado no caráter cientifico da cor; as pinceladas fortes de Van Gogh refletem sua intensidade emocional; e Gauguim fez experimentos com o uso simbólico da cor e do traço.
(Pág. 328) O termo “pós-impressionismo” foi cunhado pelo pintor e crítico de arte inglês Roger Fry (1866-1934). De 1906 a 1910, ele foi curador de pinturas no Metropolitan Museum of Art. Em 1910 , organizou uma exposição de arte moderna francesa em Londres intitulada “Manet e os pós-impressionistas”. A mostra foi organizada às pressas e gerou críticas em geral desfavoráveis, mas chamou a atenção porque apresentou o público inglês à arte europeia contemporânea. A maior parte das obras eram de Cézanne, Gauguim e Van Gogh. O título foi a única coisa com a qual os organizadores concordaram; eles cogitaram os termos “expressionistas” e “sintetistas”, mas tarde, Fry organizou uma segunda exposição pós-impressionista, feita com mais cuidado e que foi mais bem recebida. 
(Pág. 329) O impressionismo revolucionou a arte francesa. Ele mostrara novas maneiras de retratar o mundo físico na tela, mas muitos artistas sentiam que haviam chegado a um beco se saída. Já não parecia suficiente pintar sombras e reflexos. Os artistas pós-impressionistas em geral se afastaram do naturalismo; eles usaram cores vivas, camadas grossas de tinta, temas cotidianos e pinceladas expressivas que enfatizavam as formas geométricas. Essa abordagem é a essência da obra de Cézanne. Cézanne queria desnudar os detalhes superficiais e se aprofundar análise da geometria fundamental da natureza. Enquanto a maioria dos impressionistas usavam camadas finíssimas de tinta, Cézanne optou por áreas maiores de cores. À medida que sua confiança aumentava, esses planos de cor se tornavam maior e mais abstratos. Os resultados podem ser vistos em suas paisagens tardias como O monte Santa Vitória com pinheiro e em pinturas figurativas como As banhistas. Essa abordagem composicional radical influenciou os Cubistas (Século XX).
Gauguim começou a pintar como passatempo. Estimulado por Camille Pissarro (1830-1903), ele desenvolveu um estilo impressionista e colaborou com as cinco últimas exposições impressionistas. Quando o movimento começou a de dispersar, Gauguim acabou sob influência dos simbolistas, que adotavam cores puras e um, estilo linear e rítmico de expressar ideias e emoções. Antes de viajar para viver o restante de sua carreira no Taiti, Gauguim passou algum tempo na ilha caribenha da Martinica. Ele permanece lá durante cinco meses e 1987 e durante o período pintou Paisagem da Martinica, uma entre várias telas inspiradas pela vegetação exótica e pelo cenário da ilha. 
(Pág. 330) As pinturas da Martinica demonstraram que o artista adotou cores quentes e simples e se aproximou do cloisonismo, um estilo de pintura no qual contornos marcantes e escuros encerram áreas de cores vivas. 
“Gauguim passou a explorar o novo estilo com mais dedicação na colônia de artistas de Pont-Aven, na Bretanha, que visitou várias vezes, juntamente com outros artistas. Sua obra desse período provou ser uma inspiração para grupo de pintores jovens conhecidos como Nabis, liderados por Paul Sérusier (1864-1927)”
Gauguim teve um encontro infeliz com Van Gogh em Arles, no sul da França, onde Van Gogh vivia deprimido e na pobreza e onde criou muitas de suas mais admiradas obras. Os dois haviam se conhecido em Paris, onde se sentiram reprimidos diante das limitações do estilo impressionista. Uma briga entre os dois artistas em Arles provocou um colapso mental conturbado, Van Gogh conseguiu combinar as formas decorativas e simples que descobriu nas gravuras japonesas e no simbolismo para criar um efeito marcante. A intensidade da personalidade de Van Gogh é evidente em seu Autorretrato. O artista produziu mais de 43 autorretratos ao longo de 10 anos.
“ Em uma carta para a irmã ele escreveu que “estava buscando, uma semelhança mas profunda do que a obtida por um fotografo” . Este autorretrato de 1889 exibe suas características pinceladas grossas e nervosas, que enfatizam o olhar inflexível do
Retratado. As predominantes cores verde e azuis da tela criam contraste marcante com os cabelos e barbas ruivos do artista. ”
Assim como Cézanne, Seurat se concentrou em um aspecto especifico do impressionismo, levando-o a um novo patamar. Seu principal interesse era a óptica, Seurat admirava a harmonia das cores que os impressionistas haviam alcançado, mas estava insatisfeito com o método deles. Em geral, os impressionistas combinavam suas cores intuitivamente, mas Seurat estava determinado a inventar um método mais racional e cientifico para sua arte. Ele leu muito sobre o tema e baseou sua técnica “divisionista” nas ideias que encontrou na Grammaire des Arts du Dessin (Gramática da pintura e da gravura; 1867). Seurat conclui que suas cores seriam mais vivas e intensas se ele aplicasse pequenas áreas de cores complementares lado a lado, em vez de mistura-las na paleta.
Seurat chamou sua teoria de separação das cores de “divisionismo”, mas vários outros termos foram usados para descrevê-la. O crítico Felix Féneon (1861-1944) chamou a técnica de “pontilhismo” e inventou a palavra “ neoimpressionismo” para descrever o movimento formado por Seurat. Os neoimpressionistas abordaram de modo mais cientifico o uso da cor e da luz por meio das técnicas do divisionismo ou pontilhismo.
(Pág. 331) Seurat talvez tivesse sentindo que estava melhorando a técnica impressionista, mas ele não pretendia usá-la da mesma maneira. Suas obras não expressavam reflexos tremeluzentes ou efeitos fugazes de luz. Ao contrário os personagens de Seurat são estáticos, esculturais e têm um caráter atemporal.
“Tarde de domingo na ilha da Grande Jatte (1884-1886) gerou controvérsia ao ser exibida na última mostra impressionista, em 1886, mas foi vista como um manifesto em defesa das teorias do artista, atraindo vários novatos para o etilo. Seu quadro Modelos foi o segundo que Seurat produziu usando a técnica pontilhista. Essa obra monumental mostra modelos nuas tirando a roupa ateliê de Seurat. “
O mais importante entre os discípulos de Seurat foi Paul Signac (1863-1935).Os dois se conheceram em 1884 e imediatamente ficaram amigos. Signac divulgou o evangelho do divisionismo com considerável zelo e, depois da morte de Seurat, em 1891, tornou-se o porta-voz do grupo. Em 1892 ele deixou Paris e se mudou para Saint-Tropez, onde criou várias pinturas da enseada. Sua tela Mulheres no poço foi criada com base em um dos seus primeiros esboços. Signac optou por isolar as duas personagens e dedicar a pintura a elas. Ele sintetiza os elementos da paisagem ao redor , a fim de criar um novo cenário. Na França, outros importantes artistas neoimpressionistas foram Henri Edmond Cross (1856-1810) e Pissarro, ao passo que na Bélgica o estilo foi adotado por Théo Van Rysselberghe (1862-1026) e Henri Van Velde (1863-1957), Van Rysselberghe adotou as técnicas divisionista em retratos como o Retrato de Alice Sethe.Um dos mais animados artistas pós-impressionistas foi Henri Toulouse-Lautrec (1864-1901). A maior parte de sua obra. Incluindo No Moulin Rouge – A dançarina, mostra os cafés boêmios, bordéis e casas noturnas de Montmartre, um mundo de desleixo que ele retratou fielmente, mas com aprovação, graça e discernimento. 
Exímio desenhista, Toulouse-Lautrec inovou no uso das pinceladas rápidas, na ênfase, nos contornos e na habilidade de capturar a espontaneidade das pessoas em seu ambiente de trabalho. 
(Pág. 332) Localizado em Santa Vitória foi o tema favorito de Paul Cézanne, que fez mais de 60 versões dele em experimentos radicais em pintura de paisagem e reinvenção da técnica de pintura. Enquanto os impressionistas se concentravam nos efeitos fugazes da luz e do tempo sobre a paisagem, Cézanne procurava analisar a geometria subjacente às rochas e vegetação _ “tratar a natureza pelo cilindro , a esfera, o cone”. Representar estes objetos tais como os via foi o objetivo de toda a sua vida; uma arvore, por exemplo, podia aparecer como um cilindro formado por simples plano de cor. Cézanne estudou o monte Santa Vitória a partir de muitos ângulos, usando blocos de cor para obter o efeito espacial conhecido como “profundidade plana”, que deveria apresentar mais eficazmente sua topografia.
“Cézanne costumava trabalhar em duas versões diferentes da mesma vista ao mesmo tempo. Ao expor seu trabalho pela primeira vez, em 1895, numa sociedade local de pintores amadores chamada Sociedade dos Amigos de Aix, foi recebido com incompreensão. A única pessoa a admirá-lo foi o filho de um amigo de infância, o então jovem poeta e escritor Joachim Gasquet. “
Cézanne ficou tão grato por seu apreço, que assinou a pintura, coisa que raramente fazia, e deu a Gasquet. Dois anos depois da morte do artista em 1906. Gasquet a vendeu pela assombrosa soma de 12 mil francos. A essa altura, Cézanne já fora descoberto por jovens artistas contemporâneos de vanguarda.
Vincent Van Gogh pintou uma vibrante sena noturna, O terraço do café à noite, na Place du Fórum, Arles, na região francesa de Provença, em setembro de 1888. Ele se estabelecera na cidade em meados daquele ano e esperava ansiosamente a chegada de Paul Gauguim. Nesse interim, trabalhava intensamente, experimentando as novas técnicas que aprendera com os impressionistas, mas com as cores mais vivas e superfícies vigorosamente trabalhadas. Van Gogh mencionou em uma carta que a ideia deste quadro lhe depois de ler num romance de Guy de Maupassant a descrição de um café á noite. Ele fez um minucioso desenho do tema a bico de pena, mas queria “pintar a noite in loco: é a única forma de se livrar das senas noturnas convencionais com aquelas luzes fracas, pálidas e esbranquiçadas”. Em consonância com o pensamento impressionista, desejava transmitir a escuridão de maneira natural, sem usas tinta preta. Depois de concluir o quadro, escreveu exultante ao seu irmão: “ Aqui está – um quadro noturno sem ter usado tinta preta, somente azuis, violetas e verdes maravilhosos. “

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