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Sinastria - Estudo dos relacionamentos Teoria e Pratica - Anna Maria da Costa Ribeiro

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SINASTRIA - Estudo dos Rela-
cionamentos - Teoria e Prática é, até 
agora, o único trabalho completo e 
abrangente, publicado em português - e 
de autor brasileiro - sobre esse emocio-
nante assunto que são as relações huma-
nas vistas (e auxiliadas) pela Astrologia. 
A pós a sua leitura, as pessoas poderão 
entender melhor a complexidade dos 
seus relacionamentos particulares -
tanto os afetivo-sexuais, como os pro-
fissionais e os familiares - com isso po-
tencializando a criação de um mundo 
melhor. É um livro eminentemente di-
dático e vem cumprir mais uma proposta 
dessa astróloga que, há alguns anos, es-
tuda e orienta pessoas no propósito de 
um sempre melhor relacionamento, já 
que viver é relacionar-se e relacionar-se 
é vida. 
Anna Maria da Costa Ribeiro é 
conhecida e consagrada como autora de 
Conhecimento da Astrologia - manual 
imprescindível, já em sua 4~ edição - e 
Astrologia, Alcoolismo e Drogas que 
está sendo editado pela American Fe-
deration 01' Astrologers (AFA) nos Es-
tados Unidos - ambos publicados pela 
nossa casa editora. Esse é, certamente o 
P livro de autor brasileiro a ser traduzi-
do no exterior, na área de Astrologia. 
Apesar de nosso espanto, tendo 
em vista suas inúmeras atividades, Anna 
Maria vem publicando um título a cada 
ano. 
Aproveitando integralmente o seu 
tempo, consegue escrever livros, dar 
aulas com o magnetismo que já se lhe 
tomou peculiar, prestar orientação e 
consultoria, fazer palestras e conferên-
cias conforme suas casas 3 e 9 permi-
tem, preparar grupos de desenvolvi-
mento da percepção através da Astrolo-
gia, transuútir e coordenar o uso da As-
trologia como apoio terapêutico e di-
zem, até, que está aprendendo alemão. 
Conheceremos, agora, uma nova 
faceta da astróloga: são suas as diversas 
poesias de amor e afeto espalhadas por 
este livro. 
e fi - LIVRARIA UV MEGA 
DO MESSIAS LOJA 
Praça Dr, João Mendes, 166 
Praça Dr. João Mendes, 140 
Rua Quintino Bocaiúva, 166 
São Paulo· SP, 
Tel. 3104·7111 * 31 06·9596 
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SINASTRIA 
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Compro e vendo (usados) 
Livros· LP's . Cd's • DVD's 
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11 /2008 
Cf) 
Preço: 
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1 
<f, by Anna Maria da Costa Ribeiro 
Todos os direitos desta edição reservados 
Hipocampo Editora e Distribuidora Ltda. 
R. Silveira Martins, 110, lj. M, Catete, Cep 22.221, Tel.: (021)285-7909 
Rio de Janeiro, RJ 
Desenho dos gráficos: Paulo Carvalho 
Fotolitos: Laborgf:afl A va 
Composição: Palas Atheoa 
Impressão: Palas Athena 
1989 
Impresso no Brasil 
Printed in Brazil 
Anna Maria da Costa Ribeiro 
SINASTRIA 
Estudo dos Relacionamentos 
Teoria e Prática 
HIPOCAMPO 
ÍNDICE 
IN'TRODUÇÃO . . • . . . • • . • • • . . . . . . . • • . . . . . • • . . . . . .. 11 
PRIMEIRA PARTE (A Teoria) 
I - O casamento e a conjunção 17 
11 - O dois existe por causa do um (Sol e Lua, Signos e 
Lunaçres ................................. 22 
III - O perfeito caminho não conhece dificuldades 
(Os Eixos Cardeais) •••......•••••••••••••... 50 
IV - A arte de esperar (Vênus e Marte) ..••.•••.....•• 62 
V - Hara (Planetas) •••••••.••.•......•...•...••. 79 
VI - Se você não entender, pelo menos ouça (Casas) 100 
SEGUNDA PARTE (A Prática) 
VII - Técnicas de Sinastria •......•....••.•••.••... 129 
VIII - Interpretação dos Interaspectos ...••••.•....•••• 148 
IX - Planetas nas Casas do Outro •..•....•....•••..• 174 
X - Mapa Composto e Trânsitos ••..•••••.•••.•••.• 200 
XI - Casa Sete •••••••••••••.••••.••••..•...•..• 211 
XII - Partes Arábicas ••••...•.••••••••••••••••••• 219 
XIII - Sexualidade •••.•••.•.•••••••••••••••.•••.• 229 
TERCEIRA PARTE (Pesquisa sobre Homossexualidade) 
- Pesquisa sobre homossexualidade feminina e masculina • 249 
PREFÁCIO 
Afinal, os astros influem ou não influem sobre nossas vidas? 
Prefiro não entrar nessa discussão. 
A Astrologia me interessa não como saber mas como linguagem. 
Suas imagens, símbolos e metáforas prestam-se maravilhosamente para 
verbalizar situações interiores. Por meio de sua retórica adquirimos 
maior poder para falar sobre sentimentos e emoções. 
Nesse sentido a Astrologia serve para melhorar o relacionamento 
entre pessoas. Ensinando-as a língua interior dos amores, rancores e 
paixões, ensina-as a se comunicar melhor. 
Além disso a Astrologia opera com um modelo que se presta para 
acompanhar a lógica complexa das emoções. Tudo dentro da gente re-
presenta o estuário de várias motivações e determinações. Nós somos 
como uma bacia hidrográfica. Nossas águas não são simples. São a 
confluência de muitas águas. Nosso Rio Amazonas interno não é feito 
apenas de Negro e Solimões. Vários outros afluentes são influentes no 
nosso jeito de ser. 
Pior. Somos essa complexidade, sim, mas em perpétuo movimen-
to, em mutação permanente. O que era hoje já não é mais amanhã, se 
bem que pode voltar a ser quase como foi, tempos depois. Algumas 
coisas mudam depressa, enquanto outras permanecem paradas por anos 
a fio. 
O modelo da bacia hidrográfica então não serve, porque os rios 
lá, estarão sempre no mesmo lugar. Precisamos de um modelo capaz de 
representar o movimento dos próprios elementos que o constituem. 
E a Astrologia nos oferece esse modelo. Basta olhar por um ins-
tante para um mapa astrológico com o movimento rápido de alguns 
planetas e o movimento lento de outros, que entenderemos facilmente o 
que estou querendo dizer. Qualquer um entende suas transições, porque 
mudou de um ano para o outro e porque não mudou. 
Como cada astro possui um valor simbólico diferente e possui 
carga de influência diferente, será fácil compreender as resultantes. 
Nossa vida é assim: Tudo é movimento fora, tudo é movimento 
dentro. E o modelo astrológico ~ capaz de tomar intelegivel tamanha 
complexidade. 
A terceira razão pela qual curto a Astrologia é que ela confere al-
gum sentido e alguma inteligibilidade à vida de pessoas que estão com-
pletamente perdidas. Nada dói mais do que a perplexidade diante de si 
e diante do outro, nada angustia mais do que a confusão interior. E a 
Astrologia, à sua maneira, dá algum rumo a essa nau sem rumo. 
Isso, é sempre bom, pois, confusão excessiva não é fecunda, é pa-
ralizante e gera não uma nova ordem mas apenas mais confusão. Botar 
alguma ordem nos interiores é fundamental, só assim dá para pensar 
melhor. 
Por tudo isso acho um barato a Astrologia. 
Eduardo Mascarenhas 
Eduardo Mascarenhas, psicanalista, é Diretor Científico da Sociedade Psicanalftica do 
Rio de Janeiro (SPRJ). 
AGRADECIMENTOS 
Como falar de Sinastria sem considerar as mais diversas pessoas 
que, em diversos níveis, vêm me ensinando a difícil mas fascinante 
Arte do Relacionamento? 
É praticamente impossível desenvolver qualquer espécie de tra-
balho sem a convivência (e, muitas vezes, a interferência) de outras 
pessoas. Quanto mais as pessoas aparecem em nossas vidas, mais cres-
cemos. Que Deus me resguarde de viver sem me relacionar, de uma 
forma ou de outra. Como tenho crescido e aprendido nesses anos todos 
em que as pessoas têm me procurado, confiando nos meus sempre par-
cos conhecimentos astrol6gicos! Elas são o sal da minha vida, mos-
trando-me o quanto é fantástica a natureza humana! 
Aos clientes, o meu principal e humilde agradecimento, por tudo 
que têm me ensinado. 
Aos homens de minha vida, que até hoje participaram de minhas 
caminhadas, o grande agradecimento, uma vez que foram eles os res-
ponsáveis pela minha descoberta da Astrologia, ou seja: 
A Edvard, Sagitário, que sem conseguir perceber a evidência as-
trol6gica, apesar de testemunhar o meu trabalho cotidiano, ainda se 
admira dos acontecimentos, não sei se feliz ou aliviado. Sem você, que 
é o Sol com Urano do meu mapa, certamente nada teria começado. 
Luiz Affonso, outro Sagitário, que também se ridas estrelas, mas 
que à sua maneira me estimula - pois curva-se à realidade - foi um dos 
responsáveis pela publicação do meu primeiro livro "Conhecimento da 
Astrologia", pois, ao olhar as infindáveis apostilas do curso tomando o 
lugar e a estética do seu conforto, explodiu: "Por que você não publica 
logo essa papelada, antes que algum aventureiro, indevidamente, o fa-
ça?". Sem você, talvez eu não estivesse publicando agora o meu tercei-
ro, mas não o último, livro. 
Luiz, Peixes, do qual se eu não tivesse me divorciado, provavel-
mente nunca teria me tomado astr610ga, embora tivesse permanecido 
péssima dona de casa. Embora indiretamente, o mérito também é seu, 
não fosse você o primeiro Plutão da minha bem conhecida casa 7. 
9 
Onofre, Áries, que há anos vem arduamente resistindo aos astros, 
e no entanto foi um dos primeiros a demonstrar-me a eficiência dos 
planetas transaturninos. De Urano: a liberdade; de Netuno, as fantasias; 
de Plutão, as lutas de poder. Sem você, é claro, a minha vida não teria 
a menor expressividade. 
Newton, Peixes, que com sua fé inabalável e apoio incontestável, 
um dia me disse: "Sempre podemos ir mais longe no desconhecido, e é 
uma alegria reconhecer isso nas pessoas que conhecemos. Mas também 
é uma alegria verificar que nem todos o fazem, pois o mundo ficaria 
impossível". Sem você eu não me sentiria incentivada a ultrapassar-me 
e ensinar os outros a se ultrapassarem. 
O Inominável, Escorpião, que há alguns anos anos vem me ensi-
nando o que sei e ainda virei a saber sobre a arte de viver e de se rela-
cionar, meu mestre em magia e alquimia. Você que é o eixo dos N6-
dulos Lunares no meu mapa e constantemente sopra aos meus ouvidos. 
É imprescindível, ainda, agradecer a indispensável colaboração 
de João Gilberto de Carvalho, Myriam André e Lydia Vainer, todos de 
São Paulo, astr610gos dedicados a uma Astrologia séria e que, com 
desprendimento e abnegação de seus preciosos tempos, forneceram-me 
a maioria dos dados de homossexuais, permitindo-me enriquecer a pes-
quisa em prol do conhecimento dos leitores é estudantes, realizando, 
assim, o verdadeiro objetivo do Aquário. 
Clélia M. L. de Rezende, astr610ga e amiga, que pacientemente 
vem colaborando com sua sempre necessária datilografia, também no 
espírito aquariano, mostrando que a união pode beneficiar a um grande 
número de pessoas. Especialmente a você, cuja vida foi abruptamente 
modificada por um Urano intempestivo qlle lhe acidentou gravemente. 
Que as nossas orações sejam ouvidas e você se recupere. 
Este livro começou a ser escrito quando o Sol entrou em minha 
casa 7 (dos Relacionamentos) e terminou quando o Sol se aproximava 
da minha casa 10 (da Vocação). 
Anna Maria da Costa Ribeiro 
10 
INTRODUÇÃO 
Um professor de filosofia foi ouvir um mestre Zen. O mestre ofe-
receu-lhe chá e encheu a xícara do professor até transbordar, e conti-
nuou despejando a bebida, que escorria sem parar. O professor não se 
conteve e gritou: "Pare! Já não cabe mais nada na xícara! "E o mestre 
respondeu: "Assim também está a sua cabeça: cheia de idéias e opi-
niões. Como posso falar-lhe do Zen se você não esvaziar a sua xíca-
ra?" 
Se você quiser se relacionar, não parta para o relacionamento com 
idéias preconcebidas. Esteja simplesmente disponível ao relaciona-
mento. Aí, as coisas e situações jamais pensadas começarão a acontecer 
e o seu relacionamento será repleto de surpresas. Se você estiver com 
espectativas, qualquer relacionamento será uma decepção. Deixe que as 
coisas aconteçam, quando encontrar a pessoa desejada. Quando con-
versar, não se preocupe com as palavras. Aprenda a relaxar o corpo e a 
voz. Você será capaz de se surpreender com você mesmo e com a outra 
pessoa. 
Se você se preocupar com o seu relacionamento, perderá a es-
pontaneidade. Quase sempre somos subjetivos e projetamos nossas 
opiniões. Veja um exemplo: hoje você vê uma pessoa e a acha desa-
gradável. Amanhã você vê a mesma pessoa e a acha agradável. Ela não 
é nem agradável nem desagradável. Você é que projetou isso. Foi a sua 
interpretação. A interpretação é subjetiva. 
Repare um mapa astrológico. Ele pode ser interpretado de diver-
sas maneiras, não só confonne o astrólogo que o está interpretando, 
como também pelo estado de espírito do mesmo astrólogo, de acordo 
com o momento que ele está passando. 
Outro dia perguntaram a uma pessoa: 
- Digamos que esse desenho seja a sua mãe, o que você vê aqui? 
- Um saco sem fundos. 
E assim foi interpretado: 
- Então você acha que sua mãe é uma pessoa distante, tão dis-
tante que escapou pelo fundo do saco, deixando-o sozinho? 
11 
E outra pessoa interpretou: 
- Então você acha que sua mãe é uma fonte inesgotável de ale-
grias, seu amor é tão infinito que você não percebe nenhuma limitação 
nesse afeto? 
Qual é a interpretação correta? Nenhuma. Não existe interpreta-
ção correta. A interpretação sempre será subjetiva; portanto é falha. 
Este é um livro que ensina a interpretar os relacionamentos entre 
duas ou mais pessoas. Se você é sincero, não se atreva a interpretar os 
relacionamentos. E se você é esperto, não peça que interpretem seus 
relacionamentos. 
Mas como ninguém resiste a interpretar e a ser interpretado, assim 
foi criado esse livro. 
12 
* 
CONFIANÇA 
Cora Coralina 
velha moça do Goiás Velho, 
me disse que não usava 
saudade e dor 
em suas poesias. 
Feliz Cora 
que aos noventa anos pode dizer 
que não conhece saudade e dor. 
Eu tenho saudades 
e já tive dor, 
aquela dor que nunca passa, 
a não ser no dia seguinte; 
aquela saudade que nunca acaba, 
a não ser quando o telefone toca. 
Feliz Coralina 
no alpendre ensolarado, 
entre potes de geléia, 
na casa velha da ponte. 
Cinco horas da tarde 
e uma fotografia que nunca saiu 
para mostrar 
que não se deve buscar 
a permanência do impermanente. 
Cora Coralina, 
velha moça do Goiás Velho, 
me chama de menina, 
me serve um café 
me mostra seus livros e seus doces, 
e ainda me pergunta 
o que lhe dizem os astros. 
13 
PRIMEIRA PARTE 
(A Teoria) 
I - O CASAMENTO E A CONJUNÇÃO (Alquimia) 
"Conjunctio" significa a união do consciente com o inconsciente, 
o que pode levar à compreensão ou ao casamento perfeito: a união inte-
rior. 
o bem-estar consigo mesmo. 
E, conseqüentemente, com o mundo. 
Se você está contente consigo, você fica iluminado e irradia a sua 
beleza interior, atraindo e modificando os outros à sua volta. 
Diz o oriental: 
Onde você está é onde você deve estar. Se está no inferno e 
aceitar isso, o inferno pode acabar, pois ele s6 existe na sua atitude 
tensa e resistente. Tudo o que você rejeita cria resistência e toma-se 
um inferno, tudo o que você aceita cria facilidade e toma-se um céu. 
A verdadeira alquimia é transformar o inferno no céu. 
É costume dizer-se que os santos vão para o céu e os pecadores 
para o inferno. 
A concepção oriental é diferente: pois, seja lá para onde o santo 
for, criará o céu - porque o céu está dentro de si. 
Esse é o casamento interior, ou a conjunção da Lua Nova, quando 
Sol e Lua estão unidos. 
Se você observar as noites no céu, há de ver que a lua tem várias 
fases, várias formas, desde a lua nova, passando para crescente, cheia, 
minguante e, novamente, uma outra lua nova. 
Ou seja: a lua transforma-se. E esse é o segredo alquúnico: trans-
formação. Para se chegar a uma nova conjunção: o recomeço de uma 
união. 
O santo transforma,todas as coisas em coisas belas. 
Você também pode fazer isso. Repare que você se leva para onde 
você vai. Quer dizer, você se reflete no mundo exterior conforme o que 
carrega no seu interior. Você leva o seu coração na imagem que projeta 
por onde passa. E atrai coisas, pessoas ou situaçqes de acordo com 
aquilo que projetou. 
17 
Se você sorri, recebe um sorriso de volta. Se agride, recebe uma 
agressão de volta. Se tem pena de você e se subestima, atrai quem abu-
sará de você. 
A conjunção está sempre ocorrendoem nossas vidas. No céu ela 
ocorre uma vez por mês. Quantas vezes ocorrerá ao longo de nossas 
vidas? 
A conjunção é o número 1, o início de todas as coisas. Se você 
tem muitas conjunções planetárias no seu mapa, haverá uma tendência 
de ocorrerem vários inícios e recomeços na sua vida. 
A conjunção é isso: sorriso atrai sorriso, agressão atrai agressão. 
Aceite-se. Goste de ser você. As pessoas chegam a adoecer de 
tanto quererem imitar os outros, de quererem ser outras pessoas e de 
preferirem estar em outro lugar. Se agora você está aqui, não há como 
escapar, tem que estar aqui. É preciso saber. estar aqui e não estar lá. 
Pois estar lá enquanto se está aqui, é não estar em lugar nenhum. 
Se agora você está no Brasil, não adianta rejeitar isso e querer 
estar agora em outro país. Se você é José ou Maria, não adianta querer 
ser Antonio ou Joana, senão você fica doente. Aceite-se. Não se rejei-
te. Não crie resistência interna - isso só impedirá O Encontro. Crie o 
céu e leve o céu para onde você for. É a única maneira de atrair a pes-
soa ou as pessoas que desejar. 
Marie Louise von Franz, em Alquimia (Cultrix) diz que o encon-
tro do Sol com a Lua, na Lua Nova, acontece quando a noite é mais 
escura. A "conjunctio" ocorre no mundo inferior, onde nenhuma luz 
brilha - quanto se está inconsciente. E é nesse momento que alguma 
coisa é criada ou nasce: na desolação e na depressão. Quando se vai ao 
fundo do poço é que surge a coincidência dos opostos da conjunção. 
Mas o Sol pode fazer mal à Lua, pois apesar do Sol dar luz à Lua, 
num determinado momento a Lua desaparece: é quanto ele se aproxima 
demais dela. (A Lua Nova acontece quando a Lua fica entre o Sol e a 
Terra, portanto, próxima do Sol. A Lua Cheia acontece quando a Terra 
fica entre o Sol e a Lua, portanto, quando o Sol está longe da Lua). 
Então, continua a Dra. von Franz, a "conjunctio" é perigosa, já que o 
18 
Sol pode prejudicar a Lua e vice-versa, apesar disso poder ser evitado. 
Quanto mais próximos estão Sol e Lua, maior o risco da mutua destrui-
ção em vez da união. Ou seja, tanto o Sol quanto a Lua têm o seu lado 
escuro e destrutivo, a sua sombra. 
Como dois amantes que quanto mais se juntam e mais o amor au-
menta, mais crescem as duvidas, desconfianças e o receio de abrir o co-
ração, tornando-se vulneráveis. Quando o homem ou a mulher mostram 
o seu amor um ao outro, ficam expostos à sombra. O homem expõe-se 
ao "animus" da mulher, às suas agressões; a mulher expõe-se à "ani-
ma" do homem, aos seus venenos. 
A "conjunctio" a nível interno (integração de consciente e in-
consciente) também pode ser perigosa. É o risco do conhecimento, da 
árvore do Bem e do Mal: quando você conhece, você encara a realida-
de com segurança (felix culpa) ou se arrasa com o fato novo. O conhe-
cimento é sempre venenoso ou curativo, diz a Dra. von Franz. 
Nesse nível interno, se o inconsciente tragar a consciência (Lua 
sobrepondo-se ao Sol), pode ocorrer a psicose. Se a consciência destrói 
o inconsciente (Sol sobrepondo-se à Lua), a psicose pode ser latente e 
a pessoa foge do confronto com a racionalização de teorias deliberadas. 
Resumindo: sempre que a conjunção ou a união acontecem, em 
vez de amor pode haver destruição. 
Diz a Lua: 
- Quando entrarmos na casa do amor, meu corpo coagulará em 
meu eclipse. 
Responde o Sol: 
- Se fizeres isso e não me causares dano, meu corpo retornará 
e te penetrarei. Serás, então, poderosa ou vitoriosa. 
Ambos se repetem: 
- Se você não me prejudicar, eu lhe ajudarei. 
Conseqüentemente, toda união (e toda conjunção planetária), todo 
relacionamento implica num risco. 
\, 
No entanto, tudo o que acontece na vida é importante, já que em 
todos os acontecimentos existem substâncias que podem ser usadas 
19 
como se desejar. É o livre arbítrio que permite a cada pessoa fazer de 
sua vida o que desejar. 
Mercúrio é o resultado da união do Sol e da Lua. Simboliza o fi-
lho, ou seja: uma atitude nova e objetiva, que está além de qualquer 
conflito (do Sol e da Lua). 
No mapa astrológico, para o estudo pessoal ou de relacionamen-
tos, esses três astros: Sol, Lua e Mercúrio, têm importância fundamen-
taI. Deve-se sempre verificar, quem está sobrepujando a quem, qual 
astro pode prejudicar o outro e, portanto, influir decisoriamente nos 
relacionamentos e na vida pessoal. 
E se tudo tem um significado especial na vida; se cada encontro 
ou circunstância tem um significado, tudo passa a ser um elo de uma 
longa corrente. 
20 
Çada pessoa em nossa vida faz parte dessa corrente infinita. 
Qualquer começo de amor pertence a um amor infinito. 
Disse Novalis: 
- O romance é infinito. 
Estou contando nos dedos 
quantos dias não te vejo nem te beijo; 
como criança na escola 
vou passando nos dedos; 
segunda, terça, quarta-feira ... 
Há quanto tempo não me abraças? 
onde andam os teus braços, 
por onde caminham esses pés 
que até aqui 
ainda não chegaram? 
O meu horóscopo informa 
que brevemente chegarás. 
É hora, pois, de preparar-me 
para formar uma imagem 
inesquecível por algumas horas. 
Penteio meus cabelos despenteando-os, 
pinto minha boca 
de baton vennelho-sangue, 
para fazer com ela 
uma linha vertical 
que vai do teu pescoço até teu ventre. 
Visto uma roupa festiva 
de longo decote 
para te deixar hesitante 
de onde me beijar primeiro. 
Penduro na orelha 
um brinco que certamente perderei, 
mas que te deixará distraído 
por dois longos segundos. 
Coloco, talvez, meus sapatos de salto-alto, 
que atirarei longe, imediatamente, 
assim que minha visão cinematográfica 
se fixar em tua mente. 
21 
II - O DOIS EXISTE POR CAUSA DO UM 
(Sol e Lua - Signos e Lunações) 
Sosan, mestre Zen chinês: 
Se nem Deus quis que o homem ficasse sozinho, não serão as 
frustrações que impedirão as pessoas de se relacionarem. Relacionar é 
compulsivo, é magnético. É como um imã. 
As pessoas sonham, juntam-se, desentendem-se, separam-se e vão 
em busca de outra união. Basta ocorrer uma separação para logo se 
pensar em refazer a vida. 
Por isso a vida não foi feita para ser vivida em solidão. Queiram 
ou não, as pessoas precisam se relacionar. 
Existem vários tipos de relacionamentos. Desde o relacionamento 
sexual e afetivo, mais íntimo, até o relacionamento eventual, que 
constantemente fazemos quando entramos em contato com qualquer 
pessoa no nosso cotidiano: o caixa do banco, o motorista do ônibus, do 
taxi, etc. 
Ninguém sobrevive por muito tempo à completa solidão. Na com-
pleta solidão nem Deus existe. Não há respiração. 
Morremos quando deixamos de ter curiosidade. O elixir da longa 
vida chama-se curiosidade. Enquanto houver estímulo mental não há 
morte. 
Curiosidade, estÚIlulo mental, relacionamento - tudo a mesma 
coisa. Se você existe, você logo começa a procurar uma companhia. A 
casa 1 não existe sem a casa 7. 
A união s6 é possível porque você existe. O dois existe por causa 
do um. 
* 
O objetivo do estudo dos relacionamentos, seja qual for a técnica 
de sinastria escolhida, é, em princípio, ajudar as pessoas a conviverem 
melhor entre si, a se desenvolverem e a se preencherem. 
22 
Quanto mais se relaciona mais se cresce, porque mais se sai de si. 
Quanto menos se relaciona, menos se evolui, porque fica-se igual a 
antes. 
Vive-se sempre abaixo do potencial, sempre se pode ir mais lon-
ge. Quando a criança nasce, está abaixo do seu potencial porque ainda 
não sabe andar ou falar. Quando a criança cresce, ainda está abaixo do 
seu potencial porque não vivenciou a escola, a universidade, e assim 
sucessi vamente. 
O adulto também tem muito a descobrir. Basta fazer um retros-
pecto do passado e ver quantas oportunidades de crescimento se teve. 
Sempre se pode ir mais longe. Com o tempo, percebe-se que se é 
capaz de TUDO, basta haver estímulo e necessidade. O que diferencia 
o ser humano é a capacidade de escolha. 
Enquanto se está vivo, é impossível preencher tudo - os desafios 
são constantes.A força e o progresso de cada um está em tentar ser o 
máximo daquilo que se pensa ser. 
Existem algumas regras práticas dentro da Astrologia. Disse As-
sagiogli que a prática é fácil, o difícil é praticar. 
Não importa se nem sempre se tem sucesso. As mesmas situações 
têm resultados diferentes, porque as circunstâncias externas e as pres-
sões internas variam a cada momento. 
O mapa astrológico é o potencial desta vida, é o manual de ins-
truções da personalidade ora vivente. 
Viver HOJE, conforme as indicações do mapa, deve ser a supre-
ma meta. Todas as personalidades históricas importantes viveram quase 
o máximo dos seus mapas. Porque o máximo talvez somente Buda, Je-
sus e outros avatares, é que o viveram. 
Como você não é Buda nem Cristo mas quer ser uma pessoa im-
portante, reconhecida e com sucesso pessoal e social, deve conhecer 
bem o seu mapa, a fim de chegar a esse quase máximo. 
É possível que as pessoas com quem você se relacione hoje sejam 
um reencontro de outras vidas. Há um motivo para isso, se você acre-
dita em Vidas Passadas. E se não acredita, também há um motivo para 
esse conhecimento. 
23 
Todo relacionamento tem um significado especial e é um fator de 
modificação ou alteração de sua vida. Nada permanece o mesmo após 
um relacionamento qualquer. 
Você é o seu mapa, e no entanto, porque os planetas estão em 
constante movimento no céu, você tem diversas oportunidades de 
TORNAR-SE naquilo que você já É. A semente de uma laranja é a la-
ranjeira. E você pode ver a semente na laranjeira. 
Os trânsitos e progressões planetárias tornam a semente em la-
ranjeira. 
Antes de se estudar o relacionamento entre qualquer tipo de pes-
soa, coisa ou situação, é preciso conhecer muito bem o mapa indivi-
dual. Pode ocorrer relacionamento entre duas ou mais pessoas, entre 
uma pessoa e um país, entre uma pessoa e uma firma, etc. Não importa 
se a relação é afetiva-sexual, se é comercial, familiar, didática, etc. 
Seja ela qual for, em primeiro lugar, é preciso conhecer o mapa do in-
divíduo. 
Porque se esse indivíduo quer alguma coisa, o êxito dessa alguma 
coisa está dentro do próprio mapa. Nada acontece fora do mapa astro-
lógico de cada um. Isso é detenninismo, tanto quanto é detenninismo 
uma pessoa nascer de um detenninado sexo, de uma detenninada pig-
mentação, num detenninado país. 
Tem-se tanto livre-arbítrio em se usar o mapa astrológico como se 
tem livre-arbítrio de se ser aquilo que se é e de se fazer com o próprio 
corpo aquilo que se quer. 
Portanto: conhecer primeiro o mapa. Conhece-te a ti mesmo, diz o 
oráculo de Delfos, cura-te a ti mesmo antes de querer conhecer os ou-
tros. 
Somente depois que se sabe o propósito de vida de uma pessoa, 
do que ela gosta e precisa, do que tem medo ou não agüenta, é que se 
parte para a sinastria, para a análise dos relacionamentos. 
Não cabe ao astrólogo julgar ou opinar sobre a relação. Seu papel 
é infonnar e orientar sobre as áreas mais fáceis e mais difíceis da rela-
ção. As pessoas com mapas difíceis atrairão e procurarão relaciona-
mentos difíceis, pois não se interessarão por situações mais simples. O 
24 
semelhante atrai o semelhante. Se o mapa é complicado, a vida da pes-
soa provavelmente será complicada. Caso contrário, talvez ela tivesse 
tédio. 
Entretanto, a maneira como as pessoas se relacionam é importante 
para o desenvolvimento da Humanidade. Conforme a pessoa vai se re-
lacionando, vai passando para os outros seu afeto, simpatia, compreen-
são ou inveja, exploração, intolerância, agressividade, degradação, etc. 
A falta de amor talvez seja a causa principal dos problemas do ser 
humano. Crianças que não receberam amor serão adultos que não sabe-
rão amar, talvez até mesmo por não se acharem merecedoras de serem 
amadas. 
Algumas pessoas querem amar, mas não têm a quem amar, disse 
Assagiogli; outras têm quem lhes ama e que até poderiam amar, mas 
não têm vontade. 
O primeiro passo para você amar alguém é arilar a si próprio. Isso 
vai depender daquilo que você aprecia em você e daquilo que lhe desa-
grada em você mesmo. 
Quem prefere o pior de si próprio acaba tornando-se cruel e 
egoísta e atrai esse tipo de relação. Quem prefere o melhor de si atrai 
pessoas melhores. 
Primeiro esteja disponível para você mesmo, depois é que vêm os 
outros. Veja isso no seu mapa. 
a) SOL e LUA 
O Sol representa a sua essência, a sua vontade, a sua capacidade 
de ter sucesso na vida, o seu brilho, a sua auto-afinnação, o seu espí-
rito ou o seu ego. 
Geralmente o signo do Sol tem a ver com a tônica de vida da pes-
soa. Assim, um Sol em Peixes, tenderia a uma vida fantasiosa, confusa 
ou mística, introspectiva, etc. 
No mapa da mulher, o Sol, além disso, representa aquilo que ela 
projeta no homem para sentir-se mais completa. 
25 
o Sol é o pai e o marido. Acaba-se casando com uma imagem do 
pai. Mas como o Sol também é a pessoa, você casa com você mesmo. 
Por isso talvez se diga que cada pessoa se casa com quem merece. Ou 
que o casamento representa a nossa neurose complementar. 
Para ficar claro, isso não quer dizer que você, seu pai e seu mari-
do sejam iguais. É apenas um súobolo que começa a se manifestar. 
Assim, o seu Sol em Peixes, por exemplo, pode significar: 
a) que você é mística, 
b) que seu pai é um artista, 
c) que seu marido é viciado. 
Aparentemente nada há em comum. No entanto, tanto o místico 
como o artista, como o viciado, costumam ver além da realidade, têm 
certas atitudes escapistas ou sonhadoras, são sujeitos a visões ou per-
cepções, a não estarem completamente dentro ou fora de uma situação, 
etc. Nenhum dos três está totalmente preso a alguma coisa. Essa pode-
ria ser uma característica comum aos três. E também nenhum dos três 
está totalmente solto de alguma coisa. Essa é uma das características de 
Peixes. 
Não se deve procurar o tipo, a profissão, a situação específica. 
Deve-se procurar a atitude, a inclinação. 
A Lua representa os seus hábitos e emoções, a sua reação instin-
tiva, as necessidades íntimas, o desejo de segurança e proteção, a sua 
capacidade de estar à vontade no mundo. Mostra aquilo que lhe sensi-
biliza, a reação à vida, o magnetismo próprio, como se sente na intimi-
dade. 
No mapa do homem, a Lua sugere fi atitude para com a mulher, o 
tipo de mãe que procura para seus filhos. 
A Lua é a mãe e a esposa. Acaba-se casando com a mãe. Mas 
como também são os seus hábitos emocionais, você se casa com a sua 
própria intimidade. 
Trata-se, também, de um súobolo. 
No mapa da mulher, a Lua mostra o tipo de mãe que ela será. 
A posição da Lua, por signo, casa e aspecto, é extremamente im-
portante. Sabe-se que a Lua carrega a luz do Sol. Da mesma forma, ela 
26 
simboliza o receptáculo, o útero. Se o sol desejar despejar o seu esper-
ma e a Lua se fechar, não haverá fecundação. 
É a mesma coisa no mapa astro16gico. De nada adiantaria a impo-
sição da vontade do Sol se a Lua não a aceitasse. Portanto, o sucesso 
do Sol depende da Lua - a emoção. 
De que adianta uma pessoa ter saúde, dinheiro, beleza, amor se o 
seu estado emocional não lhe permite aproveitar nada disso? Às vezes 
nada se tem, mas a paz interior, a alegria, bem-estar que vem da har-
monia consigo mesmo, compensa a falta de qualquer coisa. 
A Lua é a fonte, a origem. 
Conseqüentemente, é um astro fundamental no desenvolvimento 
do mapa. Por outro lado, o Sol, como energia criadora, é o dono do 
mapa. Tudo ali acontece para preencher o prop6sito do Sol. 
Sol, o princípio masculino e Lua, o princípio feminino, são os 
primeiros astros a serem considerados na interpretação do mapa pessoal 
e dos relacionamentos. 
Imagine-se uma pessoa com Sol e Lua em aspectos críticos entre 
si. Isso poderia significar uma cisão interna, muitas vezes oriun~a do 
sentimento que a criança captou dos seus pais. 
Aspectos críticos de Sol e Lua podem indicar a ausência ou omis-
são de um dos pais, a morte ou separação de um deles, ou a presençade ambos, mas é como se um estivesse ausente; ou um dos pais está 
quase sempre fora de casa por causa do tipo de trabalho que tem ou 
outro motivo qualquer, como uma doença ou a boêmia; ou os pais não 
se entendem ou até se entendem mas têm personalidades completa-
mente diferentes. 
De qualquer forma, é uma tensão entre os princípios feminino e 
masculino. 
Quase sempre, mais tarde, quando se casam, essas pessoas ten-
dem a se separar. A melhor maneira de não se separarem é não ficarem 
muito tempo perto um do outro ou darem-se a liberdade de cada um 
poder expressar a sua individualidade. 
Um Sol em Capric6rnio e uma Lua em Câncer, por exemplo, po-
dem significar maneiras opostas de se buscar a segurança. Um lado da 
27 
pessoa precisa afinnar-se material e profissionalmente. Outro lado tem 
necessidade de se sentir protegido e de preencher suas carências emo-
cionais. O Sol quer ven~ér no mundo externo e a Lua quer estar bem 
dentro do seu lar. 
Há uma tensão, um conflito, uma barreira na pessoa de aspectos 
críticos entre os luminares. É como se a vontade entrasse em choque 
com aquilo que a sociedade espera da pessoa; uma diferença entre o 
que a pessoa faz e o que, realmente, precisa; entre o que quer e o que 
lhe faz sentir bem. 
Neste caso, o inconsciente começa a interferir nos relacionamen-
tos e acontecem os sentimentos de inadequação, insatisfação, insegu-
rança, frustrações, problêm;s de personalidade. É a cisão entre o mun-
do externo e interno da pessoa. 
Se não há união interna, como haver união externa em hannonia? 
Todavia, é essa mesma tensão interna que provoca a criatividade, 
a ambição, a operacionalização, o impulso de realizar alguma coisa. Ou 
o bloqueio, dependendo da fortaleza do caráter da pessoa. 
Algumas vezes encontram-se pessoas com aspectos fluentes de 
Sol e Lua e que sentiram problemas entre os pais. 
As dissensões familiares podem ser vistas por outros aspectos do 
mapa, como, por exemplo, entre as casas 4 e 10 ou seus regentes, e até 
mesmo entre Vênus e Marte, os outros planetas que representam os 
princípios feminino e masculino. 
O~ aspectos críticos entre Sol e Lua podem indicar que os pais 
não estavam se sentindo bem no momento da concepção, do nasci-
mento ou da I!! infância da pessoa. 
Quando acontecem relações difíceis entre pais, geralmente a pes-
soa vive relacionamentos difíceis, mais tarde. Há uma certa dificuldade 
com o afeto. Torna-se necessário, então, reaprender a vivenciar o afeto, 
a fim de se preencher nos relacionamentos. 
O preenchimento e o crescimento muitas vezes aparecem através 
das contradições, das oposições entre as casas: 
Casas 1 e 7 - O conflito entre ser o que se é e precisar cooperar e 
fazer concessões. 
28 
Casas 2 e 8 - O conflito entre os valores e desejos pessoais e os 
dos outros. 
Casas 3 e 9 - O conflito entre as suas idéias e as aspirações, entre 
ficar no seu ambiente e sair em busca de outros horizontes. 
Casas 4 e 10 - O conflito entre a segurança familiar e ter que li-
dar com o mundo exterior. 
Casas 5 e 11 - O conflito entre ser espontâneo e precisar abrir 
mão de seus desejos para ser aceito pelo grupo. 
Casas 6 e 12 - O conflito entre seus deveres e obrigações e a 
vontade de escapar das limitações. 
É importante praticar, vivenciar o mapa e suas contradições para 
se ter oportunidades de sucesso. Tudo na vida tem seu motivo para a 
evolução pessoal, desde o sucesso até o fracasso. 
N a vida das pessoas as crises estão sempre presentes. Crise quer 
dizer necessidade de reorientação. Qualquer crise pode ser ultrapassada 
com a mudança da atitude mental. 
A atitude observadora pode ser um excelente impulso de reorien-
tação. 
Imagine-se com febre alta. Se você tentar observar a sua febre, 
sem nada fazer, apenas observando, você conseguirá se centralizar e 
ser você mesmo, em vez de se preocupar com a febre. Observe a febre. 
Ela está aí e não há jeito de você ficar sem ela. Se você resistir e lutar, 
sua febre aumentará. Então, descanse, relaxe e observe. Aos poucos a 
febre irá baixando até sumir. 
O oriental diz que há uma enorme distância entre você e o seu 
corpo, e que se você estiver sofrendo e resolver, simplesmente, obser-
var o seu sofrimento, o sofrimento passará. Se observar o sofrimento, 
perceberá que também pode ser feliz. Mantenha essa distância e pare-
cerá que o sofrimento está aqui e você está em outro planeta. Quando 
se está centralizado em si, não há mais angustia. Voltou-se à fonte, às 
origens. 
Esse é um bom exercício para os aspectos críticos entre Sol e 
Lua. 
29 
b)LUNAÇÕES 
Observe a relação entre o Sol e a Lua no seu mapa. Essa relação 
é fundamental no seu crescimento. 
Dane Rudhyar e seus seguidores desenvolveram a relação entre 
esses astros da seguinte maneira: 
Conjunção (02) - O início, quando se planta alguma coisa, o 
potencial daquele momento, atividade, subjetividade. 
Um mapa com várias conjunções pode significar uma pessoa 
muito subjetiva, que vê o mundo do seu pr6prio ponto de vista; uma 
vida com muitas possibilidades de começo ou recomeço. 
A conjunção representa o n2 1, que significa o início de todas as 
coisas. 
Portanto, essa pessoa, ao terminar fases de sua vida, teria sempre 
a expectativa de reiniciar novas fases. É um aspecto forte e dinâmico, 
se estimulado; mas também pode ser internalizado e, neste caso, a pes-
soa ou tem uma força interna ou essa energia bloqueia-lhe as ativida-
des, podendo ser destrutiva ou criar confusões e obsessões. 
A conjunção particulariza as formas de comportamento que atua-
rão nos diversos relacionamentos. Quanto mais exata, mais compulsivo 
o comportamento, mais subjetiva. 
É importante que a pessoa procure uma fonna qualquer de proje-
ção na vida, aplicando a sua espontaneidade e a maneira de ser que lhe 
é peculiar, confonne o signo e a casa onde está e os aspectos que rece-
be. Geralmente a pessoa tem dificuldade de planejar, por causa do ca-
ráter impulsivo e subjetivo. 
Semi-sextil (302) - A pessoa precisa se conscientizar de que as 
possibilidades começam a aparecer em sua vida e que deve tomar al-
guma atitude para realizá-las. Há uma maior facilidade se os dois astros 
ainda estão no mesmo signo. Se estão em signos diferentes pode ocor-
rer uma certa dificuldade em integrar as diferentes polaridades, pois um 
astro estará em signo masculino (executivo) e outro em feminino (re-
ceptivo). 
A pessoa tem pressentimentos de que alguma coisa está se desen-
30 
volvendo mas não tem absoluta clareza ainda. De qualquer forma, de-
ve-se tentar focalizar um objetivo ou atitude, usando, inclusive, a ima-
ginação. Não é necessário saber como fazer, pois há uma sensação de 
prematuridade. Mas é necessário observar de onde vem a sensação de 
que existe algo novo surgindo. 
Semi-quadratura (4Sg) - É um aspecto que mobiliza mais a pes-
soa a tomar alguma iniciativa, geralmente tendo que romper com algu-
ma coisa do seu passado, ou algum hábito. Começa-se a ter uma maior 
clareza da situação e a conseqüente necessidade de se agir. 
Sêxtil (60g) - A pessoa sente que deve se organizar para realizar 
alguma coisa na vida, para desenvolver a sua criatividade, tirando um 
partido do que as circunstâncias de vida lhe apresentam, se quer, real-
mente, produzir algo. 
O sêxtil é um aspecto que inclina à produtividade. A pessoa s6 
precisa mesmo é se decidir a produzir. No momento em que a decisão é 
tomada, começam a surgir apoios, proteções, cooperações de outras 
pessoas ou coisas. 
A (cuadratura (90g) - mostra que a pessoa certamente será leva-
da a tomar decisões difíceis em sua vida, originando alguma crise. 
É a fase do quarto crescente, e tem associação com o ng 4, que 
significa a concretização e materialização. 
Portanto, para que algo se concretize a pessoa deverá decidir, 
ainda que sob pressão, uma vez que a quadratura não é um aspecto re-
laxante e tranqüilizador - mas sujeito a obstáculos e barreiras. 
Já se tem umamaior clareza da situação, e o que se vê nem sem-
pre é agradável. A Lua está mais decidida a afastar-se do Sol, isto é, 
para progredir e crescer (ganhar mais iluminação), precisa ter forças 
para romper com o passado. 
Porque, a uma quadratura, esse rompimento não é fácil. É a crise 
de ter que agir. Ou seja, para se crescer é preciso movimentar-se. Nada 
cai do céu, nessa fase. Se a pessoa não agir, mais cedo ou mais tarde 
poderá se arrepender ou ter que fazer algumas correções na sua vida, o 
que pode significar um retrocesso, o tempo perdido. 
31 
o medo de agir na quadratura (e geralmente é o medo que impe-
de) pode fazer com que a vida dessa pessoa caia numa rotina quase pa-
ralizante ou se sujeite a demasiadas pressões para permanecer na situa-
ção que não deseja mudar. 
É uma vida de batalhas e lutas, internas ou externas, muitas vezes 
com agressividade. Isso reflete-se não s6 nos relacionamentos como na 
pr6pria aparência da pessoa. Repare-se um rosto de uma pessoa de 
quadratura Sol e Lua e uma de trígono. 
Para esse caso, a melhor decisão é agir, trabalhar, fazer, lutar. 
Uma pessoa de muitas quadraturas poderá ter uma vida plena de reali-
zações, embora custosas, esforçadas. 
O instinto lhe dirá, muitas vezes, que é preciso romper, mudar, 
cortar decididanlente. Outras pessoas ao lado podem dar-se ao luxo de 
conversar, distrair-se, etc., mas se você tem essa quadratura, enquanto 
outros falam, você tem que agir, atuar. 
Todas as suas lutas poderão estar relacionadas às suas atitudes e 
hábitos do passado. Se você confiar, você terá força pessoal e social 
para ser um atuante no mundo. 
Há uma certa diferença entre aI!! quadratura, ou seja, a quadratu-
ra da Lua Crescente, e a 2!! quadratura da Lua Minguante. Da mesma 
forma há. uma diferença entre os aspectos formados ANTES da Lua 
Cheia e os formados DEPOIS da Lua ~heia. 
Antes da Lua Cheia, a pessoa é mais impulsiva, espontânea; de-
pois da Lua Cheia ela é mais amadurecida, planejadora porque tem 
mais experiênçia: já VIU a Lua Cheia. 
O Trígono (1202) - é um aspecto de harmonia, de fluir com mais 
facilidade e despreocupação. Portanto, a pessoa pode e deve procurar 
expressar-se e não se acomodar. A expressão, aliada à criatividade, se-
rá um indício de sucesso ou recompensa. É preciso um certo compro-
misso e deliberação na direção do objetivo. 
Algumas vezes essas pessoas "sentem" como se elas nada tives-
sem o que fazer, pois os caminhos estão propícios, as decisões já foram 
tomadas e independente de suas decisões, tudo corre ligeira e agrada-
velmente, ela desliza na vida quando os passos tiverem que ser dados. 
32 
A Sesquiquadratura (135~) traz uma característica de análise. A 
pessoa precisa analisar o seu comportamento a fim de ter menos pro-
blemas e complicações no futuro. Essa pessoa tem muito que aprender, 
é o aprendiz ou o estudante, a curiosidade é desenvolvida. O próprio 
ambiente trará oportunidades de aprendizado. 
Deve aprender a observar em que situações você se coloca e pro-
curar fazer o melhor para si e para o meio ao qual pertence. Como fun-
cionar melhor deve ser o seu objetivo: aperfeiçoamento de métodos. 
Geralmente mostra uma pessoa que pergunta ou questiona. Qual-
quer processo de crescimento começa quando se tem uma meta, ainda 
que não bem definida. Buscar é importante. Mas não fugir totalmente 
da realidade, por isso deve aliar o lado prático ao lado do idealista. 
O Quincôncio (150~ - mostra que a pessoa precisa ser flexível, 
em vez de ficar presa a detalhes e perder-se neles. Há uma tendência a 
ficar absorvida pelo sistema, a tomar-se condicionada pelos hábitos e 
não enxerga o que está' provocando lá fora. Pode acontecer dos outros 
ficarem irritados ou impacientes com os seus métodos. Por isso a pala-
vra-chave poderia ser adaptação. A metodologia pode ser o seu ponto 
alto, desde que isso não lhe impeça de evoluir. 
Havendo ajustamento, conseguirá as oportunidades e os meios. 
Breve ocorrerá a Lua Cheia, conseqüentemente é preciso correr. O 
quincôncio é um aspecto de "última chance". 
Interiormente, pode haver insatisfação. Ou projeção de culpa nos 
outros. Seja lá o que for, é preciso aperfeiçoar. 
Pessoas com muitos quincôncios no mapa podem ter uma tendên-
cia a exagerar suas preocupações ou o sentimento de auto-importância. 
Por dentro, elas necessitam sentir-se aceitas pelo mundo. 
A Oposição (180~ - representa a Lua Cheia. A pessoa busca 
uma direção na sua vida, um significado, um objetivo. Tem completa 
clareza da situação, pois a vida a obriga a se defrontar com muitas coi-
sas, antagonismos e tensões. E porque há visão, há necessidade de 
compromissar-se, embora isso signifique uma escolha e, conseqüente-
mente, uma perda. A pessoa pode ser muito instável ou tomar-se "ilu-
minada". 
33 
É um aspecto poderoso e a objetividade está sempre presente. A 
oposição é associada ao n2 2, a dualidade. Por isso, a pessoa com mui-
tas oposições pode passar parte da sua vida dividida e tensa ou buscan-
do uma companhia e complementação. O mais comum é que ocorram 
separações nos relacionamentos ou que a pessoa baseie a sua vida prin-
cipalmente nos relacionamentos. Há um certo sentimento de inferiori-
dade que faz com que se busque outras coisas ou pessoas que lhe com-
plementem. Mas a convivência com as outras pessoas, provavelmente, 
não será da forma comum e convencional. O importante não é o que a 
pessoa faz, mas qual o significado que a situação tem para ela. É a 
busca do preenchimento, a colheita. 
O sucesso depende de livrar-se dos comportamentos e situações 
inúteis. O aspecto é dinâmico: assimilar o que aprendeu até agora e 
descondicionar-se do que lhe atrasa a evolução. É um aspecto "clean", 
limpo e claro, sem ambigüidade e meias-voltas, sem enfeites. 
Depois da oposição o maior grau de distanciamento entre os dois 
astros já aconteceu. A Lua recomeça a se aproximar do Sol. Até a opo-
sição, para crescer, a Lua precisava afastar-se do Sol. Após a oposição, 
ela retoma ao Sol. 
Os mesmos aspectos se repetem, mas já com uma nova visão e 
experiência. A distância entre os astros começa a diminuir. Antes, o 
aspecto é interno, depois, é externo. Antes cresce, depois recolhe. 
Portanto, embora os aspectos sejam os mesmos (quincôncios, trí-
gonos, etc.) o significado é diferente. 
Não é só a relação entre planetas que é importante (aspectos), 
mas o ciclo, o processo (fases) ao qual pertencem também é; uma vez 
que representam estágios da relação entre os planetas. 
Todos os aspectos antes da oposição têm uma característica de 
semeadura, são mais pessoais. Depois da oposição tomam-se mais so-
ciais, com a característica de colheita. A oposição representa a fase pi-
vot de todo relacionamento. Aí a vida da pessoa passará por algumas 
ameaças, a não ser que haja uma reorientação de vida. Ou seja, largar 
totalmente o passado, mudar o nível de sua vida. Para isso, a objetivi-
dade e o descompromisso com as idéias anteriores são fundamentais. 
34 
o aspecto de oposição certaménte provoca o amadurecimento da 
pessoa através dos planetas envolvidos. Ela nasceu num momento cul-
minante do desenvolvimento das funções dos astros envolvidos. 
As oposições mais difíceis de um mapa são as que acontecem en-
tre planetas cujas funções são complementares, isto é, funcionam em 
par, como Sol e Lua, Vênus e Marte, Mercúrio e Júpiter, Júpiter e Sa-
turno, Saturno e Urano. 
Geralmente esses planetas agem subreptícia e compulsivamente 
no meio familiar ao qual a pessoa pertence. São os conflitos, os con-
trastes, as confrontações e antagonismos que poderão influir psicologi-
camente nas pessoas. 
Trazer à luz esses contrastes pôde evitar muita neurose. A insatis-
fação, por exemplo, gera energia; é a fricção que leva à criação, ao 
fogo. 
Como a oposição é um aspecto de luz, faz-se necessária essa con-
frontação - e até mesmo buscá-la - para ver claramente o que está por 
trás de todo o problema. Algumas vezes o problemaestoura em suas 
mãos, mas é uma oportunidade para ser resolvido. A solução não está 
no exterior, não adiantam técnicas. A solução está na confrontação in-
terna. 
O 22 Quincôncio (1502 de distância entre os dois planetas, ou 
2102 a partir de um ponto 02), impulsiona a uma necessidade de mu-
dança dos hábitos adquiridos no passado, a fim de que ocorra o preen-
chimento pessoal. Tem-se que fazer alguma coisa na vida, impossível 
ficar parado. Não fale, faça! 
Caso contrário, a pessoa acaba por tomar atitudes compensatórias 
por SUas falhas na vida. 
~É preciso experimentar, sem maiores preocupações de certo ou er-
rado e outras dualidades. A dualidade acabou na oposição. As coisas 
são o que são e não o que você gostaria que fosse. 
A 2! Sesquiquadratura (1352) provoca uma ameaça no ambien-
te, em face do conhecimento; ou seja, a inteligência ameaça, o fato de 
você ter aprendido uma coisa faz com que você possa divulgá-la. Para 
algumas pessoas disseminar, propagar, pode ser uma ameaça. 
35 
É um aspecto de comunicação, de ensino, de passar adiante uma 
mensagem, anunciar ou fofocar. Dá, também, um certo fanatismo e 
apego às suas próprias idéias. Por isso é importante que a pessoa veja 
que nem todos são iguais ou pensam como ela. Uma certa luta quase 
sempre aparece neste aspecto. S6 que agora a luta é para que haja en-
tendimento de idéias, maior abertura de visão. 
o 22 Trígono (120Ç? de distância, ou 240Ç? a partir do ponto OÇ?) já 
mostra uma pessoa mais compreensiva, o relacionamento dentro de si 
pr6pria é mais tranqüilo e filos6fico. Aparecem oportunidades que- au-
mentam a sua compreensão e podem ser conscientemente direcionadas 
e aplicadas. A pessoa tem criatividade suficiente para buscar aquilo 
que ela acredita. Há uma certa suavidade que em alguns casos pode le-
var ao tédio, a viver flutuando acima das complicações, a deixar-se le-
var pelos outros, a fugir dos problemas. Por outro lado, pode transfor-
mar a sua vida fazendo alguma coisa para os outros, até mesmo trans-
fonnando-os também, porque tem certeza de suas pr6prias convicções. 
A 2!! Quadratura (90Ç?, ou 270Ç? a partir do ponto- OÇ?), também 
indica crises na vida da pessoa. Desta vez são crises originadas pela 
realização de valores, de ideais, são crises de consciência, de entendi-
mento, mentais. 
Qualquer coisa que o indivíduo venha trazendo e que continua a 
atrasar o seu crescimento precisa ser deixada defmitivamente para trás. 
Não há lugar para dogmas e padrões antigos. A característica pode ser 
de destruição, uma vez que a vida inteira da pessoa terá que ser ques-
tionada, se quiser evoluir. 
Pode haver uma certa quietude externa, porque as mudanças estão 
ocorrendo internamente, às vezes de uma forma dramática e intensa. A 
pessoa pode levar quase que toda a vida mostrando um certo compor-
tamento e de repente aparecer diferente, em contradição à vida anterior. 
Fez uma mudança na direção de sua vida e até poderá parecer hip6cri-
ta. 
o lado ideal dessa quadratura é buscar o futuro e desapegar-se do 
passado, a renovação. 
36 
o 22 Sêxtil (602) é o lado positivo e construtivo daqueles que fi-
zeram a renovação. Ou seja, é uma pessoa que sabe reorganizar sua vi-
da, que tem criatividade para arranjar os destroços que encontra a fim 
de investir em novas possibilidades ou de evocar essas novas chances. 
As alterações de vida provavelmente serão feitas por mudanças de 
método graduais, sem impulsos súbitos. Percebe o que pode ser útil ou 
que agrada e por isso, quando altera alguma coisa nãQ causa impacto 
ou antagonismo. 
A 2! Semiquadratura (452) traz um comichão para novas pers-
pectivas de futuro. Todavia, o futuro que almeja quase sempre não tem 
nada a ver com que os outros esperariam dessa pessoa. Ela vê o futuro 
de uma maneira muito pessoal e subjetiva, muito intensa e peculiar-
mente. Isso pode fazer com que desperdice qualidades e talentos que 
mostrou no infância ou na adolescência. O ambiente que freqüenta po-
de ficar hostil ou pouco receptivo ao comportamento dessa pessoa, não 
acreditando nos seus objetivos. 
Portanto, a pessoa deve tomar-se eficiente na vida exterior, en-
quanto que internamente permanece concentrada em suas idéias. Parece 
que, embora lute por suas idéias, porque percebe que serão úteis no 
futuro, dificilmente chegará a ver o resultado delas. É aquele que se-
meia mas não está presente na hora da colheita. 
O semi-Sêxtil (302) antes de chegar à Lua Nova, indica a pessoa 
que nasceu enquanto a Lua estava caminhando para a completa escuri-
dão (o que ocorre geralmente 3 dias depois). Por isso, representa 
aquele que não cumprirá as expectativas da fanu1ia, tanto num sentido 
positivo como no negativo. Geralmente isso acontece porque, num 
momento crucial da vida, a pessoa percebe que não teve condições ne-
cessárias no passado que lhe permitissem enfrentar adequadamente as 
ameaças que, de repente, a vida está lhe trazendo. Por isso, para se 
adequar às exigências da vida e a fim de progredir, a pessoa precisa 
deixar inteiramente para trás tudo que acumulou do passado e partir, 
nu, para o futuro. Então, é como se a pessoa tivesse que viver o futuro 
no presente, o que a toma deslocada ou incompreendida. Ela sente que 
37 
o momento presente não existe mais, é uma ilusão, e começa a viver 
mais adiante. Só que os outros ainda estão no presente e ela já se afas-
tou. A pessoa tem visão. Mas isso, geralmente, não lhe ajudá, até cria 
problemas. 
No momento em que se decide a largar os antigos condiciona-
mentos, há um certo alívio, as coisas começam a clarear e muitos impe-
dimentos desaparecem ou diminuem - se a pessoa estiver segura de si. 
Outras vezes, as demais pessoas poderão achá-la contraditória. Em ou-
tras ocasiões as mudanças não poderão ser feitas externamente, mas 
têm que ser feitas internamente. 
E chega-se à outra conjunção, quando a Lua se aproxima bastante 
do Sol. Neste caso, a pessoa provavelmente só será apreciada e reco-
nhecida pelos outros quando já não estiver mais presente. É o "martir" 
ou o "projetor". É a busca interior, que para muitas pessoas pode ser 
considerada uma forma de anarquia. 
Parece-lhe que o futuro, uma nova vida, vai logo despontar; pre-
para-se então para esse novo, que no entanto não chega imediatamente 
- enquanto isso vive uma espécie de sacrifício. A pessoa nasceu num 
final de ciclo, mas ainda não lhe mostraram as condições do novo ci-
clo. É como alguém que já não tem mais casa, embora tenha lembran-
ças da antiga casa, e vai em busca da nova casa que "sabe" que vai 
encontrar, mas ainda não apareceu. É como você estar vivo e ter uma 
visão do outro mundo: só que você ainda está aqui e tem que viver 
aqui; mas depois que você viu o outro mundo, não se adapta mais a 
este. O ego tem que se sacrificar para que a visão permaneça. Seus 
valores tomaram-se valores transpessoais. 
Na página seguinte o gráfico das diversas fases do relaciona-
mento Sol e Lua: 
São dezesseis etapas nas fases da lua. Essas fases podem ser es-
tudadas no mapa pessoal, dentro da relação Sol e Lua, como entre 
qualquer par de planetas como, por exemplo, Vênus e Marte. 
O planeta IlUIis lento é o ponto de referência, fazendo o papel do 
Sol, e o mais rápido é o que forma a fase, como se fosse a Lua. Assim, 
Marte em 15 graus de Áries e Vênus em 15 graus de Câncer, está na 
38 
fase crescente de Vênus, isto é, na I!! quadratura. Se Vênus estivesse 
em 15 graus de Capricórnio, estaria na fase minguante, ou seja, na 2!! 
quadratura. 
Pode-se fazer um levantamento de todas as fases dos planetas do 
mapa. Essas fases também devem ser vistas na relação do planeta de 
uma pessoa com o de outra pessoa, a fIm de ter maiores esclarecimen-
tos sobre como aquelas energias atuarão na convivência mlÍtua. 
Por exemplo, se o Marte de uma pessoa estiver em 28 graus de 
Gêmeos e a Vênus da outra pessoa estiver em 28 graus de Leão, ambas 
viverão uma situação de um 12sêxtil, ou seja, produtividade na relação 
afetiva-sexual (Vênus e Marte), desde que elas se decidam a isso. 
39 
Se o Mercúrio de uma pessoa está em 13 graus de Câncer e a Lua 
da outra pessoa estiver em 13 graus de Áries, ambas viverão uma situa-
ção de 2!! quadratura, ou seja, na comunicação-emocional (Mercúrio e 
Lua). Quando uma dessas pessoas desejar se comunicar (Mercúrio), a 
outra precisa deixar para trás os seus hábitos e condicionamentos 
(Lua). 
Vistos desta forma, os planetas, tanto no mapa .pessoal como nos 
relacionamentos, ganharão novas dimensões, levando a uma maior 
compreensão. Voltaremos mais tarde a desenvolver esse assunto, quan-
do falarmos dos aspectos da Sinastria. 
c) SOL E LUA NOS SIGNOS 
Já se viu a importância desses dois astros na vida de uma pessoa. 
Conseqüentemente, os signos onde eles estarão colocados influenciarão 
decisivamente em qualquer tipo de relacionamento. 
Se o Sol expressa o prop6sito de vida da pessoa, a manifestação 
da sua vontade, a vitalidade (ou seja, o brilho interior), o sucesso ou 
fracasso da pessoa, o signo em que ele estiver direcionará a vida da 
pessoa, carregando todo o mapa com ele. 
Quanto mais se aprender sobre o significado dos signos, melhor 
para a compreensão do mapa. Todos os planetas dependerão do signo 
onde estiverem, pois sua expressão estará sujeita ao comportamento 
e temperamento desse signo. 
Se a Lua representa os condicionamentos familiares, as carências 
emocionais, a necessidade de sentir-se protegido, o comportamento 
instintivo de defesa (que às vezes pode ser de agressão); se o estado 
emocional é capaz de influir diretamente no direcionamento de vida da 
pessoa, certamente o signo em que ela estiver será o "tennômetro emo-
cional" de todo o mapa. 
O Sol mostra uma urgência, a Lua uma compulsão. O Sol é o ca-
minho a ser seguido nesta vida, a Lua é o sentimento que está por trás 
desse caminho. Ccnseqüenteme~te, o signo onde a Lua está torna-se 
mais vulnerável do que se qualquer outro planeta estivesse ali. A rea-
ção da Lua aparecerá sempre antes da expressão do Sol. 
40 
Por exemplo, uma pessoa com Sol em Gêmeos poderá sentir-se 
mais à vontade em qualquer situação em que seja necessária a comuni-
cação, despreocupando-se, inclusive, em ·afirmar a sua inteligência 
(salvo se outros aspectos contradit6rios do mapa causarem interferên-
cia). 
Já a pessoa com Lua em Gêmeos terá mais necessidade de falar 
ou de mostrar a sua inteligência, procurando mostrar que está bem in-
formada. Isso,não será nem tão fácil nem tão natural como para a pes-
soa que tem Sol em Gêmeos. 
Além disso, a primeira reação da Lua em Gêmeos, ainda que a 
pessoa tenha um Sol em signo silencioso, como por exemplo, Escor-
pião, será de se comunicar. Mais depressa morre uma pessoa de Lua em 
Gêmeos impedida de se comunicar do que de Sol em Gêmeos, na mes-
ma situação. 
* 
A seguir algumas características dos signos, lembrando que se o 
Sol estiver num signo, mostrará a influência da figura paterna, ou 
aquele que lhe representa - como um avô, e que se a Lua estiver num 
signo, mostrará a influência da figura materna, ou daquela que fizer es-
se papel - como uma av6, por exemplo. 
É bom frisar que nos mapas de homossexuais masculinos e femi-
ninos, Sol e Lua continuarão representando os princípios masculino e 
feminino. Assim, se no mapa do homem a Lua representa o que ele es-
pera da sua companheira, como esposa, ou mãe, no mapa de um ho-
mossexual masculino, a Lua continuará representando a complementa-
ção feminina e procuradá em outro homem. 
Da mesma forma,. se no mapa da mulher o Sol representa o mari-
do que ela busca, ou o que ela projeta no homem, no mapa de uma ho-
mossexual feminina, o Sol continuará representando o que ela buscará 
em outra mulher para lhe completar. 
Algumas características dos signos: 
41 
ÁRIES 
Necessidade de movimento, de auto-afinnação e independência. 
Impaciência e teimosia, precisa competir e variar de situação. Não ad-
mite derrota. Impulsivo e agressivo, dificuldade em cooperar. Não 
gosta que fiquem dependentes de si ou que lhe solicitem demais, quer 
ser obedecido. Dificuldade em tenninar o que começa, desinteressa-se 
se não é constantemente estimulado. Geralmente havia ambiente de 
agressividade e pressa na farm1ia. Ardente, inquieto, não se acomoda 
facilmente. Espontâneo, mesmo desconsiderando os outros, centrado 
em si, enérgico e entusiasta. Confiante, ditatorial, não ouve advertên-
cias ou conselhos. Turbulento e violento, passa por cima de quem lhe 
atrapalha. Capacidade de iniciativa e decisão, coragem. Procura novos 
estímulos. 
TOURO 
Necessida~ de segurança material, conforto e estabilidade; de-
tenninação. Apegado, possessivo, ciumento. Gosta de acumular coisas, 
protege aquilo ou aqueles de quem gosta. Contente com o ambiente 
familiar, procura segurança doméstica e investe em imóveis e na famí-
lia. Busca coisas e situações sólidas. Aprecia a natureza, faz as coisas 
crescerem. Senso comum, prático, finne, simples. Desconfortável com 
pessoas ou situações complicadas. Busca prazeres sensuais, como as 
relações sexuais ou comer. Resiste a mudanças, não se ajusta com faci-
lidade às alterações de vida, precisa "mastigar" um pouco antes de de-
cidir. Calmo, mas pode explodir quando sente sua segurança, ou a de 
quem aprecia, ameaçada. Produtivo. Forte ligação com a mãe ou a fa-
mília. Lento e obstinado, desconfiado, precisa ter provas e garantias. 
Confiável e tenaz. Precisa ter precedentes e sentir-se seguro. Custa a 
decidir, mas depois nada o faz parar. Conservador. Não faz mais de 
uma coisa ao mesmo tempo, Realista, tem dificuldade com abstrações. 
Respeitador. Quer o concreto, o visível. Reservado. Precisa de am-
biente confortável e que preencha suas necessidades básicas para co-
meçar. Trata as pessoas de quem gosta como propriedade sua. 
42 
GÊMEOS 
Curioso, precisa falar ou comunicar-se de alguma fonna; inquieto, 
mexe constantemente com os olhos ou com o corpo. Capaz de fazer ou 
interessar-se por várias coisas ou pessoas ao mesmo tempo. Aprende 
vendo e tirando suas conclusões, precisa sentir-se solto. Inseguro com 
emoções, precisa de estimulação mental senão se desinteressa. Bom 
humor. Gosta de contar estórias. Racionaliza aquilo que não entende. 
Quer explicações. Esperto, vivo, versátil. Precisa fazer contatos com 
outras pessoas, inteirar-se dos assuntos de fora, saber das novidades. 
Inquisitivo, argumentador, pode "colorir" suas informações. Superfi-
cial ou científico. Não fica muito tempo interessado num assunto ou 
numa pessoa se não houver mais nada a aprender. Jovial, indiscreto na 
sua ânsia de descobrir ou de comunicar. Classifica tudo, coleciona in-
fonnações, mesmo que não saiba o que fazer com elas. Interessa-se por 
teorias, mas nem sempre chega a conclusões: precisa ter a mente em 
movimento. Ágil, rápido, nervoso, animado. Intelectual, mas não se 
concentra. Pode ser áspero e irônico. Indisciplinado. 
CÂNCER 
Sentimental, busca segurança emocional, absorvente. Ligado à 
família e ao passado, longa memória. Precisa sentir-se protegido e nu-
trido. Carências, chantagem emocional, medos imaginários do futuro. 
Sensível, defendido, resmungão. À vontade em ambiente doméstico. 
Infantil, dependente, emotivo. Sente-se bem com pessoas muito jovens 
ou muito velhas. Fortes laços com a mãe ou com quem assumiu esse 
papel. Perceptivo, entende os outros, mesmo que não aceite. Leva a sé-
rio suas emoções, decide pelo que sente. Come para se sentir seguro e 
confortado. Ansioso, vingativo, manipulador, usa as lágrimas para ter 
atenção. Instável, emotivo. Pode sugar as pessoas ~u distanciar-se de-
las. Precisa ter envolvimento emocional com as pessoas ou coisas, se-
não elas não existem. Capta impressões e reage defendendo-se. Con-
trola as pessoas, difícil de ser agradado completamente. Tiraniza, ex-
43 
pIora; cuida, alimenta, maternaliza. Pouca auto-confiança. Simpatia. 
Vulnerável ao sentimento;não se conhece realmente. Ciumento e pos-
sessivo. 
LEÃO 
Extrovertido, precisa receber atenção, sentir-se aprovado, impor-
tante e amado. Autoritário, vaidoso, orgulhoso. Quer respeito e digni-
dade. Gosta de elogios; não mostra suas fraquezas, coloca-se em redo-
ma mas mantém o ar de que tudo está bem. Narcisismo na família, os-
tentações. Alguém gostava de mandar e dava-se importância na família. 
Dramatiza, quer admiração, teatraliza para ver o efeito. Exageros. Pode 
ser brincalhão. Ouve a sua voz interior e segue-a, ou seja, segue os 
seus desejos, o mundo externo tem que se submeter aos seus objetivos. 
Déspota e generoso. Irradia luz. Luxúria. Interessado em si mesmo, 
imperioso, exagerado nas suas forças. Concentrado, organizador. Pode 
destruir, se ofendido. Mas sabe fazer as pazes. Ternura, lealdade. Am-
bicioso, senso de honra, protetor. 
VIRGEM 
Observador, de~hista, ordeiro, mostra o erro, critica. Busca a 
perfeição e a forma mais adequadas. Prático, aprende técnicas e aplica. 
Precisa sentir-se útil, tem sentimentos de culpa e se subestima. Presta-
tivo, cheio de recursos, quebra-galhos, auto-suficiente, trabalhador, rí-
gido consigo mesmo. Geralmente vem de família em que o trabalho era 
importante, ou era estimulado a fazer alguma coisa útil; ou vem de fa-
mília humilde. Flagela-se e acaba desgostando-se de si mesmo. Hipo-
condríaco, somatiza. Descarrega no trabalho, analisa os problemas a 
fim de evitar confrontá-los. Realista. Valoriza o que pode ser visto, to-
cado, cheirado, ouvido ou provado, isto é, percebido através dos cinco 
sentidos. Preservador, sensível à natureza. Capacidade de ligar coisas, 
"construir pontes". Neutro, às vezes esquece de si mesmo. Prudente, 
fastidioso, quer limpeza, mas também pode ser desleixado quando não 
se sente bem. Inventivo. 
44 
LIBRA 
Quer agradar, sentir-se aceito, dependente, transa mal a solidão. 
Faz concessões, tem sentido político e estratégico, senso de justiça e de 
equilíbrio. Indeciso, mediador, quer partilhar e cooperar. Busca apro-
vação social e apoio, usa as pessoas, seduz. Sente-se ameaçado com 
conflitos e dissenções e pode fingir que está tudo bem. Sociável e sim-
pático, mesmo contra a vontade. Beleza e refinamento, senso artístico, 
capaz de sutilezas. É possível que tenha sido usado pela família para 
trazer paz e harmonia entre os pais ou para provocar um casamento. 
Dificuldade de decidir e escolher, mas a vida sempre o coloca ante si-
tuação de escolha. Senso político, sabe ficar em cima do muro, difícil 
de dizer "não". Gosta de se relacionar e de unir as pessoas, vê outros 
pontos de vista, concilia e avalia. Interesse em decoração, na harmonia 
do ambiente. Diplomacia, cordialidade aparente, porque não mudou sua 
opinião. Quando não tem opinião, vai com a corrente do momento, 
mantém a máscara social. 
ESCORPIÃO 
Reservado, passional, controlado, vingativo. Transforma e modi-
fica coisas ou pessoas; depois de um certo tempo nada permanece o 
mesmo por onde passa. Gosta de desafios e provocações, é guerreiro e 
psic610go nato. M6rbido, tenso, tem dificuldade em relaxar, não cede, 
resiste. Capacidade de regeneração. Coloca-se altos padrões ou vai 
muito baixo. Ressentimentos familiares escondiam-lhe coisas e passa 
também a esconder. Fascínio pelo oculto, secreto. Interroga porque não 
admite desconhecer. Medo ou interesse pela morte e coisas relaciona-
das a ela como, por exemplo, o processo de reencarnação. Poderoso 
dentro de suas repressões, nega-se, machuca-se, entra em situações pe-
rigosas ou complicadas. Incompreendido, prefere alienar-se. Não tolera 
exigências sobre si, faz o que quer, geralmente prejudicando-se. Sente-
se s6, busca companhia, mas não se entrega. ~gura. Manipula, não 
quer ser rejeitado, tira a espontaneidade dos outros, venenoso. Calado 
45 
sobre si. Busca intensidade, vence obstáculos, leal, anti-social. Julga 
conforme o que sente, não se apressa, não expressa os sentimentos 
abertamente. Frieza aparente, mas sangue-frio ao enfrentar problemas. 
Agressão para esconder insegurança. Ambicioso, analista e crítico. 
Persistente, atitude de tudo ou nada. Desconfiado, espírito de detetive, 
fecha-se completamente quando está inseguro ou quando não aceita 
uma situação. Defensivo emocionalmente. 
SAGITÁRIO 
Aventureiro, busca aquilo que está longe e não vê o que está 
perto. Descuidado, desastrado, extrovertido, acredita em milagres, en-
tusiasta. Precisa de liberdade, faz julgamentos nem sempre corretos 
porque é apressado e não vê detalhes. Exagera, inventa, mas detesta 
mentiras. Companheirismo independente. Faça o que digo, mas não fa-
ça o que faço. Prega, moraliza, doutrina. Precisa transmitir, anunciar, 
publicar. Otimista, não ouve os outros, aprende com as situações. Não 
enfrenta emoções: intelectualiza, filosofa. Acha que tudo se ajeita, de-
fende-se com o humor. Pode ser dogmático, fanático e punitivo. Tem 
suas convicções. Interessado no mundo exterior, precisa ter uma dire-
ção para não se perder. Caprichoso, precisa de movimento e mudanças, 
não agüenta rotina. Intuição, sempre disposto a procurar um novo ca-
minho, predisposição ao avanço. Gosta de viajar, de conhecer novos 
povos e culturas. Coloca-se grandes metas e ideais, ainda que a situa-
ção esteja em sua desvantagem. Não acredita em fracasso. Culto, reli-
gioso, ético, metafísico, quer explorar os limites, ir mais além, compre-
ender, ver o significado. Preocupa-se mais consigo mesmo. Precisa de 
novos estÚDulos. 
CAPRICÓRNIO 
Cauteloso, contido, autoritário, frio. Primeiro os deveres e as 
obrigações. Responsável, consciente dos limites. Respeitável, ambicio-
so, quer ser reconhecido, ter estabilidade. Leva tudo a sério, discipli-
nado. Procura subir na vida, esforça-se, preocupa-se com sua repu-
46 
tação. Altos padrões de perfeccionismo, exigente, rígido, não quer er-
rar. Pune-se culpa-se, protege-se. Reprime suas necessidades, esparta-
no. Profissional, satisfeito quando realiza alguma coisa. Organizador, 
preocupado, apreensivo, nem sempre gosta de si. Rochedo na hora da 
crise. A família tinha outras preocupações em vez da criança, deixava 
suas necessidades de lado. Busca segurança física e trabalha para isso. 
Quer sucesso. Regras, estruturas, compromissos e controles. Determi-
nado, paciente, não se aborrece em ter que esperar pois tem a certeza 
de seu objetivo e prepara-se para isso. Competente, conservador. Usa 
os instrumentos e situações que se apresentarem, sabe tirar bom partido 
das dificuldades. Ordem, lei. Pessimismo, medo. Solitário, mas precisa 
dos outros. Competitivo, quer ser alguém e manter sua posição. Postura 
erecta ou ombros caídos pelo peso da responsabilidade ou das apreen-
sões. Toma-se distante, não permite aproximações. Quer moldar o 
mundo e as pessoas. Tradicional, moralista. 
AQUÁRIO 
Imprevisível, individualista, excêntrico, inovador. Precisa ter li-
berdade, experimentar tudo que despertar curiosidade. Mantém distân-
cia das pessoas, embora não consiga viver longe delas. Atitude amigá-
vel, não se importa com convenções sociais. Precisa de estímulo mental 
senão entedia-se fácil. Quer envolver-se como mundo, não preenche 
os padrões tradicionais, preocupa-se com a humanidade, mas não sabe 
viver a intimidade. Visão larga, mas corta suas emoções. Vê o lado 
mental. Geralmente vem de uma família instável ou inconvencional, 
sujeita a conflitos e erupções. Gosta de novidades, de tudo que é dife-
rente. Não faz nada igual aos outros, é original. Sabe tudo, não quer 
dependência emocional. Pega as coisas de repente. Dirigido pela mente 
e pela 16gica. Teorias. Pode ficar preocupado com alguma coisa du-
rante muito tempo. Quando se interessa mentalmente por uma pessoa 
ou coisa, não larga facilmente. Progressista, mas nem sempre se enten-
de. Pode ser instável ou bloquear suas emoções, quando está inseguro. 
Desliga-se, toma-se impessoal e distante. Consciente dos problemas e 
fraquezasdo ser humano. Comunicativo, admira a inteligência. 
47 
PEIXES 
Mundo da imaginação rico, pois a fantasia é melhor que a reali-
dade. Romântico, idealista, impressionável, sujeito a ilusões e decep-
ções. Não tem consciência dos limites, não sabe onde parar. Místico, 
mediúnico, susceptível a influências externas. Esponja que tudo absor-
ve; capta emoções. Sentimento de vítima, assume papel de mártir. So-
nhador, fantasia situações e soluções malucas. Mas sempre em condi-
ções de cair fora de qualquer problema; aprende a escapar para sobre-
viver de suas confusões ou das confusões dos outros. Magoa-se com 
facilidade, sensível, receptivo. Geralmente houve alguma situação con-
fusa na família, uma doença, um vício, uma situação marginal, uma vi-
da religiosa, ou algo que se queria esconder. Imita, sente o que a outra 
pessoa sente, aprende a camuflar e a disfarçar. Desligado, evasivo. 
Busca sensações diferentes, seduz, envolve os outros. Tolerante, com-
preensivo, não discrimina, engana, ilude, sacrifica-se, perdoa. Pouca 
consciência de si, falta de clareza, vê vários lados, perde-se. Passivo, 
deixa-se levar. Demora a se conhecer, sente-se estranho e atrai pessoas 
ou situações estranhas. As coisas não são muito simples. Não sabe o 
que quer. Mostra simpatia, ajuda os outros, abre mão de seus desejos. 
Dual. Mistura fantasia com a realidade e acaba sem saber como distin-
guí-Ias. Modesto, devotado, mas nunca está inteiro num lugar ou numa 
situação. Capta atmosfera do ambiente e das pessoas e fica aberto a 
qualquer influência. Pode não ter opinião própria, se muito inseguro. 
48 
NOVELA 
Meu coração adormecido 
Um dia te encontrou por aí, 
digo-te que por pouco tempo 
ficou assim dormente ainda. 
Meu coração surpreendido 
ainda hoje se espanta, 
se ri e se mostra feliz 
quando te vê pelas esquinas. 
Meu coração sonhador 
Não pensava tanta alegria 
- conhecer - sonhar - imaginar 
essas coisas inacreditáveis 
(e inaceitáveis !?) 
Meu coração em polvorosa 
já não come nem trabalha ou dorme, 
já não faz mais nada ou faz tudo errado, 
anda, coitado, com arritmia. 
Meu coração alado 
não se satisfaz longe de ti 
vestiu asas, foi ao teu encontro 
em instantes que nem percebeste. 
Todos esses corações 
andaram procurando morada 
.nesse teu coração distraído, 
e agora é que eu não sei 
se esse que tens no peito 
é o meu ou é o teu, 
porque esse que está no meu peito 
há muito que já é o teu. 
49 
III - o PERFEITO CAMINHO NÃO CONHECE DIFICULDADES 
(Os Eixos Cardiais) 
S. Paulo (1 Cor 10,13) disse que toda desgraça vem unida a al-
guma ventura e que o mal não é completamente maI. Pois Deus, com 
sua infinita bondade, não permite que um sofrimento se tome intolerá-
vel e providenciará alguma consolação que sirva de ajuda. 
* 
No início do estudo da Astrologia aprende-se que linhas verme-
lhas no mapa representam dificuldades e linhas azuis são as facilidades. 
Todos os mapas astrol6gicos têm suas linhas vermelhas e azuis. 
No começo os estudantes contam as linhas para saber se têm mais ver-
melhas ou azuis. Quantidade não quer dizer nada. 
A pr6pria divisão do mapa astrol6gico, embora não desenhada 
com linhas vermelhas, representa "simbolicamente" linhas vermelhas. 
Ou seja: as linhas dos eixos ASC-DESC e MC-FC. 
O ASC (Ascendente) sempre está em oposição ao DESC (Des-
cendente) e algumas vezes em quadratura ao MC-FC. Por sua vez, o 
MC (Meio-Céu) sempre está em oposição ao FC (Fundo do Céu). 
São as primeiras tensões e conflitos que encontramos em nossas 
vidas, as primeiras dificuldades. Quando conseguimos equilibrá-las, 
temos mais condições de enfrentar os problemas naturais dos relacio-
namentos - que também estão ligados a essas linhas, ou seja, aos pon-
tos magnéticos dos eixos ASC-DESC, MC-FC. 
É importante conhecer a motivação do ASC das pessoas que estão 
envolvidas em qualquer tipo de relacionamento. 
Porque o ASC mostra como a pessoa age e se projeta no mundo, 
como ela se mostra aos outros, a sua aparência - o que finge ser, a 
máscara. O ASC é o que aparece à primeira vista para defender o Sol. 
É a "roupa" que se usa 24 horas por dia, a qual s6 se tira nos momen-
tos mais íntimos. Nesses momentos aparece o Sol. 
50 
o ASC representa as condições de infância e as decisões escolhi-
das para enfrentar essas condições. É um comportamento de sobrevi-
vência, a habilidade de se enfrentar o mundo, a característica marcante 
que surge quando a pessoa toma uma atitude, inicia alguma coisa, apre-
senta-se ante um desafio. É a impressão imediata que causa - conse-
qüentemente tem a ver com o corpo físico. 
O Sol é o que, realmente, a pessoa é. Geralmente, quando se tem 
insegurança do Sol, o ASC aparece como mecanismo de defesa ou de 
ataque, é a proteção básica de cada um. 
Muitas vezes o ASC é um problema para a pessoa, porque não é a 
realidade dela, mas tem que ser o papel, o "script" da pessoa durante a 
vida, cabendo-lhe o aperfeiçoamento constante. 
O signo que aparece no ASC, muitas vezes é mais espontâneo, 
mais representativo de suas características básicas do que quando apa-
rece num Sol. Por ex., o ASC Gêmeos pode ser "mais Gêmeos" do que 
o Sol em Gêmeos. Para começar, a posição de Mercúrio e Vênus camu-
flam o Sol. Sol em Gêmeos e Mercúrio em Touro, pode fazer a pessoa 
parecer taurina. Se Vênus estiver em Câncer, a "personalidade" Gê-
meos já se dilui mais. Entretanto o ASC, como ponto de concentração 
de energias e como característica a ser desenvolvida e aperfeiçoada -
se a pessoa quer, decididamente, abrir seu caminho no mundo - tem 
que se mostrar no mundo com toda a força do seu impacto para en-
frentar os obstáculos à sobrevivência que, em princípio, são: 
Os inimigos e concorrentes - DESC. 
A sociedade que lhe impõe um modelo - MC. 
A família, muitas vezes com excesso de proteção, muitas vezes 
com subestima - Pc. 
Quando o Sol tem problemas de afirmação, o ASC toma a frente. 
Às vezes podem surgir problemas psicol6gicos (principalmente nos 
primeiros anos de vida, porque depois se acostuma - é impressionante 
como a humanidade se acostuma a tudo), porque a criança descobre 
que não pode ser o que ela quer (Sol) mas o que os outros esperam que 
ela seja (ASC). 
51 
Então, não só o ambiente doméstico, mas também as expectativas 
dos pais influem no signo e aspectos do ASC. 
Se o eixo ASCIDESC indica uma oposição, o Eu e o Outro, estão 
em oposição constante entre si. Complementam-se e confrontam-se. O 
companheiro ou o inimigo. 
Quantas vezes as pessoas se casam ou se associam e de repente 
sentem que estão ligadas a um concorrente, a uma pessoa que lhes é 
completamente antagônica? Uma vez perguntei a um aluno: 
- Qual é a característica que o incomoda mais numa pessoa? 
- Ficar dando voltas, não ir direto ao assunto, fugir, esconder-se. 
Ser pegajosa, tirar minha liberdade, querer me sugar - respondeu. 
- E qual é a característica que você aprecia mais numa pessoa; 
- Deixar-me à vontade, tranqüilo, como se ela tivesse bastante 
f'anúliaridade comigo e percebesse o que me deixa satisfeito e seguro. 
- Qual é o signo do seu DESC? - perguntei. 
- Câncer. 
Se todos nós observarmos o nosso DESC, incluindo os planetas 
que estão na casa 7 e os aspectos que o regente dessa casa faz, ficaría-
mos surpreendidos com os defeitos e as qualidades do parceiro que 
procuramos. 
Quer dizer que, ao nos relacionarmos, estamos procurando confu-
são. Bem, quem não quer confusão que fique em casa, ou seja: fique na 
sua concha protetora. 
Porque relacionar é um movimento centrífugo, leva a pessoa para 
fora, para o mundo, para o desafio. 
Algumas pessoas relacionam-se em diferentes níveis: um se colo-
ca acima, outro embaixo, como qualquer relação em que a autoridade é 
o ponto básico forte. Não é só uma relação de patrão para empregado 
ou de pai para filho que é uma relação de autoridade. Muitos casa-
mentos ou associações também podem ser vivenciados dessa forma,

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