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RESUMO DE BET – PROVA II TECIDO ADIPOSO · O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo com predominância de células do tipo adipócito, as quais representam o maior depósito de energia do corpo, na forma de triglicerídeos. · É responsável pela modelagem da superfície do corpo, promovendo a proteção contra choques físicos. Contribuí também para o isolamento térmico do organismo. · Pode se apresentar em duas formas: · Tecido Adiposo Comum (amarelo/unilocular): cujas células, quando completamente desenvolvidas, contêm apenas uma gotícula de gordura. · Tecido Adiposo Pardo (marrom/multilocular): formado por células que contêm numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias. · Praticamente todo o tecido adiposo presente no ser humano adulto é do tipo comum, variando de localização e quantidade com o sexo, idade, etc. · O tecido adiposo pardo é encontrado nos humanos em quantidades relevantes quando estes são recém nascidos, mas com o passar do tempo, sua quantidade relativa não aumenta. Animais que hibernam possuem este tipo de gordura, já que sua principal função é manter calor. TECIDO CARTILAGINOSO · Uma forma especializada de tecido conjuntivo com consistência rígida, com funções de suporte de tecidos moles, revestimento de superfícies articuladas, facilita os deslizamentos e é essencial na formação e crescimento dos ossos longos. · Apresenta células (condrócitos e condroblastos) e abundante material intercelular, formando a matriz. As cavidades na matriz ocupadas pelas células (condrócitos) são denominadas lacunas, que podem conter uma ou mais células. · A matriz é composta por colágeno ou colágeno associado com elastina, além de macromoléculas de proteoglicanas. Como colágeno e elastina são flexíveis, a rigidez da cartilagem provem das interações entre as proteoglicanas e o colágeno, além da grande quantidade de moléculas de água (água de solvatação) presas as proteoglicanas. · O tecido cartilaginoso não possuí vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente, o pericôndrio, ou através do liquido sinovial das cavidades articulares. O tecido cartilaginoso é desprovido de vasos linfáticos e de nervos, com metabolismo baixo. · O tecido cartilaginoso pode ser dividido em três categorias: · Cartilagem Hialina: mais comumente encontrada, cuja matriz possuí delicadas fibrilas constituídas principalmente de colágeno tipo II. · Cartilagem Elástica: possuí poucas fibrilas de colágeno e abundantes fibras de elastina. · Cartilagem Fibrosa: apresenta matriz constituída majoritariamente por fibras de colágeno tipo I. · A cartilagem Hialina é a mais comumente encontrada no corpo humano. Forma o primeiro esqueleto do embrião, sendo posteriormente substituída pelo esqueleto ósseo. Está presente na extremidade de ossos longos, formando o disco epifisário, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão. · As células responsáveis por renovar o colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas associadas a matriz da cartilagem são os condrócitos, que se localizam distribuídos pela cartilagem dentro das lacunas. · Quando estão localizados na periferia do tecido cartilaginoso, são denominados condroblastos, com aparência fusiforme. · A nutrição da cartilagem se dá devido ao pericôndrio, uma camada de tecido conjuntivo que acompanha o tecido cartilaginoso, também fornecendo novas células para a cartilagem. · A regeneração do tecido cartilaginoso é ruim. No caso de uma lesão, a recuperação se dá devido ao pericôndrio, que fornece novos condrócitos. Por vezes, o pericôndrio dá origem a tecido conjuntivo que forma uma cicatriz. · A cartilagem elástica é encontrada na epiglote, laringe e no sistema auditivo (ouvido). É semelhante a hialina, mas apresenta além de colágeno I, fibras elásticas. · A cartilagem fibrosa consiste em uma mistura de tecido conjuntivo denso com tecido cartilaginoso, sendo encontrado nos discos intervertebrais, no ponto de encontro de certos tendões e ligamentos com o osso, e na sínfise pubiana. TECIDO ÓSSEO · É um dos mais resistentes e rígidos tecidos do corpo humano, sendo o constituinte principal do esqueleto. Proporciona suporte e proteção para os órgãos e estruturas moles do organismo. Abriga e protege a medula óssea, que forma as células sanguíneas. Serve, ainda, como apoio para os músculos esqueléticos, convertendo suas contrações em movimentos úteis. · Além dessas funções, os ósseos representam um depósito de cálcio, fosfato e outros íons. · É um tipo especializado de tecido conjuntivo, com composição especial na forma de: · Matriz óssea: material intercelular calcificado; · Osteócitos: células que residem no interior de cavidades (lacunas) no interior da matriz; · Osteoblastos: células que produzem a parte orgânica da matriz; e · Osteoclastos: células gigantes e móveis multinucleados que promovem a reabsorção e remodelação dos ossos. · Os osteócitos se comunicam com outros por meio de canalículos. Nestes, prolongamentos das células estabelecem contatos através de junções comunicantes que permitem a passagem de íons e pequenas moléculas, como hormônios que controlam o crescimento dos ossos. · Os osteoblastos são as células responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz. Localizam-se fora da matriz óssea, em arranjo que assemelha-se a um epitélio simples. Quando passa a ser envolvido pela matriz, passa a ser denominado osteócito. · A matriz óssea recém-formada adjacente a osteoblastos ativos que ainda não foi calcificada, recebe o nome de osteóide. · Os osteoclastos são células gigantes que resultam da fusão de monócitos, podendo apresentar de seis a mais de 50 núcleos. Sua principal função é destruir o tecido ósseo. · Inseridos nos ossos adultos, encontram-se os canais de Havers, que são estruturas cilíndricas ocas por onde passam vasos e nervos. Perpendiculares a estes, são encontrados os canais de Volkman, que conectam os canais de Havers. · Os ossos podem se formar sobre moldes de cartilagem, seguindo os passos a seguir: 1. Rápida divisão celular e organização das células cartilaginosas em fileiras; 2. Hipertrofia das células cartilaginosas remanescentes; 3. Apoptose das células cartilaginosas; 4. Penetração de capilares sanguíneos transportando células osteoprogenitoras; 5. Mineralização do tecido cartilaginoso remanescente; 6. Produção do tecido ósseo. · Esse processo é denominado crescimento endocondral. · Além desse, ossos largos crescem através do crescimento intramembranoso. · Os ossos podem ser: · Compactos: corresponde a porção externa do osso, em que não se observam numerosas cavidades; · Esponjosos: apresenta um conjunto de pequenas e finas traves ósseas, formando um emaranhado que em muitos lembram uma esponja. No interior dos espaços encontramos a medula óssea vermelha. TECIDO MUSCULAR · Responsável pelos movimentos corporais. É constituído por células alongadas com grandes filamentos citoplasmáticos responsáveis pela contração. · Pode ser dividido em três categorias: · Músculo Liso (M.L.): formado por aglomerados de células fusiformes que não possuem estrias transversais. É responsável pelos movimentos de contração involuntária do corpo, presente no sistema gastrointestinal, vasos sanguíneos, útero, etc. · Músculo Estriado Esquelético (M.E.E): formado por conjuntos de células cilíndricas longas e multinucleares que apresentam estriações transversais. Promove contrações rápidas, vigorosas e sujeitas ao controle voluntário. · Músculo Estriado Cardíaco (M.E.C.): formado por células alongadas ramificadas que se unem umas as outras por intermédio dos discos intercalares, também apresentando estrias transversais. Apresentam contração involuntária, vigorosa e rítmica. · Como as células musculares são muito diferentes morfologicamente, seus componentes recebem nomes distintos: · A membrana é denominada sarcolema. · O citoplasma é denominado sarcoplasma. · O reticulo endoplasmático é denominado reticulo sarcoplasmático. · As mitocôndrias são denominadas sarcosomas. · A contração muscular se da pela interação de enzimasdo tipo ATPases (miosina) com os filamentos do citoesqueleto (actina), encurtando a distância entre os extremos celulares. A contração do músculo depende diretamente da presença de cálcio. · O M.L. não se comporta como os demais. Sua contração resulta da torção das células sobre elas mesmas. · Entre as células do M.E.C., encontram-se os discos intercalares, característicos do tecido. · A regeneração do M.L. é boa, com rápida reparação devido a divisão celular. Já o M.E.E. tem regeneração ruim, necessitando e mais tempo para que novos sarcomeros se formem. O M.E.C., por fim, não tem regeneração. Em caso de dano ao tecido, as células são substituídas por tecido conjuntivo na forma de cicatrizes.
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