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Foi um período da nossa história em que o plantio cafeeiro no sudeste brasileiro, foi a principal atividade econômica do nosso país, sobretudo, a grande e fértil área de cultivo, o que acabou permitindo ao país controlar quase toda a oferta de café no mercado mundial, regulando os preços, através de um mecanismo de quartel e ganhando lucros de grandes proporções. Esse ciclo foi introduzido no período colonial. Em 1808, se inicia o Período Joanino, onde a demanda pelo café começou a crescer com a chegada de boa parte burocrática portuguesa. Então, depois disso, o café começou a ser plantado com âmbito comercial internacional. Enquanto os EUA estavam tendo a Guerra da Independência, eles se tornaram os maiores consumidores de café, por que eles estavam substituindo o chá que vinha da Inglaterra. A independência do Brasil, que ocorre em 1822, fez com que as plantações se espalhassem pelo sudeste do país, com enormes latifúndios, onde, São Paulo acabou se destacando na produção cafeeira. Com o a produção em larga escala, os cafeicultores se articularam e passaram a regular a oferta mundial de café, de modo que pudessem elevar os preços até o valor que eles desejavam, e assim, vendiam os grãos e ganhavam lucros maiores. O que foi predominante, foram as grandes fazendas de monocultura, que eram características da economia colonial. A cafeicultura aos poucos foi se expandindo e em pouco tempo atingiram índices os índices de maior exportador do produto, já que nós chegamos a exportar mais de 50% do consumo mundial. Esse ciclo já sofreu duas quedas, que ocorreram nas primeiras décadas de XX, que foram consequências das crises internacionais. Esse ciclo sofreu com a carência da mão de obra. Esse sistema parecia com os primeiros colonos imigrantes que fracassaram. A partir de 1870, com o trabalho assalariado e a imigração que foi paga pelo poder público, o novo sistema foi a solução para a lavoura paulista. Em 1888, tivemos a abolição da escravidão, que gerou grandes crises nas zonas cafeeiras mais antigas. Exerceu a importante atividade na nossa economia. Transformou a região Sudeste na principal produtora de café e fez com que a região atingisse a categoria de principal centro econômico e político do Brasil. Os lucros que foram obtidos ajudavam no desenvolvimento industrial e urbano do Sudeste. Construção de algumas ferrovias, que tinham o objetivo de promover o escoamento dos grãos de café para o Porto de Santos. Os lucros e os bons rendimentos foram muito importantes para a industrialização nacional. Passou por uma carência séria. A partir de 1870, as lavouras que tinha no território paulista, conseguiram obter uma solução permanente. Isso só aconteceu, com a chegada dos imigrantes aqui no Brasil, que concordaram em trabalhar em condições assalariadas. A imigração foi bancada pelo Poder Público. Entre 1820 e 1990, a oferta do café brasileiro cresceu muito e embora a demanda mundial tenha um crescimento menor, o controle da oferta e centralização da economia cafeeira conseguiram acomodar a nova produção e manter taxas similares de lucro e como consequência, o padrão de vida e o poder politico que a nossa elite tinha. O crescimento da demanda cafeeira era dependente em grande parte do crescimento populacional dos países consumidores. A taxa de crescimento dos países europeus diminuiu no final do século XIX, e a oferta brasileira não diminuía seu ritmo de crescimento, o que acabou por causar uma desvalorização gradual do café, a partir da primeira crise, que aconteceu em 1893. Anteciparam mais um crescimento baixíssimo da demanda e a colheita da maior safra de café que já foi produzida. Em 1906, os presidentes do RJ, MG e SP, se reuniram para discutir medidas contra a desvalorização. A partir dessa reunião, surge o Convênio de Taubaté, que estipulava as seguintes medidas que deveriam ser tomadas pelo governo federal. O governo passaria a comprar os excedentes de café, que seriam pagos normalmente aos cafeicultores, com dinheiro proveniente de empréstimos no exterior, cujos juros seriam pagos com um imposto em ouro cobrado por saca de café exportada. E o governo desencorajaria a expansão das lavouras ou a criação de novas, de modo a frear a superprodução. A política, apesar do relativo sucesso inicial, tinha falhado completamente pelo fim da década de 1920, devido principalmente a dois fatores: A Primeira Guerra Mundial, que praticamente causou a suspensão da compra de café pelos estados belicosos, e o subsequente encolhimento maciço da demanda devido a mortandade e aos custos de reparação; E a Crise de 1929, que enfraqueceu ainda mais a economia e desencorajou a compra do café no maior consumidor do pós-Primeira Guerra, os Estados Unidos. https://rachacuca.com.br/educacao/historia/primeira-guerra-mundial/ https://rachacuca.com.br/educacao/historia/crise-de-1929/
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