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CURSOS TÉCNICOS EM ESTÉTICA, PODOLOGIA E MASSOTERAPIA BIOLOGIA / HISTOLOGIA Rua Dr. Pache de Faria, 23 – Méier – Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20710-020 SITE: www.institutovaleriavaz.com.br TELEFONES: 2228-4118 / 99581-4585 1 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br SUMÁRIO BIOLOGIA................................................................................................................................................................................ 3 OS REINOS DOS SERES VIVOS ........................................................................................................................................ 3 .................................................................................................................................................................................................... 3 MONERA ............................................................................................................................................................................. 3 PROTISTA........................................................................................................................................................................... 3 PLANTAE ............................................................................................................................................................................ 3 CÉLULAS ................................................................................................................................................................................. 4 PROCARIOTAS .................................................................................................................................................................. 4 EUCARIOTAS ..................................................................................................................................................................... 5 PROCARIOTAS x EUCARIOTAS .................................................................................................................................. 5 CITOLOGIA ............................................................................................................................................................................. 5 ESTRUTURA CELULAR EUCARIOTAS ..................................................................................................................... 5 CITOPLASMA ................................................................................................................................................................ 5 MEMBRANA CELULAR ............................................................................................................................................. 6 MITOCÔNDRIAS .......................................................................................................................................................... 6 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO ............................................................................................................................. 6 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO (RER) ............................................................................................. 6 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO (REL) ..................................................................................................... 6 RIBOSSOMOS ................................................................................................................................................................ 7 COMPLEXO DE GOLGI ............................................................................................................................................... 7 LISOSSOMOS ................................................................................................................................................................. 7 PEROXISSOMOS .......................................................................................................................................................... 8 NÚCLEO .......................................................................................................................................................................... 8 CITOESQUELETO ........................................................................................................................................................ 8 CENTRÍOLOS ................................................................................................................................................................ 8 ESTRUTURA CELULAR PROCARIOTAS .................................................................................................................. 9 VÍRUS ....................................................................................................................................................................................... 9 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS CÉLULAS .................................................................................................................... 10 SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS ..................................................................................................................................... 10 SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS .......................................................................................................................................... 10 DIVISÃO CELULAR ........................................................................................................................................................... 10 MITOSE ........................................................................................................................................................................ 10 MEIOSE ........................................................................................................................................................................ 10 PROCESSOS DE TROCA .............................................................................................................................................. 11 DIFUSÃO SIMPLES ....................................................................................................................................................... 11 OSMOSE ........................................................................................................................................................................... 11 DIFUSÃO FACILITADA ............................................................................................................................................... 11 2 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br HISTOLOGIA ....................................................................................................................................................................... 13 CONSTITUIÇÃO DOS TECIDOS .................................................................................................................................... 13 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................................................... 16 3 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br BIOLOGIA A Biologia estuda todos os seres vivos, entre eles os vegetais e os animais, incluindo o homem. Além disso, procura conhecer a forma como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem. Por isso, pode-se dizer que a Biologia tenta desvendar os mecanismos pelos quais a vida acontece. O estudo desses organismos (vírus, bactérias, protozoários, algas, fungos, vegetais e animais), possibilita a compreensão da vida como manifestação de sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico. Estes organismos perpetuam-se pormeio da reprodução e modificam-se no tempo em função de fatores evolutivos, originando a diversidade de formas vivas e as complexas relações de dependência entre elas e o ambiente em que vivem. OS REINOS DOS SERES VIVOS Os cientistas identificaram cerca de 1,8 milhões de espécies, que são classificados em vários grupos, com base nas semelhanças e diferenças entre os organismos. Entre as várias propostas de classificação, o sistema de Carl Linnaeus é o mais aceito. De acordo com ele, os seres vivos são classificados em cinco reinos, com base no modo de nutrição e a organização celular. São eles: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia. MONERA Compreendem os procariontes que autótrofos (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) ou heterotróficos que se alimentam por absorção. Ex: bactérias, e cianobactérias (algas azuis). PROTISTA São micro-organismos eucarióticos unicelulares, mas com organização inferior. Abrangem as algas unicelulares, como as pirrófitas (dinoflagelados), as crisófitas (diatomáceas), e as euglenófitas (euglenas). Além dessas algas, incluem-se os protozoários. PLANTAE Plantas verdes fotossintéticas e algas autótrofas superiores. Animália: animais heterótrofos que ingerem alimentos, invertebrados e vertebrados. 4 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br CÉLULAS As funções dos seres vivos, desde os unicelulares até as plantas e animais só poderiam ser compreendidas através de estudos com células, com o desenvolvimento tecnológico os estudos foram se aperfeiçoando e novas descobertas celulares e de suas organelas possibilitou um progresso enorme na compreensão do papel exercido pelas células (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2000). A célula é um organismo, podendo ser unicelular (constituído por uma única célula) ou pluricelular (muitas células). As células são arranjadas em estruturas denominadas de tecidos ou órgãos, com funções especificas onde existe uma complementaridade entre estruturas e função, somente ela tem a capacidade de manter a vida e de transmiti-la (MELLO, 2001). As células podem ser divididas em duas categorias com base pela presença ou não em suas substâncias nucleares: células eucarióticas e células procarióticas. PROCARIOTAS As células procariontes caracterizam-se pela escassez de membranas. Nelas, geralmente a única membrana existente é a membrana plasmática. Ao contrário das células eucariontes, as procariontes não contêm membranas que separam os cromossomos do citoplasma. Os seres vivos que têm células procariontes são denominados procariotas; essas células constituem as bactérias (as cianofíceas, ou algas azuis, também são bactérias). A célula procarionte mais bem estudada é a bactéria Escherichia coli (figura ao lado) que, por sua simplicidade estrutural e rapidez de multiplicação, revelou-se excelente para estudos de biologia molecular. A E. Coli tem a forma de bastão, com cerca de 2 µm de comprimento, e é separada do meio externo por uma membrana plasmática semelhante à que envolve as células eucariontes. Por fora dessa membrana existe uma parede rígida. Conforme a bactéria, a espessura dessa parede é muito variável. Ela é constituída por um complexo de proteínas e glicosaminoglicanas. A parede bacteriana tem, sobretudo, função protetora. No citoplasma das bactérias existem ribossomos ligados a moléculas de RNA mensageiro (mRNA), constituindo polirribossomos. Encontram-se, em geral, dois ou mais cromossomos idênticos, circulares, ocupando regiões denominadas nucleoides e, muitas vezes, presos a pontos diferentes da membrana plasmática. Cada cromossomo, constituído de DNA e proteínas tem espessura de 2 mm e comprimento de 1,2 mm. As células procariontes não se dividem por mitose, e seus filamentos de DNA não sofrem o processo de condensação que leva à formação de cromossomos visíveis ao microscópio óptico, durante a divisão celular. O citoplasma das células procariontes em geral não apresenta outra membrana além daquela que o separa do meio externo (membrana plasmática). Em alguns casos podem existir invaginações da membrana plasmática que penetram no citoplasma, no qual se enrolam, originando estruturas denominadas mesossomos. Além disso, no citoplasma das células procariontes que realizam a fotossíntese, existem algumas membranas, paralelas entre si, e associadas à clorofila ou a outros pigmentos responsáveis pela captação da energia luminosa. Outra diferença entre a célula procarionte e a eucarionte é a falta de um citoesqueleto nas células procariontes. 5 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br EUCARIOTAS Essas células apresentam duas partes morfologicamente bem distintas - o citoplasma e o núcleo -, entre as quais existe um trânsito constante de moléculas diversas, nos dois sentidos. O citoplasma é envolvido pela membrana plasmática, e o núcleo, pelo envoltório nuclear. Característica importante das células eucariontes é sua riqueza em membranas, formando compartimentos que separam os diversos processos metabólicos graças ao direcionamento das moléculas absorvidas ou produzidas nas próprias células. Além disso, há grandes diferenças enzimáticas entre as membranas dos vários compartimentos. A célula eucarionte é como uma fábrica organizada em seções de montagem, pintura, embalagem etc. Além de aumentar a eficiência, a separação das atividades permite que as células eucariontes atinjam maior tamanho, sem prejuízo de suas funções. PROCARIOTAS x EUCARIOTAS Nas eucariontes, o citoesqueleto é responsável pelos movimentos e pela forma das células, que, muitas vezes, é complexa. A forma simples das células procariontes, em geral esférica ou em bastonete, é mantida pela parede extracelular, sintetizada no citoplasma e agregada à superfície externa da membrana celular. Essa parede é rígida e representa também papel importante na proteção das células bacterianas. Na natureza são encontradas populações de bactérias nos mais diversos habitats, e a parede é essencial para proteger as células contra os fatores muitas vezes agressivos desses habitats. Todavia, a diferença mais marcante entre as células procariontes e as eucariontes é a pobreza de membranas nas procariontes. O citoplasma das células procariontes não se apresenta subdividido em compartimentos, ao contrário do que ocorre nas células eucariontes, nas quais um extenso sistema de membrana cria, no citoplasma, microrregiões que contêm moléculas diferentes e executam funções especializadas. CITOLOGIA Citologia é a ciência das células. Todos os seres vivos são feitos de uma ou mais células. Os vírus, viroides e príons não são formados de células e essa é uma das razões por que não são considerados seres vivos completos. ESTRUTURA CELULAR EUCARIOTAS CITOPLASMA O citoplasma das células eucariontes contém as organelas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos e peroxissomos. É considerado o espaço entre a membrana nuclear e a membrana plasmática. Essa região abriga um fluido viscoso que é chamado de citosol, constituído de íons dissolvidos em solução aquosa e demais substâncias. É neste fluido que ocorre a maioria das reações 6 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br químicas vitais na célula, como a fabricação das moléculas que vão formar as estruturas celulares, por exemplo. No entanto o citoplasma não tem apenas como função separar as duas membranas mencionadas, afinal ele auxilia na morfologia da célula e armazena nutrientes indispensáveis à vida. O conteúdo do citoplasma está sempre em constante movimentação e ele contém cerca de 80% de sua totalidade formada de água, além das enzimas, carboidratos, sais, proteínas e RNA. MEMBRANA CELULAR A membrana celular é uma fina película lipoprotéica formada por fosfolipídios e proteínas, cuja espessura varia entre 7,5 a 10nanômetros, delimitando o citoplasma de todos os tipos de células (bactérias, algas, fungos, protozoários, animais e vegetais), recebendo variadas denominações: plasmalema, membrana plasmática ou membrana citoplasmática. MITOCÔNDRIAS As mitocôndrias são organelas esféricas ou, mais frequentemente, alongadas. A principal função das mitocôndrias é liberar energia gradualmente das moléculas de ácidos graxos e glicose, provenientes dos alimentos, produzindo calor e moléculas de ATP (adenosina-trifosfato). A energia armazenada no ATP é usada pelas células para realizar suas diversas atividades, como movimentação, secreção e divisão mitótica. As mitocôndrias participam também de outros processos do metabolismo celular (chama-se metabolismo o conjunto de processos químicos de degradação e síntese de moléculas). RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO No citoplasma das células eucariontes existe uma rede de vesículas achatadas, vesículas esféricas e túbulos que se intercomunicam, formando um sistema contínuo, embora apareçam separados nos cortes examinados no microscópio eletrônico. Esses elementos apresentam uma parede formada por uma unidade de membrana que delimita cavidades, as cisternas do retículo endoplasmático. As cisternas constituem um sistema de túneis, de forma muito variável, que percorre o citoplasma. Distinguem-se o retículo endoplasmático rugoso, ou granular, e o liso. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO (RER) A membrana do retículo endoplasmático rugoso apresenta os ribossomos na sua superfície voltada para o citosol. Por apresentar ribossomos ligados à sua membrana externa, o RER também é responsável pela síntese proteica, mas a maioria das proteínas será secretada. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO (REL) O retículo endoplasmático liso apresenta-se principalmente como túbulos que se anastomosam e se continuam com o retículo rugoso. O retículo endoplasmático liso é muito desenvolvido em determinados tipos de células, como, por exemplo, nas que secretam hormônios esteroides, nas células hepáticas e nas células da glândula adrenal. Dentre as várias funções deste retículo, destaca- 7 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br se a síntese de lipídeos como fosfolipídeos, óleos e esteroides (incluindo os hormônios sexuais estrogênio e testosterona). RIBOSSOMOS Os ribossomos são partículas densas aos elétrons e constituídas de ácido ribonucleico (RNA ribossômico ou rRNA) e proteínas. Os ribossomos das células eucariontes têm um diâmetro de 15 a 20 nm, sendo um pouco menores nas células procariontes (bactérias). Cada ribossomo é formado por duas subunidades de tamanhos diferentes, que se associam somente quando se ligam aos filamentos de RNA mensageiro (mRNA). Como diversos ribossomos se associam a um único filamento de RNA mensageiro (mRNA), formam-se polirribossomos, que ficam dispersos no citoplasma ou presos à superfície externa do retículo endoplasmático rugoso. Os polirribossomos têm papel fundamental na síntese de proteínas. São formados a partir do RNA ribossômico e são responsáveis pela produção de proteínas. Os ribossomos podem ser encontrados ou aderidos a paredes do retículo endoplasmático rugoso, ou livres. COMPLEXO DE GOLGI Essa organela é também conhecida como zona ou complexo de Golgi, estando constituída por um número variável de vesículas circulares achatadas e por vesículas esféricas de diversos tamanhos, que parecem brotar das primeiras. Em muitas células, o aparelho de Golgi localiza-se em posição constante, quase sempre ao lado do núcleo, em outras células, ele se encontra disperso pelo citoplasma. Essa organela apresenta múltiplas funções, mas dentre elas, cabe destacar que é muito importante na separação e no endereçamento das moléculas sintetizadas nas células, encaminhando-as para as vesículas de secreção (que serão expulsas da célula), os lisossomos, as vesículas que permanecem no citoplasma ou a membrana celular. LISOSSOMOS Originários do aparelho de Golgi, os lisossomos são bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas. Estas organelas são as responsáveis pela digestão intracelular e a sua produção excessiva pode destruir uma célula por autodigestão. Os lisossomos são organelas de forma e tamanho muito variáveis (medem, frequentemente, 0,5 a 3,0 µ.m de diâmetro), cujo interior é ácido e contém diversas enzimas hidrolíticas (enzimas que rompem moléculas, adicionando os átomos das moléculas de água). As hidrolises dos lisossomos têm atividade máxima em pH ácido. Essas enzimas são sintetizadas pelos polirribossomos que se prendem ao retículo 8 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br endoplasmático rugoso. Os lisossomos são depósitos de enzimas utilizadas pelas células para digerir moléculas introduzidas por pinocitose, por fagocitose, ou, então, organelas da própria célula. A destruição e renovação de organelas é um processo fisiológico que permite à célula manter seus componentes em bom estado funcional e em quantidade adequada às suas necessidades do momento. As organelas desgastadas pelo uso são eliminadas e substituí das por organelas novas. As que não são mais necessárias são simplesmente removidas. PEROXISSOMOS Estas organelas são bolsas membranosas que contêm alguns tipos de enzimas digestivas e, além das enzimas que degradam gorduras e aminoácidos, eles possuem grande quantidade da enzima denominada catalase. Os peroxissomos são organelas caracterizadas pela presença de enzimas oxidativas que transferem átomos de hidrogênio de diversos substratos para o oxigênio Os peroxissomos contêm a maior parte da catalase celular, enzima que converte peróxido de hidrogênio (H202) em água e oxigênio. A atividade da catalase é importante porque o peróxido de hidrogênio (H202) que se forma nos peroxissomos é um oxidante enérgico e prejudicaria a célula se não fosse eliminado rapidamente. NÚCLEO É uma organela delimitada por um sistema de dupla membrana, disposta, geralmente, de forma concêntrica, e cujo diâmetro varia entre 5 e 10 µm (figura 6.2). No seu interior, denominado nucleoplasma, encontram-se, além do material genético, proteínas envolvidas na expressão gênica (síntese e processamento de RNAs) e no transporte de proteínas, RNAs e subunidades ribossomais entre o nucleoplasma e o citoplasma. CITOESQUELETO Muitas células apresentam forma irregular, existindo algumas, como os neurônios ou células nervosas, com prolongamentos muito longos. Além disso, o núcleo, as organelas, vesículas de secreção e outros componentes celulares têm localização definida, quase sempre constante, conforme o tipo celular. Essas observações levaram os pesquisadores a admitirem a existência de um citoesqueleto que desempenharia apenas um papel mecânico, de suporte, mantendo a forma celular e a posição de seus componentes. Estudos posteriores, além de confirmarem a existência do citoesqueleto, mostraram que seu papel funcional é muito mais amplo. Ele estabelece, modifica e mantém a forma das células. É responsável também pelos movimentos celulares como contração, formação de pseudópodos e deslocamentos intracelulares de organelas, cromossomos, vesículas e grânulos diversos. Os principais elementos do citoesqueleto são os microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários. Os microtúbulos e os microfilamentos de actina, com a cooperação das proteínas motoras, participam dos movimentos celulares e dos deslocamentos de partículas dentro das células. CENTRÍOLOS Os centríolos não são envolvidos por membrana, atuam no processo de divisão celular e também estão ligados à organização do citoesqueleto e aos movimentos de flagelos e cílios. 9 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br ESTRUTURA CELULAR PROCARIOTAS Células procarióticas (pró, primeiro e cario núcleo) são célulascom carência de membrana nuclear, o citoplasma não apresenta outra membrana além daquela que o separa do meio externo (membrana plasmática), o material genético geralmente é constituído por um único filamento emaranhado de DNA e este se encontra mergulhado no citoplasma da célula. Dividem-se por divisão binária e os filamentos de DNA não sofrem processo de condensação. Existe a ausência de citoesqueleto, e sua forma geralmente é esférica, cocos ou bastonete e é mantida pela parede celular bacteriana. VÍRUS Um vírus não é capaz de se multiplicar, exceto quando parasita uma célula de cujas enzimas se utiliza para a síntese das macromoléculas que irão formar novos vírus. Eles não contam com todas as enzimas nem as estruturas necessárias para a fabricação de outros vírus; são, portanto, parasitos intracelulares obrigatórios. Na verdade, os vírus são parasitos moleculares, uma vez que induzem a maquinaria sintética das células a sintetizar as moléculas que irão formar novos vírus em vez de produzirem moléculas para a própria célula. Os vírus que atacam as células animais não atacam as células vegetais, e vice-versa. Distinguem-se, pois, os vírus animais e os vírus \vegetais. Há, porém, alguns vírus vegetais que, invadindo-as multiplicam-se nas células de insetos disseminadores desses vírus de uma planta para outra. Os vírus das bactérias são chamados bacteriófagos, ou simplesmente fagos. Cada vírus é formado basicamente por duas partes: Uma porção central, que leva a informação genética, isto é, um genoma constituído, conforme o vírus, de um filamento simples ou duplo de ácido ribonucleico ou desoxirribonucleico, no qual estão contidas, em código, todas as informações necessárias para a produção de outros vírus iguais. Uma porção periférica, constituída de proteínas, que protege o genoma, possibilita ao vírus identificar as células que ele pode parasitar e, em determinados vírus, facilita a penetração nas células. Alguns vírus maiores e mais complexos apresentam um invólucro lipoproteico. A parte lipídica desse invólucro origina-se das membranas celulares; mas as proteínas são de natureza viral, isto é, são codificadas pelo ácido nucleico do vírus. No exterior das células, os vírus se apresentam como partículas constituídas de um agregado de macromoléculas e recebem a denominação de vírions. 10 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS CÉLULAS A composição química da célula pode variar conforme o tipo celular, mas os componentes essenciais são encontrados em todas elas em todos os seres vivos. Entre os elementos químicos presentes na célula, os mais abundantes são o carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio. Esses e outros elementos presentes em menor quantidade fazem parte dos compostos inorgânicos e orgânicos que são utilizados pela célula. SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS A água é a mais abundante de todas as substâncias da célula, representando cerca de 70% da sua massa; funciona como solvente para grande parte das outras substâncias presentes nas células; transporta substâncias dentro ou fora das células; é o meio onde ocorrem as reações químicas celulares; ajuda na regulação térmica de animais e plantas. Os sais minerais têm funções específicas no organismo e são obtidos pela alimentação. SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS Os carboidratos, também denominados açúcares, são utilizados pelas células, primariamente, como fontes de energia. Os lipídios encontram-se em todas as células animais e vegetais. As gorduras são alguns dos lipídios mais conhecidos. Eles têm importância como fonte energética e como componentes das membranas celulares. As proteínas são as mais abundantes substâncias orgânicas da célula; fazem parte das membranas celulares e de outras estruturas encontradas no citoplasma e no núcleo. As proteínas são formadas por aminoácidos que se unem por ligações peptídicas. Há apenas vinte tipos de aminoácidos e estes formam toda a qualidade de proteínas. As proteínas, apesar de serem feitas pelos mesmos aminoácidos são diferentes devido a quantidade e combinação desses aminoácidos. Os ácidos nucleicos constituem um grupo de compostos orgânicos essenciais para a vida. Todos os organismos vivos contêm ácidos nucleicos na forma de ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA). Alguns vírus contêm apenas DNA, enquanto outros, somente RNA. O DNA está relacionado com a hereditariedade, e o RNA tem funções ligadas à produção de proteínas pelas células. DIVISÃO CELULAR Existem dois tipos de divisão celular: a Mitose e a Meiose MITOSE É processo pelo qual as células de animais se dividem, produzindo, cada uma, duas células idênticas à original. A reprodução de células-filhas iguais à original tem como finalidade repor as células mortas no organismo, ou possibilitar o aumento do número delas nos processos de crescimento. Outro processo de divisão celular é a meiose, que produz duas células com metade dos cromossomos da célula-mãe. No período que antecede a mitose, ocorre a duplicação dos cromossomos, numa fase denominada de interfase. Então, os filamentos simples de cromossomos passam a ser duplos, recebendo o nome de cromátides. Nas células humanas, os 23 cromossomos passam a ser 23 pares, unidos por um ponto denominado centrômero. MEIOSE É o processo de divisão celular no quais células diploides, ou seja, com dois lotes de cromossomos, dão origem a quatro células haploides, com apenas um lote de cromossomos. Essa forma de divisão possibilita a formação dos gametas (células sexuais). Nas células humanas diploides existem 46 cromossomos. Através da meiose, elas passam a ter 23 cromossomos. No processo de fecundação humana, ocorre a união de dois gametas dos pais, resultando em um ovo com 46 cromossomos. A meiose é responsável pela diversificação do material genético nas espécies. 11 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br A reprodução sexuada permite a mistura de genes de dois indivíduos diferentes da mesma espécie para produzir descendentes que diferem entre si e de seus pais em uma série de características. PROCESSOS DE TROCA Os processos de troca entre a célula e o meio externo podem ser agrupados em três categorias: Processos passivos - ocorrem sem gasto de energia: difusão simples, difusão facilitada e osmose. Processos ativos - ocorrem com gasto de energia: bomba de sódio e potássio. Processos mediados por vesículas - ocorrem quando vesículas são utilizadas para a entrada de partículas ou microrganismos na célula, ou para a eliminação de substâncias da célula. O processo de entrada chama-se endocitose e o de saída, exocitose. DIFUSÃO SIMPLES A difusão corresponde ao movimento de partículas de onde elas estão mais concentradas para onde estão menos concentradas, a fim de igualar a concentração. Através da membrana plasmática há difusão de pequenas moléculas, como as de oxigênio e as de gás carbônico, e de certos íons. OSMOSE A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local de menor concentração de soluto para o de maior concentração. A pressão com a qual a água é forçada a atravessar a membrana é conhecida por pressão osmótica. DIFUSÃO FACILITADA A difusão facilitada também é um processo passivo, que ocorre através das membranas lipoproteicas. Nesse tipo de difusão, algumas proteínas da membrana, chamadas permeases, atuam facilitando a passagem de certas substâncias que, por difusão simples, demorariam muito tempo para atravessar a membrana de modo a igualarem suas concentrações de um lado e de outro da membrana. Partículas maiores não conseguem atravessar a membrana, mas podem ser incorporadas à célula por endocitose, ou ser eliminada da célula por exocitose. ENDOCITOSE pode ocorrer por dois processos básicos: a fagocitose e a pinocitose. FAGOCITOSE (fagos = comer; citos= célula; ato de a célula comer) é um processo de ingestão de partículas grandes, tais como microrganismos e restos de outras células. Na fagocitose, o material ingerido fica o interior de uma vesícula grande, denominada fagossomos, um tipo de vacúolo alimentar, e é degradado por ação de enzimas específicas. PINOCITOSE (pinos = beber; ato de a célula beber) está relacionada à ingestão de moléculas dissolvidas em água, tais como polissacarídeos e proteínas. Na pinocitose, o material ingerido fica de pequenas vesículas denominadas pinossomos e podem servir como alimento para as células. no interior http://4.bp.blogspot.com/-QDeJeKIjRHs/U2ffyLZhYyI/AAAAAAAAImo/8ktrdtOQ2jw/s1600/difusao-simples.png 12 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br EXOCITOSE envolve a eliminação de material de dentro para fora da célula. Por exocitose são lançadas para fora das células secreções importantes que atuam em diversas etapas do metabolismo de nosso corpo. 13 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br HISTOLOGIA A histologia é o estudo dos tecidos do corpo e de como estes tecidos se organizam para formar os órgãos. Os tecidos são agrupamentos de células e matriz extracelular que, atuando de forma integrada, desempenham funções específicas. Entre essas funções, as de proteção, absorção, secreção de substâncias, percepção de sensações, sustentação, locomoção, movimentação de órgãos internos, transmissão de informações, preenchimento, armazenamento, regeneração, defesa, e transporte de sustâncias são algumas delas. A matriz extracelular é composta por muitos tipos de moléculas, algumas das quais são altamente organizadas formando estruturas complexas como fibrilas de colágeno e membranas basais. Atualmente, sabe-se que existe uma intensa interação entre células e matriz extracelular formando uma entidade contínua que funciona conjuntamente e responde de modo coordenado às exigências do organismo. CONSTITUIÇÃO DOS TECIDOS Embora seja dito com frequência que a célula é a unidade funcional básica do organismo, na verdade são os tecidos, por meio de esforços colaborativos de suas células individuais, que são responsáveis por manter as funções orgânicas. As células, dentro dos tecidos, comunicam-se através das junções intercelulares especializadas, facilitando assim, o esforço de colaboração e permitindo que as células atuem como uma unidade funcional. Podemos definir os tecidos como um conjunto de células que se organizam de maneira coletiva, e que em conjunto com a matriz extracelular, desempenham funções em comum para a formação de vários órgãos e sistemas do organismo. 14 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br A interação das células com a matriz extracelular ocorre por meio de receptores presentes na superfície celular que cruzam a membrana plasmática e se conectam a vários elementos do citoesqueleto. Dessa forma, as células em conjunto com os componentes da matriz extracelular formam uma unidade para atuarem de maneira organizada na constituição dos tecidos. Cada um dos tecidos fundamentais é formado vários tipos de células características e por associações e arranjos característicos entre células e matriz extracelular. A histologia estuda a lógica da integração dos diferentes tipos celulares com a matriz extracelular na constituição dos órgãos e sistemas dos animais. Os tecidos que compõem os vários órgãos do corpo são classificados em quatro tipos básicos: Tecido epitelial: cobre as superfícies corporais e reveste as cavidades internas, forma glândulas; Tecido conjuntivo: fica subjacente ou sustenta os outros tecidos básicos, tanto estrutural quanto funcionalmente; Tecido muscular: é constituído por células contráteis e é responsável pelo movimento; Tecido Nervoso: recebe, transmite e integra as informações do exterior e interior do organismo para controlar as atividades do organismo. A partir dos quatro tecidos básicos, algumas subdivisões ocorrem na classificação dos tecidos epitelial, conjuntivo e muscular que serão abordadas no decorrer das aulas. 15 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br 16 Instituto Valéria Vaz 2228-4118 / 99581-4585 www.institutovaleriavaz.com.br REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. Aires, Marlúcia Bastos Histologia básica / Marlúcia Bastos Aires. – São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2011. xxx p 2. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 3. AMABIS & MARTHO. Biologia - Biologia Dos Organismos - Parte I - 2º Ano - Moderna Plus - 4ª Ed. 2015. 4. AMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Volume único. São Paulo, Ed. Moderna.
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