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Doenças da Soja Fitopatologia Aplicada Prof. Dra. Mônica Jasper TOMBAMENTO (DAMPING-OFF) Rhizoctonia solani Tombamento (damping-off) Rhizoctonia solani • Disseminação – Solo – Escleródios e restos de cultura – Disseminação pela semente – Distribuição na lavoura em reboleiras ou manchas ao acaso – O tombamento ocorre entre a pré emergência e 30-35 dias após a emergência Tombamento (damping-off) Rhizoctonia solani • Condições Favoráveis – Ocorre sob condições de temperatura e umidade elevadas – T°C = 25 – 29 ° e água livre no solo. Aspectos epidemiológicos: Sobrevive no solo e em restos culturais. Vários hospedeiros. Transmitido pela semente. Infecção monocíclica. Distribuição generalizada na lavoura Tombamento (damping-off) Rhizoctonia solani • Descrição – Sintoma: inicia com uma podridão castanha e de aspecto aquoso na haste, próximo ao solo – Com a evolução dos sintomas, as lesões evoluem para cima e para baixo da lesão inicial – Posteriormente, as raízes se escurecem e o tecido cortical fica mole e solta-se com facilidade – É bastante frequente - estrangulamento do colo: murcha, tombamento ou sobrevivência temporária das plântulas que emitem raízes adventícias acima da região afetada, mas tombam antes do florescimento Mancha olho de rã (cercosporiose) Cercospora sojina • Disseminação – O inóculo primário e importante agente de disseminação é a semente, mas os restos culturais e o vento associado à chuva também contribuem para a disseminação da doença Mancha olho de rã (cercosporiose) Cercospora sojina • Condições Favoráveis – Períodos chuvosos e quentes favorecem a produção de esporos – T°C = 24 a 28 °, precipitações e 1 hora de molhamento foliar. Aspectos epidemiológicos: Vários hospedeiros e sobrevive em restos culturais. Transmissão por sementes. Infecção policíclica (7-10 dias). Distribuição generalizada na lavoura e disseminação por ventos. Mancha olho de rã (cercosporiose) Cercospora sojina • Descrição – Pode ocorrer em praticamente qualquer estádio da cultura; porém, geralmente são observadas as maiores incidências a partir do estádio R1 – São observados sintomas em praticamente toda a parte aérea da planta, como hastes, vagens, sementes e principalmente folhas – Inicialmente, as lesões aparecem na forma de pequenas manchas encharcadas na face superior, que evoluem para lesões de formato arredondado – As lesões, quando evoluídas e na face superior, apresentam o centro castanho-claro, com as bordas castanho-avermelhadas. Na face inferior, as lesões apresentam uma coloração cinza e a presença de estruturas reprodutivas do fungo. – O sintoma das lesões nas folhas são manchas circulares, com halo escuro e o centro marrom-claro. Mancha-parda da folha (septoriose) Septoria glycines • Disseminação – A primeira ocorrência se origina de sementes infectadas – A disseminação é favorecida por períodos secos, pelo vento e pela chuva – Sob alta umidade, conídios são liberados por meio da ação da chuva, que os suspende em gotículas que são levadas pelo vento até a deposição sobre o hospedeiro. Mancha-parda da folha (septoriose) Septoria glycines • Condições Favoráveis – A esporulação é favorecida por períodos de alta umidade e temperaturas amenas, desenvolvendo os sintomas entre 15 ºC e 30 °C, sendo ótima a 25 °C – A incidência da doença aumenta quando o período de molhamento é de 6 a 36 horas. Mancha-parda da folha (septoriose) Septoria glycines • Descrição – Os primeiros sintomas são lesões pequenas na forma de pontuações ou manchas angulares de cor parda, podem aparecer aos 15 dias após o surgimento das folhas unifolioladas e são provenientes de infecções nas sementes – Nas folhas verdes, surgem pequenas pontuações, menores que 1 mm, de cor parda que, ao se desenvolverem, formam manchas maiores que apresentam halos amarelados e centro de contornos angulares de coloração parda na face superior e rosada na face inferior da folha – Quando ocorrem infecções severas, as manchas podem apresentar tamanho suficiente para cobrir as superfícies superior e inferior das folhas, provocando desfolha e maturação prematura e consequente redução da produtividade. Míldio da soja Peronospora manshurica • Disseminação – O fungo é introduzido na lavoura por meio de sementes infectadas e disseminado pela ação dos ventos. Míldio da soja Peronospora manshurica • Condições Favoráveis – A esporulação é favorecida por períodos de alta umidade e temperaturas amenas, entre 10 ºC e 25 °C. – A infecção sistêmica é favorecida entre 20 ºC e 22 °C na fase vegetativa, paralisando seu desenvolvimento na fase reprodutiva do hospedeiro. – A esporulação é inibida quando a temperatura é inferior a 10 °C e superior a 30 °C. Míldio da soja Peronospora manshurica • Descrição – Início do desenvolvimento - folhas unifolioladas – pode atingir toda a parte aérea das plantas – Primeiros sintomas: pontuações amarelas, que se desenvolvem até atingirem um diâmetro aproximado de 5 mm, posteriormente necrosam, ficando similares às manchas da doença “mancha olho de rã” – Na página superior das folhas, os sintomas evoluem de manchas claras para amarelo-brilhantes com o centro necrosado, e na página inferior são observadas estruturas reprodutivas de aspecto cotonoso, de coloração levemente rosada ou cinza (esporangióforo e esporângio) – Em ataques severos, as folhas tornam-se amarelas e marrons, e as bordas ficam enroladas, o que provoca a desfolha prematura – Nas vagens atacadas, as sementes apresentam deterioração ou infecção parcial – No tegumento, desenvolve uma crosta pulverulenta de coloração bege ou castanho-clara, formada de micélio e esporos Oídio da soja Microsphaera difusa (sin. Erysiphe poligoni DC., E. glycines). • Disseminação – O fungo é disseminado pelo vento a longas distâncias e se espalha por toda a lavoura de forma generalizada. Oídio da soja Microsphaera difusa (sin. Erysiphe poligoni DC., E. glycines). • Condições Favoráveis – A ocorrência do oídio é mais favorecida em condições de temperaturas entre 18 ºC e 24 °C – Temperaturas superiores a 30 °C inibem o desenvolvimento da doença – Precipitações intensas e frequentes podem constituir um fator inibidor ao desenvolvimento do oídio Oídio da soja Microsphaera difusa (sin. Erysiphe poligoni DC., E. glycines). • Descrição – Os sintomas observados são uma massa de micélios e esporos (conídios) na forma de fina camada de cor esbranquiçada e de aspecto cotonoso, formados na superfície das folhas, dos ramos e das vagens. Antracnose Colletotrichum truncatum • Disseminação – Ocorre por meio de sementes infectadas, restos de cultura, pelo vento e pela chuva. Antracnose Colletotrichum truncatum • Condições Favoráveis – Altas densidades populacionais, associadas ao molhamento foliar por orvalho prolongado, precipitações frequentes ou alta umidade relativa (mínimo de 12 horas) e temperaturas entre 18 ºC e 25 °C favorecem a ocorrência do fungo. Antracnose Colletotrichum truncatum • Descrição – Ocorre em todos os estádios de desenvolvimento da cultura – Em toda a parte aérea das plantas, como cotilédones, pecíolos, folhas, hastes e vagens – Quando semeadas em condições de alta umidade, as sementes infectadas podem causar tombamento tanto em pré-emergência quanto em pós- emergência das plântulas – Nas plântulas, os sintomas são observados na forma de necrose nos cotilédones – Em lavouras desenvolvidas e na fase de “fechamento”, ocorre o estrangulamento dos pecíolos e ramos tenros sombreados, necrose de pecíolos, cancro nas nervuras e pedúnculo das folhas, cancro nas hastes, cancro nas vagens e desfolha precoce – Quando a infecção ocorre em vagens na fase R3-R4, estas adquirem uma coloração castanho-escura ou negra,ficando retorcidas e sem formação de grãos – Nas vagens, as lesões inicialmente apresentam estrias ou manchas claras de formato arredondado, que evoluem para manchas negras. As vagens infectadas podem cair. Mancha-alvo Corynespora cassiicola • Disseminação – Ocorre por meio do solo contaminado, pelo vento e pela chuva. Mancha-alvo Corynespora cassiicola • Condições Favoráveis – Altas densidades populacionais, associadas a alta umidade e altas temperaturas – As infecções foliares ocorrem quando a umidade atinge índices superiores a 80% – Períodos secos inibem as infecções foliares e radiculares – No solo, a temperatura ótima situa-se entre 15 ºC e 18 °C, e as plântulas que se desenvolvem à temperatura de 15 °C apresentam lesões nas raízes primárias e crescimento retardado das raízes secundárias Mancha-alvo Corynespora cassiicola • Descrição – Embora a doença possa ocorrer em qualquer fase da cultura, é na fase R1 em que a ocorrência é mais frequente – Os sintomas da mancha-alvo são observados em folhas, ramos, vagens, sementes, hipocótilo e raízes – Nas folhas, os sintomas se iniciam na forma de pequenas lesões circulares, rodeadas por halos cloróticos de cor esverdeada que, à medida que evoluem, tornam-se pequenas pontuações de cor castanho-avermelhada, com halos amarelos; quando evoluídas, tornam-se grandes lesões de forma arredondada de cor castanho-clara, que podem medir até 2 cm de diâmetro, e apresentam anéis concêntricos – Em casos de alta severidade e períodos de intensa precipitação ou umidade, as lesões podem coalescer – No final do ciclo da cultura, são observadas lesões nas folhas do terço inferior. Ferrugem Asiática Phakopsora pachyrhizi • Disseminação – A disseminação ocorre pela ação dos ventos e pela chuva. Não ocorre por meio das sementes. Ferrugem Asiática Phakopsora pachyrhizi • Condições Favoráveis – As maiores severidades da ferrugem são observadas nos períodos de molhamento foliar prolongado, associado a temperatura média diária menor do que 28 °C – Para a formação da urédia, é necessário um período de incubação de nove a dez dias, e a formação dos uredósporos ocorre após três semanas. Ferrugem Asiática Phakopsora pachyrhizi • Descrição – Os sintomas da ferrugem são mais visíveis a partir da fase de florescimento pleno (fase R2) até o final de ciclo da cultura ou de desfolha natural (fase R8), devido ao longo período de molhamento foliar e temperaturas amenas, que são necessárias à infecção e esporulação do fungo – Inicialmente, as lesões apresentam uma cor verde-acinzentada, que evolui para uma cor marrom-escura ou marrom-avermelhada – A variação da cor das lesões está relacionada com a sua idade e a interação entre o genótipo da soja e a raça do patógeno – No início de desenvolvimento da esporulação, as lesões podem ser confundidas com pústulas bacterianas – As pústulas ocorrem principalmente na face inferior dos folíolos e são visíveis – As lesões são angulares, delimitadas pelas nervuras foliares – O estádio de télia ocorre subepidermicamente e próximo às urédias, apresentando cor marrom-escura ou preta, mostrando maturidade. Mofo branco (podridão-branca da haste) Sclerotinia sclerotiorum • Disseminação – Ocorre por meio das sementes, por escleródios aderidos ou misturados, por restos culturais infectados por escleródios, que produzirão apotécios – Localmente, a disseminação ocorre pela ação de ascósporos e a dispersão, pela ação dos ventos e pela chuva Mofo branco (podridão-branca da haste) Sclerotinia sclerotiorum • Condições Favoráveis – Pode sobreviver por vários anos na forma de escleródios no solo – Tanto a liberação dos ascósporos pelos apotécios quanto a infecção da planta são estimuladas com o fechamento do dossel da cultura – Os ascósporos originados dos apotécios são ejetados sob condições ambientais favoráveis, como abundância de luz e temperaturas entre 10 e 25 °C, e disseminados pelo vento – As temperaturas amenas, em torno de 20 °C, associadas a condições de alta umidade relativa do ar são favoráveis ao desenvolvimento da doença. Mofo branco (podridão-branca da haste) Sclerotinia sclerotiorum • Descrição – Pode ocorrer tanto no estádio vegetativo quanto no estádio reprodutivo, principalmente após a polinização das flores – Sintomas iniciais: podridão úmida de cor parda e consistência mole, com micélio branco de aspecto cotonoso cobrindo o tecido infectado – Com a evolução dos sintomas, as folhas ou caules infectados tornam-se marrons, permanecendo eretos, mesmo com a morte das plantas – Durante a fase vegetativa (VE e VC), as plantas infectadas apresentam folhas amarelas e posteriormente morrem – Nas infecções em plantas adultas, os sintomas são observados na forma de murchamento das plantas, crestamento e amarelamento das folhas Crestamento foliar de cercospora (mancha-púrpura) Cercospora kikuchii • Disseminação – Ocorre por meio das sementes infectadas, por restos culturais infectados e pela chuva associada ao vento. Crestamento foliar de cercospora (mancha-púrpura) Cercospora kikuchii • Condições Favoráveis – Temperaturas variando de 22 ºC a 30 °C são favoráveis à evolução da doença – A esporulação ocorre de três a cinco dias após a penetração do fungo na planta – Períodos longos de molhamento foliar aumentam a severidade da doença Crestamento foliar de cercospora (mancha-púrpura) Cercospora kikuchii • Descrição – O fungo ataca todas as partes da planta, pode ser responsável por severa redução no rendimento e qualidade das sementes – No início, os sintomas são pontuações castanho- avermelhadas – As folhas infectadas apresentam uma cor púrpura escura que pode se estender por toda a superfície da folha – Nas infecções severas, ocorre um desfolhamento prematuro, confundido com senescência precoce. Mela da folha (murcha da teia micélica) Rhizoctonia solani • Disseminação – O fungo ocorre pelo solo contaminado por escleródios e por restos de cultura – A disseminação ocorre a partir do inóculo primário, pela água, por meio de respingos de chuva, carregando fragmentos de micélio ou escleródios para as folhas e pecíolos das plantas jovens, antes do fechamento entre linhas na lavoura – O inóculo secundário é formado pelo crescimento micelial e formação de microescleródios, com disseminação por contato de folha ou planta para planta, que ocorre pela ação do vento, respingos de água (chuva ou irrigação e movimentação de pessoas e máquinas) Mela da folha (murcha da teia micélica) Rhizoctonia solani • Condições Favoráveis – Temperaturas variando de 25 °C a 30 °C e alta umidade relativa do ar (acima de 80%) Mela da folha (murcha da teia micélica) Rhizoctonia solani • Descrição – Pode ocorrer afetando toda a parte aérea da planta, principalmente as folhas do baixeiro. – Inicialmente, surgem lesões com aspecto de encharcamento, de cor pardo-avermelhada, que evoluem para lesões maiores de cor marrom-escura ou preta – As lesões, quando evoluídas, apresentam aspecto de podridão mole e poderão tomar todo o limbo foliar – As folhas infectadas aderem-se a outras partes da planta, disseminando a doença para os tecidos sadios. Podridão-parda da haste Phialophora gregata • Disseminação – O fungo ocorre pelo solo contaminado e por restos de cultura – Existem vários hospedeiros do fungo; a disseminação ocorre pela ação dos ventos e a distribuição na lavoura é observada na forma de reboleiras ou manchas ao acaso. Podridão-parda da haste Phialophora gregata • Condições Favoráveis – Alta umidade e frio durante o período de enchimento de vagens, seguidos de condições de temperaturas elevadas e baixa umidade – Temperaturas entre 15 ºC e 27 °C promovem o maior desenvolvimento da doença – Temperaturassuperiores a 27 °C reduzem a descoloração vascular e superiores a 32 °C cessam Podridão-parda da haste Phialophora gregata • Descrição – Os sintomas são uma descoloração de cor marrom-escura do tecido vascular a partir das raízes ou do colo da planta – Nas folhas, as plantas infectadas manifestam uma necrose internerval ou “folha carijó” Podridão por Phytophthora (podridão da raiz e da haste) Phytophthora megasperma f.sp. glycinea. • Disseminação – O fungo ocorre pelo solo contaminado e por restos de cultura. Podridão por Phytophthora (podridão da raiz e da haste) Phytophthora megasperma f.sp. glycinea. • Condições Favoráveis – Temperaturas iguais ou superiores a 25 °C e água livre disponível no solo, provocada por compactação ou períodos prolongados de saturação de umidade, pelo excesso de chuvas. Podridão por Phytophthora (podridão da raiz e da haste) Phytophthora megasperma f.sp. glycinea. • Descrição – Os sintomas podem ser observados desde a emergência, em que provocam a morte das plântulas, até em plantas adultas, na forma de uma podridão aquosa que se inicia na base do caule, evoluindo para os ramos que se encontram até o terço médio da haste principal Mancha de mirotécio Myrothecium roridum • Disseminação – A disseminação do fungo ocorre a curta e a longa distâncias, e pela ação do vento e de respingos de água (chuva, irrigação e orvalho). Mancha de mirotécio Myrothecium roridum • Condições Favoráveis – As condições favoráveis à ocorrência e evolução são as altas temperaturas, entre 21 °C e 27 °C, a alta umidade do ar (acima de 90% de UR) e a alta pluviometria. Mancha de mirotécio Myrothecium roridum • Descrição – O fungo pode infectar toda a parte aérea da planta, mas os sintomas são mais observados nas folhas – Inicialmente, as lesões apresentam-se na forma de manchas verde-claras, que evoluem para manchas arredondadas de cor castanho-clara, e margem castanho-escura, tornando-se irregulares e medindo de 3 a 5 mm de diâmetro – Geralmente, no centro da lesão, observam-se pequenos pontos brancos, como pequenos tufos de algodão, que são o micélio do fungo, onde se formam massas negras Seca da haste e da vagem Diaporthe phaseolorum var. sojae • Disseminação – Ocorre pelas sementes infectadas – Os respingos de chuva carregam o inóculo a partir dos restos culturais e dão início à infecção, que evolui de forma sistêmica – É disseminado pelo vento a longas distâncias e ocorre em reboleiras ou manchas ao acaso nas lavouras Seca da haste e da vagem Diaporthe phaseolorum var. sojae • Condições Favoráveis – As condições favoráveis para o estabelecimento e a ocorrência da doença são a alta umidade e altas temperaturas durante a maturação das sementes – Períodos de intensa precipitação, altas densidades populacionais e acamamentos favorecem o surgimento precoce e severo da doença, mas normalmente os sintomas e danos só são visualizados na senescência das plantas. Seca da haste e da vagem Diaporthe phaseolorum var. sojae • Descrição – Os sintomas são vagens que ficam chochas ou apodrecem – As vagens infectadas adquirem uma cor esbranquiçada a castanho-clara – Quando o fungo se desenvolve, ocorre a frutificação negra, disposta de forma linear – As sementes apresentam enrugamento e rachaduras no tegumento, ficam sem brilho e cobertas com micélio de coloração esbranquiçada a bege. Crestamento bacteriano Pseudomonas savastanoi p.v. glycinea • Disseminação – Ocorre sob condições de alta umidade e temperaturas amenas. Crestamento bacteriano Pseudomonas savastanoi p.v. glycinea • Condições Favoráveis – O patógeno se dissemina a partir dos restos culturais, das sementes infectadas e pela chuva. Crestamento bacteriano Pseudomonas savastanoi p.v. glycinea • Descrição – Os sintomas podem ocorrer de forma menos evidente nos pecíolos, hastes e vagens – Mas são mais observados nas folhas, iniciando-se com pequenas lesões de aspecto encharcado, circundadas por um halo amarelado e de aparência translúcida – Ao evoluírem, tornam-se necróticas e de contorno angular limitado pelas nervuras secundárias – As lesões próximas coalescem e formam grandes manchas, que podem sofrer rasgaduras. Virose (mosqueado do feijão) Bean Pod Mottle Virus – BPMV • Disseminação – A disseminação ocorre pelas sementes infectadas, sendo transmitida por besouros da espécie Cerotoma facialis maculata Virose (mosqueado do feijão) Bean Pod Mottle Virus – BPMV • Condições Favoráveis – Temperaturas iguais ou superiores a 25 °C e água livre disponível no solo, provocada por compactação ou períodos prolongados de saturação de umidade, pelo excesso de chuvas. Virose (mosqueado do feijão) Bean Pod Mottle Virus – BPMV • Descrição – Os sintomas são caracterizados por um mosqueado clorótico e bolhas em folhas jovens – Os sintomas diminuem de intensidade à medida que as folhas envelhecem e, em associação com o vírus do mosaico comum da soja, causa severa distorção foliar, nanismo e necrose do topo das plantas Virose (mosaico comum da soja) Soybean Mosaic Virus – SMV • Disseminação – A disseminação ocorre pelas sementes infectadas e diversas espécies de pulgões podem transmitir o vírus de forma não persistente. Virose (mosaico comum da soja) Soybean Mosaic Virus – SMV • Condições Favoráveis – Alta umidade e altas temperaturas durante a maturação das sementes – Períodos de intensa precipitação, altas densidades populacionais e acamamentos favorecem o surgimento precoce e severo da doença, mas normalmente os sintomas e danos só são visualizados na senescência das plantas Virose (mosaico comum da soja) Soybean Mosaic Virus – SMV • Descrição – Alguns genótipos suscetíveis produzem sementes com manchas de cor marrom ou preta, de acordo com a cor do hilo, e podem originar plântulas infectadas; entretanto, alguns genótipos suscetíveis não produzem sementes manchadas. Essas sementes sem mancha podem transmitir o vírus, originando plântula infectada. DOENÇAS DE FINAL DE CICLO Doenças de final de ciclo (DFCs) • Cercospora kikuchii ... Crestamento foliar de cercospora • Septoria glycines ... Mancha-parda da folha • Colletotrichum truncatum ... Antracnose • Cercospora sojina ... Mancha olho de rã Doenças de final de ciclo (DFCs) • Disseminação – Ocorrem por meio das sementes infectadas, por restos culturais infectados e pela chuva, associada ao vento. • Condições Favoráveis – Cercospora kikuchii – temperaturas entre 22 °C e 30 °C e longos períodos de molhamento foliar – Septoria glycines – alta umidade, temperaturas amenas e molhamento foliar de 6 a 36 horas Doenças de final de ciclo (DFCs) • Descrição – Ocorrência simultânea – Semelhança dos sintomas – Cercospora kikuchii • No início, os sintomas são pontuações castanho-avermelhadas. As folhas infectadas apresentam uma cor púrpura-escura, que pode se estender por toda a superfície da folha. Nas infecções severas, ocorre um desfolhamento prematuro, confundido com senescência precoce. – Septoria glycines • Nas folhas verdes, surgem pequenas pontuações, menores de 1 mm, de cor parda, que, ao se desenvolverem, formam manchas maiores, que apresentam halos amarelados e centro de contornos angulares, de coloração parda na face superior e rosada na face inferior da folha. Quando ocorrem infecções severas, as manchas podem apresentar tamanho suficiente para cobrir as superfícies superior e inferior das folhas, provocando desfolha e maturação prematura e consequente redução da produtividade.
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