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1 O IMPACTO DOS CUSTOS PARA AS EMPRESAS Esteffanie Pôjo Francine Dias Paula Moura William Luis Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Administração (ADG1696/4) – Seminário Indisciplinar III Professor Marcelo Bassos 13/07/2020 RESUMO Com a crescente competitividade entre as empresas e as exigências do mercado no setor fiscal, logístico e marketing, temos um cenário com a formação de preço de venda de um produto ou serviço, visando garantir sustentabilidade, lucros e permanência no mercado. Podemos verificar a grande influência dos custos na geração de preços de venda, sua forma de alocação de custos diretos e indiretos utilizando o critério de rateio, pois quanto menores os preços de custos e melhor gestão, melhor será o seu dividendo, com preços mais competitivos frente mercado e seus concorrentes, comprovando um impacto nos custos. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo o estudo de caso com ênfase na análise de gastos, no planejamento para tomada de decisões, além de redução de custos e gastos de produtos ou serviços. Palavras-chave: Controle e redução de custos, Análise de gastos, Rateio. Introdução Neste trabalho levantaremos uma abordagem de pesquisa no comportamento de custos e gastos, viabilizando informações técnicas de análise que definirá qual melhor método para geração de lucros em uma empresa, observando também a formação de preço frente a concorrência, reduzindo custos e evitando perdas e desperdícios. Segundo Martins (2003, p. 218), os preços de venda de uma empresa podem ser fixados “com base nos custos, no mercado ou uma combinação de ambos”. Entretanto a fixação de preços com base unicamente no custo pode não ser a melhor opção, devendo assim analisar como está a concorrência, o mercado e produtos similares, pois estes podem refletir a realidade do preço praticado. 2 Fundamentação teorica Custos Quando damos inico a uma organização devemos pensar em um gerenciamento de custos, obtendo o maior controle de seus gastos e de onde pode investir, eliminando desperdícios para podermos identificar e classificar corretamente os custos, o tipo de sistema de custeio que pode interferir nas informações para a tomada de decisões. Nas organizações, os custos e despesas podem ser classificados de duas formas quanto ao objeto de custo: custo direto e indireto; quanto ao volume de produção ou venda: custos fixos e variáveis. Chamamos de comportamento de custo à evolução dos custos fixos e variáveis em relação ao volume de atividades. De acordo com Dutra (2010), “é necessário desenvolver técnicas para a segurança e racionalização da produção, daí a importância do controle de custos”. A redução dos custos e o controle dos gastos estão entre os principais objetivos das empresas para manter as portas abertas, e esse objetivo se torna mais urgente quando o mercado passa por uma crise, provocando a redução do consumo da população, nesse cenário, o planejamento orçamentário e controle de custos podem ajudar a manter a empresa na ativa. O SEBRAE SP (2002) descreve que empresas do mesmo ramo de atividade podem apresentar diversas formas de contabilizar seus custos. Aponta que isso é consequência da tecnologia adotada, depende se tem terceirização das atividades, das características dos recursos disponíveis para cada empresa. Em se tratando de empresas de segmentos diferentes, essas características são mais distintas ainda. Seguindo os ensinamentos de Leone (1997, p. 49), pode-se classificar os custos segundo as necessidades a que devem atender em: Custos relacionados aos componentes operacionais e aos objetos: • Diretos: são aqueles que podem ser quantificáveis diretamente e incluídos no cálculo dos produtos, não havendo necessidade de rateio. São os materiais usados na fabricação, como a matéria-prima. • Indiretos: são os custos de difícil quantificação, que não são facilmente identificáveis com os produtos e que só podem ser atribuídos aos produtos por algum critério de rateio, como energia elétrica e a depreciação. Com base nos custos indiretos, estima-se, por exemplo, o valor dos encargos de depreciação e dos gastos com o pessoal que não trabalha diretamente com o produto. Vários outros custos poderiam ser mensurados e identificados com cada produto, mas que, devido a sua irrelevância, pela dificuldade de fazer a medição, ou, talvez pela onerosidade de seu controle, acabam sendo considerados como indiretos, passando pelo critério de rateio, é o caso do consumo de alguns materiais como, serras, agulhas, produtos químicos, entre outros. 3 Custos necessários ao exercício do controle das operações e das atividades: • Custos-padrão: São custos predeterminados que levam em conta condições consideradas normais de operação. São calculados com base em determinadas expectativas de eficácia e eficiência operacionais. • Custos Estimados: Quando as operações não são padronizadas, especialmente quando os produtos ou serviços são feitos sob encomenda e por isso mesmo são produtos e serviços com características exclusivas. Os custos estimados são custos predeterminados e se destinam a resolver problemas de controle e planejamento em situações especiais. Os custos estimados são preparados para determinadas operações, levando-se em conta o “preceito contábil geralmente aceito da relevância”(LEONE, 2000, p. 65). • Custos por atividades: Identifica os custos e despesas por atividade e depois aloca as atividades aos produtos que são seus portadores finais. É muito detalhado, exige muitas informações. Custos relacionados ao período: • Custos e despesas do produto (inventariáveis): São os que se relacionam diretamente com os produtos, como materiais e mão-de-obra etc. • Custos e despesas do período (não inventariáveis): São os que a contabilidade de custos não consegue com facilidade ligar aos produtos, que são repetitivos e mais ou menos fixos, pertencem mais aos períodos do que aos produtos. Custos relacionados a uma base de volume: • Fixos: são os custos que não variam independente do volume de atividade da empresa, referindo-se à capacidade (relativo às instalações da empresa, como aluguel, depreciação e amortização) e a operacionalidade (relativo às operações da companhia, como seguro e imposto predial). Para Horngren (1985, p. 22) “um custo fixo só é fixo em relação a um determinado período – período orçamentário- e a uma faixa determinada embora larga, de atividade, chamada faixa que interessa”. A partir da observação de Horngren pode-se compreender que os custos podem se fixos, mas podem sofrer variações a partir de certo período, como por exemplo, se aumentar a produção drasticamente, o custo com pessoal ou instalação pode elevar-se também, por isso surgem dificuldades em classificar um custo como totalmente fixo, ou totalmente variável. • Variáveis: Modificam-se em proporção direta à quantidade produzida, todo custo variável é também um custo direto. • Semivariáveis ou semifixos: São custos que, após serem analisados, se verifica que possuem uma parte que se comporta como sendo variável e outra como sendo fixa, por causa de alterações da base de volume tomada como referência. 4 São os gastos que permanecem constantes dentro de certos intervalos, alterando-se em degraus até atingir um novo patamar de atividade. Normalmente ocorrem em função de decisões tomadas para alimentar ou diminuir o nível de atividade. (SANTOS, 2005, p.40). Custos em relação à tomada de decisões: • Custos relevantes e não relevantes: São custos diferenciais e futuros que são incorridos se uma alternativa é implementada, mas que não ocorrerão se a outra alternativa for a escolhida. • Custos imputados: São custos estimados que só serve para o processo de tomada de decisão, não tem relação com desembolsos, e nãosão registrados contabilmente. • Custos de oportunidade: Representam vantagens perdidas, medidas monetariamente relacionadas a segunda melhor alternativa rejeitada. Representam simplesmente hipóteses. Já Horngren apud Padoveze, (1996, p. 24), se expressa da seguinte forma: Um custo de oportunidade é a contribuição máxima disponível de que e abre mão utilizando-se recursos limitados para um determinado fim. Representa uma alternativa abandonada, de modo que o custo é diferente do tipo comumente encontrado de custo no sentido de não ser o custo de desembolso normalmente encontrado e discutido pelos contadores e administradores. • Custos irreversíveis: São custos que já foram realizados e não há mais como cancelá-los. São os custos históricos, contabilizados. Quadro 1: Esquema de classificação de custos: Diretos Custos Indiretos Variáveis: Mão de obra direta Matéria prima Fixos: Aluguel de fábrica Depreciação do prédio da fábrica Variáveis: Energia elétrica Materiais de limpeza Água FONTE: Adaptado de: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. 5 Quadro 2: Fluxo de custos 1º parte Aspecto Financeiro Disponibilidade GASTOS Obrigações 2º parte Aspecto Econômico Gastos de Investimentos (ativos) Gatos de Consumo (custos ou despesas) 3º parte Aspecto Contábil Estoque de Mercadorias Permanentes Materiais Mãos de obra Despesas Desperdícios e Perdas Produção Operacionais Comerciais e Administrativos Resultado FONTE: adaptado de: Leone (2000, p. 53) Análise de custos A análise de custos é o registro contábil das operações produtivas da empresa por meio de contas de custeio, que possa ser dividida em: Custos de serviços: gastos que ocorrem na prestação de serviços. Custos produtivos: que ocorrem na produção de mercadorias. A maioria das grandes empresas reconhece que seus sistemas de custos não respondem ao ambiente competitivo de hoje, os métodos que empregam para apropriar os custos dentre seus muitos produtos são irremediavelmente obsoletos. De um modo muito simples uma informação exata de custos pode proporcionar vantagem competitiva a uma empresa. Saber gerenciar e usar uma boa estratégia de custos revela compreensão de muitos fatores dentro de uma organização. O fato de compreender os custos, saber interpretá-los e usa-los a favor da eficiência e sucesso da empresa, gera complexa interação do conjunto de direcionadores de custos em ação, em determinadas situações. Método de custeio É o método de alocação de custo de determinado produto e se classificam em método de custeio absorção e método de custeio variável: 6 Método absorção: onde o produto absorve todos os custos, ele é aceito pela contabilidade financeira, ou seja, atende os princípios contábeis usado para a demonstração de um balanço patrimonial ou demonstração do resultado; para encontrar o custo usamos a soma dos custos variáveis mais os custos fixos. Exemplo de DR absorção de uma empresa de sapatos: Dados Fórmulas Resultados Preço de venda = R$10,00 receita de uma unidade vendida Custo variável unitário = R$ 2,00 Despesa variável un. = R$ 1,00 unidade vendida Quantidade produzida = 1.000 Quantidade vendida = R$ 500,00 Despesas Fixas = R$ 500,00 Custos fixo = R$ 1.000 Custo fixo total = cf ÷ qtd.p Cu = 1.000 ÷ 1.000 = 1,00 Cu = cv + cft Cu = 2+ 1 = 3 Receita = Qtd.v ˣ Pu CPV = Qtd.v ˣ Cu Lucro bruto = R ⁃ CPV Lucro operacional = D ⁃ LB Receitas = 500 ˣ 10 = 5.000 CPV = 500 ˣ 3 = 1.500 LB = 5.000 ⁃ 1.500 = 3.500 Despesas = 500 + 500 =1.000 Lo = 3.500 ⁃ 1.000 = 2.500 FONTE: ROCHA, Stephanie, https://www.youtube.com/watch?v=1muU2u5eOtQ&t=67s, 2019. Método variável: pode ser chamado também de método direto, não é aceito pela legislação fiscal mais é utilizado na tomada de decisão gerencial e para encontrar os custos são coletadas informações apenas dos custos variáveis(cu=cv). Exemplo: Dados Fórmulas Resultados Preço de venda = R$10,00 receita de uma unidade vendida Custo variável unitário = R$ 2,00 Despesa variável un. = R$ 1,00 unidade vendida Quantidade produzida = 1.000 Quantidade vendida = R$ 500,00 Despesas Fixas = R$ 500,00 Custos fixo = R$ 1.000 Margem de contribuição = Mc Receita = Qtd.v ˣ Pu Cv = Qtd.v ˣ Cu Dv = Qtd.v ˣ Dvu Mc = Receita ⁃ Cv ⁃ Dv Cf = todos os Cfs Df = todas as Dfs Lo = Mc ⁃ Cf ⁃ Df Receita = 500 ˣ 10 = 5.000 Cv = 500 ˣ 2 = 1.000 Dv = 500 ˣ 1 = 500 Mc = 500 ⁃ 1.000 ⁃ 500 = 3.500 Cf = 1000 Df = 500 Lo = 3.500 ⁃ 1.000 ⁃ 500 = 2.000 FONTE: ROCHA, Stephanie, https://www.youtube.com/watch?v=gp8MxDwPmTg&t=234s, 2019 . https://www.youtube.com/watch?v=1muU2u5eOtQ&t=67s https://www.youtube.com/watch?v=gp8MxDwPmTg&t=234s 7 Conceitos Receita – Trata-se do total de vendas multiplicado pelo seu preço de venda, é que afirma, Dutra (2010) Desembolso – Para Martins (2003, p. 25) desembolso é Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço, ou seja, o momento da entrega do numerário. Gasto – Para Bruni (2009), os gastos ou dispêndios tratam de um sacrifício financeiro da entidade para a obtenção de um produto ou serviço. “Serão em última instância classificados como custos ou despesas, a depender de sua importância na elaboração do produto ou serviço. (BRUNI, 2009, p. 23). Dependendo da aplicação o gasto pode ser considerado: Custo – “Representam os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços.” e “Estão associados aos produtos ou serviços produzidos pela entidade” (BRUNI, 2009, p. 23). Pode-se afirmar que o custo é um gasto realizado no processo fabril, na produção de bens ou serviços, ou seja, ocorre na fábrica. Despesa – “Correspondem ao bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associadas à produção de um produto ou serviço.” (BRUNI, 2009, p. 23). Portanto a despesa é um gasto que ocorre no âmbito administrativo. Perda – Representam bens ou serviços consumidos de forma anormal. Bruni (2009) afirma que a perda não é intencional e decorre até mesmo de atividade produtiva normal da empresa. Desperdícios – Os gastos que ocorrem na produção, os quais poderiam ser eliminados sem causar prejuízo na qualidade e quantidade dos bens. Oliveira (2009) afirma que isso é um fator determinante para o sucesso ou fracasso de uma empresa e seu negócio. Para uma compreensão eficaz de um organograma, precisamos identificar estes conceitos trazendo maior clareza de onde cada função está sendo aplicada e suas respectivas obrigações de âmbito empresarial e contábil, controlando os custos levando em conta o período de apuração do resultado da empresa DRE. Política de Redução de custos Nas grandes empresas, a política de redução de custos se dá na redução do número de funcionários e as jornadas de trabalho como solução para evitar gastos, os lideres da organização devem se perguntar se realmente conhece a empresa, qual o impacto da diminuição de custos nas operações e se vai agregar ou levar a possiveis perdas, se o momento e favoravel para financiamento e emprestimos apesar do cenario economico estar em crise com o dolar na alta e sem esquecer à atual crise pandêmica. Existem várias maneiras de se fazer redução de gastos como: Telefonia e internet, contas de água e energia, papel e impressões, dívidas e tárifas bancarias, estoque, troca 8 de fornecedor ou parceria com empresas do setor na compra de materia prima e insumos, logística e frete, ajuda daequipe, demissões, contratações e diminuição na jornada de trabalho, reinventar o planejamento de gestão. As vezes o que pensamos ser a raiz do problema pode não ser por isso e bom avaliar e analisar com cuidado, ter uma equipe administrativa e contábil acessorando com propostas possiveis para que não ocorrar em pouco tempo os mesmos excessos, gastos, perdas e desperdícios pois foram tomadas apenas medidas paliativas e não pensadas a longo prazo. Ponto de equilíbrio Segundo Martins (2000) e Santos (2005), podemos encontrar diferentes modalidades de pontos de equilíbrio, dependendo para que se deseja obtê-los, como: • Ponto de equilíbrio contábil: Volume de produtos pelo qual se chega a um resultado nulo, ou seja, volume que produz a receita suficiente para suprir os custos e despesas totais. • Ponto de equilíbrio operacional: é a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os custos e despesas fixas, deixando de lado os aspectos financeiros e não operacionais. • Ponto de equilíbrio econômico: para este cálculo incluem-se as despesas e receitas financeiras, mais o saldo de correção monetária, que serão considerados como despesas fixas. Desta forma obteremos o valor da receita mínima que gere lucro zero, mas que cubra todos os gastos operacionais, financeiros e os efeitos da inflação nos ativos e passivos monetários, ou seja, é o volume de produtos que produz receita suficiente para cobrir os custos e despesas totais mais uma determinada sobra. Departamentalização e Rateio de Custos. Nas organizações, é necessário para um melhor entendimento e controle dos custos, a divisão da empresa em áreas distintas, de acordo com suas atividades, afirma Perez Oliveira e Costa (2010) Essas áreas podem ser chamadas de departamentos, setores, ou centros de custo ou despesa, depende sempre de como a empresa vier a chamar. Os autores ainda concluem que é importante a correta definição das nomenclaturas, para que se evitem interpretações errôneas. O departamento é definido como “uma unidade operacional representada por um conjunto de homens e/ou máquinas de características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro de uma mesma área.” (PEREZ; OLIVEIRA; COSTA, 2010, p. 52). No entanto, muitas vezes surgem dúvidas e dificuldades para a adequada apropriação dos custos, de acordo com Perez, Oliveira e Costa (2010), isso ocorre devido à falta de 9 maiores informações quanto a origem dos custos indiretos, o que vem a ter necessidade de determinação de critérios para rateio. Os custos indiretos são aqueles em que não se pode determinar com precisão, ou mensurar o quanto do mesmo é atribuído sobre cada produto. Diante disso, ocorre o chamado rateio. Exemplo: fábrica de confecção de calças e camisetas fictícia, tabela de departamentalização, distribuição de custos indiretos, método de rateio com critério, departamento produtivo (corte, costura e acabamento); departamento auxiliares ou administrativos (manutenção) e departamento genérico (gastos gerais de fabricação). Dados GGF Manutenção Corte Costura Acabamento Total CI Aluguel R$2,000 R$2,000 R$2,000 R$2,000 R$2,000 R$ 10,000 Rateio de GGF (R$ 2,000) R$500,00 R$500,00 R$500,00 R$500,00 - Sub Total - R$2,500 R$2,500 R$2,500 R$2,500 R$10,000 Rateio Manu. - (R$2,500) R$1,000 R$1,000 R$500,00 - Sub Total - - R$3,500 R$3,500 R$3,000 R$10,000 Calças 2000 uni. 40% - - R$1,750 R$1,750 - R$3,500 Camisetas 2000 uni. 60% - - R$1,750 R$1,750 R$3,000 R$6,500 Total = - - - - - R$10,000 FONTE: ROCHA, Stephanie https://www.youtube.com/watch?v=KF3xCmLcgiA , 2019. Certo de que só os custos indiretos são rateados. Portanto, os custos diretos vão ser alocados para a conta referente ao produto, porque é possível identificar o que foi consumido, e os custos indiretos serão classificados de acordo com um mapa de localização dos custos indiretos elaborados pela empresa. Em seguida, o custo indireto está separado por produto, que adicionado com os custos diretos, irão compor o custo total do produto. (Emerson Strutz, 2017, p. 73). Metodologia Para realização dessa pesquisa foi utilizado o método descritivo, apresentando as evidências do método de gestão contábil e também problemas relativos ao mesmo https://www.youtube.com/watch?v=KF3xCmLcgiA 10 deixando claro as definições dos conceitos, direcionando o leitor a caminhos antes da tomada de ações para avaliar e interpretar toda a pesquisa de forma qualitativa, utilizando em conjunto o método de estudo de caso no resultado demonstrando na prática toda a teoria citada. Foram buscadas algumas citações e terminologias nas bases de dados do livro Gestão e análise de custos / Emerson Strutz: UNIASSELVI, 2017. Através da seguinte estratégia de busca: como palavras chaves “contabilidade de custos”, “método de custeio”, “departamentalização” “sistema de acumulação por ordem”. Resultados e Discussão Estudo de caso por sistema de acumulação por ordem A Cia Dó Re Mi LTDA fabrica dois tipos de flautas: tipo A e B. Algumas dessas flautas são inteiramente de plásticos e outras levam peças de latão, em torno da qual é moldado o plástico. Essas últimas exigem, então, um trabalho de perfuração e usinagem. A Cia tem três centros de custos: Moldagem, Usinagem e Perfuração e Serviços Gerais, tendo como gastos em setembro de 2015: Moldagem Usinagem e produção Serviços gerais MOD R$ 750,00 R$ 2.250,00 CIF R$ 1.836,00 R$ 1.368,00 R$ 396,00 Material Plástico 2.400 litros - Latão - 300 kg FONTE: Adaptado de: <http://www.apostila.com.br/apostila/1387/contabilidade-de- custoscusto-por-absorcao-e-sistema-abc.html>. Acesso em: 29 set. 2015. Os custos do centro de serviços gerais são distribuídos aos centros de produção na base do valor da MOD de cada centro, e o seguinte critério foi estabelecido para distribuir os CIF’s do centro de moldagem para os dois produtos: Horas e MOD. Foram produzidas 3.000 flautas tipo A e cada uma delas foi fabricada com o consumo de: 15 minutos de MOD no centro de moldagem e 20 minutos de MOD no centro de usinagem e perfuração. Foram produzidas 4.500 flautas tipo B e cada uma delas foi fabricada com o consumo de: 10 minutos de MOD no centro de moldagem. Segundo a seção financeira, as taxas salariais pagas aos operários diretos são as seguintes: Moldagem Usinagem e produção Flauta tipo A R$ 0,73 p/h R$ 2,25 p/h Flauta tipo B R$ 0,27 p/h - FONTE: Adaptado de: <http://www.apostila.com.br/apostila/1387/contabilidade-de- custoscusto-por-absorcao-e-sistema-abc.html>. Acesso em: 29 set. 2015. 11 A lista de materiais de cada produto revela o seguinte: Moldagem Usinagem e Produção Flautas Tipo A 0,5 litros de plástico p/ unid. 0,1 litros de latão p/ unid. Flautas Tipo B 0,2 litros de plástico p/ unid. - FONTE: Adaptado de: <http://www.apostila.com.br/apostila/1387/contabilidade-de- custoscusto-por-absorcao-e-sistema-abc.html>. Acesso em: 29 set. 2015. A contabilidade informou que o custo dos materiais foram os seguintes: Plástico = $6,00 o litro Latão = $3,50 o litro. Agora que possuímos todas as informações necessárias, vamos calcular o custo das flautas A e B, utilizando o método de Custo por Ordem: MOD: Flauta A – 3.000 unid. Moldagem R$ 0,73 p/h 15 min p/unid. R$ 547,50 Usinagem R$ 2,25 p/h 20 min p/unid. R$ 2.250,00 R$ 2.797,50 Flauta B – 4.500 unid. Moldagem R$ 0,27 p/h 10 min p/unid.R$ 202,50 Material Direto: Flauta A – 3.000 unid. Moldagem 0,5 litros p/unid. R$ 6,00 p/litro R$ 9.000,00 Usinagem 0,1 kg p/unid. R$ 3,50 p/kg R$ 1.050,00 R$ 10.050,00 Flauta B – 4.500 unid. Moldagem 0,2 litros p/unid. R$ 6,00 p/litro R$ 5.400,00 Serviços Gerais: Moldagem R$ 750,00 25 % R$ 99,0 Usinagem R$ 2.250,00 75 % R$ 297,00 Total R$ 3.000,00 100 % R$ 396,00 No centro de Moldagem, as flautas A e B consumiram um mesmo total de horas, 4.500 h cada, portanto os R$ 99,00 são distribuídos igualmente, R$ 49,50 para cada Ordem de Produção. Departamentalização do CIF: Moldagem R$ 1.836,00 A B 12 Usinagem R$ 1.368,00 Moldagem R$ 918,00 R$ 918,00 Total R$ 3.204,00 Usinagem R$ 1.368,00 - Fichas das Ordens de Produção: OP Flauta A Material R$ 10.050,00 MOD R$ 2.797,50 Moldagem R$ 967,50 Usinagem R$ 1665,00 Total R$ 15.480,00 FONTE: Disponível em: <http://www.ceap.br/material/MAT28022014144135.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015. Total de flautas produzidas 3.000 unid. Custo unitário = R$ 5,16 p/unid. OP Flauta B Material R$ 5.400,00 MOD R$ 202,50 Moldagem R$ 967,50 Usinagem - Total R$ 6.570,00 FONTE: Disponível em: <http://www.ceap.br/material/MAT28022014144135.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015. Total de flautas produzidas 4.500 unid. Custo unitário = R$ 1,46 p/unid. Portanto: a) Os custos são acumulados na ordem de produção por elementos de custos durante determinado período (semana, quinzena, mês), levando em conta o departamento ou processo de fabricação, e este vem de encontro ao caminho transitado pelo produto no processo de fabricação. b) No caso onde os produtos são processados em mais de um determinado departamento, os custos correspondentes são lançados a cada fase de fabricação, de forma que o custo total vai sendo acumulado até que a ordem de produção seja finalizada. c) Somente quando a ordem de produção é terminada pode-se conhecer o custo real de fabricação do produto. d) Os custos apropriados nas ordens de produção, enquanto estas não estão completadas, passam a compor o inventário de produtos em processos (andamento ou em fase de fabricação). e) O custeamento por ordem de produção é usado em empresas, cujos produtos ou lotes de produtos podem ser perfeitamente identificados no processo de fabricação, isso ocorre principalmente, em relação à produção não padronizada ou produção não repetitiva. 13 Este sistema apresenta algumas desvantagens: a) Gasto administrativo: o sistema exige considerável trabalho para o registro das informações requeridas no adequado preenchimento das ordens de produção. b) Os controles permanentes são necessários para assegurar a correlação dos dados de material e de mão de obra direta apropriado a cada ordem de produção. Fluxo de documentos: 1. Pedido de vendas: um pedido de venda é preparado com base na emissão da venda. 2. Ordem de produção: uma ordem de produção dá início aos trabalhos da ordem, a qual são debitados os elementos de custos. 3. Formulário de requisição de materiais: • Cartão de controle de tempo de mão de obra. • Taxas predeterminadas de custo indireto. Estes custos de fabricação são acumulados em formulários, elaborados pela contabilidade, conhecidos como: Folha de registro de custo. (O registro de custo constitui a base de cálculo dos custos do produto unitário utilizados na determinação dos custos dos produtos vendidos). FONTE: Disponível em: <http://www.ceap.br/material/MAT28022014144135.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015. Considerações Finais Este estudo teve como objetivo demostrar a aplicação e a importância do controle de custos como auxílio na tomada de decisões da organização. Observa-se que nenhuma decisão deve ser tomada observando apenas fatos isolados, ou seja, para realmente definir o melhor caminho a seguir, é preciso avaliar todas as informações proporcionadas pelo controle de custos aliado a observações de diversas variáveis que exercem influência nas diretrizes da empresa. A redução e o controle de custos estão entre os principais objetivos das empresas para se manterem ativas. Esses objetivos se tornam mais latentes quando o mercado passa por uma crise, provocando a redução do consumo da população, nesses casos um planejamento e controle de custos podem ajudar muito. Independente de uma crise financeira, as empresas procuram meios para se tornarem mais produtivas. Mesmo as organizações que continuam fechando novos negócios encontram dificuldades para expandir suas estruturas e obter recursos para inovar. Pode-se concluir que a gestão de custos é o método mais importante para identificar a composição e cálculo dos mesmos, auxiliando assim na formação de preço de venda e análise de custo, volume e lucro. 14 Referências. STRUTZ, Emerson, Gestão e análise de custos, Uniasselvi – Indaial, 2017. TEMOTICH, Patricia et al. A decisão de inovar e o movimento das capacidades dinâmicas. 2017. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 530X2019000200210&script=sci_arttext. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo. Atlas. 2003. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. São Paulo. Atlas. 2009. BORNIA, A.C. análise gerencial de custos: Aplicação em empresas modernas – 3.ed. – São Paulo. Atlas. 2010. SHANK, J.K GOVINDARAJAN, V. A revolução dos custos: como reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos. 2.ed. Rio de Janeiro. Campus. 1997. MARTINS, Elizeu. Contabilidade de Custos. 8°Ed. São Paulo, 2001. STOFFEL, Júlia Graciele. A importância do controle de custos nas pequenas empresas. Rondonópolis, 2007. JUNIOR, José Hernandes Peres; OLIVEIRA, Luis Martins de; COSTA, Rogério Guedes da. Gestão Estratégica de Custos. São Paulo: Atlas, 2005. LEONE, George Sebastião Guerra. Planejamento, Implantação e Controle. São Paulo: Atlas, 2000. MEGLIORINI, Evandir. Custos. 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