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forma de extração de informações deste sem prévia a utorização dos autores conforme 
legislação vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abril/2010 
 2
SUMÁRIO 
 
Origem da Contabilidade de Custos, 03 
A Contabilidade de Custos, a Financeira e a Gerencial, 05 
Terminologia Básica, 07 
Custo, Despesa, Gasto, 07 
Desembolso, Investimento, Perda, Desperdício, 08 
Classificação e Nomenclatura dos Custos, 10 
Objetos de Custo, 10 
Acumulação e Apropriação de Custos, 10 
Classificação dos Custos – Apropriação aos Objetos de Custo, 10 
Custo Direto, 10 
Custo Indireto, 10 
Classificação dos Custos – Comportamento, 13 
Custo Variável, 13 
Custo Fixo, 13 
Intervalo Relevante, 13 
Departamentalização, 16 
Custo Unitário e Total, 17 
Métodos de Avaliação de Estoques, 22 
Custo Médio, 22 
PEPS (ou FIFO), 22 
UEPS (ou LIFO), 23 
Aspectos Tributários nos Custos dos Produtos, 26 
Empresas dos Setores da Economia, 27 
Serviços, 27 
Comerciais, 27 
Industriais, 27 
Custos das Empresas, 28 
Custo do Serviço Produzido – CSP, 28 
Custo da Mercadoria Vendida – CMV, 28 
Custos do Produto Vendido – CPV, 29 
Custos Indiretos de Fabricação - Critérios de Rateio, 34 
Taxa Predeterminada dos Custos Indiretos de Fabricação, 35 
Custo Padrão, 40 
Sistemas de Acumulação de Custos, 43 
Por Processo, 43 
Por Ordem de Produção, 43 
Métodos de Custeio, 45 
Custeio por Absorção, 45 
Custeio Variável, 46 
Custeio Baseado em Atividades – ABC, 51 
 
Bibliografia Básica, 53 
 3
Origem da Contabilidade de Custos 
A Contabilidade de Custos surgiu com a Revolução Industrial, por volta da segunda metade do 
século XVIII. Até aquele momento só existia praticamente a Contabilidade Financeira (ou Geral) 
que desenvolvida na Era Mercantilista, era estruturada para atender as empresas comerciais. O 
esquema era bem simples : verificava-se o montante pago pelo item estocado e valorizava-se as 
mercadorias. Em suma, fazia-se o cálculo pela diferença, na clássica disposição : 
 
Estoque Inicial 
(+) Compras 
(-) Estoque Final 
(=) Custo das Mercadorias Vendidas 
 
Daí, era só confrontar com o montante de receitas obtidas com estes bens, chegava-se ao lucro 
bruto. Então deduzia-se as despesas necessárias as suas atividades, tais como manutenção da 
companhia, as vendas e ao financiamento para se chegar ao lucro líquido, como segue: 
 
Vendas ?????? 
 (-) Custo das Mercadorias Vendidas ?????? 
 Lucro Bruto ?????? 
 (-) Despesas 
 Comercias (Vendas) ?????? 
 Administrativas ?????? 
 Financeiras ?????? ?????? 
 Resultado Liquido ?????? 
 
O surgimento da Revolução Industrial, com o desenvolvimento e o emprego cada vez mais 
intensivo das máquinas no processo de produção, ocasionou o aparecimento de novos métodos de 
custeio, tornando-se bem mais complexos os modelos de medição. A complexidade destes métodos 
contábeis, capazes de solucionar cada vez com mais rapidez os custos de fabricação, foi que deu 
origem a contabilidade de custos. 
 
A partir de então e de forma gradativa, a contabilidade de custos sofreu uma evolução considerável, 
como forma de atender a necessidade de realinhamento de seus objetivos e à expansão do campo de 
atuação. 
 4
 
Após da 1ª Guerra Mundial, com o incremento do processo produtivo, e conseqüente aumento da 
concorrência entre empresas e a escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os 
mecanismos de planejamento e controle das empresas. Neste sentido as informações de custos, 
desde que devidamente apresentadas em relatórios, seriam um grande subsídio para o controle e 
planejamento empresarial. Diante de tal fato, a contabilidade de custos tornou-se, tendo em vista a 
extensa gama de informações que a compõem, um grande sistema de informações gerenciais. 
 
Aliado ao desenvolvimento experimentado pela contabilidade de custos nas empresas nas quais teve 
origem, ou seja, nas empresas de setor secundário, foi possível criar sistemas perfeitamente 
adaptáveis ao setor terciário (escolas, bancos, hospitais, empresas de ônibus, etc). 
 
É importante ressaltar a colaboração dada pelos sistemas de processamento eletrônico de dados à 
contabilidade de custos, pois estes permitiram fazer apurações com uma velocidade altíssima e sem 
margem de erro, aumentando a confiabilidade dos resultados obtidos. 
 
Em empresas bem estruturadas, a área de Custos tem um papel de destaque, atuando 
fundamentalmente no auxílio a tomada de decisões de seus gestores. 
 5
 
A Contabilidade de Custos, a Financeira e a Gerencial 
Na prática, faz-se muitas vezes uma distinção entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade 
Financeira. A Contabilidade Financeira se concentra nos demonstrativos dirigidos ao público 
externo que são guiados pelos princípios contábeis geralmente aceitos, ou seja, tem como objetivos 
a adequação com a regulamentação externa e as exigências legais de publicação dos 
demonstrativos, baseados em normas e estatutos típicos que prescrevem os métodos contábeis a 
serem seguidos. 
Em suma, fornece informações para os seguintes usuários : 
- Investidores : Demonstram a situação econômico-financeira da empresa, o resultado de um 
determinado período e outras informações, tais como os investimentos efetuados e o que lhes 
cabe em termos de dividendos. Evidentemente, estas outras informações lhes possibilitam 
conhecer as vantagens e desvantagens de seu investimento e decidir sobre a conveniência de 
mantê-lo, desfazer-se dele ou aumentá-lo. 
- Credores : É através das demonstrações financeiras que eles decidem sobre a conveniência de 
emprestar ou não recursos para as empresas. As demonstrações financeiras dão uma boa idéia 
da capacidade da empresa de gerar recursos suficientes para a liquidação de seus compromissos 
nos prazos estabelecidos. 
- Governo : Primeiramente, porque é baseado na contabilidade que se faz a arrecadação de quase 
todos os tributos. Segundo porque a fixação da política econômica, fiscal e mesmo monetária 
pode ser (e muito) auxiliada pela análise estatística de dados contábeis disponíveis nas 
demonstrações financeiras das empresas. 
Já a Contabilidade Gerencial mensura e relata essas informações financeiras, bem como outros 
tipos de informações, que ajudam os gerentes a atingir as metas da organização. Isto compreende os 
seguintes objetivos : 
1- Formulação das estratégias gerais e dos planos de longo prazo, incluindo desenvolvimento de 
novos produtos e investimentos em ativos. Freqüentemente envolve a elaboração de relatórios 
específicos; 
 6
2- Decisões de alocação de recursos com ênfase no produto e no cliente, tanto quanto no preço. 
Envolve relatórios sobre a rentabilidade dos produtos ou serviços, categorias de marcas, 
clientes, canais de distribuição, etc ; 
3- Planejamento e controle dos custos das operações e atividades, envolvendo relatórios sobre 
receitas, custos, ativos e exigibilidade das divisões, fábricas e outras áreas de responsabilidade; 
4- Mensuração da performance e avaliação das pessoas, abrangendo a comparação dos resultados 
obtidos com os planejados, podendo ser através de medidas financeiras ou não financeiras. 
Por fim, a Contabilidade de Custos mensura e relata as informações financeiras e não financeiras 
relacionadas a aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela fornece informação tanto 
para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade financeira. De forma mais específica, a 
Contabilidade de Custos tem as seguintes tarefas: 
- Determinar custos e lucro para um período contábil; 
- Calcular os valores de inventário, para os propósitos de custo e preço e, as vezes, controlar as 
quantidades físicas; 
- Auxiliar e participar na elaboração e execução de orçamentos; 
- Estabelecer métodos e procedimentos que permitam controle e, se possível,redução ou melhoria 
dos custos; 
- Prover a Administração com informação relacionada com problemas que envolvem escolha 
entre dois ou mais cursos alternativos (processos analíticos). 
 
 
 7
Terminologia Básica 
O objetivo principal da Contabilidade de Custos é a apuração dos custos dos produtos vendidos. 
Para tanto, ela possui o seguinte esquema básico : 
- Separação entre Custos e Despesas 
- Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos 
- Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, identificadamente, aos Departamentos, 
separando os gerais 
- Rateio dos Custos Indiretos gerais e da Administração aos diversos Departamentos, produtivos 
ou de serviços 
- Escolha da seqüência de Rateios adequada, como forma de distribuição dos custos acumulados 
dos Departamentos de Serviços, aos demais Departamentos 
- Apropriação dos Custos Indiretos dos Departamentos de Produção criteriosamente ao produtos. 
A partir de tal esquema, torna-se possível a apuração do ‘Custo’ do produto. Contudo, não existe 
um conceito universalmente aceito ou uma padronização legal para a palavra “custos”. Ela é 
empregada através de vários termos para fins operacionais, como podemos verificar abaixo : 
- Custo : É o valor de bens ou serviços consumidos na produção de outros bens e serviços. Ex: 
Matéria-prima utilizada na fabricação de um produto. 
- Despesa : É o valor de bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente na obtenção de 
receitas num determinado período. Ex: Comissão de Vendas é um gasto que se torna no mesmo 
momento em uma despesa. 
Uma das maiores dificuldades em geral é a distinção entre Custo e Despesa. Do ponto de vista 
didático, todos os gastos realizados dentro da fábrica na fabricação do produto são custos. O resto é 
despesa. 
- Gasto : É comumente definido como sacrifício financeiro que entidade assume visando a 
obtenção de bens ou serviços, mediante a entrega ou promessa de entrega de ativos 
(normalmente dinheiro). Só existe o gasto no momento que existe o reconhecimento contábil da 
dívida assumida ou da redução do ativo utilizado no pagamento, ou seja, na passagem do bem 
 8
ou serviço para a propriedade da empresa. O gasto implica desembolso e pode ser um custo, 
despesa ou investimento. 
- Desembolso : É o pagamento resultante das aquisições dos bens ou serviços, podendo ocorrer 
antes, durante ou depois da aquisição, portanto defasado ou não do gasto. 
- Investimento : São gastos “ativados” em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. 
A matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente em investimento circulante; a 
máquina é um gasto que se transforma em investimento permanente. 
- Perda : É o valor dos bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. As perdas 
decorrentes de fatores externos se transformarão em despesas e a de fatores da atividade 
produtiva em custos. 
- Desperdício : É o consumo intencional, que por alguma razão não foi direcionado à produção 
de um bem ou serviço. 
Um gasto pode transformar-se de investimento para custo ou despesa, ou diretamente para custo ou 
despesa. Na compra de um micro teremos um investimento. Se o micro for utilizado na fábrica, sua 
depreciação será um custo. Se for utilizado na administração, sua depreciação será uma despesa. 
 
 9
Exercício - Terminologia Básica : 
Assinalar com “X” ao lado de que se refere cada uma das situações abaixo (pode existir mais de um 
conceito para cada situação) : 
 
 
 
 
 
Custo Des-pesa
Investi-
mento Gasto
Desem-
bolso Perda
Desper-
dício
Aquisição de Móveis e Utensílios
Utilização de Alumínio p/Fabricação de Panela
Pagamento Comissões de Vendas de Autônomos
Depreciação dos Micros do Marketing da Fábrica
Aluguel do Prédio da Fábrica
Mat.Prima deteriorada p/longo tempo de Estocagem
Pagamento pela Prestação Serviços de Recrutamento
Pagamento da Fatura de compra de Matéria Prima
Compra de Caminhão para Frota
Consumo de Tintas na Pintura de Bicicletas
Dispêndio p/Conserto da Seladora por curto circuito
Vazamento nas Tubulações por falta de Manutenção
Quitação das Prestações por aquisição Maquinário
Reparos na fábrica devido ao um Incêndio ocorrido
 10
Classificações e Nomenclaturas dos Custos 
Existem algumas nomenclaturas de custos que são amplamente aceitos e utilizados, visto que são 
úteis em muitos contextos, inclusive na tomada de decisões em todas as áreas pelos gestores. 
 
Objetos de Custo 
Vimos que Custo é o valor de bens ou serviços consumidos na produção de outros bens e serviços. 
Para guiar as decisões, os gestores das entidades sempre desejam saber quanto custa determinada 
coisa (que pode ser um bem, um serviço ou um processo). A essa “coisa” damos o nome de 
“Objeto de Custo”. Assim, qualquer coisa para a qual se deseja uma mensuração de custo 
denomina-se Objeto de Custo. 
Um sistema de custo considera custos em dois estágios básicos, a saber : 
- Acumulação de custos, que é a compilação de dados de custos de maneira organizada através 
de um sistema contábil (ex. materiais, mão-de-obra, aluguéis, seguros, etc); 
- Apropriação de custos, que engloba tanto a apropriação (direta) dos custos acumulados a um 
objeto de custo, como a alocação (indireta) dos custos acumulados a um objeto de custo. 
Como ex. a compra de uma caixa de tomate pela Sadia para fabricação do molho do produto 
‘Lasanha ao Sugo’. Esta transação poderia ser registrada numa conta de materiais (estágio de 
acumulação) e seqüencialmente nos objetos de custo ‘molho’ e ‘lasanha’ (estágios de apropriação). 
 
Classificação dos Custos – Apropriação aos Objetos de Custo 
A maior questão com relação a custos é saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto 
com um determinado objeto de custo. Assim sendo : 
• Custos Diretos são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que 
podem ser identificados com este através de uma medida clara de consumo. Ex. A quantidade 
de alumínio utilizada na fabricação de uma panela. 
• Custos Indiretos são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo mas 
‘não podem’ ser identificados com este através de uma medida objetiva, sendo necessário a 
utilização de estimativas (muitas vezes arbitrárias) como forma de alocá-lo ao objeto de custo. 
A este método de alocação damos o nome de rateio. Ex. O custo com aluguel da fábrica de 
panelas. 
 11
 
 
A apropriação direta de custo é o processo de transferência dos custos diretos a um objeto de custo 
desejado. O rateio de custo é o processo de transferência dos custos indiretos a um objeto de custo 
desejado. Para ambos os casos, damos o nome de apropriação de custos. 
 
Apropriação Direta de Custo
Panela
de
Pressão
Aluguel da Rateio de Custo
Fábrica de
Panelas
Alumínio
 12
Exercício - Classificação de Custos - Apropriação : 
 
Assinalar com “X” ao lado de acordo com a forma de apropriação : 
 
 
Em relação as 
"unidades do produto"
 Item de Custo DIRETO INDIRETO
Aluguel de um prédio da fábrica
Madeira empregada na fabricação de camas
Salário do diretor de produção
Energia elétrica p/o funcionamento das máquinas de um produto
Depreciação do equipto de ar condicionado da fábrica
Custo de MDO dos funcionários da montagem de computadores
Maçãs utilizadas na produção de suco
Salários da segurança
Lubrificante para as máquinas de montagem de calçados
Imposto Predial da fábrica
Conservantes empregado na produção de refrigerantes
Custo de MDO dos empregados na pintura de esquadrias
Depreciação da máquina de café da fábrica
Seguro do prédio da fabrica
Auto-Falantes dos aparelhos de som
 13
Classificação dos Custos – Comportamento 
Uma outra forma de classificação dos custos e talvez a mais importante dentre todas as demais, é a 
que se subdivide em Custos Fixos e Variáveis, visto que possibilita aos gestores acompanharem o 
comportamento destes custos e a relação entre os níveis/volumes de atividades num espaçoespecífico de tempo. 
• Custo Variável é aquele cujo custo ‘se altera’ diretamente em proporção ao volume total 
produzido. O valor total de matéria-prima (como exemplo) por mês depende diretamente do 
volume produzido, ou seja, quanto mais for fabricado, mais será o seu consumo e vice-versa. 
• Custo Fixo é aquele que se mantém constante, ou seja, ‘não se altera’ diretamente na proporção 
ao volume total produzido. O valor de um seguro mensal da fábrica (como exemplo) possui um 
valor que independerá se o volume produzido naquele mês aumentou ou diminuiu. Os custos 
fixos não precisam ser necessariamente do mesmo valor, ou seja, ele poderá sofrer variações 
mensais em função de variação de preços, mudança de tecnologia, expansão da fábrica. 
Em suma, adotamos esta classificação de custos fixos ou variáveis apenas em função do objeto de 
custo. 
 
Intervalo Relevante 
Dá-se o nome de Intervalo Relevante (também chamado de Intervalo que Interessa) quando o nível 
de atividade ou volume produzido tem uma relação determinada com o custo em questão. Um custo 
fixo só é fixo em relação a uma determinada faixa de produção e num determinado período de 
tempo. Como exemplo, suponhamos que numa fábrica haja espaço para produzir até 5000 pares de 
calçados por mês e possui uma despesa mensal com aluguel de $15.000. Qualquer volume de 
Custo Total
$ 1500
 Custo Variável
$ 1000
 Custo Fixo
$ 500
Unidades Produzidas 
1000 2000 3000
 14
produção que supere os 5000 pares, haverá a necessidade de locação de um novo espaço para 
produção, alterando portanto a denominação de custo fixo para a despesa de aluguel. O Intervalo 
Relevante portanto é o que compreende até os 5000 pares de calçados. 
 
 
 
 
 
 
Custo Aluguel
$ 25000 Intervalo
 Relevante
$ 15000
Calçados Produzidos 
 5000 8000
 15
Exercício - Classificação de Custos - Comportamento : 
 
Assinalar com “X” ao lado de acordo com o comportamento de cada situação : 
 
 
 
 
 
Comportamento
do Custo
 Item de Custo VARIÁVEL FIXO
Aluguel de um prédio da fábrica
Madeira empregada na fabricação de camas
Salário do diretor de produção
Energia elétrica p/o funcionamento das máquinas de um produto
Depreciação do equipto de ar condicionado da fábrica
Custo de MDO dos funcionários da montagem de computadores
Maçãs utilizadas na produção de suco
Salários da segurança
Lubrificante para as máquinas de montagem de calçados
Imposto Predial da fábrica
Conservantes empregado na produção de refrigerantes
Custo de MDO dos empregados na pintura de esquadrias
Depreciação da máquina de café da fábrica
Seguro do prédio da fabrica
Auto-Falantes dos aparelhos de som
 16
 Custo Unitário e Total 
Os sistemas de custos normalmente possuem recursos para nos informar os custos totais e unitários 
de produção. 
O Custo Unitário (também conhecido como Custo Médio) é obtido através da divisão de uma 
quantidade total de custos por um número de unidades, unidades estas que podem ser expressas 
como ex. por horas trabalhadas, itens produzidos, embalagens transportadas, etc. 
Como ex., vamos supor que num certo período, para produzir 1000 panelas, os custos totais de 
uma empresa foram : 
- Custo Variável = $ 30,00 
- Custo Fixo = $ 15.000 
- Custo Total = $ 45.000 ($ 30 x 1000 + $ 15.000) 
- Custo Unitário = $ 45,00 ($ 45.000 ÷ 1000) 
 
 
Custos Unitários contudo deve ser utilizados e interpretados de forma cautelosa, uma vez que se 
tratam de médias. Para tomada de decisão, o melhor é sempre se utilizar dos Custos Totais, como 
podemos observar na seqüência do exemplo: 
Custo Aluguel
$ 45.000 Custo Total
 Custo Variável
$ 30.000
 Custo Fixo
$ 15.000
Panelas Produzidas 
500 1000
 17
Imaginemos que agora esta mesma empresa resolva fazer um orçamento para o próximo período, 
com estimativa de produção de 800 panelas (queda nas vendas), e para tanto se utilize do custo 
unitário do último período para prever seus custos de produção: 
Custo Total = $ 45,00 X 800 = $ 36.000 
Ao final do período, a empresa observará que seus custos totais realizado ficarão bem acima do 
orçado, conforme apuração apresentada abaixo : 
- Custo Variável = $ 24.000 ($ 30,00 X 800) 
- Custo Fixo = $ 15.000 
- Custo Total = $ 39.000 
Resultará portanto num custo total 'subestimado' em $ 3.000 ($39.000 - $36.000). Tendo em vista 
este novo nível de produção, o Custo Unitário da panela agora passaria a ser de: 
Custo Unitário = $ 39.000 ÷ 800 = $ 48,75 
Se os gestores se utilizassem do valor orçado para formação do preço de venda e comercialização 
da panela, obteriam certamente resultados menores. 
 
 18
Exercício I - Custo Unitário e Total : 
Uma empresa irá realizar um seminário, destinado a alguns de seus funcionários. Para tanto, será 
contratado um famoso palestrante. Sem ter conhecimento do número de participantes, o palestrante 
ofereceu 3 alternativas, como proposta para sua remuneração : 
Proposta 1 - $ 15.000 
Proposta 2 - $ 3.000 fixos mais $ 70 por participante 
Proposta 3 - $ 100 por participante 
Pede-se : 
Calcule o custo unitário e total para cada uma das propostas, imaginando que o número de 
participantes seja : 
a) 80 pessoas 
b) 120 pessoas 
c) 200 pessoas 
Identifique ainda qual a proposta mais viável para cada uma das hipóteses de quantidade de 
participantes . 
 
Respostas : 
 Custo TOTAL Custo UNITÁRIO 
 
a) 80 Pessoas 
Proposta 1 
 
Proposta 2 
 
Proposta 3 
 
 19
 
 Custo TOTAL Custo UNITÁRIO 
 
b) 120 Pessoas 
Proposta 1 
 
Proposta 2 
 
Proposta 3 
 
 
 
c) 200 Pessoas 
Proposta 1 
 
Proposta 2 
 
Proposta 3 
 
 20
Exercício II - Custo Unitário e Total : 
A empresa CSA atua na pesca de camarões em alto mar no litoral norte do estado. Para tanto, 
incorre nos seguintes custos : 
- Paga $ 240 por tonelada ao Ajudante de Pesca; 
- Paga $ 40 por tonelada as autoridades locais como Taxa de licença para pesca; 
- Paga $ 15.000 por mês de Frete (referente a 01 Caminhão frigorífico) para transporte dos 
camarões até a capital, sendo que a capacidade de transporte de 01 caminhão é de 04 toneladas e 
o acordo é de apenas 01 viagem/dia por caminhão, durante 25 dias no mês. 
Pergunta: 
a) Caso o volume pescado no mês atinja 160 toneladas de camarões, qual o Custo Total da 
empresa ? E o Custo Unitário por tonelada ? 
 
 
 
 
 
b) Qual será o Custo Unitário por tonelada se o volume mensal pescado cair para 75 toneladas ? 
 
 
 
 
 
c) E no caso de aumentar para 215 toneladas, qual será o Custo Unitário por tonelada ? 
 
 
 
 21
Departamentalização 
Departamento é a unidade mínima administrativa, representada por homens e máquinas que 
desenvolvem atividades semelhantes. Pode ocorrer de existir em um departamento apenas homens 
ou apenas máquinas. Como ex. Montagem, Almoxarifado, Expedição, Administração da Fábrica, 
etc. 
Os Departamentos, que na maioria das vezes são Centros de Custos, podem ser divididos em dois 
grandes grupos, os chamados Departamentos Produtivos que atuam diretamente sobre o produto, 
com seus custos apropriados aos mesmos, e os que vivem mais da execução de serviços, indiretos 
ao produto e são chamados Departamento de Serviços, com seus custos transferidos a outros 
departamentos, já que prestam serviços a esses. 
A Departamentalização é necessária em custos para que haja um adequado controle e distribuição 
dos Custos Indiretos, determinando de forma precisa o custo dos produtos e serviços. Para que estes 
custos sejam apropriados aos produtos, é necessário que estejam antes, devidamente alocados nos 
Departamentos de Produção. 
A seguir, os fatores que devem ser considerados ao decidir-se a respeito dos tipos de departamentos 
necessários para um controle eficiente dos custos e estabelecimento de índices precisos de despesa 
indireta :- Similaridade de operações, processos e maquinaria em cada departamento 
- Localização das operações, processos e maquinaria 
- Responsabilidades pela produção e custo 
- Afinidade das operações para fluxo do produto 
- Número dos departamentos ou centros de custo 
- Informações de criação de centros de custos centradas na área de Custos 
 
 22
Métodos de Avaliação de Estoques 
Os materiais diretos (matérias-primas, embalagens, etc) utilizados no processo de produção são 
apropriados aos produtos pelo seu valor histórico de aquisição. Como regra geral, se esses materiais 
tiveram gastos incorridos de transportes (fretes), impostos não recuperáveis (ex. de importação), 
enfim quaisquer encargos adicionais, estes devem incorporar o valor deste ativo. O mesmo ocorre 
com descontos comerciais e abatimentos, como redução do preço de aquisição. 
Se houver uma aquisição de matéria-prima destinada a uma produção exclusiva ou encomenda, o 
custo a ser atribuído é o específico de aquisição. Mas, se vários materiais iguais forem adquiridos 
por preços unitários diferentes (fornecedores distintos, datas variadas), surgem algumas alternativas 
de custeamento. 
O Custo Médio 
O critério mais utilizado pelas empresas no país para avaliação dos estoques é o Custo Médio, que 
consiste na atualização constante do preço médio após cada aquisição, ou seja, tanto o custeio 
quanto o estoque dos produtos se mantém atualizado (ou próximo dos valores atuais de entradas). 
 
 
 
 
PEPS (ou FIFO) 
Por este critério, o material é custeado pelo preço de aquisição mais antigo, fazendo com que as 
entradas mais recentes permaneçam em estoque. Ou seja, o ‘primeiro a entrar é o primeiro a sair’. 
 
 
Movimentação de Estoque pelo Método do CUSTO MÉDIO
Data Entrada Saída Saldo em Estoque
Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit
30/06 100 $ 800 $ 8,00
10/07 300 $ 2.700 $ 9,00 400 $ 3.500 $ 8,75
14/07 300 $ 2.625 $ 8,75 100 $ 875 $ 8,75
22/07 200 $ 2.000 $ 10,00 300 $ 2.875 $ 9,58
25/07 250 $ 2.396 $ 9,58 50 $ 479 $ 9,58
31/07 50 $ 479 $ 9,58
$ 5.021
 23
 
Neste critério ocorre que o produto utilizado na produção seja custeado por um custo menor que o 
do custo médio, para uma situação de preços crescentes (inflação). Beneficia-se o resultado, visto 
que o produto vendido no período fica sub-avaliado, mantendo o estoque superestimado (custeado 
pelo(s) valor(es) da(s) última(s) entrada(s)). 
 
UEPS (ou LIFO) 
Este critério apresenta uma situação exatamente contrária ao PEPS. O material utilizado na 
produção é custeado pelo valor das últimas aquisições, elevando portanto o custo dos produtos 
(num cenário inflacionário) e, consequentemente, reduzindo o lucro contábil. Por este motivo, este 
critério não é aceito pela legislação do IR brasileiro. 
 
Outra conseqüência é a sub-avaliação dos estoques, visto que se mantém ativado os materiais com 
preços mais antigos. 
Movimentação de Estoque pelo Método PEPS (FIFO)
Data Entrada Saída Saldo em Estoque
Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit
30/06 100 $ 800 $ 8,00
10/07 300 $ 2.700 $ 9,00 100 $ 800 $ 8,00
300 $ 2.700 $ 9,00
14/07 100 $ 800 $ 8,00
200 $ 1.800 $ 9,00 100 $ 900 $ 9,00
22/07 200 $ 2.000 $ 10,00 100 $ 900 $ 9,00
200 $ 2.000 $ 10,00
25/07 100 $ 900 $ 9,00
150 $ 1.500 $ 10,00 50 $ 500 $ 10,00
31/07 50 $ 500 $ 10,00
$ 5.000
Movimentação de Estoque pelo Método UEPS (LIFO)
Data Entrada Saída Saldo em Estoque
Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit
30/06 100 $ 800 $ 8,00
10/07 300 $ 2.700 $ 9,00 100 $ 800 $ 8,00
300 $ 2.700 $ 9,00
14/07 300 $ 2.700 $ 9,00 100 $ 800 $ 8,00
22/07 200 $ 2.000 $ 10,00 100 $ 800 $ 8,00
200 $ 2.000 $ 10,00
25/07 200 $ 2.000 $ 10,00
50 $ 400 $ 8,00 50 $ 400 $ 8,00
31/07 50 $ 400 $ 8,00
$ 5.100
 24
Exercício - Método de Avaliação de Estoques : 
Considere as seguintes posições para o produto ‘Maçã’ num período : 
 
Estoque inicial 01/08 200 un à $ 100 
Compras : 10/08 300 un à $ 180 
 15/08 400 un à $ 260 
 27/08 200 un à $ 140 
Saídas : 16/08 400 un 
 21/08 300 un 
 28/08 300 un 
 
Pede-se : Calcule o Estoque Final em 31/08 (Qtde, Valor Total e Custo Unitário) pelos métodos do 
Custo Médio, PEPS e UEPS. 
 
CUSTO MÉDIO 
Data Entrada Saída Saldo em Estoque
Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit
01/08 200 $ 100 $ 0,50
10/08 300 $ 180 $ 0,60
15/08 400 $ 260 $ 0,65
16/08
21/08
27/08 200 $ 140 $ 0,70
28/08
31/08
 25
PEPS 
UEPS 
Data Entrada Saída Saldo em Estoque
Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit
01/08 200 $ 100 $ 0,50
10/08 300 $ 180 $ 0,60
15/08 400 $ 260 $ 0,65
16/08
21/08
27/08 200 $ 140 $ 0,70
28/08
31/08
Data Entrada Saída Saldo em Estoque
Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit Qtde Valor Custo Unit
01/08 200 $ 100 $ 0,50
10/08 300 $ 180 $ 0,60
15/08 400 $ 260 $ 0,65
16/08
21/08
27/08 200 $ 140 $ 0,70
28/08
31/08
 26
Aspectos Tributários nos Custos dos Produtos 
Existem algumas considerações a serem feitas com relação aos impostos sobre mercadorias : 
ICMS 
- Incide na compra de materiais, porém não é cumulativo, podendo a empresa se recuperar caso 
haja a incidência de ICMS sobre seus produtos vendidos; 
- É cobrado ‘por dentro’, ou seja, seu valor está embutido no preço do produto adquirido e/ou 
comercializado; 
- Tem como principais alíquotas : 18% (estadual), 12% (interestadual), 7% (zona franca), 25% 
(Luz e Telefone). 
IPI 
- Incide mais comumente sobre materiais adquiridos de empresas industriais; 
- Não cumulativo, podendo, a exemplo do ICMS, a empresa se recuperar caso haja a incidência 
de IPI sobre seus produtos vendidos 
- Empresas comerciais não possuem o benefício da recuperação, devendo, caso haja incidência do 
IPI na aquisição de materiais, considerar como custo; 
- É cobrado ‘por fora’, destacado do produto, tendo como incidência o preço da venda total; 
- Possui alíquotas variadas conforme o produto. 
PIS/COFINS 
- Incidem sobre o recolhimento da Receita de Venda de produtos e serviços pelo princípio da 
competência. 
- Possuíam caráter cumulativo, até que recentes mudanças na legislação (Dez/02 – PIS e Fev/04 - 
COFINS) transformaram ambos os impostos em não cumulativos, possibilitando a recuperação 
sobre os custos dos produtos (custos diretos e indiretos). 
- As alíquotas mais comuns para o benefício da recuperação são : 7,6% COFINS e 1,65% PIS. 
 
 27
Empresas dos Setores da Economia 
Existem três tipos de empresas/setores da economia, que são : 
- de Serviços 
- de Comércio 
- de Produção (industrial) 
Empresas de Serviços fornecem serviços ou produtos intangíveis aos seus clientes, como um 
serviço de segurança ou advocacia. Podemos tomar como exemplo os escritórios de Consultoria, 
agências de Publicidade, etc. Estas empresas não possuem ao final do período contábil um estoque 
tangível e possuem como gastos mais significativos basicamente os de Mão-de-Obra. 
Já as Empresas Comerciais fornecem produtos tangíveis e na sua grande maioria, nas mesmas 
condições em que foram adquiridos, ou seja, sem alterar a sua forma básica ou sem sofrer 
transformações. Inclui neste setor as empresas de venda Varejista, Atacadista e Distribuição. Como 
exemplo, Magazines, Lojas de Materiais de Construção, etc. A Mercadoria comprada junto aos 
fornecedores e não comercializada dentro de um período contábil é considerado Estoque. 
Por fim, existem as Empresas Industriais, que tem por finalidade oferecer produtos que sofreram 
algum tipo de transformação, diferentemente daqueles que foram adquiridos inicialmente. São 
funções das empresas de produção não apenas transformar, mas também desenvolver, projetar, 
comercializar e distribuir os produtos. Podem existir no setor industrial até três tipos de estoques, a 
saber : 
- Estoque de Materiais Diretos, que sãoos materiais adquiridos inicialmente, prontos para 
sofrerem algum tipo de transformação; 
- Estoque de Materiais em Processo, que são os produtos que já sofreram um processo de 
transformação parcial, mas não totalmente finalizados; 
- Estoque de Produtos Acabados, que são os produtos totalmente finalizados, prontos para 
comercialização, mas que não os foram ainda. 
 
 
 28
Custos das Empresas 
Vimos que nas empresas do Setor de Serviços não existe um estoque de material tangível, visto 
que a atividade principal é a de fornecer somente serviços. Assim sendo, não há um custo de 
produto vendido, mas sim do Serviço Prestado ou Produzido, e que englobam todas as despesas 
incorridas dentro do exercício contábil. Estas despesas podem ser Salários e Encargos, despesa com 
Aluguel, Materiais de Escritório, Depreciação, etc. Em resumo, a apuração do Custo do Serviço 
Produzido seria apurado da seguinte forma : 
CSP = Mão-de-Obra + Materiais + Gastos Diversos 
 Já o Demonstrativo de Resultados é comumente apresentado desta forma : 
 
Já nas empresas do Setor Comercial, que possuem um estoque de mercadoria na sua forma original 
de compra, tem como Custo da Mercadoria Vendida o custo de aquisição da mercadoria, ajustada 
as variações do estoque da mesma. Assim sendo, a apuração do custo se daria da seguinte forma : 
 CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final 
Demonstrativo de Resultado de Exercício
EMPRESA SERVIÇOS - 01.Jan.03 à 31.Dez.03 - em $ 0.000
VENDAS BRUTAS 500,000
(-) DEDUÇÕES DE VENDAS (81,250)
Devoluções de Vendas (10,000)
Pis (8,250)
Cofins (38,000)
Iss (25,000)
(=) VENDAS LÍQUIDAS 418,750
(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (200,000)
(=) LUCRO BRUTO 218,750
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (190,000)
Despesas Comerciais (50,000)
Despesas Administrativas (100,000)
Encargos Financeiros Líquidos (30,000)
Variações Monetárias (10,000)
(=) RESULTADO OPERACIONAL 28,750
(+/-) OUTRAS RECEITAS / DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 20,000
(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 48,750
(-) PROVISÃO DE IR / CS (21,000)
(=) LUCRO LÍQUIDO 27,750
 29
Lembramos que deverão estar incluídos na apuração do CMV os demais custos com aquisição (se 
assim existirem), tais como Fretes, Impostos não Recuperáveis, etc como já vimos anteriormente. 
O Demonstrativo de Resultados das Empresas Comerciais é assim apresentado : 
 
Por fim, nas empresas do Setor Industrial, temos uma situação mais complexa. Vimos que os 
produtos adquiridos sofrem transformações para então serem vendidos. Estas transformações fazem 
com que estas empresas possam vir a possuir mais de um tipo de estoques, de forma a armazenar 
estas fases de transformações do produto. Desta forma, os estoques existentes seriam : 
Matéria Prima => Produtos em Processo => Produtos Acabados 
Para apuração do custo dos Produtos Acabados, teríamos que considerar portanto os diversos custos 
que incorrem em cada uma destas situações. A todos estes custos damos o nome de Custos de 
Produção. A composição e os termos mais usados para estes Custos de Produção são os seguintes : 
- Materiais Diretos, que são a Matéria-Prima, Embalagens, além de outros itens a serem 
incorporados ao produto (acabados ou não) e que se tornarão parte do objeto de custo. 
 Demonstrativo de Resultado de Exercício
 Empresa Comercial - 01 Jan 03 à 31 Dez 03 - em $ 0.000
VENDAS BRUTAS 2,000,000
(-) DEDUÇÕES DE VENDAS (475,000)
Devoluções de Vendas (50,000)
Pis (33,000)
Cofins (152,000)
Icms (240,000)
(=) VENDAS LÍQUIDAS 1,525,000
(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (800,000)
(=) LUCRO BRUTO 725,000
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (550,000)
Despesas Comerciais (300,000)
Despesas Administrativas (200,000)
Encargos Financeiros Líquidos (40,000)
Variações Monetárias (10,000)
(=) RESULTADO OPERACIONAL 175,000
(+/-) OUTRAS RECEITAS / DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 10,000
(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 185,000
(-) PROVISÃO DE IR / CS (70,000)
(=) LUCRO LÍQUIDO 115,000
 30
- Mão-de-Obra Direta, que inclui a remuneração relativa ao pessoal que está identificado 
diretamente com o produto em processo de fabricação, e que pode ser alocado ao objeto de 
custo, de forma direta, clara e objetiva, sem a necessidade de qualquer apropriação indireta ou 
por estimativa, ou ainda que necessitasse a utilização de rateio. Como ex. todas as Despesas 
com Pessoal (salários, encargos e benefícios) aos funcionários específicos da linha de 
montagem de um único tipo de produto. 
- Custos Indiretos de Fabricação, que são os custos considerados como ‘parte’ do objeto de 
custo, mas não permitem um acompanhamento econômico direto, visto que não está claramente 
identificado de forma individual, necessitando portanto de estimativas ou critérios de rateio, 
como forma de apropriação a esse objeto de custo. Como ex. as Despesas com Aluguel, Seguro, 
Energia Elétrica e Depreciação da Fábrica. Estes custos podem ser Fixos ou Variáveis. 
 
A partir destas informações, podemos realizar a apuração dos Custos dos Produtos Vendidos 
numa empresa do setor de produção desta forma : 
 
MP = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final 
 
PP = Estoque Inicial + Mat Diretos + MO Direta + Custos Indir Fabric – Estoque Final 
 
PA = Estoque Inicial + Custo Produtos Fabricados – Estoque Final 
ESTOQUE ESTOQUE
MATÉRIA PRODUTOS
PRIMA ACABADOS
PRODUÇÃO 
(MOD + CIF)Compra
 Venda
Estoque de Estoque de Estoque de
Matéria Prima Produtos em Processo Produtos Acabados
Estoque Estoque Estoque
Inicial Matéria Inicial Custo dos Inicial Custo dos
Prima MP Produtos Produtos
Compras Consumida MDO Fabricados CPF Vendidos
(MP) CIF (CPF) (CPV)
Estoque Estoque Estoque
Final Final Final
Custos de Produção
 31
Quanto ao Demonstrativo de Resultados, é geralmente apresentado desta forma : 
 
Na Contabilidade 
Partindo das informações vistas, o processo de Custeio na Contabilidade se daria portanto da 
seguinte forma 
Demonstrativo de Resultado de Exercício
Empresa Industrial - 01 Jan 03 à 31 Dez 03 - em $ 0.000
VENDAS BRUTAS 4,000,000
(-) DEDUÇÕES DE VENDAS (1,000,000)
Devoluções de Vendas (50,000)
Pis (66,000)
Cofins (304,000)
Icms (480,000)
Ipi (100,000)
(=) VENDAS LÍQUIDAS 3,000,000
(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (1,500,000)
(=) LUCRO BRUTO 1,500,000
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (1,030,000)
Despesas Comerciais (500,000)
Despesas Administrativas (400,000)
Encargos Financeiros Líquidos (100,000)
Variações Monetárias (30,000)
(=) RESULTADO OPERACIONAL 470,000
(+/-) OUTRAS RECEITAS / DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 10,000
(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 480,000
(-) PROVISÃO DE IR / CS (160,000)
(=) LUCRO LÍQUIDO 320,000
APURAÇÃO BALANÇO DEMONSTRAÇÃO
DOS CUSTOS PATRIMONIAL DE RESULTADOS
Matéria-Prima Compra Estoque de
Matéria-Prima
Mão-de-Obra MP consumida
Direta na Produção
Estoque de Produtos
Custos Indiretos em Processo
de Fabricação Produtos
 Acabados
Estoque de Produtos Venda
Acabados
Outras Despesas Gastos no Período Despesas Incorridas
(=) Margem Bruta
( - )
(=) Resultado Operacional
RECEITAS
CUSTO DOS PRODUTOS 
VENDIDOS
( - )
 32
Exercício - Custo nas Empresas : 
A seguir, diversos dados de custos e vendas ocorridos na empresa KWR referente ao último 
exercício encerrado: 
 
Pede-se : 
 a) Elaborar a planilha de custos dos Produtos Acabados. 
a) Materiais Diretos
Estoque Inicial de Matéria-Prima
(+) Aquisição de Matéria-Prima
(-) Estoque Final de Matéria-Prima
(=) MP Consumida na produção
b) Mão-de-Obra Direta
c) Custos Indiretos de Fabricação
Depreciação da Fábrica
Serviços de Utilidade Pública
Manutenção da Fábrica
Suprimentos de Fábrica
Seguros da Fábrica
Mão-de-Obra Indireta
CIF Total
Custos de Produção do Período (a+b+c)
(+) Estoque Inicial de Produtos em Processo
(-) Estoque Final de Produtos em Processo
(=) Custo dos Produtos Fabricados (Acabados)
Estoque Inicial de Produtos Acabados 12.000 
Estoque Final de Produtos Acabados 24.000 
Depreciação da Fábrica 16.000 
Despesas Administrativas45.000 
Serviços de Utilidade Pública Consumidos 5.000 
Manutenção da Fábrica 25.000 
Suprimentos da Fábrica 4.000 
Seguros da Fábrica 2.500 
Aquisição de Matérias-Primas 75.000 
Estoque inicial de Matérias-Primas 6.000 
Estoque Final de Matérias-Primas 4.000 
Mão-de-Obra Direta 40.000 
Mão-de-Obra Indireta 9.000 
Estoque Inicial de Produtos Semi-Acabados (em Processo) 10.000 
Estoque Final de Produtos Semi-Acabados (em Processo) 18.000 
Vendas 300.000 
Despesas de Vendas 50.000 
 33
 
b) Elaborar a Demonstração de Resultado do Exercício. 
 
 
 
Empresa KWR
Demonstração de Resultados
Exercício findo em 31/Dezembro/XX
Receita de Vendas
Custo dos Produtos Vendidos
Estoque Inicial de Produtos Acabados
(+) Custos dos Produtos Fabricados
(=) Produtos Disponíveis para Venda
(-) Estoque Final de Produtos Acabados
Lucro Bruto
Despesas Operacionais
Despesas Administrativas
Despesas de Vendas
Lucro Operacional
 34
Custos Indiretos de Fabricação – Critérios de Rateio 
Vimos anteriormente que a apropriação dos Custos Indiretos a um produto somente pode ser feita 
através de estimativas, critérios de rateio, comportamento dos custos, etc. . 
Porém todos estes métodos de alocação tendem a ser arbitrários, visto que sempre carregarão uma 
certa dose de subjetividade na apropriação, pois até poderá por vezes ser acompanhado de critérios 
consistentes, mas existirá também por outro lado, a simples necessidade de aceitação por falta de 
melhores alternativas. 
A seguir alguns exemplos de Bases de Rateio que servem de critérios para alocação dos Custos 
Indiretos de Fabricação : 
- Horas Máquina 
- Horas de Mão-de-Obra Direta 
- Área Ocupada 
Vamos agora imaginar que, se na composição dos Custos Indiretos de Fabricação, tivéssemos com 
maior peso as Despesas com Depreciação de Máquinas, Aluguel e Energia Elétrica por exemplo, e 
que o mais importante fosse justamente a utilização das máquinas na produção, poderíamos 
portanto adotar como critério de rateio o número de Horas Máquina. 
Se por outro lado, a maior incidência nos CIFs fosse Gastos com Pessoal, ou seja Salários, Encargos 
e Benefícios da administração da gerência de produção e que, a função é a de justamente 
supervisionar os funcionários da fábrica, poderíamos então utilizar como critério de rateio o número 
de Horas de Mão-de-Obra Direta. 
Pode-se ainda utilizar mais de uma base de rateio (ex. Materiais Direto + MDO Direta), se for o 
caso de se buscar uma maior precisão na alocação dos CIFs. 
De qualquer forma, o que é importante se destacar num processo de alocação dos Custos Indiretos 
de Fabricação, é a necessidade de se proceder uma análise de cada despesa que as compõem, e a 
partir daí estabelecer quais os critérios que melhor relacionam estas despesas com o produto em si, 
visto que a consistência da aplicação desses critérios é fundamental para que a avaliação do custo 
final do produto não se torne artificial. 
 35
Taxa Predeterminada dos Custos Indiretos de Fabricação 
Vimos da possibilidade de apropriação dos Custos Indiretos de Fabricação, bem como de alguns 
critérios de alocação utilizados. Estes processo somente se efetiva após levar em consideração a 
produção realizada, ou seja, apenas quando encerrado o exercício. 
Contudo, vamos imaginar que os gestores queiram conhecer e/ou acompanhar os custos dos 
produtos durante o mês, de forma a se saber quanto custou uma ordem de produção concluída. Com 
isso teriam que simular algumas estimativas apoiadas nos custos incorridos até o momento, 
correndo o risco inclusive de sazonalidades (despesas que ocorrem em períodos específicos). 
Entretanto, só teriam a certeza de uma apropriação correta uma vez apurados os totais do período 
(custo e produção). 
Uma alternativa comumente utilizada é a chamada Taxa Predeterminada de Custo Indireto, ou 
simplesmente Taxa CIF, que se baseia em números estimados e é normalmente calculada antes do 
início do período para aplicar os custos indiretos às ordens de produção durante o período. O 
processo utilizado é o de rateio dos Custos Indiretos de Fabricação ‘Estimados’ e os critérios mais 
utilizados são: 
- Horas de Mão-de-Obra Direta 
- Horas Máquina 
A fórmula de cálculo é bem simples : 
 
Desta forma, obtêm-se a Taxa CIF para se aplicar a produção de um período. Por exemplo, 
suponhamos que uma fábrica estime para o ano, um montante de Custos Indiretos de Fabricação de 
$ 30.000 e um montante de Horas Máquina de 2.000 horas. Portanto, a Taxa CIF prevista para o 
período é : 
 
Taxa Predeterminada
de Custo Indireto
Total estimado do Custo Indireto 
de Fabricação
=
Quantidade Total Estimada do 
Critério de Alocação
$ 30.000
2000 Hs
 Taxa CIF = = $ 15,00 H/Máq 
 36
A partir desta informação, basta se aplicar a Taxa CIF a uma ordem de produção, cujo produto se 
utilize de uma quantidade específica de horas em uma máquina durante a produção. 
A Taxa CIF pode ser aplicada também aos Produtos em Processo. Basta para isso calcular 
(utilizando-se do exemplo anterior) o custo Hora Máquina (Taxa CIF) pela quantidade de horas que 
o Produto em Processo se utilizou. 
Algumas diferenças certamente irão incorrer, como a apuração do Custo Indireto de Fabricação 
Real ser maior que o Estimado (custo sub-aplicado) ou menor (custo super-aplicado) ao longo do 
período, resultando portanto em saldos devedores ou credores na conta Custos Indiretos de 
Fabricação. Neste caso, o tratamento pode ser dado das seguintes formas : 
- Faz-se o encerramento, considerando em Custo dos Produtos Vendidos; 
- Efetuar um rateio entre Custos dos Produtos em Processo, Custos dos Produtos Acabados e 
Custos dos Produtos Vendidos, na proporção dos Custos Indiretos ocorridos nestas contas (mais 
indicado, inclusive para aspectos fiscais no País). 
 
 37
Exercício I - Taxa Predeterminada CIF : 
A seguir o Custo Estimado de 02 (duas) empresas, bem como seus Dados Operacionais (critérios 
de alocação), como expectativa para o próximo ano : 
 
As Taxas Predeterminadas de Custo Indireto de ambas as empresas são calculadas utilizando-se 
os seguintes Critérios de Alocação : 
 
Pede-se : 
a) Calcule a Taxa Predeterminada (Taxa-hora) que cada empresa utilizará durante o próximo ano. 
Empresa TW : 
Empresa MX : 
b) Imaginemos que ambas as empresas executem apenas 02 (duas) Ordens de Produção durante o 
próximo ano e que o Registro das Horas de cada ordem de produção seja a seguinte : 
 TW MX 
- Ordem Produção 01 : 10.000 horas 21.000 horas 
- Ordem Produção 02 : 13.000 horas 24.000 horas 
b1) Qual o será Custo Indireto que ambas aplicarão aos produtos ? 
Empresa TW : 
Empresa MX : 
b2) Se os Custos Indiretos ‘Reais’ apurados ao final do próximo ano forem de $ 550.000 da TW e 
de $ 450.000 da MX, os Custos Indiretos serão Sub-aplicado ou Super-aplicado ? 
 CIF Estimado CIF Real variação (Sub/Super-Aplic) 
Empresa TW : $ 550.000 
Empresa MX : $ 450.000 
Empresas
TW MX
Custos Indiretos de Fabricação 570.000$ 441.000$ 
Horas de Mão-de-Obra Direta 70.000 42.000 
Horas-Máquina 25.000 18.000 
Empresa Taxa Indireta c/Base em :
TW Horas-Máquina
MX Horas de Mão-de-Obra Direta
 38
Exercício II - Taxa Predeterminada CIF : 
A empresa CKL fabrica produtos conforme especificação dos clientes (encomenda). O Custo 
Indireto de Fabricação é aplicado aos produtos com base nas Horas de Mão-de-Obra Direta. 
No início do período foram feitas as seguintes estimativas : 
 
Durante o período, ela recebeu uma encomenda da empresa TPO, que teriam os seguintes 
consumos de Horas de Mão de Obra Direta : 
Pede-se : 
1) Prevendo que a empresa CKL aplica uma Taxa de Custo Indireto para Toda a Fábrica: 
a) Calcule a Taxa CIF do ano em curso. 
 
b) Qual o valor Total do Custo Indireto Fabricação (CIF) quedeveria ser aplicado a TPO ? 
 
2) Imagine que ao invés de utilizar uma taxa única, a CKL empregasse uma Taxa para cada 
Departamento. Desta forma determine : 
a) A Taxa CIF de cada departamento do ano em curso. 
 
 
b) O valor Total do Custo Indireto de Fabricação (CIF) que deveria ser aplicado a TPO. 
 
 
Departamentos
Estamparia Pintura Montagem Total
 Horas de Mão Obra Direta 80.000 20.000 100.000 200.000 
 Custo Ind Fabric - Estimado 160.000 $ 180.000 $ 80.000 $ 420.000 $ 
Departamentos
Estamparia Pintura Montagem Total
 Horas de Mão Obra Direta 1.800 200 3.000 5.000 
 39
3) No final do ano, a CKL reuniu os seguintes dados Reais referentes a todos os produtos 
fabricados durante o período : 
 
Calcule o Custo Indireto de Fabricação do período Sub- ou Super-Aplicado, considerando o 
emprego da Taxa de Custo Indireto de Fabricação : 
a) Para Toda a Fabrica. 
 
 
 
 
b) Por Departamento. 
 
Departamentos
Estamparia Pintura Montagem Total
 Horas Mão Obra Direta - Real 96.000 19.000 115.000 230.000 
 Custo Ind Fabric - 'Realizado' 180.000 $ 170.000 $ 90.000 $ 440.000 $ 
 40
Custo Padrão 
O Custo Padrão é um custo normalmente determinado, com base tanto em estudos teóricos como 
em pesquisas e testes práticos, a fim de se fixar como meta para o próximo período a um produto ou 
serviço específico. 
Para apuração do Custo Padrão, são considerados os fatores de produção que a empresa possui a sua 
disposição, tais como maquinário existente, qualidade de mão-de-obra, estabelecendo metas de 
eficiência de curto e médio prazos, em que a empresa deverá se empenhar para alcançar no próximo 
período, uma vez atingindo certos níveis de desempenho. 
As empresas de fabricação, de serviço e de alimentos, são as que mais comumente se utilizam de 
custos padrões. Para tanto, elas adotam este sistema de uma forma bastante desenvolvida, com 
padrões de materiais, mão-de-obra e custo indireto apurados detalhadamente para cada produto. 
Feito isso, são registrados num quadro de custo padrão, fornecendo aos gestores as informações 
essenciais quanto aos insumos necessários a produção de uma unidade e seus custos específicos, 
conforme exemplo abaixo : 
 
Contudo podem existir diferenças entre os padrões esperados e os efetivamente apurados na 
utilização da produção. São as chamadas variações, que podem ser : 
 
- Variação de preço de materiais; 
- Variação de quantidade de materiais; 
- Variação da taxa salarial da MOD; 
- Variação da eficiência da MOD; 
- Variação de volume / eficiência do CIF. 
 
O principal objetivo do Custo Padrão é o controle de custos. Uma vez implantado, possibilita aos 
gestores ter uma base de comparação entre o que ocorreu e o que deveria ter ocorrido em termos de 
Custo Real. Desta forma, torna-se imprescindível a necessidade da empresa possuir uma boa 
apuração do real.
(A) (B) Custo
Qtde ou Custo ou Padrão
Horas Padrões Taxa Padrão (A) X (B)
Materiais Diretos 5,0 quilos $ 5,00 $ 25,00
Mão de Obra Direta 4,0 horas $ 10,00 $ 40,00
Custo Indireto variável de Fabricação 3,0 horas $ 4,00 $ 12,00
Custo Padrão total por unidade $ 77,00
 41
 
Exercício I - Custo Padrão : 
 
Utilizando-se do exemplo acima, tomemos como base os dados padrões de Materiais Diretos de 
uma suposta empresa, conforme abaixo : 
 
 
Imaginemos agora que a empresa tenha registrado no encerramento do período as seguintes 
atividades : 
 
- Foram utilizados 390 quilos de materiais, adquiridos ao Custo Unitário de R$ 4,90; 
- Foram produzidos 80 unidades do produto. 
 
Determine quais foram as variações de Preço e Quantidade dos materiais no período. 
 
 
(A) (B) Custo
Qtde Padrão Custo (Unit) Padrão
Padrão (A) X (B)
Materiais Diretos 5,0 quilos $ 5,00 $ 25,00
"Materiais Diretos"
Qtde Real de Materiais
 X Custo Real (A)
Qtde Real de Materiais 
X Custo Padrão (B)
Qtde Padrão de Materiais 
para a Produção Real 
X Custo Padrão (C)
Qt $ Qt $ Qt $
$ Total $ Total $ Total
$ $
Variação de Preço (B - A) Variação de Qtde (C - B)
$
Variação Total
 42
Exercício II - Custo Padrão : 
A Empresa TJR fabrica um alimento para cães conhecido como Miau. Os Materiais Diretos e Mão-
de-Obra Direta Padrões de uma unidade do Miau são indicados a seguir: 
 
No último mês, registrou-se a seguinte atividade: 
- Foram comprados 5.000 quilos de Materiais, ao custo de $ 2,15 o quilo; 
- Todo o material comprado foi utilizado na produção de 6.000 Unidades do Miau; 
- Foram registradas 580 horas de Mão-de-Obra Direta, ao Custo Total de $ 5.162. 
Pede-se: 
a) Determine as variações de ‘Preço’ e de ‘Quantidade’ dos Materiais por mês. 
c) Determine as variações de ‘Taxa’ e de ‘Eficiência’ da Mão-de-Obra direta por mês. 
Qtde ou Custo ou Custo
Horas Padrões Taxa Padrão Padrão
Materiais Diretos 0,8 quilo $ 2,00 $ 1,60
Mão de Obra Direta 0,1 hora $ 9,00 $ 0,90
" Materiais Diretos "
Qtde Real de Materiais
 X Custo Real (A)
Qtde Real de Materiais 
X Custo Padrão (B)
Qtde Padrão de Materiais 
para a Produção Real 
X Custo Padrão (C)
Qt $ Qt $ Qt $
$ Total $ Total $ Total
$ $
Variação de Preço (B - A) Variação de Qtde (C - B)
$
Variação Total
" Mão-de-Obra Direta "
Horas Reais de MDO 
X Taxa Real (A)
Horas Reais de MDO 
X Taxa Padrão (B)
Horas Padrão de MDO 
para Produção Real 
X Taxa Padrão (C)
Qt $ Qt $ Qt $
$ Total $ Total $ Total
$ $
Variação de Taxa (B - A) Variação de Eficiência (C - B)
$
Variação Total
 43
Sistemas de Acumulação de Custos 
Alguns custos (ex. seguros, aluguéis) não variam muito a cada período, diferentemente da produção 
que freqüentemente varia a cada mês, aumentando ou diminuindo conforme a demanda. Não 
obstante, podem ocorrer de diversos produtos serem fabricados dentro de uma mesma fábrica, ou de 
vários serviços serem prestados por uma mesma empresa. Isto de certa forma torna-se um problema 
para os gestores calcularem o custo de um produto ou serviço dentro destas condições, visto que o 
cálculo depende bastante da natureza do processo envolvido. 
Para tanto, dois sistemas de acumulação de custos tanto nas industrias como nas empresas de 
serviços são comumente utilizados. 
Custeio por Processo 
Este sistema é normalmente empregado quando a empresa utiliza-se de uma produção em massa, ou 
seja, várias unidades de um ‘mesmo produto’, ou ainda, por etapas de fabricação, porém mantendo 
a homogeneidade. 
O procedimento básico deste sistema de custeio é o de acumular os custos incorridos de um período 
inteiro de um determinado departamento ou operação, e na seqüência dividir pelo total de unidades 
produzidas neste mesmo período. 
A seguir, um ex. de fluxo do Custeio por Processo de uma produção de Batatas Fritas: 
 
Custeio por Ordem de Produção 
É um sistema utilizado quando são fabricados vários produtos diferenciados em cada período. É 
também chamado de Custo por Encomenda, já que obedecem uma característica específica 
encomendada. 
Por este sistema, os custos são apropriados e aplicados as ordens de produção e, em seguida os 
custos destas são divididos pelo número de unidades nelas contidas, como forma de apuração do 
Custos do Processamento Custos do Processamento Custos do Processamento
Departamento
de Produção
(preparação
das Batatas)
Compra de 
Matéria-prima 
(Batatas)
Produtos 
parcialmente 
concluídos 
(batatas descas-
cadas e cortadas)
Produtos 
parcialmente 
concluídos 
(batatas fritas)
Produtos 
Acabados 
(batatas fritas 
em pacote)
Departamento 
de Produção
(fritura)
Departamento de 
Produção 
(embalagem)
 44
custo unitário médio. É uma forma de custeio mais complexa, pois se os produtos são diferentes, 
geralmente os custos também o são. 
Além de bastante aplicados nas industrias heterogêneas, este sistema é amplamente utilizado nas 
empresas de serviços, tais como hospitais, consultorias, etc. 
A seguir, o fluxo dos Custosdo Custeio por Ordem de Produção : 
 
Diferenças entre os sistemas de Custeio por Processo X Ordem de Produção 
A seguir, um quadro comparativo destacando as diferenças entre os custeios por Processo e por 
Ordem de Produção : 
 
 
 
Estes Custos 
de Fabrica-
ção são acu-
mulados em 
um controle, 
conhecido 
como...
O registro de cus-
to constitui a base 
do cálculo dos cus-
tos do produto e 
unitário, utilizados 
na avaliação dos 
estoques finais e 
na determinação 
do custo dos 
produtos vendidos
Registro 
de Custo
Requisição de 
Materiais
Tempo de Mão-
de-Obra Direta
Taxas Predeter-
minadas de CIFs
Uma ordem de 
produção dá 
início as 
operações da 
ordem, onde 
serão alocados 
os respectivos 
custos...
Um pedido 
de venda é 
preparado, 
como base 
da emissão 
Pedido 
de venda
Ordem de 
Produção
Custeio por Processo Custeio por Ordem de Produção
Os custos são acumulados por departamento.
Um único produto é fabricado continuamente ou por vários 
períodos. Todas as unidades fabricadas são iguais.
O relatório da produção do depto é o controle fundamental 
que apresenta a acumulação e o destino dos custos de um 
Os custos unitários são calculados 'por departamento' , no 
respectivo relatório de produção.
Diversas Ordens de Produção são executadas a cada período, 
cada qual com especificações diferentes.
Os custos são acumulados por ordem, individualmente.
O Registro de Custo é o controle fundamental de acumulação 
dos custos de uma ordem.
O custo unitário é calculado 'por ordem' no respectivo controle 
de registro de custo.
 45
Métodos de Custeio 
Em geral, utilizam-se duas abordagens de custeio para avaliação de estoques e apuração dos custos 
dos produtos vendidos. Uma delas, denominada Custeio por Absorção é habitualmente empregada 
para efeito de divulgação de relatórios financeiros externos (publicação e fisco). Uma outra 
abordagem, denominada Custeio Variável, é mais comumente utilizada em relatórios internos, 
dada a preferência de gestores para tomada de decisões. Ambos os métodos geralmente apresentam 
divergências na apuração do lucro líquido. 
Custeio por Absorção 
O Custeio por Absorção parte da premissa que todos os Custos de Fabricação (Variáveis e Fixos) 
são considerados como custos dos produtos (inventariáveis), ou seja, o custo de uma unidade de 
produto consiste de materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação (fixos e 
variáveis). Desta forma, o estoque absorve todos os custos, que posteriormente se transformam em 
despesa, no momento em que o produto for vendido. 
Apesar de ser amplamente utilizados em relatórios tanto internos quanto externos, como forma de 
orientação para o custeio integral das unidades do produto, o Custeio por Absorção, por vezes cria a 
falsa impressão de que o custo unitário do produto é ‘variável’, levando a muitas decisões 
gerenciais inadequadas, como por exemplo formação de preço de venda ou escolha de se continuar 
a fabricar produtos que podem não ser mais lucrativos. 
Abaixo, a forma de apresentação de Resultado pelo método de Custeio por Absorção : 
 
Demonstração de Resultados
Modelo Tradicional - (Custeio por Absorção)
Receita de Vendas $$$.$$$
(-) Custo dos Produtos Vendidos $$$.$$$
Lucro Bruto $$$.$$$
Despesas Operacionais
Despesas de Vendas $$$.$$$
Despesas Administrativas $$$.$$$
Despesas Gerais $$$.$$$ $$$.$$$
Lucro Operacional $$$.$$$
 46
Custeio Variável 
Já o Custeio Variável considera, como o próprio nome diz, ‘apenas os custos variáveis’ como custo 
inventariáveis, ou seja, aqueles custos que variam conforme a produção. Os custos fixos de 
fabricação são portanto excluídos dos custos do produto, entrando posteriormente no resultado 
como despesas do período em que incorreram. Assim sendo, o produto em estoque não possui 
qualquer elemento de custo de fabricação 'fixo'. 
Torna-se uma alternativa atraente para relatórios internos (o Fisco não permite o uso em 
Demonstrações de Resultados), permitindo aos gestores as seguintes visualizações : 
- Mantidas todas as variáveis, os lucros variam na mesma proporção em que variam as vendas, 
tornando-se fácil novas estimativas de lucratividade; 
- Supõe-se que o custo unitário do produto é variável, diferentemente do custo por absorção, em 
que possui uma combinação de fixos e variáveis; 
- É visível o impacto dos custos fixos sobre o lucro, visto que são demonstrados explicitamente. 
 
Abaixo, a forma de apresentação de Resultado pelo método de Custeio Variável : 
 
Na seqüência, vamos exercitar utilizando uma ilustração de resultado abrangendo ambos os 
métodos. 
Demonstração de Resultados
Modelo de Contribuição - (Custeio Variável)
Receita de Vendas $$$.$$$
(-) Custos Variáveis
Custos Variáveis de Fabricação $$$.$$$
Despesas Variáveis $$$.$$$ $$$.$$$
Margem de Contribuição $$$.$$$
(-) Custos Fixos
Custos Fixos de Fabricação $$$.$$$
Despesas Fixas $$$.$$$ $$$.$$$
Lucro Operacional $$$.$$$
 47
A empresa XYZ fabricou 3.000 unidades de seu único produto e vendeu 2.500, ao preço unitário 
de $ 40,00. Seus custos incorridos no período foram : 
 
Pede-se : 
1) Qual foi o Custo Unitário do produto calculando pelos métodos de custeio por Absorção e 
custeio Variável. 
 
2) Confeccionar a Demonstração de Resultado do Período calculando pelos métodos de 
custeio por Absorção e custeio Variável. 
 Custos VARIÁVEIS por Unidade
Materiais Diretos 5,00$ 
Mão-de-Obra Direta 8,00$ 
Custo Indireto de Fabricação 3,00$ 
Comissão de Vendas 1,00$ 
Despesas Administrativas 2,00$ 
 Custos FIXOS no Período
Custo Indireto de Fabricação 30.000$ 
Despesas Gerais 20.000$ 
 Custo UNITÁRIO do Produto ABSORÇÃO VARIÁVEL
Materiais Diretos
Mão-de-Obra Direta
Custo Indireto Fabricação
 Custo Indireto Fabricação (Fixo)
Total : 
 a) Método Custeio por ABSORÇÃO
Receita de Vendas
 (-) Custo Produto Vendido :
Estoque Inicial Produtos Acabados
(+) Custo Prod Fabricados
 (-) Estoque Final
 (=) Lucro Bruto
 (-) Despesas Operacionais
Comissões
Administrativas
Gerais
 (=) Lucro Operacional
 48
 
 
Como podemos observar, temos uma diferença em termos de Lucro Operacional apresentada entre 
os dois métodos. 
Lembre que citamos que pelo método do Custeio por Absorção, o produto absorvia todos os custos 
de fabricação fixos e variáveis. Desta forma, os produtos que mantiveram-se no estoque (não foram 
vendidos no período), ficaram ‘carregados’ por estes custos, os quais só incorrerão no próximo 
período por conta de novas vendas. Portanto, com custos menores incorrido, o resultado se 
apresenta maior por este método. 
Já pelo método do Custeio Variável, onde são considerados apenas os custos variáveis de fabricação 
dos produtos, os itens estocados ficam sub-avaliados, visto que os custos indiretos de fabricação 
‘fixos’ são considerados na sua totalidade como despesas do período em que incorreram. Assim, 
com custos maiores incorridos, o resultado se apresenta menor por este método. 
Vale observar que a diferença de $ 5.000 apurada entre os resultados de ambos ($ 7.500 - $ 2.500) é 
exatamente a mesma diferença entre os valores dos estoques finais de produtos acabados 
($ 13.000 - $ 8.000), ou seja, o que pelo Custeio por Absorção está “ativado”, pelo Custeio Variável 
é “despesa incorrida” no período. 
 
 b) Método Custeio VARIÁVEL
Receita de Vendas
 (-) Custo Produto Vendido :
Est Inicial Prod Acabados
(+) Custo Prod Fabric
 (-) Est Final
 (-) Despesas Variáveis
Comissões
Administrativas
 (=) Margem de Contribuição
 (-) Custos Fixos
Custo Indireto de Fabricação
Despesas Gerais
 (=) Lucro Operacional
 49
Exercício - Métodos de Custeio : 
A empresa CTV fabrica um único produto, o qual ela vende ao preço unitário de $ 75,00. Os 
dados de custos e produção apurados no período foram : 
 
Pede-se : 
a) Qual foi o Custo Unitário do produto calculando pelos métodos de Custeio por Absorção e 
CusteioVariável. 
 
Custos VARIÁVEIS por Unidade
Materiais Diretos 9,00$ 
Mão-de-Obra Direta 14,00$ 
Custo Indireto de Fabricação 7,00$ 
Comissão de Vendas 2,00$ 
Despesas Administrativas 3,00$ 
Custos FIXOS no Período
Custo Indireto de Fabricação 55.000$ 
Despesas Gerais 35.000$ 
Produto Acabado - QUANTIDADES
Produzidas 5.500 
Estoque Final 1.000 
 Custo UNITÁRIO do Produto ABSORÇÃO VARIÁVEL
Materiais Diretos
Mão-de-Obra Direta
Custo Indireto Fabricação
 Custo Indireto Fabricação (Fixo)
Total : 
 50
b) Confeccionar a Demonstração de Resultado do Período calculando pelos métodos de custeio 
por Absorção e custeio Variável. 
 
 a) Método Custeio por ABSORÇÃO
Receita de Vendas
 (-) Custo Produto Vendido :
Est Inicial Produtos Acabados
(+) Custo Produtos Fabricados
 (-) Est Final Produtos Acabados
 (=) Lucro Bruto
 (-) Despesas Operacionais
Comissões 
Administrativas 
Gerais
 (=) Lucro Operacional
 b) Método Custeio VARIÁVEL
Receita de Vendas
 (-) Custo Produto Vendido :
Est Inicial Produtos Acabados
(+) Custo Produtos Fabricados
 (-) Est Final Produtos Acabados
 (-) Despesas Variáveis
Comissões
Administrativas
 (=) Margem de Contribuição
 (-) Custos Fixos
Custo Indireto de Fabricação
Despesas Gerais
 (=) Lucro Operacional
 51
 
Custeio Baseado em Atividades – ABC 
Vimos até o momento alguns sistemas de custos desenhados de diversas formas voltados para 
apuração do custo do produto e elaboração de relatórios de acompanhamento. O custeio variável 
por exemplo municiam os gestores para tomada de decisões com relação aos custos variáveis do 
produto, isolando os custos fixos. 
Um novo método de custeio, porém já muito utilizados pelas empresas é o Custeio Baseado em 
Atividades (ABC – Activity Based Costing), que tem entre outros benefícios, permitir uma gestão 
das atividades, tanto em termos de custo como em termos de desempenho (melhoria contínua). 
O Activity Based Costing - ou Sistema ABC - é uma abordagem que analisa o comportamento dos 
custos por atividade, estabelecendo relações entre as atividades e o consumo de recursos, 
independente de fronteiras departamentais, permitindo a identificação dos fatores que levam a 
empresa a incorrer em custos em seus processos de oferta de produtos e serviços e de atendimento a 
mercados e clientes. Possibilita ainda identificar as atividades mais onerosas em cada processo, 
facilitando o acompanhamento gerencial e garantindo a melhor performance dos custos. 
O Sistema ABC na verdade funciona como um complemento dos sistemas atuais, e não um 
substituto deles. Os demais sistemas continuam a existir como forma de apuração de custos dos 
produtos e relatório externos, enquanto que o ABC serviria para o melhor conhecimento do ‘custo 
indireto’ e determinação da rentabilidade dos produtos e dos clientes. Enfim, teria uma ampla 
utilização em relatórios gerenciais. 
As etapas de Implantação do Custeio por Atividades são : 
- Identificação e descrição das Atividades, bem como de seus respectivos centros de custos (onde 
elas ocorrem); 
- Identificação das Taxas de Atividade, também conhecidos como Direcionadores de Custos 
(métricas que servem para medição e alocação dos custos da atividade). Ex. Atividade : 
Atendimento ao Cliente -> Direcionador : Nº de Chamadas. 
Atividade : Distribuição -> Direcionador : Nº de Clientes; 
- Identificação dos Objetos de Custo; 
- Identificação e apropriação dos custos (diretos e indiretos) aos objetos de custo (que podem ser 
os produtos ou os centros de atividades), através dos Direcionadores de Custos. 
 52
 
Numa forma mais simplista, para elaboração de um sistema ABC as empresas geralmente 
selecionam um conjunto das atividades que possam absorver a maior parte do trabalho realizado nos 
centros de custo indireto. Estando cada atividade associada a um centro de custo, os custos indiretos 
são apropriados a esses centros, através da taxa de atividade apurada. A partir daí, essas taxas são 
então utilizadas para custear os objetos de custo. 
Na seqüência, um exemplo das etapas de cálculo do Custeio ABC : 
 CIF :
 Salários e Encargos Indiretos da Fábrica : 10,000$ 
Centros Custo
Pedidos 20% 2,000$ 
Montagem 70% 7,000$ 
Embalagem 10% 1,000$ 
Direcionador Custo
Nº Pedidos 1,000 2.00$ 
Nº Horas-MDO 1,000 7.00$ 
Nº Unid Fabricadas 5,000 0.20$ 
 Produto : Montagem de 01 Microcomputador
Qtde Incorrida
Pedidos 1 Pedido 2.00$ 
Montagem 4 Horas-MDO 28.00$ 
Embalagem 1 Caixa 0.20$ 
Total CIF - Salários e Encargos 30.20$ 
Distribuição 
das Atividades
Alocação 
aos Centros
Total Incorrido 
no Período
Custo 
p/Unidade
Modelo de Custeio Baseado em Atividades
Materiais
Diretos
Objetos de Custo : Produtos, Pedidos, Clientes, etc..
Custos Indiretos de FabricaçãoMDO Direta
Pedidos Montagem Embalagem
$/Pedido
- - - Primeiro Estágio de Alocação - - -
$/HMDO $/Unid
- - - Segundo Estágio de Alocação - - -
Diretamente 
Identificado
$/HMDO
- - FIM - -
 53
 
Bibliografia Básica: 
 
- Contabilidade de Custos – Matz, A.; Curry, O.J.; Frank, G.W. 
- Contabilidade de Custos – Horngren, C.T.; Foster, G.; Datar, S.M. 
- Contabilidade Gerencial – Garrison, R.H.; Noreen, E.W. 
- Contabilidade de Custos – Martins, E.

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