Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS H2O2/UV Acadêmicas: Aline Berno Elaine Salete Biessek Josiane Élis Marmentini Renata Alves Flores Samara Drager Vanin POA’s ◻ Processos que baseiam-se na formação de radicais livres que possuem poder oxidante e promovem a degradação de inúmeros compostos poluentes; ◻ Principal radical formado: °OH ◻ Combinação de um agente oxidante + UV ou VIS + catalisadores ou semicondutores; POAs: Processos de Oxidação Avançada ◻ Os POAs podem ser empregados isoladamente ou em combinação com um tratamento prévio ou posterior. POA’s H2O2/UV ◻ Processo fotoquímico e homogêneo; ◻ H2O2 é fotolisado por irradiação UV em comprimentos de onda de 200 à 300 nm, ocasionando a quebra da ligação O-O da molécula de H2O2 e gerando o radical livre (°OH); H2O2 + UV → 2OH H2O2 peróxido de hidrogênio / UV: radiação ultravioleta H2O2/UV ◻ Este processo combinado é muito mais eficiente do que o uso de cada um deles separadamente, pois na reação ocorrem a formação de 2 radicais de hidroxila para cada molécula de H2O2 ; ◻ Entretanto deve se ter muito cuidado com a concentração de peróxido usado; H2O2/UV Vale lembrar que também existe a possibilidade de recombinação desses radicais, transformando-se em H2O2 2OH → H2O2 Com esse processo de transformação “inversa”, o peróxido de hidrogênio acaba virando um capturador de radicais livres. A associação de peróxido de hidrogênio (H2O2) e radiação ultravioleta (UV) tem sido amplamente estudada e aplicada no tratamento e purificação de águas de abastecimento e de águas residuárias, permitindo a degradação de uma série de contaminantes. H2O2/UV O processo UV/H2O2 ainda apresenta a vantagem adicional da não formação de lodo durante o tratamento, podendo também alcançar a mineralização dos compostos orgânicos. H2O2/UV APLICAÇÕES ◻ Degradação de éter metiltercbutílico (MTBE); ◻ Degradação de corantes; ◻ Pesticidas e Herbicidas; ◻ Pré tratamento para aumentar a biodegradabilidade de surfactantes; ◻ Contaminantes Farmacêuticos; O grande desafio para tornar a oxidação avançada uma tecnologia de remediação mais abrangente é atingir maiores taxas de mineralização. Fontes de baixa energia, como a radiação solar natural, não podem ser utilizadas eficientemente no tratamento da maioria dos resíduos, sendo necessária radiação com maior energia H2O2/UV O uso da radiação solar é pouco eficiente no processo, visto que ela possui somente uma pequena fração (5%) de radiação UV; H2O2/UV Como se aplica no tratamento ? COMO SE APLICA NO SISTEMA DE TRATAMENTO Fatores que influenciam na eficiência do processo ◻ Concentração dos contaminantes; ◻ Concentração dos oxidantes; ◻ Sequestradores de radicais livres; ◻ Estrutura química; ◻ Presença de oxidantes auxiliares; ◻ pH; ◻ Cor; ◻ Turbidez; ◻ Temperatura. ❏ Solubilidade do H2O2 em água; ❏ Geração de dois radicais HO- fotolisada; ❏ Estabilidade térmica; ❏ Procedimentos de operações simples; ❏ Inexistência de problemas de transferência de massa. ❏ Custo de processo; ❏ H2O2 funciona como um “captador” de radicais hidroxil; ❏ Taxa de oxidação química do poluente é limitada pela taxa de formação dos radicais hidroxil. VANTAGENS DESVANTAGENS ESTUDO DE CASO Classificação da Revista Química Nova: B2 INTRODUÇÃO Os efluentes gerados pela indústria têxtil apresentam composição extremamente heterogênea com uma grande quantidade de material tóxico e recalcitrante, o que torna seu tratamento mais difícil. Esses efluentes apresentam forte coloração, grande quantidade de sólidos suspensos, pH altamente flutuante, temperatura elevada, grandes concentrações de DQO, etc. PARTE EXPERIMENTAL O experimento foi realizado no Laboratório de Reuso de Águas (LaRA), do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC Os ensaio de degradação fotoquímica foram realizados em reator UV de bancada. Os ensaios foram realizados em batelada, utilizando efluente já tratado biologicamente (lodos ativados) provenientes de uma indústria fabricante de tecidos de algodão e sintéticos. PARTE EXPERIMENTAL ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS As medidas de pH foram realizadas pelo métodos potenciométrico, através de pHmetro de bancada. Fonte: https://www.emaze.com/@ALRZLZTO https://www.google.com/url?q=https://www.emaze.com/@ALRZLZTO&sa=D&ust=1599009613581000&usg=AFQjCNGiNK6e0JKl4iSaRnWbPISyoNSEbw ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS A alcalinidade foi determinada pelo método titulométrico com solução de H2SO4 0,02N, conforme descrito no Standard Methods. ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS A condutividade foi verificada pelo método da eletrometria, medida em condutivímetro portátil da Orion. Fonte: HexiS ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS Os valores de COT foram quantificados por meio de leitura instrumental em aparelho TOC-5000A. Fonte:http://www.ecs.umass.edu/eve/facilities/equipment/TOC5000.htm https://www.google.com/url?q=http://www.ecs.umass.edu/eve/facilities/equipment/TOC5000.htm&sa=D&ust=1599009614035000&usg=AFQjCNE-0I43mJoC9BjP_SkH5yT7KoxVlw ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS Os SST foram determinados pelo método 8006 – HACH, com leitura em espectrofotômetro. FONTE: https://pt.hach.com/espectrofotometros/family?productCategoryId=24821558562 https://www.google.com/url?q=https://pt.hach.com/espectrofotometros/family?productCategoryId%3D24821558562&sa=D&ust=1599009614295000&usg=AFQjCNE4kxKirRGnv3_xlfyBdImww-r98w ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS A turbidez foi determinada pelo método nefelométrico (NTU) em turbidímetro de bancada da HACH. FONTE: https://www.hexis.com.br/produto/turbidimetro-tl2300 https://www.google.com/url?q=https://www.hexis.com.br/produto/turbidimetro-tl2300&sa=D&ust=1599009614715000&usg=AFQjCNG_hwbVS6wA014XU4gntyh6STd6LQ ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS A cor e os compostos aromáticos foram avaliados através da leitura da absorbância utilizando espectrofotômetro e cubetas de quartzo de 1 cm. FONTE:https://www.biocompare.com/22960-Spectrophotometers -Single-Beam/1826986-Cary-100-UVVisible-Spectrophotometer/ FONTE:http://caseanalitica.com.br/cubetas.ph p https://www.google.com/url?q=https://www.biocompare.com/22960-Spectrophotometers-Single-Beam/1826986-Cary-100-UVVisible-Spectrophotometer/&sa=D&ust=1599009614912000&usg=AFQjCNGFnfMCMc9Dxki9R0I-d2VFiE6PQQ https://www.google.com/url?q=https://www.biocompare.com/22960-Spectrophotometers-Single-Beam/1826986-Cary-100-UVVisible-Spectrophotometer/&sa=D&ust=1599009614912000&usg=AFQjCNGFnfMCMc9Dxki9R0I-d2VFiE6PQQ https://www.google.com/url?q=http://caseanalitica.com.br/cubetas.php&sa=D&ust=1599009614915000&usg=AFQjCNHpfcZ2L4yEbz3ehSnCa7sqHhEV-Q https://www.google.com/url?q=http://caseanalitica.com.br/cubetas.php&sa=D&ust=1599009614915000&usg=AFQjCNHpfcZ2L4yEbz3ehSnCa7sqHhEV-Q ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS As espécies iônicas foram identificadas pelo método da cromatografia iônica, medidas através de cromatógrafo equipado com detector de condutividade iônica e coluna AS4A-SC. FONTE: https://www.labnetwork.com.br/noticias/laboratorio-de-analise-de-agua-alagoano-investe-em-cromatografo-de-ions/ https://www.google.com/url?q=https://www.labnetwork.com.br/noticias/laboratorio-de-analise-de-agua-alagoano-investe-em-cromatografo-de-ions/&sa=D&ust=1599009615148000&usg=AFQjCNEbDY3iPS3SYNWNvtiDh0QP6yG-Mg ANÁLISES E MÉTODOS ANALÍTICOS Coluna AS4A-SC FONTE:https://www.thermofisher.com/order/catalog/ product/043175#/043175 Condutividade iônica FONTE:https://www.metrohm.com/pt-br/produtos-geral/cromatografi a-de-ions/ic-detectores/ https://www.google.com/url?q=https://www.thermofisher.com/order/catalog/product/043175%23/043175&sa=D&ust=1599009615366000&usg=AFQjCNGxyjRd_0ZSOC8Ang6F8vInUzUwBQ https://www.google.com/url?q=https://www.thermofisher.com/order/catalog/product/043175%23/043175&sa=D&ust=1599009615366000&usg=AFQjCNGxyjRd_0ZSOC8Ang6F8vInUzUwBQ https://www.google.com/url?q=https://www.metrohm.com/pt-br/produtos-geral/cromatografia-de-ions/ic-detectores/&sa=D&ust=1599009615384000&usg=AFQjCNEECjOWfFiBOOD5U-gsZhVWu0043Qhttps://www.google.com/url?q=https://www.metrohm.com/pt-br/produtos-geral/cromatografia-de-ions/ic-detectores/&sa=D&ust=1599009615384000&usg=AFQjCNEECjOWfFiBOOD5U-gsZhVWu0043Q RESULTADOS E DISCUSSÕES O efluente têxtil estudado foi coletado após o tratamento biológico, na saída do decantador secundário da ETE da indústria. Pretendeu-se avaliar a eficiência do processo UV/H2O2 na degradação dos corantes nesse efluente. As características do efluente, considerando seu estado bruto, está indicado na Tabela 1. RESULTADOS E DISCUSSÕES As amostras de efluentes foram então submetidas ao processo UV e UV/H2O2 nas diferentes concentrações de oxidante. A Figura 2 mostra o resultado dos ensaios através da redução das absorbâncias. RESULTADOS E DISCUSSÕES RESULTADOS E DISCUSSÕES RESULTADOS E DISCUSSÕES A degradação dos corantes e a consequente redução da cor aumentaram com o aumento da concentração inicial de H2O2 (Figura 2A). Concentrações superiores a 200 ou 250 mg H2O2 L-1 já correspondem a um consumo em excesso do oxidante. RESULTADOS E DISCUSSÕES Medidas de turbidez também foram realizadas durante o processo oxidativo. Como destacam Tang e Chen, a elevada turbidez de um efluente é uma condição restritiva para os processos fotoquímicos. A Figura 3 mostra a redução da turbidez em função do tempo de irradiação UV e da concentração de H2O2. RESULTADOS E DISCUSSÕES RESULTADOS E DISCUSSÕES A utilização de H2O2 acima de 200 ou 250 mg L -1 não propiciou aumento significativo na eficiência de remoção após 60 min de irradiação UV. Com essas concentrações obteve-se remoção de turbidez em torno de 23% após 1 h de tratamento, podendo contribuir significativamente para o reuso da água na própria planta de tratamento. RESULTADOS E DISCUSSÕES O COT é uma medida da quantidade de carbono orgânico que pode ser oxidado a CO2 e a sua determinação avalia a taxa de mineralização, que é um importante indicador da efetividade do processo. Na figura 4 mostra os valores de COT e a eficiência de remoção com 60 min de tratamento nas diferentes concentrações aplicadas de peróxido de hidrogênio. RESULTADOS E DISCUSSÕES RESULTADOS E DISCUSSÕES A baixa redução de COT pode ser explicada pelo fato que durante a descoloração, novas substâncias orgânicas podem ter sido formadas (não identificadas), as quais não são coloridas, mas que necessitam de maior tempo para sua degradação. RESULTADOS E DISCUSSÕES RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo as observações de Kurbus, Le Marechal e Voncina, a descoloração pode ser explicada pela capacidade de quebrar duplas ligações e a baixa remoção de matéria orgânica é devido a oxidação incompleta dos compostos orgânicos. Análises de SST foram realizadas nas amostras após o processo fotoquímico. A Figura 5 apresenta os valores de SST e a eficiência de remoção após 1 h de tratamento, em função da concentração de H2O2. RESULTADOS E DISCUSSÕES https://www.google.com/url?q=https://www.scielo.br/scielo.php?script%3Dsci_arttext%26pid%3DS0100-40422012000500007%23fig05&sa=D&ust=1599009619779000&usg=AFQjCNGrWC0Ou32GvEdEIMWGOhmGMB96ag RESULTADOS E DISCUSSÕES Análises de cromatografia iônica do efluente após o tratamento biológico indicaram, além de cloreto e sulfato, a presença de nitrato, provavelmente resultante do processo biológico. A Figura 6 mostra o resultado das análises da cromatografia iônica após 1 h da irradiação UV nas diferentes concentrações de H2O2 testadas. RESULTADOS E DISCUSSÕES https://www.google.com/url?q=https://www.scielo.br/scielo.php?script%3Dsci_arttext%26pid%3DS0100-40422012000500007%23fig06&sa=D&ust=1599009620085000&usg=AFQjCNEcyV-JFtFUJHjnBk9kPRPuvoOWuA RESULTADOS E DISCUSSÕES Após o tratamento oxidativo não se teve mais o aparecimento de nitrato, e as concentrações de cloreto e sulfato não apresentaram mudanças significativas. RESULTADOS E DISCUSSÕES CONCLUSÃO Mostrou ser uma técnica promissora como pós-tratamento de efluentes da indústria têxtil. Melhor eficiência de remoção com determinada concentração de oxidante. Com 60 minutos de irradiação UV e 250 mg H2O2 L -1 temos: Remoção Eficiência Cor 96% Compostos aromáticos 84% COT 56% SST 90% Turbidez remanescentes 23% CONCLUSÃO Reutilização do efluente na indústria. Redução do consumo de água. Impacto ambiental e econômico positivo. CONCLUSÃO REFÊRENCIAS ◻ NASCIMENTO, Ronaldo Ferreira do et al. Processos oxidativos avançados: fundamentos e aplicações em matrizes ambientais. Fundamentos e aplicações em matrizes ambientais. 2017. Disponível em: file:///C:/Users/usuario/Downloads/2017_liv_rfnascimento.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020. ◻ ARAðJO, Karla Santos de et al. Processos oxidativos avançados: uma revisão de fundamentos e aplicações no tratamento de águas residuais urbanas e efluentes industriais. uma revisão de fundamentos e aplicações no tratamento de águas residuais urbanas e efluentes industriais. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ambiagua/v11n2/1980-993X-ambiagua-11-02-00387.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020. ◻ BRITO, Núbia Natália de et al. PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO E SUA APLICAÇÃO AMBIENTAL. 2012. Disponível em: file:///C:/Users/usuario/Downloads/17000-Texto%20do%20artigo-74760-1-10-2012042 3%20(1).pdf. Acesso em: 22 jul. 2020. ◻ TEIXEIRA, Claudia Poli de Almeida Barêa et al. Processos Oxidativos Avançados. 2004. Disponível em: http://lqa.iqm.unicamp.br/cadernos/caderno3.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020.
Compartilhar