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Retrospectiva-de-Jurisprudência-2019-DOC-ÚNICO

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Sumário 
 
1 – CONSTITUCIONAL ................................................................................................................................. 8 
ADVOCACIA PÚBLICA ............................................................................................................................................. 8 
PODER JUDICIÁRIO ................................................................................................................................................. 9 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE .............................................................................................................. 11 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS ............................................................................................................................ 13 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS............................................................................................................ 16 
DEFENSORIA PÚBLICA .......................................................................................................................................... 19 
MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................................................................................................... 20 
PODER LEGISLATIVO ............................................................................................................................................. 20 
PROCESSO LEGISLATIVO ....................................................................................................................................... 21 
TRIBUNAL DE CONTAS .......................................................................................................................................... 22 
2- ADMINISTRATIVO .................................................................................................................................. 24 
PRINCÍPIOS ..................................................................................................................................................24 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ....................................................................................................................... 25 
RESPONSABILIDADE CIVIL .................................................................................................................................... 26 
LICITAÇÃO ....................... .................................................................................................................................... 27 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE ................................................................................................... 27 
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ......................................................................................................... 28 
CONCURSOS PÚBLICOS ........................................................................................................................................ 29 
SERVIDORES PÚBLICOS ........................................................................................................................................ 29 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ........................................................................................................................ 32 
PODERES ..................... ........................................................................................................................................ 32 
DIVERSOS .................... ........................................................................................................................................ 33 
3- PENAL ................................................................................................................................................... 35 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA .......................................................................................................................... 35 
DOSIMETRIA DA PENA ......................................................................................................................................... 36 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO .................................................................................................................................. 37 
PRESCRIÇÃO ............... ......................................................................................................................................... 37 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ........................................................................................................................ 38 
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL .............................................................................................................. 40 
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................................................ 41 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................... 41 
4 
 
CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ........................................................................................ 43 
RACISMO ...................... ...................................................................................................................................... 43 
ECA .......................................................................................................................................................................44 
CRIMES HEDIONDOS ............................................................................................................................................ 44 
LEI 8.666/1993 .............. ...................................................................................................................................... 44 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO ........................................................................................................................ 45 
LEI MARIA DA PENHA ........................................................................................................................................... 45 
LEI DE DROGAS ........... ......................................................................................................................................... 46 
DIVERSOS ................... ......................................................................................................................................... 47 
4 – PROCESSO PENAL ................................................................................................................................. 49 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL .................................................................................................................................... 49 
AÇÃO PENAL .............. ......................................................................................................................................... 50 
COMPETÊNCIA .............. ...................................................................................................................................... 50 
PRISÕES ...................... ........................................................................................................................................ 53 
PROCEDIMENTO .............. ................................................................................................................................... 54 
PROVAS .......................... .................................................................................................................................... 54 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA .............................................................................................................................. 58 
TRIBUNAL DO JÚRI ...............................................................................................................................................59 
NULIDADES ................ ......................................................................................................................................... 60 
RECURSOS .................. ......................................................................................................................................... 62 
HABEAS CORPUS E REVISÃO CRIMINAL ............................................................................................................... 63 
EXECUÇÃO PENAL ................................................................................................................................................. 64 
DIVERSOS ..................... ....................................................................................................................................... 67 
5 – CIVIL .................................................................................................................................................... 69 
DIREITOS DA PERSONALIDADE ............................................................................................................................ 69 
PRESCRIÇÃO ............... ......................................................................................................................................... 69 
BEM DE FAMÍLIA ..................................................................................................................................................70 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES ................................................................................................................................... 70 
RESPONSABILIDADE CIVIL .................................................................................................................................... 71 
CONTRATOS ............ ............................................................................................................................................ 73 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA .............................................................................................................. 77 
CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL ........................................................................................................................... 77 
PARENTESCO ............ ........................................................................................................................................... 78 
ALIMENTOS ................ ......................................................................................................................................... 79 
5 
 
SUCESSÕES .............. ........................................................................................................................................... 80 
DIREITOS REAIS ............ ....................................................................................................................................... 82 
6 – PROCESSO CIVIL ................................................................................................................................... 84 
COMPETÊNCIA ........... ......................................................................................................................................... 84 
PROCEDIMENTO ............ ..................................................................................................................................... 87 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS .............................................................................................................................. 88 
PROVAS ................... ............................................................................................................................................ 89 
TUTELA PROVISÓRIA ............................................................................................................................................ 89 
ASTREINTES ............... .......................................................................................................................................... 91 
SENTENÇA ................. .......................................................................................................................................... 92 
ENCARGOS PROCESSUAIS .................................................................................................................................... 92 
AÇÃO RESCISÓRIA ................................................................................................................................................ 93 
RECURSOS ..................... ...................................................................................................................................... 94 
EXECUÇÃO .................. ...................................................................................................................................... 101 
EXECUÇÃO FISCAL ............................................................................................................................................... 104 
MANDADO DE SEGURANÇA ............................................................................................................................... 106 
PROCESSO COLETIVO.......................................................................................................................................... 106 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS .............................................................................................................................. 107 
DIVERSOS ................... ....................................................................................................................................... 108 
7 – TRIBUTÁRIO ....................................................................................................................................... 110 
IMUNIDADE .......... ............................................................................................................................................. 110 
TAXAS ............................ ................................................................................................................................... 110 
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ....................................................................................................... 111 
IMPOSTOS FEDERAIS .......................................................................................................................................... 111 
IMPOSTOS ESTADUAIS ....................................................................................................................................... 113 
IMPOSTOS MUNICIPAIS ..................................................................................................................................... 113 
CONTRIBUIÇÕES .... ............................................................................................................................................ 114 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO................................................................................................................. 115 
DIVERSOS ................ .......................................................................................................................................... 116 
8 – EMPRESARIAL .................................................................................................................................... 117 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL ................................................................................................................................ 118 
TÍTULOS DE CRÉDITO .......................................................................................................................................... 119 
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS ............................................................................................................................... 120 
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL................................................................................................................ 122 
6 
 
9- ECA ..................................................................................................................................................... 125 
DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ...................................................................................................... 125 
ADOÇÃO ..................... ...................................................................................................................................... 125 
ASPECTOS PROCESSUAIS .................................................................................................................................... 125 
10- CONSUMIDOR ................................................................................................................................... 126 
CONCEITO DE CONSUMIDOR ............................................................................................................................. 126 
FATO DO PRODUTO/SERVIÇO ............................................................................................................................ 126 
VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO ........................................................................................................................... 126 
PRÁTICAS COMERCIAIS ...................................................................................................................................... 127 
DIVERSOS ............ .............................................................................................................................................. 132 
11 – PREVIDENCIÁRIO .............................................................................................................................. 133 
APOSENTADORIA................................................................................................................................................ 133 
PENSÃO POR MORTE .......................................................................................................................................... 134 
PREVIDÊNCIA PRIVADA ...................................................................................................................................... 135 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ...................................................................................................................... 135 
DIVERSOS ................... ....................................................................................................................................... 135 
12 – AMBIENTAL...................................................................................................................................... 137 
COMPETÊNCIA ........... ....................................................................................................................................... 137 
INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................................................................. 137 
RESPONSABILIDADE ........................................................................................................................................... 138 
13- FINANCEIRO ...................................................................................................................................... 138 
14 – INTERNACIONAL .............................................................................................................................. 140 
EXTRADIÇÃO ......... ............................................................................................................................................ 140 
EXPULSÃO ............ ............................................................................................................................................. 141 
15 – DIREITO ELEITORAL .......................................................................................................................... 141 
INELEGIBILIDADES .............................................................................................................................................. 141 
PARTIDOS POLÍTICOS ......................................................................................................................................... 142 
DIVERSOS ............. ............................................................................................................................................. 142 
16 – DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL ....................................................................................................... 143 
17 – DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO ......................................................................... 144 
18 – PENAL E PROCESSUAL PENAL MILITAR .............................................................................................. 145 
 
 
 
7 
 
RETROSPECTIVA DE JURISPRUDÊNCIA – 20191 
 
Querido(a)s aluno(a)s da família Ciclos, mais um ano chegou ao fim. E, juntos, conseguimos dar grandes 
passos rumo a tão sonhada aprovação. 
 
E, claro, que, mais um ano, estamos disponibilizando para vocês a “Retrospectiva de Jurisprudência” (já 
sabemos que vocês estavam esperando, né?), compilando os julgados do STJ e do STF comentados pelo 
professor e Juiz Federal (ou seria, nosso amigo, ídolo, queridíssimo? #COMCERTEZA) Márcio André Lopes 
Cavalcante (para os mais íntimos, o Marcinho do Dizer o Direito). 
 
Aproveitamos essa oportunidade para agradecer o trabalho de qualidade impecável do Marcinho, que, 
com tanto zelo e responsabilidade, transforma o estudo da jurisprudência em algo de fácil compreensão e 
entendimento (quem aí concorda que ler informativo é a parte mais agradável do cronograma? Nossa, eu amava 
– e amo até hoje me atualizar pelo site Dizer o Direito). 
 
Desejamos um feliz 2020 a todos! Nossos votos é de que seja mais um ano de recomeços, lutas, 
alegrias, sonhos realizados e muita gratidão! 
 
Um abraço carinhoso de toda a equipe do Setor de Materiais. 
 
 
 
 
1 Obs1. Todas as informações foram extraídas do site Dizer o Direito (#SomosTodosMarcinho #AjudaMarcinho). Obs2. 
Todos os julgados foram devidamente adicionados nas FUCs (para achar no material as novas inserções basta procurar o * 
asterisco). 
8 
 
1 – CONSTITUCIONAL 
 
• ADVOCACIA PÚBLICA 
 
É inconstitucional lei estadual que confira à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) competência para 
controlar os serviços jurídicos e para fazer a representação judicial de empresas públicas e sociedades de 
economia mista, inclusive com a possibilidade de avocação de processos e litígios judiciais dessas estatais. Essa 
previsão cria uma ingerência indevida do Governador na administração das empresas públicas e sociedades de 
economia mista, que são pessoas jurídicas de direito privado. O art. 132 da CF/88 confere às Procuradorias dos 
Estados/DF atribuição para as atividades de consultoria jurídica e de representação judicial apenas no que se 
refere à administração pública direta, autárquica e fundacional. STF. Plenário. ADI 3536/SC, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 2/10/2019 (Info 954). 
 
Viola o art. 132 da CF/88 norma da Constituição Estadual que preveja que a assistência jurídica da 
Administração indireta será exercida por profissionais do corpo jurídico que compõem seus respectivos quadros 
É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que “a representação judicial e extrajudicial 
dos órgãos da administração indireta é de competência dos profissionais do corpo jurídico que compõem seus 
respectivos quadros e integram advocacia pública cujas atividades são disciplinadas em leis especificas.” Essa 
previsão viola o princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito Federal. O art. 132 da 
CF/88 atribuiu aos Procuradoresdos Estados e do DF exclusividade no exercício da atividade jurídica contenciosa 
e consultiva não apenas dos órgãos, mas também das entidades que compõem a administração pública indireta. 
STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
Inconstitucionalidade da previsão de procuradores autárquicos. É inconstitucional dispositivo de Constituição 
Estadual que cria o cargo de procurador autárquico em estrutura paralela à Procuradoria do Estado. Também é 
inconstitucional dispositivo de constituição Estadual que transforma os cargos de gestores jurídicos, advogados 
e procuradores jurídicos em cargos de procuradores autárquicos. STF. Plenário. ADI 5215/GO, Rel. Min. Roberto 
Barroso, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). Inconstitucionalidade da previsão de procuradores autárquicos 
e de advogados de fundação É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que os 
procuradores autárquicos e os advogados de fundação terão competência privativa para a representação 
judicial e o assessoramento jurídico dos órgãos da Administração Estadual Indireta aos quais vinculados, e que, 
para os efeitos de incidência de teto remuneratório, eles serão considerados “procuradores”, nos termos do art. 
37, XI, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4449/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
 
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9 
 
É constitucional lei estadual que preveja o cargo em comissão de Procurador-Geral da universidade 
estadual. Esta previsão está de acordo com o princípio da autonomia universitária (art. 207 da CF/88). STF. 
Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935) 
 
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no 
Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de 
Polícia. A CF/88, apenas excepcionalmente, conferiu prerrogativa de foro para as autoridades federais, estaduais 
e municipais. Assim, não se pode permitir que os Estados possam, livremente, criar novas hipóteses de foro por 
prerrogativa de função. STF. Plenário. ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de 
Moraes, julgado em 15/5/2019 (Info 940). 
 
É inconstitucional emenda à Constituição Estadual, de iniciativa parlamentar, que trate sobre as 
competências da Procuradoria Geral do Estado. Isso porque esta matéria é de iniciativa reservada ao chefe do 
Poder Executivo (art. 61, § 1º, da CF/88). É do Governador do Estado a iniciativa de lei ou emenda constitucional 
que discipline a organização e as atribuições dos órgãos e entidades da Administração Pública estadual. STF. 
Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
 
É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que a Procuradoria Geral do Estado 
ficará responsável pelas atividades de representação judicial e de consultoria jurídica apenas “do Poder 
Executivo”. Essa previsão viola o princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito 
Federal. De acordo com o art. 132 da CF/88 as atribuições da PGE não ficam restritas ao Poder Executivo, 
abrangendo também os demais Poderes. STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 
e 28/3/2019 (Info 935). 
 
• PODER JUDICIÁRIO 
 
Existe uma decisão proferida pelo TJ em processo coletivo que beneficia diversos servidores do Poder 
Judiciário. Esses servidores começam a ingressar com execuções individuais pedindo o pagamento dos valores 
reconhecidos no acórdão do TJ. João é um deles e ajuíza pedido de cumprimento de sentença. O TJ remete a 
execução individual de João para o STF afirmando que mais da metade dos Desembargadores possui alguma 
relação de parentesco com outros servidores beneficiados pela decisão. Logo, para o TJ, a competência para 
julgar todas as execuções individuais seria do STF, com base no art. 102, I, “n”, segunda parte, da CF/88. O STF, 
contudo, não concordou com a decisão. O STF não é competente para julgar originariamente a execução de 
João, pois não há impedimento dos Desembargadores. Nenhum deles mantêm relação de parentesco com João, 
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10 
 
servidor que figura especificamente no processo de execução individual. STF. 1ª Turma. AO 2380 AgR/SE, Rel. 
Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 25/6/2019 (Info 945). 
 
É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade dos atos 
administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo 
após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias 
judiciais depois da CF/88, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer 
que seja a forma de provimento. Há flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem 
cargo em serventia que deveria ser estatizada. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 
30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 
930). O escrivão que ocupa serventia judicial provida, em caráter privado, antes da CF/88, pode ser mantido na 
titularidade da serventia. O art. 31 do ADCT garante, expressamente, o direito do escrivão nomeado antes da 
CF/88 de continuar explorando a serventia. Isso porque este dispositivo afirma que, depois da CF/88, deverão 
ser estatizadas as serventias do foro judicial, “respeitados os direitos dos então titulares”. STF. 1ª Turma. MS 
29998/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/5/2019(Info 942). 
 
Se o Juiz do Trabalho Substituto está exercendo as funções do Juiz do Trabalho Titular, ele terá direito 
de receber um valor a mais denominado “substituição” (art. 656, § 3º da CLT e art. 124 da LOMAN). Essa verba 
da substituição não deverá ser paga durante a licença-saúde do Juiz Substituto. Assim, Juiz do Trabalho 
Substituto, durante seu afastamento para tratamento de saúde, não tem direito de continuar recebendo a verba 
de substituição pelo fato de estar na Titularidade da unidade judiciária. Esse tipo de verba só pode ser paga 
enquanto mantido o desempenho da titularidade da unidade judiciária – condição necessária para seu 
recebimento. STF. 2ª Turma. AO 2234 ED/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/3/2019 (Info 934). 
 
O STF entende que não é seu papel fazer a revisão do mérito das decisões do CNJ. Assim, os atos e 
procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao controle de legalidade por parte do STF. O mandado de 
segurança não se presta ao reexame de fatos e provas analisados pelo CNJ no processo disciplinar. A LOMAN 
não estabelece regras de prescrição da pretensão punitiva por faltas disciplinares praticadas por magistrados. 
Diante disso, deve ser feita a aplicação subsidiária da Lei nº 8.112/90. STF. 2ª Turma. MS 35540/DF e MS 
35521/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgadosem 12/3/2019 (Info 933). 
 
É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade dos atos 
administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo 
após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias 
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judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de nelas permanecerem, 
qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que 
assumem cargo em serventia que deveria ser estatizada. Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas 
para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas 
/ não estatizadas), após a CF/88. O art. 31 do ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das 
serventias judiciais à medida que elas fiquem vagas. O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se 
aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 
29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgados em 12/2/2019 (Info 930). 
 
Deve ser mantida a decisão do CNJ que aplica pena de disponibilidade (art. 42, IV, da LC 35/79) à 
magistrada que, mesmo depois de informada que uma adolescente mulher estava presa em uma mesma cela 
com homens, demora a tomar as providências necessárias para corrigir essa situação e, além disso, procura se 
eximir de responsabilidade produzindo documento falso com data retroativa, na tentativa de comprovar que 
teria adotado providências que, na realidade, não adotou. STF. 1ª Turma. MS 34490/DF, rel. orig. Min. Marco 
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 5/2/2019 (Info 929). 
 
• CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
O fato de uma lei possuir destinatários determináveis não retira seu caráter abstrato e geral, tampouco 
a transforma em norma de efeitos concretos. STF. 1ª Turma. RE 1186465 AgR/TO, Rel. Min. Alexandre de 
Moraes, julgado em 8/10/2019 (Info 955). 
 
Foi proposta ADI contra lei municipal. O TJ não conheceu da ação sob o argumento de que a lei 
impugnada seria fruto de um acordo homologado judicialmente. Logo, não seria possível rediscutir a matéria 
por meio de ação direta de inconstitucionalidade, considerando que haveria violação à coisa julgada material. O 
STF concordou com essa conclusão? NÃO. O fato de a lei ter sido aplicada em casos concretos, com decisões 
transitadas em julgado, em nada interfere na possibilidade dessa mesma norma ser analisada, abstratamente, 
em sede de ação direta de inconstitucionalidade. Acordos homologados judicialmente jamais podem afastar o 
controle concentrado de constitucionalidade das leis. STF. 1ª Turma. RE 1186465 AgR/TO, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 8/10/2019 (Info 955). 
 
É cabível ADI contra decreto presidencial que, com fundamento no art. 84, VI, “a”, da CF/88, extingue 
colegiados da Administração Pública federal. Isso porque se trata de decreto autônomo, que retira fundamento 
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de validade diretamente da Constituição Federal e, portanto, é dotado de generalidade e abstração. STF. 
Plenário. ADI 6121 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12 e 13/6/2019 (Info 944). 
 
Em Fortaleza, foi editada a Lei municipal nº 10.553/2016 proibindo o serviço de transporte em 
aplicativos. Foi ajuizada ADPF contra a lei. Antes que a ação fosse julgada, a referida Lei foi revogada. Mesmo 
com a revogação, o STF conheceu da ADPF e julgou o mérito, declarando a Lei nº 10.553/2016 inconstitucional. 
O Tribunal considerou que a revogação da Lei atacada na ADPF por outra lei local não retira o interesse de agir 
no feito. Isso porque persiste a utilidade da prestação jurisdicional com o intuito de estabelecer, com caráter 
erga omnes e vinculante, o regime aplicável às relações jurídicas estabelecidas durante a vigência da norma 
impugnada, bem como no que diz respeito a leis de idêntico teor aprovadas em outros Municípios. A ADPF não 
carece de interesse de agir em razão da revogação da norma objeto de controle, máxime ante a necessidade de 
fixar o regime aplicável às relações jurídicas estabelecidas durante a vigência da lei, bem como no que diz 
respeito a leis de idêntico teor aprovadas em outros Municípios. Trata-se da solução mais consentânea com o 
princípio da eficiência processual e o imperativo aproveitamento dos atos já praticados de maneira socialmente 
proveitosa. STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 8 e 9/5/2019 (Info 939). 
 
Determinada lei foi impugnada por meio de ação direta de inconstitucionalidade. Foi editada medida 
provisória revogando essa lei. Enquanto esta medida provisória não for aprovada, será possível julgar esta ADI. 
Assim, se chegar o dia de julgamento da ADI, e a MP ainda não tiver sido votada, o STF poderá apreciar 
livremente a ação, não tendo havido perda do interesse de agir (perda do objeto). Isso, porque a edição de 
medida provisória não tem eficácia normativa imediata de revogação da legislação anterior com ela 
incompatível, mas apenas de suspensão, paralisação, das leis antecedentes até o término do prazo do processo 
legislativo de sua conversão. Embora seja espécie normativa com força de lei, a medida provisória precisa ser 
confirmada. A medida provisória é lei sob condição resolutiva. Se for aprovada, a lei de conversão resultará na 
revogação da norma. Dessa maneira, enquanto não aprovada a MP, não se pode falar em perda de interesse 
(perda do objeto). STF. Plenário. ADI 5717/DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, 
julgados em 27/3/2019 (Info 935). 
 
Não se conta em dobro o prazo recursal para a Fazenda Pública em processo objetivo, mesmo que seja 
para interposição de recurso extraordinário em processo de fiscalização normativa abstrata. As prerrogativas 
processuais dos entes públicos, tal como prazo recursal em dobro e intimação pessoal, não se aplicam aos 
processos em sede de controle abstrato. Não se aplica ao processo objetivo de controle abstrato de 
constitucionalidade a norma que concede prazo em dobro à Fazenda Pública. Assim, por exemplo, a Fazenda 
Pública não possui prazo recursal em dobro no processo de controle concentrado de constitucionalidade, 
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mesmo que seja para a interposição de recurso extraordinário. STF. Plenário. ADI 5814 MC-AgR-AgR/RR, Rel. 
Min. Roberto Barroso; ARE 830727 AgR/SC, Rel. para acórdão Min. Cármen Lúcia, julgados em 06/02/2019 (Info 
929). 
 
A Resolução 33/2006, do Senado Federal, autorizou que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
transferissem a cobrança de suas dívidas ativas, por meio de endossos-mandatos, a instituições financeiras. Essa 
Resolução foi editada sob o fundamento de que estaria tratando sobre operações de crédito, nos termos do art. 
52, VII, da CF/88: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: (...) VII - dispor sobre limites globais e 
condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal. O STF julgou 
inconstitucional essa Resolução porque a cessão a instituições financeiras, por endosso-mandato, de valores 
inscritos em dívida ativa estatal não pode ser enquadrada no conceito de operação de crédito (art. 29, III, da LC 
101/2000). Não há, portanto, correspondência entre o conceito de operação de crédito da LRF e a “cessão” 
disciplinada pela Resolução nº 33/2006. A alteração na forma de cobrança da dívida ativa (seja ela tributária ou 
não-tributária) exige lei em sentido estrito, de modo que não pode o Senado Federal disciplinar a matéria por 
meio de resolução. STF. Plenário. ADI 3786/DF e ADI 3845/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 
3/10/2019 (Info 954). 
 
• COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS 
 
A Lei Orgânica do Município de Sorocaba/SP previu que cabe à Câmara Municipal legislar sobre 
“denominação de próprios, vias e logradouros públicos” (art. 33, XII). O STF afirmou que se deve realizar uma 
interpretação conforme a Constituição Federal para o fim de reconhecer que existe, no caso, uma coabitação 
normativa entre os Poderes Executivo (decreto) e Legislativo (lei formal) para o exercício da competência 
destinada à denominação de próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações, cada qual no âmbito de 
suas atribuições. Assim, tanto o chefe do Poder Executivo (mediante decreto) como também a Câmara Municipal 
(por meio de lei) podem estabelecer os nomes das vias e logradouros públicos. STF. Plenário. RE 1151237/SP, 
Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 3/10/2019 (Info 954). 
 
É formalmente inconstitucional lei municipal que autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder a 
exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária no âmbito do território do Município. O art. 21, XII, “a”, da 
CF/88 estabelece que a competência para conceder autorização para tais serviços é da União. Além disso, o art. 
22, IV da CF/88 confere à União a competência privativa para legislar sobre o tema “radiodifusão”. STF. Plenário. 
ADPF 235/TO, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14/8/2019 (Info 947). 
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É inconstitucional lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias cobrem “taxa” de religação 
no caso de corte de fornecimento de energia por atraso no pagamento. Essa lei estadual invadiu a competência 
privativa da União para dispor sobre energia, violando, assim, o art. 22, IV, da CF/88. Além disso, também 
interferiu na prestação de um serviço público federal, considerando que o serviço de energia elétrica é de 
competência da União, nos termos do art. 21, XII, “b”, da CF/88. Ex: concessionária havia “cortado” (suspendido) 
o serviço de energia elétrica em razão de inadimplemento; o consumidor regularizou a situação, quitando os 
débitos; a concessionária pode exigir do cliente o pagamento de uma tarifa para efetuar o religamento do 
serviço; lei estadual não pode proibir que a concessionária cobre esse valor. STF. Plenário. ADI 5610/BA, Rel. 
Min. Luiz Fux, julgado em 8/8/2019 (Info 946). 
 
É constitucional lei municipal que estabelece que os supermercados e hipermercados do Município 
ficam obrigados a colocar à disposição dos consumidores pessoal suficiente no setor de caixas, de forma que a 
espera na fila para o atendimento seja de, no máximo, 15 minutos. Isso porque compete aos Municípios legislar 
sobre assuntos de interesse local, notadamente sobre a definição do tempo máximo de espera de clientes em 
filas de estabelecimentos empresariais. Vale ressaltar que essa lei municipal não obriga a contratação de 
pessoal, e sim sua colocação suficiente no setor de caixas para o atendimento aos consumidores. STF. 1ª Turma. 
ARE 809489 AgR/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 28/5/2019 (Info 942). 
 
A exigência de prévia autorização da assembleia legislativa para o governador e o vice-governador do 
Estado ausentarem-se, “em qualquer tempo”, do território nacional mostra-se incompatível com os postulados 
da simetria e da separação dos Poderes. A Constituição Federal, em seu art. 49, III e em seu art. 83, prevê que é 
da competência do Congresso Nacional autorizar o Presidente e o Vice-presidente da República a se ausentarem 
do País quando a ausência for por período superior a 15 dias. Logo, afronta os princípios da separação dos 
Poderes e da simetria a norma da Constituição estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para 
que o Governador e o Vice-governador se ausentem do País por qualquer prazo. Os Estados-membros não 
podem criar novas ingerências de um Poder na órbita de outro que não derivem explícita ou implicitamente de 
regra ou princípio previsto na Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5373 MC/RR, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgado em 9/5/2019 (Info 939). 
 
É inconstitucional lei estadual que isenta entidades filantrópicas de recolher as taxas de retribuição 
autoral arrecadadas pelo ECAD. A lei estadual que cria novas hipóteses de não recolhimento de direitos autorais 
não previstas na Lei federal usurpa a competência privativa da União para legislar sobre direito civil, direito de 
propriedade e para estabelecer regras de intervenção no domínio econômico (art. 22, I, da CF/88). Além disso, 
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essa lei estadual retira dos autores das obras musicais o seu direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução das obras ou do reconhecimento por sua criação, afrontando o art. 5º, XXII e XXVII, da CF/88. STF. 
Plenário. ADI 5800/AM, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 8/5/2019 (Info 939). 
 
No exercício de sua competência para regulamentação e fiscalização do transporte privado individual 
de passageiros, os municípios e o Distrito Federal não podem contrariar os parâmetros fixados pelo legislador 
federal. Isso porque compete à União legislar sobre “trânsito e transporte”, nos termos do art. 22, XI, da CF/88. 
STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 8 e 
9/5/2019 (repercussão geral) (Info 939). 
 
A proibição ou restrição da atividade de transporte privado individual por motorista cadastrado em 
aplicativo é inconstitucional, por violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência. STF. Plenário. 
ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 8 e 9/5/2019 
(repercussão geral) (Info 939). 
 
É constitucional lei estadual que obriga as empresas de telefonia fixa e móvel a cancelarem a multa 
contratual de fidelidade quando o usuário comprovar que perdeu o vínculo empregatício após a adesão do 
contrato. STF. Plenário. ADI 4908/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937). 
 
É inconstitucional lei estadual que preveja que o pescador semiprofissional ou esportivo, para o 
exercício da atividade, deverá se cadastrar e se habilitar na Federação de Pescadores do Estado. Também é 
inconstitucional a norma estadual que afirme que a taxa de cadastro e o fornecimento da habilitação para 
exercer a atividade de pescador semiprofissional ou esportivoserá definida em Assembleia Geral da Federação 
de Pescadores do Estado. Tais disposições invadem a competência da União para editar as normas gerais sobre 
pesca. Existe lei federal que regulamenta, de modo unificado, todo o procedimento de habilitação de pesca com 
requisitos nacionais. Além disso, a lei não poderia ter delegado a uma entidade de direito privado (Federação 
dos Pescadores) o poder de definir o valor da taxa a ser cobrada. STF. Plenário. ADI 3829/RS, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 11/4/2019 (Info 937). 
 
É inconstitucional lei estadual que discipline as obrigações contratuais relativas a seguros de veículos e 
regras de registro, desmonte e comercialização de veículos sinistrados. Esta lei estadual viola a competência 
privativa da União para legislar sobre direito civil, seguros, trânsito e transporte (art. 22, I, VII e XI, da CF/88). 
STF. Plenário. ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/3/2019 (Info 934). 
 
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• DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
 O art. 38 da Lei nº 8.880/94 previu que a URV deveria ser utilizada como parâmetro de cálculo 
dos índices de correção monetária nos dois primeiros meses de implantação do Plano Real. As pessoas que 
tinham contratos em vigor e que haviam sido celebrados antes da Lei nº 8.880/94 começaram a questionar a 
aplicação imediata deste dispositivo. Alegaram que a sua aplicação aos contratos em vigor seria inconstitucional 
por violar o direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da CF/88). O STF não concordou com essa tese e decidiu que: É 
constitucional o art. 38 da Lei nº 8.880/94 e que a sua aplicação imediata para os contratos em vigor não violou 
a garantia do “direito adquirido”, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Não é possível opor a 
cláusula de proteção ao direito adquirido ou ato jurídico perfeito em face da aplicação imediata de normas que 
tratam de regime monetário, as quais possuem natureza estatutária e institucional, como é a situação daquelas 
responsáveis por substituir uma moeda por outra. As normas que tratam do regime monetário - inclusive, 
portanto, as de correção monetária -, têm natureza institucional e estatutária, insuscetíveis de disposição por 
ato de vontade, razão pela qual sua incidência é imediata, alcançando as situações jurídicas em curso de 
formação ou de execução. STF. Plenário. ADPF 77/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 16/5/2019 (Info 940). 
STF. 1ª Turma. RE 307108/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 
12/11/2019 (Info 959). 
 
O art. 1º, § 3º da Lei nº 13.301/2016 prevê, como uma das medidas para combater o Aedes aegypti, que 
o poder público fica autorizado a fazer a pulverização, por meio de aeronaves, de produtos químicos para matar 
o mosquito: § 3º São ainda medidas fundamentais para a contenção das doenças causadas pelos vírus de que 
trata o caput: IV - permissão da incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por 
aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida. O 
STF deu intepretação conforme a esse dispositivo dizendo que, além da comprovação científica e da aprovação 
das autoridades sanitárias (mencionadas expressamente no texto da lei), é necessário também que haja a 
aprovação das autoridades ambientais. A aprovação das autoridades sanitárias e ambientais competentes e a 
comprovação científica da eficácia da medida são condições prévias e inafastáveis à incorporação de mecanismo 
de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves. STF. Plenário. ADI 5592/DF, rel. orig. Min. Cármen 
Lúcia, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 11/9/2019 (Info 951). 
 
Viola o princípio da presunção de inocência o impedimento de participação ou registro de curso de 
formação ou reciclagem de vigilante, por ter sido verificada a existência de inquérito ou ação penal não 
transitada em julgado. Assim, não havendo sentença condenatória transitada em julgado, o simples fato de 
existir um processo penal em andamento não pode ser considerada antecedente criminal para o fim de impedir 
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que o vigilante se matricule no curso de reciclagem. STJ. 2ª Turma. REsp 1597088/PE, Rel. Min. Herman 
Benjamin, julgado em 15/08/2017. A existência de condenação criminal transitada em julgado impede o 
exercício da atividade profissional de vigilante por ausência de idoneidade moral. STJ. 2ª Turma. REsp 1666294-
DF, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 05/09/2019 (Info 658). 
 
É inconstitucional a expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança 
da mulher, que recomende o afastamento”, contida nos incisos II e III do art. 394-A da CLT, inseridos pelo art. 
1º da Lei nº 13.467/2017. Essa expressão, inserida no art. 394-A da CLT, tinha como objetivo autorizar que 
empregadas grávidas ou lactantes pudessem trabalhar em atividades insalubres. Ocorre que o STF entendeu 
que o trabalho de gestantes e de lactantes em atividades insalubres viola a Constituição Federal. O art. 6º da 
CF/88 proclama importantes direitos, entre eles a proteção à maternidade, a proteção do mercado de trabalho 
da mulher e redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. A 
proteção para que a gestante e a lactante não sejam expostas a atividades insalubres caracteriza-se como 
importante direito social instrumental que protege não apenas a mulher como também a criança (art. 227 da 
CF/88). A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser 
afastados pelo desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligência da gestante ou lactante em 
apresentar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido. Em suma, é proibido o 
trabalho da gestante ou da lactante em atividades insalubres. STF. Plenário. ADI 5938/DF, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 29/5/2019 (Info 942). 
 
Fornecimento pelo Poder Judiciário de medicamentos não registrados pela ANVISA 1. O Estado não pode 
ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais. 2. A ausência de registro na Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial. 3. 
É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso de mora 
irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei 13.411/2016), quando preenchidos 
três requisitos: a) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos 
órfãos para doenças raras e ultrarraras); b) a existência de registro do medicamento em renomadas agências de 
regulação no exterior; e c) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil. 4. As ações que 
demandem fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa deverão necessariamente ser propostas em 
face da União. STF. Plenário.RE 657718/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, 
julgado em 22/5/2019 (repercussão geral) (Info 941). Responsabilidade pelo fornecimento do medicamento ou 
pela realização do tratamento de saúde Os entes da Federação, em decorrência da competência comum, são 
solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais na área da saúde e, diante dos critérios constitucionais 
de descentralização e hierarquização, compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as 
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regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. STF. 
Plenário. RE 855178 ED/SE, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 23/5/2019 (Info 
941). 
 
O art. 38 da Lei nº 8.880/94 previu que a URV deveria ser utilizada como parâmetro de cálculo dos 
índices de correção monetária nos dois primeiros meses de implantação do Plano Real. As pessoas que tinham 
contratos em vigor e que haviam sido celebrados antes da Lei nº 8.880/94 começaram a questionar a aplicação 
imediata deste dispositivo. Alegaram que a sua aplicação aos contratos em vigor seria inconstitucional por violar 
o direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da CF/88). O STF não concordou com essa tese e decidiu que: É constitucional 
o art. 38 da Lei nº 8.880/94 e que a sua aplicação imediata para os contratos em vigor não violou a garantia do 
“direito adquirido”, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Não é possível opor a cláusula de 
proteção ao direito adquirido ou ato jurídico perfeito em face da aplicação imediata de normas que tratam de 
regime monetário, as quais possuem natureza estatutária e institucional, como é a situação daquelas 
responsáveis por substituir uma moeda por outra. STF. Plenário. ADPF 77/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 
16/5/2019 (Info 940). 
 
A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, aplica-se no caso de 
substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. Havendo condenação criminal transitada 
em julgado, a pessoa condenada fica com seus direitos políticos suspensos tanto no caso de pena privativa de 
liberdade como na hipótese de substituição por pena restritiva de direitos. Veja o dispositivo constitucional: Art. 
15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: III - condenação 
criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; STF. Plenário. RE 601182/MG, Rel. Min. Marco 
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/5/2019 (repercussão geral) (Info 939). 
 
É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o 
sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. 
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 (Info 935). 
 
A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do devido registro 
no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade sindical (art. 8º, II, da CF/88). 
STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019 (Info 931). 
 
O direito à retratação e ao esclarecimento da verdade possui previsão na Constituição da República e 
na Lei Civil, não tendo sido afastado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF 130/DF. O princípio 
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da reparação integral (arts. 927 e 944 do CC) possibilita o pagamento da indenização em pecúnia e in natura, a 
fim de se dar efetividade ao instituto da responsabilidade civil. Dessa forma, é possível que o magistrado 
condene o autor da ofensa a divulgar a sentença condenatória nos mesmos veículos de comunicação em que 
foi cometida a ofensa à honra, desde que fundamentada em dispositivos legais diversos da Lei de Imprensa. STJ. 
3ª Turma. REsp 1771866-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 12/02/2019 (Info 642). 
 
Não há vedação para a fixação de piso salarial em múltiplos do salário mínimo, desde que inexistam 
reajustes automáticos. Isso não configura afronta ao art. 7º, IV, da CF/88 nem à SV 4. STF. 1ª Turma. RE 1077813 
AgR/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 05/02/2019 (Info 929). STF. 2ª Turma. ARE 1110094 AgR, Rel. Min. 
Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018. No mesmo sentido é a OJ 71, da SBDI-2 do TST: “A estipulação 
do salário profissional em múltiplos do salário mínimo não afronta o art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal 
de 1988, só incorrendo em vulneração do referido preceito constitucional a fixação de correção automática do 
salário pelo reajuste do salário mínimo.” 
 
• DEFENSORIA PÚBLICA 
 
Custos vulnerabilis significa “guardiã dos vulneráveis” (“fiscal dos vulneráveis”). Enquanto o Ministério 
Público atua como custos legis (fiscal ou guardião da ordem jurídica), a Defensoria Pública possui a função de 
custos vulnerabilis. Assim, segundo a tese da Instituição, em todo e qualquer processo onde se discuta interesses 
dos vulneráveis seria possível a intervenção da Defensoria Pública, independentemente de haver ou não 
advogado particular constituído. Quando a Defensoria Pública atua como custos vulnerabilis, a sua participação 
processual ocorre não como representante da parte em juízo, mas sim como protetor dos interesses dos 
necessitados em geral. O STJ afirmou que deve ser admitida a intervenção da Defensoria Pública da União no 
feito como custos vulnerabilis nas hipóteses em que há formação de precedentes em favor dos vulneráveis e 
dos direitos humanos. STJ. 2ª Seção. EDcl no REsp 1712163-SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 25/09/2019 
(Info 657). 
 
Ao impor a nomeação de Defensores para atuar em processos na Justiça Militar do Distrito Federal, em 
discordância com critérios de alocação de pessoal previamente aprovados pelo Conselho Superior da Defensoria 
Pública do DF, a autoridade judiciária interfere na autonomia funcional e administrativa do órgão. Reconhecida 
a inexistência de profissionais concursados em número suficiente para atender toda a população do DF, os 
critérios indicados pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do DF para a alocação e distribuição dos 
Defensores Públicos (locais de maior concentração populacional e de maior demanda, faixa salarial familiar até 
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5 salários mínimos) revestem-se de razoabilidade.STJ. 5ª Turma. RMS 59.413-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 07/05/2019 (Info 648). 
 
São notórias as dificuldades pelas quais passa a efetiva implantação e instalação da Defensoria Pública 
no país. A desproporção entre os assistidos e os respectivos Defensores é evidente. De igual modo, há um 
número bem menor de Defensores Públicos se comparado com a quantidade de Magistrados e de membros do 
Ministério Público, assim como pelo que se depreende da comparação dos orçamentos disponibilizados a cada 
uma das instituições. Em razão de tais dificuldades do Estado, a EC 80, de 4/6/2014, conferiu nova redação ao 
art. 98 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias estabelecendo um prazo de 8 anos para instalação 
de serviços mínimos prestados pela Defensoria, que se esgota em 2022. Por esse motivo, a jurisprudência do 
STF tem entendido que a exigibilidade de atendimento integral da população pela Defensoria Pública está 
condicionada ao transcurso do prazo estabelecido na EC 80/2014. STF. Decisão monocrática. RE 810.883, Rel. 
Min. Edson Fachin, julgado em 30/11/2017. STJ. 5ª Turma. RMS 59.413-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 07/05/2019 (Info 648). 
 
• MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
O Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos 
sociais relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. 
Alexandre de Moraes, julgado em 9/10/2019 (repercussão geral – Tema 850) (Info 955). Em provas, tenha 
cuidado com a redação do art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 7.347/85: Art. 1º (...) Parágrafo único. Não será 
cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem 
ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35/2001) Se for cobrada a mera 
transcrição literal deste dispositivo em uma prova objetiva, provavelmente, esta será a alternativa correta. 
 
• PODER LEGISLATIVO 
 
 O investigado pode se recusar a comparecer na sessão da CPI na qual seria ouvido? 1ª corrente: 
SIM. Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. O comparecimento do investigado perante a CPI para ser ouvido 
é facultativo. Cabe a ele decidir se irá ou não comparecer. Se decidir comparecer, ele terá direito: a) ao silêncio; 
b) à assistência de advogado; c) de não prestar compromisso de dizer a verdade; d) de não sofrer 
constrangimentos. Caso o investigado não compareça, a CPI não pode determinar a sua condução coercitiva. 
Aplica-se para as CPIs o mesmo entendimento da ADPF 395/DF. 2ª corrente: NÃO. Ministros Edson Fachin e 
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Cármen Lúcia. O comparecimento do investigado perante a CPI para ser ouvido é compulsório. Ele tem que 
comparecer. No entanto, chegando lá, o investigado tem direito: a) ao silêncio; b) à assistência de advogado; c) 
de não prestar compromisso de dizer a verdade; d) de não sofrer constrangimentos. Caso o investigado não 
compareça, a CPI poderia determinar a sua condução coercitiva. Desse modo, tivemos dois votos favoráveis à 
tese de que o paciente não estava obrigado a comparecer à CPI e dois votos contrários. Em caso de empate, 
prevalece a decisão mais favorável ao paciente. Assim, a 2ª Turma do STF concedeu a ordem de habeas corpus 
para transformar a compulsoriedade de comparecimento em facultatividade e deixar a cargo do paciente a 
decisão de comparecer ou não à Câmara dos Deputados, perante a CPI, para ser ouvido na condição de 
investigado. STF. 2ª Turma. HC 171438/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado 28/5/2019 (Info 942). 
 
São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais as 
imunidades formais previstas no art. 53 da Constituição Federal para Deputados Federais e Senadores. A leitura 
da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e sistemático, que os Deputados Estaduais também 
têm direito às imunidades formal e material e à inviolabilidade que foram conferidas pelo constituinte aos 
congressistas (membros do Congresso Nacional). Isso porque tais imunidades foram expressamente estendidas 
aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 
MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 (Info 939). 
 
É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na imunidade parlamentar formal 
(art. 53, § 2º c/c art. 27, § 1º da CF/88), revoga a prisão preventiva e as medidas cautelares penais que haviam 
sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual, determinando o pleno retorno do parlamentar 
ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza 
criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte em afastamento ou limitação da função parlamentar. STF. 
Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. 
Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 (Info 939). 
 
• PROCESSO LEGISLATIVO 
 
A Constituição Estadual não pode ampliar as hipóteses de reserva de lei complementar, ou seja, não 
pode criar outras hipóteses em que é exigida lei complementar, além daquelas que já são previstas na 
Constituição Federal. Se a Constituição Estadual amplia o rol de matérias que deve ser tratada por meio de lei 
complementar, isso restringe indevidamente o “arranjo democrático-representativo desenhado pela 
Constituição Federal”. Caso concreto: STF declarou a inconstitucionalidade de dispositivo da CE/SC que exigia a 
edição de lei complementar para dispor sobre: a) regime jurídico único dos servidores estaduais; b) organização 
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da Polícia Militar; c) organização do sistema estadual de educação e d) plebiscito e referendo. Esses dispositivos 
foram declarados inconstitucionais porque a CF/88 não exige lei complementar para disciplinar tais assuntos. 
STF. Plenário. ADI 5003/SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 5/12/2019 (Info 962). 
 
O STF declarou inconstitucional dispositivo da MP 886/2019, que transferia para o Ministério da 
Agricultura a competência para realizar a demarcação de terras indígenas. Essa disposição foi declarada 
inconstitucional porque o Congresso Nacional já havia rejeitado uma outra proposta, com esse mesmo teor, 
prevista em outra medida provisória (MP 870), editada no mesmo ano/sessão legislativa (2019). Assim, o STF 
entendeu que houve a reedição, na mesma sessão legislativa, de proposta que já havia sido rejeitada pelo 
Congresso Nacional, o que violou o § 10 do art. 62 da CF/88: § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão 
legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de 
prazo. (Incluídopela Emenda Constitucional nº 32/2001) Nos termos expressos da Constituição Federal, é 
vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada. STF. Plenário.ADI 
6062 MC-Ref/DF, ADI 6172 MC-Ref/DF, ADI 6173 MC-Ref/DF, ADI 6174 MC-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, 
julgados em 1º/8/2019 (Info 946). 
 
É inconstitucional medida provisória ou lei decorrente de conversão de medida provisória cujo conteúdo 
normativo caracterize a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória anterior rejeitada, de 
eficácia exaurida por decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional dentro 
do prazo estabelecido pela Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5717/DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 
5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 27/3/2019 (Info 935). 
 
É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que imponha ao DETRAN a obrigação de 
publicar, no diário oficial e na internet, a relação de cada um dos veículos sinistrados, seus respectivos dados, 
com destinação para os que sofreram desmonte e/ou comercialização das peças e partes. Essa lei trata sobre 
“atribuições” de órgãos/entidades da administração pública, matéria que é de iniciativa privativa do chefe do 
Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, “e”, da CF/88). A correta interpretação que deve ser dada ao art. 61, § 1º, II, 
“e” c/c o art. 84, VI, da CF/88 é a de que a iniciativa para leis que disponham sobre “estruturação e atribuições” 
dos órgãos públicos é do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 
21/3/2019 (Info 934). 
 
• TRIBUNAL DE CONTAS 
 
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O prazo decadencial quinquenal, previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica para a atuação do 
TCU em processo de tomada de contas, considerando que se trata de procedimento regido pela Lei nº 8.443/92, 
que se constitui em norma especial. Em suma, o prazo decadencial de 5 anos, previsto no art. 54 da Lei nº 
9.784/99, não se aplica aos processos de tomada de contas conduzidos pelo TCU considerando que existe uma 
lei específica que rege o tema, que é a Lei nº 9.784/99. STF. 1ª Turma. MS 35038 AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, 
julgado em 12/11/2019 (Info 959). 
 
TCU possui a competência para determinar que empresa pública federal (BNDES) suspenda pagamentos 
que estão sendo realizados com base em contrato de confissão de dívida cuja regularidade está sendo apurada 
em tomada de contas. STF. 1ª Turma. MS 35038 AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 12/11/2019 (Info 
959). 
 
O Tribunal de Contas da União (TCU) é o órgão competente para fiscalizar os recursos decorrentes do 
Fundo Constitucional do Distrito Federal (art. 21, XIV, da CF/88 e Lei nº 10.633/2002). Os recursos destinados 
ao Fundo Constitucional do Distrito Federal pertencem aos cofres federais, consoante disposto na Lei 
10.663/2002. Logo, a competência para fiscalizar a aplicação dos recursos da União repassados ao FCDF é do 
Tribunal de Contas da União. STF. 2ª Turma. MS 28584/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. 
Min. Edson Fachin, julgado em 29/10/2019 (Info 958). 
 
É inconstitucional lei estadual, de origem (iniciativa) parlamentar, que discipline a organização e o 
funcionamento do Tribunal de Contas estadual (TCE). Isso porque os Tribunais de Contas possuem reserva de 
iniciativa (competência privativa) para apresentar os projetos de lei que tenham por objetivo tratar sobre a sua 
organização ou o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 da CF/88). Os Tribunais de Contas, conforme 
reconhecido pela CF/88 e pelo STF, gozam das prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que inclui, 
essencialmente, a iniciativa privativa para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e 
funcionamento. STF. Plenário. ADI 4643/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 15/5/2019 (Info 940). 
 
O Ministério Público de Contas não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança em face de 
acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua. STF. Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 25/04/2019 (repercussão geral). 
 
Os Tribunais de Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para deflagrar o processo 
legislativo que tenha por objeto alterar a sua organização ou o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 
da CF/88). Trata-se de uma prerrogativa que decorre da independência e autonomia asseguradas às Cortes de 
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Contas. Assim, é inconstitucional lei estadual ou mesmo emenda à Constituição do Estado, de iniciativa 
parlamentar, que trate sobre organização ou funcionamento do TCE. A promulgação de emenda à Constituição 
Estadual não constitui meio apto para contornar (burlar) a cláusula de iniciativa reservada. STF. Plenário. ADI 
5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937). 
 
O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento obrigatório” do modelo de controle 
externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas dos Estados/DF e para os Tribunais e Conselhos 
de Contas dos Municípios. Isso significa que é materialmente inconstitucional norma da Constituição Estadual 
que trate sobre a organização ou funcionamento do TCE de forma diferente do modelo federal. Caso isso ocorra, 
haverá uma violação ao art. 75 da Carta Maior. Diante disso, é inconstitucional dispositivo da CE que preveja 
que, se o TCE reconhecer a boa-fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa, a 
Corte deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque não há previsão semelhante 
na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937). 
 
2- ADMINISTRATIVO 
 
• PRINCÍPIOS 
 
No exercício do seu poder de autotutela, poderá a Administração Pública rever os atos de concessão de 
anistia a cabos da Aeronáutica com fundamento na Portaria 1.104/1964, quando se comprovar a ausência de 
ato com motivação exclusivamente política, assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o 
devido processo legal e a não devolução das verbas já recebidas. Ex: 2003, João, ex-militar da Aeronáutica, 
recebeu anistia política, concedida por meio de portaria do Ministro da Justiça. Em 2006, a AGU emitiu nota 
técnica fazendo alguns questionamentos sobre a forma indevida pela qual estavam sendo concedidas anistias 
políticas, dentre elas a que foi outorgada a João. Em 2011, o Ministro da Justiça determinou que fossem revistas 
as concessões de anistia de inúmeros militares, inclusive a de João. Em 2012, foi aberto processo administrativo 
para examinar a situação de João e, ao final, determinou-se a anulação da anistia política. Mesmo tendo-se 
passado mais de 5 anos, a anulação do ato foi possível, seja por força da parte final do art. 54 da Lei nº 9.784/99, 
seja porque o prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta 
diretamente a Constituição Federal. STF. Plenário. RE 817338/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 16/10/2019 
(repercussão geral – Tema 839) (Info 956). 
 
O STF tem afastado a aplicação da SV 13 a cargos públicos de natureza política, como são os cargos de 
Secretário Estadual e Municipal. Mesmo em caso de cargos políticos, será possível considerar a nomeação 
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