Buscar

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Prévia do material em texto

/
DEFINIÇÃO
Conjunto completo das demonstrações contábeis. Balanço patrimonial. Demonstração de resultados.
PROPÓSITO
Sistematizar as demonstrações contábeis como o balanço patrimonial e a demonstração de resultados do
exercício.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar o conjunto completo das demonstrações contábeis e suas características gerais
MÓDULO 2
/
Identificar os itens do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado
MÓDULO 3
Formular o Balanço Patrimonial
MÓDULO 4
Formular a Demonstração de Resultado
INTRODUÇÃO
O conjunto completo das demonstrações contábeis oferece uma visão ampla da entidade. Neste tema,
veremos em detalhes duas dessas demonstrações: o balanço patrimonial e a demonstração de resultados
do exercício.
MÓDULO 1
 Identificar o conjunto completo das demonstrações 
contábeis e suas características gerais
CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
O conjunto de pronunciamentos a ser aplicado à entidade depende de seu formato societário e de seu
porte. O quadro abaixo apresenta as alternativas aplicáveis no caso brasileiro.
Tipo de Entidade Porte da Entidade
Conjunto de Normas
Aplicáveis
/
Sociedades por Ações
e Empresas de
Grande Porte
Ativo Total > R$ 240 milhões ou
Receita > R$ 300 milhões
CPC completo
Pequenas e Médias
Empresas
Ativo Total < R$ 240 milhões ou
Receita entre R$ 3,6 milhões e R$
300 milhões
CPC PME ou CPC completo
Empresa de Pequeno
Porte ou
Microempresa
Receita < R$ 3,6 milhões
Escrituração simplificada (ITG
1000), ou CPC completo/CPC
PME
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Ao final de cada exercício social, a administração deve elaborar o conjunto completo de demonstrações
contábeis, conforme o conjunto de normas a que a entidade esteja submetida.
O conjunto completo de demonstrações contábeis compreende:
Balanço patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração do Resultado Abrangente;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
Demonstração de Fluxo de Caixa;
Demonstração de Valor Adicionado;
Notas Explicativas.
Cada demonstração contábil apresenta a entidade sob uma perspectiva única e apenas o conjunto das
demonstrações fornece uma visão completa da entidade. Veja os diferentes aspectos abordados por cada
demonstração contábil.
BALANÇO PATRIMONIAL (BP)
Demonstração de estoque. Apresenta informações sobre a posição financeira da entidade em uma data
específica. É obrigatório para todas as empresas.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
/
Demonstração de fluxo. Apresenta informações sobre o desempenho da entidade, segundo o Regime de
Competência, ao longo de um período específico. É obrigatório para todas as empresas.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA)
Demonstração de fluxo. Amplia o alcance da DRE para além do período considerado, contemplando Outros
Resultados Abrangentes que se espera que sejam realizados em períodos futuros. É obrigatório para todas
as empresas.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(DMPL)
Demonstração de fluxo. Detalha a variação do Patrimônio Líquido no período, a partir da variação de cada
um de seus componentes.
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS E PREJUÍZOS
ACUMULADOS (DLPA)
Demonstração de fluxo. Detalha a variação da rubrica lucros e prejuízos acumulados, no Patrimônio
Líquido. A entidade pode optar por inclui-la na DMPL. É obrigatória para as sociedades limitadas e outros
tipos de empresas tributadas com base no Lucro Real.
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA (DFC)
Demonstração de fluxo. Apresenta informações sobre o desempenho da entidade, segundo o Regime de
Caixa, ao longo de um período específico. É obrigatória para as sociedades abertas e para as fechadas
cujo Patrimônio Líquido seja maior ou igual a R$ 2 milhões.
DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO (DVA)
Demonstração de fluxo. Apresenta informações sobre a geração e distribuição de riqueza da entidade. É
obrigatória para as sociedades abertas.
NOTAS EXPLICATIVAS
Informa sobre as políticas contábeis adotadas pela entidade e detalha informações das demonstrações
contábeis
NOTAS EXPLICATIVAS
As Notas Explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações
contábeis. Oferecem detalhamentos ou segregações de itens divulgados nas demonstrações contábeis,
bem como informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas
demonstrações contábeis. As Notas Explicativas são exaustivamente demandadas pelo conjunto dos
pronunciamentos contábeis, sendo exemplos:
/
O detalhamento das classes de ações que compõem o capital social;
A descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido;
A prestação de informações sobre as políticas contábeis específicas utilizadas na elaboração das
demonstrações contábeis;
A declaração de conformidade com os Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do
CPC;
A prestação de informações sobre passivos contingentes e compromissos contratuais não
reconhecidos;
A prestação de informações sobre divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos e as
políticas de gestão do risco financeiro da entidade;
Os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais;
Os ajustes de exercícios anteriores;
Os eventos subsequentes.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
O Relatório da Administração não é uma demonstração contábil, mas é um documento legal obrigatório. O
relatório complementa as demonstrações contábeis e notas explicativas, observada a devida coerência com
a situação nelas espelhada, formando um quadro completo do desempenho da administração na gestão e
alocação dos recursos da entidade.
/
De acordo com a Lei 6.404/76, o relatório da administração deve ser publicado juntamente com as
demonstrações financeiras do encerramento do exercício social precisando conter informações sobre:
Autor: MT-R / Fonte: Shutterstock
Aquisição de debêntures de sua própria emissão;
Autor: Elle Aon / Fonte: Shutterstock
Política de reinvestimento de lucros e distribuição de dividendos constantes de acordo de acionistas;
/
Autor: everything possible / Fonte: Shutterstock
Negócios sociais e principais fatos administrativos ocorridos no exercício;
Autor: mrmohock / Fonte: Shutterstock
Relação dos investimentos em sociedades coligadas e/ou controladas evidenciando as modificações
ocorridas durante o exercício.
EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
PUBLICADAS
/
O conjunto das Demonstrações Contábeis das sociedades de capital aberto é público e pode ser acessado
na B3 (Bolsa de Valores) ou no sítio das próprias empresas.
ASPECTOS GERAIS DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
FINALIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Demonstrações contábeis de propósito geral, ou simplesmente demonstrações contábeis, são aquelas cujo
propósito reside no atendimento das necessidades informacionais de usuários externos que não se
encontram em condições de obter informações por si mesmos.
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do
desempenho da entidade.
O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e
financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil aos usuários em suas avaliações
e tomada de decisões econômicas.
As demonstrações contábeis também buscam apresentar os resultados da atuação da administração, em
face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados.
Para satisfazer esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade sobre:
Ativos;
Passivos;
Patrimônio líquido;
Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;
Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles;
Fluxos de caixa.
/
 VOCÊ SABIA
Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os
usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros fluxosde caixa da entidade e, em particular, a
época e o grau de certeza de sua geração.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:
BALANÇO FINAL DO PERÍODO
Balanço patrimonial ao final do período;
RESULTADO DO PERÍODO
Demonstração do resultado do período;
Demonstração do resultado abrangente do período;
MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
FLUXOS DE CAIXA
Demonstração dos fluxos de caixa do período;
NOTAS EXPLICATIVAS
Notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas;
Informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A;
BALANÇO INÍCIO DO PERÍODO
/
Balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade
aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das
demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações
contábeis;
COMPARAÇÃO ENTRE O PERÍODO ANTERIOR E ATUAL
A menos que um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC permita ou exija de outra
forma, a entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao período anterior para todos os
montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente.
A entidade deve apresentar como informação mínima dois balanços patrimoniais, duas demonstrações do
resultado e do resultado abrangente, duas demonstrações do resultado (se apresentadas separadamente),
duas demonstrações dos fluxos de caixa, duas demonstrações das mutações do patrimônio líquido e duas
demonstrações do valor adicionado (se apresentadas), bem como as respectivas notas explicativas.
MUDANÇA NA POLÍTICA CONTÁBIL,
DEMONSTRAÇÃO RETROSPECTIVA OU
RECLASSIFICAÇÃO
A entidade deve apresentar um terceiro balanço patrimonial no início do período anterior, adicional aos
comparativos mínimos das demonstrações contábeis exigidas no item 38A se:
Aplicar uma política contábil retrospectivamente e fizer uma reapresentação retrospectiva de itens nas suas
demonstrações contábeis ou reclassificar itens de suas demonstrações contábeis.

A aplicação retrospectiva, a reapresentação retrospectiva ou a reclassificação tiver efeito material sobre as
informações do balanço patrimonial no início do período anterior.
ALINHAMENTO COM A ESTRUTURA
CONCEITUAL (CPC 00)
/
As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição financeira e patrimonial, o
desempenho e os fluxos de caixa da entidade. Para apresentação adequada, é necessária a representação
fidedigna dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo com as definições e critérios de
reconhecimento para ativos, passivos, receitas e despesas como estabelecidos no CPC 00 – Estrutura
Conceitual para Relatório Financeiro.
Presume-se que a aplicação dos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações do CPC, com
divulgação adicional quando necessária, resulta em demonstrações contábeis que se enquadram como
representação apropriada.
Autor: create jobs 51 / Fonte:Shutterstock
A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos,
Interpretações e Orientações do CPC deve declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade
nas notas explicativas.
 ATENÇÃO
A entidade não deve afirmar que suas demonstrações contábeis estão de acordo com esses
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações a menos que cumpra todos os seus requisitos.
/
FREQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo menos anualmente
(inclusive informação comparativa). Quando se altera a data de encerramento das demonstrações
contábeis da entidade e as demonstrações contábeis são apresentadas para um período mais longo ou
mais curto do que um ano, a entidade deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações
contábeis:
Autor: Brian A Jackson / Fonte: Shutterstock
A razão para usar um período mais longo ou mais curto;
Autor: mohamed_hassan / Fonte: Pixabay
/
O fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos apresentados nessas
demonstrações.
CONSISTÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações contábeis devem ser mantidas de um período
para outro, salvo se:
For evidente, após uma alteração significativa na natureza das operações da entidade ou uma revisão das
respectivas demonstrações contábeis, que outra apresentação ou classificação seja mais apropriada, tendo
em vista os critérios para a seleção e aplicação de políticas contábeis contidos no Pronunciamento Técnico
CPC 23;

Outro Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC requerer alteração na apresentação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A ADOÇÃO DO CONJUNTO COMPLETO DOS CPCS É OBRIGATÓRIA PARA OS
SEGUINTES TIPOS DE SOCIEDADE:
A) Pequenas e médias empresas
B) Sociedades por ações e empresas de grande porte
C) Empresas de pequeno porte
D) Microempresas
2. ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA:
A) A Demonstração de Fluxo de Caixa é obrigatória para todas as sociedades anônimas.
/
B) A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória para todas as sociedades abertas e para as fechadas
com patrimônio líquido acima de R$ 2 milhões.
C) As notas explicativas detalham as informações apresentadas nas demonstrações contábeis.
D) O Relatório de Administração faz parte do conjunto completo das demonstrações contábeis.
GABARITO
1. A adoção do conjunto completo dos CPCs é obrigatória para os seguintes tipos de sociedade:
A alternativa "B " está correta.
A adoção do CPC completo é obrigatória para entidades complexas como sociedades por ações e
empresas de grande porte.
2. Assinale a afirmativa correta:
A alternativa "C " está correta.
As Notas Explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações
contábeis, detalham ou segregam itens divulgados nas demonstrações contábeis, bem como informação
acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.
MÓDULO 2
 Identificar os itens do Balanço Patrimonial 
e da Demonstração de Resultado
ITENS DO BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial reporta em uma certa data a situação econômica e financeira da entidade, em
termos de ativos e passivos, e os recursos aportados pelos sócios no negócio, o patrimônio líquido.
Abaixo, uma sugestão de Balanço Patrimonial adaptada de Cavalcanti (2016). As rubricas elencadas são
comentadas na sequência.
BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31.12.X0 E 31.12.X1
/
Nota Explicativa 31.12.X1 31.12.X0
ATIVO 2950 3750
ATIVO CIRCULANTE 1300 1800
Caixa e Equivalentes de Caixa (1) 100 200
Outros Ativos Financeiros (2) 200 100
Contas a Receber (3) 150 250
Estoques (4) 250 150
Impostos Correntes (5) 300 200
Despesas Antecipadas (6) 200 400
Ativos Mantidos para Venda (7) 100 500
ATIVO NÃO CIRCULANTE 1650 1950
Outros Ativos Financeiros (8) 150 200
Impostos Diferidos Ativos (9) 200 250
Outros Ativos (10) 250 300
Investimentos (11) 300 350
Imobilizado (12) 350 400
Intangível (13) 400 450
/
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2950 3750
PASSIVO CIRCULANTE 1300 1550
Fornecedores / Contas a Pagar (14) 250 300
Empréstimos a Pagar (15) 200 250
Outros Passivos Financeiros (16) 300 350
Provisões (17) 250 300
Outros Passivos (18) 300 350
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1650 2200
Capital Social (19) 1200 1400
Reservas de Capital (20) 100 200
Reservas de Lucros (21) 100 200
Ajustes de Avaliação Patrimonial (22) 100 200
Participação de Não Controladores (23) 150 200
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Tema abordado no CPC 03(R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa. Segundo o pronunciamento, caixa
compreende numerário emespécie, depósitos bancários disponíveis e equivalentes de caixa. Trata-se de
aplicações financeiras de curto prazo e elevada liquidez, que podem ser prontamente conversíveis em
caixa com risco desprezível de mudança de valor. Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade
de atender a compromissos de caixa de curto prazo.
OUTROS ATIVOS FINANCEIROS
/
Tema abordado no CPC 48 – Instrumentos Financeiros. Outros ativos financeiros compreendem
principalmente:
Derivativos;
Demais instrumentos financeiros avaliados pelo valor justo;
Direitos mensurados pelo custo amortizado, como operações de crédito.
CONTAS A RECEBER
As contas a receber de clientes contemplam as vendas a prazo de mercadorias, produtos e serviços da
entidade. As contas a receber de clientes são apresentadas no Balanço Patrimonial deduzidas da provisão
para créditos de liquidação duvidosa.
ESTOQUES
Tema abordado no CPC 16(R1) – Estoques. Segundo o pronunciamento, estoques abrangem
principalmente:
Mercadorias compradas de terceiros e destinadas à venda;
Produtos acabados produzidos pela entidade e destinados à venda;
Produtos que se encontram em processo de fabricação;
Matérias-primas destinadas ao processo de fabricação.
Estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido realizável.
O valor de custo dos estoques é determinado pelo método PEPS ou pelo método do custo médio
ponderado.
O valor líquido realizável corresponde ao preço de venda deduzido dos custos estimados para conclusão
da produção e realização da venda.
IMPOSTOS CORRENTES
Os impostos correntes ativos estão relacionados a impostos pagos antecipadamente ou recuperáveis em
operações de compras. Os impostos correntes passivos compreendem aos valores devidos aos governos
federal, estadual e municipal, relacionados principalmente com a tributação sobre receitas e lucros da
entidade. Trata se, em geral, de IR, CSLL, PIS, Cofins, ICMS etc.
/
DESPESAS ANTECIPADAS
Compreendem:
Seguros pagos antecipadamente;
Aluguéis pagos antecipadamente;
Pagamentos antecipados de serviços a fornecedores;
Adiantamentos concedidos a funcionários;
Depósitos judiciais.
ATIVOS CLASSIFICADOS COMO MANTIDOS PARA VENDA E
OPERAÇÃO DESCONTINUADA
Tema abordado no CPC 31 – Ativos Classificados como Mantidos para Venda e Operação Descontinuada.
A finalidade dessa rubrica é destacar os grupos de ativos cujo valor contábil deve ser recuperado por meio
de transação de venda e não por meio do uso contínuo. Para isso, é exigido que a venda seja altamente
provável e que os ativos estejam disponíveis para venda imediata.
IMPOSTOS DIFERIDOS
Tema abordado no CPC 32 – Tributos sobre o Lucro. Trata-se do crédito tributário decorrente de diferenças
temporárias e base fiscal negativa, relacionados ao imposto de renda e à contribuição social.
Segundo Cavalcanti (2016), impostos diferidos ativos e passivos são mensurados pelas alíquotas aplicáveis
no período em que se espera a ocorrência de liquidação do passivo ou realização do ativo com base nas
alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final de cada período de apuração.
A mensuração dos impostos diferidos ativos e passivos reflete as consequências fiscais que resultariam da
forma pela qual a entidade espera, no final de cada período, recuperar ou liquidar o valor contábil desses
ativos e passivos.
O imposto de renda e a contribuição social correntes e diferidos são reconhecidos como despesa ou receita
no resultado do período, exceto quando estão relacionados a itens registrados em outros resultados
abrangentes ou diretamente no patrimônio líquido.
INVESTIMENTOS
/
Tema abordado no CPC 18(R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento
Controlado em Conjunto e no CPC 19(R2) – Negócios em Conjunto. Trata-se de investimentos em
participações societárias que podem ser coligadas, controladas ou investimentos em empreendimentos em
conjunto.
ATIVOS IMOBILIZADOS
Tema abordado no CPC 27 – Ativo Imobilizado. Representam bens físicos destinados à manutenção das
atividades da entidade e compreendem terrenos, edificações, veículos, imobilizações em andamento,
móveis e utensílios, equipamentos etc. São mensurados ao custo deduzidos de depreciação e perda por
redução ao valor recuperável.
ATIVOS INTANGÍVEIS
Tema abordado no CPC 04(R1) – Ativos Intangíveis. Ativo intangível é um ativo identificável, sem
substância física, controlado pela entidade e capaz de gerar benefícios econômicos futuros.
Em geral, são direitos, tais como: ágio na aquisição de investimentos, patentes, marcas, direitos autorais,
softwares etc.
São mensurados pelo custo deduzido da amortização e perda por redução ao valor recuperável.
FORNECEDORES/CONTAS A PAGAR
Tema abordado no CPC 48 – Instrumentos Financeiros. Representam dívidas oriundas de compras a prazo
de bens e serviços. São registradas pelo seu valor nominal e não há incidência de juros.
EMPRÉSTIMOS A PAGAR
Tema abordado no CPC 48 – Instrumentos Financeiros. Representam dívidas oriundas da captação de
recursos junto a entidades financeiras e são mensurados pelo custo amortizado, observando a apropriação
de encargos financeiros segundo o regime de competência.
OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS
Tema também abordado no CPC 48 – Instrumentos Financeiros. Compreendem derivativos e demais
passivos financeiros designados ao valor justo tendo como contrapartida o resultado.
PROVISÕES
Tema abordado no CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Provisões estão
relacionadas a processos trabalhistas, tributários e cíveis, em que a entidade é ré.
As provisões são reconhecidas para obrigações presentes resultantes de eventos passados em que seja
possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja provável.
/
O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa sob as condições requeridas para liquidar a
obrigação no final de cada período, considerando-se os riscos e as incertezas relativos à obrigação.
OUTROS PASSIVOS
Dentre outros, compreendem adiantamentos recebidos de clientes para entrega futura de bens e serviços.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido representa os recursos investidos no negócio pelos proprietários e, normalmente,
contempla os seguintes grupos de contas:
Capital social;
Reservas de capital;
Reservas de lucros;
Ajustes de avaliação patrimonial
Ações em tesouraria.
ITENS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
A Demonstração do Resultado informa o lucro ou prejuízo apurado pela entidade em um dado período.
 DICA
Quando as receitas excedem as despesas, há lucro; do contrário, prejuízo.
Os principais grupos de contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado estão previstas no
CPC 26(R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Abaixo, uma sugestão de Demonstração de Resultado adaptado de Cavalcanti (2016). As rubricas
elencadas são comentadas na sequência.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31.12.X0 E 31.12.X1
Nota
Explicativa
31.12.X1 31.12.X0
/
OPERAÇÕES CONTINUADAS
Receita (1) 120.000 130.000
Custo das Vendas (2) (65.000) (70.000)
LUCRO BRUTO 55.000 60.000
Despesas com Vendas (3) (25.000) (25.000)
Despesas Gerais e Administrativas (4) (20.000) (20.000)
Outras Receitas e Despesas (5) 10.000 5.0000
Resultado de Equivalência Patrimonial (6) 15.000 10.000
RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E
DESPESAS FINANCEIRAS
35.000 30.000
Receitas Financeiras (7) 5.000 10.000
Despesas Financeiras (8) (20.000) (15.000)
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O
LUCRO
20.000 25.000
Tributos sobre o Lucro (34%) (9) (6.800) (8.500)
RESULTADO LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES
CONTINUADAS
13.200 16.500
OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
/
Lucro do Exercício Proveniente das Operações
Descontinuadas
0 0
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 13.200 16.500
Lucro Líquido do Exercício Atribuível a:
Proprietários da Controladora (75%) (10) 9.900 12.375
Participações não Controladoras (11) 3.300 4.125
LUCRO POR AÇÃO (100.000 ações) 0,132 0,165
� Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
RECEITAS
Originalmente, o tema era abordado no CPC 30(R1) – Receitas. A partir de 01.01.2018, o CPC 47 –
Receita de Contrato com Cliente substituiu e revogou alguns documentos, entre eles, o CPC 30.
Receitas correspondem ao aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil, originado no
curso das atividades usuais da entidade, na forma de fluxos de entrada ou aumentos nos ativos ou redução
nos passivos que resultam em aumento no patrimônio líquido, e que não sejam provenientes de aportes
dos participantes do patrimônio.
CUSTO DAS VENDAS
O custo da venda inclui:
O custo das mercadorias compradas dos fornecedores e vendidas aos clientes;
O custo dos produtos elaborados pela entidade e vendidos aos clientes;
O custo dos serviços prestados para terceiros, o que inclui salários, encargos sociais etc.
DESPESAS DE VENDAS
Representam os gastos incorridos para efetuar a venda de mercadorias, produtos e serviços da entidade,
tais como:
Despesas com transporte das mercadorias e produtos, associadas às vendas;
/
Despesas com comissão de vendedores;
Despesas com propaganda e publicidade.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Representam gastos incorridos com as áreas administrativas da entidade. São custos indiretos incorridos
no processo de fabricação de produtos, prestação de serviços e comercialização de mercadorias. São
exemplos:
Depreciação do ativo imobilizado;
Salários e encargos sociais da administração;
Honorários dos administradores;
Aluguéis;
Entre outros.
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
São receitas e despesas que não decorrem diretamente da atividade operacional da empresa, tais como:
Receita de aluguéis de imóveis;
Ganho ou perda na venda de investimentos;
Ganho ou perda na venda de ativos imobilizados e intangíveis;
Ganho ou perda na marcação a mercado de instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo
tendo como contrapartida o resultado.
RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Tema abordado no CPC 18(R2) – Investimento em Coligada, Controlada e Empreendimento em Conjunto.
O resultado da equivalência patrimonial é a receita ou despesa decorrente de investimentos em outras
sociedades.
É mensurado inicialmente pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a participação detida pela
entidade no Patrimônio Líquido das investidas.
/
RECEITAS FINANCEIRAS
Representam os ganhos auferidos pela entidade em consequência da aplicação de recursos em ativos
financeiros, em geral remunerados por juros, tais como:
Rendimentos decorrentes de títulos públicos ou privados;
Rendimentos de operações de crédito;
Entre outros.
DESPESAS FINANCEIRAS
Trata-se dos gastos incorridos pela entidade em decorrência da utilização de passivos financeiros, tais
como:
Juros de empréstimos bancários;
Variação cambial de empréstimos em moeda estrangeira;
Entre outros.
TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
Tema abordado no CPC 32 – Tributos sobre o Lucro.
São dois os tributos incidentes sobre o lucro na legislação brasileira: o imposto de renda (IR) e a
contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).
O reconhecimento dos tributos devidos observa o regime de competência e é realizado à medida que o
lucro é apurado.
OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
Tema abordado no CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operações Descontinuadas.
Operação descontinuada é o componente da entidade que tenha sido alienado ou esteja classificado como
mantido para venda. As operações descontinuadas são alocadas em linha específica da Demonstração do
Resultado com o propósito de destacar que os reflexos desse componente são não recorrentes.
LUCRO
Tema abordado no CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Quando se tratar de
demonstração consolidada, o lucro deve ser desagregado em lucro da sociedade controladora e lucro dos
acionistas não controladores.
/
O lucro por ação, abordado no CPC 41 – Resultado por Ação, exige a apresentação das informações sobre
o lucro por ação quando a entidade for listada em mercado público ou quando estiver em processo de
registro na CVM para listar suas ações em mercado público.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ADAPTADO DE CAVALCANTI (2016) – A ENTIDADE COMPROU DE TERCEIROS
UM SOFTWARE PARA GERENCIAR TODAS AS OPERAÇÕES DE COMPRA DE
TESOURARIA. SOBRE CONTABILIDADE DE PRODUÇÃO, O VALOR PAGO NA
COMPRA DE SOFTWARE DEVE SER CLASSIFICADO NO SEGUINTE GRUPO DE
CONTAS:
A) Ativo intangível
B) Ativo imobilizado
C) Propriedades para investimentos
D) Investimentos em coligadas
2. ADAPTADO DE CAVALCANTI (2016) – A ENTIDADE DISPÕE DE DOIS ÔNIBUS
PARA TRANSPORTAR SEUS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS ATÉ A ZONA
INDUSTRIAL ONDE ESTÁ LOCALIZADA SUA FÁBRICA. OS GASTOS INCORRIDOS
COM O TRANSPORTE, TAIS COMO COMBUSTÍVEL, IMPOSTOS, MOTORISTA ETC.,
DEVEM SER CLASSIFICADOS NO SEGUINTE GRUPO DE CONTAS:
A) Outras despesas das operações continuadas
B) Despesas com vendas
/
C) Custo das vendas
D) Despesas gerais e administrativas
GABARITO
1. Adaptado de Cavalcanti (2016) – A Entidade comprou de terceiros um software para gerenciar
todas as operações de compra de tesouraria. Sobre contabilidade de produção, o valor pago na
compra de software deve ser classificado no seguinte grupo de contas:
A alternativa "A " está correta.
Ativo intangível é um ativo identificável, sem substância física, controlado pela entidade e capaz de gerar
benefícios econômicos futuros. Um software é um exemplo de intangível.
2. Adaptado de Cavalcanti (2016) – A entidade dispõe de dois ônibus para transportar seus
funcionários administrativos até a zona industrial onde está localizada sua fábrica. Os gastos
incorridos com o transporte, tais como combustível, impostos, motorista etc., devem ser
classificados no seguinte grupo de contas:
A alternativa "D " está correta.
Despesas gerais e administrativas são custos indiretos incorridos no processo de fabricação de produtos.
MÓDULO 3
 Formular o Balanço Patrimonial
Em consonância com CPC 26(R1), o balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, as
seguintes contas:
Caixa e equivalentes de caixa;
Clientes e outros recebíveis;
Estoques;
Ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas caixa e equivalentes de caixa, clientes e
outros recebíveis e propriedades para investimento);
/
Ativos classificados como disponíveis para venda e ativos à disposição para venda;
Investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
Propriedades para investimento;
Imobilizado;
Intangível;
Contas a pagar comerciais e outras;
Provisões;
Obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas provisões e obrigações financeiras);
Obrigações e ativos relativos à tributação corrente;
Impostos diferidos ativos e passivos;
Participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio líquido;
Capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade.
A relação apresentada lista os itens que são suficientemente diferentes na sua natureza ou função para
assegurar uma apresentação individualizada no balanço patrimonial.
A LISTA NÃO É EXAUSTIVA E NOVAS CONTAS DEVEM SER INCLUÍDAS NO BALANÇO PATRIMONIAL
SEMPRE QUE O TAMANHO, NATUREZA OU FUNÇÃO DE UM ITEM SEJA RELEVANTE NA
COMPREENSÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA DA ENTIDADE.
A nomenclatura das contas pode ser modificada de acordo com a natureza da entidade e de suas
transações, no sentido de fornecer informação que seja relevante na compreensão da posição financeira e
patrimonial da entidade.
 EXEMPLO
Uma instituição financeira pode ter que modificar a nomenclatura referida no sentido de fornecer informação
relevante no contexto das operações de instituições financeiras.
/
Nesse sentido, a entidade deve considerar a inclusão de novas contas no balanço patrimonial sempre que
os valores envolvidos, sua natureza, ou ainda a função do item contribuam para a melhor compreensão de
sua posição financeira.
Outro aspecto que deve ser considerado é que não há padrões rígidospara a nomenclatura utilizada nas
contas nem para sua agregação. As entidades são diferentes e essa diferença deve ser capturada pela
disposição das informações no balanço, que devem ser ajustadas segundo as particularidades do
segmento econômico em que atuam. Dessa forma, a comunicação da posição financeira da entidade será
realizada com maior precisão.
Para ilustrar, tomemos o caso das instituições financeiras. Nesse segmento, informações associadas à
liquidez são de importância central e a disposição dos ativos em ordem decrescente (ou crescente) de
liquidez permite que o usuário da informação entenda rapidamente a situação da entidade. Para esse
segmento econômico em especial, a disposição de ativos em circulantes e não circulantes, conforme
apresentado na sequência, não fornece a melhor informação possível.
Autor: Alex Hubenov / Fonte:Shutterstock
DISTINÇÃO ENTRE CIRCULANTE E NÃO
CIRCULANTE
A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes,
como grupos de contas separados no balanço patrimonial, exceto quando uma apresentação baseada na
liquidez proporcionar informação mais relevante.
/
Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de
liquidez.
É IMPORTANTE DESTACAR QUE A PRIORIDADE É SEMPRE A INFORMAÇÃO, LOGO O FORMATO
DEVE SER AQUELE QUE PROPORCIONAR A MELHOR INFORMAÇÃO.
Nesse sentido, caso a instituição desenvolva atividades que combinem a necessidade de apresentar os
ativos, tanto segundo a ordenação circulantes e não circulantes quanto segundo a liquidez, a opção pela
apresentação em base mista, ou seja, considerando ambas as opções, será a melhor maneira de
comunicar a informação contábil.
ATIVO CIRCULANTE
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer um dos seguintes critérios:
Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do
ciclo operacional da entidade;
Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
Espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;
É caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se
encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
ATIVO NÃO CIRCULANTE
O ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e
intangível.
CICLO OPERACIONAL
Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente identificável, a
classificação separada de ativos e passivos circulantes e não circulantes no balanço patrimonial
/
proporciona informação útil ao distinguir os ativos líquidos que estejam continuamente em circulação como
capital circulante dos que são utilizados nas operações de longo prazo da entidade.
ESSA CLASSIFICAÇÃO TAMBÉM DEVE DESTACAR OS ATIVOS CUJA REALIZAÇÃO É ESPERADA
DENTRO DO CICLO OPERACIONAL CORRENTE, BEM COMO OS PASSIVOS QUE DEVAM SER
LIQUIDADOS DENTRO DO MESMO PERÍODO.
O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização
em caixa ou seus equivalentes.
 DICA
Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua
duração seja de doze meses.
PASSIVO CIRCULANTE
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer um dos seguintes critérios:
Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
Está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
Deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;
A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze
meses após a data do balanço.
TODOS OS OUTROS PASSIVOS DEVEM SER CLASSIFICADOS COMO NÃO CIRCULANTES.
Alguns passivos circulantes, tais como contas a pagar comerciais e algumas apropriações por competência
relativas a gastos com empregados e outros custos operacionais, são parte do capital circulante usado no
ciclo operacional normal da entidade.
 ATENÇÃO
Tais itens operacionais são classificados como passivos circulantes mesmo que estejam para ser liquidados
em mais de doze meses após a data do balanço patrimonial.
/
O mesmo ciclo operacional normal se aplica à classificação dos ativos e passivos da entidade.
 RELEMBRANDO
Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que a sua
duração seja de doze meses.
EXCEÇÕES
Outros passivos circulantes não são liquidados como parte do ciclo operacional normal, mas a sua
liquidação está prevista para o período de até doze meses após a data do balanço, ou esses passivos
estão essencialmente mantidos com a finalidade de serem negociados.
 EXEMPLO
Exemplos disso são alguns passivos financeiros que atendem à definição de mantidos para negociação.
EXEMPLO:
A Cia ABC realizou uma série de operações ao longo de X1, as quais permitiram a elaboração do
Balancete de Verificação apresentado abaixo. Observe a elaboração do Balanço Patrimonial a partir deste
documento-base.
Conta Saldos Devedores Saldos Credores
Bancos 33.000
Capital Social 100.000
Instalações 20.000
Veículos 15.000
/
Mercadorias 5.000
Fornecedores 5.000
Despesas c/ Salários 8.000
Salários a Pagar 8.000
Despesas com Encargos sociais sobre salários 3.000
Encargos sociais sobre salários a pagar 3.000
Máquinas e Equipamentos 10.000
Despesa de Depreciação 2.000
Depreciação Acumulada 2.000
Perdas por Desvalorização 2.000
Despesas de Perdas por Desvalorização 2.000
Intangível 20.000
Despesa de Amortização 5.000
Amortização Acumulada 5.000
Receita de Vendas 30.000
Clientes 30.000
Seguros a Vencer 8.000
/
Despesa de Seguros 2.000
Duplicatas Descontadas 10.000
(-) Despesas a Apropriar 2.000
Ações em Tesouraria 10.000
Bancos 10.000
Provisão para Devedores Duvidosos 3.000
Despesa de Provisão para Devedores Duvidosos 3.000
Total 178.000 178.000
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO
Para evitar, por hora, a elaboração da Demonstração do Resultado, as rubricas de receita e despesa foram
consolidadas na rubrica Apuração do Resultado e o lucro do período, no valor de $5.000,00, foi destinado à
Reserva de Lucros, conforme evidenciado no Balanço Patrimonial abaixo.
CIA ABC – BALANÇO PATRIMONIAL – 20X1
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Bancos 23.000 Fornecedores 5.000
Marcadorias 5.000 Duplicatas Descontadas 10.000
/
Clientes 30.000 (-) Despesas a Apropriar (2.000)
(-) Provisão para Devedores Duvidosos (3.000) Salários a Pagar 8.000
Seguros a Vencer 8.000 Encargos Sociais a Pagar 3.000
Ativo Não Circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Veículos 15.000 Capital Social 100.000
Máquinas e Equipamentos 10.000 Reservas de Lucros 5.000
Instalações 20.000 (-) Ações em Tesouraria (10.000)
(-) Depreciação Acumulada (2.000)
(-) Perdas por Desvalorização (2.000)
Intangível 20.000
(-) Amortização Acumulada (5.000)
Total 119.000 Total 119.000
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
/
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ADAPTADO DE IUDÍCIBUS E MARION (2016) – IDENTIFIQUE A ALTERNATIVA
QUE RELACIONA AS CONTAS CLASSIFICADAS NO ATIVO CIRCULANTE DE UMA
ENTIDADE.
A) Estoque de matérias-primas, máquinas e equipamentos, caixa, duplicatas a receber.
B) Estoque de produtos prontos, caixa, duplicatas a receber, estoques de matérias-primas.
C) Estoque de matérias-primas, marcas e patentes, caixa, duplicatas a receber.
D) Caixa, bancos, duplicatas a receber, estoques de matérias-primas, marcas e patentes.
2. ADAPTADO DE IUDÍCIBUS E MARION (2016) – O ATIVO NÃO CIRCULANTE
SUBDIVIDE-SE EM:
A) Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
B) Investimentos, Ativo Circulante e Ativo Imobilizado.
C) Investimentos, Ativo Imobilizado e Ativo Diferido.D) Investimentos, Ativo Imobilizado e Resultados de Exercícios Futuros.
GABARITO
1. Adaptado de Iudícibus e Marion (2016) – Identifique a alternativa que relaciona as contas
classificadas no ativo circulante de uma entidade.
A alternativa "B " está correta.
Máquinas e equipamentos pertencem ao imobilizado; marcas e patentes pertencem ao intangível.
2. Adaptado de Iudícibus e Marion (2016) – O ativo não circulante subdivide-se em:
A alternativa "A " está correta.
Com a Adoção das normas internacionais de contabilidade, o Ativo Permanente deixou de existir e foi
substituído pelo Ativo Não Circulante, que incorporou o Ativo Realizável a Longo Prazo. Além disso, o Ativo
/
Diferido foi transformado em Ativo Intangível.
MÓDULO 4
 Formular a Demonstração de Resultado
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO E
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
ABRANGENTE
Em consonância com o CPC 26(R1), a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes
(demonstração do resultado abrangente) deve apresentar, além das seções da demonstração do resultado
e de outros resultados abrangentes:
O total do resultado (do período);
Total de outros resultados abrangentes;
Resultado abrangente do período, que é o total do resultado e de outros resultados abrangentes. Se a
entidade apresenta a demonstração do resultado separada da demonstração do resultado
abrangente, ela não deve apresentar a demonstração do resultado incluída na demonstração do
resultado abrangente.
Além dos itens requeridos em outros pronunciamentos, a demonstração do resultado do período deve, no
mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também às determinações legais:
RECEITAS
Receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando o método de juros efetivos;
Ganhos e perdas decorrentes do não reconhecimento de ativos financeiros mensurados pelo custo
amortizado;
FINANCIAMENTO
Custos de financiamento;
/
Perda por redução ao valor recuperável (incluindo reversões de perdas por redução ao valor
recuperável ou ganhos na redução ao valor recuperável);
RESULTADOS
Parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método da equivalência
patrimonial;
Se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao custo amortizado de modo que
seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda decorrente da
diferença entre o custo amortizado anterior do ativo financeiro e seu valor justo na data da
reclassificação;
Se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao valor justo por meio de outros
resultados abrangentes de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer
ganho ou perda acumulado reconhecido anteriormente em outros resultados abrangentes que sejam
reclassificados para o resultado;
LUCRO
Tributos sobre o lucro;
VALOR
Um único valor para o total de operações descontinuadas;
RUBRICAS
Em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão deste Pronunciamento, a
demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas:
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;
Lucro bruto;
Despesas com vendas gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais;
Resultado antes das receitas e despesas financeiras;
Resultado antes dos tributos sobre o lucro;
Resultado líquido do período.
/
OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES
Outros Resultados Abrangentes devem apresentar rubricas para valores de:
RESULTADOS ABRANGENTES
Outros resultados abrangentes (excluindo valores previstos na alínea seguinte e sabendo que os
subtópicos não configuram uma alínea) classificados por natureza e agrupados naquelas que, de acordo
com outros pronunciamentos:
Não serão reclassificados subsequentemente para o resultado do período;
Serão reclassificados subsequentemente para o resultado do período, quando condições específicas
forem atendidas;
RESULTADOS ABRANGENTES DE COLIGADAS E
EMPREENDIMENTOS CONTROLADOS
Participação em outros resultados abrangentes de coligadas e empreendimentos controlados em conjunto
contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, separados pela participação nas contas que, de
acordo com outros pronunciamentos:
Não serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período;
Serão reclassificadas subsequentemente para o resultado do período, quando condições específicas
forem atendidas.
Os componentes dos outros resultados abrangentes podem ser apresentados:
Líquidos dos seus respectivos efeitos tributários; ou
Antes dos seus respectivos efeitos tributários, sendo apresentado em montante único o efeito
tributário total relativo a esses componentes.
EXEMPLO (ADAPTADO DE CAVALCANTI (2016)):
javascript:void(0)
javascript:void(0)
/
A Cia XYZ levantou o seguinte Balancete de Verificação no encerramento de seu exercício social, em
31.12.X2.
Conta Saldos Devedores Saldos Credores
Capital Social 10.000
Reservas de Lucros 10.271
Clientes 7.689
Receita de Vendas 81.742
Fornecedores 5.712
Compras de Mercadorias 62.101
Despesas de Aluguel 880
Despesas de Eletricidade 246
Despesas de Salários 8.268
Despesa de Devedores Duvidosos 247
Provisão para Devedores Duvidosos 326
Estoque de Mercadorias (31.12.20X1) 9.274
Despesas de Seguros 172
Despesas de Escritório 933
Bancos 3.730
/
Veículos 8.000
Despesas com Veículos 861
Móveis e Utensílios 10.000
Depreciação Acumulada de Veículos 3.200
Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.150
Total 112.401 112.401
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
A provisão para devedores duvidosos deve ser aumentada em $390,00;
Os estoques finais em 31.12.X2 são de $9.884,00;
Em dezembro de 20X2, foi pago aluguel de $40,00, referente a janeiro de 20X3;
Em 31.12.X2, existem contas de luz no valor de $85,00, ainda não pagas e correspondentes a 12.X2;
Os veículos e os móveis e utensílios são depreciados pelo método da linha reta com base em taxas
de depreciação anuais de 20% e 10%, respectivamente;
A alíquota de impostos sobre o lucro é de 34%.
CÁLCULOS PRELIMINARES
APURAÇÃO DO CMV
/
CMV = Einicial + C - Efinal
CMV = 9.274 + 62.101 – 9.884
CMV = $61.491
CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO
DepreciaçãoVeículos = 8.000 x 20%
DepreciaçãoVeículos = $1.600,00
DepreciaçãoMóveis = 10.000 x 10%
DepreciaçãoMóveis = $1.000,00
LANÇAMENTOS ADICIONAIS EM RAZONETES
Despesa de Devedores Duvidosos
247(SI)
390(a)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Provisão de Devedores Duvidosos
3.730(SI) 326(SI)
390(a)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
/
CMV
9.274(b) 9.884(b.2)
62.101(b.1)
61.491
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Estoques de Mercadorias
9.274(SI) 9.274(b)
9.884(b.2)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Compras
62.101(SI) 62.101(b.1)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Despesa de Eletricidade
246(SI)
85(d)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
/
Aluguel a Vencer
40(c)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Despesa de Seguros
880(SI) 40(c)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Contas a Pagar
85(d)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Despesa Depreciação Veículos
1.600(e.1)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Dep. Acumulada Veículos
3.200(SI)
1.600 (e.1)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
/
Despesa Depreciação Móveis e Utensílios
1.000(e.2)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Dep. Acumulada Móveis e Utensílios
1.150(SI)
1.000(e.2)
� Atenção! Para visualização completa da tabelautilize a rolagem horizontal
CÁLCULO DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO (IR E CSLL)
Cálculo da Tributação sobre o Lucro Despesas Receitas
Receita na Venda de Mercadorias 81.742
Despesa de Aluguel (840)
Despesa de Eletricidade (331)
Despesa de Salários (8.268)
Despesa de Devedores Duvidosos (637)
Despesa de Seguro (172)
Despesas de Escritório (933)
/
Despesas de Veículos (861)
Custo das Mercadorias Vendidas (61.491)
Despesa de Depreciação de Veículos (1.600)
Despesa de Depreciação de Móveis e Utensílios (1.000) (76.133)
Lucro antes do IR da CSLL 5.609
Alíquota dos Impostos 34%
Impostos sobre o Resultado 1.907
LANÇAMENTO COMPLEMENTAR
Despesa de Impostos sobre o Resultado
1.907(g)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Impostos sobre o resultado a Pagar
1.907(g)
� Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO APÓS INFORMAÇÕES
ADICIONAIS E DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO
Conta Saldos Devedores Saldos Credores
Capital Social 10.000
/
Reservas de Lucros 10.271
Clientes 7.689
Receita de Vendas 81.742
Fornecedores 5.712
Despesas de Aluguel 840
Despesas de Eletricidade 331
Despesas de Salários 8.268
Despesa de Devedores Duvidosos 637
Provisão para Devedores Duvidosos 716
Estoque de Mercadorias (31.12.20X2) 9.884
Despesas de Seguros 172
Despesas de Escritório 933
Bancos 3.730
Veículos 8.000
Despesas com Veículos 861
Móveis e Utensílios 10.000
Depreciação Acumulada de Veículos 4.800
/
Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 2.150
Custo das Mercadorias Vendidas 61.491
Aluguel a Vencer 40
Contas a Pagar 85
Despesa de Depreciação de Veículos 1.600
Despesa de Depreciação de Móveis e Utensílios 1.000
Despesa de Imposto sobre o Resultado
Impostos sobre o Resultado a Pagar
Total 115.476 115.476
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receita na Venda de Mercadorias 81.742
Custo das Mercadorias Vendidas (61.491)
Lucro Bruto 20.251
Despesas
Despesa de Aluguel (840)
Despesa de Eletricidade (331)
Despesa dos Salários (8.268)
/
Despesa de Devedores Duvidosos (637)
Despesa de Seguro (172)
Despesas de Escritório (933)
Despesa de Veículos (861)
Despesa de Depreciação de Veículos (1.600)
Despesa de Depreciação de Móveis e Utensílios (1.000) (14.642)
Resultado antes dos Impostos sobre o Lucro 5.609
Impostos sobre o Resultado Lucro (1.907)
Lucro Líquido do Exercício 3.702
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Ativo Circulante 20.627 Passivo Circulante 7.704
Bancos 3.730 Fornecedores 5.712
Contas a receber 7.689 Contas a Pagar 85
Provisão para Devedores Duvidosos (716) Impostos a Pagar (1.907)
Mercadorias 9.884
Aluguel a Vencer 40
/
Ativo Não Circulante 11.050 PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
23.973
Veículos 8.000 Capital Social 10.000
(-) Depreciação Acumulada de Veículos (4.800) Reservas de Lucros 13.973
Móveis e Utensílios 10.000
(-) Depreciação Acumulada de Móveis e
Utensílios
(2.150)
Total 31.677 Total 31.677
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ADAPTADO DE CAVALCANTI (2016) – A ENTIDADE PRODUZ E COMERCIALIZA
COSMÉTICOS E DECIDIU CONTRATAR UMA ATRIZ FAMOSA PARA FAZER
PROPAGANDA NA TELEVISÃO. OS GASTOS COM A ATRIZ, COM A PRODUÇÃO E
COM A DIVULGAÇÃO DO COMERCIAL DEVERIAM SER CONTABILIZADOS NO
SEGUINTE GRUPO DE CONTAS:
A) Despesas com vendas
B) Custo das vendas
C) Despesas gerais e administrativas
/
D) Despesas pagas antecipadamente no Balanço Patrimonial
2. RELATIVAMENTE AO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) E ÀS
DESPESAS COM VENDAS, PODE-SE AFIRMAR QUE:
A) O primeiro afeta o Resultado Operacional Líquido, enquanto o segundo afeta o Resultado Operacional
Bruto.
B) Ambos afetam o Resultado Operacional Líquido, mas só o segundo afeta o Resultado Operacional
Bruto.
C) O primeiro afeta o Resultado Operacional Bruto e ambos afetam o Resultado Operacional Líquido.
D) Ambos afetam o Resultado Operacional Bruto, mas só o segundo afeta o Resultado Operacional
Líquido.
GABARITO
1. Adaptado de Cavalcanti (2016) – A entidade produz e comercializa cosméticos e decidiu contratar
uma atriz famosa para fazer propaganda na televisão. Os gastos com a atriz, com a produção e com
a divulgação do comercial deveriam ser contabilizados no seguinte grupo de contas:
A alternativa "A " está correta.
Representam os gastos incorridos para efetuar a venda de mercadorias, produtos e serviços da entidade.
Despesas de propaganda são exemplos de despesas com vendas.
2. Relativamente ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e às Despesas com Vendas, pode-se
afirmar que:
A alternativa "C " está correta.
Basta observar a construção da DRE:
.
.
.
Receita Operacional Líquida
(-) CMV
Resultado Operacional Bruto (Lucro Bruto)
/
(-) Despesas Operacionais (Despesas com Vendas, entre outras)
Resultado Operacional Líquido
.
.
.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A preparação de relatórios financeiros representa a culminância do processo contábil. É a etapa em que os
eventos econômicos, devidamente reconhecidos e mensurados, são comunicados aos usuários finais da
informação contábil.
Visitamos os dois principais relatórios financeiros. O balanço patrimonial, relatório que compila os saldos
contábeis ao final do período, é uma demonstração de estoques, uma fotografia. A demonstração de
resultado é o relatório que apresenta o desempenho financeiro no período, é uma demonstração de fluxos,
um filme.
A combinação de ambos permite entender com clareza a fotografia no início do período (balanço
patrimonial do final do exercício anterior), os eventos que sucederam no exercício (demonstração de
resultado) e, por fim, a fotografia ao final do período (balanço patrimonial do exercício).
Além da visão macro do propósito desses dois relatórios financeiros, mergulhamos na sua constituição
micro, detalhando os componentes desses dois relatórios e o papel de cada item nos respectivos relatórios
financeiros.
/
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, M. A. Curso de contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2014.
IUDÍCIBUS, S., MARION, J. C. Contabilidade Comercial. São Paulo: Atlas, 2016.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Análise Didática das Demonstrações Contábeis (Capítulos 2 a 4) por Eliseu Martins, Gilberto José
Miranda, e outros
Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis (Capítulos 3 a 5) Alexandre Alcântara
da Silva
CONTEUDISTA
José Américo Pereira Antunes
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0);

Continue navegando