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Filosofia e educação unidade 2

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Filosofia e educação	
Unidade 2
*Filosofia e pensamento educacional na modernidade
*leituras e recortes acerca de educação e filósofos da modernidade 
*Tendências e correntes filosóficas :contesto histórico e pressuposto
*Correntes filosóficas :abordagens e suposições
Leituras e recortes acerca de educação e filósofos da modernidade
-Jean Jacques Rousseu
-Immanuel Kant
-Georg Hegel
Correntes filosóficas :abordagens e suposições
-Utilitarismo
-Pragmatismo
-Materialismo
-Fenomenologia
-Existencialismo
Filosofia e pensamento Educacional na modernidade
No curso do século XVI a concepção medieval começou a declinar e aos poucos surgiram forças que forjaram atual mundo moderno grandes movimentos marcaram o período de transição e se estende do declínio da idade média até o grande surto de progresso do século XVII a saber 1 Renascimento Italiano 2 Reforma Luterana 3 o avanço da investigação científica 4 o projeto filosófico humanista 5 o absolutismo francês 6 posteriormente o Iluminismo 
Em meio a esse quadro que nasce e se desenvolve o pensamento moderno marcado pela confiança na razão trata-se de conferir à razão a tarefa de significar o mundo reproduzido e representam afastando do pensamento que é disperso desconexo mítico e Sobrenatural .
O período conhecido como filosofia moderna portanto estende-se por mais de dois séculos e meio de história como todo o período histórico da filosofia é bastante difícil fixarmos uma data para seu início embora alguns autores consideram a filosofia do Renascimento como parte da filosofia moderna em geral aceita-se que o filósofo que iniciou a filosofia moderna tenha sido René Descartes 1596 à 1650 no século XVII uma vez que seus trabalhos definiram me deram corpo aos métodos filosóficos de tal período entretanto como afirma Franklin e Pinheiro 2014 alguns outros filósofos anteriores A Descartes como Montaigne 1533 a 1592 e Francis Bacon 1561 a 1626 aparecem também com momentos da filosofia moderna 
Da mesma forma o trabalho de Ludwing Wittgenstein é considerado o término de tal período iniciado o que é normalmente chamado de período pós moderno o período da filosofia moderna não é caracterizado por uma escola ou doutrina específica mas por um estilo de trabalhar às questões filosóficas e por certas premissas ou hipóteses comuns as áreas exploradas nessa época incluíam a filosofia da mente especialmente o problema mente corpo identificado por Descartes epistemologia e metafísica por não possuir uma escola única a filosofia moderna é normalmente dividida pelas correntes filosóficas que exploraram as principais temas dessa época os principais nomes dessas dessa época mas posteriormente foram assim organizadas em termos de história da filosofia entre os racionalistas encontramos filósofos franceses e alemães que definiam que todo conhecimento deve originar-se de algum tipo de ideia e na tá na mente aquelas ideias que são nativas já nascem com a pessoa com tudo Alguns racionalistas afirmaram ainda que todo o conhecimento é inato ou provido por meio do raciocínio dedutivo enquanto outros racionalistas aceitavam o maior papel da experiência entre os principais racionalistas encontramos René Descartes o lojista e matemático Gottlob Frege e baruc Espinosa
 Tendo como principais figuras os filósofos britânicos John Locke George berkeley e David hume o empirismo era o opositor natural do racionalismo essa posição defendia que a mente era uma tábula rasa termo introduzido por Locke significando que não possuímos ideias inatas e que o conhecimento é impresso em nossa mente através dos dados dos sentidos como isso defendeu ainda que haveriam duas formas para o surgimento das ideias pela sensação e pela reflexão com ideias podendo ser simples ou complexas.
Nessa direção devemos entender que o Iluminismo europeu pretende debater a educação a partir de uma abordagem epistemológica empirista que ressalta o papel das experiências vividas pelo homem no entanto o mesmo empirismo em Locke por exemplo aponta para a importância da educação em elucidar ou vivido e ou preparar para compreendê-lo mais plenamente portanto como aponta Novelli 2001 a educação adquire aqui um papel de superação em relação ao antigo regime caracterizado pela centralização do ensino e pela concentração de conhecimentos entre outros escolhidos 
Immanuel Kant apresentou ainda um sistema filosófico sofisticado que causou uma verdadeira transformação na filosofia alemã embora se o objetivo de encerrar a disputa entre racionalistas e empiristas pela unificação de ambas as posições não tenha sido atingido Kant promoveu grandes mudanças e novas correntes na filosofia de sua época sendo particularmente responsável pelo surgimento da corrente filosófica conhecida como idealismo alemão o idealismo veio afirmar que o mundo e a mente devem ser entendidos segundo as mesmas categorias estabelecendo mais categorias seriam estas o principal trabalho neste sentido foi a Crítica da Razão Pura de Kant publicado em 1781 esse desenvolvimento levou também ao trabalho do filósofo George Wilhelm Friedrich Hegel.
A seguir aprofundaremos as ideias filosóficas de Kant ,Hegel e jean-jacques Rousseau bem como suas contribuições para a filosofia da educação Além disso também será melhor definida a diferença entre os filósofos racionalistas e empiristas no contexto da filosofia moderna
Leitura e recortes acerca de educação e filósofos da modernidade
René Descartes René Descartes (1596 -1650) foi um filósofo físico e matemático francesa sendo uma das figuras mais importantes da filosofia moderna e da revolução científica o filósofo defendia a ideia de que a razão serve como guia para o conhecimento encontra-se aqui justificado o título de racionalismo ao pensamento de Descartes e suas principais obras são 
-Discurso 1637 
-Meditações 1641 
-Os princípios da filosofia 1644 
Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o racionalismo da idade média décadas mais tarde surgiria nas ilhas britânicas o movimento filosófico que de certa forma seria o seu oposto o empirismo John Locke e David hume 
A teoria do conhecimento de Descartes começa com a busca pela certeza por um ponto de partida ou fundamento indubitável sem cuja base o progresso não seria possível
Desse modo o filósofo é conhecido por lançar a dúvida metódica que se baseia numa reflexão que deixa de lado qualquer crença cuja verdade possa ser contestada a intenção de Descartes era mostrar que mesmo partindo de uma posição cética pode-se alcançar o conhecimento a dúvida, portanto pode ser usado como ferramenta filosófica em virtude desse posicionamento Já podemos perceber a importância que terá Descartes no desenvolvimento das ideias filosóficas que se dirigem para as questões pertinentes a educação também consiste o método do conhecimento de quatro regras básicas 
1 verificar se existe evidência real indubitável acerca do fenômeno ou coisa estudada 
2 analizar ou seja dividir ao máximo as coisas em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples 
3 sintetizar ou seja agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro 
4 enumerar todas as conclusões e princípios utilizados a fim de manter a ordem do pensamento 
Descartes começou submetendo suas crenças a uma série de argumentos céticos cada vez mais rigorosos questionando Como podemos ter certeza da existência de qualquer coisa o mundo que conhecemos pode ser apenas uma ilusão não podemos confiar em nossos sentidos com base segura para o conhecimento porque todos já fomos iludidos por eles com alguma certa frequência ele dizia que talvez estivéssemos sonhando e o mundo aparentemente real não fosse mais que o mundo de sonho Como é feito o Descartes considerava que era preciso colocar todos os conhecimentos que temos a prova da dúvida podemos duvidar de tudo metodicamente de maneira sistemática e hiperbólica de modo exagerado para além das reflexões de um mundo ilusório Descartes compreendeu que havia uma crença da qual ele não podia duvidar a crença na própria existência cada umde nós pensa ou diz sou existo enquanto pensamos ou dizemos isso não podemos estar errados em Sua obra discurso sobre o método ele apresentou o axioma penso logo existo apesar de muitas críticas ao localizar a certeza na própria consciência de mim Descartes introduziu um tom de primeira pessoa na teoria do conhecimento que dominou os séculos seguintes é importante salientar que Descartes não esperava alcançar certezas absolutas e inquestionáveis ele argumentou Arquimedes exigia apenas um ponto de apoio a fim de mover a terra inteira para Descartes a certeza sobre a própria existência era esse apoio pois o salvava das dúvidas forneci ele uma base firme e permitir iniciar a jornada de volta Isso é do ceticismo ao conhecimento foi crucial para seu projeto de investigação mas não é o alicerce de sua epistemologia 
*Conceito de epistemologia teoria do conhecimento ou conhecimento do conhecimento algumas de suas questões centrais são a origem do conhecimento o lugar da experiência e da Razão na Gênese do conhecimento a relação entre o conhecimento e a certeza e entre o conhecimento e a impossibilidade de erro a possibilidade do ceticismo Universal e as formas de conhecimento que emergem das novas conceptualizações do mundo (BlackBurn 1997) Na continuidade de seu raciocínio o famoso dualismo cartesiano associado à separação da mente da matéria corpo em duas substâncias diferentes mas em interação o filósofo percebe que é necessário haver uma disposição divina para assegurar a existência de quaisquer relações entre os dois domínios Divididos
Jean Jacques Rousseau 
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante filósofo teórico político e escritor e compositor autodidata é considerado um dos principais filósofos do Iluminismo precursor do romantismo e sobretudo grande referência para a filosofia da educação e suas principais obras são 
-Discurso sobre a desigualdade entre os homens 
-Contrato social 
-Confissões 
-Emílio ou da Educação
Jean Jacques Rousseau foi fortemente influenciado pelo romantismo europeu além do Iluminismo deve se atentar ainda mais a presença e atuação do Romantismo que também esses dias sobre o determinante papel .Segundo Novelli (2001) o romantismo constituiu-se de uma reação contra a frieza racionalista do Iluminismo chamando atenção sobre a natureza a vida o instinto enfim a sensibilidade desse modo pretendia se um homem completamente realizado em todas as suas potencialidades sem sombra de dúvida Emílio ou da educação escrito em 1762 é a obra mais enriquecedora Rousseau nos deixou afim de pensarmos sobre o processo da educação Neste contexto do Iluminismo e do Romantismo bem como as etapas da Infância e as formas como o sujeito se insere na sociedade hoje se considera o primeiro tratado sobre filosofia da educação no mundo ocidental explica Por conseguinte com o indivíduo pode conservar uma bondade natural Rousseau sustenta que o homem é bom por natureza enquanto participa de uma sociedade inevitavelmente corrupta 
O texto se divide em cinco livros os três primeiros dedicado a infância de Emílio o quarto a sua adolescência e o quinto a educação de Sofia a mulher ideal e futura esposa de Emílio em a vida doméstica e civil deste incluindo a formação política 
Rousseau intenciona mostrar a natureza da arte de educar que consiste em superar os obstáculos e em criar melhores condições que possibilitem no desenvolvimento dos indivíduos a infância é compreendida como uma etapa que tem uma finalidade importante para o desenvolvimento de qualquer sujeito e a ela não se deve impor uma cultura adulta por meio da autoridade vejamos o que ele diz acerca deste assunto 
“A natureza quer que as crianças sejam Crianças antes de serem homens se quisermos perverter essa ordem produziremos frutos temporões que não estarão maduros e nem terão Sabor e não tardaram em corromper teremos jovens doutores e velhas crianças a infância tem maneira de ver de pensar e de sentir que eles são próprias nada é menos sensato do que querer substituir essas maneiras pela nossa e Para mim seria a mesma coisa exigir que uma criança eu tivesse cinco pés de altura e que tivesse juízo aos 10 anos como é feito de que lhe servirem a razão Nessa idade ela é o freio da força a criança não precisa desse freio” (Roussel1999)
Para ele As instituições educativas corrompem um homem e tiram de liberdade para criação de um novo homem e de uma nova sociedade seria preciso educar a criança de acordo com a natureza desenvolvimento progressivamente seus sentidos e a razão com vistas a liberdade e a capacidade de julgar por si mesmo Isto é logo seria afirmar que a ideia central da educação para o seu é que a conformidade com a natureza trata-se da busca rousseauniana na verdade na própria natureza e um homem como ponto de convergência da universalidade 
No entanto o objetivo de que permeia a tarefa Educacional mesmo trabalhada de forma individual e particular é o da formação do homem para o convívio com seus semelhantes o objetivo maior do projeto pedagógico rousseauniano sintetize seus dois ideais fundidos numa só máxima de recriar o homem natural dentro da sociedade e a educação é o instrumento mais propício para essa recreação e transformação pessoal que invariavelmente poderá procriar mudanças na sociedade Paiva (2011) podemos afirmar desta maneira que a educação para Rousseau não é uma tarefa que se limita ao ambiente escolar a Programas ou a instituições específicas mas sim uma ação global do desenvolvimento do homem em todas as suas necessidades isso é claro Logo no início de sua obra nascemos fracos precisamos de força nascemos desprovidos de tudo temos necessidade de assistência nascemos estupros precisamos de juízo tudo que não temos ao nascer e de que precisamos adultos e nos dados pela educação (Rousseau 1999)
 Essa educação conforme ressaltam Franklin e Pinheiro( 2014) nos ensina a importância de respeitar a criança em seu próprio mundo repleto de necessidades próprias ela não dá virtudes mas previne vistos enfim ela dispõe a criança a tudo o que pode levar ao verdadeiro quando ela já detém a condição de entender e também chamar para Rousseau a civilização é um grau de desenvolvimento superior da própria natureza.
Immanuel Kant 
Emanuel Kant (1724 -1804) nasceu na Prússia oriental e durante toda a sua vida jamais se afastou de sua cidade natal com Konigsberg não seria exagero afirmar que ele foi um dos filósofos mais importantes da modernidade uma vez que refletir o temas que são debatidos até nos dias de hoje com objetividade o saber a vontade e o juízo ele estabeleceu o que chamamos de filosofia crítica “mantendo o equilíbrio sobre a posição extrema do empirismo britânico por um lado e os princípios inatos do racionalismo cartesiano por outro “(Russell 2013) 
Na filosofia Kantiana há um pouco de inflexão importante acerca da análise e conhecimento da relação entre ser e pensar entre verdade certeza entre objetividade e subjetividade deriva-se de sistemas um conjunto de trabalhos desenvolvidos pelo filósofo “Crítica da Razão Pura” e “Crítica da Razão” prática crítica do juízo resumidamente é possível afirmar que sua crítica está baseada na possibilidade de uma fundamentação de articulação entre sujeito e objeto que não situe no âmbito da Fé ou da crença 
O sentido da crítica efetuada por Kant não é aquele do senso comum da desaprovação e sim da análise sua busca pela compreensão da maneira pela qual podemos conhecer as coisas e não apenas qual o significado das coisas 
A educação para Kant é um objeto importante de reflexão ele defende a ideia de que o homem é a única criatura que precisa ser educada sendo que a educação tem como objetivo encaminhar o homem em direção a uma finalidade qual seja a perfeição uma educação que consegue atingir sua finalidade vai de encontro com a filosofia moral e política sendo que o homem moral é o ideal a ser seguido no processo de educação 
Tendo como intenção a formação do homem ideal Kant estabelece a disciplina e a coação como pressupostos fundamentais no processo de educaçãopor meio do rigor da coação e da obediência o filósofo Visa a formação do caráter disciplina equação são colocadas como fundamentos necessários para a liberdade e a moral da Autonomia princípio básico do bom uso da razão depende desse primeiro momento da educação (Franklin Pinheiro 2014) apenas em função de uma educação baseada na disciplina e na coação será possível postular mus um sujeito autônomo Outro aspecto importante é a defesa da ideia de que a educação deveria conduzir o homem a liberdade dito de outro modo a educação para a liberdade necessita de exercícios e ensinamentos de modo a permitir gradativamente o desenvolvimento da Inteligência o homem por ser racional ultrapassa ordenação mecânica de todos os sentido de sua existência proporcionando assim mesmo a libertação dos instintos por meio de sua própria razão (Ribeiro Zancanaro 2011 )O Homem não deve ser guiado por instintos pois foi dado a ele a razão e liberdade de qual deve tirar tudo desse mesmo assim na era moderna cresceu o clamor da Liberdade geral e sustentou-se uma ordem social apropriada só poderia acontecer a partir de indivíduos livres e emancipados em que o sujeito só poderá ser racional e livre ao desenvolver todas as suas potencialidades de acordo com a vontade
 “Através da educação o indivíduo se torna plenamente responsável de seu destino consciente dos valores morais do dever de sua natureza enquanto fim em si esse fim é um fim racional que supõe um valor pessoal dado pelo próprio homem a si mesmo em todas as circunstâncias como condição necessária sobre a qual somente ele mesmo e sua resistência são metas finais o progresso imposto pela educação ao formar a disciplina cultura e moralidade como metas a serem cumpridas possibilita a postulação da formação do homem com vistas a inteira a humanidade “(Franklin Pinheiro 2014)
Georg Hegel
Georg Hegel (1770-1834) nasceu em Stuttgat hoje cidade da Alemanha quando jovem conheceu Schelling e Holderlin iniciando uma amizade que duraria décadas o esforço de Hegel concentra-se um objetivo muito claro a compreensão do presente a partir da explicação do sentido do desenvolvimento histórico 
A filosofia hegeliana caracteriza-se nessa medida por um intenso compromisso com a realidade o que é a realidade elas se caracterizam justamente por seu aspecto mutável em todos os níveis principalmente no histórico uma das questões iniciais do projeto regiliano é avaliar até que ponto os conceitos formulados por diferentes sistemas filosóficos dão conta desse dinamismo ou ao contrário dividem em blocos estanques e se mantém Imóveis a mudança que é filosofia denomina vir sempre foi considerada apenas sob o aspecto dos resultados ou seja aquilo que se manifesta a relativa estabilidade do Real em cada momento que se apresenta para o nosso conhecimento 
Esse todavia não é o ponto mais intenso mais interessa a Hegel interessa a lhe considerar o aspecto de processo que a mobilidade do real em envolve para ele é preciso explicar as condições de modificação e o sentido que as mudanças apresentam em todos os aspectos da realidade desde a percepção sensível até as revoluções políticas compreender a realidade significa entender o modo como esse processo transcorre se possível as leis que o regem 
A obra em que Hegel procura expor essa trajetória é A fenomenologia do Espírito 1807 o primeiro livro em que seu sistema aparece plenamente delineado ele afirma que a filosofia é a filha de seu tempo apontado assim a importância da história nesse sentido ele situa-se dentro do debate sobre a educação de sua época pois além de encontrar se Neste contexto toda a sua vida ficou marcada pela atividade docente foi preceptor Professor diretor de ginásio Conselheiro escolar professor e reitor Universitário e consultor do governo para assuntos educacionais viveu de perto as reformas educacionais na Alemanha tanto no período do ginásio como na universidade 
Segundo Novelli(2001) a pedagogia hegeliano remete muito mais a compreensão do que é e como vem a ser o homem o homem nele é contínua passagem contínuo vir-a-ser sempre filho de seu tempo do que o precedeu e do que está por vir enquanto resultado de sua própria atividade no dia a dia certamente é dessa concepção de homem que se deve erguer todo mal proposta pedagógica que tão somente os viabilize esse homem
Provavelmente por isso não se encontra em Hegel uma sistematização da questão pedagógica e talvez seja um exagero procurar remeter passagem de obras dele a referida questão no entanto pode-se operar uma esforço no sentido de pensar como filosofia hegeliana apresenta contribuições a temática Educacional a seguir escolhemos alguns pontos importantes 
1 a educação proporciona o segundo nascimento do indivíduo porque o torna autônomo senhor desse no convívio de seu povo a autonomia é uma conquista do indivíduo porque este precisa aderir a proposta de seu povo e renunciar suas particularidades e exclusivistas 
2 o aprender ocorre por intermédio de alguém Isto é por um processo necessariamente mediado 
3 o indivíduo precisa passar por diversos estágios em sua formação 
4 a tarefa do indivíduo é adquirir o que ele apresentado e apropriar-se da cultura de sua época essa apropriação é o acesso à cultura Universal da qual participam todos os povos
 Finalmente ele assume uma preocupação marcante com o conteúdo da prática docente sem considerar muito a questão metodológica há nele uma certa desconfiança em relação ao formalismo métodos e técnicas dessa maneira o conteúdo torna-se determinante Pois deve ser a apresentação das verdadeiras riquezas criadas pelo homem ao longo de sua existência o que se pode inferir apesar de tudo sobre a postura regiliano é que ele insiste na contribuição que o acesso ao conhecimento acumulado pode proporcionar ao aluno neste sentido a preocupação com o conteúdo é crucial pois aí se encontra algo a ser sabido e a qual se tem direito a metodologia a técnica dotada o processo de comunicação deste conteúdo acaba sendo secundário Novelli (2001) contudo Hegel entendi que não basta comunicar mas é necessário garantir que ocorra a comunicação
Tendências e correntes filosóficas contexto histórico e pressupostos 
A filosofia contemporânea situa-se cronologicamente entre o século XIX até os dias atuais no entanto alguns especialistas em filosofia preferem classificar os pressupostos teóricos e os pensamentos filosóficos produzidos a partir do século XIX como parte da filosofia moderna. Permitindo-se fazer uma análise mas conceitual historiográfica ao invés de uma análise estritamente cronológica preferimos compreender que as Produções filosóficas deste séculos aproximam-se muito mais daquilo que foi produzido nos séculos posteriores do que nos períodos anteriores dessa forma escolhemos o termo filosofia contemporânea
 Além disso o pensamento predominante no século XX as escolas filosóficas das interpretações e a pós-modernidade Enfim tudo o que há de diferente na filosofia ocidental nos dias de hoje foi gestado a partir das obras de filósofos do século XIX , como Augusto Comte Friedrich Nietzsche Soren kierkegaard,Arthur Schopenhauer,Marx entre outros. 
Como vimos na Seção 3 durante o Iluminismo no final da modernidade havia uma crença comum que o avanço das ciências e das técnicas e do conhecimento articuladas a popularização desse conhecimento por meio da educação traria a realização moral e a liberdade das sociedades ditas modernas no século XIX o positivismo de Augusto Comte permanece de certo modo numa linha Iluminista porém traz a necessidade de um conhecimento científico técnico bem como da Ordem Social Para que ocorra o almejado avanço social e o materialismo dialético de Karl Marx afirma a necessidade de se entender a história humana como a história de sua produção material 
Considerando os fatos históricos inerentes no final do século XVIII e também XIX os que mais influenciaram o pensamento contemporâneo foram as revoluções Francesa e Americana e especialmente a revolução industrial em termos práticos as revoluções políticas e sociaistrouxeram um novo modo de governar afastando o absolutismo monárquico do antigo regime enquanto a Revolução Industrial desencadeou um importante e amplo avanço técnico e científico nos países europeus 
O filósofo alemão Arthur schopenhauer opondo-se a visão romântica e Idealista e aos pensamentos totalizantes da Razão moderna que pretendiam enquadrar os sujeitos em um modelo inteiramente racional lança o conceito de vontade como uma força motriz da natureza que tudo causa ao acaso independentemente de qualquer vontade divina Kieekegaard por sua vez lança a ideia de que a filosofia deve prestar atenção a vida do sujeito para que o próprio ser humano entenda e se conforme com a sua condição muitas vezes permeados pela angústia 
Mas de todos os pensadores que marcaram o início da contemporaneidade foi então Friedrich Nietzsche o responsável pela maior ruptura com a filosofia moderna além de ser enunciado que viria no século XX esse filósofo foi um grande crítico do que se tornou a filosofia produzida entre Sócrates e Kant com exceção de Espinosa ou seja quase toda a filosofia ocidental Nietzsche criticou a produção do ser humano de querer alcançar uma verdade objetiva única e puramente racional fundamentando o conhecimento no que ele chamou de perspectivismo além da crítica à teoria do conhecimento e a elaboração de um método filosófico para compreender o mundo além da crítica à teoria do conhecimento e a elaboração de um método filosófico para compreender o mundo nietz tece uma crítica Nietzsche tece uma crítica aos sistemas morais que pretendem estabelecer uma valoração unilateral e desprezam a origem histórica e cultural dos mesmos
O início do século XX por conseguinte traz a suspeita de que as teorias iluministas modernas talvez não fossem tão certas a primeira guerra mundial foi um desses fatores e o holocausto engendrou o começo do pessimismo contemporâneo em relação à Ciência e a técnica Theodore Adorno e Max Horkheimer no livro dialética do esclarecimento classificam holocausto comum ápice da barbárie que a humanidade chegou devido ao que eles chamaram de razão instrumental a razão instrumental e a utilização não reflexiva da ciência e das técnicas visando a uma finalidade 
Desde o século XVIII o capitalismo já havia se utilizando da racionalidade como instrumento de poder e o nazismo por meio da câmera de graça e dos experimentos científicos cruéis que utilizavam prisioneiros de campos de concentração como cobaias marcaram a contemporaneidade Como época em que o avanço científico não garantiu o avanço moral mano Nesse contexto uma dificuldade que aparece a partir de agora no estudo da filosofia é o surgimento de correntes filosóficas no período contemporâneo as correntes passam a ser mais exatas e Claras Isto é a uma classificação mais detalhada de cada de cada posição e a abordagem filosófica busca-se neste sentido aproximar ou distanciar os filósofos conforme as principais ideias contidas nelas a seguir nos debruçarmos nessas correntes quais sejam positivismo utilitarismo é pragmatismo materialismo fenomenologia e existencialismo
Correntes filosóficas abordagens e suposições 
Positivismo 
Impulsionado pelo otimismo decorrente da crença no progresso tecnológico o positivismo empenhou-se em tornar o homem consciente de seu destino histórico e especialmente prometido com a locação tecnocientífica do século XIX seu maior representante ao francês Augusto Comte (1798-1857)aluno da Escola Politécnica de Paris professor de Filosofia e fundador da corrente em questão de sua obra destacam-se Curso de Filosofia positiva (1830 -1842) Sistema de política positiva (1851-1854) Catecismo positivista (1852) e Síntese subjetiva (1856) 
O pensamento positivista influenciou grande parte da cultura europeia em diversos ramos como na filosofia na pedagogia na política e na historiografia as grandes transformações decorrentes do processo de industrialização do século XIX , o avanço da ciência e da tecnologia o surgimento de grandes cidades o aumento da produção de bens materiais e de riqueza permeia um contexto em que o positivismo foi pensado por Comte conte dividiu o progresso humano em três estágios :
1-o primeiro diz respeito ao período geológico representado pela idade média e caracterizado pela crença no Sobrenatural nas explicações fantásticas e míticas 
2 o segundo estágio denominado de metafísico Comte defende a ideia de que a especulação sobre a natureza da realidade passou por uma grande evolução e que as noções abstratas substituíram o papel das divindades e finalmente 
3 A Era positivista científica que ajudaria a criar uma nova ordem social baseada nas regularidades observáveis e escritas pelas ciências 
Tendo em vista sua teoria estaríamos no estágio científico da história da humanidade apesar de que seria necessário ainda aplicar seu método aos fenômenos sociais ou seja a finalidade de isto seria a fundar as crises pelas quais a sociedade estava passando para alcançar uma ordem social a sociologia científica seria capaz de interromper o estado de crise em que as sociedades mais realizadas se encontravam afim de conquistar em ordem social que Comte defendia como entusiasmo 
Comte não defendia a filosofia como um corpo teórico que tem seu próprio saber pois o mais importante segundo sua perspectiva eram os objetivos de classificação e ordenação do conhecimento em outras palavras a filosofia positivista possui um teor enciclopédico não no sentido dos conteúdos e saberes apresentados mais de sua observação e aplicação dos métodos considerados científicos 
Neste sentido não seria incorreto afirmar que o positivismo creditava uma especial confiança no progresso na capacidade da ciência em desenvolver os problemas das sociedades e por extensão no vínculo entre conhecimento e ciências naturais 
Ademais o vínculo está estabelecido pelo positivismo entre lógica ciência política e moral mostra que o cientista tem um papel social importante para continuar impossível considerar a lógica sem considerar um programa ético e político neste sentido ciência e filosofia são como espécie de sacerdócio de apostolado da Razão cujo objetivo é a redenção da humanidade (Abrão-1999) esse pensamento conduziu o filósofo a instituir a religião da humanidade caracterizada pelo culto a razão presença de rituais e calendários próprios e adoração aos grandes personagens do progresso humano em sua maioria homens ilustres 
De forma resumida apresentaram um quadro com as principais características do positivismo :
-a ciência promove exclusivamente o método de conhecimento e o próprio conhecimento 
-esse método é válido para o estudo da sociedade ou seja para a sociologia e historiografia 
-a ciência soluciona todos os problemas humanos 
-o progresso da sociedade e também da humanidade é visto de uma perspectiva otimista 
-a história é vista a partir das perspectivas Messiânica 
-os fatos em perigos são compreendidos como verdadeiro conhecimento 
-crença na racionalidade científica 
-combate a concepções idealistas e espiritualistas da realidade (Franklin Pinheiro 2014) 
Comte enfrentou as duras críticas ao seu pensamento especialmente a religião da humanidade que nos dias de hoje é pouco reconhecida e valorizada no corpo teórico do pensamento positivo porém ainda na contemporaneidade percebemos sinais do positivismo na sociedade ocidentais tais como a ciência para o progresso da humanidade crítica ao pensamento metafísico não provado ideia da sociologia como ciência autônoma e importância da tradição o reconhecimento da historicidade dos fatos humanos e a própria ciência a unicidade do método científico seu valor cognoscitivo o positivismo exerceu grande influência sobre os principais líderes republicanos brasileiros quase todos os alunos da Escola Politécnica de Paris entre eles destacaram-se Luiz Pereira Barreto Raimundo Teixeira Mendes Miguel Lemos fundador da igreja positivista do Brasil e Benjamin Constant responsável pela divisa Ordem e Progresso ideal comtiano escrito na bandeira do Brasil
Utilitarismo 
O advento daRevolução Industrial o crescimento das cidades a divisão do trabalho e a circulação de capital e o aumento de produtos de bens materiais trouxeram consigo uma certa infase a tudo que dizia respeito a utilidade o movimento denominado utilitarismo portanto recebeu esse nome devido a uma doutrina ética que remonta ao teólogo e filósofo Francis Hutcheson (1694-1746) que defendeu em 1725 essa teoria afirma que o bem é prazer e o mal a dor o melhor estado que podemos alcançar é aquele em que o prazer supera a dor 
Esse ponto de vista foi adotado por Jeremias Bentham passado a ser considerado como o utilitarismo que nada mais é que um conjunto de teorias éticas seu princípio fundamental é a máxima felicidade possível para o maior número de pessoas trata-se então de uma moral eudemonista, mas que ao contrário do egoísmo insiste no fato de que devemos considerar o bem-estar de todos e não de uma única pessoa além de Bentham o utilitarismo contou com os filósofos James Mill John Stuart Mill Henry Sidgwick e muitos outros que respondem a todas as questões acerca do que fazer o que admirar ou como viver bem 
Bentham se interessou sobretudo pela jurisprudência campo em quem se inspirou em Helvetius e Beccaria. Para Bentham a ética era uma base para estudar os meios legais de promover o melhor estado de coisas possíveis ele ainda foi o líder de um grupo de homens conhecidos como a radicais filósofos que se preocupavam muito com as reformas sociais e com a educação em geral se opunham a autoridade da Igreja e aos privilégios restritos da classe social dominante porém como nos informa Bertrand Russell Bentham era um homem de temperamento reservado e partir de pontos de vistas não especialmente radicais (Russell 2013)
Bentham , preocupava-se muito com a educação e compartilhava com seu grupo de uma Suprema confiança nos ilimitados poderes da mesma no fornecimento de uma educação adequada foi vista como um dos grandes remédios para todos os males sociais de uma certa forma os utilitaristas estão certos quando afirmam que determinados problemas não podem ser devidamente enfrentados a menos que existe uma entendimento bastante difundido do que está em jogo é isso requerem verdade um certo grau de educação é importante lembrar que naquela época a Inglaterra contava apenas com duas universidades e de acesso restrito aos que professavam o anglicanismo logo a intenção de Bentham era proporcionar oportunidades de educação Universitária aos que não preenchiam as escritas qualificações exigidas pelas instituições existentes consequentemente participou do grupo que ajudou a fundar a universidade College de Londres 1825 instituição na qual não se impunham testes religiosos aos estudantes 
De modo geral a filosofia de Bentham se baseia em duas ideias predominantes que remontam no início do século 1 associação 2 máxima felicidade a primeira diz respeito à noção de dependência causal em função da associação de ideias tornando-se o mecanismo central da Psicologia o segundo o princípio da maior felicidade já mencionamos essa teoria vincula-se também a psicologia uma vez que para Bentham o que os homens tendem a fazer é conseguir Parece mesmo a maior felicidade possível felicidade significa que o mesmo que trazer a função da lei a garantir que a buscar o seu próprio prazer máximo ninguém prejudique identifique o propósito de ninguém ao mesmo tempo o princípio da maior felicidade possibilita outras interpretações na concepção dos economistas liberais tornou-se uma justificativa para o livre comércio pois assume a si que a busca livre e sem controle por parte de cada indivíduo de seu maior prazer produziria a maior felicidade a sociedade
Para além de uma teoria ética utilitarista Como foi de fato a concepção de vida implica na maior parte do planejamento político e econômico moderno na medida em que isso põe que a felicidade também pode ser medida em termos econômicos em economia o utilitarismo pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou ação é correta é o benefício intrínseco exercido a coletividade ou seja quanto maior o benefício tanto melhor a decisão ou a ação será 
John Stuart Mill foi um homem de grande talento mas desperdiçado pela falta de densidade filosófica do utilitarismo (Franklin Pinheiro 2014) foi fortemente influenciado pelo seu pai James Mill homem muito atuante politicamente na Inglaterra e defensor do liberalismo pensamento político mais apropriado aquele contexto na formulação da doutrina Stuart Mill as ações são corretas proporcionalmente a sua tendência para promover a felicidade e erradas se promover o que é contrária a felicidade essa perspectiva constitui uma forma como disse Simon Blackburn de consequencialismo em que as consequências relevantes são identificadas em termos de grau de felicidade diferentes concepções de felicidade separam a versão de Stuart Mill que reconhecia diferenças qualitativas entre os diferentes tipos de prazer da tentativa assumida de Bentham para reproduzir todas as questões de felicidade a presença do prazer ou dor 
Para Mill todos os nossos conhecimentos são de natureza empírica inclusive as proposições da ciência dedutiva como a geometria como é feito as proposições da geometria também são verdades experimentais e resultantes da observação a importância de Stuart mill para a educação se estabelece nessa problemática dos processos indutivos e dedutivos do conhecimento uma vez que muitas das pesquisas utilizam este método lógico para referendar teorias que são retiradas da experiência tornando-as Gerais (Franklin Pinheiro 2014)
Não foi somente a teoria utilitarista que Stuart Mill se dedicou Pois foi um dos primeiros filósofos homens a se preocupar com a causa das mulheres o filósofo publicou em 1869 a famosa obra sujeição das mulheres em meio a um importante movimento histórico no qual as mulheres reivindicaram direitos de cidadania no primeiro Capítulo de sua obra Stuart mill apresenta muitas indagações relacionadas a subjugação das mulheres o filósofo atentava para o fato de que apesar de o mundo ter avançado muito até aquele momento para libertação de povos escravizados as mulheres continuavam sendo subjugadas e oprimidos pelo sexo oposto consequentemente as mulheres continuaram sendo vistas como seres inferiores e sem autonomia não só nome do público mas também no âmbito privado Oliveira 2013 a obra nos dá a possibilidade de pensar o que é acionamento do filósofo quando a causa das sugestões das mulheres pelos homens e a situação dessa condição 1000 assumir a tarefa de entender o porquê de a sociedade aceitar como natural a situação de inferioridade da mulher Diante do homem isto é a sujeição e o conformismo da maioria a sociedade não questionava as razões pela qual as mulheres se mantinham sob o jugo masculino
 A seguir apresentamos as características fundamentais do utilitarismo
- o princípio do bem-estar o bem é definido como sendo o bem-estar disse que o objetivo pesquisado em toda a ação moral se constituiu pelo bem-estar que pode ser físico moral ou intelectual 
-consequencialismo as consequências de uma ação são a única base permanecente para julgar a moralidade dessa ação utilitarismo não se interessa dessa forma pelos agentes Morais mas pelas ações as qualidades morais do agente não interfere no cálculo de moralidade de uma ação sendo então indiferente se o agente é generoso Interessado ou sádico pois são as consequências do ato que são morais há uma dissociação entre a causa o agente e as consequências do ato assim para o utilitarismo dentro de circunstâncias diferentes um mesmo ato pode ser moral ou imoral dependendo se suas consequências são boas ou mas
- princípio da agregação O que é levado em conta no cálculo é o saldo líquido de bem-estar numa ocorrência de todos os indivíduos afetados pela ação independentemente da distribuição deste saldo O que conta é a quantidade global de bem-estar produzida Qualquer que seja a repartição dessa quantidade sendo assim é considerado válido sacrificar uma minoria cujo Bem Estar serádiminuído a fim de aumentar o bem-estar geral essa possibilidade de sacrifício se baseia na ideia de compensação a desgraça de uns é compensada pelo bem-estar dos outros se o saldo de compensação for Positivo a ação é julgada moralmente boa com aspecto dito sacrificial é um dos mais criticados pelos adversários do utilitarismo 
princípio de otimização o utilitarismo exige a maximização do bem-estar geral o que não se apresenta como algo facultativo mas sim como um dever 
-imparcialidade e universalismo os prazeres e Sofrimentos são considerados da mesma importância quaisquer que sejam os indivíduos afetados o bem-estar de cada um tem o mesmo peso dentro do cálculo de bem-estar geral Esse princípio é compatível com a possibilidade de sacrifício o princípio todos têm o mesmo peso e não se privilegia ou se prejudica ninguém a felicidade de um rei ou de um cidadão comum são levadas em conta da mesma maneira os aspectos universalistas consiste numa atribuição de valor de bem-estar que independente das culturas e das particularidades regionais como o universalismo de Immanuel Kant o utilitarismo pretende definir uma moral que vale universalmente.
Pragmatismo 
A primeira corrente filosófica que se originou nos Estados Unidos no final do século XIX, o pragmatismo viveu seu auge nas primeiras décadas do Século XX apesar de ter sido pensado sobre diversas formulações o pragmatismo parte da crença de que o significado de uma doutrina é idêntico aos efeitos práticos que resultam de sua adoção em outras palavras o significado de um conceito é o efeito sensorial de seu objeto é conhecido como máxima pragmática ou então a verdade é a descrição da realidade que melhor funciona para nós 
Um dos principais representantes Charles Sander Peirce (1839-1914) uma das coisas fundamentais que Pierce tentavam mostrar é que muitos debates na ciência filosofia e teologia não tem sentido e afirmava que que muitas vezes são debates sobre palavras e não sobre a realidade uma vez que neles nem efeito sobre os sentidos pode ser especificado .O pragmatismo pierceano era a teoria de que não adquirimos conhecimento apenas observando mas fazendo e que contamos com esse conhecimento somente enquanto ele nos é útil no sentido de que explica adequadamente as coisas para nós quando esse conhecimento não cumpre mais essa função ou explicações melhores tornou no obsoleto e o substituímos .
As antigas posições funcionavam de forma adequada em sua época ainda que não fossem verdadeiras Isso demonstra como o conhecimento como ferramenta explicativo é diferente dos fatos podemos ver ao olhar para a história como nossas ideias sobre o mundo mudaram constantemente do pensamento de que a Terra é plana até saber que ele é redonda da suposição da terra como centro do universo até a compreensão de que se tratava apenas de um planeta no vasto Cosmos a ideia de Peirce torna-se importante para as concepções educativas porque articula-se apreensão de como podemos conhecer as coisas para ele nosso conhecimento nasce de uma fixação de crenças que podem ser reduzidas a quatro métodos quais sejam
Todavia as crenças científicas podem ser falíveis uma vez que a experiência pode desmentir os significados das conjunturas levantadas por isso as hipóteses estarão sempre colocadas a prova nas experiências e nas tessituras das conclusões aumento da científica muito significativo para a realização de pesquisas acadêmicas para comprovar as respectivas teorias 
O pragmatismo teve outro filósofo campo grande referência o norte-americano filósofo e psicólogo William James que foi amigo de Peirce e teve mais notabilidade que este para jeans a verdade de uma ideia depende do quanto ela é útil Isto é se ela responde o que dela se exige por isso se uma ideia não contradiz os fatos as leis da ciência por exemplo não pode haver razão para não considerar a verdadeira a verdade de uma ideia não é uma propriedade estagnada inerente à ela na verdade acontece a uma ideia tornando-se verdadeira pelos acontecimentos sua veracidade é um acontecimento um processo qualquer ideia se trabalhada é considerada como verdadeira pela ação que tomamos colocar as ideias em prática é o processo pela qual se torna verdadeira a realidade é um processo dinâmico e ativo da mesma forma que a verdade é um processo julga que a crença numa ideia é um fator importante na escolha para agir sobre ela e dessa forma a crença e parte do processo que torna uma ideia verdadeira na perspectiva de James quase todas as crenças poderão ser respeitáveis e até mesmo verdadeiras desde que funciona mesmo que este funcionar não seja uma questão tão simples para games o pragmatismo proposto por James e Peirce estabeleceu os Estados Unidos como um centro significativo para o pensamento filosófico no século XX considerando que toda a tradição filosófica do ocidente tenha sido gestado nos países europeus a interpretação de James sobre a pragmática da Verdade influenciou o psicólogo e pedagogia está John Dewey que será apresentado na unidade 3 outros filósofos influenciados pela corrente para pragmática foram Richard Rorty, Bertrand Russell ,Ludwig Wittgensteim ,os escritores foram Virgínia Woolf e James Joyce.
Materialismo 
A influência de Hegel no pensamento filosófico do século XIX foi fundamental na produção de ideias que tinham em comum entre outras coisas a desconstrução Religiosa e especialmente por meio de críticas ao cristianismo temos Bruno Bauer e Edgar Bauer que apresentaram mata ismo Idealista.Max Stirner por sua vez dizia que não podia ser mais cristão tão pouco ateísta mas foi Ludwig Feuerback quem influenciou radicalmente todos os filósofos chamados materialistas sua tese principal é a de que por trás de toda a teologia não há nada além de Antropologia
 A partir desse grupo formado e influenciado por Hegel temos Karl Marx e Friedrich Engels que inspiraram até os dias de hoje o pensamento filosófico político econômico e social ambos romperam com Feuerbach ao questionarem a sua concepção especulativa sobre a natureza do homem apartado da política da história bem como o desenvolvimento de si próprio desvinculado das condições reais de sua existência
Ressalta-se a importância de compreender Marx e seu pensamento conforme o contexto histórico e social do século XIX em que suas ideias foram concebidas Marcos viveu numa época em que a Europa se envolve em conflitos tanto no campo das ideias como das instituições já na universidade as doutrinas socialistas e anarquistas se encontravam no centro das discussões dos grupos que Marques representavam alguns dos pensadores que que então alimentavam as esperanças transformadores dos estudantes hoje são chamados de socialistas utópicos como britânico Robert Owen e os franceses Charles fourier e pierre-joseph proudhon dois momentos da história europeia foram vividos por Marx intensamente e tiveram importante reflexos em Sua obra as revoltas anti monarcas de 1848 na Itália na França na Alemanha e na Áustria e a comuna de Paris que durante pouco mais de três meses em 1871 levou os operários ao poder influenciados pelas ideias do próprio Marx a insurreição acabou reprimida com saldo de 20000 mortes 38000 prisões e7000 deportações 
Como informado por Franklin e Pinheiro Marx aceita o método dialético de Hegel o poder da contradição porém aplica a única realidade que admite a matéria com isso Marx elabora definições de materialismo histórico nas teses sobre Feurbach e ideologia alemã inicia-se o interesse de Marx pelas diversas formas da sociedade humana e pela sua sucessão evolutiva que na sociedade surge em resposta as contradições ou tensões insolúveis que se dão entre as diferenças forças produtivas ou classes 
-Materialismo histórico 
É uma concepção marxista na história é descrito Como procura da grande força que faz mover todos os acontecimentos históricos importantes no que se refere à economia de uma sociedade as mudanças do modo de produção a divisão da sociedade em classes distintas e finalmente a luta das classes que se opõem segundo o materialismo históricoas mudanças nas Forças produtivas de uma sociedade conduzem a conflitos sociais e as formas específicas de organização social refletem a estrutura subjacente dos meios de produção (BlackBurn 2004) Sabe-se que a educação não aparece nos textos de Marx como objeto central de interpretação análise ou como fundamento de alguma proposição o tratamento do tema se dá mais como uma das consequências da realização de uma teoria crítica da economia e sociedade capitalista daquela época 
Marx elaborou alguns princípios importantes que devem ser levados em consideração Se quisermos estabelecer uma prática Educacional transformadora do contexto social em teses sobre Feurback publicado em 1845 Marx defende a ideia de que algumas Vertentes da doutrina materialista equivocadamente entende que os homens são produtos das circunstâncias externas dito de outro modo do meio ambiente desta forma segundo essa concepção é necessário transformar as circunstâncias para só depois transformar os homens Marx discorda dessa ideia afirmando justamente o contrário para eles são os homens que transformam as circunstâncias e por isso é necessário primeiro mudar os homens e sua consciência para só depois mudar as circunstâncias 
Na décima primeira tese Feuerbach, Marx argumenta que os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras Mas o que importa é transformá-lo desta forma ele critica uma postura contemplativo da filosofia que apenas observava e nunca intervia na realidade para Marx necessário que se Estabeleça uma prática revolucionária na teoria viva que passa a existir a partir da prática concreta da luta da Revolução na terceira unidade veremos correntes pedagógicas que apostavam a transformação social como um importante fundamento da prática educativa em suma o indivíduo exerce o principal papel na construção da nova sociedade e consequentemente uma dimensão dialética de um novo homem para essa forma podemos afirmar com base nesses princípios que Marx propõe uma prática Educacional transformadora onde a escola teria basicamente um duplo papel 
1 -estabelecer identificar todas as relações sociais relações de dominação e exploração estabelecidas no âmbito da sociedade tornando cada indivíduo consciente da realidade social na qual ele está inserido 
2- agir pela erradicação das grandes desigualdades sociais pelo fim da Dominação e exploração de uma classe sobre outra 
Finalmente combater a alienação e a desumanização para Marx a função social da Educação para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social o filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretação de partidos ou de classe ele valorizava gratuitamente a educação mas não atrelando a política de estado o que equivaleria a subordinar o ensino a religião Marx via na instrução das fábricas criada pelo capitalismo qualidades a ser aproveitadas para o ensino transformador principalmente o rigor com que encara o aprendizado para o trabalho o mais importante no entanto seria ir para contra tendência profissionalizante que levava as escolas nos triais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual física e técnica essa concepção chamada de unilateral múltipla difere da visão de educação integral porque esta tem uma conotação moral e afetiva que para Marx não deveria ser trabalhada pela escola mas por outros adultos o filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar isso ficou para os seguidores como italiano Antonio Gramsci ucraniano Anton Makarenko e a russa Nádia krupskaya
Fenomenologia 
A fenomenologia é um termo que surgiu no século XVIII nas obras de Johann Heinrich Lambert e de Immanuel Kant para denotar a descrição da consciência e da experiência abstraindo de considerações sobre seu conteúdo intencional 
-Conceito de intencionalidade 
Qualidade de estar dirigindo para algo possuída por muitos que não senão todos os estados conscientes nossos pensamentos anseios crenças sonhos e desejos relaciona-se ao termo intencionalidade o problema da intencionalidade é compreender que consiste a relação e se verifica entre o estado mental ou sua expressão e as coisas a cerca nas quais esse estado mental se constitui como tal mas difundida é a opinião de que uma vez que o conceito de intencionalidade é indispensável temos de declarar que a ciência incapaz de lidar com a característica da mente ou alternatividade temos de explicar como a ciência poderá abranger a intencionalidade (Blackburn 1997)
Para Hegel A fenomenologia É em vez disso a investigação histórica da evolução da auto consciência que se desenvolve a partir da experiência sensorial elementar até alcançar processos de pensamentos completamente Racionais e Livres capazes de engendrar conhecimentos. 
Mas no século XX o termo está associado a obra e a arte de Edmund Husserl que foi um dos poucos filósofos contemporâneos sem formação filosófica Pois havia estudado matemática somente ingressou o terreno da filosofia por influência de seu mestre Franz Brentano envolveu-se com a filosofia construindo sua carreira em Universidade selecionando essa disciplina 
Husserl percebeu que a intencionalidade era a marca característica da consciência e viu nela um conceito suscetível de ultrapassar o dualismo da mente corpo defender o ponto de vista de que o principal problema ao tentar compreender o pensamento é explicar o modo como o conteúdo intencional pode pertencer ao fenômeno mental que o exibir assim os fenômenos mentais são alicerçadas nos dados dos sentidos 
A intencionalidade é assim a recusa da noção clássica de representação Mas então se Nossa consciência é intencional se ela é sempre em direção ao objeto a tarefa principal da fenomenologia será verificar Quais as sínteses que se encontram na origem desse efeito temos consciência de um mundo a despeito da veracidade das perspectivas que possamos ter sobre ele (Abrão 1999)
Enquanto a nossa experiência efetiva existe um fluxo permanente de manifestações ou fenômenos de objetos a capacidade sintética de nossa consciência faz com que por meio dessa multiplicidade de fenômenos tenhamos consciência de um objeto Uno idêntico e Russell vai perseguir incansavelmente os mecanismos da estrutura sintética da consciência para desvelar seu funcionamento e assim descobrir como existe para nós algo como consciência de objeto 
A consciência está na origem do fato de ela ser sempre consciência de algo 
O problema é reconciliar a natureza subjetiva ou psicológica da vida mental com seu conteúdo objetivo e lógico ocupou Russell a partir de então por exemplo para ele nossos atos psíquicos são acontecimentos empíricos individuais enquanto os conceitos matemáticos são universalmente válidos e aceito assim reproduzir conceitos universalmente válidos e fatos individuais significava demoli a objetividade das Matemáticas (Abraão 1999)
A ciência aspira a certeza em relação ao mundo. 
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Mas a ciência é empírica: depende da existência
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A experiência é sujeita a suposições e predisposições
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Então a experiência por si não é ciência. 
As teorias científicas baseando-se na experiência mais Russell acreditava a que experiência sozinha não constitui a ciência por que a experiência está repleta de toda a espécie de suposições pré-disposições equívocos o filósofo queria expulsar essas incertezas para conferir a ciência bases absolutamente incontestáveis para solucionar esse embate na Rússia sugeriu que se adotarmos uma atitude científica em relação a experiência deixando de lado toda sua posição particular incluindo a suposição de que o mundo externo existia fora de nós então podemos começar a filosofar ato livre de interferências 
Russell chamou essa abordagem de fenomenologia uma investigação filósofa sobre os fenômenos da experiência precisamos olhar para experiência como uma atitude científica deixando de lado ou colocandoentre parênteses Como dizia a Rússia cada uma de nossas suposições A fenomenologia de husserl e geralmente conhecido como método de investigação porém diferentes filósofos que seguirão o método de Russo chegaram a resultados diferentes ou seja houve pouca concordância sobre o que era realmente esse método e como se colocava em prática no final da carreira Russo escreveu que o sonho de conferir bases sólidas para a ciência tinha acabado embora A fenomenologia de husserl tenha fracassado em fornecer aos filósofos uma abordagem científica a experiência ela deu origem a uma das mais ricas tradições do pensamento do século XX O existencialismo
O existencialismo
O existencialismo é a corrente filosófica que surgiu no centro da reflexão sobre a existência individual a liberdade e as escolhas pessoais é uma corrente e se diferencia dos grandes sistemas filosóficos pois Abarca múltipla diversidade de pensamento que se preocupa com temas Como a existência individual a subjetividade e a liberdade de escolha dos sujeitos o pensamento do século XX em contra os problemas tradicionais da filosofia no mais dispostos no rigor da ordem clássica ou mesmo na hierarquia rígida do positivismo a compreensão da experiência singular e própria de cada indivíduo atrelado ao contexto histórico fortaleceu o sentido dado aos fatores e enfraqueceu a pretensão dada a verdade efetivas e imutáveis
 Com efeito o campo da filosofia tornou-se a complexidade do mundo e da vida dos sujeitos atravessando por determinadas contingências e singularidades de causas diversas contexto que nascem as filosofias da existência ao tratarmos dela é necessário lembrar que não podemos falar delas no singular afirmando por exemplo que existe um existencialismo pelo contrário pois o que caracteriza as filosofias da existência é a multiplicidade de direções e diversidade de influências e as maneiras como se situam frente a tradição (Abraão 1999) mesmo assim é possível verificar alguns traços comuns na maneira como formulam o problema Geraldo o homem frente à diversidade o que faz dessas filosofias verdadeiros testemunhos da complexidade histórica do século XX nota-se que a preocupação sobre a existência humana é o ponto de partida e o objeto privilegiado de análise 
Desde Platão grande parte dos filósofos defendem que o bem moral funciona da mesma maneira para toda a humanidade, porém o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard pode ser considerado o primeiro filósofo existencialista que se opõe a essa tradição ele afirma que o homem não pode encontrar o sentido da sua vida de outro modo a não ser através da descoberta de sua única vocação isso é o homem deve escolher sua própria vida sem se referir aos critérios universais se opondo a concepção tradicional da escolha moral que implica o julgamento do bem e do mal os existencialistas não admitem a existência de uma base de fundamento objetivo Universal e racional nas decisões Morais (Franklin Pinheiro 2014 )
A filosofia de Kierkegaard desenvolveu-se uma reação ao pensamento Idealista alemão que Dominou a Europa Continental particularmente o de George Hegel ele considerava as decisões morais como uma escolha entre o hedonismo e o ético mas quando ele julgou que essa escolha era condicionada em grande parte pelas condições históricas ,Kierkeggard acreditava que escolhas morais são livres e acima de tudo subjetivas é exclusivamente a nossa vontade que determina nosso julgamento dizia o filósofo longe de ser uma razão para a felicidade a liberdade total de escolha nos provam sentimento de angústia ou apreensão 
O sentimento de angústia foi debatida por Kierkegaard na obra o conceito de angústia como exemplo ele citou um homem no alto de um penhasco se esse homem olha para baixo sente dois tipos de medo o medo de cair e o medo causado pelo impulso de lançar-se ao vazio esse segundo tipo de medo ou angústia surge a partir da compreensão de que ele tem liberdade absoluta para escolher se pula ou não nesse sentido filósofo defendeu a ideia de que de que sentimos a mesma angústia em todas as nossas escolhas morais quando compreendemos que temos a liberdade de tomar até as mais difíceis e terríveis decisões ele descreveu essa angústia como a vertigem da liberdade e foi além de explicar que embora ela causa desespero pode também nos livrar de respostas e pensadas pois nos torna mais consciente das escolhas disponíveis 
Tal angústia aumenta nossa consciência e senso de responsabilidade social 
Na filosofia de kierkegaard é importante percebemos a existência de uma reflexão voltada para temas existenciais e subjetivos em que o filósofo chamar atenção com muita frequência para o estudo de auto consciência que se opõe a estar alheio de si está consciente é saber se orientar no caminho da própria integridade voltando-se sobre si mesmo Na obra o desespero humano Kierkegaard elabora o sentimento do desespero sobre o viés da consciência ou da ausência dela no processo reflexivo ou seja que importa então que o desespero diz conheça seu estado se nem por isso deixa de desesperar se é desvario esse desespero a ignorância ainda o torna maior Isto é estar ao mesmo tempo desesperado e em erro essa ignorância está para o desespero como para angústia nada espiritual reconhece-se precisamente pela segurança vazia do Espírito no âmago todavia a angústia está presente assim como desespero e quando suspende o encantamento das ilusões dos Sentidos já que a existência vacila o desespero que se oculta surge (Kierkegaard 2003)
Muitas das ideias Kierkegaard foram rejeitadas por seus contemporâneos mas Se mostraram muito influentes nas gerações posteriores que veremos adiante o alemão Friedrich Nietzsche foi sem dúvida um dos filósofos mais importantes da filosofia existencialista que teve continuidade depois de Kierkegaard . No Limiar do pensamento contemporâneo a filosofia enfrentam desafio crucial o questionamento do valor absoluto que se atribuía aos critérios que serviram como base a civilização ocidental Nietzsche tem início a exposição da fragilidade das certezas universais e circulares a maior parte de suas obras foi escrita na forma de alfarismos marcada por sobreposição de observações acerca de diversos temas e suas principais obras são :
-Humano demasiado humano
- O Viajante e sua sombra 
-Aurora 
-a Gaia da ciência 
-assim falou Zaratustra 
-Para além do bem e do mal 
-O caso Wagner 
-Crepúsculo dos Ídolos
- Ecce Homo 
-o anticristo 
Temos como a moral a ciências a religião e as artes por vão suas reflexões a simples e numerações de sistemas indica que o objeto privilegiado da análise deste filósofo é no conjunto A nossa civilização o objetivo de se compreender a civilização no interior do campo filosófico seria alcançar a educação superior na humanidade tarefa que não se restringiria a mera pedagogia e assim falou zaratustra, Nietzsche mostra o percurso do acidente que se resume em três períodos indicados pela metamorfose do espírito a civilização ocidental passou primeiramente pelo estágio tu deves Isto é pelo primado da Moral e da religião a segunda etapa refere-se ao domínio do eu quero que designa o fim do mundo do dever e o reconhecimento dá vontade e finalmente o eu sou domínio que explica uma nova relação do indivíduo com sua existência Nietzsche declara que é tarefa do indivíduo decidir o valor moral de seus atos e das ações dos outros ao questionarmos o valor dos valores aos quais estamos submetidos devemos estar preparados para o desafio de viver por nossa conta e risco tem mais tutela e comando de algo superior logo somos responsáveis pelo que escolhemos a filosofia nietzschiana para alguns estudiosos está dividida em três fases na fase denominada metafísica de artista ele assumiu um posicionamento via mente contrário a uma educação controladora disfarçada como propulsora da cultura mas que na realidade mantinha os jovens tanto no ensino nos ginásios como na universidade a mercê dos interesses estatais científicos e comerciais entre outras análises o filósofo criticou a tendência a ampliação máxima da cultura EAtendência ao enfraquecimento desta quanto a ampliação o objetivo da educação seria conduzir o máximo de pessoas a cultura mas com a intenção de estarem a serviço das ambições estatais o máximo de conhecimento e cultura geraria o máximo de produção de necessidades assim a utilidade seria o objetivo e fim da Educação Quanto a redução da cultura Nietzsche aponta por exemplo para a cultura da especialização impulsionado pela ciência como o trabalho do homem erudito o especialista que se ocupa de tal modo como uma determinada área a ponto de se despreocupar com todas as outras o filósofo contexto a educação de seu tempo que visava imprimir nos indivíduos as virtudes do rebanho quem aspira e quer promover a cultura de um povo deve aspirar e promover esta unidade Suprema e trabalhar conjuntamente na Aniquilação deste modelo moderno de Formação a crítica se dirige contra um tipo de vida e igualitária que por força das ideias coletivas enfraquece O que é próprio tanto de uma nação como um dos homens particularmente o filósofo questiona a compreensão distorcida de cultura que domina na modernidade que com a sua tendência a generalização é abstração a dependência do mercado onipotente aniquila a singularidade de cada grupo de cada nação de cada povo Vieira 2011

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