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Análise das Demonstrações Contábeis CPC 48 - Natura Cosméticos

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SOCIEDADE NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULT. S/S
UNIGRANRIO – ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 CPC 48 
Diana Lisboa				Mat.nº: 2110027
Professor: Leo Lincoln	Turma: EEC249-52/1
Rio de Janeiro – RJ
2019
SOCIEDADE NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULT. S/S
UNIGRANRIO – ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 CPC 48 
 
Trabalho apresentado à Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy como parte dos requisitos necessários a aprovação na disciplina Contabilidade Globalizada.
Professor.: Leo Lincoln
Rio de Janeiro – RJ
 2019
INTRODUÇÃO
Com o objetivo de adequar as normas brasileiras com as internacionais, o Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC), emitiu em 4 de novembro de 2014, o pronunciamento CPC 48. 
O pronunciamento introduz, por exemplo, profundas alterações na forma e na metodologia de cálculo das provisões para devedores duvidosos, por meio da ampliação do conceito de “créditos duvidosos”. Essa expressão foi substituída pelo termo “ativos financeiros”, a ser determinado pela definição de ativos sujeitos a fluxo de caixa que constituíam pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. Esse conceito amplia, de modo relevante, o espectro do ativo a serem objeto da provisão para impairment de ativos financeiros. 
O CPC 48 estabelece diretrizes para três temas importantes: 
Classificação, mensuração e contabilização de ativos e passivos financeiros
Propõe a classificação de ativos financeiros como mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes ou ao valor justo por meio de resultado com base no modelo de negócios para a gestão dos ativos financeiros e nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. 
Impairment 
A provisão para redução ao valor recuperável de ativos financeiros passa a ter como base a perda de crédito esperada em vez de perda incorrida, considerando os seguintes estágios: 
	Ativos sem perda econômica: provisão a 12 meses de perda esperadas, reconhecidas no momento em que os ativos são gerados.
	Aumento significativo do risco: provisão será igual as perdas do período total; ativos com maior riscos são reconhecidos no momento em que são originados ou adquiridos. 
	Evidência objetiva de perda: idem item acima, com diferenças como reconhecimento da receita feita pela base líquida (o valor de crédito deduzido da provisão reconhecida até o momento).
Contabilização de hedge
Representação, nas demonstrações financeiras da empresa, do efeito da gestão de riscos no que tange a utilização de instrumentos financeiros para administração das exposições que afetam o seu resultado. 
A norma representa um desafio para as empresas em geram, e particularmente para as instituições financeiras. Isso porque a intenção deixa de ser o direcionador para a classificação dos instrumentos financeiros e dois critérios passam a ser utilizados para se determinar a classificação dos ativos financeiros: seu modelo de negócio e as características de fluxo de caixa contratuais. Dessa forma, há uma necessidade de se iniciar o projeto de implementação documentando quais são os ativos financeiros objetos de norma. 
Para isso, é importante conhecer qual o perfil comportamental da carteira de clientes e quais os demais ativos financeiros objeto da norma, para que se possa determinar com clareza que parâmetros serão importantes para se estruturar o cálculo da provisão. Para determinar esse perfil comportamental, é relevante ter uma base de dados com ao menos três anos de série histórica dos ativos financeiros objeto da norma. 
ANÁLISE DA EMPRESA: NATURA COSMÉTICOS SA
Os ativos financeiros mantidos pela Sociedade são classificados sob as seguintes categorias:
Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
São ativos financeiros mantidos para negociação, quando são adquiridos para esse fim, principalmente no curto prazo e são mensurados ao valor justo na data das demonstrações financeiras, sendo as variações reconhecidas no resultado. Os instrumentos financeiros derivativos também são classificados nessa categoria.
No caso da Sociedade, nessa categoria estão incluídos os instrumentos financeiros derivativos, quotas de fundos de investimento e títulos e valores mobiliários.
Os saldos dos instrumentos derivativos não liquidados são mensurados ao valor justo na data das demonstrações financeiras e classificados no ativo ou no passivo circulante, sendo as variações no valor justo registradas, respectivamente, nas rubricas “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”.
Empréstimos e recebíveis são incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos com recebimentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São registrados no ativo circulante, exceto, nos casos aplicáveis, aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço, os quais são classificados como ativo não circulante. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos (taxa de juros efetiva), menos perda por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou “prêmio” na aquisição e
taxas ou custos incorridos. Em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 compreendem contas a receber de clientes (nota explicativa nº 7).
.
A parte efetiva das mudanças no valor justo dos derivativos que for designada e
qualificada como hedge de fluxo de caixa é reconhecida em outros resultados
abrangentes e acumulada nas rubricas “Ganho (perda) em operações de hedge de fluxo de caixa” e “efeitos tributários sobre o ganho (perda) em operações de hedge de fluxo de caixa”. 
Em um “hedge de fluxo de caixa”, a parcela eficaz do ganho ou perda do instrumento de hedge é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto a parte ineficaz do hedge é reconhecida imediatamente no resultado financeiro.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a Sociedade utilizou de instrumentos financeiros derivativos, sendo aplicado a contabilidade de “hedge de fluxo de caixa” conforme divulgado na nota explicativa n°4.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 não teve registro de perdas
relacionadas à parte inefetiva reconhecidas no resultado do exercício.
Os valores justos dos instrumentos financeiros derivativos estão divulgados na nota explicativa nº 4.
Adicionalmente, vale mencionar que a Sociedade, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, não constituiu operações relacionadas a hedge de valor justo ou hedge de investimento líquido.
CONCLUSÃO 
Conclui-se com esse trabalho a importância do CPC 48, nas demonstrações contábeis, que ele é um dos CPCs mais importante na regularização dos ativos financeiros. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 Demonstrações Financeiras Natura Cosméticos SA, <htt ps://natu.infoinvest.com.br/ptb/5907/Demonstraes%20financeiras%204T16%20-%20Portugus%20com%20ata.pdf> Acesso em 20 de nov. 2019 
 CPC 48 <https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/05/CPC_48_aud.doc>Acesso em 22 de nov. 2019

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