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Aspectos Radiográficos da Cárie

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Manuella Soussa Braga  
2018/2 - 4º período  
 
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS LESÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO  
 
ALTERAÇÕES NA PORÇÃO CORONÁRIA  
 
 
1 LESÃO CARIOSA  
 
A lesão cariosa é a manifestação da doença cárie que, nos exames de imagem, aparecem com                                
maior radiolucidez devido perda de estrutura dentária.   
 
 
 
 
 
 
 
 
Manuella Soussa Braga  
2018/2 - 4º período  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A lesão cariosa pode envolver as superfícies proximais, oclusais, vestibulares, linguais e                        
radiculares, ou seja, todo dente poderá ser acometido. A tomada radiográfica que melhor permitirá                            
a visualização dessa lesão é a interproximal . Isso se dá porque nessa técnica tem-se uma relação                                
mais paralela do filme com o dente, fazendo que o feixe de radiação incida perpendicular aos dois,                                  
formando uma imagem com menos distorção. Para a interpretação da lesão, serão necessários:                          
lupa e máscara negra para cobrir o negatoscópio, fazendo uma avaliação de forma sistemática.   
 
LESÃO CARIOSA DE ESMALTE ou LESÃO CARIOSA INCIPIENTE  
 
→ Não é visível radiograficamente na superfície oclusal (apenas): os dentes, geralmente, são                          
largos no sentido vestíbulo-lingual, ou seja, há muita estrutura que atenuam a radiação, fazendo                            
com que pequenas alterações na radiopacidade do esmalte no meio do dente não sejam                            
visualizadas por conta dessa sobreposição.    
 
→ Metade dessas lesões não são detectadas : isso se dá pelas limitações do exame radiográfico.                              
Uma lesão cariosa de esmalte que é visível na radiografia, histologicamente já é duas vezes o                                
tamanho que é apresentada na imagem.   
 
LESÃO CARIOSA DE DENTINA  
 
A lesão cariosa em dentina segue a direção dos túbulos dentinários que, a medida que vão se                                  
aproximando da polpa, tornam-se mais afunilados, aumentando o espaço de dentina intertubular.                        
Isso ocorre tanto na superfície oclusal quanto nas faces proximais, levando a formação de um                              
desenho no formato de um triângulo de base voltada à JAD. A destruição da dentina é muito maior                                    
que do esmalte devido uma menor mineralização.   
 
LESÃO CARIOSA RADICULAR  
 
Acompanhada de perda óssea acentuada com exposição de parte da raiz. Geralmente está                          
associada à casos de pacientes com xerostomia, alteração sistêmica, radioterapia etc.   
 
 
 
Manuella Soussa Braga  
2018/2 - 4º período  
 
LESÃO CARIOSA RECIDIVANTE  
 
Também conhecida como “infiltração”. Nas radiografias, a lesão cariosa recidivante aparece como                        
uma imagem radiolúcida abaixo de uma restauração.   
 
BURN OUT ou VELAMENTO CERVICAL  
 
É um artefato óptico radiográfico que frequentemente é confundido com uma lesão cariosa.                          
Contudo, o velamento cervical ocorre normalmente nos molares (devido configuração anatômica                      
da área) e tem-se o aumento da radiolucidez na região cervical - normalmente abaixo da margem                                
gengival, apresentando a crista óssea com densidade normal acompanhada do esmalte íntegro .                        
Não é cárie e, portanto, não tem necessidade de intervenção.   
 
Geralmente ocorre pela menor quantidade de estruturas na porção proximal e cervical da raiz dos                              
dentes contrastando à maior sobreposição de estruturas (geralmente raízes) no meio do dente,                          
formando, portanto, uma imagem mais radiopaca. Além disso, também se dá pela diferença de                            
densidade entre esmalte, crista óssea e dentista.   
 
EFEITO MACH  
 
É um efeito óptico radiográfico ocasionado por conta de uma estrutura muito densa apresentando,                            
logo embaixo, uma imagem radiolúcida. Isso se deve a diferença de contraste entre um material                              
muito radiopaco (geralmente coroa de metal ou restaurações) com outra estrutura de                        
radiopacidade menor (geralmente dentina).   
 
MATERIAIS RESTAURADORES  
 
Geralmente, os materiais restauradores irão aparecer nas radiografias como imagens radiopacas,                      
porém, alguns tipos poderão apresentar-se com radiolucidez. Para diferenciar de uma lesão                        
cariosa não é dif ícil, pois o formato da imagem do material é completamente diferente do que é                                  
visto na imagem da lesão. Além disso, os limites do material restaurador são melhores definidos                              
do que nas lesões de cárie que apresentam limites difusos.   
 
MATERIAIS FORRADORES  
 
São utilizados para o capeamento pulpar, ou seja, para a proteção do complexo dentino-pulpar.                            
Podem ser confundidos com lesões cariosas recidivantes ao se observar uma imagem radiolúcida                          
abaixo de uma restauração.   
 
2 DESGASTES E FRATURAS CORONÁRIAS  
 
Atrição : desgaste que ocorre na oclusal e incisal dos dentes devido contato com o antagonista por                                
uma certa frequência e periodicidade, sendo que geralmente está relacionado aos fatores                        
fisiológicos ou processos patológicos como o bruxismo. Radiograficamente, enxerga-se com uma                      
imagem radiolúcida dado pela perda ou afinamento do esmalte da região.   
 
Abrasão : está associado aos agentes f ísicos, como escovação inadequada, palito de dente, fio                          
dental, cachimbo etc.   
 
Manuella Soussa Braga  
2018/2 - 4º período  
 
Erosão : está associado aos agentes químicos, como refluxo, bulimia, refrigerante. Tanto este                        
quanto a abrasão só são visíveis radiograficamente caso estejam muito avançados, casos                        
pequenos não são enxergados por conta da sobreposição das faces vestibular e lingual.   
 
Fratura coronária/destruição coronária : a fratura geralmente está relacionada a um trauma                      
enquanto a destruição coronária está relacionada a uma lesão cariosa muito extensa, por exemplo,                            
que levou à grande perda de estrutura dentária.   
 
3 MINERALIZAÇÕES NA COROA  
 
As mineralizações são vistas na polpa do dente. Sendo elas:   
 
Esclerose pulpar : a polpa se encontra radiopaca em toda sua totalidade, ou seja, foi toda                              
preenchida por tecido mineral. Isso pode ocorrer por diversos fatores, sendo eles: idade.   
 
Dentina secundária : geralmente é produzida como um mecanismo de defesa dado por uma                          
possível alteração na coroa, fazendo com que a polpa comece a produzir dentina secundária na                              
porçãomais superior, ficando atrofiada por uma de proteção.   
 
Nódulo pulpar : imagem radiopaca circular ou oval no interior da polpa. É importante durante uma                              
endodontia, em que este nódulo deverá ser removido.   
 
ALTERAÇÕES NA PORÇÃO RADICULAR  
 
1 REABSORÇÕES RADICULARES  
 
Rizólise : é um processo natural que ocorre com os dentes decíduos na troca de dentição.   
 
Reabsorção radicular interna : geralmente aparece como uma imagem radiolúcida circular ou oval                        
interna ao canal.   
 
Reabsorção radicular externa : são muito comuns, principalmente em pacientes que já utilizam                        
aparelho ortodôntico. Radiograficamente, observa-se como um aplainamento ou uma redução no                      
comprimento da raiz.   
 
2 FRATURAS RADICULARES  
 
Aparecem como linhas radiolúcidas na raiz que pode ter disposições diferentes.   
 
3 TRATAMENTO ENDODÔNTICO   
 
O tratamento endodôntico refere-se a retirada de todo o conteúdo que existe de tecido mole,                              
limpando bem o canal, fazendo uma modelagem (de forma que fique mais cônico) para posterior                              
obturação, então, o conduto radicular poderá estar obturado - quando está completamente                        
preenchido ou parcialmente obturado - se o material não chega até o ápice radicular (mais que                                
3mm). Também pode-se existir casos em que há material endodôntico além do ápice radicular.   
 
Manuella Soussa Braga  
2018/2 - 4º período  
 
4 TREPANAÇÃO/PERFURAÇÃO  
 
A trepanação consiste na perfuração da raiz por um núcleo metálico ou pino intrarradicular,                            
podendo ocorrer durante o tratamento endodôntico ou protético. Pode estar associado a uma                          
lesão perirradicular.

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