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Morfologia Portuguesa Aula 7: Classes de Palavras I Apresentação Nesta aula, você vai estudar as classes de palavras, vê que os substantivos podem ser de�nidos a partir de critérios semânticos, mór�cos ou funcionais, e também que os substantivos podem ser simples e compostos; primitivos ou derivados; concretos ou abstratos; próprios e comuns; coletivos. Além de aprender a distinguir os substantivos das demais classes e que outras classes de palavras podem funcionar como substantivos. Estudará os adjetivos e verá que há, na Língua Portuguesa, diversas formas de se adjetivar, além do fato de que uma mesma palavra pode funcionar como adjetivo ou como substantivo, dependendo do contexto. Ao estudar os numerais, você vai perceber que eles podem funcionar como substantivos e adjetivos. Por �m trataremos os pronomes, os tipos de pronomes, os artigos e a distinção entre artigos e pronomes. Objetivos Conhecerá a classe dos substantivos; Distinguirá os tipos de substantivos; Diferenciará substantivos e adjetivos; Estudará a classe dos numerais; Conceituará e distinguir os diferentes pronomes; Conceituará e distinguirá o artigo de�nido do artigo inde�nido; Diferenciará artigo e pronome. Classes e funções A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), um guia criado em 1958 que contém um resumo do conteúdo a ser utilizado nos livros de Língua Portuguesa, propõe 10 classes de palavras: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Fonte: Amador Loureiro on Unsplash Saiba mais A NGB é uma espécie de resumo dos conteúdos gramaticais referentes ao português falado no Brasil e funciona como um guia para o ensino da nossa língua. A NGB foi criada em 1958 por um grupo de estudiosos e gramáticos de muito prestígio, como Antenor Nascentes, Rocha Lima e Celso Cunha. No ano seguinte, foi transformada em lei por uma portaria do presidente Juscelino Kubitscheck e passou a ser utilizada obrigatoriamente nas escolas de todo o Brasil. Antes da existência dessa lei, o estudo da gramática não era uni�cado e havia muita confusão com o uso de diversas terminologias. Leia mais sobre a NGB. Substantivos Os substantivos, juntamente com os adjetivos, os verbos e os advérbios representam uma classe aberta em nossa língua, ou seja, novos substantivos, novos adjetivos, novos verbos e novos advérbios são criados constantemente na língua pelos mecanismos de que esta dispõe para formar novas palavras. javascript:void(0); javascript:void(0); Fonte: Shutterstock Por Rawpixel.com Os substantivos podem ser de�nidos a partir de critérios diferentes. Clique nos botões para ver as informações. Baseia-se no modo de signi�cação, extralinguístico e intralinguístico, do vocábulo. Cunha e Cintra (2008, p. 92), assim como muitos outros gramáticos, de�nem substantivo a partir de um critério semântico como “a palavra com que designamos os seres em geral”. Esses autores colocam que são substantivos “[...] nomes de noções, ações, estados e qualidades tomados como seres” (p. 191). José Lemos Monteiro, em Morfologia Portuguesa (2002, p. 226), considera que há problemas nessa de�nição: 1. O que um ‘ser’? 2. Justiça, fé, doença, ideia são substantivos e não são seres. 3. Qualquer vocábulo assume a função de substantivo quando antecedido por um determinante: o sim, o viver, o aqui-e-agora. Critério semântico ou nocional Esse critério se refere às características da estrutura do vocábulo. Assim, por esse critério, substantivo é o vocábulo formado por base lexical mais morfemas gramaticais: vogal temática nominal; desinências (gênero e número) e su�xo (nominal). Critério formal ou mór�co Que se baseia em propriedades de forma gramatical que podem apresentar. Margarida Basílio, em Teoria Lexical, a�rma que “[...] substantivo é de�nido como uma palavra que apresenta as categorias de gênero é número com as �exões correspondentes.” (1991)Problemas: segundo Basílio, substantivos e adjetivos possuem as mesmas �exões. Problemas: segundo Basílio, substantivos e adjetivos possuem as mesmas �exões. Critério mór�co ou de natureza formal Esse critério baseia-se na função ou papel que o vocábulo desempenha na oração. Desse modo, substantivo é o vocábulo que funciona como núcleo de uma expressão ou como termo determinado. Em termos funcionais, o substantivo pode ser, segundo Basílio (1991), núcleo do sujeito, do objeto ou do agente da passiva. Critério funcional Classi�cação dos substantivos Tradicionalmente, os substantivos podem ser concretos e abstratos. Um substantivo concreto “designa ser de existência independente” e um substantivo abstrato “designa ser de existência dependente.” (BECHARA, 2000, p. 113). Mas o que signi�ca, a�nal, dependência e independência nesse contexto de classi�cação de substantivos? Por exemplo, quando pensamos em ‘sol’ temos um substantivo concreto porque o sol não precisa de outros seres para existir; quando pensamos em ‘concentração’ ou ‘felicidade’ temos um substantivo abstrato: para que ‘concentração’ ou ‘felicidade’ se manifestem é preciso que haja alguém ou alguma coisa acontecendo. Por que esses substantivos são chamados de abstratos? Leia a primeira estrofe da música Verdade, verdadeira, cantada por Martinho da Vila: O homem não é um animal Mas é irracional A verdade é verdadeira E a mentira é mentirosa Mentirosa, a mentira é mentirosa Toda rosa é uma �or Mas nem toda �or é uma rosa Uma rosa só a rosa é uma rosa Imagine que estejamos brincando de mímica e queiramos fazer a mímica da palavra verdade. Como faríamos? E a da palavra mentira? Os substantivos abstratos são muito difíceis de serem descritos nessa brincadeira. Poderíamos considerar o substantivo felicidade como mais fácil de ser apresentado: tentaríamos um sorriso, uma cara alegre, talvez uma gargalhada. Com certeza, nossos companheiros no jogo nos diriam muitas outras palavras antes de inferir que a palavra correta é felicidade, se é que o fariam. Fernando Moura, em Gramática aplicada ao texto (2002, p. 18), ao comentar a nomenclatura abstrato, a�rma que “[...] de um papel branco, de um pano branco, de uma nuvem abstrai-se a idéia de branco. Brancura é assim um substantivos abstrato. Da idéia de morrer, tira-se a idéia de morte.” 1 Um substantivo concreto pode ser próprio e comum. Um substantivo próprio designa um indivíduo em particular de uma espécie como ‘Fusca’ ou ‘Mariana’. Um substantivo comum designa todos os indivíduos de uma espécie como ‘carro’ e ‘criança’. 2 Substantivos primitivos ou derivados: substantivos primitivos são aqueles que não vêm de outra palavra na língua, como é o caso de ‘�or’; substantivos derivados são aqueles formados a partir de outras palavras na língua pelo processo de derivação, como em ‘�orista’. 3 Substantivos simples e compostos: substantivos simples apresentam um único radical (�or) e o substantivo composto apresenta mais de um radical (�or-de-lis). 4 Substantivo coletivo: nomeia um conjunto de seres de uma mesma espécie, como é o caso de ‘assembleia’, coletivo que nomeia um grupo de pessoas reunidas. Você já parou para pensar na razão pela qual pessoas pouco escolarizadas usam com tanta frequência “A gente fomos”? Isso acontece porque os substantivos coletivos, por serem nomes no singular que se referem a um conjunto, acabam por gerar variação na concordância verbal. Ressalte-se que a forma ‘a gente’, acompanhada de verbo conjugado na terceira pessoa do singular, embora comum na língua falada, deve ser evitada em ambientes de formalidade, já que ela não é prescrita pela gramática normativa. Fonte: Shutterstock Por Lisa F. Young Como sabermos se uma palavra é substantivo? "como e por que aprender análise (morfo)sintática, considera que o critério sintático é o mais e�ciente para a identi�cação e classi�cação dos substantivos. “[...] Só é substantivo, em português, a palavra que se deixa anteceder por determinantes.”" - Sautchuk, em seu livro Prática de morfossintaxe, (2004, p. 16). É possível quepalavras que não sejam substantivos funcionem como tal, pois uma palavra de outra classe gramatical pode ocupar uma função sintática típica do substantivo. Observe os exemplos a seguir: 1 O não é uma característica de todos os chefes. 2 Vamos aos �nalmentes! 3 O andar dele é muito esquisito. 4 Seu falar me irrita. Fonte: Eliott Reyna on Unsplash Em todos os exemplos anteriores, as palavras sublinhadas pertencem, originariamente, a outras classes. Nas sentenças 1 e 2, os itens sublinhados pertencem à classe dos advérbios; nas sentenças 3 e 4, à classe dos verbos. No entanto, nas quatro, verbos e advérbios encontram- se antecedidos por um item gramatical chamado de forma. Assim, muitas palavras pertencentes a outras classes podem se tornar substantivos quando antecedidas por determinantes. Saiba mais No ano de 1975, a Rede Globo exibiu a novela O Bem Amado, escrita por Dias Gomes. Nela, havia O prefeito Odorico, que �cou conhecido do público, pelas inúmeras palavras por ele criadas ao longo da novela. Se você quiser, assista a um trecho da novela. Adjetivos Adjetivos são palavras que indicam qualidade, defeito, característica (aspecto ou estado) ou origem de um substantivo, podendo ser simples (branco) ou compostos (branco-gelo). Em língua portuguesa, há diferentes recursos com a função de apresentar atributos e características dos seres, ou seja, tem-se a classe de palavra chamada de ‘adjetivo’ e outras formas para que se exerça a função de adjetivar. javascript:void(0); Continuando nossa conversa sobre adjetivos, vamos analisar o trecho a seguir, retirado do capítulo XIII do livro Dom Casmurro e observar o que o autor descreve da personagem Capitu. "Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos [...] desciam-lhe pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca �na e o queixo largo.” " - Trecho do livro Dom Casmurro, p. 27 Podemos observar que ao utilizar a adjetivação dos substantivos ‘criatura’, ‘vestido’, ‘cabelo’, ‘olhos’, ‘nariz’, ‘boca’ e ‘queixo’, o autor nos dá uma breve descrição da personagem Capitu. Criatura de quatorze anos, alta, forte, cheia, que está apertada em um vestido de chita. Conforme dito, nem sempre utilizamos o adjetivo para caracterizar o substantivo. Esse processo de adjetivação pode ser feito através de um conjunto de palavras que tem valor de adjetivo: são as locuções adjetivas, normalmente formadas por uma preposição e um substantivo ou por uma preposição e um advérbio. Muitas dessas locuções possuem adjetivos equivalentes, como a locução ‘de mãe’ equivalente ao adjetivo ‘materno’. Na expressão ‘de chita’, usada anteriormente, quali�ca o vestido: Capitu não usa um vestido de seda, nem um vestido de cetim: caracterizando seu vestido como ‘de chita’, o autor nos remete à ideia de um vestido simples, feito de um algodão barato e geralmente, estampado com �ores. Apesar da simplicidade do vestido, Machado de Assis escreve “Não conseguia tirar os olhos daquela criatura [...]”, o que nos mostra o profundo efeito que Capitu produzia, desde a infância dos personagens. Conforme dissemos, muitas locuções possuem adjetivos equivalentes. No entanto, há casos em que essa correspondência não ocorre. A seguir, temos o primeiro parágrafo da crônica Brasília Fashion, escrita por Tony Bellotto. Nesse trecho, há adjetivações realizadas através de locuções, não substituíveis por adjetivos, que contribuem para o estabelecimento do signi�cado no texto. "O deputado da meia será afastado do cargo. E assim entrará para a história: como o deputado da meia. Não se fazem mais políticos importantes com nomes imponentes como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves ou Rui Barbosa. Agora os políticos se imortalizam por alcunhas edi�cantes como o deputado da meia, o senador do bigode, o prefeito da cueca, o vereador da peruca, o governador do panetone, a deputada da bolsa, o assessor da mala, a senadora da propina, o ministro do cartão corporativo, o suplente da pochete e assim por diante.”" - Crônica Brasília Fashion por Tony Bellotto (1°parágrafo). Se procurarmos o signi�cado da palavra adjetivo em um dicionário, veremos que, originariamente, ela signi�ca ‘colocado ao lado de’. Isso nos mostra como o adjetivo funciona: para sabermos o que é um adjetivo, precisamos relacioná-lo ao substantivo ao qual se refere. Como substantivos e adjetivos compartilham características, frequentemente a distinção entre eles depende de elementos fornecidos pelo contexto. Exemplos: O idoso brasileiro conseguiu muitos benefícios. O brasileiro idoso conseguiu muitos benefícios. Na primeira frase, idoso é substantivo e brasileiro é adjetivo; na segunda, os papéis se invertem. Vejamos agora os exemplos a seguir: Meu amigo velho continua frequentando minha casa. Meu velho amigo continua frequentando minha casa. Ao estudarmos os substantivos, discutimos a possibilidade de outras classes gramaticais tornarem-se substantivos pela presença do determinante. Essa possibilidade também existe em relação ao adjetivo: é possível substantivá-lo utilizando essa mesma estratégia. Na Bíblia, em Mateus 5, temos: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.” A palavra ‘manso’, originariamente um adjetivo, tornou-se nesse contexto um substantivo. Há muitos adjetivos que podem ser substantivados, quando precedidos por determinantes. http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula7.html Apesar de haver casos de adjetivos que podem atuar como substantivos, Basílio (1991, p. 82), a�rma que adjetivos como bonito, satisfeito, emocionante, dentre outros, são usados exclusivamente como adjetivos. Exemplo: Esse �lme é emocionante. * O emocionante foi visto por milhares de pessoas. Ilari e Basso, no livro O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos (2006, p. 111), mostram que há palavras e frases que, embora não sejam originariamente adjetivos, acabam por funcionar como tal. Os autores apresentam os casos a seguir: Ela sempre usa roupas muito cheguei. Ele é um cara muito família. Ele é um banana! Fonte: shutterstock Por Monkey Business Images O grau dos adjetivos e os efeitos de sentido Quando estudamos o substantivo, vimos que há diferença de sentido nas duas formas previstas pela gramática para se fazer o aumentativo, fenômeno que se repete em relação ao adjetivo. O superlativo do adjetivo, ou seja, a expressão de intensidade em uma qualidade expressa pelo adjetivo, pode ser feito com o su�xo –íssimo ou construído com muito. Dizer que “João é muito inteligente” não acarreta o mesmo signi�cado que temos ao dizermos que “João é inteligentíssimo”. Além disso, cabe comentar o uso de ‘super’ para indicar uma qualidade positiva. http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula7.html "[...] é usada a composição de super + adjetivo ou substantivo: superescola, superluxo, supertroca, superinteligente. A composição com super tem como acepção primária a expressão do grau de intensidade. Dessa noção passa-se à noção de intensi�cação positiva. É de se observar que composições com super via de regra não funcionam com base de valor negativo: super-riqueza, *superpobreza, superinteligente/*superburro.”" - Afirma Basílio (1991, p. 88). De�nição de adjetivo: O que é um adjetivo? A visão tradicional de�ne adjetivo como um item que promove a delimitação. Continue lendo... Opinião de Margarida Basílio: Respeitada professora e pesquisadora, considera que há uma problema nessa de�nição de adjetivo. Continue lendo... O uso do meio como adjetivo e como advérbio Aproveitando a discussão acerca do adjetivo, vamos tratar de uma questão recorrente, tanto na fala, quando na escrita, que é o uso da palavra meio, que tanto pode funcionar como numeral e atuar como adjetivo, quanto como advérbio de intensidade. Quando usamos meio e ele signi�ca ‘um pouco’, ele funciona como advérbio e é invariável, ou seja, não concordará com a palavra a qualse refere. Um advérbio pode atuar como modi�cador de um verbo, de um adjetivo e de um outro advérbio. Mas, como saber se a palavra meio corresponde ao adjetivo ou ao advérbio? Simples: quando meio for adjetivo ele signi�ca metade. Daí, dizemos “É meio dia e meia”, signi�cando “É meio dia e meia hora.” Veja mais alguns exemplos . shutterstock Por Amanda Carden http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula7.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula7.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula7.html 1 A classe dos numerais - A visão tradicional considera que os numerais são uma classe de palavras “[...] de função quanti�cadora que denota valor de�nido.” (Bechara, p. 2000, 203). No entanto, José lemos Monteiro, em Morfologia Portuguesa, considera que numerais fazem parte da classe dos nomes e assim exercem função de adjetivo e de substantivo. (MONTEIRO, p.235). Dois é par. ↓ Substantivo Dois pares de sapatos. ↓ Adjetivo 2 A classe dos pronomes – Infante, em Curso de gramática aplicada aos textos, apresenta uma de�nição que resume o que é um pronome: “Pronome é a palavra que denota os seres ou se refere a eles, considerando-os como pessoas do discurso ou relacionando-os.” (INFANTE, 2000, p. 287). Desse modo, pronomes �xam o campo mostrativo da linguagem e valem sempre como sinais, ou seja, pronomes indicam ‘dêixis’ (“o apontar para”). Classes dos numerais e dos pronomes: Pronomes Temos seis tipos de pronomes: Clique nos botões para ver as informações. Indicam diretamente a pessoa do discurso e apresentam três grupos de funções: pronomes retos – eu, tu, ele/ela, nós, vós eles/elas. Embora não listados pela Gramática Normativa, os pronomes de tratamento como você/vocês, senhores/senhoras, prezado cliente, dentre outros, podem funcionar como pronomes retos. Os pronomes de tratamento são chamados de ‘segunda pessoa indireta’, porque, embora estejamos falando com alguém que está conosco, usamos o verbo na 3ª pessoa. Segundo Infante, “Ao tratarmos um deputado por ‘Vossa Excelência’ , por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.” (INFANTE, 1999, p. 290). Pronomes oblíquos átonos (aparecem sem preposição) – me, te, lhe, o/a, se, nos, vos, lhes, os/as, se; Pronomes oblíquos tônicos (aparecem com preposição) – mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas, si, comigo, contigo, consigo, conosco. Pronomes pessoais São pronomes que estabelecem uma relação de posse, de propriedade entre algo e as pessoas do discurso. SINGULAR 1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas 2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas PLURAL 1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas 2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossa 3ª pessoa: seu, sua, seus suas Pronomes possessivos Indicam a posição dos seres em relação às três pessoas do discurso. Essa localização pode ser no tempo, no espaço ou no discurso: 1ª pessoa: este, estes, esta, estas; isto 2ª pessoa: esse, esses, essa, essas, isso 3ª pessoa: aquele, aqueles, aquelas, aquelas, aquilo Conforme Bechara (2000, p. 167) “São ainda pronomes demonstrativos o, mesmo, próprio, semelhante e tal. Considera-se o pronome demonstrativo [...] quando funciona com valor ‘grosso modo’ de isto, isso, aquilo ou tal: Não o consentirei jamais.” Pronomes demonstrativos Bechara (2000, p. 168) a�rma que pronomes inde�nidos aplicam-se à 3ª pessoa com sentido vago ou para indicar quantidade indeterminada. São exemplos de pronomes inde�nidos: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, outrem, nenhum, outro e um quando aparecem isolados, qualquer, cada, muito, mais, menos, diverso etc. Pronomes inde�nidos Os pronomes relativos “são os que normalmente se referem a um termo anterior chamado antecedente.” (BECHARA, 2000, p. 71). São pronomes relativos em Língua Portuguesa, acompanhados ou não de artigos: que, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quem, onde, quanto, quanta, quantos, quantas, quando, como. Pronomes relativos “São os pronomes inde�nidos quem, que, qual e quanto que se empregam nas perguntas, diretas ou indiretas.” (BECHARA, 2000, 170). Pronomes interrogativos A classe dos artigos Artigo é uma palavra que acompanha um substantivo, particularizando-o (artigo de�nido) ou generalizando-o (artigo inde�nido). O artigo de�nido assinala que se trata de ‘ser’ devidamente situado e é considerado pronome demonstrativo quando antecede a preposição de ou o pronome relativo que. O artigo inde�nido: Bechara (2000, p. 153) a�rma que “Artigos inde�nidos representam emprego especial da generalização do numeral um.” [ A ‘Um, uma’ (singular) = artigos ‘Uns, umas’ (plural) = pronomes B Um = algum, qualquer (pronomes inde�nidos) Notas velho Na primeira frase, velho indica a idade do amigo; na segunda, quando colocamos o adjetivo anteposto, esse adjetivo passa a indicar afetividade. Assim, podemos concluir que quando colocamos o adjetivo após o substantivo ele conserva seu sentido de forma mais objetiva; quando o posicionamos antes do substantivo, ele passa a ter um valor mais sentimental. Essas diferentes colocações do adjetivo são usadas pelos autores para demonstrar suas intenções e seus pensamentos acerca do mundo que os cercam. * Esse asterisco signi�ca que a frase, embora correta sintaticamente, causará em um falante de Língua Portuguesa certo estranhamento. De�nição de adjetivo (continue lendo...) Ou seja, “[...] por caracterizar as possibilidades designativas do substantivo, orientando delimitativamente a referência a uma parte ou a um aspecto denotado.” (BECHARA, 2000, 142). Isso signi�ca, resumidamente, que “Adjetivo é a palavra que expressa qualidade.” (Idem, p. 227) Opinião de Margarida Basílio (continue lendo...) Pois ela considera que o adjetivo não se caracteriza pelo signi�cado e sim pela função. Segundo ela, o adjetivo tem uma “[...] vocação sintática. De fato, o adjetivo não pode ser de�nido por si só, sem a pressuposição do substantivo, já que sua razão de ser é a especi�cação do substantivo” (BASÍLIO, p. 50) exemplo Estou meio cansada. Cansada é adjetivo, portanto meio é um advérbio. Comi meio pacote de biscoitos. Comi meia barra de chocolate. Pacote é um substantivo masculino. Barra é um substantivo feminino. Nos dois exemplos, a palavra meio corresponde ao adjetivo metade. Se ela é um adjetivo, deverá concordar com o substantivo ao qual se refere. Referências AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Publifolha Houaiss, SP, 2008. BASILIO, Margarida. Teoria lexical. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000.CAMARA Jr. J.M. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1982. CARONE, Flávia. de Barros. Morfossintaxe. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000.KEHDI, Valter. Formação de palavras em português. 4.ed. São Paulo: Ática, 2007. RIBEIRO, M.P. Gramática Aplicada da Língua Portuguesa: uma comunicação interativa., RJ: Metáfora, 2005.ROSA, Maria Carlota. Introdução à morfologia. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2003. VILELA, Mario; KOCH, Ingedore Villaça. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001. Próxima aula Continuaremos a estudar as classes de palavras e veremos os verbos, os advérbios, as preposições, as conjunções e as interjeições. Explore mais Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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