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FMU- FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
EAD LAUREATE- INTERNATIONAL UNIVERSITIES
__________________________________________________________________________
Solange Costa Lourindo
Atendimento Domiciliar a Pessoa Idosa Realizado Pela Equipe de Saúde da Família
 
______________________________________________________________________
Ponta Porã
2019
FMU- FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
EAD LAUREATE- INTERNATIONAL UNIVERSITIES
______________________________________________________________________
Solange Costa Lourindo
Atendimento Domiciliar a Pessoa Idosa Realizado Pela Equipe de Saúde da Família
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Saúde Pública Com Ênfase Em Saúde da Família para a Instituição EAD LAUREATE - International Universities, como requisito parcial para obtenção do Certificado de Especialista.
 Orientadora: Profa. Mirian Queiroz De Souza Daniel
______________________________________________________________________
Ponta Porã
2019
Trabalho de conclusão de curso defendido e aprovado em ____ de __________de 2019, pela banca examinadora:
_______________________________________________________
Orientadora: Profª 
_______________________________________________________
Profª Esp. 
Resumo
Este trabalho de conclusão de curso apresenta uma pesquisa relacionada ao atendimento domiciliar a pessoa idosa realizada pela equipe de saúde familiar, através da pesquisa bibliográfica buscando identificar as atribuições da equipe de saúde no cuidado com o idoso em seu domicilio, não deixando de ressaltar os benefícios da utilização desse serviço e as dificuldades encontradas pela equipe considerando os aspectos sócios econômicos. Para o embasamento teórico metodológico optou-se pela pesquisa bibliográfica utilizando dados da Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados da SCIELO com os descritores Idosos, Programa de Saúde da Família e Atendimento Domiciliar. Além de ter sido feito uma analise no Estatuto do Idoso e na Politica Nacional do Idoso referindo-se aos aspectos legais de proteção à pessoa idosa representada pela Constituição Federal de 1988. O Programa de Atenção à Saúde do Idoso prioriza a estruturação de serviços objetivando prestar assistência integral ao cidadão idoso.
Palavras-chave: Idoso. Programa Saúde da Família. Atendimento Domiciliar.
ABSTRACT.
This course conclusion paper presents a research related to home care to the elderly performed by the family health team, through bibliographic research seeking to identify the health team's attributions in the care of the elderly at home, while noting the benefits. Of the use of this service and the difficulties encountered by the team considering the economic partner aspects. For the methodological theoretical basis we chose the bibliographic research using data from the Virtual Health Library, in the SCIELO databases with the descriptors Elderly, Family Health Program and Home Care. In addition, an analysis has been made of the Elderly Statute and the National Elderly Policy referring to the legal aspects of protecting the elderly represented by the Federal Constitution of 1988. The Elderly Health Care Program prioritizes the structuring of services aiming to provide comprehensive assistance to the elderly citizen.
Keywords: Elderly. Family Health Program. Home Care.
LISTRA DE SIGLAS
Indice
Introdução
Até meados do século XX o serviço de saúde tinha certa precariedade no conhecimento cientifico, mas também tinha em compensação uma relação mais humana entre os profissionais e os pacientes. A figura do medico de família que ia ate o domicilio que muitas vezes acompanhava o individuo desde o nascimento foi marcante, as pessoas sentem hoje a falta dessa proximidade que foi perdida com o aumento populacional e a segmentação do serviço de saúde.
O serviço público e o atendimento domiciliar tem encontrado espaço nos programas de saúde da família o PSF dentro do SUS (Sistema Único de Saúde), tendo a equipe formada por medico, enfermeiro, assistente social, psicólogo e um agente de saúde. O atendimento domiciliar apresenta diferença na abordagem, pois ele vai ate o domicilio do paciente e ali a equipe tem informações referencial social que muitas vezes não tem no consultório. 
 O processo de envelhecimento populacional e as politicas públicas de proteção às pessoas idosas, a manutenção da dignidade na velhice exige vultosas somas de recursos que são hoje escassos nos países em desenvolvimento como o Brasil. Este fato impõe a esses países ações imediatas e criativas para que não apresente no seu contexto uma velhice desamparada e excluída, características de sociedades que desprezam os direitos humanos.
Essas políticas públicas constituídas de benefícios, serviços, programas e de projetos que visam a real melhoria das condições de vida e de cidadania da população idosa a participação e a inclusão do idoso no processo de formulação, realização e efetivação dessas políticas se faz necessário que a população idosa, primeiramente conheça as políticas públicas de atenção ao idoso, bem como os benefícios a que tem direito.
Com o aumento da expectativa de vida dessa população as políticas públicas e a sociedade precisam se preparar para dar um amparo para as pessoas dessa faixa etária, procurando programar as modalidades de atendimentos aos idosos, tais como centros de convivência, espaço destinado às modalidades físicas, cultural, social, lazer e atendimento de saúde em seu domicilio.
O programa de atenção a saúde do idoso tem sua organização na assistência integral a pessoa idosa, unindo as atividades os diferentes níveis de complexidade da assistência de acordo coma as necessidades especificas de saúde de cada paciente.
As equipes de saúde encontram o problema do idoso no Programa de Saúde da Família (PSF) e suas dificuldades para solucionar de fato seu problema. Os profissionais do PSF apoiam seus estudos nos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que apresentam como idoso qualquer pessoa acima de 60 anos, embora nem sempre a idade cronológica seja um marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento, pois esse processo é contínuo e sem limites definidos havendo, muitas vezes, dissociação entre idades biológica e cronológica (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002).
Em 1994, foi criado pelo Ministério da Saúde, o Programa de Saúde da Família (PSF) com o objetivo de indicar um novo rumo para o modelo de atenção à saúde e estimular uma nova atividade nos atendimentos de saúde, organizando uma nova relação de afeto com a comunidade através da humanização da assistência (BRASIL, 1997).
Neste cenário, a Unidade Básica de Saúde (UBS) passa a ser denominada Unidade Saúde da Família (USF) e tem como atividades, constatar as dificuldades de saúde dos indivíduos e famílias, pretendendo interver nestas dificuldades, fortalecendo o planejamento estratégico local e, ações específicas em relação aos grupos com maior risco de adoecer e morrer, além de outras, de caráter individual e coletivo (COSTA, 2004).
Ressalta que a partir dessa exposição que a cidade de Ponta Porã, localizada na região sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul á 324 km da Capital Campo Grande com mais de 110 mil habitantes distribuída no segmento urbano e rural. A cidade vive basicamente da pecuária, agricultura e extração de madeiras, o trabalho sempre relacionado com o comercio, indústria, a prestação de serviços e o serviço publico de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,2013).
A cidade apresenta hoje 17 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). A equipe é composta por: uma Médica, uma Enfermeira, duas Técnicas de Enfermagem, uma Cirurgiã Dentista, uma Auxiliar da saúde bucal, uma Auxiliar de Serviços Gerais, seis Agentes Comunitários de Saúde, uma Recepcionista e conta, ainda, com a equipe do Núcleo de Apoio a Saúde da Família(uma Psicóloga, uma Farmacêutica, uma Assistente social).
O cuidado com a saúde dos idosos, entretanto, em um esquema de trabalho influente centralizado no atendimento médico individual e dirigido às doenças crônicas degenerativas. Esta conjuntura estabelece, por um lado, com o aumento das doenças crônicas na década de 80 e, por outro lado, a forma como o Brasil se estruturou para proporcionar à saúde à população idosa (LIMA et al., 2000).
 Foram apontados algumas dificuldades que a comunidade enfrenta, dentre eles, as necessidades de atenção integral à saúde dos idosos que estão incluído no Programa de Saúde da Família. O idoso necessita de muita rapidez no sistema de saúde porque o processo de envelhecimento traz como consequência menor expediente para o idoso procurar os serviços de saúde e mover-se nos diferentes níveis do sistema de saúde.
OBJETIVOS
Objetivo geral 
 Identificar através da revisão de literatura o atendimento domiciliar do idoso prestado pela equipe interdisciplinar.
Objetivos específicos
 Apontar as atribuições da equipe de saúde da família no cuidado do idoso no domicílio. 
Ressaltar os benefícios da utilização desse serviço, considerando os aspectos sociais e econômicos.
quais as dificuldades encontradas pela equipe interdisciplinar em realizar esse trabalho.
Procedimentos metodológicos
 O estudo constitui-se de uma revisão de literatura narrativa que interpela o atendimento domiciliar gerontológicos. 
A revisão de literatura narrativa ou tradicional, segundo Cordeiro “mostra um assunto mais amplo, não reivindicando uma formalidade inflexível para sua preparação; a busca das fontes não é pré-determinada e específica” (Cordeiro et al. 2007, p. 430),
Esta reformulação é adequada para caracterizar e debater um determinado tema, sob um conceito teórico ou contextual e constitui-se de análise da literatura publicada em livros, artigos de revista impressas e/ou eletrônicas na interpretação e análise crítica pessoal da autora (ROTHER, 2007).
“Para a autora citada, a revisão de literatura narrativa um papel fundamental para a educação continuada, pois, permitem ao leitor adquirir e atualizar o conhecimento sobre uma temática específica em curto espaço de tempo; porém não possuem metodologia que permitam a reprodução dos dados e nem fornecem respostas quantitativas para questões específicas (ROTHER, 2007, p. V, VI)”.
A proveniência das informações dos artigos envolvidos foi efetuada por meio do reconhecimento do artigo original e adaptação em correspondência a finalidade da atual revisão. Em seguida foi feita um estudo detalhado dos dados identificando os pontos que ressaltam a importância do Atendimento Domiciliar Gerontológico.
Revisão de Literatura
O Processo de Envelhecimento.
“Se o envelhecimento é o tempo da idade que avança, a velhice é o tempo da idade avançada, estendendo-se, em direção à morte” (Costa 1998, p.26). A velhice começa aos sessenta anos, uma fase em que os filhos já saíram de casa, nasceram os netos, a família tornou-se numerosa. Esta etapa da vida parece ser a mais difícil, porem ela vem acompanhada do isolamento social, um sentimento de incapacidade, outros pensam que sua tarefa chegou ao fim. 
O processo de envelhecimento da população brasileira possui diversos fatores dentre eles o avanço tecnológico da medicina e as mudanças no perfil epidemiológico, o que proporciona uma maior longevidade. O aumento significativo do numero dos idosos gera um novo desfio para a sociedade, pois se devem aumentar os atendimentos a esse grupo. 
Os idosos, sem autoestima, sem amor, sem companhia, sem suporte social, se tornam mais fragilizados, pois necessita de afeto, atenção. Os idosos precisam ser amados, cuidados, estimados e valorizados e terem a sensação de estar ligados a uma rede de comunicação e de obrigações mútua. Sem estes suportes, muitos experimentam impotência psicológica, levando a um estado de abandono e desesperança.
Deste modo, não basta uma sociedade com mais idosos, é necessário oferecer oportunidades de participação social aos mesmos, o que se dará entre outras coisas através do compromisso com o acesso a educação em todos os níveis, em todas as idades, para que desde cedo já haja valorização. O numero de idosos pode ser considerado um indicativo positivo para um país, mas não se pode cair no equivoco de achar que viver muito é viver bem. Dai a necessidade de se criar políticas eficazes para o atendimento dessa população.
As consequências do envelhecimento são muitas, entre elas, as alterações celulares e extracelulares que provocam uma mudança na aparência física e um declínio na função. Ocorre uma transformação na aparência do indivíduo, os cabelos e pelos embranquecem, fica rarefeitos, a pele se enrugam, os dentes caem. Devido à perda de dentes ocorre encolhimento da parte inferior do rosto aproximando o nariz do queixo, engrossamento das pálpebras superiores formando papos sob os olhos. O lábio superior míngua, o lóbulo da orelha aumenta. Ocorrem também, modificações no esqueleto (BEAUVOIR, 2003, p. 15).
Os idosos apresentam alterações nos reflexos e no controle do equilíbrio, relacionado às influências multifatoriais apresentadas no envelhecimento.
As maiores consequências trazidas com o envelhecimento são as doenças. É importante distinguir que não existem doenças do idoso, são doenças que aparecem somente neste grupo etário, pois as doenças acarretam deterioração sobre os aspectos funcionais, mentais e sociais. Os idosos apresentam pluripatologias gerando incapacidade. As doenças mais frequentes são: sistema cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, hematológico, nervoso, endócrino reumatológico, ósseo e sensitivo (BEAUVOIR,2003, p. 22) 
Não que essas doenças sejam denominadas doenças de velho, mas com a idade avançada essas doenças aparecem com mais facilidade, o sistema imunológico esta fraco o corpo fragilizado e cansado com deficiência de vitaminas, normalmente o idoso por ter dificuldade de se movimentar não pratica atividades físicas e muitos deles não tem alimentação adequada é onde os vírus atacam com mais voracidade. 
O envelhecimento populacional é uma realidade não só no Brasil, mas como no mundo inteiro, esse envelhecimento constitui o maior crescimento etário, com quase oito milhões de novos idosos por ano.
O Brasil será o sexto colocado no mundo com numero de idosos no ano de 2025. Levando a uma previsão de nível educacional baixo e uma baixa renda familiar, despertando assim, a atenção de pesquisadores para a quantidade de vida na terceira idade e com isso a importância de promover saúde física, mental e o bem estar social (TEIXEIRA et, al., 2008; SOUZA et al., 2003.)
No Brasil o aumento da expectativa de vida tem se evidenciado pelos avanços na área da saúde nos últimos 60 anos como as vacina o uso de antibióticos quimioterápicos que tornaram possível a prevenção e a cura de muitas doenças, a pratica de esporte entre os idosos também tem ajudado a manter a saúde mental dos idosos.
 Muitos projetos onde o idoso pratica atividades em conjunto como os vários cursos que a assistência social promove os mantem em exercício fazendo com que eles fiquem ativos, exercitando a mente, a memoria e assim continuando a conviver com outras pessoas não se excluindo do mundo. 
E, além de tudo isso a redução da taxa de natalidade, percebemos que a população vem envelhecendo e alcançando maior expectativa de vida, porém, o numero de nascimentos vem diminuindo, famílias numerosas hoje estão sendo substituídas por grupos de quatro no máximo cinco pessoas, já o processo de envelhecimento esta acelerado, mas isso vem ocorrendo desde o final da década de 60, justo em momento de crise econômica em que as desigualdades e os problemas sociais agravam.
A questão social do idoso requer uma politica ampla e expressiva que possa suprimir de forma definitiva a realidade destes que conseguem viver mais, pois a sociedade precisa reformular suas ideias sobre a velhice, precisa eliminar as posturas “preconceituosas” quetanto ferem a dignidade dos idosos, a maior transformação do século XXI vai ser como se preparar para a longevidade para qual a sociedade não estava preparada antes.
Silva (2012, p. 206) faz o seguinte esclarecimento:
As necessidades da população idosa, cujo contingente populacional cresce em ritmo bastante acelerado no Brasil dos nossos dias, passa a ser compreendida como uma das expressões da questão social contemporânea. Isto requer do Estado e governos o redimensionamento da agenda pública e dos investimentos, de forma a superar ações pontuais e localizadas, por políticas públicas de alcance social, com demarcação orçamentária concreta, e diretrizes institucionais nos diversos níveis administrativos que compõem a república federativa. (Silva, 2012, p. 206)
Em 2003 foi criado o Estatuto do Idoso (LEI 10.741/2003) que prevê alguns direitos a essa população. O envelhecimento da sociedade faz com que seja necessária a criação de Leis e politicas publicas que garantam um maior envolvimento da família e do Estado nas questões que envolvem os idosos.
 De acordo com o art. 3° do titulo 1° do Estatuto do Idoso (2003, p. 8):
É obrigação da família da comunidade da sociedade e do poder publico assegurar ao idoso com absoluta prioridade, a efetivação do direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, a cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, a cidadania, a liberdade, a dignidade, ao respeito, e a convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003, p. 8).
Assim aos familiares cabe prestar todo tipo de atendimento á pessoa idosa, em todo o seu processo e vida, de transformações, conhecer suas fragilidades, modificando sua visão e atitude sobre a velhice colaborando para que o idoso mantenha sua posição junto ao grupo familiar e a sociedade, fragilidades essas que acompanham o processo de envelhecimento e que é muito comum surgirem conflitos entre os filhos quando as situações dos pais passam a exigir novas responsabilidades, atenção e cuidados.
Por esses motivos muitas dessas famílias acabam por procurarem as instituições de longa permanência, muitos deixam com a esperança de um melhor atendimento alegando falta de tempo para os cuidados, mas após conseguirem sua internação são esquecidos pelos familiares que em alguns casos os abandonam.
No decreto n° 1.948 de 03 de Julho de 1996 regulamenta que a Politica Nacional do Idoso, frisa no art.3°, que:
“A instituição asilar tem, por finalidade atender, em regime de internato, o idoso sem vinculo familiar ou sem condições de prover a própria subsistência, de modo a satisfazer suas necessidades de moradia, alimentação, saúde e convivência social”.
No seu paragrafo único salienta: “A assistência na modalidade asilar ocorre no caso da inexistência do grupo familiar, abandono, carência de recursos financeiros próprios ou da própria família”. (Diário Oficial da União- sessão 1 - 4/7/1996, p. 12277- publicação original.)
 A legislação brasileira estabelece algumas diferenças em relação aos idosos nas áreas de saúde, transporte coletivo, lazer, cultura, esporte, trabalho e habitação. O estado tem o dever de melhorar a qualidade de vida dos idosos incluindo as instituições de longa permanência e a assistência social.
O Estatuto do Idoso aparece como a explicitação das políticas que o Estado estabelece em relação aos idosos. O termo política diz respeito a um conjunto de objetivos de um determinado programa governamental e condicionam sua execução. O termo público é relativo ao bem comum, ao universal, ao que é do interesse comum e ao que é objeto de interferência do Estado. Definir políticas públicas significa estabelecer e priorizar metas gerais, estabelecer as competências dos vários atores envolvidos em seu cumprimento e delimitar o grau de intervenção do Estado (BORGES, 2002, p. 1037-1041).
O Estatuto do Idoso traz todos os requisitos a essa garantia de qualidade de vida ao idoso, o princípio constitucional que da qualidade de vida a pessoa, o direito a personalidade. Essa garantia mínima é obrigatoriamente estendida ao idoso facilitando a ele o acesso a ela, o Estado deve dar valor às políticas públicas para facilitar ao idoso o acesso a essas coisas que são básicas que normalmente na juventude não se é dada o devido valor.
Para Bastos, Lemos e Mello (2007, p. 205) o processo de envelhecimento é acompanhado por “mudanças da morbimortalidade, com aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas, as quais ocasionam o acréscimo de pessoas incapacitadas e dependentes de cuidados de longa duração” e que aproximadamente 85% dos idosos apresentam, pelo menos, uma doença crônica, enquanto que os outros 15%, pelo menos cinco tipos de doença. 
Estes idosos geralmente são levados a hospitais, ocupando leitos com internações muito longas e frequentes, “consumindo grande parte dos recursos da área da saúde”. Os programas de atendimento domiciliar surgem então como uma das alternativas para o enfrentamento da crise no setor da saúde (ALBUQUERQUE, 2002, apud BASTOS; LEMOS; MELLO, 2007). 
 O idoso e a assistência domiciliar 
 Com o envelhecimento constatam-se muitas perdas, naturais do ciclo de vida, que atingem a velhice e em grande vulnerabilidade da pessoa idosa. Portanto, a concepção de saúde para a pessoa idosa remete-se pela situação de independência e liberdade do que pela existência ou ausência de doenças. É estar presente em um contexto, de escolha familiar, conservando a autonomia que é essencial para ela, além de colaborar para a saúde e o bem-estar (SANTOS et al., 2008).
 Em 4 de janeiro de 1994, foi criada a Política Nacional do Idoso (PNI) tendo como objetivo assegurar os direitos sociais dos idosos, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade, reafirmando o seu direito à saúde nos diversos níveis de atendimento (SANTOS et al., 2008). 
Dentre as prioridades do PNI está o estímulo a Atenção Domiciliar, valorizando o efeito favorável do ambiente familiar no processo de recuperação do idoso e proporcionando benefícios para o mesmo e o sistema de saúde (SOUZA; CALDAS, 2008). 
Posteriormente outros programas com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), reforçaram esta atenção domiciliar (BRASIL, 2006). 15 Esta priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias reduz a internação de idosos em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e também contribui para evitar uma nova reinternação, e/ou casos de depressão, devido ao abandono ou descaso de seus familiares que deixam de visitá-lo durante seu período de internação hospitalar (ANDRADE; LOBO, 2007). Outro fator importante é que o idoso ficará afastado do risco de infecções hospitalares e do estresse da internação, sendo ainda beneficiado com todos os recursos necessários, incluindo os profissionais da família (MARANHÃO, 2001 apud AMARAL et al., 2001). A assistência domiciliária é defendida também pela necessidade de promover maior integração entre os serviços hospitalares e os extra-hospitalares, com vistas à construção de um novo modelo de atenção que possibilite a assistência contínua e a perspectiva da integralidade, potencializando a articulação e facilitando o trabalho compartilhado e integrador de diferentes níveis da atenção e maior eficácia da assistência (PEREIRA et al., 2005). Assistência domiciliária é definida por Bastos, Lemos e Mello (2007, p.207) como o serviço em que as ações de saúde são desenvolvidas no domicílio do paciente por uma equipe interprofissional, a partir do diagnóstico da realidade em que o mesmo está inserido, assim como de seus potenciais e limitações. Visa a promoção, manutenção e/ou restauração da saúde e o desenvolvimento e adaptação de suas funções de maneira a favorecer o restabelecimento de sua independência e a preservação de sua autonomia. O Programa Atendimento Domiciliar do Idoso (PADI) tem com uma das finalidades a assistência do idoso no ambiente familiar, pela equipe de saúde, provendo a recuperação e/ou manutenção clínica, bem como a capacitação de cuidadores e familiarespara o cuidado do idoso, sob a orientação e supervisão da equipe de saúde (BASTOS; LEMOS; MELLO, 2007. Para tanto é indispensável a visita domiciliar realizada pelos profissionais de saúde. No Serviço Público de Saúde, a visita domiciliária realizada pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) contribui para amenizar os problemas de saúde em seu foco de origem, diminuindo os índices de contaminação entre os idosos (ANDRADE; LOBO, 2007). 16 A assistência domiciliária à saúde visa à promoção, manutenção e/ou restauração da saúde do paciente e o desenvolvimento e adaptação de suas funções de maneira a favorecer o restabelecimento de sua independência e a preservação da autonomia do indivíduo no domicílio (CARLETTI, 1996 apud RODRIGUES et al., 2005). Não ocorre de forma contínua e sim através do acompanhamento dos pacientes, orientação dos familiares, avaliação dos cuidados prestados, prescrição de tratamentos e auxílio na organização do ambiente, em visitas programadas e sistematizadas de acordo com a necessidade dos pacientes e a disponibilidade do programa (SOUZA; CALDAS, 2008). A assistência inicia-se com o paciente identificado como necessitado, geralmente da assistência de enfermagem ou de alguma terapia. Além da importância do diagnóstico nosológico, o diagnóstico funcional deverá ser considerado; assim como o grau de incapacidade, a possibilidade de recuperar autonomia e a independência; a interface com família e/ou cuidador e as adaptações física no domicílio (SANTOS, 2003 apud SOUZA et al., 2008). O diagnóstico baseado somente na avaliação clínica, apesar de importante para o tratamento, é inadequado diante da condição de saúde do idoso, já que para esta faixa etária, os níveis de funcionalidade e independência são mais relevantes do que a presença de condições mórbidas (RICCI et al., 2005). Quanto ao cuidador, este deve ser ancorado pela equipe de saúde, necessitando de capacitação, apoio psicológico e suporte no ambiente domiciliar, visando a melhoria na qualidade da assistência e a promoção o mais rapidamente possível da condição funcional do paciente (RODRIGUES et al., 2005). iomiciliar, o paciente precisaiprofissional.liaresque 1616161616161616161616161616161616161616161616161616161616161616161616 1616161616161616161616161616161616161616161616161616161616161616161616 1616 Portanto, para a assistência domiciliar, o idoso precisa: dispor de uma família ou um acompanhante (cuidador) para os cuidados necessários e realizar a interface com a equipe de saúde, ter uma família comprometida; ter a moradia com condições mínimas para que possa ser mantido no domicílio e ter acesso ao leito hospitalar em caso de reinternação (ALBUQUERQUE, 1996 apud OLIVEIRA et al., 2004). 17 4.2 A assistência domiciliar e a equipe de Saúde da Família O Atendimento domiciliário demanda orientação, informação e assessoria de especialistas, sendo um atendimento diferenciado. Exige uma abordagem global e interdisciplinar, feita por profissionais qualificados, com foco na melhoria da saúde (SOUZA; CALDAS, 2008). Além disso, a capacidade do cuidador em atender às necessidades do idoso tende a se fragilizar frente à falta de orientação, acolhimento e vínculo com sistemas formais de apoio (FERNANDES; FRAGOSO, 2005). Os profissionais dotados de um saber relacionado ao processo de envelhecimento geralmente podem alcançar um grau de visibilidade maior dos problemas e assim, obter uma ação reparadora ou mantenedora das condições vitais desejadas. Este atendimento deve ser realizado a partir do diagnóstico e de um plano de ação interprofissional, compartilhado com o paciente e a família, sendo definidas as especifidades de cada profissional, permitindo uma visão ampla, integrada e totalizante, favorecendo a viabilização da interdisciplinaridade através da socialização dos conhecimentos responsabilidades e limites (SOUZA; CALDAS, 2008). Cabe à equipe de saúde avaliar as necessidades do idoso, de seus familiares e do seu ambiente, bem como realizar um gerenciamento efetivo da saúde do idoso visando à prevenção de agravos através de intervenções precoces sobre situações de risco que possam comprometer a saúde e a capacidade funcional do idoso, de modo a manter sua independência, o convívio familiar e a qualidade de vida pelo maior tempo possível. Os profissionais de saúde devem definir suas atribuições, considerando as competências técnicas e legais, analisando o estilo de vida do idoso e família, e centrando no atendimento dessas necessidades, porém sem interferir na tomada de decisões (FERNANDES; FRAGOSO, 2005). Ainda segundo os autores acima, no atendimento domiciliário consideram-se a partilha de conhecimento do idoso/cuidador/família sobre si e suas experiências e a equipe de saúde sobre o conhecimento técnico específico para o atendimento a essas demandas; o estabelecimento de metas, fundamentais para a adesão terapêutica e o alcance dos 18 resultados desejados; a discussão e proposição de intervenções individualizadas conforme o contexto apresentado. Deve-se considerar também a definição das responsabilidades de todos os envolvidos, contemplando principalmente os cuidados direcionados à compensação de prejuízos na capacidade física e funcionamento cognitivo; a avaliação dos resultados periodicamente, adaptando o plano de ação às necessidades, como a satisfação do idoso e seus familiares, a adequação dos cuidados e as respostas às intervenções implementadas (FERNANDES; FRAGOSO, 2005) Em estudo realizado, Thumé et al. (2010) afirmam que a equipe de enfermagem teve grande participação no cuidado ao idoso no domicilio nas áreas de ESF. Entretanto ressaltam que no Brasil, A organização da assistência domiciliar deve considerar a participação de uma equipe multiprofissional de cuidados, composta, em geral, por médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos e auxiliares de enfermagem, além de preparar a formação desses profissionais para a nova realidade demográfica e epidemiológica, incluindo o domicílio como ambiente terapêutico (THUME, 2010, p. 110). A equipe de saúde deve ser constituída por profissionais que interagem na atividade assistencial, movidos pelo interesse em ultrapassar os limites e com o objetivo de atingir o bem-estar do paciente. São aspectos fundamentais para a constituição desta equipe: a compreensão do processo de envelhecimento a e utilização de uma linguagem comum entre a equipe; o desenvolvimento do trabalho a partir da visão global do indivíduo; e o questionamento da própria velhice por cada membro, fazendo contato e elaborando internamente a questão compartilhando estes sentimentos com a equipe. Portanto, a atuação da equipe incluirá saberes, atitudes e valores do ser humano, constituindo-se numa relação de compromisso com a diversidade do idoso assistido, e com a visão sistêmica e integral dele e sua família, adotando uma prática competente e humanizada, considerando as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde (SOUZA; CALDAS, 2008). A abordagem da equipe envolve ações de prevenção de agravos, recuperação e reabilitação. A elaboração de um plano de intervenção é fundamental e este deve 19 contemplar a avaliação do estado de saúde do idoso, identificação e priorização das necessidades, definição das ações, seu acompanhamento e monitoramento, incluindo a participação do familiar e cuidador. Um instrumento importante no norteamento das ações na atenção ao idoso no domicilio é a elaboração de um protocolo. Nesta abordagem é essencial que a equipe compreenda o processo de envelhecimento “para acolher o idoso e família com escuta qualificada, orientação, suporte e acompanhamento terapêutico”, envolvendo o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e os equipamentos sociais da comunidade (BARCELOS; MADUREIRA, 2009, p.159). 4.3 Os benefícios da assistência domiciliar do idoso A assistência domiciliária insere-se num modelo gerontológico de atendimento que visa preservar ao máximo, a autonomia e independênciafuncional do idoso, mantê-lo em seu ambiente domiciliar possibilitando ao idoso o convívio familiar e evitando seu isolamento, sua inatividade física e mental, implicando em conseqüências positivas à sua qualidade de vida (RICCI et al., 2006). O atendimento domiciliário é eficaz na diminuição das perdas produzidas pelo envelhecimento, reduz a possibilidade de hospitalização do idoso num estágio avançado da doença e/ou da incapacidade, o que aumenta os custos econômicos e os riscos iatrogênicos, e favorece a humanização do cuidado. Ele contempla: atividades de natureza instrumental, ou seja, de cuidado direto; orientação prática quanto aos procedimentos de cuidado; informações sobre a doença e dependência do idoso; adaptações necessárias no ambiente físico; a oportunidade para expressão e acolhimento de sentimentos e experiências de enfrentamento das dificuldades e estímulo ao autocuidado (FERNANDES; FRAGOSO, 2005). Além disso, como relatado anteriormente, a assistência domiciliária proporciona: redução no número de internações e no tempo de permanência hospitalar, favorecendo a dinamização dos leitos; redução dos custos hospitalares; redução do risco de infecção hospitalar; manutenção do vínculo familiar; e melhoria da qualidade de vida do paciente (OLIVEIRA; BELDERRAIN, 2004).
O domicílio é uma alternativa de cuidado econômico e humanitário (LIMA et al., 2004), pois diminui os custos da atenção e garante a familiaridade, a manutenção de uma atenção personalizada, sendo o idoso valorizado em todas as suas dimensões (SOUZA; CALDAS, 2008). Outro benefício da assistência domiciliar é que: a visita domiciliária feita pelos programas de saúde da família (PSF) contribui para a solução dos problemas de saúde em seu foco de origem. A visita domiciliária diminui os índices de contaminação e/ou recontaminação entre os idosos (tuberculose), diminuem o contato do idoso com bactérias estranhas ao seu organismo ou multiresistentes presentes nos hospitais. Além de permitir que a equipe de saúde tome conhecimento das condições reais de vida da população assistida como alimentação, moradia, saneamento e possa intervir junto à comunidade e propor soluções coletivas às secretarias municipais de saúde (ANDRADE; LOBO, 2007, p.13) Os estudos têm demonstrado que na medida em que a população tem envelhecido tem aumentado também, progressivamente, a proporção de idosos com sequelas de doenças crônico-degenerativas que geralmente contribuem para a dependência dos mesmos na realização das atividades básicas da vida diária, portanto a cada dia o atendimento domiciliar faz-se mais necessário (BARCELOS; MADUREIRA, 2009). Por outro lado, é importante que a equipe e/ou profissional da saúde respeite os valores dos idosos e de suas famílias, não transpondo seus próprios valores para o contexto familiar do idoso.
Conclusão
Este estudo é de grande relevância, pois o cuidado com o idoso deve basear-se, fundamentalmente, na família com o apoio das unidades básicas de saúde sob a Estratégia de Saúde da Família, as quais devem representar para o idoso, o vínculo com o sistema de saúde. 
Programas de promoção da saúde do idoso são cada vez mais requeridos em face das demandas crescentes do envelhecimento populacional. A promoção da saúde é um tema em evidência na atualidade e que traz desafios para a ampliação das práticas no sentido de ressaltar os componentes socioeconômicos e culturais da saúde e a necessidade de políticas públicas e da participação social no processo de sua conquista. 
De modo geral, e baseado na majoritária apreciação positiva dos idosos acerca das ações, os programas podem ser vistos como aberturas interessantes, com grau de alcance variado, ao investimento em saúde e bem-estar do idoso para além da lógica usual de assistência à doença. E devem ser apreciados no processo de desenvolvimento da promoção da saúde do idoso e das estratégias de avaliação de programas nessa área.
Bibliografia
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002).
COSTA, 2004).
(BRASIL, 1997).
(IBGE,2013).
(LIMA et al., 2000).

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