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Caderno Controle Motor 1º bi

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1 
 
05.02.2019 
CONTROLE MOTOR 
Professora: Débora Pedrolo Parisi 
 
 AVALIAÇÕES: 
NP1 : 26.03.2019 
NP2 : 11.05.2019 
Sub : 
Exame : 
 
 
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR 
 
 Definições 
 
 MOVIMENTO: 
 
>> Comportamento de um membro específico ou de um conjunto de segmentos 
corporais 
 
>> Movimentos com características diversas podem ocorrer para que um 
mesmo comportamento seja gerado 
 
 O que é movimento? Habilidade motora. Com 7 anos ocorre a maturidade 
do SNC. Os animais nascem e á andam. O ser humano a partir de 1 ano (em 
média), pode ser precoce aos 10 meses. 
 
 
 HABILIDADE: 
 
>> Conjunto de movimentos realizados para determinado fim. São respostas 
dirigidas para um propósito específico 
 
>> Habilidade é a FUNÇÃO que desejamos atingir! 
 
 Habilidade motora é mais específica em relação a qualquer outro animal. 
Até os 7 anos pode haver patologias como lesão cerebral por infecção, trauma, 
drogas, que são fatores de risco. 
 
 Indivíduo com 1 ano de idade possui controle motor grosseiro, por 
exemplo, andar. 
 
 
 
2 
 
1 2 
 
 
3 
 
 
Imagem 1. Controle motor: pega com as 2 mãos, é bilateral. 
 
 A repetição do movimento leva a melhora da motricidade. Inicia com 
treinamento e evolui ao movimento. 
 
 Programa mental. Sem se movimentar tem atividade motora. É chamado 
neurônio espelho. Exemplo: experiência com macacos, primeiro fazia o 
movimento e depois a atividade motora era detectada sem movimento. Exemplo: 
paciente hemiparético treina em frente ao espelho. 
 
 
APRENDIZAGEM MOTORA 
 
 
 APRENDIZADO: 
 
>> Processo de aquisição de um conhecimento ou habilidade. 
 
3 
 
 HABILIDADE: 
 
>> Capacidade de realizar em diversos contextos diferentes. 
 
 MEMÓRIA: 
 
>> É a retenção e armazenamento do conhecimento ou habilidade. 
 
 PRÁTICA: 
 
>> Pré-requisito 
 
 EXPERIÊNCIAS: 
 
>> Atuais e anteriores (indivíduos com mais experiências) 
 
O QUE É CONTROLE MOTOR (CM)? 
 
>> Estudo da natureza do movimento e de como ele é controlado 
 
>> Capacidade de regular ou orientar os mecanismos essenciais para o 
movimento 
 
 O estudo do CM nos permite responder a questões como: 
 
>> Como o SNC organiza os numerosos músculos e articulações em movimentos 
funcionais coordenados? 
 
>> Como as informações sensoriais do ambiente e do corpo são usadas para 
selecionar e controlar o movimento? 
 
COMPREENDENDO A NATUREZA DO MOVIMENTO 
 
 
4 
 
>> O movimento emerge da interação entre três fatores: indivíduo, tarefa e 
ambiente 
 
>> O movimento é específico à tarefa e restrito pelo ambiente 
 
>> O indivíduo produz um movimento para obedecer às demandas da tarefa 
que está sendo executada dentro de um ambiente específico. 
 
 Para ter um movimento são necessários 3 fatores: 
 
1) Individuais. Exemplo: para jogar basquete, a altura (é importante habilidade 
motora). 
 
2) Tarefa. Quanto mais refinada, mais treino requer. 
 
3) Ambiente. Exemplo: solo instável atrapalha a execução do movimento; andar 
no metrô em movimento. 
 
 
INTERAÇÃO ENTRE INDIVÍDUO, AÇÃO E MEIO 
 
5 
 
 
 
Imagens  maturidade do córtex e movimentos mais finos 
 
Fatores individuais que restringem o movimento 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 Todos tivemos lesões neurológicas reversíveis. Exemplo da perna 
dormente. Neuropraxia (hiperemia e falta de O2), a bainha de mielina foi lesada, 
interfere na execução do movimento – via sensitiva (lesão parcial reversível). 
Exemplo do cerebelo que dá o controle motor; Exemplo: na câimbra limita, mas 
é reversível; Exemplo: apraxia. 
 
 
 
 
 
 
1) Vídeo 1. Menina de 12 anos, Clínica Pompeia, marcha ebriosa (parece 
alcoolizada), há perda de coordenação motora, desencadeada por “n” fatores. 
Órgão afetado cerebelo. 
 
 
 
 
 
2) Vídeo 2. Garoto, Clínica Pompeia, com lesão do nervo da base, paralisia 
cerebral específica. Ele faz movimentos involuntários. 
7 
 
 Ambos são irreversíveis. Exemplo da atleta Laís Souza, com lesão C4 e C5, 
irreversível. 
 
RESTRIÇÕES DA TAREFA que restringem o movimento 
 
 
>> Conhecer a natureza da tarefa; 
 
 
>> Quais tarefas devem ser ensinadas? Em qual ordem? Em que momento? 
 
 
>> Tarefas agrupadas em categorias funcionais: 
 
– Mobilidade na cama 
 
– Transferência 
 
– Higiene pessoal 
 
– Alimentação 
 
 
>> Estabilidade X Mobilidade 
 
>> Manipulação 
 
 
> Tarefa: evolui para um movimento mais fino, a partir de uma mesma tarefa. 
 
> Ambiente. Exemplo tratar o paciente na piscina. 
 
 Movimento Funcional 
 
> Indivíduo. Exemplo tirar a visão, tirar a cognição (exemplo como da demência 
de Alzheimer). Exemplo do paciente que não consegue se programar para sair 
andando. 
 
 
 
 
 
1) Vídeo. Criança com mãe portadora de rubéola, gera criança com a Síndrome 
da Rubéola Congênita. Acomete o bebê com retardo da cognição, não consegue 
8 
 
andar, faz movimentos estereotipados (sem causa ou objetivo). Observação: não 
tem problema motor (tem controle da cabeça e tronco), e com treino consegue 
andar. 
 
 Exemplo: Síndrome de Down – pacientes tem graus de cognição, tem 
limitações. Com 5 anos deve-se colocar no colégio normal. Trabalha o movimento 
fino como cortar papel, amassar e colar. 
 
 
 
 
 
 
 3 imagens que os pacientes fazem controle normal: 
 
1) Imobilismo da senhora pode ser alteração cognitiva/ motora. 
 
2) Pode ser lesão medular. 
 
3) Deformidade: mielomeningocele congênita. É necessária uma órtese. 
 
 
12.02.2019 
AULA 2 
 
 
TAREFAS ABERTAS X TAREFAS FECHADAS 
 
 
 TAREFAS ABERTAS ou CONTROLE DE CIRCUITO ABERTO (Keele, 1968): 
 
>> Ação é preparada antes da detecção sensorial (ações de curta duração e 
correções mínimas). 
 
>> São executadas em um ambiente constantemente mutável, dificultando a 
capacidade de planejar o movimento. 
 
>> Desenvolver um amplo repertório de movimentos, que permitem uma 
adaptação rápida e reativa às condições ambientais inconstantes. 
 
>> Variabilidade e flexibilidade. 
 
 
 
9 
 
 
 
 TAREFAS ABERTAS ou CONTROLE DE CIRCUITO ABERTO 
 
>> Considera que alguns movimentos que você executa a cada dia parecem ser 
controlados automaticamente. 
 
>> Estes movimentos seriam controlados por um Programa Motor, que é 
definido por KEELE (1968) como um “conjunto de instruções para os músculos 
estruturadas antes que comece uma sequência de movimento e que permite 
que a sequência inteira seja executada sem influência do feedback periférico” 
 
>> A teoria do circuito aberto explica como ocorrem os movimentos balísticos, 
os quais são executados sem tempo para o feedback 
 
TAREFAS FECHADAS ou CONTROLE DE CIRCUITO FECHADO (Adams, 1971): 
 
 
10 
 
>> Caracterizadas por padrões fixos e habituais de movimentos, com variação 
mínima, que são executados em ambientes relativamente fixos. 
 
>> Feedback sensorial utilizado para orientar a ação (comparação entre 
informação sensorial e modelos internos gerando correção). 
 
>> Respostas estereotipadas, movimentos lentos e intencionais. 
 
 Exemplo: digitar no celular, computador – as letras não mudam. São 
tarefas fechadas. 
 
ESTABILIDADE X MOBILIDADE 
 
> Para movimentação é necessária estabilidade; por exemplo caminhar é uma 
tarefa instável. 
 
> No início desenvolve a estratégia de rolar, sentar e gato, que são posturas 
baixas. 
 
 
Base de apoio/ sustentação 
 
 
Imagem 1: criança com 9 meses. A postura pode evoluir para mais estabilidade. 
11 
 
 
Imagem 2: Gestante. Tira uma perna é necessário para mais estabilidade. Glúteo 
máximo eleva e o médio no apoio. 
 
 
 
 
 
 
Imagem 4: Prancha. Exige tronco, abdome, glúteo (postura muito instável), a 
variação e levantar mão e perna. 
 
 
> A estabilidade e a mobilidade andam juntas o tempo inteiro. 
12 
 
 
Imagem 5: Garrafa. É a mesma tarefa mais simples, é preciso estabilidade e 
apoio bilateral. Exemplos: amarrar sapato, colocar roupa. 
 
 
RESTRIÇÕES AMBIENTAIS ao movimento 
 
 
 CARACTERÍSTICAS REGULADORAS: aspectos do ambiente que 
configuram o movimento propriamente dito. 
 
 Exemplos: – tamanho, peso e forma do objeto,– tipo da superfície ou base de apoio 
 
 
 CARACTERÍSTICAS NÃO REGULADORAS: podem afetar o desempenho, 
mas o movimento não precisa obedecer a elas. 
 
 Exemplos: – ruídos ou distrações 
 – iluminação 
 
 
CARACTERÍSTICAS REGULADORAS 
 
 
 
 
13 
 
CARACTERÍSTICAS NÃO REGULADORAS 
 
 
 
 
APRENDIZADO MOTOR 
 
>> É um processo ativo de busca de solução para uma tarefa que surge da 
interação do indivíduo, com a tarefa e ambiente. 
 
>> Não é o aprendizado do controle muscular ou controle de movimento, mas 
a aquisição de um programa motor que torne o sujeito com flexibilidade sob 
diferentes condições e contextos. 
 
APRENDIZADO MOTOR = SOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
 
 Exemplo: andar. A criança por volta de 1 ano, inicia com a base ampla, 
joelho flexionado, pois dá mais estabilidade, e os membros superiores para cima. 
Tem um movimento cognitivo (é voluntário ou reflexo? É reflexo de marcha 
automático). 
 
 Exemplo: instrumento musical. Tem que se programar. 
 
 Exemplo: dirigir. Tarefa cognitiva inicialmente é totalmente pensado. 
 
 
GRAUS DE LIBERDADE (Bernstein, 1967): 
 
>> Coordenar muitos músculos e articulações; 
 
>> Tarefas com diferentes graus de estabilidade/ mobilidade, manipulação e 
circuito fechado/ aberto; 
 
>> Vários tipos de ambiente 
 
14 
 
 Quando se está aprendendo algo novo, segundo Fitts & Posner (1967), 
existem 3 fases da aprendizagem motora: 
 
– Primeiro estágio - Cognitivo 
– Segundo estágio - Associativo 
– Terceiro estágio - Autônomo 
 
PRIMEIRO ESTÁGIO – COGNITIVO 
 
>> Muita atenção 
 
>> Presença de muitos erros (usar os erros de forma positiva) 
 
>> Precisa de muito feedback sensorial (mãos do terapeuta, espelho, 
referências táteis) (precisa de informação sensorial, por exemplo, o estímulo da 
alegria dos pais; Feedback tátil e auditivo) 
 
>> Circuito fechado (circuito limitado de movimento) 
 
>> Poucos graus de liberdade 
 
 
 
 Exemplo: aprender a dirigir um carro. No início é uma tarefa cognitiva 
(voluntária), como colocar o cinto, saber qual a perna da embreagem, freio e 
acelerador (tudo é pensado); cinto de segurança. Após um tempo não precisa 
pensar mais, é automático. 
 
SEGUNDO ESTÁGIO – ASSOCIATIVO 
 
>> Precisa de menos atenção 
 
>> Não comete tantos erros 
 
>> Tem feedback intrínseco (o próprio corpo percebe) – ainda precisa de alguns 
estímulos 
15 
 
>> Aumenta os graus de liberdade (aos 2 anos tem grau de liberdade maior; 
consegue subir e descer) 
 
 
 
 Exemplo: imaginar que está no trilho do trem – aprende o movimento, mas 
não tem habilidade de fazer de modo automático. 
 
TERCEIRO ESTÁGIO – AUTÔNOMO 
 
>> Presença de memória (7 anos: está pronto do ponto de vista motor) 
 
>> Não precisa de atenção (dupla-tarefa) – executa várias tarefas ao mesmo 
tempo 
 
>> Quase não comete erros 
 
>> Não precisa de feedback 
 
 
16 
 
 
Imagem 1 e 2: cognitivo (informação sensorial, erro) 
 
 
 
Imagem 3: autônomo é fake 
 
 
O QUE SÃO TEORIAS DO CONTROLE MOTOR? 
 
>> Grupo de ideias abstratas sobre a natureza e a causa do movimento, 
baseadas nos modelos de função cerebral. 
 
>> Essas Teorias Refletem Visões Diferentes Sobre a Fisiologia do Encéfalo no 
Controle Motor. 
 
> São 7 teorias que estão superadas, mas servem para entender! Todas tem 
importância para conhecimento da época. 
 
TEORIAS CONTROLE MOTOR 
 
1) Teoria Reflexa 
2) Teoria Hierárquica 
3) Teoria Programação Motora 
4) Teoria dos Sistemas 
5) Teoria da Ação Dinâmica 
6) Teoria do Processamento Distribuído em Paralelo 
7) Teoria Ecológica 
17 
 
TEORIA REFLEXA 
 
>> Sherrigton (1906): Reflexos são blocos de construção para os 
comportamentos complexos 
 
>> Ação Conjunta dos Reflexos: Proposta em Comum 
 
>> 3 Estruturas Básicas para o Reflexo: Receptor, Via Nervosa de Condução e 
um Efetor 
 
 Nós somos reativos, temos estímulo sensorial e uma resposta motora. 
Hoje sabemos que para andar não é necessário reflexo, mas o reflexo existe, 
embora não explique o movimento. 
 
 A teoria explica que pequenos reflexos reunidos gerariam o movimento. 
Não é verdade, não explica o movimento como um todo. 
 
 
 
 
18 
 
ARCO REFLEXO 
 
 
 
 
 O arco reflexo existe no corpo, mas não explica o movimento. 
 
 
TEORIA DOS REFLEXOS 
 
>> No sistema nervoso intacto, os reflexos simples (de várias partes do SN) são 
combinados em grandes ações, constituindo o comportamento do Indivíduo 
 
 
LIMITAÇÕES TEORIA REFLEXOS 
 
1. Um único estímulo pode resultar em respostas diferentes dependendo do 
contexto 
 
2. Possibilidade de Aprendizado de Novos Movimentos 
 
3. Existência de Comportamentos Espontâneos e Voluntários, Independentes 
de Estímulos Externos 
 
4. Existência de Movimentos sem Necessidade de Estímulo Sensorial 
 
 
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 
 
>> Se os reflexos são a base para o movimento funcional, estes podem ser 
utilizados para a compreensão da disfunção motora do paciente, bem como 
podem ser utilizados para o recrutamento do movimento funcional 
 
19 
 
 
 
TEORIA HIERÁRQUICA 
(algo superior, em escala) 
 
>> SNC: 3 Níveis de Organização Hierárquica. 
 
>> Cada nível exerce controle sobre os Inferiores. 
 
>> Os reflexos em nível medular estão presentes diante da lesão do Córtex 
Cerebral. 
 
>> Teoria Reflexa e Hierárquica do Controle Motor: Explicação DNPM da 
criança. 
 
 O comando vem do córtex, desce pela medula e nervo espinhal, segue para 
o órgão efetor. Essa teoria dá importância para mais superior, tenta fazer uma 
divisão, seria a teoria mais importante. 
 
 Pensa nisso porque as áreas são mais especializadas. 
 
 
20 
 
TEORIAS REFLEXA/ HIERÁRQUICA NO DNM 
 
 
 
PROCESSO MATURACIONAL SN 
 
Figura: O bebê. Primeiro ele precisa de maturação cortical, mielinização (ainda 
não tem todas conexões formadas, precisa de formar a bainha de mielina). 
 
> Essa teoria não é completamente errada, mas não responde a lesão na medula 
e melhoras funcionais. 
 
LIMITAÇÕES 
 
>> Ausência de Explicação sobre o Domínio de Resposta Reflexa em Adultos. Ex: 
Reflexo de Retirada. 
 
>> Comportamentos dependentes do Córtex: Adaptativos e Complexos. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
>> Método Neuroevolutivo (Bobath): lesões corticais favorecem uma atividade 
postural anormal em crianças com PC. 
21 
 
>> Utilização da atividade reflexa como ferramenta para obtenção da ação. 
 
TEORIA DA PROGRAMAÇÃO MOTORA 
(centro gerador da marcha) 
 
>> Na ausência de input sensorial é possível o movimento: Padrão Central 
Motor 
 
>> Indica que o movimento acontece devido a programas motores que são 
ativados por processo central e estímulo sensorial, assim pode ocorrer na 
ausência de uma ação reflexa 
 
>> Exemplo: Centro gerador da Marcha em gatos 
 
 O gato com lesão sensorial, se colocado em uma esteira começa a trocar 
passo. É um padrão gerador de movimento. O bebê em condições normais 
também. 
 
>> Conclusão: Input Sensorial não é fundamental para iniciar o movimento, mas 
sim para modular 
 
CENTRO GERADOR MARCHA 
 
APARELHO “LOCOMARCH” 
 
> Padrão gerador de movimento na medula demonstra a forma de ter 
movimentação. 
22 
 
TEORIA DA PROGRAMAÇÃO MOTORA 
 
>> Padrões Geradores Centrais (CPG) são compostos por circuitos neurais 
complexos, localizados em níveis diferentes do SNC, capazes de gerar 
movimentos sem a necessidade do input sensorial 
 
LIMITAÇÕES 
 
>> A existência de centros geradores de movimento, não eliminam a 
importância do feedback sensorial sobre o controle motor 
 
>> Padrões geradores centrais (CPG)= maior flexibilidade do SNC na geração de 
movimentos 
 
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 
 
>> Em pacientes com lesão nos centros superiores podem ser auxiliados pela 
ativação dos CPG em níveis mais baixos. 
 
>> Exemplo: Treino de Marcha em esteira em pacientes com lesão medular. 
 
 
 
TREINO DE MARCHA COM SUPORTE PARCIAL DE PESO 
 
23 
 
TEORIA DOS SISTEMAS 
 
>> Bernstein (1966): O controle motor não pode ser desvinculado das forças 
externas que agem sobre o corpo em movimento 
 
>> Forças: gravidade,inércia e internas do corpo 
 
 O movimento sofre influência do ambiente (gravidade). Músculos 
antigravitacionais: 
– Membros superiores: grupo flexor, bíceps mais do que tríceps. 
– Membros inferiores: grupo extensor, quadríceps 
 
 Inércia. Exemplo como movimento após frear influencia o movimento do 
corpo. Gera resposta do corpo no ambiente. 
 
>> Movimento: Variação das Forças e a Energia 
 
>> O mesmo comando central pode resultar em diferentes movimentos devido 
a relação entre as forças e variações das condições iniciais 
 
>> Assim, diferentes comandos podem resultar em no mesmo movimento 
 
>> Controle do movimento é resultado da interação de diferentes sistemas 
 
>> Corpo: Muitas articulações com diferentes graus de liberdade; Complexo 
Controle Motor. 
 
>> Controle Hierárquico: Níveis mais inferiores ativam as sinergias musculares, 
recrutadas para agirem como uma unidade. 
 
> Teoria é falha porque os dois interagem para obter o movimento (corpo e 
ambiente). 
 
LIMITAÇÕES 
 
>> Minimização da influência das forças externas relacionadas com o ambiente. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
>> O movimento não é resultado apenas do output do sistema nervoso, mas o 
corpo precisa ser analisado como um sistema mecânico 
 
>> As alterações musculoesqueléticas interferem no treinamento da função 
motora 
24 
 
TEORIA AÇÃO DINÂMICA 
 
>> O movimento emerge da interação de elementos, sem a necessidade de um 
comando específico, ou programas motores do SN 
 
>> Além do comando do sistema nervoso central, há um controle físico sobre o 
movimento 
 
> O ambiente gera adaptação no indivíduo. Exemplo do tamanho do indivíduo e 
a carteira/ cadeira. 
 
> Ela preconiza que há um padrão de movimento, teoricamente, o indivíduo tem 
uma forma preferencial de executar. O equívoco é que a execução está 
relacionada ao que o ambiente favorece. 
 
TEORIA DINÂMICA 
 
 
LIMITAÇÕES 
 
>> Papel secundário do sistema nervoso comparado à relação entre o sistema 
físico e o meio como determinante do comportamento 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
>> Movimento emerge da interação de múltiplos elementos. 
 
>> As alterações do comportamento podem ser explicadas pelos princípios 
físicos, ao invés das estruturas neurais. 
25 
 
TEORIA DE PROCESSAMENTO EM PARALELO 
 
>> Descrição de como o SN processa a informação para a ação 
 
>> O SN opera em ambos processamento serial por uma via nervosa, e também 
por várias outras 
 
>> Comparação das redes neurais com as redes de um sistema computacional – 
mas o computador é limitado e tem memória, o SN é ilimitado, aprende coisas 
diferentes. Exemplo: AVC, o hemiparético à direita, com a terapia vai reaprender, 
a situação exige ações diferentes. 
 
>> SN: a eficiência do desempenho dos fatores padrão de conexões entre as 
células e a extensão das conexões do indivíduo 
 
LIMITAÇÕES 
 
>> Não se pode comparar as ações do SN às ações limitadas de uma rede 
computacional. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
>> Essa teoria pode ser utilizada para a compreensão de como a lesão no SN 
afeta a função 
 
>> Vias alternativas para uma determinada função pode ser uma ferramenta 
para a recuperação da função 
 
 
TEORIA ECOLÓGICA 
(é a mais aceita) 
 
>> Como são detectadas as informações no nosso ambiente, relevantes para 
nossas ações, e como as utilizamos para controlar nossos movimentos 
 
>> A organização da ação é específica para uma tarefa e o meio em que a tarefa 
será realizada 
 
> É a mais completa. Interação do indivíduo com o ambiente interfere no 
planejamento. Se treinar consegue realizar. 
 
 
 
 
26 
 
 Vídeo1: criança diagnosticada com paralisia cerebral, lesão cerebral 
gerada com parada cardiorrespiratória. Só utiliza com mão direita. Ele tem 
hipertonia do lado esquerdo, para sentar aumenta a flexão (tônus) e a mão fecha. 
Tem sinais de espasticidade, do lado direito atua reflexamente, lesão cerebral no 
nível do córtex – daí a hierarquia –, porém não responde completamente a 
origem do movimento. Programação motora: quando altera a base, ele altera o 
tônus. 
 
 
 
 
 
 
 Vídeo 2: adulto com padrão de movimento só usa o lado direito para se 
vestir. O lado esquerdo com tônus aumentado. Teste hiperreflexivo (não precisa 
nem ir no tendão para obter reflexo, surge a partir da fáscia). O lado direito é 
normorreflexo. No teste hiperreflexivo tem que fazer o movimento rápido, 
quando relaxa o tônus diminui, quando altera postura interage com a gravidade 
e o tônus aumenta. 
 
 
 
>> SN: Origem de um sistema sensório-motor, que reage a variáveis ambientais, 
juntamente com um sistema percepção-ação que explora o meio para satisfazer 
seus objetivos 
 
LIMITAÇÕES 
 
>> Embora tenha contribuído para compreensão sobre a interação com o meio, 
não é explorado a relevância da organização do SN. 
27 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
>> Descrição do indivíduo como elemento ativo para explorar o meio em que a 
tarefa será realizada. 
 
>> Indivíduo pode desenvolver diferentes estratégias para a realização da 
tarefa. 
 
QUAL É A MELHOR TEORIA? 
 
>> Não há uma única melhor teoria que explique o controle motor 
 
>> Interação dinâmica entre elas 
 
>> Estudos recentes atribuem nomes novos, mas é importante relevar o 
comportamento dinâmico e evolutivo das teorias 
 
 
19.02.2019 
AULA 3 
 
DEFINIÇÕES 
 
> TROFISMO MUSCULAR 
 
- Atrofia 
- Hipotrofia 
- Normotrofia 
- Hipertrofia 
- Pseudo hipertrofia 
 
 
 Trofismo: é o estado de nutrição de um tecido. Não confundir com força 
muscular que é relativo de indivíduo para indivíduo. 
 
 Atrofia: é a perda do tecido muscular. Exemplo: lesão do plexo braquial, 
não há estímulo para contração do bíceps. 
 
 Hipotrofia: acomete o paciente por ficar engessado por muito tempo, uma 
imobilização prolongada. 
 
 Normotrofia: para aquele biotipo é considerado normal. 
 
 Hipertrofia: exemplo do halterofilista, há aumento da massa muscular. 
28 
 
 Pseudo-hipertrofia: exemplo da distrofia de duchenne, degenera o tecido, 
a fibra muscular é substituída por gordura, é mais comum ocorrer na panturrilha, 
gradativamente terá fraqueza muscular. 
 
 
> REFLEXO OSTEOTENDÍNEO 
 
 0 Arreflexia 
 + Hiporreflexia 
 ++ Normorreflexia 
 +++ Hiperreflexia 
 ++++ Hiperreflexia om aumento da área reflexógena 
 
 Hiperrreflexia com aumento da área reflexógena: teste bicipital, no 
ventre do músculo e a resposta está exacerbada, mesmo teste no tendão/ 
ligamento patelar. 
 
 Hiperreflexia: só há um aumento da resposta. 
 
 
> TÔNUS MUSCULAR 
 
- Atonia ou flacidez muscular 
- Hipotonia 
- Normotonia 
- Hipertonia elástica ou espástica 
- Hipertonia plástica ou rigidez muscular 
 
 Tônus: é o estado de contração basal do músculo. Só há relaxamento do 
músculo quando está desnervado (patológico). Exemplo: sinapse excitatório do 
bíceps e inibitória do tríceps, ocorre na flexão do cotovelo. 
 
 Atonia: o músculo está desnervado; não tem contração basal. Ausência de 
tônus. Exemplo: mielomeningocele. 
 
 Hipotonia: estado do tônus diminuído. Exemplo da Síndrome de Down. 
 
 Normotonia: todos 
 
 Hipertonia elástica ou espástica 
 
 Hipertonia plástica ou rigidez muscular (paciente entra após a 6ª semana). 
 
 
29 
 
> MOTRICIDADE (movimento) 
 
- Preservado 
- Diminuído ou paresia 
- Ausente ou plegia 
 
 Paresia: diminuição do movimento voluntário 
 
 Plegia/ plégico: sem movimento 
 
 
> SENSIBILIDADE 
 
- Preservada = normoestesia 
- Anestesia 
- Hipoestesia 
- Hiperestesia 
- Parestesia = “formigamento” 
 
 Estesia: sensibilidade 
 
*** Principal estudo do movimento patológico 
 
 
ESPASTICIDADE 
 
 
TÔNUS MUSCULAR: 
 
 
>> Definição: 
 
>> Estado de contração fisiológico de um músculo; 
 
>> Contração contínua e passiva; 
 
>> Os músculos mantêm-se em um estado de contração devido a estimulação 
nervosa, o que mantém o músculo preparado para contrair; 
 
>> Se houver lesão do nervo periférico que manda este estímulo para o músculo 
contrair, ele se tornará hipotônico ou flácido 
 
 
 
30 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DO TÔNUS MUSCULAR:>> As lesões do SNP (parte motora) ocasionam a diminuição ou ausência do 
tônus muscular (atonia ou hipotonia); 
 
>> Já as lesões no SNC (giro pré-central) ocasionam o aumento do tônus 
muscular (hipertonia elástica). 
 
 
REVISÃO DE CONTROLE DO MOVIMENTO: 
 
>> A medula é responsável pelo controle reflexo do movimento; 
 
>>Entre esta atividade reflexa ocorre o chamado arco reflexo simples, ou 
reflexo de estiramento, ou reflexo monossináptico. 
>> Área de lesão no SNP 
31 
 
ARCO REFLEXO SIMPLES: 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
ARCO REFLEXO SIMPLES: 
(ou Reflexo de Estiramento ou Reflexo Monossináptico) 
 
>> Ao ser dado o estímulo no tendão (exemplo: tendão patelar) ocorre um 
estiramento do músculo. Este estiramento é percebido pelo receptor de 
estiramento chamado fuso neuromuscular (FNM) 
 
 
 
>> O FNM localiza-se na fibra intrafusal do músculo, e ao perceber o 
estiramento do músculo manda um estímulo aferente a medula através da fibra 
nervosa denominada Ia; 
>> Ao entrar na medula a fibra Ia faz uma sinapse no corno anterior da medula 
com o neurônio motor alfa. 
 
>> O neurônio motor alfa (α) manda um estímulo eferente para contrair as 
fibras extra fusais do músculo, e então ocorre a contração reflexa muscular. 
 
>> No caso do tendão patelar a resposta esperada será a extensão do joelho. 
 
>> Embora o reflexo ocorra na medula deve ser lembrado que o controle 
(modulação) depende do controle cortical motor. 
33 
 
 
 
> Quem recebe estiramento é o fuso neuromuscular (FNM). O receptor envia 
informação para o Neurônio sensitivo “Ia” que faz sinapse (monossináptico), 
Motoneurônio NM Iα que envia estímulo de contração. Ele ocorre no nível 
medular = arco. 
 
FNM = Receptor de estiramento 
DIREITA 
ESQUERDA 
Ia 
N M I α 
TENDÃO 
PATELAR 
FEF = FIBRA 
EXTRAFUSAL 
FNM = FUSO 
NEUROMUSCULAR 
FIF = FIBRA 
INTRAFUSAL 
34 
 
 (Professora Débora) Ao ser dado estímulo no tendão patelar, a tíbia é 
projetada para trás o que ocasiona o estiramento do músculo quadríceps “ “ 
e este estiramento é percebido pelo receptor chamado de FNM e este então 
através da fibra sensitiva “I a” conduz o estímulo até a região do corno posterior 
da medula e então na região do corno anterior da medula faz sinapse com 
Neurônio motor inferior “α” o qual manda estímulo de contração para o 
músculo quadríceps ocorrendo assim a extensão do joelho. 
 
 Exemplo: Hiperreflexia de Duchenne: o paciente perde a fibra muscular, 
reflexo ausente. 
 
 Exemplo: acidente de moto, fratura da clavícula, houve secção do nervo 
plexo braquial, pode ficar com o reflexo diminuído ou ausente (arreflexia). 
 
 
 
NMS: Neurônio Motor Superior sai do córtex motor e desce para medula espinhal. 
NMI: Neurônio Motor Inferior sai da medula espinhal e vai para o músculo. 
 
 CENTRAL = Hiperreflexia PERIFÉRICA = Hiporreflexia 
DIREITO ESQUERDO 
NMS 
+ / – 
MODULAÇÃO DO REFLEXO 
GIRO PRÉ-CENTRAL 
I a 
α 
ESTÍMULO 
35 
 
 Em condições normais a atividade medular é modulada pelo NMS, nos 
casos de lesão do NMS (exemplo: AVC, paralisia cerebral, trauma crânio 
encefálico) esta modulação é perdida e a atividade medular fica sem regulação e 
ao testarmos o reflexo a resposta sairá exacerbada que caracteriza a 
hiperreflexia. 
 
26.02.2019 
AULA 4 
 
REVISÃO 
Arco Reflexo Simples 
(como ocorre a modulação do reflexo) 
 
 
VIAS “PIRAMIDAIS” 
 
DIREITO 
ESQUERDO 
I a 
α 
NMI 
ESTÍMULO 
MÚSCULO 
NMI 
NMS ÁREA MOTORA 
GIRO PRÉ-CENTRAL 
PIRÂMIDES BULBARES 
90% 10% 
90% 
10% 
36 
 
 Vias “Piramidais” 
 
>> Trato Córtico Espinal Lateral: 90% das fibras que cruzam nas pirâmides 
 
>> Trato Córtico Espinal Medial ou Anterior: 10% das fibras que cruzam na medula 
 
 (Professora Débora) Os neurônios motores superiores projetam seus 
axônios em direção à pirâmide bulbar do mesmo lado e quando chega na 
pirâmide bulbar aproximadamente 90% dessas fibras cruzam para o outro lado 
da pirâmide bulbar e descem até a medula espinal, formando assim o Trato 
Córtico Espinal Lateral; os 10% restantes das fibras axonais passam direto pela 
pirâmide do mesmo lado e descem até a medula espinal e ao atingirem o nível 
medular específico cruzam para o outro lado, formando assim o Trato Córtico 
Espinal Medial ou Anterior. 
 
 
 
 
 
 Imagem: parte do encéfalo, substância cinzenta, parte superior – corpo de 
neurônios motor superior (mais fibras e lateral). 
 
 Conclusão: ao final 100% das fibras cruzam para o outro lado. 
 
CONTROLE CORTICAL DA AÇÃO REFLEXA 
(exemplo: “reflexo patelar”, “bicipital”) 
 
 
 
MODULAÇÃO DO REFLEXO 
+ / – 
I a 
α ESTÍMULO 
PIRÂMIDES BULBARES 
37 
 
Observação: nesse desenho foi retirado as pirâmides. 
 
NMS: Neurônio Motor Superior: sai do córtex motor e desce para medula espinal. 
NMI: Neurônio Motor Inferior: sai da medula espinal e vaia para o músculo. 
 
 A ação medular é modulada pela ação dos NMS, por exemplo, quando o 
examinador vai testar o reflexo patelar é solicitado que o paciente mantenha o 
membro avaliado “relaxado”, uma vez que se ele mantiver a contração muscular 
voluntariamente será impossível avaliar a atividade reflexa. 
 
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE 
 
 Vídeo 1. A lesão musculoesquelética (não é neurológica) – o músculo 
substitui a gordura. Criança com 7 anos, descoberta a doença com 1 ano e 6 
meses. Sem o músculo não tem como contrair – é pseudo-hipertrofia; observar 
testes que não consegue fazer trocas posturais simples. É uma doença fechada, 
óbito aos 20 anos. 
 
 Vídeo 2. Duchenne avançada/ terminal. 
 Vídeo 3. Hemicorpo esquerdo tem hemiparesia, mas não é funcional, o 
membro inferior esquerdo é usado para andar (a resposta é aumentada; 
hiperreflexia em 4 cruzes com aumento da área reflexa). 
 
 Exemplo do 3º vídeo: 
 
 
 
 
PIRÂMIDES BULBARES 
ÁREA MOTORA 
GIRO PRÉ-CENTRAL 
MODULAÇÃO DO REFLEXO 
I a 
α 
NMI 
NMS 
ESTÍMULO 
DIREITO 
ESQUERDO 
38 
 
 (Professora Débora) Quando ocorre a lesão do Neurônio Motor Superior 
é perdida a modulação do córtex em relação a medula, ou seja, quando ocorre 
o estiramento muscular o estímulo entra e sai da medula, porém sem a 
modulação cortical, o que provoca uma resposta reflexa exacerbada, chamada 
de hiperreflexia. 
 
 Questões: 
 
1) Explique o arco reflexo simples e desenhe-o 
 
2) Explique a fisiopatologia da hiperreflexia 
 
12.03.2019 
 
AULA 5 
 
MECANISMO DE INIBIÇÃO RECÍPROCA: 
(ou inervação recíproca) 
 
>> Músculo agonista: executa o movimento (estímulo excitatório; que realiza a 
ação); 
 
>> Músculo antagonista: permanece relaxado para o agonista contrair (estímulo 
inibitório; permite que ocorra o movimento); 
 
>> Músculos sinergistas: auxiliam os agonistas durante a contração muscular, 
porém não são os principais da contração 
 
39 
 
 
 
 Para gerar o movimento tem que ativar o músculo agonista e inibir o 
antagonista. Os dois contraídos não tem movimento. 
 
 NMS (Neurônio Motor Superior): manda o comando motor 
 
 (Professora Débora): Para que ocorra a flexão do antebraço do lado 
esquerdo o comando motor parte do neurônio motor superior do lado direito e 
este fará sinapse com neurônio motor inferior que mandará informação 
excitatória para o bíceps braquial e ao mesmo tempo ativará o interneurônio 
inibitório e este por sua vez fará sinapse com Neurônio Motor Inferior que 
mandará informação de sinapse inibitório para o músculo antagonista (tríceps 
braquial). E desta forma ocorrerá a flexão do antebraço. 
 
MECANISMO DE INIBIÇÃO RECÍPROCA: 
 
>> Para que ocorra a contração do músculo agonista e sinergista, é mandado ao 
mesmo tempo um estímulo nervoso para que o antagonista permaneça 
relaxado. 
 
>> Este estímulo é mandado por um interneurônio inibitório que manda o 
antagonista ficar relaxado. 
 
>> Este estímulo do interneurônio inibitório depende da ativação cortical; 
 
NMS 
α + 
α – INTERNEURÔNIO 
INIBITÓRIO NMI 
NMI 
MÚSCULO 
AGONISTA 
MÚSCULO 
ANTAGONISTA 
40 
 
>> Caso não exista esta ativação cortical o músculo agonista e antagonistapassam a “contrair” ao mesmo tempo, incapacitando o indivíduo de realizar o 
movimento. 
 
 
 
 Imagem: 
 
A. Circuito reflexo neural 
 
B. Estiramento 
 
C. Contração 
 
B = estímulo excitatório do músculo bíceps; no comando motor sai o estímulo 
inibitório para o músculo tríceps. 
 
 Juntando todos: 
 
Exemplo: reflexo patelar, simultaneamente há sinapse excitatória e inibitória sob 
o comando do Neurônio Motor Superior 
41 
 
 
 
Imagem: reflexo patelar 
 
 Quem permite ou não que ocorra/ modulação reflexa e a inibição do 
antagonista? Neurônio Motor Superior 
 
 Se houver secção do Neurônio Motor Superior (o paciente fica sem 
regulação), o estímulo de reflexo, automaticamente fará uma contração é o sinal 
de hipertonia elástica ou espástica. 
 
 
 
 
 
 
 Vídeo 1: senhor teve lesão no NMS devido a 2 AVC’s (sem controle cortical 
da medula): afetou o hemisfério direito gerou uma hemiparesia do lado 
esquerdo: 
 
1) Membros superiores: padrão flexão; 
2) Membros inferiores: padrão extensão. 
 
 Teste de reflexo: 
 
1) Hiperreflexia do lado esquerdo; 
2) Reflexo preservado do lado direito. 
 
 Observações: 
 
1) Quando faz o movimento rápido no antebraço esquerdo há uma resistência 
maior; Quando faz o movimento lento no antebraço esquerdo cede mais. 
42 
 
2) Na extensão rápida do punho aparece o sinal de clônus. 
 
3) Sob a força gravitacional aparecem sinais: membros superiores em flexão e 
membros inferiores em extensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 Vídeo 2: 
 
1) Aumento da área reflexa no lado esquerdo; 
 
2) Tem resistência com estímulo lento; 
 
3) Hipertonia grau 3 ou 4; 
 
4) Membro inferior: difícil de manter em flexão, fica em extensão (está 
exacerbado); 
 
5) O lado direito também é aumentado; 
 
6) Lesão dos 2 lados, NMS, com lesão maior do lado direito cerebral (evento: lesão 
cerebral bilateral com arma de fogo): o lado esquerdo (hemicorpo esquerdo) há 
mais hiperreflexia. 
 
7) Decúbito ventral: faz o movimento lento, tem resistência para flexão do joelho, 
no teste com estiramento do músculo tríceps sural aparece o sinal de clônus. 
 
8) Membros superiores: no movimento lento cede um pouco, ao fazer rápido 
aparece o sinal de clônus. 
 
 FUSO NEURO MUSCULAR: é o receptor de estiramento. Receptores tem 
uma propriedade chamada acomodação. Ele se adapta a estímulo contínuo 
(exemplo: tátil). Exceção à pedra no sapato, etiqueta da roupa em contato com a 
pele. 
 
 O estímulo lento e contínuo no FNM causa acomodação, ele não dispara 
sinapses na medula. 
 
 A hipertonia elástica é velocidade-dependente. 
 
43 
 
VIAS DESCENDENTES: 
 
>> Vias piramidais: 
 
>> Trato córtico espinal lateral; 
 
>> Trato córtico espinal anterior ou medial. 
 
 Passam pelas pirâmides bulbares 
 
 
44 
 
 (Professora Débora): Quando ocorre a lesão no NMS é perdida a 
modulação do córtex em relação a medula e, portanto, ao estirarmos o músculo 
reflexamente poderá ocorrer uma contração caracterizando, assim, o aumento 
do tônus muscular. 
 
 
 Patologia: Se estirarmos lentamente o músculo afetado, ocorrerá uma 
acomodação do receptor de estiramento (FNM) e, portanto, não ocorrerá uma 
resposta reflexa de contração do músculo estirado; por outro lado se o 
estiramento for feito de forma brusca, rápida não ocorrerá a acomodação do 
FNM, ocorrendo, assim, uma resposta reflexa de contração que caracteriza o 
aumento do tônus muscular, chamado de hipertonia elástica ou espástica. Por 
este motivo a hipertonia elástica é considerada velocidade-dependente. 
 
 
ESPASTICIDADE 
 
> Todas premissas para chegar em espasticidade. 
 
>> Lesão no SNC provoca alteração no mecanismo inibitório supra-espinal do 
reflexo miotático; 
 
>> Lesão no trajeto das chamadas vias piramidais. 
 
 
DEFINIÇÃO: 
 
>> Espasticidade pode ser definida como o aumento, velocidade dependente, 
do tônus muscular, com exacerbação dos reflexos osteotendíneos – 
hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento. 
 
 
ESPASTICIDADE: 
 
>> Considerada como a síndrome do neurônio motor superior; 
 
>> Sinais clínicos: hipertonia elástica, hiperreflexia, clônus e sinal de Babinski. 
 
 É uma síndrome pois possui um grupo de 4 sinais neurológicos patológicos, 
eventos que decorrem da lesão do NMS (Neurônio Motor Superior) e colima na 
perda do controle do córtex em relação à medula. 
 
 Sinais: 
 
45 
 
1) Hiperreflexia; 
 
2) Hipertonia elástica ou espástica; 
 
3) Clônus; 
 
4) Babinski positivo (até 1 ano de idade, nos livros até aos 2 anos – é o movimento 
de abrir os dedos em leque após estímulo plantar, é considerado normal). 
 
Observação: Sempre vai achar todos? Não, pode ocorrer lesão só no NMS e não 
aparecer babinski. Exemplo: criança tem hipertonia, mas não aparece clônus. O 
mais comum é aparecer hiperreflexia e hipertonia. 
 
 
HIPERTONIA ELÁSTICA: 
 
>> Aumento anormal / patológico do tônus muscular frente lesões do SNC; 
 
>> Geralmente ocorre aumento do tônus da musculatura antigravitária: 
flexores dos membros superiores e extensores dos membros inferiores. 
 
 Entre todos os testes, é sempre mais fácil identificar o reflexo patelar, pois 
é o músculo (quadríceps) que tem o tendão mais exposto. 
 
 Análise da musculatura antigravitacional é mais fácil de perceber: os 
membros superiores entram em padrão de flexão e os membros inferiores em 
padrão de extensão. 
 
 
ESCALA DE GRADUAÇÃO DA HIPERTONIA: 
ESCALA DE ASHWORTH 
 
Escore Grau do tônus muscular 
1 S/ aumento de tônus 
2 Leve aumento de tônus 
3 Moderado aumento de tônus 
4 Aumento de tônus acentuado 
5 Rigidez em flexão ou extensão 
46 
 
ESCALA DE ASHWORTH MODIFICADA: 
 
0 Sem aumento de tônus 
1 Leve aumento de tônus (25% da ADM) 
2 Moderado aumento de tônus (50% da ADM) 
3 Grave aumento de tônus (75% da ADM) 
4 Segmento acometido fica rígido em flexão ou extensão) 
 
 Observar as duas escalas de Ashworth, há diferenças entre a tradicional e 
a modificada. Deixar bem claro no relatório de avaliação do paciente para 
reavaliação. 
 
 Avaliação da força muscular (não é pedida na prova): 
 
0 = Nada (sem inervação e sem movimentação) 
 
1 = Contração sem movimento 
 
2 = Gera movimento, mas não supera a força da gravidade (realizado em decúbito 
lateral, por exemplo) 
 
3 = O movimento supera a força da gravidade 
 
4 = O movimento supera pequena resistência 
 
5 = O movimento supera grande resistência 
 
 
HIPERTONIA ELÁSTICA: 
 
>> Sinal de canivete: aumento da resistência do músculo ao estiramento; 
 
>> Resistência diminui após um certo grau de estiramento; 
 
47 
 
>> Depende da velocidade que o estiramento é realizado (velocidade 
dependente) 
 
 Escala para avaliar tônus – Hipertonia elástica: 
 
0 = Normal, sem alteração 
 
1 = Hipertonia: 25% da ADM (resistência no começo e depois cede) 
 
2 = Hipertonia: 50% da ADM (resistência no início ou no final) 
 
3 = Hipertonia: 75% da ADM (resistência em todo movimento) 
 
4 = Hipertonia: 100% da ADM (em toda a ADM o tônus está aumentado) 
 
 Vídeo: paciente levou tiro, testes: 
 
> Primeiro fazer o movimento lento no paciente para avaliar a ADM 
> Após o movimento rápido avalia a hipertonia (tônus) 
 
 Sequência da avaliação: No músculo quadríceps – paciente em decúbito 
ventral, estabilizar o quadril com uma das mãos, fazer o primeiro movimento 
lento para avaliar a ADM e seguida o estiramento rápido para avaliar o tônus. 
 
 Exemplo do músculo tríceps: para testar tem que estirar da extensão para 
flexão; No músculo bíceps tem que estirar da flexão para extensão. 
 
 A resposta completa para a prova: primeiro o movimento lento para testar 
a ADM e segundo o movimento rápido para testar o tônus (2 movimentos). 
 
 Na avaliação descrever os 5: paciente em decúbito; posição inicial e 
posição final; movimento lento (ADM) e rápido (tônus) 
 
 Avaliar o tônus muscular dos seguintes grupos: 
 
1) Quadríceps; 
2) Tríceps sural; 
3) Adutor do quadril; 
4) Isquiotibiais; 
5) Iliopsoas; 
6) Bíceps braquial 
 
 Na prática leva 5 minutos para avaliar todos, exemplo: a testar bíceps na 
voltajá teta o tríceps. 
48 
 
HIPERRREFLEXIA OSTEOTENDÍNEA: 
 
>> Resposta reflexa exacerbada, podendo haver aumento da área de reflexo; 
 
 
Reflexo 
0 ou - Ausente ou arreflexia 
+ Diminuído ou hiporreflexia 
++ Normal ou normorreflexia 
+++ Aumentado ou hiperreflexia 
++++ Hiperreflexia com aumento de 
área reflexógena 
 
 
 
 
19.03.2019 
AULA 6 
 
SINAL DE BABISNKI: 
 
>> Normal apresentar o reflexo nos primeiros meses de vida, ao estimular a 
planta do pé; 
 
>> Considerado normal até dois anos de idade; 
 
>> Hálux em extensão e dedos “abrem” em leque (abdução dos dedos); 
49 
 
>> A partir dos 2 anos de idade ao estimular a planta do pé o indivíduo terá 
como resposta a flexão dos dedos. 
 
SINAL DE BABINSKI + (PATOLÓGICO) 
 
 
 
> A presença do sinal positivo de babinski acima dos 2 anos é sinal de lesão no 
Neurônio Motor Superior. Porém, não é um dos sinais mais importantes, mesmo 
com lesão no NMS pode apresentar sinal negativo. 
 
> Porém, por exemplo, se encontrar alguém desacordado na rua e ao chegar no 
hospital o teste der positivo é sinal de lesão neurológica. 
 
CLÔNUS 
 
 
 
 
 
 Vídeos dos pacientes: testes no braço e na perna: 
 
1) Paciente que levou tiro do amigo. É uma contração involuntária rítmica (é uma 
“competição” entre agonista e antagonista. É diferente do espasmo muscular. É 
patológico. É um sinal de liberação do Neurônio Motor Superior. A perda 
encefálica do lado direito afeta o hemicorpo do lado esquerdo e vice-versa. 
 
>> Movimento involuntário repetitivo; 
 
>> Aparece frente ao estiramento muscular; 
 
>> Geralmente ocorre em extremidades (mãos e pés); 
 
>> “competição”entre o músculo agonista e antagonista. 
50 
 
TRATAMENTO DA ESPASTICIDADE 
 
BLOQUEIO NERVOSO PERIFÉRICO: 
 
>> Infiltração de medicamentos nos nervos ou nos músculos, com o objetivo de 
reduzir a hipertonia muscular. 
 
>> As substâncias utilizadas: fenol e/ou toxina botulínica. 
 
TIPOS DE BLOQUEADORES 
 
 
 
> Botox atua no Sistema Nervoso Periférico. 
 
> Fenol e Toxina botulínica tem efeito na hipertonia. Não há nada que faça para 
sanar a lesão no Neurônio Motor Superior, a sequela é hipertonia elástica. 
 
 Os bloqueios nervosos atuam nos músculos com as toxinas serão 
desnervados, os músculos ficarão relaxados e o fisioterapeuta poderá trabalhar. 
 
> As 2 drogas mais conhecidas e utilizadas: 
 
1) Toxina botulínica: nome comercial no Brasil Botox® Dysport® não tem 
genérico. 
 
51 
 
 
 
> O botox destrói o terminal pós-sináptico contendo neurotransmissor 
acetilcolina e o efeito da espasticidade é inibido. 
 
> Aplicação em várias áreas: oftalmológica, neurológica e estética. 
 
> É aplicada por unidade (frasco R$ 1.500,00) e de acordo com o peso. Exemplo: 
paciente tetraparético utiliza 2 ampolas (custo de R$ 3.000,00 + honorários 
médicos). Após aplicação tem que fazer fisioterapia (R$ 1.800,00/ mês) + Terapia 
Ocupacional (R$ 1.000,00), foro todo resto como órtese. A população não tem 
condição financeira. 
 
TOXINA BOTULÍNICA: 
 
>> Neurotoxina (bactéria anaeróbica): clostridium botulinum; 
 
>> Efeito de bloquear a transmissão neuromuscular; 
 
>> Diminuir de forma transitória a espasticidade. 
 
>> Age na junção mioneural, impedindo a liberação de acetilcolina frente ao 
estímulo nervoso, inibindo assim a contração muscular; 
52 
 
>> Grades quantidades – pode levar ao óbito até por parada cardiorrespiratória. 
 
>> Desnervação química parcial, transitória da musculatura; 
 
>> Relaxamento temporário pois ocorrem brotamentos laterais de novos 
terminais nervosos que irão inervá-los novamente; 
 
>> Espasticidade – botox – diminuir a resposta muscular, através da 
desnervação parcial do músculo. 
 
>> Inibe a liberação da acetilcolina na junção neuromuscular (efeito 
miorelaxante) 
 
>> Botox®, Dysport® (neurotoxinas do tipo A e disponíveis no Brasil) 
 
>> Duração do efeito de 6 a 8 meses 
 
>> Aplicação intramuscular 
 
 Exemplo: botulismo, presente em alimentos em conserva contaminados 
(como palmito no Brasil) por uma bactéria anaeróbia que produz a toxina 
botulínica. A ingestão em grande quantidade pode paralisar todas junções 
neuromusculares, inclusive o diafragma, a pessoa fica tetraplégica. É uma doença 
rara. 
 
 (Professora Débora): Toxina botulínica destrói a junção neuromuscular/ 
mioneural impedindo a liberação da acetilcolina. 
 
Observação: deixa sequelas com chance de sobrevida pequena pois afeta o 
Sistema Respiratório. 
 
 Após cessar os efeitos da toxina botulínica, ocorre o brotamento dos 
terminais nervosos e volta a conexão ao tecido muscular. Volta em média de 3 a 
6 meses. Age na parte motora, a sensitiva fica preservada. 
 
> Terapia: alongamento, descarga de peso, AVD, alimentação devem ser 
trabalhados no paciente no período de 8 meses, atender o máximo que puder. 
 
> Contraindicações: teoricamente, o botox não tem efeitos colaterais graves, a 
mulher gestante pode passar para o bebê. Exemplo: paciente faleceu devido à 
sedação e não decorrente do botox. 
 
> Principal desvantagem é o preço. 
 
53 
 
 
 
 
 
 Imagem: aplicação intramuscular, relaxamento máximo entre 24 a 
48horas, na hora da aplicação o médico pergunta ao fisioterapeuta os locais com 
hipertonia e vai dosando a quantidade, é feito em centros de reabilitação. 
 
> O prazo de validade é curto, conservado em temperaturas baixas. 
 
> Duração baixa: na prática dura de 3 a 6 meses (8 meses na literatura). A 
dificuldade é que envolve estética, pois os proprietários das patentes são da 
indústria estética e farmacêutica. 
 
FENOL 
 
>> Solução fenolizada a 5%, álcool. 
 
>> Promove uma desmielinização segmentar temporária, bloqueando o 
impulso nervoso 
 
>> Duração do efeito de 6 a 8 meses 
 
>> Capacidade da bainha de mielina se refazer; 
 
>> O fenol bloqueia a condução nervoso (impede o arco reflexo), diminuindo o 
tônus muscular. 
 
> Solução à base de álcool aplicação neuromuscular. A diferença da toxina 
botulínica é que faz a desmielinização. O Fenol destrói a bainha de mielina, deixa 
o estímulo mais lento. 
 
> A vantagem é o preço R$ 200,00. 
 
> Só pode ser aplicado na porção motora do nervo. Se pegar a parte sensitiva, o 
paciente sente “formigamento com choque” (similar a batida do nervo do 
cotovelo). Exemplo de dor similar: herpes no nervo intercostal – processo 
doloroso interno no músculo intercostal. 
 
> A desvantagem é o risco de pegar o nervo sensitivo. 
 
COMPLICAÇÕES: 
 
>> Parestesias dolorosas (formigamento seguido de dor); 
54 
 
>> Fraqueza muscular permanente; 
 
>> Tromboflebite. 
 
USO TERAPÊUTICO DA TOXINA BOTULÍNICA: 
 
>> Espasticidade: espasmos musculares, restrição da ADM, dor, contraturas e 
dificuldade de higiene pessoal; 
 
>> Espasticidade na Paralisia Cerebral: melhorar equilíbrio, melhorar marcha, 
evitar tratamento cirúrgico. 
 
CRITÉRIOS PARA BLOQUEIO NEUROMUSCULAR 
 
 OBJETIVOS: 
 
>> Evitar deformidades (nunca fazer em deformidades estruturadas) 
 
>> Facilitar o uso de órteses 
 
>> Melhora funcional 
 
>> Facilitar higiene 
 
>> Dúvida cirúrgica 
 
 OBJETIVOS: FAZER APLICAÇÃO 
 
> Deformidade óssea: não adianta, só se o músculo estiver encurtado e ganhar 
alongamento. 
 
> Órteses 
 
> Higiene: paciente lesado medular ajuda a passar a sonda, fazer limpeza e 
curativos com feridas. 
 
> Dúvidas na cirurgia: exemplo do paciente com hiperflexão do tendão calcâneo, 
isso evitaria a cirurgia. 
 
 Exemplo: paciente com padrão de membros superiores flexionados e 
membros inferiores encurtados não é recomendado aplicar nos membros 
inferiores, pois na marcha são necessários os músculos quadríceps e glúteo 
máximo em extensão. 
 
55 
 
TESTES ESPECIAIS (5) 
 
 Paciente em decúbito dorsal: 
1) Teste de galleazi; 
2) Teste de Thomas; 
3) Teste do Ângulo poplíteo; 
4) Teste da Abdução lenta e brusca 
 
 Paciente em decúbito ventral: 
1) Teste de Ely 
 
 Os cinco testes têm a haver com a postura na cadeira de rodas: 
encurtamento dos músculos flexores do quadril e joelho e hipertonia dos 
adutores.TESTE DE GALLEAZI: 
 
> Análise de possibilidade de luxação e subluxação do quadril. 
 
>> Paciente em decúbito dorsal; 
 
>> Examinador flexiona os quadris e observa o alinhamento dos joelhos; 
 
>> Desnível dos joelhos sugere subluxação ou luxação do quadril. 
 
 
 
 Imagem: joelhos e quadril no ângulo de 90º. Observar a altura do joelho 
se está desalinhado (um mais baixo que o outro) pode ser indicativo de 
subluxação ou luxação do quadril; pode ser discrepância de membro como fêmur 
mais curto que o outro; pode ser escoliose grave. Só tem certeza com radiografia 
simples de quadril. 
56 
 
 
 
 
 
 
Vídeo: criança com PC fazendo testes 
 
 
TESTE DO ÂNGULO POPLÍTEO: 
 
> Análise do encurtamento dos isquiotibiais: examina a extensão dos joelhos. 
 
>> Paciente em decúbito dorsal; 
 
>> Examinador realiza flexão de 90° de um lado do quadril, e realiza extensão 
do joelho; 
 
>> Observa se chega a extensão zero. 
 
>> Avalia encurtamento de IQT 
 
 
 
 
TESTE DE ABDUÇÃO LENTA E BRUSCA: 
 
> ATENÇÃO PARA PROVA: o 1º movimento é lento para testar a ADM e o 2º 
movimento é rápido para hipertonia elástica de adutores de quadril. 
57 
 
>> Paciente em decúbito dorsal, com membros inferiores em extensão; 
 
>> Examinador realiza a abdução dos quadris com os joelhos em extensão; 
 
>> Realiza de forma rápida e lenta; 
 
>> Observa espasticidade de adutores. 
 
TESTE DE ABDUÇÃO BRUSCA E LENTA: 
 
>> Na abdução brusca observa-se se ocorre a espasticidade; 
 
>> Observa se ocorre assimetria 
 
 
>> Na abdução lenta observa-se se a espasticidade cede e se a amplitude é 
maior; 
 
>> Observa-se se melhora a simetria 
 
 
58 
 
TESTE DE ELY: 
 
> Avalia a hipertonia elástica do músculo quadríceps. Uma mão na pelve do 
paciente para estabilizar, e a outra no tornozelo: o 1º movimento é lento para 
testar a ADM e o 2º movimento é rápido para hipertonia elástica. 
 
>> Paciente em decúbito ventral; 
 
>> Examinador realiza a flexão rápida do joelho e observa se quadril eleva e se 
ocorre resistência do reto femoral; 
 
>> Avaliar espasticidade do reto femoral. 
 
 
 
 
TESTE DE THOMAS: 
 
> Avalia encurtamento do músculo iliopsoas (extensão total da pelve). É positivo 
se não estende totalmente. Ele não fica bem em pé (teste positivo). 
 
>> Paciente em decúbito dorsal; 
 
>> Examinador realiza flexão dos quadris e extensão de um dos lados; 
 
>> Observa se existe encurtamento do músculo psoas.

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