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Sistema Locomotor Sistema Esquelético - Generalidades e Esqueleto Axial FUNÇÕES DOS OSSOS E DO SISTEMA ESQUELÉTICO 1) Suporte: o esqueleto é o arcabouço estrutural do corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo pontos de fixação para os tecidos moles e fornecendo pontos de fixação para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos 2) Proteção: o esqueleto protege os órgãos internos mais importantes contra lesão → exemplo: ossos do crânio protegem o encéfalo; coluna vertebral protege a medula espinal; caixa torácica protege o coração 3) Assistência ao movimento: a maioria dos músculos esqueléticos se fixa aos ossos, quando os músculos se contraem, tracionam os ossos para produzir movimento. 4) Liberação e armazenamento mineral: armazena diversos minerais, especialmente cálcio e fósforo, que contribuem para a resistência dos ossos. O tecido ósseo armazena aproximadamente 99% do cálcio total do corpo. Conforme a demanda, os ossos liberam minerais na corrente sanguínea para manter os equilíbrios minerais críticos e distribuir minerais a outras partes do corpo 5) Produção de eritrócitos: no interior de determinados ossos, um tecido conjuntivo chamado medula óssea vermelha produz eritrócitos, leucócitos e plaquetas, um processo chamado hematopoiese. A medula óssea vermelha é encontrada nos ossos em desenvolvimento do feto e em alguns ossos adultos, como os ossos do quadril, costelas, esterno, vértebras, crânio e extremidades do úmero e fêmur. Em um RN, toda a medula óssea é vermelha e participa da hematopoiese. Com o aumento da idade, grande parte da medula óssea se transforma em medula ósse amarela 6) Armazenamento de triglicerídeos: a medula óssea amarela é composta principalmente de adipócitos, que armazenam triglicerídeos. Os triglicerídeos armazenados são reservas potenciais de energia química. TIPOS DE OSSOS 206 ossos individuais em um esqueleto adulto / cerca de 270 ossos no bebê 1) Ossos longos: possuem maior comprimento do que largura - diáfase (corpo) e um número variável de epífises ou extremidades - são ligeiramente encurvados para obter resistência → um osso encurvado absorve estresse do peso do corpo em diferentes pontos, de modo que o peso é igualmente distribuído (se fossem retos, o peso do corpo seria distribuído irregularmente e o osso sofreria fratura facilmente - consistem em tecido ósseo compacto que é denso e possui espaços menores mas também contêm muito tecido ósseo esponjoso , que possui espaços maiores - exemplos: úmero, ulna, rádio, fêmur, tíbia, fíbula, metacarpais, metatarsais e as falanges (dos dedos das mãos e dos pés) 2) Ossos curtos: relativamente cuboides e têm comprimento, largura e altura quase iguais, consistindo em substância esponjosa, exceto na superfície, onde existe uma camada fina de substância compacta. Exemplos: maioria dos ossos carpais e tarsais 3) Ossos planos: geralmente finos e compostos de duas lâminas quase paralelas de substância compacta cinrcundando uma cada de substância esponjosa. - camadas de substância compacta : lâminas externa e interna - ossos do crânio: substância esponjosa é referida como diploe - proporcionam a fixação dos músculos - exemplos: ossos do crânio, esterno e costelas 4) Ossos irregulares: possuem formas complexas e não são agrupados em nenhuma das 3 categorias já descritas - variam nas quantidades de substância esponjosa e contacta - exemplo: vértebras, alguns ossos da face e o calcâneo 5) Ossos sesamoides: desenvolvem-se em determinados tendões, nos quais há considerável atrito, compressão e estresse fisico - nem sempre são completamente ossificados - patelas são os maiores ossos sesamoides - variam de número de pessoa para pessoa, exceto as patelas, que estão localizadas no tendão do músculo quadríceps femoral e estão normalmente presentes em todos os indivíduos - protegem os tendões contra o uso excessivo e frequentemente alteram a direção de tração de um tendão, o que aumenta a vantagem mecânica em uma articulação - exemplo: patela, no adutor do polegar e flexor curto do polegar, na face plantar de cada pé, nos tendões do músculo flexor curto do hálux, na articulação metatarsofalângica do hálux 6) Ossos suturais: pequenos ossos localizados nas suturas de determinados ossos do crânio → o número varia muito de pessoa para pessoa ANATOMIA DO OSSO DIÁFISE: corpo do osso → parte principal cilíndrica do osso longo EPÍFISES: terminações proximal e distal do osso METÁFISES: regiões entre a diáfise e as epífises → em um osso em crescimento, cada metáfise contêm uma lâmina epifisial (camada de cartilagem hialina que permite o crescimento longitudinal da diáfise do osso). Quando o crescimento longitudinal cessa (18-21 anos), a cartilagem é substituída por osso e a estrutura óssea resultante leva o nome de linha epifisial CARTILAGEM ARTICULAR: fina camada de cartilagem hialina que recobre a parte da epífise na qual o osso forma uma articulação com o outro osso → não possui pericôndrio nem vasos sanguíneos (reparo de lesão limitado) PERIÓSTEO : bainha de tecido conjuntivo resistente; irrigação sanguínea associada circunda a superfície do osso em partes não recobertas pela cartilagem articular. É composto por uma lâmina fibrosa externa de tecido conjuntivo denso não modelado e uma lâmina osteogênica interna que consiste em células. Algumas das células permitem que o osso cresça em largura, mas não em comprimento. O periósteo também protege o osso, auxilia no reparo de uma fratura, ajuda na nutrição do tecido ósseo e atua como ponto de fixação para ligamentos e tendões. Está fixado ao osso subjacente por fibras perfurantes (de Sharpey) - feixes espessos de colágeno que se estendem do periósteo até a matriz extracelular óssea CAVIDADE MEDULAR: espaço cilíndrico oco no interior da diáfise contendo a medula óssea amarela adiposa e numerosos vasos sanguíneos. Essa cavidade minimiza o peso do osso reduzindo o material ósseo denso onde é menos necessário. O projeto tubular dos ossos longos fornece resistência máxima com peso mínimo ENDÓSTEO: fina membrana que reveste a cavidade medular. Contém uma única camada de células formadoras de ossos e pouco tecido conjuntivo. COMPOSIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO - composição: carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, magnésio, sódio, fluoreto, colágeno (cerca de 20% do volume) e água (cerca de 25% do volume) - OSSO COMPACTO ou CORTICAL: ausente de espaços medulares livres interpostos, com forte aderência, pelas suas faces, das lamínulas de tecido ósseo. Por isso, é rijo e denso como marfim, sendo encontradona parte externa da peça óssea. São vascularizados, apresentando canais centrais (canais de Havers, do eixo longo) e, como são adjacentes entre si, há canais de comunicação entre os de Havers, que são os canais transversos (canais de Volkman). Há, também, ramificações desses canais maiores, os canalículos. - OSSO ESPONJOSO ou TRABECULADO: as lâminas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se organizam de forma a deixar espaços entre si (trabéculas ósseas) e lacunas, que se comunicam entre si, e são preenchidas pela medula óssea, alojada no canal medular. Nos ossos longos, a substância óssea compacta predomina na diáfise, enquanto predomina, na epífise, o osso esponjoso ou trabeculado, sendo revestido por uma fina camada de osso compacto. Já os ossos planos presentes no crânio, há duas camadas de substância óssea compacta, contendo, internamente, o osso esponjoso, que recebe o nome de díploe. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ÓSSEO CRESCIMENTO LONGITUDINAL: O crescimento longitudinal de um osso ocorre nas epífises, ou lâminas epifisiais. As epífises são discos cartilaginosos encontrados próximo às extremidades dos ossos longos. O lado diafisário (central) de cada epífise produz continuamente novas células ósseas. Durante ou logo após a adolescência, a lâmina desaparece e o osso se funde, encerrando o crescimento longitudinal. A maioria das epífises se fecha por volta dos 18 anos, embora algumas possam estar presentes até a idade de 25 anos. CRESCIMENTO CIRCUNFERENCIAL (EM ESPESSURA): deve-se ao crescimento aposicional Os ossos longos crescem em diâmetro durante a maior parte do período de vida, embora o crescimento ósseo mais rápido ocorra antes da vida adulta. A camada interna do periósteo produz camadas concêntricas de tecido ósseo novo por cima das existentes. Ao mesmo tempo, o osso é reabsorvido ou eliminado ao redor da circunferência da cavidade medular, de modo que o diâmetro da cavidade aumenta continuamente. Isso ocorre de maneira que tanto as forças de flexão quanto as forças de torção no osso permaneçam relativamente constantes. Essas mudanças no tamanho e no formato do osso são trabalho de células especializadas chamadas de osteoblastos e de osteoclastos, que, respectivamente, formam e reabsorvem o tecido ósseo. Em um osso adulto saudável, a atividade dos osteoblastos e dos osteoclastos é balanceada. RESPOSTA DO OSSO AO ESTRESSE Lei de Wollf: A forma de um osso sendo dada, os elementos ósseos se depositam ou se afastam na direção de forças funcionais e aumentam ou diminuem sua massa a fim de refletir a quantidade de forças funcionais. - o osso responde dinamicamente à presença ou à ausência de forças diferentes com mudanças em tamanho, formato e densidade. De acordo com a lei de Wolff, as densidades e, em menor extensão, os formatos e os tamanhos dos ossos de um determinado ser humano são uma função da intensidade e da direção das forças mecânicas que agem sobre os ossos. O estímulo mecânico dinâmico faz com que o osso se deforme ou se sobrecarregue, e as cargas maiores produzem níveis maiores de deformação. Essas deformações são traduzidas em mudanças no formato e na força do osso por meio de um processo conhecido como remodelagem. A remodelagem envolve a reabsorção do osso mais antigo, danificado pela fadiga, e a formação subsequente de um osso novo. Modelagem óssea é o termo dado para a formação de um osso novo que não é precedido pela reabsorção, e é o processo pelo qual os ossos imaturos crescem. FORÇAS EXTERNAS SOBRE A ESTRUTURA ÓSSEA: 1) Forças de Compressão: convergem longitudinalmente (se aproximam) para um ponto da estrutura óssea, havendo estímulo no periósteo. Precisa de maior força para fratura. O osso cortical ou compacto resiste à compressão. 2) Forças de Tensão: são forças que divergem longitudinalmente (se afastam) de um ponto da estrutura óssea, havendo também estímulo. Força intermediária para fratura. O osso trabeculado ou esponjoso resiste à tensão. 3) Forças de Cisalhamento: s ão forças de torção. Precisa de menos carga mecânica para ocorrer fratura. LINHAS DE TENSÃO: existem as linhas de tensão ou trajetórias de estresse, que são curvas representando a orientação dos mínimos e máximos estresses mecânicos no material sob uma carga. São importantes para dissipação das cargas mecânicas em trajetórias (algumas para o colo, outras para o osso compacto), evitando fraturas. Vale lembrar que o tecido ósseo esponjoso é rico em colágeno para permitir as deformações dentro do limiar estabelecido. Essas linhas são moldadas ao longo da vida, havendo linhas para compressão e tensão. HIPERTROFIA ÓSSEA: - em resposta à atividade física regular → ossos de indivíduos fisicamente ativos tendem a ser mais densos e, portanto, mais mineralizados e mais fortes do que os de indivíduos sedentários da mesma idade e gênero (principalmente em exercícios de alto grau de impacto) - quanto maiores forem as forças ou cargas encontradas habitualmente, mais substancial será o aumento da mineralização óssea - deformação com aumento da produção de céls ósseas, através do estímulo sobre o periósteo, bem como a maior pressão de deslocamento dos fluidos intersticiais dos canais de Havers que atravessam os poros - imobilização com hastes: ossos imobilizados com hastes metálicas pós fratura ficam mais fragilizados no lado mais apoiado na haste (mais proximal) do que no lado contralateral (mais afastado da haste) visto que a dissipação da carga mecânica é mais direcionada para o componente metálico do que para as linhas de tensão, evitando deformação da extremidade próxima à haste e aumentando a massa óssea do lado contralateral ATROFIA ÓSSEA: - Enquanto o osso hipertrofia, em resposta ao aumento de estímulo mecânico, ele apresenta a resposta oposta à diminuição de estímulo. Quando as forças habitualmente exercidas sobre o osso pelas contrações musculares, levantamento de peso ou forças de impacto são reduzidas, o tecido ósseo atrofia por remodelagem. Quando ocorre a atrofia óssea, a quantidade de cálcio contida no osso diminui, assim como o peso e a resistência do osso. Perda de massa óssea causada por diminuição do estresse mecânico foi observada em pacientes acamados, idosos sedentários e astronautas. - A desmineralização óssea é um problema sério em potencial. Do ponto de vista biomecânico, conforme a massa óssea diminui, a força – e, assim, a resistência à fratura também diminui, particularmenteno osso trabecular. FRATURAS DIVISÕES DO ESQUELETO TERMINOLOGIA ÓSSEA LINHA: margem óssea suave FORAME: abertura óssea arredondada ESPINHA: projeção óssea afilada CRISTA: margem óssea proeminente RAMO: processo alongado TUBÉRCULO: pequena saliência arredondada TUBEROSIDADE: média saliência arredondada TROCANTER: grande saliência arredondada MALÉOLO: saliência óssea semelhança à cabeça de um martelo CÔNDILO: proeminência elíptica que se articula com outro osso EPICÔNDILO: pequena proeminência óssea situada acima do côndilo CABEÇA: extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso através de uma região estreitada denominada colo SULCO: depressão óssea estreita e alongada Articulações - Generalidades DEFINIÇÃO: articulações são as regiões do esqueleto onde dois ou mais ossos se encontram e se articulam FUNÇÃO: facilitar o crescimento (proteção da epífise de crescimento longitudinal), transmissão de força nos ossos, movimento corpóreo ou transferência de peso. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES ESTRUTURAL FUNCIONAL Articulações fibrosas Sinartroses → imóvel Articulações cartilagíneas Anfiartroses → ligeiramente móvel Articulações sinoviais Diartroses → com liberdade de movimento ARTICULAÇÕES FIBROSAS são aquelas nas quais os ossos adjacentes são unidos por uma massa sólida de tecido conjuntivo denso não modelado. Existem três tipos SUTURAS: articulação fibrosa composta por uma fina camada de TCDNM - encontradas apenas nos ossos do crânio - bordas interligadas irregulares das suturas conferem-lhes resistência adicional e diminuem as chances de fratura - são articulações que se formam à medida que os ossos do crânio entram em contato durante o desenvolvimento → são fixas ou ligeiramente móveis - suturas que são substituídas por osso no adulto → sinostose: articulação na qual há fusão completa de dois ossos separados em um único osso (por exemplo: o frontal cresce em metades que, no final, se unem numa linha de sutura) SIDESMOSE: articulação fibrosa na qual há uma distância maior entre as faces articulares e mais TCDNM do que em uma sutura - TCDNM está normalmente disposto como um feixe (ligamento) e a articulação permite movimento limitado - gonfoses: sidesmoses entre as raízes dos dentes e seus alvéolos maxilares e mandibulares → gonfoses saudáveis não permitem movimeto do dente MEMBRANA INTERÓSSEA: lâmina sólida de TCDNM que une os ossos longos adjacentes e permie um pequeno movimento - entre o rádio e ulna, no antebraço; entre a tíbia e fíbula, na perna - ajudam a manter esses ossos longos adjacentes unidos como também são importantes na definição da amplitude de movimento entre os ossos adjacentes e fornecem uma superfície de fixação maior para músculos que produzem movimento dos dedos da mão e do pé ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS existe tecido conjuntivo sólido que permite pouco ou nenhum movimento - ossos são conectados firmemente por cartilagem hialina ou fibrocartilagem SICONDROSE: articulação cartilagínea fixa cujo material de conexão é cartilagem hialina - exemplo: lâmina epifisal - une a epífise à diáfise de um osso em crescimento - quando os ossos param de crescer em comprimento, o osso substitui a cartilagem hialina, e a sicondrose se torna uma sinostose (articulação ossificada) SÍNFISE: articulação cartilagínea em que as extremidades dos ossos da articulação são recobertas por cartilagem hialina, mas os ossos são unidos por um disco chato e largo de fibrocartilagem - todas as sínfises ocorrem na linha mediana do corpo - sínfise: sínfise púbica, junção do manúbrio com o corpo do esterno, discos intervertebrais → uma parte do disco intervertebral é composta de fibrocartilagem: a estrutura do disco intervertebral ajuda a promover uma amplitude limitada de movimento da coluna vertebral, enquanto atua como um importante coxim absorvedor de choque entre os corpos vertebrais ARTICULAÇÕES SINOVIAIS característica que a distingue de outros tipos de articulações é a existência da cavidade articular que é envolvida por uma cápsula que fixa os ossos da articulação - variam de pouco móveis até as articulações mais móveis do corpo) COMPONENTE DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: 1) cartilagem articular: reduz o atrito entre os ossos na articulação durante o movimento e ajuda na absorção de choque - composição tecidual da cartilagem do adulto, avascular e sem nervos - recobre as faces articulares dos ossos, mas não une os ossos 2) cápsula fibrosa (ou cápsula articular): envolve uma articulação sinovial, incluindo a cavidade articular, e une os ossos da articulação - composta de membrana fibrosa externa e uma membrana sinovial interna 3) membrana sinovial: reveste internamente a cápsula articular, mas não a cartilagem - vascularizada e com vasos linfáticos - pouco inervada - formada por vilos, pregas e coxins gordurosos - tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas; acúmulo de tecidos adiposos (coxins gordurosos) 4) líquido sinovial: produzido pela membrana sinovial → forma uma película fina sobre as superfícies, no interior da cápsula articular - funções: redução de atrito, lubrificando a articulação e absorvendo impacto; fornece oxigênio e nutrientes para os condrócitos na cartilagem articular e remover dióxido de carbono e resíduo metabólicos; contém células fagocíticas - quando uma articulação sinovial fica imobilizada por um período, o líquido se torna muito viscoso (coloidal), mas conforme o movimento da articulação aumento o líquido se torna menos viscoso 5) meniscos, discos e corpos adiposos intra-articulares - discos: estruturas de fibrocartilagem sem revestimento de membrana sinovial que dividem a cavidade articular em duas cavidades menores; perifericamente, fixam-se à membrana fibrosa - meniscos : discos incompletos que dividem parcialmente a articulação → são imprensados entre as membranas fibrosas e sinovial e se fixam firmemente no interior da membrana fibrosa - funções dos meniscos: absorver choques, permitir melhor encaixe entre as faces ósseas da articulação, proporcionar faces adaptáveis para movimentos combinados, distribuir o peso sobre uma grande superfície de contato, distribuir lubrificante sinovial pelas faces articulares da articulação 6) ligamentos: ligamentos extracapsulares → situam-se fora da cápsula articular // ligamentos intracapsulares → ocorrem no interior da cápsula articular, mas são isolados da cavidade articular pelas pregas da membrana sinovial 7) bolsa sinovial e bainha sinovial: reduzem o atrito em torno de articulações - bolsa: estruturas saciformes; não são exatamente partes das articulações sinoviais, porém, na realidade, assemelham-se às cápsulas articulares porque suas paredes consistem em uma membrana fibrosa externa de tecido conjuntivo denso fino revestido por membrana sinovial- preenchidas por um pequeno volume de líquido semelhante ao sinovial - localizadas entre pele e o osso, tendões e ossos, músculos e osso e ligamentos e ossos - bainha: bolsas tubulares envolvendo os tendões que sofrem atrito considerável em todos os locais em que passam pelos túneis fibro-ósseos (túneis formados por faixas de tecido conjuntivo e osso) - protegem todos os lados do tendão contra atrito no túnel 8) vasos sanguíneos GRAUS DE LIBERDADE DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: NÃO-AXIAIS: nenhum grau de liberdade MONOAXIAIS: um grau de liberdade → articulação do cotovelo BIAXIAIS: dois graus de liberdade → articulações radiocarpais TRIAXIAIS: três graus de liberdade → articulações dos ombros e quadril CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: PLANA: permitem apenas movimentos de deslizamentos entre lados e de um lado para outro com ligeira rotação. Este é o tipo mais simples de articulação com movimento. As superfícies articulares são praticamente planas, ou uma delas pode ser ligeiramente côncava e a outra ligeiramente convexa). As articulações intercarpais e intertarsais, a articulação esternoclavicular e as articulações entre processos articulares de vértebras adjacentes são alguns exemplos. GÍNGLIMO: são monoaxiais - como a dobradiça de uma porta - e permitem movimentos em um único plano. Neste tipo de articulação, a superfície de um osso é sempre côncava, e a outra convex). Articulações gínglimos são os tipos mais comuns de articulações sinoviais. Exemplos incluem as articulações do joelho, a umeroulnar no cotovelo e as articulações entre as falanges. SELAR: cada superfície articular tem uma superfície côncava em uma direção e uma superfície convexa em outra. Esta articulação é uma articulação condilar (elipsóidea) modificada que permite uma amplitude maior de movimentos. Há dois lugares no corpo onde ocorre articulação selar. Um é na articulação do trapézio do carpo com o primeiro osso metacarpal). Esta articulação carpometacarpal é a responsável pelo movimento de oposição - uma característica da anatomia dos primatas. O outro é a articulação entre o martelo e a bigorna, dois ossículos da audição da orelha média TROCOIDEA (EM PIVÔ): movimento limitado à rotação em tomo de um eixo central. Neste tipo de articulação, a superfície articular de um osso é cônica ou arredondada e se ajusta em uma depressão do outro osso. Exemplos são a articulação proximal entre o rádio e a ulna para rotação do antebraço, como girar a maçaneta da porta, e a articulação entre o atlas e o áxis que permite o movimento de rotação da cabeça. ESFEROIDE: formadas pela articulação de uma superfície convexa arredondada com uma cavidade em forma de xícara). Este tipo multiaxial de articulação proporciona a maior amplitude de movimentos entre todas as articulações sinoviais. Exemplos são as articulações do quadril e do ombro. ELIPSOIDEA (OU CONDILAR) : estruturada de forma que uma superfície convexa oval de um osso se ajuste em uma depressão côncava do outro osso, o que permite movimentos angulares em duas direções, movimentos de cima para baixo e de lado a lado. As articulações condilares (elipsóideas) são portanto articulações biaxiais. A articulação radiocarpal do punho e as articulações metacarpofalângicas são os exemplos. MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES: FLEXÃO: movimento que diminui o ângulo da articulação no plano ântero-posterior → dobrar o cotovelo - dorsiflexão do pé: flexão quando a face superior (dorso) do pé é levantada → FLEX - flexão plantar: pressionar o pé para baixo → POINT EXTENSÃO: reverso da flexão - o ângulo da articulação é aumentado - a extensão retorna uma parte do corpo para a posição anatômica - em uma articulação em extensão, o ângulo entre os ossos que se articulam é 180º → exceção: articulação do tornozelo em que há um ângulo de 90º entre o pé e a posição anatômica ABDUÇÃO: movimento de uma parte do corpo afastando do eixo principal, ou afastando-se do plano sagital mediano, em direção lateral. ADUÇÃO: oposto de abdução - movimento de uma parte do corpo aproximando-se do eixo principal do corpo ROTAÇÃO: movimento de uma parte do corpo ao redor de seu próprio eixo CIRCUNDUÇÃO: movimento circular de uma parte do corpo ao descrever no espaço a forma de um cone → a extremidade distal executa o movimento circular e a fixação proximal atua como um pivô SUPINAÇÃO: rotação específica do antebraço de forma que a palma da mão volta-se para diante (anteriormente) ou para cima (superiormente) → na posição anatômica, o antebraço já está em supinação PRONAÇÃO: oposto de supinação - movimento rotacional do antebraço de forma que a palma está dirigida para trás (posteriormente) ou para baixo (inferiormente) ELEVAÇÃO: movimento que eleva uma parte do corpo DEPRESSÃO (OU ABAIXAMENTO): oposto da elevação PROTRUSÃO (OU PROTRAÇÃO): movimento de parte do corpo para adiante, em um plano paralelo ao solo RETRUSÃO (OU RETRAÇÃO): oposto da protrusão - movimento de parte do corpo para trás em um plano paralelo ao solo INVERSÃO: movimento da planta do pé para dentro ou medialmente EVERSÃO: oposto de inversão - movimento da planta do pé para fora ou lateralmente - o eixo pivô para estes movimentos está no tornozelo e nas articulações intertarsais - inversão e eversão são termos clínicos usados comumente para descrever anormalidades de desenvolvimento OPOSIÇÃO (OU OPONÊNCIA): movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos outros dedos da mesma mão ANTEROVERSÃO: projeção da crista ilíaca para frente → contração de abdômen RETROVERSÃO: projeção da crista ilíaca para trás → distensão de abdômen RELAÇÕES CLÍNICAS: AVALIAÇÃO PLANTAR: sustentação da abóbada por três arcos (anterior, externo e interno) PÉ SUPINADO → alinhamento da coxa em VARO (ângulo entre cabeça do fêmur e quadril < 120º) PÉ PRONADO → alinhamento da coxa em VALGO (ângulo entre a cabeça do fêmur e quadro > 135º ângulo normal: 120 - 135º Sistema Muscular FUNÇÕES DO TECIDO MUSCULAR: 1) Produção dos movimentos do corpo 2) Estabilização das posições do corpo: as contrações do músculo esquelético estabilizam as articulações e ajudam a manter as posições do corpo 3) Armazenamento e movimentação de substâncias no interior do corpo 4) Produção de calor: conforme se contrai, o tecido muscular produz calor - termogênese PROPRIEDADES DO TECIDO MUSCULAR: 1) Excitabilidade elétrica/irritabilidade: capacidade de responder a determinados estímulos produzindo potenciais de ação 2) Contratilidade: capacidade do tecido muscular de se contrair vigorosamente quando estimulado pelo potencial de ação. Quando um músculo esquelético se contrair, gera tensão (força de contração),enquanto traciona seus pontos de fixação 3) Extensibilidade: capacidade do tecido muscular de se estender, dentro dos limites, sem sofrer lesão 4) Elasticidade: capacidade do tecido muscular de retornar a seu comprimento e formato originais após contração ou extensão NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO: TENDÃO: músculos esqueléticos estão fixos aos ossos, em cada uma de suas extremidades, através de tendões - um tendão é composto de tecido conjuntivo denso modelado e lia um músculo ao periósteo de um osso - inserção é a fixação óssea mais móvel do músculo puxada em direção de sua fixação menos móvel, a origem - tendões achatados semelhantes a lâminas são chamados aponeuroses - funções: conectar o osso ao músculo; manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo, através da transmissão da atividade muscular aos ossos e articulações; estimular a formação e manutenção da massa óssea As fibras musculares que se contraem não seriam eficientes se elas atuassem como unidades isoladas. Cada fibra é ligada às fibras adjacentes formando feixes, e os feixes são ligados a outros feixes. Com esta disposição, a contração em uma área de um músculo atua em conjunto com fibras que se contraem em outro lugar do músculo. A substância que faz a ligação no interior do músculo é o tecido conjuntivo frouxo que está estruturalmente organizado no interior do músculo para proteger, fortalecer, ligar as fibras musculares em feixes e ligar os feixes em músculos. ENDOMÍSIO: bainha fina de tecido conjuntivo que envolve as fibras musculares individuais - liga fibras adjacentes em conjunto e contém vasos capilares e terminações nervosas que servem o músculo PERIMÍSIO: liga grupo de fibras musculares reunidas em feixes chamados fascículos - contém vasos sanguíneos e fibras nervosas que servem a vários fascículos EPIMÍSIO: tecido conjuntivo que recobre o músculo inteiro e é contínuo com o tendão FÁSCIA: tecido conjuntivo fibroso de espessura variável que recobre o músculo e o liga à pele EFEITO DA DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS Quanto MAIOR a fibra muscular do músculo, maior a AMPLITUDE DO MOVIMENTO A FORÇA do músculo depende do NÚMERO de fibras musculares que ele contém. TIPOS DE FUNÇÕES MUSCULARES AGONISTAS: agentes principais na execução do movimento ANTAGONISTAS: são aqueles que possuem ação anatômica oposta a dos agonistas, seja para regular a rapidez ou a potência desta ação A classificação entre músculo agonista e antagonista depende do MOVIMENTO analisado → classificação relativa SINERGISTAS: conceituados como sendo os músculos que se contraem ao mesmo tempo dos agonistas, porém não são considerados os principais responsáveis pelo movimento e postura → “coadjuvantes” que realizam funções similares ao do agonista FIXADOR: fixam um segmento do corpo para permitir apoio básico nos movimentos executados por outros músculos TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULARES CONTRAÇÃO ISOTÔNICA: a tensão desenvolvida pelo músculo permanece quase constante, enquanto o músculo muda seu comprimento - são usadas para movimentos corporais e para mover objetos - contração isotônica concêntrica: se a tensão gerada for grande o suficiente para superar a resistência do objeto a ser movido, o músculo se encurta e traciona seu tendão para produzir movimento e reduzir o ângulo da articulação - contração isotônica excêntrica: quando o comprimento de um músculo aumenta durante a contração; a tensão exercida pelas ligações cruzadas de miosina resiste ao movimento da carga e diminui o processo de alongamento CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA: a tensão gerada não é suficiente para superar a resistência do objeto a ser movido e o músculo não altera seu comprimento - contrações importantes para manutenção da postura e a sustentação de objetos em uma posição fixa - contrações isométricas são importantes porque estabilizam algumas articulações enquanto outras estão sendo movidas → a maioria das atividades inclui contrações tanto isotônicas quanto isométricas - RELAÇÕES CLÍNICAS HIPOTROFIA MUSCULAR HIPERTROFIA MUSCULAR Síndrome do imobilismo, sarcopenia, distrofia muscular, distúrbio do crescimento, envelhecimento, fibromialgia, fraturas, lesões neurológicas centrais e periféricas, neoplasias, osteoartrose, tendinopatias e miopatias Adaptação resultante do treinamento de força, devido à maior concentração de proteína contrátil no interior das fibras musculares - TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
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