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tema 4 historia da educação

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Projeto de Educação Iluminista
Definição
Neste tema, estudaremos as características do pensamento iluminista e sua repercussão na Europa e na América, especialmente no que se refere à Educação. Também conheceremos como o Iluminismo influenciou a Reforma Pombalina e seu consequente impacto na Educação. Por fim, identificaremos as principais mudanças sociais e, consequentemente, educacionais que o Brasil passou com a chegada da família real portuguesa.
Propósito
Este tema tem como finalidade a compreensão do processo histórico que fundou a educação pública a partir do Iluminismo. Compreender a estrutura educacional brasileira, na forma como foi instituída ao longo de nossa história, torna-se essencial para aquele que quer entender a educação contemporânea. Somente sobre estas bases é possível assumir uma postura efetivamente crítica e produtiva na ação docente.
Objetivos
· Módulo 1
Identificar as premissas do pensamento iluminista
· Módulo 2
Reconhecer os impactos do Iluminismo na Educação com destaque para a Reforma Pombalina
· Módulo 3
Descrever o processo de modernização da Educação implementado pela família real portuguesa
1º Módulo - Identificar as premissas do pensamento iluminista
O pensamento iluminista
A Idade Contemporânea, na qual vivemos, começa com uma série de eventos que podem ser resumidos nas revoluções no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial Inglesa, Revolução Francesa e Revolução Americana. Mas, além dessas, outra revolução foi fundamental naquele momento e afetou diretamente a Educação: o Iluminismo!
O Iluminismo foi um movimento intelectual francês do século XVIII, denominado também de “Esclarecimento”. Esse movimento foi liderado por filósofos e políticos, que pregavam a necessidade de se “trazer luz/ esclarecimento” à sociedade, combatendo, especificamente, o absolutismo e a religião, entendidos como entraves ao livre pensar. O Iluminismo teve a sua maior representação na Revolução Francesa (1789), mas já havia expandido suas ideias na Europa bem antes disso.
Em qual contexto o Iluminismo se estabeleceu?
No século XVI, período conhecido como Antigo Regime, um acordo de governo foi estabelecido entre a burguesia e a nobreza. Nesse acordo, a Igreja era a base ideológica, responsável por legitimar o poder do rei e por educar os burgueses sobre a ordem natural do mundo. Nesse contexto, por um lado, o rei era visto como uma figura divina e ungida por Deus; por outro, era responsável pela manutenção da ordem e da lei, fazendo justiça e guerra, quando necessário.
A ilustração de Luís XVI e Maria Antonieta com o povo de Paris ilustra essa visão da divindade do rei. Observe que, à frente deles, está o povo junto com anjos ajoelhados e, por trás de Luís XVI e Maria Antonieta, há uma cruz, caracterizando o poder divino concedido ao rei.
Desde o Humanismo, o pensamento racionalista instaurou-se buscando superar o regime anterior, apresentando a razão humana como única necessária e capaz de dar aos homens condições plenas de vida. No século XVIII, o Iluminismo manifestou esse racionalismo de forma radical.
Um exemplo concreto ocorreu na França, que passava por uma grande crise política, inflamando o povo contra o absolutismo do rei Luiz XVI, que foi deposto durante a Revolução Francesa e executado no ano seguinte. Observe, na ilustração, uma representação do momento em que Luís XVI foi preso.
Como vimos, o Iluminismo atingiu seu apogeu na luta contra a monarquia absolutista durante a Revolução Francesa, que tinha como lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Nesse contexto dois elementos se destacam:
Valorização da razão como único guia dos desejos e vontades iluministas
Kant, filósofo alemão, contemporâneo àquele movimento, chega a afirmar que, até aquele momento, as pessoas viviam como que em uma “infância da racionalidade”. Ou seja, não haviam chegado à maturidade do conhecimento humano.
Iluminismo
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
Caracteriza a fundação das ideias iluministas, pois acreditava estabelecer leis gerais que protegeriam todo homem de qualquer forma de exploração social; especialmente de um governo absolutista, como aquele que seria destituído pela Revolução Francesa. Essa declaração inspirará a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada na ONU, em 1948.
O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que o pensamento religioso era equivocado e obscuro. Por isso, o século XVIII ficou conhecido como o Século das Luzes. Foi nesse período que ocorreu o apogeu da razão, que combatia o teocentrismo da Idade Média. Nesse sentido, cabia à razão – e somente a ela – responder as indagações humanas. Qualquer outra concepção, inclusive advinda da Teologia, atrapalhava o desenvolvimento da humanidade.
O Iluminismo, então, colocou o homem como centro do universo.
Essa exaltação à razão convidava ao desprezo de qualquer outra forma explicativa ou especulativa da verdade. Nesse sentido, somente através da razão seria possível chegar ao conhecimento verdadeiro. É nesse contexto que a ciência racional se estabelece, tendo como base o antropocentrismo. O pensamento, então, era de que no homem, pelo homem, com o homem e somente nele estava a possibilidade de progresso, que aconteceria pela valorização exclusiva da razão.
Apesar de ter sido construído no período do Renascimento, o desenho “O homem Vitruviano” de Leonardo da Vinci ilustra bem essa concepção do homem como centro de tudo. Observe:
O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci.
Principais representantes do iluminismo
Perceba que o Iluminismo influenciou de forma significativa a sociedade, promovendo mudanças políticas, econômicas e sociais. No entanto, apesar de trazer um discurso de liberdade e de garantia de direitos, muitas das práticas dos iluministas eram contraditórias. Dentre essas incoerências internas, podemos destacar:
O rei Luiz XVI e a rainha Maria Antonieta foram guilhotinados em praça pública em 1793.
Apesar do artigo 11 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Art. 11º. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.”
Dezesseis religiosas carmelitas de Compiègne foram guilhotinadas em 1794.
Apesar do artigo 10 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.”
O príncipe Delfim, filho de Luiz XVI e Maria Antonieta, morreu desnutrido e doente, em um calabouço, aos dez anos, em 1795.
Apesar do artigo 8 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.”
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2º Módulo - Reconhecer os impactos do Iluminismo na Educação com destaque para a Reforma Pombalina
A influência do Iluminismo na Educação
Como vimos, o Iluminismo transformou a sociedade de maneira significativa, afetando diretamente a Educação. Nesse campo, o propósito era romper drasticamente com o modelo de educação tradicional anterior (monárquico, religioso), denominado pelos iluministas de obscuro e oposto à verdade. Veja o que disse o iluminista Condorcet a esse respeito:
Seja que se trate de corpos de ordens monásticas, de congregações semimonásticas, de universidades, de simples corporações, o perigo é o mesmo. A instrução que eles irão ministrar terá sempre por objetivo, não o progresso das luzes, mas o aumento de seu poder. Não de ensinar a verdade, mas de perpetuar os preconceitos úteis a suas ambições, as opiniões servem a sua vontade.”
(CONDORCET apud PRIOZZI: 2016, p. 340)
De maneira prática, quais foram as mudanças que o Iluminismo trouxe para a Educação?
Para compreender esse processode mudança, trouxemos o modelo de ensino proposto por marquês de Pombal. Mas, antes, vamos entender em qual contexto essa mudança se desencadeou.
Estamos em Portugal, país que também foi alcançado pelos ideais iluministas.
Como em outras monarquias, o rei D. José I temia perder o seu trono em decorrência do grande avanço do Iluminismo.
Como forma de evitar a perda do trono, D. José I nomeou Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal (defensor das ideias iluministas), como o seu primeiro ministro, desenvolvendo, assim, o chamado Despotismo Esclarecido. A principal missão de Pombal era reformar o governo português e adequá-lo aos ideais iluministas.
Pombal, como defensor do Iluminismo, era contrário aos Jesuítas. Assim, traçou um plano para acabar com a Companhia de Jesus e expulsá-los de Portugal. Como estratégia, convenceu o rei D. José I de que o atentado que o mesmo havia sofrido teria sido planejado pela família da marquesa e pelos jesuítas.
O rei, então, elaborou o decreto régio de setembro de 1759, ordenando a expulsão dos religiosos da Companhia de Jesus que estivessem em seus domínios continentais e ultramarinos.
“Conta a história que o rei José I sofreu um atentado quando voltava da casa da marquesa de Távora, com quem mantinha uma relação amorosa. Quando a família Távora tomou conhecimento da relação dos dois, uniu-se ao Duque de Aveiro para planejar um atentado a D. José I, que não foi bem sucedido. O processo de investigação transcorreu em sigilo até que em uma madrugada de dezembro os Távoras foram presos. No dia 12 de janeiro de 1759 saiu a sentença que os condenava pelo crime de traição e rebelião contra o rei. Todos foram executados.”
Com a expulsão dos jesuítas, o que mudou?
Com a expulsão dos jesuítas, não só em Portugal, mas em todas as suas colônias, inclusive no Brasil, houve mudanças significativas, principalmente no campo da Educação. Isso, em decorrência do fato de que todo o sistema de ensino da época era jesuíta. Elencamos, a seguir, as principais consequências da expulsão dos jesuítas no campo da Educação:
· Grandes prejuízos para os aldeamentos indígenas;
· Eliminação dos métodos de ensino;
· Agressão à identidade jesuítica em suas comunidades religiosas;
· Proibição do exercício do ministério sacerdotal;
· Proibição de 271 missões em todo o mundo;
· Permanência da Companhia de Jesus como oculta e inativa durante 41 anos.
Reforma educacional de marquês de Pombal
Após a expulsão dos jesuítas, marquês de Pombal precisou criar um novo modelo de ensino, tendo como base os ideais iluministas. Seu principal objetivo era formar uma elite econômica portuguesa preparada para o comércio. Para isso, ele criou a Escola de Comércio e a Escola Náutica, nas quais se aprendia caligrafia, contabilidade, escritura comercial e línguas modernas. Assim, a estrutura deixada pelo sistema único de educação dos jesuítas foi destruída pela reforma educacional de Pombal.
No dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão das escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias. Também criou as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, oferecendo um esquema completamente diferente do que era oferecido pela pedagogia jesuítica. Estabelece-se, assim, a Educação Pública, que, vale destacar, naquele momento, não correspondia a uma educação direcionada a todas as pessoas, mas a uma educação que é mantida pelo governo, ou seja, marquês de Pombal estruturou um modelo de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias.
Quais são os principais pontos da reforma educacional de marquês de Pombal?
A reforma educacional empreendida por Pombal, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, se baseou nos seguintes aspectos:
· Criação das aulas régias gratuitas de Gramática latina, Grego e Retórica, junto com o decreto que expulsou os jesuítas.
· Centralização do ensino com a criação do cargo de diretor-geral dos estudos, que tinha a função de fazer cumprir as disposições do diploma, ficando a ele subordinados todos os professores régios das disciplinas citadas.
· Estabelecimento de cadeiras de retórica e dos chamados Estudos Menores, que incluíam, também, o estudo de Filosofia com quatro professores: um para Lisboa, um para Coimbra, um para Évora e um para o Porto.
· Estabelecimento da educação laica, definida como responsabilidade do governo. Assim, a Educação passou a ser controlada pelo Estado, com currículo centralizado.
· Ensino feito exclusivamente em português, mesmo para os índios, aos quais era oferecido na língua tupy pelos jesuítas.
· Instituição do subsídio literário, uma espécie de imposto, para gerar recursos para o pagamento dos professores.
Para atender a essa nova demanda, diversos professores foram nomeados. Aqueles que foram direcionados para atuar no Brasil provavelmente não tinham a formação específica para lecionar na área a qual foram designados. Apesar do esforço de marquês de Pombal, houve inúmeras perdas com o desmantelamento de um aparato educativo que já funcionava há mais de duzentos anos, que era o modelo de educação jesuíta. Um exemplo que ilustra essa perda é o fato de que as aulas régias, isoladamente, não conseguiram suprir o conjunto de aulas e disciplinas que eram aplicadas pelos jesuítas. Sobre isso, reflita:
Será que o modelo de educação jesuítica de fato era tão danoso para a sociedade?
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3º Módulo - Descrever o processo de modernização da Educação implementado pela família real portuguesa
A modernização da Educação
A estrutura educacional instituída pelo marquês de Pombal, posteriormente, foi modernizada com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Mas, antes de abordarmos essa mudança na Educação, vamos entender o que motivou a vinda da família real ao território brasileiro.
O ano é 1799
“A tradição de coroação dos imperadores determinava que o imperador deveria se ajoelhar diante do representante da igreja, que colocaria a coroa em sua cabeça. Essa ação, mostrava que o imperador estava em uma posição de submissão ao poder religioso. Napoleão Bonaparte, em sua coroação, mudou essa tradição. Não permitiu que o papa Pio VII colocasse a coroa sobre a sua cabeça. Antes, decidiu que se coroaria imperador da França. Com essa atitude, Napoleão, influenciado pelos ideais iluministas, estava dizendo que o seu poder estava acima da Igreja.”
A primeira medida de D. João VI ao chegar ao Brasil foi a abertura dos portos às nações amigas. Essa atitude foi de crucial importância para reverter a condição do Brasil de colônia de Portugal, pois rompeu com o monopólio comercial da metrópole portuguesa até então existente. A partir de então, todos os países poderiam negociar livremente em portos brasileiros. Ao retornar a Portugal em 1821, D. João deixa seu filho D. Pedro no comando do Brasil. Em 1822, D. Pedro assume o governo brasileiro, agora como D. Pedro I. Sua breve administração se encerra em 1831, quando abdica do trono. Como sucessor, ele deixou seu filho, D. Pedro II, que ainda era uma criança. Inicia-se, assim, o Período Regencial no Brasil. Considerando esses três períodos – Período Joanino (1808 - 1821), Primeiro Reinado (D. Pedro I) e Período Regencial (1831 - 1840) - elencamos, a seguir, algumas mudanças implementadas nos âmbitos social, político e econômico, e na Educação.
Período Joanino
Criação da Imprensa Régia
A importação de máquinas permitiu, pela primeira vez, a impressão oficial e a circulação de ideias na corte do Rio de Janeiro. No mesmo ano, surgiu o primeiro jornal impresso no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro.
Criação do Jardim Botânico
A extensa variedade de exemplares da flora tropical atraiu uma série de pesquisadores e estudiosos estrangeiros.
Criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes trazidos nos navios
Essa biblioteca daria origem à futura Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro, uma das maiores do mundo.
Criação das escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro
Essas escolas foram criadas como objetivo de atender às necessidades de instrução dos filhos da nobreza e da aristocracia brasileira. Até então, uma colônia não poderia ter cursos de educação superior. A criação dessas escolas foi um dos marcos do processo de desenvolvimento de uma identidade própria do Brasil. Esse processo se estendeu até 1810.
Missão cultural francesa
Teve como principal destaque o artista Jean Baptiste Debret, que, em suas telas, retratou modos e costumes da vida urbana da cidade do Rio de Janeiro.
Criação do Museu Real
O acervo do museu, mais tarde, daria origem ao Museu Nacional.
Primeiro Reinado
Constituinte de 1823 é dissolvida
O imperador decidiu dissolver a constituinte de 1823, entre outras razões, por apresentar um projeto de constituição em que as ideias liberais eram predominantes, o que limitava o poder do imperador.
Primeira constituição do Brasil
A outorga da primeira Constituição do Brasil pode ser entendida como um ato autoritário e conservador por parte de D. Pedro I e do grupo de portugueses que o apoiava.
Proposta de adoção do método Lancaster em escolas primárias
Esse foi o primeiro método oficial de ensino implementado no Brasil, que marca o início da descolonização e da instituição do Estado nacional. Nesse ano, também foram criados dois cursos jurídicos, em São Paulo e no Recife. Além disso, ocorreu a transformação de alguns cursos superiores em faculdades isoladas.
Período Regencial
Ato adicional
Em pleno período regencial, ocorreu uma reforma na constituição que deixou marcas na Educação. O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o secundário e a formação de professores seriam responsabilidade das províncias. O Ensino Superior ficaria a cargo do poder central. Oficializou-se a descentralização do ensino.
Primeira escola normal
Em Niterói, então província do Rio de Janeiro, é fundada a primeira escola normal do país. Em seguida, surgiram as escolas normais de Minas Gerais.
Escola normal da Bahia
Nesse ano, ocorreu a fundação da escola normal na Bahia.
Definição do Pedro II como escola modelo
O colégio Pedro II passou a ser o estabelecimento-modelo do estudo secundário. A suposta descentralização de 1834 foi desrespeitada com a criação da escola pelo regente Araújo Lima para atender aos filhos daqueles que faziam parte da elite intelectual do país.
Saiba mais
No Segundo Reinado (1840-1889), no governo do imperador D. Pedro II, as mudanças seguiram inexpressivas. Para saber qual era o cenário educacional desse período, leia o texto “A educação de D. Pedro II, imperador do Brasil” de Marli Quintanilha e Celina Murasse.
Como você percebeu, mesmo depois da Abdicação de D. Pedro I (1834), o Período Regencial continuou realizando mudanças no cenário educacional brasileiro. No entanto, apesar dessas medidas terem representado uma modernização da estrutura educacional implementada por Pombal, as mudanças ocorridas não atenderam às reais necessidades da população brasileira. Mesmo no Segundo Reinado (1840-1889), governado pelo Imperador D. Pedro II, as medidas no campo educacional foram inexpressivas. Isso mostra que, em quase 400 anos de história, não havia sido criada no país uma estrutura escolar sólida que permitisse à população plena formação e, consequentemente, fornecesse condições de um desenvolvimento que atendesse a todos os cidadãos.
Quais foram as instituições criadas nesses períodos que resistiram a todas essas mudanças de governo, durando até os dias de hoje?
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Considerações Finais
Como vimos, o projeto de educação iluminista nasceu no contexto das transformações ideológicas (Iluminismo), econômicas e de produção (Revolução Industrial), políticas e sociais (Revolução Francesa), que marcaram o fim do século XVIII, dando origem à Idade Contemporânea. Tendo como principal objetivo o combate ao modelo educacional anterior, baseado na autoridade religiosa e sob tutela da monarquia, esse projeto trouxe uma proposta de educação laica e pública.
O Estado, a partir de então, assumiria a responsabilidade de educar o cidadão, tendo como base a chamada “razão iluminista”. Eles tinham como objetivo formar plenamente o homem contemporâneo a partir da construção de um conhecimento baseado fortemente em princípios científicos e longe de qualquer influência religiosa. Esse projeto de Educação, no entanto, não conseguiu oferecer à população brasileira a educação necessária para uma formação efetiva. Foi necessário esperar um pouco mais para que essa proposta de uma educação efetiva começasse a ser delineada.
Conquistas adquiridas
· Habilidade de identificar as premissas do pensamento iluminista.
· Capacidade de reconhecer os impactos do Iluminismo na Educação com destaque para a Reforma Pombalina.
· Capacidade de descrever o processo de modernização da Educação implementado pela família real portuguesa.
Referências
AZEVEDO, Fernando. O sentido da educação colonial. In: A cultura brasileira. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1943.
FERRARI, Márcio. Condorcet, a luz da Revolução Francesa na escola. Disponível em: https ://novaescola .org .br /conteudo /1734 /condorcet -a -luz -da -revolucao -francesa -na -escola. Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Immanuel Kant. Disponível em: https ://www .ebiografia .com /immanuel_kant /. Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Jean-Baptiste Debret. Disponível em: https ://www .ebiografia .com /jean_baptiste_debret /. Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Leonardo da Vinci. Disponível em: https ://www .ebiografia .com /leonardo_vinci /. Acesso em: 30 jan. 2020.
FRAZÃO, Dilva. Luís XVI da França. Disponível em: https ://www .ebiografia .com /luis_xvi_da_franca /. Acesso em: 30 jan. 2020.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é o Iluminismo. In: KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1995.
LE FORT, G. A última do cadafalso. Petrópolis: Vozes, 1988.
PRIOZZI, P. Rousseau e Condorcet: educação pública versus educação estatal. Educação e Sociedade. Campinas, v. 37, nº. 135, p.337-348, abr.-jun., 2016.
SOËTARD, M. Jean-Jacques Rousseau. Recife: Massangana, 2010.
ROUSSEAU, J. Emílio ou da educação. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
TRIGUEIROS, A. O negócio jesuítico e o papel da política regalista portuguesa. In: Revista Brotéria. v. 169, 2009. p. 149-168. Disponível em: https ://www .broteria .pt /?detail =1 &books_id =341. Acesso em: 25 nov. 2019.
Explore mais
· Notas sobre o Iluminismo na escola, de Ana Paula Rosendo
· A introdução do método Lancaster no Brasil: História e Historiografia, de André Paulo Castanha
· Contextos, práticas e instituições: o Ensino Secundário e a organização de repertórios pedagógicos no Segundo Reinado, de Carlos Eduardo Dias Souza.
· Resposta à pergunta: “O que é o Iluminismo?”, de I. Kant.
· Quem foi Marquês de Pombal?
Conteudistas
Joana Darc Venanc
io - Currículo Lattes
Antonio Sergio Giacomo Macedo - Currículo Lattes
Projeto de Educação Iluminista
 
Definição
 
Neste tema, estudaremos as características do pensamento iluminista e sua repercussão na 
Europa e na América, especialmente no que se refere à Educação. Também conheceremos 
como o Iluminismo influenciou a 
Reforma Pombalina e seu consequente impacto na 
Educação. Por fim, identificaremos as principais mudanças sociais e, consequentemente, 
educacionais que o Brasil passou com a chegada da família real portuguesa.
 
Propósito
 
Este tema tem como finalidade a compr
eensão do processo histórico que fundou a 
educação pública a partir do Iluminismo. Compreender a estrutura educacional brasileira, na 
forma como foi instituída ao longo de nossa história, torna
-
se essencial para aquele que quer 
entender a educação contempo
rânea. Somente sobre estas bases é possível assumir uma 
postura efetivamente crítica e produtiva na ação docente.
 
Objetivos
 
·
 
Módulo 1
 
Identificar as premissas do pensamento iluminista
 
·
 
Módulo 2
 
Reconhecer os impactos do Iluminismo na Educação com 
destaque para a ReformaPombalina
 
·
 
Módulo 3
 
Descrever o processo de modernização da Educação implementado pela família 
real portuguesa
 
1º Módulo 
-
 
Identificar as
 
premissas do pensamento iluminista
 
O pensamento iluminista
 
 
A
 
Idade Contemporânea
, na qual 
vivemos, começa com uma série de eventos que podem 
ser resumidos nas
 
revoluções no fim do século XVIII
, que são:
 
Revolução Industrial 
Inglesa, Revolução Francesa e Revolução Amer
icana
. Mas, além dessas, outra 
revolução foi fundamental naquele momento e afetou diretamente a
 
Educação
: 
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Iluminismo
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O Iluminismo foi
 
um movimento intelectual francês do século XVIII
, denominado 
também de
 
“Esclarecimento”
. Esse movimento foi liderado po
r filósofos e políticos, que 
pregavam a necessidade de se “
trazer luz/ esclarecimento
” à sociedade, combatendo, 
especificamente, o
 
absolutismo
 
e a
 
religião
, entendidos como 
entraves ao livre pensar. O 
Iluminismo teve a sua maior representação na
 
Revolução Francesa
 
(1789), mas já havia 
expandido suas ideias na Europa bem antes disso.
 
Projeto de Educação Iluminista 
Definição 
Neste tema, estudaremos as características do pensamento iluminista e sua repercussão na 
Europa e na América, especialmente no que se refere à Educação. Também conheceremos 
como o Iluminismo influenciou a Reforma Pombalina e seu consequente impacto na 
Educação. Por fim, identificaremos as principais mudanças sociais e, consequentemente, 
educacionais que o Brasil passou com a chegada da família real portuguesa. 
Propósito 
Este tema tem como finalidade a compreensão do processo histórico que fundou a 
educação pública a partir do Iluminismo. Compreender a estrutura educacional brasileira, na 
forma como foi instituída ao longo de nossa história, torna-se essencial para aquele que quer 
entender a educação contemporânea. Somente sobre estas bases é possível assumir uma 
postura efetivamente crítica e produtiva na ação docente. 
Objetivos 
 Módulo 1 
Identificar as premissas do pensamento iluminista 
 Módulo 2 
Reconhecer os impactos do Iluminismo na Educação com destaque para a Reforma 
Pombalina 
 Módulo 3 
Descrever o processo de modernização da Educação implementado pela família 
real portuguesa 
1º Módulo - Identificar as premissas do pensamento iluminista 
O pensamento iluminista 
 
A Idade Contemporânea, na qual vivemos, começa com uma série de eventos que podem 
ser resumidos nas revoluções no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial 
Inglesa, Revolução Francesa e Revolução Americana. Mas, além dessas, outra 
revolução foi fundamental naquele momento e afetou diretamente a Educação: 
o Iluminismo! 
O Iluminismo foi um movimento intelectual francês do século XVIII, denominado 
também de “Esclarecimento”. Esse movimento foi liderado por filósofos e políticos, que 
pregavam a necessidade de se “trazer luz/ esclarecimento” à sociedade, combatendo, 
especificamente, o absolutismo e a religião, entendidos como entraves ao livre pensar. O 
Iluminismo teve a sua maior representação na Revolução Francesa (1789), mas já havia 
expandido suas ideias na Europa bem antes disso.

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