Buscar

01_drenagem_corporal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
 
Drenagem Linfática Corporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
Drenagem Linfática Corporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. Tecido epitelial 
1.1 Epitélio de revestimento 
1.2 Epitélio glandular 
2. Tecido conjuntivo 
2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito 
2.2 Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
2.3 Substância fundamental amorfa 
2.4 Fibras do tecido conjuntivo 
2.4.1 Fibras colágenas 
2.4.2 Fibras reticulares 
2.4.3 Fibras elásticas 
2.5 Células próprias do tecido conjuntivo 
3. Sistema tegumentar 
3.1 Pele 
3.1.1 Epiderme 
3.1.2 Derme 
3.2 Hipoderme (tela subcutânea) 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
3.3 Anexos da pele 
3.4 Funções do sistema tegumentar 
3.5 Propriedades do sistema tegumentar 
4. Sistema linfático 
4.1 Órgãos linfóides 
4.2 Linfa 
4.3 Topografia do sistema linfático 
4.3.1 Capilares linfáticos 
4.3.2 Pré-coletores linfáticos 
4.3.3 Coletores linfáticos 
4.3.4 Troncos linfáticos 
4.3.5 Linfonodos (gânglios ou nodos linfáticos) 
4.4 Circulação linfática 
4.5 Anatomia dos linfáticos 
5. Edema 
5.1 Fisiopatologia do edema 
5.1.1 Aumento da pressão hidrostática 
5.1.2 Redução da pressão oncótica 
5.1.3 Aumento da permeabilidade capilar 
5.1.4 Obstrução da drenagem linfática 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
5.1.5 Aumento da pressão coloidosmótica do líquido intersticial 
6. Linfedema 
7. Glossário 
 
02_Drenagem Linfatica Corporal 
1. A massagem terapêutica 
2. A drenagem linfática manual 
2.1 Histórico 
2.2 Conceitos gerais 
2.3 Efeitos da drenagem linfática manual 
2.4 Indicações 
2.5 Contra-indicações 
2.6 Componentes da drenagem linfática manual 
2.6.1 Pressão 
2.6.2 Direção 
2.6.3 Ritmo e freqüência 
2.6.4 Repetição 
2.6.5 Etapas 
2.6.6 Caminho 
2.6.7 Tempo 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
2.6.8 Produtos 
2.6.9 Manobras de evacuação 
2.6.10 Manobras de captação 
3. A drenagem linfática reversa 
4. Medidas complementares para o tratamento do linfedema 
5. Avaliação físico-funcional para realização da drenagem linfática 
5.1 Anamnese 
5.2 Exame Físico 
5.3 Perimetria 
5.4 Volumetria 
5.5 Modelo de protocolo de avaliação físico-funcional 
6. Glossário 
 
03_Drenagem Linfática Corporal 
1. Requisitos para a massagem de drenagem linfática manual 
1.1 Autopreparação 
1.2 Relaxamento 
1.3 O ambiente 
1.4 Palpação e desenvolvimento da percepção sensorial 
1.5 Exame do paciente a cada atendimento 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
1.6 Preparação do paciente 
2. Técnicas de drenagem linfática manual 
2.1 Principais manobras da DLM segundo o método Leduc 
2.2 Principais manobras da DLM segundo o método Vodder 
2.3 Método Ganância 
2.4 Método Godoy 
3. Seqüência de manobras de drenagem linfática manual corporal 
3.1 Drenagem da mama 
3.2 Drenagem dos membros superiores 
3.3 Drenagem do abdômen 
3.4 Drenagem da região glútea 
3.5 Drenagem dos membros inferiores 
3.6 Drenagem da região dorsal 
4. Glossário 
 
04_Drenagem Linfática Corporal 
1. Pressoterapia 
1.1 Efeitos fisiológicos 
1.2 Indicações 
1.3 Contra-indicações 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
1.4 Técnicas de aplicação 
1.4.1 Pressão de insuflação 
1.4.2 Tempo ligado e desligado 
1.4.3 Tempo total de tratamento 
1.5 Precauções 
2. Depressodrenagem linfática (dermotonia) 
2.1 Efeitos fisiológicos 
2.2 Indicações 
2.3 Contra-indicações 
2.4 Técnicas de aplicação 
3. Drenagem linfática seqüencial (eletroestimulação russa) 
3.1 Conceitos de eletroestimulação 
3.2 Efeitos fisiológicos 
3.3 Indicações 
3.4 Contra-indicações 
3.5 Técnicas de aplicação 
3.6 Precauções 
4. Glossário 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
 
1. Tecido epitelial 
O tecido epitelial, também denominado epitélio é um dos quatro tipos de 
tecidos básicos no nosso organismo, juntamente com os tecidos conjuntivo, 
muscular e nervoso. É formado por células justapostas com pouca substância 
intercelular entre elas. Esse tecido é avascular, sendo a nutrição de suas células 
feita a partir do tecido conjuntivo adjacente, por difusão, através da membrana basal. 
Esta membrana promove a adesão entre os tecidos, permitindo, contudo, a difusão 
de alimentos, catabólitos e oxigênio. Os epitélios são inervados, recebendo 
terminações nervosas livres que formam uma rica rede intra-epitelial. 
 
Figura 01 – Tecido epitelial 
 
Fonte: WIKIPÉDIA, 2008. 
 
 
O tecido epitelial pode ser classificado em duas categorias: epitélio de 
revestimento e epitélio glandular. 
 
1.1 Epitélio de revestimento 
O tecido epitelial de revestimento (ou proteção) é o revestimento externo 
do corpo, que cobre todos os tipos de cavidades. Quando os epitélios são formados 
por uma só camada de células, são classificados como epitélios simples ou 
uniestratificados. Já os epitélios formados por mais de uma camada de células são 
chamadas estratificados. Existem ainda epitélios que, apesar de formados por uma 
única camada celular, têm células de diferentes alturas, o que dá a impressão de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_muscular�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervoso�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
serem estratificados. Por isso, eles costumam ser denominados 
pseudoestratificados. 
Quanto à forma das células, os epitélios podem ser classificados em 
pavimentosos, quando as células são achatadas como ladrilhos; cúbicos, quando 
as células têm a forma de cubo; ou prismáticos, quando as células são alongadas, 
em forma de coluna. No epitélio que reveste a bexiga, a forma das células é 
originalmente cúbica, mas elas se tornam achatadas quando submetidas ao 
estiramento causado pela dilatação do órgão. Por isso, esse tipo de epitélio é 
denominado, epitélio de transição. 
 
1.2 Epitélio glandular 
 
Conjunto de células especializadas cuja função é a produção e liberação de 
secreção. As células secretoras são denominadas parênquima e o tecido conjuntivo 
no interior da glândula é denominado estroma. O estroma sustenta também vasos 
sangüíneos, linfáticos e nervos. 
As moléculas a serem secretadas geralmente são armazenadas nas células 
em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas grânulos de 
secreção. As células epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar 
proteínas, lipídios ou complexos de carboidratos e proteínas. 
Existem parâmetros para classificar os diferentes tipos glandulares, como o 
número de células e o local onde a secreção é lançada. 
Quanto à organização das células, as glândulas podem ser unicelulares 
(a secreção é realizada por células especializadas. Espalhadas entre outras células 
não-secretoras) ou multicelulares (
Quanto ao local em que a secreção é lançada, as glândulas podem ser 
classificadas como e
a secreção é realizada por um conjunto de 
células). 
ndócrinas (glândulas sem ductos em que a secreção é lançada 
na corrente sangüínea e é distribuída para todo o corpo. A secreção endócrina é a 
secreção de hormônios, que atuam em locais distantes de onde foram produzidos); 
ou exócrinas (glândulas com ducto excretor que transportam a secreção glandular 
para a superfície do corpo ou para o interior de um órgão). 
Quanto à função as glândulas podem ser:http://acd.ufrj.br/labhac/secretamensageiros.htm�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
- holócrinas quando as células são eliminadas juntamente com os produtos 
de secreção. As células eliminadas são substituídas a partir de células-fonte 
existentes na glândula; 
- apócrinas, quando as células eliminam, juntamente com os produtos de 
secreção, parte do citoplasma no qual a secreção fica acumulada; ou 
- merócrinas, quando as células eliminam somente o produto de secreção, 
permanecendo o restante da célula intacto. 
 
2. Tecido conjuntivo 
Ao contrário dos epitélios, os tecidos conjuntivos caracterizam-se por 
apresentar elevada quantidade de substância intercelular. As células que constituem 
esses tecidos possuem formas e funções bastante variadas. Trata-se, portanto, de 
um tecido com diversas especializações. Entre suas funções estão: preenchimento, 
estabelecimento de conexão entre os diversos tipos de tecidos ou órgãos, 
sustentação (osso e cartilagem), transporte de substâncias (sangue) e auxílio na 
defesa orgânica (glóbulos brancos). 
Pode ser dividido em: 
 
 
Figura 02 – Tecido conjuntivo 
 
Fonte: UFBA, 2008. 
 
 
2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito 
O tecido conjuntivo propriamente dito é, dos tecidos conjuntivos, o menos 
diferenciado e o mais genérico, preenchendo todos os espaços entre os tecidos 
restantes. Logo, está presente em todos os órgãos, e abaixo da derme, 
estabelecendo a ligação entre eles. Permite igualmente o transporte de metabólitos 
e participa na defesa do organismo. É constituído por vários tipos de células que 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
encontram-se imersas em uma substância intercelular, designada como matriz 
extracelular. 
Pode ser classificado como frouxo (tecido de consistência delicada, flexível 
e pouco resistente às trações) ou denso (com predominância acentuada de fibras 
colágenas. Os conjuntivos densos podem ser irregulares, com feixes colágenos em 
trama tridimensional, conferindo ao tecido, resistência às trações em qualquer 
direção ou regulares, com feixes colágenos seguindo uma organização fixa, em 
respostas a trações exercidas em um mesmo sentido, como por exemplo, nos 
tendões). 
 
2.2 Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
 
Enquadram-se neste grupo os tecidos adiposo, elástico, reticular, 
mucoso, cartilaginoso e ósseo. 
O tecido adiposo apresenta células adiposas (adipócitos), que armazenam 
gordura. Estas células possuem um vacúolo central (pode aumentar ou diminuir de 
acordo com o metabolismo do indivíduo). A quantidade de gordura difere nas partes 
do corpo. Suas principais funções são de isolante térmico, de proteção dos órgãos 
contra choques mecânicos e de reserva energética. 
O tecido elástico é formado por fibras elásticas grossas, por fibras 
colágenas finas e por fibroblastos. Também é um tecido pouco freqüente, sendo 
encontrado nos ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. 
O tecido reticular é formado por fibras reticulares e por células reticulares. 
É um tecido muito delicado que forma uma rede para sustentar as células. Encontra-
se nos órgãos que formam as células do sangue (medula óssea). 
O tecido mucoso tem aspecto gelatinoso, e é o principal constituinte do 
cordão umbilical. Também é encontrado na polpa dental jovem. Neste tecido há 
predominância de substância fundamental amorfa e poucas fibras. 
O tecido cartilaginoso é formado por células denominadas condroblastos e 
condrócitos. Os condroblastos produzem grande quantidade de fibras protéicas; 
quando sua atividade metabólica diminui, passam a ser denominados condrócitos. O 
tecido cartilaginoso é desprovido de vasos sanguíneos e de nervos; é nutrido pelo 
tecido conjuntivo denso que o envolve. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
O tecido ósseo é o principal componente dos ossos. É bem mais resistente 
que o cartilaginoso, pois é constituído de uma matriz rígida (formada basicamente 
por fibras colágenas e sais de cálcio), e composto por vários tipos de células; 
osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. 
 
 
2.3 Substância fundamental amorfa 
 
A substância fundamental amorfa ocupa os espaços entre as fibras elásticas 
e colágenas, funcionando como lubrificante para esta microarquitetura móvel. É 
formada pelo fluido intersticial, acido hialurônico e complexos de 
glicosaminoglicanas e proteínas, denominados proteoglicanas e glicoproteínas. 
Caracteriza-se por uma substância incolor, transparente e homogênea que 
representa uma barreira à penetração de partículas estranhas no interior dos 
tecidos. Apresenta-se como um elemento não fibroso da matriz, em que as células e 
outros elementos estão mergulhados. 
 
2.4 Fibras do tecido conjuntivo 
 
São proteínas que se polimerizam formando estruturas alongadas presentes 
em proporções variáveis nos diversos tipos de tecido conjuntivo. Podem ser 
classificadas em três tipos principais: colágenas, reticulares e elásticas. Como as 
fibras colágenas e reticulares são constituídas de colágeno, existem na verdade 
apenas dois tipos de sistemas de fibras: o sistema colágeno e o sistema elástico. 
 
2.4.1 Fibras colágenas 
 
São as fibras mais freqüentes no tecido conjuntivo. São brancas e alongadas 
e têm diâmetro entre 01 e 20um (micrômetro) mostrando uma estriação longitudinal, 
pois são constituídas por fibrilas. São constituídas por colágeno que é uma 
glicoproteína formada principalmente pelo aminoácido glicina. O colágeno é a 
proteína mais abundante do corpo humano, representando 30% das proteínas totais. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
Representa cerca de 70% do peso da pele seca e tem como função fornecer 
resistência e integridade estrutural a diversos órgãos e tecidos. 
Os tipos de colágenos mais freqüentes são: 
- tipo I, que é o mais abundante e representam 90% do total de colágeno do 
organismo, encontrado nos tendões, ligamentos, derme, cápsula de órgãos, tecido 
conjuntivo frouxo, ossos, dentina e outros. É sintetizado pelos fibroblastos, 
odontoblastos e osteoblastos; 
- tipo II é encontrado nas cartilagens: hialina e elástica. É sintetizado pelas 
células cartilaginosas; 
- tipo III forma as fibras reticulares e é produzido pelos fibroblastos e células 
reticulares; 
- tipo IV está presente nas lâminas basais e no tecido epitelial (não faz parte 
do tecido conjuntivo) e é sintetizado pelas células do último; 
- tipo V associa-se ao colágeno do tipo I para formar as fibrilas e é 
sintetizado pelos fibroblastos; e 
- tipo VI, encontrado junto com o colágeno do tipo II e produzido pelos 
condroblastos. 
 
2.4.2 Fibras reticulares 
 
Fibras anastomosadas umas às outras que se dispõem formando uma 
estrutura semelhante a uma rede. Possuem diâmetro de 0,5 a 2 um. São formadas 
por colágeno do tipo III, associado e elevado teor de glicídios. Formam o arcabouço 
dos órgãos hemopoiéticos (baço, linfonodos, medula vermelha...) e redes em torno 
das células musculares e órgãos epiteliais (fígado, glândulas endócrinas). São fibras 
curtas, finas e inelásticas, compostas principalmente por um tipo de colágeno 
denominado reticulina. 
 
 
 
2.4.3 Fibras elásticas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
Fibras delgadas, que se distinguem facilmente dos outros tipos de fibras por 
não apresentar estriações longitudinais. Possuem cor amarelada e são sintetizadas 
por diversas células (condrócitos, fibroblastos e células musculares lisas). Seu 
principal componente é a elastina que é bem mais resistente que o colágeno, mas é 
facilmente hidrolisada pela elastase (enzima pancreática). Essas fibras cedem 
facilmente a trações mínimas, porém retornam rapidamente à sua forma original, tão 
logo cessem as forças deformantes. 
As fibras elásticas são formadas por fibrotúbulos com 10nm de espessura, 
envolvendo uma parte central amorfa (constituída de elastina). O sistema elástico 
apresentaainda as fibras elaunínicas, encontradas na pele (formadas de 
fibrotúbulos e elastina) e as oxitalânicas (só fibrotúbulos) encontradas no ligamento 
periodontal e nos tendões. 
 
2.2 Células próprias do tecido conjuntivo 
 
As células mais comuns do conjuntivo são os fibroblastos, responsáveis 
pela formação das fibras e do material intercelular amorfo. Eles sintetizam colágeno, 
mucopolissacarídeos e fibras elásticas. É dotado de certa mobilidade. Quando 
inativo, o fibroblasto passa a se chamar fibrócito. 
O fibroblasto tem prolongamentos citoplasmáticos, seu núcleo é claro, 
grande, de forma ovóide com a cromatina e nucléolo evidente. É rico em retículos 
endoplasmáticos rugosos e o complexo de Golgi é bem desenvolvido. Já o fibrócito, 
é menor, tende a ser fusiforme com menos prolongamentos. Seu núcleo é menor, 
alongado e escuro; seu citoplasma é acidófilo, deficiente em retículos 
endoplasmáticos rugosos e o complexo de Golgi. Contudo, mediante estímulos de 
cicatrização, o fibrócito reassume aspecto de fibroblasto. Nos adultos, os fibroblastos 
não se dividem com freqüência, entrando em mitose apenas quando há lesão do 
tecido conjuntivo. 
O miofibroblasto é uma célula com características entre o fibroblasto e a 
célula muscular lisa (tem actina e miosina), sendo responsável pelo fechamento das 
feridas. 
 
Figura 03 – Componentes do tecido conjuntivo 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
Fonte: BARLACH, GIANESI e MURA, 2008. 
 
 
Além dos fibroblastos, dentro do tecido conjuntivo há os macrófagos, que 
desempenham papel importante na remoção de elementos intercelulares que se 
formam nos processos involutivos fisiológicos, como o retorno do útero ao tamanho 
original, após a gestação; as células mesenquimatosas indiferenciadas que 
possuem a capacidade de originar qualquer outra célula do tecido conjuntivo; os 
mastócitos; plasmócitos e leucócitos, que atuam nos processos inflamatórios e 
infecciosos; e finalmente os adipócitos que são células derivadas dos 
fibroblastos, que compõem o tecido adiposo e são especializadas no 
armazenamento de gorduras neutras. 
 
 
3. Sistema tegumentar 
O sistema tegumentar é formado pela pele e pela hipoderme (tela 
subcutânea), juntamente com os anexos cutâneos. O tegumento constitui o manto 
contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio 
ambiente. Esse invólucro somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais 
(narinas, boca, olhos, orelha, ânus, vagina e pênis) onde se prolonga pela respectiva 
mucosa. As principais funções do sistema tegumentar são: proteção, regulação da 
temperatura do organismo, excreção, sensibilidade tátil e produção de vitamina D. 
 
 
Figura 04 – Estrutura do sistema tegumentar 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
Fonte: WIKIPÉDIA, 2008. 
 
 
A pele possui uma porção epitelial, a epiderme e uma porção conjuntiva, a 
derme. Abaixo e em continuidade com a derme está a hipoderme (tela 
subcutânea), que embora tenha a mesma morfologia da derme, não faz parte da 
pele, que é formada por apenas duas camadas. A hipoderme serve de suporte da 
derme com os órgãos subjacentes, além de permitir a pele uma considerável 
amplitude de movimento. 
As unhas, pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas constituem os 
anexos cutâneos. A abertura dos folículos pilossebáceos e das glândulas 
sudoríparas na pele formam os orifícios conhecidos como poros. 
 
3.1 Pele 
A pele, cútis ou tez é o órgão de revestimento externo do corpo, 
constituindo o maior órgão do corpo humano e o mais pesado, principal responsável 
pela proteção do organismo. Representa aproximadamente 12% do peso seco total 
do corpo. A pele protege o corpo da perda excessiva de água, do atrito e dos raios 
solares ultravioletas, graças a uma camada de queratina relativamente impermeável 
que recobre a epiderme. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
Também recebe estímulos do ambiente e colabora com mecanismos para 
regular a temperatura corporal, por meio de vasos e glândulas, oferecendo uma 
grande superfície de dispersão calórica e evaporação. A função protetora da pele é 
desempenhada por intermédio da percepção sensorial exercida pelos numerosos 
receptores especializados e terminações nervosas que fazem da pele uma estrutura: 
sensorial, tátil, térmica, dolorosa e de pressão. 
Compõe-se por duas camadas principais: a epiderme, que é a camada 
superficial composta de células epiteliais intimamente unidas e a derme que é a 
camada mais profunda composta por tecido conjuntivo denso e irregular. 
 
3.1.1 Epiderme 
Superfície mais externa da pele, formada por um revestimento de células 
sobrepostas. É constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, de 
origem ectodérmica. A epiderme apresenta ainda três tipos de células: os 
melanócitos, as células de Langerhans e de Merkel. A espessura e a estrutura da 
epiderme variam com o local do corpo, sendo mais espessa e complexa na palma 
da mão e planta do pé. Com essas características, as principais funções do epitélio 
incluem a absorção, difusão, excreção, filtração, secreção e proteção. É formada por 
quatro camadas: 
A camada córnea é a mais superficial. Embora seja de pequena espessura, 
sua capacidade de retenção hídrica conserva a superfície da pele macia. Essa 
camada forma uma cobertura ao redor de toda a superfície do corpo e protege o 
organismo contra a invasão de vários tipos de agressores do meio externo. As 
células mais superficiais são continuamente eliminadas como resultado da abrasão, 
como pelo atrito com a roupa e substituídas por células oriundas das camadas mais 
profundas da epiderme. 
Logo abaixo, está à camada granulosa, caracterizada pela presença de 
células poligonais com núcleo central, nitidamente achatadas, em cujo citoplasma 
são observados grânulos grosseiros e basófilos. São os grânulos de querato- 
hialina, que contribuem para a constituição do material interfilamento da camada 
córnea. 
Estes grânulos são expulsos das células e formam uma camada de 
substância intercelular que age vedando esta camada de células, impedindo a 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
passagem de compostos, inclusive a água, entre elas. As células da camada 
granulosa e também as da parte mais alta da camada espinhosa apresentam uma 
camada protéica, elétron-densa, com 10nm de espessura, presa à superfície interna 
da membrana celular. Este material protéico confere grande resistência à membrana 
celular. 
Abaixo da camada granulosa, está a camada espinhosa constituída por 
quatro a oito fileiras de células poligonais cubóides ou ligeiramente achatadas, de 
núcleo central com pequenas expansões citoplasmáticas que contêm tonofibrilas 
partindo de cada uma das células adjacentes. Essas expansões se aproximam e se 
mantém unidas através dos desmossomas, o que dá à célula um aspecto espinhoso. 
As tonofibrilas e os desmossomas têm importante função na manutenção 
da coesão das células da epiderme e, conseqüentemente, na sua resistência ao 
atrito. Observa-se que, quanto maior a ação de pressões e fricções sobre a 
epiderme, maior é a sua camada espinhosa. 
A camada germinativa (basal) é a camada mais profunda da epiderme e 
apresenta intensa atividade mitótica gerando novas células. É responsável pela 
constante renovação da epiderme, fornecendo células para substituir as que são 
perdidas na camada córnea. Nesse processo, as células partem da camada 
germinativa e vão sendo deslocadas para a periferia até a camada córnea, num 
período de 21 a 28 dias. É constituída por células prismáticas ou cubóides que 
repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme. Os 
queratinócitos e os melanócitos são as células dessa camada que repousam em 
fileira única. 
 
3.1.2 Derme 
 
É uma espessa camada de tecido conjuntivo sobre a qual se apóia a 
epiderme. Está conectadacom a fáscia dos músculos subjacentes por uma camada 
de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme. Na derme há fibras elásticas, reticulares e 
muitas fibras colágenas. Apresenta vasos sangüíneos, linfáticos e inervações. 
Contem glândulas especializadas e órgãos dos sentidos. Sua superfície externa é 
muito irregular e varia de região para região. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
Em contraste com a epiderme, a derme desenvolve-se a partir da 
mesoderme embrionária, assim como os músculos e o esqueleto. A espessura da 
derme varia em diferentes locais, mas em média é de cerca de 2 mm. É composta 
de duas camadas indistintamente separadas: camada papilar e camada reticular. 
A mais externa é a camada papilar, constituída por tecido conjuntivo frouxo 
e assim denominada porque as papilas dérmicas constituem sua parte mais 
importante. A função das papilas é aumentar a zona de contato da derme com a 
epiderme, trazendo maior resistência à pele. Estende-se pouco abaixo das bases da 
papila onde se une à camada reticular. Apresenta rico suprimento sangüíneo. A 
camada reticular é a mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso, e é 
assim denominada devido ao fato de que os feixes de fibras colágenas que a 
compõem entrelaçam-se como uma rede. 
 
3.2 Hipoderme (tela subcutânea) 
 
Tecido sobre o qual a pele repousa, formada por tecido conjuntivo que varia 
do tipo frouxo ao denso nas várias localizações e nos diferentes indivíduos. A 
hipoderme não faz parte da pele, porém a fixa às estruturas subjacentes. Pode ter 
uma camada variável de tecido adiposo dependendo da região do corpo. Além da 
função de reservatório energético, a hipoderme apresenta a função de isolamento 
térmico, modelagem da superfície corporal, absorção de choques e preenchimento 
para a fixação de órgãos. Em algumas regiões como no abdome e na nádega, o 
acúmulo de gordura no tecido subcutâneo pode ser muito amplo. A hipoderme é 
bem suprida de vasos sangüíneos e terminações nervosas. 
Compõe-se por duas camadas: A superficial é chamada de areolar e possui 
adipócitos globulares e volumosos, e é ricamente irrigada; A mais profunda é 
chamada de lamelar e é onde ocorre aumento de espessura no ganho de peso. 
 
3.3 Anexos da pele 
 
Na pele existem várias estruturas anexas: os pêlos, as unhas e as 
glândulas. 
Os pêlos se originam de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
São visíveis externamente por sua haste e estão distribuídos por quase todo o 
corpo. Em certas regiões exercem papel de proteção, principalmente nas aberturas 
do corpo. 
As unhas são lâminas córneas formadas pela camada córnea. Em sua 
extremidade proximal uma estreita prega da epiderme se estende, formando o 
eponíquo (cutícula). Possuem coloração rosada e crescem cerca de 1 mm por 
semana. 
As glândulas sebáceas são encontradas anexas aos pêlos em todas as 
regiões do corpo, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regiões onde 
os pêlos são abundantes. Sua secreção é uma mistura complexa de lipídios cuja 
função é a lubrificação da pele, além da ação bactericida. 
As glândulas sudoríparas distribuem-se em quase todo o corpo. Seu 
número varia em cada região e diminui com a idade. A estimulação dos nervos 
simpáticos faz com que estas glândulas secretem um fluido de cloreto de sódio, 
uréia, sulfatos e fosfatos a depender de fatores como temperatura e umidade do 
meio e atividade muscular. 
 
3.4 Funções do sistema tegumentar 
 
 
Sensibilidade: as sensações cutâneas como: tato, dor, calor e frio são 
captados por receptores especializados. Os receptores para dor são terminações 
nervosas livres situadas abaixo da epiderme. As sensações táteis são dadas pelos 
corpúsculos de Paccini e de Meissner, a sensação de frio pelos corpúsculos de 
Krause e a de calor pelos de Ruffini. 
Proteção: a pele cobre o corpo e fornece uma barreira física que protege os 
tecidos subjacentes de abrasão física, invasão bacteriana, desidratação e radiação 
UV. 
Regulação da temperatura corporal: a pele desempenha um papel 
importante na regulação da temperatura corporal. O calor é perdido através da pele 
pelos processos de radiação, convecção, condução e evaporação. A sudorese é um 
processo útil somente quando o suor pode evaporar. As alterações no fluxo 
sangüíneo na pele também auxiliam a regular a temperatura corporal. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
Excreção: a pele contém dois tipos de glândulas sudoríparas: as glândulas 
écrinas, que são glândulas sudoríparas pequenas, e as apócrinas, ou glândulas 
sudoríparas grandes. As glândulas estão distribuídas por todo o corpo e são as 
verdadeiras secretoras que produzem o suor transparente e aquoso, responsável 
pela regulação térmica. 
Imunidade: certas células da epiderme (células de Langerhans) são 
componentes importantes do sistema imunológico, que expulsa os elementos 
invasores do corpo. 
Absorção percutânea: esta se refere à penetração de substâncias através 
da pele, o que permite que elas entrem na corrente sangüínea. O estrato córneo é a 
principal barreira à difusão. 
Síntese de vitamina D: a exposição da pele à radiação ultravioleta (UV) 
auxilia na produção de vitamina D, uma substância que ajuda na absorção de cálcio 
e fósforo no sistema digestório, e para a circulação sangüínea. 
 
3.5 Propriedades físicas do sistema tegumentar 
 
A tensão e a elasticidade são propriedades físicas relacionadas com: 
macromoléculas estruturais, colágeno e elastina contidas na pele. A tensão é a 
característica que explica o fato da pele resistir ao estiramento por ação de forças 
fracas. A tensão varia em áreas diferentes, sendo mais marcantes nos locais em que 
a pele contém fibras elásticas densas, em particular em regiões na qual a pele é 
fina. 
 
4. Sistema linfático 
 
O sistema linfático é uma via acessória da circulação sanguínea, pela qual: 
líquidos, proteínas e pequenas células provenientes do interstício são devolvidas ao 
sistema venoso. É um sistema fechado, intimamente ligado a circulação sangüínea e 
importante na manutenção da homeostase corporal. Tem sua origem embrionária no 
mesoderma, desenvolvendo-se junto aos vasos sanguíneos. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 
 
Suas principais funções são: 
 
Promover o retorno de líquido dos tecidos para a circulação: cerca de 
10% do líquido que extravasa dos capilares para o tecido retorna para a circulação 
através dos capilares linfáticos. A linfa da parte inferior do corpo flui pelo canal 
torácico e retorna à circulação nas grandes veias do pescoço (jugular interna 
esquerda e subclávia). A linfa do lado esquerdo do corpo também entra no canal 
torácico. A linfa do lado direito flui pelo canal linfático direito e retorna à circulação na 
junção da veia subclávia direita e da veia jugular interna direita; 
Promover a remoção de proteínas e outras substâncias de alto peso 
molecular do Líquido Extra Celular (LEC): os vasos linfáticos têm paredes finas e 
com extremidades fechadas (em dedo de luva). A borda de uma célula endotelial 
sobrepõe-se à borda da célula adjacente, formando uma válvula que se abre para o 
interior do capilar. As substâncias de alto peso molecular penetram nos linfáticos por 
estas aberturas; 
Transportar lipídios do intestino para a circulação sangüínea: os 
lipídios absorvidos na forma de quilomicrons são lançados diretamente na circulação 
linfática, ao contrário dos outros nutrientes, que caem direto na circulação 
sangüínea; 
Destruir bactérias e remover outras partículas por filtração nos linfonodos, 
além de participar de reações imunológicas de defesa. 
O sistema linfático não possui um elemento de bombeamento como o 
sistema circulatório sangüíneo. A circulação linfática acontece por meio de 
contrações do sistema muscular ou de pulsações de artérias próximas aos vasos 
linfáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 
 
 
 
Figura 05 – Distribuiçãodo sistema linfático 
 
 
Fonte: JÚNIOR e CASTRO, 2008. 
 
 
4.1 Órgãos linfóides 
 
Os órgãos linfóides são o baço, timo e tonsilas (amídalas). Tais órgãos não 
possuem associação direta com os vasos do sistema linfático ou com a linfa, mas 
fazem parte do sistema imune do organismo. A produção de linfócitos é a principal 
função dos tecidos linfóides e órgãos linfáticos. 
Os linfócitos têm importante papel no desenvolvimento das respostas 
imunológicas, produção de anticorpos e reações imunes. A ação dos tecidos 
linfáticos servindo como filtros em certas condições patológicas deram origem à 
teoria de barreira, segundo a qual esses tecidos desempenham importante papel 
nos mecanismos de defesa do corpo. Partículas inertes, como o carbono, bactérias, 
vírus, células cancerosas e hemácias são retidas nos tecidos linfáticos. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
Os tecidos linfáticos, no entanto, só são barreiras até certo ponto, pois os 
seus vasos aferentes podem permitir a disseminação de infecções e neoplasias 
malignas para outros órgãos e tecidos. 
O baço é um órgão linfóide situado no lado esquerdo da cavidade 
abdominal, junto ao diafragma, ao nível das 9ª, 10ª e 11ª costelas. Apresentam duas 
faces distintas, uma relacionada com o diafragma (face diafragmática) e outra 
voltada para as vísceras abdominais (face visceral). Na face visceral localiza-se o 
hilo do baço, por onde penetram vasos e nervos. 
Figura 06 - Baço 
 
Fonte: WIKIPEDIA, 2008. 
 
O timo é uma massa bilobada de tecido linfóide localizada abaixo do 
esterno, na região do mediastino anterior. Ele aumenta de tamanho durante a 
infância, quando então começa a atrofiar-se lentamente, diminuindo após a 
puberdade. No adulto, pode ser inteiramente substituído por tecido adiposo. O timo 
confere a determinados linfócitos a capacidade de se diferenciarem e maturarem em 
células que podem efetuar o processo de imunidade mediada por células. 
 
Figura 07 - Timo 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
Fonte: WIKIPEDIA, 2008. 
As amídalas (tonsilas) são massas pequenas de tecido linfóide incluídas da 
mucosa de revestimento das cavidades bucal e faríngea. As tonsilas palatinas estão 
localizadas na parede póstero-lateral da garganta, uma em cada lado. As tonsilas 
faríngeas se localizam na parte nasal da faringe. As tonsilas linguais estão 
localizadas na face dorsal da língua, próxima a sua base. Compostas por tecido 
linfóide e circundando a união das vias bucal e nasal, as tonsilas desempenham 
papel adicional contra invasão bacteriana. 
 
Figura 08 - Amídalas 
 
Fonte: UNIFESP, 2008. 
 
 
4.2 Linfa 
O termo linfa é derivado da palavra latina lympha, que significa água – 
especificamente, rio claro ou água nascente. Divide com os outros líquidos 
extracelulares a responsabilidade de manter o equilíbrio do meio interno do 
organismo. 
É um líquido incolor e viscoso com composição quase igual a do plasma 
sangüíneo que consiste principalmente de água, eletrólitos e proteínas que escapam 
do sangue através dos capilares. O que difere a linfa do sangue é a ausência de 
células sangüíneas. Juntamente com o líquido cefalorraquidiano, é considerada do 
líquido mais nobre do organismo. 
Representa aproximadamente 15% do peso corporal e seu escoamento 
diário no nível do ducto torácico fica em torno de 2 a 5 litros, podendo alcançar 20 
litros em caso de um aumento patológico de demanda. O fluxo da linfa é 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
relativamente lento. Cerca de três litros de linfa penetram no sistema cardiovascular 
em 24 horas. Em média, o fluxo total de linfa é da ordem de 1,5 ml por minuto. 
O mecanismo de formação da linfa envolve três processos simultâneos: 
 Ultrafiltração: movimento de saída de água, oxigênio e nutrientes do 
interior do capilar arterial para o interstício. 
 Absorção venosa: movimento de entrada de água, gás carbônico, 
pequenas moléculas e catabólitos do interstício para o interior do 
capilar venoso, que ocorre por difusão. 
 Absorção linfática: início da circulação linfática determinada pela 
entrada de líquido intersticial, proteínas de alto peso molecular e 
pequenas células, no interior do capilar linfático, caracterizando a 
formação da linfa. 
 
 
4.3 Topografia do sistema linfático 
 
A rede linfática é formada pelos capilares linfáticos, que desembocam nos 
pré-coletores, que por sua vez, desembocam nos vasos coletores e por fim nos 
troncos linfáticos. Os vasos linfáticos estão ausentes no: sistema nervoso central, 
músculo esquelético, medula óssea, polpa esplênica e cartilagem hialina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
 
Figura 09 – Estrutura do sistema linfático 
 
Fonte: SANCHEZ, 2008. 
 
 
4.3.1 Capilares linfáticos 
 
Os capilares linfáticos são os vasos iniciais da circulação linfática. São 
pequenos vasos condutores constituídos por células endoteliais que se 
sobrepõem em escamas, formando microválvulas que se tornam pérvias, 
permitindo sua abertura ou fechamento, conforme o afrouxamento ou a tração 
dos filamentos de proteção. Quando tracionados, os filamentos permitem a 
penetração de água, partículas, pequenas células e moléculas de proteínas no 
interior do capilar, iniciando então a formação da linfa. O refluxo linfático não 
ocorre devido ao fechamento das microválvulas linfáticas. 
A rede capilar linfática é rica em anastomoses, sobretudo na pele, onde os 
capilares linfáticos estão dispostos de forma superficial e profunda, em relação à 
rede capilar sangüínea. O mesmo não ocorre nos vasos e ductos linfáticos. Nos 
capilares linfáticos, os espaços intercelulares são mais amplos, permitindo que as 
trocas líquidas entre o interstício e o capilar linfático ocorram facilmente não só de 
dentro para fora, como de fora para dentro do vaso. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
 
4.3.2 Pré-coletores linfáticos 
 
Os pré-coletores linfáticos são vasos intermediários entre os capilares e os 
coletores linfáticos. Possuem estrutura semelhante aos capilares. Seu endotélio é 
recoberto por tecido conjuntivo, que em certos pontos se prolonga juntamente com 
as células endoteliais, para o lúmen do vaso, formando as válvulas que direcionam 
o fluxo da linfa. Seguem um trajeto sinuoso e possuem fibras colágenas, elementos 
elásticos e musculares, que lhe proporcionam propriedades de alongamento e 
contratibilidade. 
 
4.3.3 Coletores linfáticos 
 
São os vasos mais calibrosos, possuindo estrutura semelhante a das 
grandes veias. Compõem-se por três camadas: a túnica íntima, mais interna, com 
fibras elásticas longitudinais que formam numerosas válvulas; a túnica média que 
envolve a anterior e possui células da musculatura lisa, responsáveis pela 
contratilidade do vaso e pela propulsão da linfa e a túnica adventícia, mais externa 
e espessa formada por fibras colágenas longitudinais e por terminações nervosas. 
Os coletores podem ser pré-nodais (aferentes) ou pós-nodais (eferentes). 
O coletor linfático quer superficial ou profundo, possui numerosas válvulas 
bivalvulares, sendo os espaços compreendidos entre cada válvula denominados 
linfangions. 
As válvulas linfáticas asseguram o fluxo da linfa numa só direção, ou seja, 
para o coração. Assim como para as veias, as válvulas linfáticas se projetam na 
direção da corrente linfática e estão dispostas de tal maneira que permitem um 
escoamento livre em direção aos grandes vasos linfáticos e impedem o refluxo. As 
válvulas são semilunares e formadas por finas camadas de tecidos fibrosos, 
cobertos em ambas as faces por endotélio. Estão inseridas por sua borda convexa à 
parede do vaso. 
Nos vasos linfáticos, as válvulas são mais numerosas próximas aos 
linfonodos e são encontradas mais freqüentemente nos vasos linfáticos do pescoço 
e do membro superior do que nos do membro inferior. A parede do vaso linfático 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
logo acima do local de inserção de cada válvulaé dilatada em uma bolsa ou seio, 
que dá a esses vasos, quando distendidos, o aspecto nodoso ou em rosário. 
 
Figura 10 – Válvulas linfáticas 
 
Fonte: CK, 2001. 
 
 
O linfangion é a unidade funcional do sistema linfático, responsável pela 
propulsão da linfa. Sua estrutura corresponde a um segmento com uma camada 
muscular central e válvulas formadas por prolongamentos da túnica íntima em 
ambas as extremidades. A borda de um linfangion forma a válvula do seguinte. 
A propulsão da linfa se inicia quando o linfangion apresenta sua válvula 
inicial aberta e a final fechada, então começa a se encher de linfa e, quando estiver 
totalmente cheia, a linfa pressiona suas paredes estimulando as fibras musculares 
da túnica média que abrem à válvula final e fecham à inicial. Esse processo 
acontece sucessivamente nos linfagions seguintes, num movimento peristáltico, com 
pulsações variando entre oito e vinte e duas vezes por minuto, resultando em fluxo 
circulante no organismo de 2 a 5 litros de linfa em situações normais. 
Ao lado do sistema linfático, outras ações podem interferir na motilidade dos 
linfangions: o bombeamento do sistema arterial; o bombeamento muscular; os 
movimentos respiratórios que provocam mudanças na pressão da cavidade torácica, 
estimulando o ducto torácico; o peristaltismo intestinal; a massagem de drenagem 
linfática e a pressão externa promovida por enfaixamentos e contensão elástica. 
 
 
4.3.4 Troncos linfáticos 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 
Os troncos linfáticos, ou coletores terminais são vasos de maior calibre que 
recebem o fluxo linfático, e compreendem os vasos linfáticos lombares, intestinais, 
mediastinais, subclávios, jugulares e descendentes intercostais. A união dos 
troncos intestinais, lombares e intercostais forma o ducto torácico. Os troncos 
jugulares, subclávios e broncos mediastinal direito formam o ducto linfático direito. 
 
Figura 11 – Ductos linfáticos 
 
Fonte: CK, 2001. 
 
 
O ducto torácico é o maior tronco linfático e geralmente desemboca na 
junção da veia jugular interna com a veia subclávia, do lado esquerdo. Origina-se na 
cisterna do quilo, uma dilatação situada anteriormente á segunda vértebra lombar, 
onde desembocam os vasos que recolhem o quilo intestinal. Recebe a linfa oriunda 
dos membros inferiores, do hemitronco esquerdo, do pescoço e da cabeça, além do 
membro superior esquerdo. 
O ducto linfático direito corre ao longo da borda medial do músculo 
escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita 
com a veia jugular interna direita. Seu orifício possui duas válvulas semilunares, que 
evitam a entrada de sangue venoso. Recolhe a linfa oriunda do membro superior e 
hemitórax direito, do pescoço e da cabeça. 
 
4.3.5 Linfonodos (gânglios ou nodos linfáticos) 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 
Aglomerados de tecido retículo-endotelial revestido por uma cápsula de 
tecido conjuntivo, que se dispõem ao longo dos vasos do sistema linfático. 
Pesquisadores afirmam existir entre 400 e 600 linfonodos no homem (entre 
superficiais e profundos) os quais geralmente estão dispostos em cadeia. O número 
de linfonodos varia entre as regiões e os indivíduos, e seu volume também é 
variável, ocorrendo um importante aumento com a idade, em decorrência dos 
processos patológicos ou agressões que a área de drenagem tenha sofrido. 
Apresentam variações: na forma, tamanho e coloração, ocorrendo 
normalmente em grupos e desempenham em geral o papel de reguladores da 
corrente linfática, cuja função é filtrar impurezas da linfa e produzir linfócitos, células 
de defesa especializadas. Estão geralmente situados na face anterior das 
articulações, ao longo do trajeto dos vasos sangüíneos, como ocorre no pescoço e 
nas cavidades torácicas, abdominal e pélvica. Na axila e na região inguinal são 
abundantes, sendo inclusive palpáveis. 
O linfonodo é formado por uma cápsula conjuntiva periférica que se adere ao 
tecido adiposo. É constituído por dois tipos de células: as células reticulares, cuja 
atividade primordial é a fagocitose e a pinocitose e as células linfóides, que são 
muito especializadas, contêm a memória imunológica e que, portanto, são 
essenciais no mecanismo das reações imunológicas, podendo reagir diretamente, 
ou através de anticorpos, contra um único tipo de antígeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Linfonodo 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
Fonte: UNIFESP, 2008. 
 
 
4.4 Circulação linfática 
 
As circulações linfáticas e sangüíneas estão intimamente relacionadas. As 
moléculas pequenas vão, em sua maioria, diretamente para o sangue, sendo 
conduzidas pelos capilares sangüíneos, e as grandes partículas alcançam a 
circulação através do sistema linfático. Entretanto, mesmo macromoléculas passam 
para o sangue via capilares venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso faz 
com que, no total, o sistema venoso capte muito mais proteínas que o sistema 
linfático. Contudo, a pequena drenagem linfática é vital para o organismo ao baixar a 
concentração protéica média dos tecidos e propiciar a pressão tecidual negativa 
fisiológica que previne a formação do edema e recupera a proteína extravasada. 
Ao fluir pelos capilares, pré-coletores e coletores, o fluxo linfático 
proveniente de várias regiões do corpo, desemboca nos dois principais ductos 
coletores do corpo humano: o canal linfático direito e o ducto torácico. Os ductos 
coletores transportam à linfa, em direção ás cadeias ganglionares. 
O transporte da linfa pode ser explicado pela hipótese de Starling sobre o 
equilíbrio existente entre os fenômenos de filtração e reabsorção que ocorrem nas 
terminações capilares. A água, rica em elementos nutritivos, sais minerais e 
vitaminas, ao deixar a luz do capilar arterial, desemboca no interstício, onde as 
células retiram os elementos necessários ao seu metabolismo e eliminam os 
produtos de degradação celular. Em seguida, o líquido intersticial, através das 
pressões exercidas, retoma a rede de capilares venosos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
Figura 13 – Trocas sangüíneas e linfáticas 
 
 
 
 
Fonte: BIO_LOG, 2007. 
 
 
Várias pressões são responsáveis pelas trocas através do capilar 
sangüíneo: a pressão hidrostática sangüínea impulsiona o fluido pela membrana 
capilar, em direção ao interstício. A pressão osmótica sangüínea tende a 
movimentar o fluido do interstício em direção ao capilar. A pressão de filtração 
surge da relação entre as pressões hidrostáticas e osmóticas. A pressão tissular é 
a pressão exercida sobre o fluido livre nos canais tissulares. 
O fluxo linfático depende de fatores extrínsecos e intrínsecos. Fazem parte 
dos extrínsecos: 
 Contração e peristaltismo muscular: os movimentos de contração 
muscular, pela própria fisiologia do movimento, influenciam a formação 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
da linfa, a sua propulsão e o fluxo linfáticos. Promove movimentação dos 
líquidos tanto da circulação sangüínea quanto da linfática. Essa 
movimentação permite que os líquidos que se encontram em estase 
alcancem os ductos linfáticos, facilitando sua drenagem. 
 Gradiente de pressão entre os espaços intersticiais e os vasos 
linfáticos: quanto maior a pressão dos espaços intersticiais, maior é a 
quantidade de líquidos que alcançam os vasos, pois o líquido é formado 
devido a um valor de pressão resultante, sendo grandezas diretamente 
proporcionais. 
 Respiração e pressões intratorácicas: os movimentos respiratórios 
promovem uma ação rítmica e contínua no fluxo linfático 24 horas por 
dia. Ao inspirarmos ocorre um aumento no volume pulmonar. Entre os 
pulmões existe um órgão chamado cisterna do quilo, que durante essa 
fase da respiração, é comprimido. Essa compressão impulsiona a linfa 
no sentido antigravitacional, para o ducto torácico. 
 Compressão externa dos tecidos: a compressão externa aumenta a 
pressão resultante e conseqüentemente aquantidade do líquido 
formado. 
 Alterações térmicas: o aumento da temperatura promove uma 
dilatação das arteríolas e com isso ocorre uma elevação no volume 
sangüíneo e conseqüentemente um aumento do volume filtrado. 
 
Já os intrínsecos são: 
 Contractilidade dos vasos linfáticos: os vasos linfáticos realizam 
contrações rítmicas as quais independem dos movimentos respiratórios 
e da pulsação arterial. A linfa é conduzida na direção centrípeta, e 
quanto maior é a contratilidade dos vasos, maior será a propulsão da 
linfa. 
 Vias acessórias de fluxo: geralmente surgem em condições 
patológicas como queimaduras e processos inflamatórios, facilitando o 
transporte da linfa. Em condições normais, essas vias estão inativas. 
 Presença e localização das válvulas que evitam o refluxo da linfa: 
as válvulas são constituídas por filamentos contráteis, se encontram no 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
interior dos vasos, se abrem quando a linfa passa, e se fecham logo 
após essa passagem. Esse mecanismo impede que o fluxo que está em 
direção contra a gravidade retorne, facilitando seu trajeto. O fluxo da linfa 
ocorre de acordo com contrações rítmicas ao longo dos vasos coletores 
e pré-coletores, os quais são constituídos por músculo liso. A propulsão 
da linfa é determinada pelos seguintes mecanismos: dilatação das 
paredes; fechamento e abertura da válvula; fluxo linfático. 
 
4.5 Anatomia dos linfáticos 
 
Os linfáticos do membro superior dividem-se em superficiais, localizados 
na derme e no tecido celular subcutâneo sob a aponeurose e profundos localizados 
abaixo dos superficiais. A rede superficial é mais densa nos dedos e na face palmar 
da mão. Existem coletores interósseos anteriores e posteriores, dois coletores 
radiais e dois coletores ulnares profundos. Os principais gânglios linfáticos do 
membro superior são os gânglios supra-epitrocleares e gânglios do sulco 
deltopeitoral. 
Os linfáticos do membro inferior compreendem: os coletores superficiais 
satélites da safena interna e externa e os coletores da região glútea. Os principais 
gânglios linfáticos do membro inferior são os gânglios inguinais, poplíteos, o gânglio 
tibial anterior, os gânglios ilíacos e lombo-aórticos. 
O tórax é drenado pela via ântero-interna diretamente pelos gânglios 
situados na altura das articulações condroesternais. Os linfáticos da região 
abdominal média e supra-umbilical se dirigem igualmente aos gânglios mamários 
internos. 
Os linfáticos da parede abdominal se dirigem da linha abdominal média 
infra-umbilical aos grupos ganglionares inguinal correspondente. 
A face posterior do tórax é drenada em direção aos gânglios axilares em 
direção aos grupos subescapulares homolaterais. 
 
 
5. Edema 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
O termo edema refere-se ao acúmulo de quantidades anormais de líquido 
nos espaços intercelulares ou nas cavidades do organismo. Macroscopicamente, o 
edema apresenta-se como aumento de volume dos tecidos que cedem facilmente à 
pressão localizada, dando origem a uma depressão que rapidamente desaparece. 
Microscopicamente o edema se expressa por alargamento dos espaços entre os 
constituintes celulares. 
A quantidade de líquido nos espaços intersticiais depende da pressão 
capilar, da pressão do líquido intersticial, da pressão oncótica, da permeabilidade 
dos capilares, do número de capilares ativos, do fluxo linfático e do volume total de 
líquido extracelular. O surgimento do edema está ligado à circulação linfática, seja 
diretamente, em conseqüência do aumento do aporte líquido, ou indiretamente, em 
conseqüência de uma patologia linfática específica. 
O edema é resultado do desequilíbrio verificado entre o aporte de líquido 
retirado dos capilares sangüíneos pela filtragem e drenagem deste líquido. O estado 
de equilíbrio, ou seja, o estado fisiológico é atingido quando as vias de drenagem 
são suficientes para evacuar o líquido trazido pela filtragem. Ocorre uma constante 
renovação do líquido intersticial na qual as células do corpo podem retirar os 
elementos necessários ao seu metabolismo. Se não houver interrupção, não 
ocorrerá edema. Quando o aporte de líquido filtrado se torna mais importante e o 
sistema de drenagem não aumenta em conseqüência disso, ocorre um desequilíbrio 
entre a filtragem e a evacuação a expensas desta última. Os tecidos se enchem de 
líquido, a pressão intratecidual aumenta e a pele se distende. O tecido incha e 
ocorre o edema. 
Existem dois extremos de edema: um ligado ao excesso de aporte de líquido 
e outro causado por insuficiência da rede de evacuação. Esse edema ligado ao 
excesso de aporte de líquido é de origem vascular. Clinicamente, ele apresenta o 
sinal de Godet ou cacifo, ou seja, uma pressão aplicada com o dedo o deprime e, 
após a supressão desta pressão, a depressão persiste. O outro tipo de edema 
ocorre quando a drenagem é insuficiente, enquanto o aporte de filtragem é normal. 
As vias linfáticas possuem um poder de adaptação muito grande: elas podem drenar 
uma média de 24 a 30 litros de linfa por dia. Pode ocorrer, entretanto, que, apesar 
de tudo, a rede seja insuficiente. O edema se instala se organiza e se torna fibroso, 
e as possibilidades de evacuação dependerão do seu grau de evolução e de 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
organização. Clinicamente, ele não apresenta o sinal de Godet, não sendo, desta 
forma, possível deslocá-lo por meio de pressões. 
 
5.1 Fisiopatologia do edema 
 
O estudo da fisiopatologia do edema deve ser feito levando-se em conta as 
principais causas deste sinal. Em condições normais, os gradientes sangue-
interstício de pressão hidrostática e oncótica e a drenagem linfática são os 
responsáveis pela filtração e absorção de líquidos na microcirculação sem que haja 
acúmulo excessivo de água no interstício. O edema se forma quando surgem 
transtornos nesses componentes. 
A origem dos edemas está relacionada com os seguintes fatores: aumento 
da pressão hidrostática do sangue na microcirculação; redução da pressão oncótica 
(coloidosmótica) das proteínas plasmáticas; permeabilidade vascular aumentada; 
alterações da drenagem linfática; alterações do interstício; retenção renal de sódio e 
água. Os edemas podem resultar da ação isolada de qualquer dos fatores citados, 
mas é mais freqüente e grave quando há participação de mais de um deles. 
 
5.1.1 Aumento da pressão hidrostática 
 
A pressão hidrostática varia em virtude da posição do indivíduo. Ela irá 
aumentar nas veias ao se assumir a posição ortostática, será nula ao nível da 
safena interna ao deitar-se e poderá atingir valores negativos quando o indivíduo 
estiver deitado com os membros inferiores levantados. O aumento da pressão 
hidrostática facilita a filtração líquida para o interstício. Qualquer variação na 
dinâmica do transporte de líquido ao nível da membrana capilar que puder aumentar 
a pressão do líquido intersticial desde seu valor normal negativo de – 6 mmHg até 
valor positivo irá produzir edema. 
O aumento da pressão hidrostática relaciona-se a hiperemia ativa ou passiva 
(com suas diversas causas, como calor, traumas, inflamações, varizes, oclusões 
venosas etc.). O edema assim determinado pode ser localizado (por exemplo, as 
obstruções venosas) ou generalizado (por exemplo, na insuficiência cardíaca 
congestiva). 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
 
5.1.2 Redução da pressão oncótica 
A pressão oncótica está ligada à presença de proteínas em oposição à 
filtração capilar, exercendo, em condições normais, uma pressão de 
aproximadamente 25 mmHg. Qualquer diminuição das proteínas “circulantes” terá 
como conseqüência à diminuição da pressão oncótica que se opõe à filtragem. 
Disso resulta que a diminuição das proteínas plasmáticas aumenta a filtragem e 
diminui a reabsorção. 
 
5.1.3 Aumento da permeabilidade capilar 
 
O aumento da permeabilidade traduz-se, morfologicamente, por ampliação 
dosespaços interendoteliais, aumento da atividade pinocitótica do endotélio e 
adelgaçamento da parede vascular. Quando o aumento da permeabilidade ocorre, 
não apenas o líquido vaza muito rapidamente dos capilares para os espaços 
teciduais, como também ocorre escapamento das proteínas plasmáticas, que se 
acumulam, em excesso, nos espaços intersticiais. Por conseguinte, a 
permeabilidade capilar aumentada pode ser causa de edema por pelo menos três 
fatores diferentes: vazamento excessivo de líquido pelos poros dilatados para os 
espaços intersticiais; pressão coloidosmótica plasmática diminuída, pela perda de 
proteína; e pressão coloidosmótica intersticial aumentada, pelo acúmulo de proteína. 
 
5.1.4 Obstrução da drenagem linfática (linfedema) 
 
Na maioria dos edemas, o fluxo da linfa aumenta consideravelmente, 
indicando que o sistema linfático desempenha nesses casos, papel antiedema. 
Desde que o sistema linfático permaneça em condições de exercer sua função, a 
maior oferta de líquido ao interstício ou a menor reabsorção de líquido pelos vasos 
sangüíneos é compensada pelo aumento da drenagem linfática; o edema só 
aparece quando é ultrapassada a capacidade de compensação do sistema linfático. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
A interferência com a drenagem linfática é uma causa óbvia de expansão do 
líquido intersticial. A causa mais grave para essa condição é o bloqueio dos 
linfáticos, que impede o retorno normal das proteínas à circulação. 
Embora o revestimento endotelial normal seja impermeável à passagem de 
proteínas, uma pequena quantidade de albumina passa para o espaço intersticial 
juntamente com a troca de líquido entre os compartimentos vascular e intersticial. 
Com a obstrução linfática, nem a pequena quantidade de líquido perdida do 
compartimento intravascular, nem a proteína de dentro do líquido intersticial 
consegue sair, assim reduzindo a pressão osmótica efetiva do sangue. Desse modo 
surge o linfedema. 
 
5.1.5 Aumento da pressão coloidosmótica do líquido intersticial 
Quando aumenta a permeabilidade capilar para macromoléculas e cresce o 
conteúdo em proteínas no interstício, a pressão oncótica intersticial eleva-se, 
favorecendo a retenção de líquido. As proteínas que vazam através das paredes 
capilares vão ficar gradualmente acumuladas nos espaços intersticiais até que a 
pressão coloidosmótica intersticial adquira valor próximo da pressão coloidosmótica 
plasmática. Como resultado, os capilares perdem sua capacidade osmótica normal 
de reter líquido na circulação, de modo que esse líquido passa a ficar acumulado 
nos tecidos. Desta forma, a pressão oncótica plasmática diminui e a pressão 
oncótica do líquido intersticial aumenta, levando ao acúmulo de líquido nos espaços 
intersticiais e à conseqüente formação de edema. 
 
6. Linfedema 
Desenvolve-se a partir de um desequilíbrio entre a demanda linfática e a 
capacidade do sistema em drenar a linfa. Sendo as proteínas de alto peso molecular 
extravasada para o interstício e absorvida exclusivamente pelo sistema linfático 
inicial, no momento em que o mesmo perde sua capacidade de escoamento, por 
destruição ou obstrução da via linfática em algum ponto de seu trajeto, ocorre a 
estagnação da linfa no vaso, e posterior extravasamento de volta ao interstício. 
O aumento da concentração de proteína no meio vascular causado pelo 
extravasamento e não absorção das mesmas. Geram alteração da pressão osmótica 
e acarreta a presença definitiva de fluído no interstício, o que constitui o linfedema. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
Uma vez que a linfa é um fluído com altas concentrações de proteínas, sua 
presença no interstício propicia a proliferação e cultura de germes, tornando o 
membro acometido sujeito a episódios de infecção, cada uma delas aumentando a 
perda de vasos linfáticos. 
A presença de proteínas gera também, fibrose, tornando o edema mais duro e 
menos responsivo a drenagem postural. Estudos indicam que o linfedema é o 
resultado de uma combinação de fatores, e não de uma única causa. Podem ser 
classificados quanto à: 
 Origem: podem ser primários são subdivididos em precoce e 
congênito. O linfedema precoce é de etiologia desconhecida, ocorre nos 
membros inferiores, podendo ser decorrente de desequilíbrios hormonais 
ou falhas no desenvolvimento dos vasos linfáticos. O linfedema 
congênito aparece ao nascimento, sendo caracterizado por uma 
estrutura inadequada dos vasos linfáticos. Ou secundários quando 
decorrem de causas externas (lesões teciduais; patologias como a 
filariose, insuficiência venosa, erisipela, linfangites ou celulites; quadros 
infecciosos e inflamatórios e efeitos colaterais de tratamentos 
oncológicos); 
 Quanto à instalação e os achados clínicos: podem ser classificados 
como agudos os linfedemas moderados e transitórios que ocorrem nos 
primeiros dias após a cirurgia como resultado da incisão dos canais 
linfáticos ou crônicos, que é a forma mais comum, sendo usualmente 
insidioso, com ausência de dor, não sendo associado a eritemas, 
normalmente, irreversível. 
 Quanto à intensidade: o linfedema pode ser classificado em fases de I 
a IV: Os linfedemas de fase I são os que se desenvolvem após 
atividades físicas ou ao final do dia e melhoram espontaneamente ao 
repouso e aos estímulos linfáticos; os de fase II são espontaneamente 
irreversíveis, mas podem ser controlados com terapêuticas apropriadas. 
Os de fase III são irreversíveis e mais graves. Apresentam grau elevado 
de fibrose linfostática com grande estagnação da linfa nos vasos e 
capilares. Possuem alterações de pele importantes, tornando-se 
vulneráveis a erisipelas, eczemas, papilomatoses e fistulas linfáticas. Os 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
de fase IV são as chamadas elefantíases, sendo irreversíveis e 
apresentam complicações como papilomatose, queratoses, fistulas 
linfáticas e angiomas. Traduz a total falência dos vasos linfáticos. 
 Quanto à topografia: o linfedema de grau A ocorre em pacientes que 
permanecem a maior parte do tempo sem edema, sendo portadoras de 
uma insuficiência linfática crônica e compensada, apresentando todas as 
medidas simétricas iguais e com ausência de edema em dorso de mão. 
O linfedema de grau B ocorre em pacientes permanentemente com 
edemas suaves, sem modificações estruturais da pele e do tecido 
celular, tendo pelo menos uma medida desigual no braço, antebraço ou 
mão. O linfedema de grau C ocorre em pacientes com modificações 
estruturais definitivas da pele e tecido celular, consistindo as verdadeiras 
elefantíases cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Glossário 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
 
Ácido hialurônico: mucopolissacarídeo natural de alta viscosidade. 
 
Angiomas: tumor circunscrito formado por uma aglomeração de vasos sanguíneos 
(hemangioma) ou linfáticos (linfangioma). 
 
Atrofia muscular: perda do trofismo muscular decorrente da inatividade ou de 
denervações centrais ou periféricas. 
 
Avascular: relativo ao que não possui tecido de vascularização. 
 
Capsulite: processo de aderência de pregas de uma cápsula articular, como 
seqüela inflamatória, promovendo restrição de movimentos articulares normais. 
 
Cartilagem hialina: t
Células de Langerhans: 
ipo de tecido cartilaginoso cuja substância fundamental, de aparência amorfa, é muito 
resistente e elástica. A cartilagem hialina é a mais abundante dos tecidos cartilaginosos. Constitui o anel da traquéia e 
dos brônquios, assim como as partes cartilaginosas do nariz e das costelas, e recobre as superfícies ósseas articulares 
(joelho, cotovelo, punho, etc.). 
 
Catabolismo: parte do metabolismo em que predominam reações químicas de 
decomposição. 
 
células dendríticas abundantes na epiderme. Estão 
normalmente presente em linfonodos, pondedo ser encontradas em outros órgãos 
na condição de histiocitose. 
 
Células de Merkel: células da epiderme que realizam síntese de catecolaminas.Celulite: inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo 
subjacente. Geralmente produzidas por um agente infeccioso e manifestadas por 
dor, rubor, aumento da temperatura local, febre e mal estar geral. 
 
Cloreto de sódio: sal de sódio, que desempenha um papel biológico importante na 
manutenção da pressão osmótica do sangue e tecidos e na manutenção de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_dendr%C3%ADticas�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linfonodos�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Histiocitose&action=edit&redlink=1�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
balanços eletróliticos. 
 
Condroblastos: 
Difusão: fenômeno de transporte de matéria em que um soluto é transportado 
devido aos movimentos das moléculas de um 
célula cartilaginosa jovem, de origem conjuntiva, mergulhada na substância fundamental da 
cartilagem em vias de formação, da qual deriva o condrócito. 
 
Corpúsculos de Krause: equivalentes aos corpúsculos de Meissner na pele, 
presentes também nos lábios, língua e órgãos genitais. Apresenta-se como uma 
dilatação com terminações nervosas ramificadas, envolta por uma cápsula 
conjuntiva. 
 
Corpúsculos de Meissner: receptores táteis, alongados ou ovóides, encontrados 
dentro das papilas dérmicas. São numerosos nos dedos das mãos e dos pés. 
Apresentam uma bainha fina de tecido conjuntivo e, no seu interior, células 
achatadas que subdividem o corpúsculo em pequenos compartimentos transversais. 
 
Corpúsculos de Paccini: mecanorreceptores de pressão que se apresentam sob a 
forma de uma terminação nervosa, envolvida por camadas concêntricas de tecido 
conjuntivo rico em fibrilas, cujas células são contínuas com o endoneuro. Presente 
nas camadas subcutânea da pele, nos ligamentos, periósteo, peritônio, mesentério, 
pâncreas e outras vísceras. 
 
Corpúsculos de Ruffini: presentes na pele e nas articulações. Os terminais são 
associados com fibrilas colágenas na cápsula, confundindo-se com o colágeno 
dérmico. Uma fibra mielinizada entra na cápsula e divide-se em pequenos ramos 
não mielinizados. Semelhantes aos bulbos terminais de Krause, porém são mais 
achatados. 
 
fluido. Estes movimentos fazem com 
que, do ponto de vista macroscópico, seja transportado soluto das zonas de 
concentração mais elevada para as zonas de concentração mais baixa. 
 
http://www.babylon.com/definition/fluido/Portuguese�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 45 
Discrasias sangüíneas: qualquer alteração envolvendo os elementos celulares do 
sangue, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. 
 
Doença de Raynaud: condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do 
corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos destes, nariz, lóbulos das 
orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. 
 
Eczema: dermatite pápulo-vesicular que ocorre como reação a muitos agentes 
endógenos e exógenos, caracterizada na fase aguda por eritema, edema associado 
com um exsudato seroso entre as células da epiderme (espongiose) e um infiltrado 
inflamatório na derme, exsudação e vesiculação, e encrostamento e escamação; e 
sinais de escoriações e hiperpigmentação ou hipopigmentação ou ambas. 
 
Elefantíase (filariose): doença causada pelos parasitas nematóides Wuchereria 
bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam 
nos vasos linfáticos, causando linfedema. Esta doença é também conhecida como 
elefantíase, devido ao aspecto de perna de elefante do paciente com esta doença. 
 
Eletrólitos: condutor iônico, líquido, sólido ou pastoso, que ao ser dissolvido na 
água, forma uma solução que pode conduzir eletricidade. 
 
Erisipela (linfangite): infecção cutânea causada geralmente por bactérias de tipo 
streptococcus do grupo A e aureus. Cursa usualmente com eritema, edema e dor. 
Na maioria dos casos também com febre e leucocitose. 
 
Escleroproteína: proteínas longas e filamentosas e uma das duas principais 
classes de estrutura terciária de proteínas (a segunda sendo as proteínas 
globulares). Encontram-se exclusivamente em animais, na construção de tecido 
conectivo, tendões, matriz óssea e fibras musculares. 
 
Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela célula, através da membrana 
celular - a partícula é envolvida num vacúolo digestivo, a partir do qual a matéria 
digerida passa depois para o citoplasma. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nemat%C3%B3ide�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_linf%C3%A1tico�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elefante�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pele�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Streptococcus�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnas�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globular�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globular�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globular�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Animais�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tend%C3%B5es�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_%C3%B3ssea�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibras_musculares�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 
Fibrilas: pequenas fibras rearranjadas. 
 
Fístulas linfáticas: comunicação anormal entre vasos linfáticos. 
 
Fosfatos: sais inorgânicos do ácido fosfórico. 
 
Glicoproteínas estruturais: são proteínas associadas a glicídios. Fibronectina é 
uma proteína de aderência para colágeno e glicosaminoglicanas. A laminina é outra 
responsável pela aderência das células epiteliais às lâminas basais. 
 
Glicosaminoglicanas: são glicídios de alto peso molecular formados pela 
polarização de uma unidade constituída por ácido hialurônico e hesoxamina. 
Doenças relacionadas são chamadas de mucopolissacaridoses. São poliânions 
(muitos grupos negativos) podendo ligar-se á muitos cátions (sódio, geralmente). 
São muito hidrófilas. 
 
Homeostase: processo sangüíneo fisiológico mantido em estado de equilíbrio 
dinâmico constante pelo organismo. 
 
Linfangiectasia: dilatação patológica dos vasos linfáticos. 
 
Linfangite: processo infeccioso comprometendo um ou mais vasos linfáticos. 
 
Linfócitos: tipo de leucócito (glóbulo branco) do sangue. Há duas categorias: os 
linfócitos grande granulares e os pequenos linfócitos. Os linfócitos grande granulares 
são conhecidos como Natural Killer (células NK ou exterminadoras naturais) e os 
pequenos podem ser linfócitos T ou B. Exercem um papel importante na defesa do 
corpo humano contra microrganismos. 
 
Lipídios: substância orgânica que é composta de ácidos graxos, insolúvel em água, 
formando uma reserva calórica para o organismo ou fornecendo elementos para 
produção de compostos complexos como hormônios. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leuc%C3%B3cito�
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_NK�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_T�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 
Melanócitos: célula dendrítica que produz melanina, substância pigmentar que 
envolve a célula protegendo seu núcleo dos raios solares. No homem, os 
melanócitos se encontram na pele, na camada basal da epiderme, no sistema 
nervoso central e na retina. A melanina é um dos responsáveis pela coloração da 
pele e auxiliam na proteção celular contra a radiação solar. 
 
Mesoderma: tecido que forma folheto embrionário que se localiza entre a ectoderme 
e endoderme. 
 
Mucopolissacarídeos: polímeros de condensação que geralmente contêm 
centenas de moléculas de monossacarídeos interligadas por pontes oxídicas. 
 
Odontoblastos: célula responsável pela síntese ou produção da dentina, a camada 
situada na parte de baixo do esmalte, sua principal função é a dentinogênese. 
 
Osteoblastos: células de revestimento responsáveis pelos constituintes da matriz, 
como o colágeno e a camada básica de proteoglicanos e glicoproteinas e se 
originamdo tecido mesenquimal. O principal produto dos osteoblastos é o colágeno 
tipo 1. 
 
Peristaltismo: contrações segmentares da musculatura lisa, que configura a 
atividade motora de vísceras como: intestino e ureteres. 
Pinocitose: processo de endocitose em que a célula engloba uma substância em 
estado líquido por transporte ativo através da membrana celular. É um sistema de 
alimentação celular complementar à fagocitose. 
 
Plasma sanguíneo: hemocomponente rico em fatores de coagulação. 
 
Proteínas: grande molécula composta de uma ou mais cadeias de aminoácidos 
dispostas em uma ordem específica, determinada pela seqüência base dos 
nucleotídeos no código de DNA da proteína. As proteínas são necessárias para a 
estrutura, função e regulação das células, dos tecidos e dos órgãos do corpo. Cada 
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Melanina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celular�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
proteína tem uma função única. São componentes essenciais para os músculos, 
pele, ossos e para o corpo como um todo. A proteína é um dos três tipos de 
nutrientes usados como fontes de energia pelo corpo. 
 
Queratose: alteração de pele, caracterizada por crescimento excessivo do epitélio 
cornificado. 
 
Sudorese: mecanismo fisiológico presente em alguns animais superiores e no ser 
humano. Caracteriza a produção e eliminação de suor pelas glândulas sudoríparas. 
Através da sudorese, o organismo pode perder calor para o meio externo através do 
fenômeno da evaporação do suor. Além disso, as glândulas sudoríparas têm a 
capacidade de filtrar do sangue algumas substâncias tóxicas resultantes do 
metabolismo, como a uréia. 
 
Sulfatos: sais inorgânicos do ácido sulfúrico 
 
Uréia: um composto gerado no fígado a partir da amônia produzida pela 
desaminação dos aminoácidos. É o principal produto final do catabolismo das 
proteínas e constitui aproximadamente metade do total de sólidos urinários. 
 
 
 
 
 
-----------xxxxxxx------------- 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Suor�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula_sudor%C3%ADpara�
	Drenagem Linfática Corporal
	Drenagem Linfática Corporal
	1. Tecido epitelial
	Figura 04 – Estrutura do sistema tegumentar
	3.1 Pele
	Figura 05 – Distribuição do sistema linfático

Outros materiais