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ARTHROPODA: MYRIAPODA Regier et al., 2010. Myriapoda Myriapoda compreende os grupos: Symphyla, Pauropoda, Chilopoda (centopéias), Diplopoda (milípedes ou piolhos-de-cobra). Os primeiros registros são de milípedes do Ordoviciano/Siluriano, provavelmente de formas marinhas. O corpo apresenta uma cabeça com: um par de antenas, mandíbulas, dois pares de maxilas (o 2º par pode estar fundido ou ausente) e um tronco homônomo (indiferenciado) e multissegmentado. Exoesqueleto não tem uma camada cerosa. Durante muito tempo miriápodes foram considerados grupo-irmão dos hexápodes (ex: insetos) por causa do seu sistema traqueal, da morfologia dos seus apêndices cefálicos e suas pernas. Mas miriápodes diferem por terem longo tronco homônomo. Além disso esta intensa segmentação também ocorre internamente nas traqueias e gânglios nervosos. Atualmente temos cerca de 15000 espécies atuais descritas. Myriapoda Uma concentração de ocelos, não apresentando olhos compostos com omatídios (como presente em hexápodes e crustáceos). Myriapoda Sistema de troca gasosa com espiráculos e traqueias (provavelmente convergente com os presentes em hexápodes) Myriapoda Miriápodes são dióicos e ovíparos. A maioria apresenta copulação indireta com presença de espermatóforo. Todos apresentam desenvolvimento direto, embora em alguns grupos os filhotes nasçam com menor numero de segmentos em relação ao estágio adulto (desenvolvimento anamórfico).. A partenogênese ocorre em diferentes famílias e o cuidado parental é registrado em quilópodes anamórficos. Myriapoda: Chilopoda Centopéias apresentam segmentos do tronco não fundidos com um par de pernas longas que se estendem lateralmente. O primeiro par pernas é modificado em forcípulas (grandes garras com glândulas de veneno) e mantidos sob a cabeça. Apresentam antenas simples, de segmentação variável, gonopóros no último segmento do corpo, espiráculos laterais e com válvulas em alguns grupos. O ultimo par de pernas estendem para trás e não é usado para locomoção. O grupo Notostigomorpha tem espiráculos dorsais e pigmento hemocyanina e olhos pseudo-facetados (ocelli). Pleurostigmophora apresenta uma cabeça achatada e sem pigmentos respiratórios. As maiores centopéias são do grupo Escolopendromorpha. Aproximadamente 2.800 espécies atuais de quilópodes são descritas. Myriapoda: Chilopoda São predadores de vermes, moluscos e outros invertebrados. O gênero tropical Scolopendra devido a toxicidade de seu veneno consegue se alimentar de vertebrados como sapos, lagartos, pássaros e pequenos mamíferos. Normalmente a picada, mesmo das espécies mais perigosas, não é fatal para humanos. Myriapoda: Chilopoda As forcípulas e as segundas maxilas seguram a presa e a mandíbula e as primeiras maxilas a mordem. As antenas são providas de cerda tácteis e quimiorreceptores (inclusive os diplópodes). Órgão de Tomosvary próximo a base das antenas para percepção de vibrações esta presente em muitos grupos (inclusive de diplópodes). Myriapoda: Chilopoda Myriapoda: Diplopoda Segmentos encontram-se fundidos em pares, cada um apresenta dois pares de pernas, de espiraculos e de gânglios nervosos. Gonopóros abrem anteriormente, próximo as coxas do segundo par de pernas (terceiro segmento de tronco), os espiráculos abrem localizados ventralmente e não possuem válvulas (não podem ser fechados). Cerca de 8.000 espécies de milípedes foram descritas. Myriapoda: Diplopoda Muitas espécies têm glândulas repugnatórias laterais nos segmentos do tronco que secretam substâncias químicas nocivas que podem irritar a pele e os olhos, inclusive cianeto (mais coloridos, defesa contra predadores). A maioria das espécie é detritívora, se alimentando principalmente de matéria orgânica vegetal em decomposição (exercendo grande importância para reciclagem de nutrientes em várias partes do mundo) Myriapoda: Diplopoda Polydesmidae Glomeridesmidae Penicillata Myriapoda: Diplopoda Diplópodes da Família Siphonophoridae se alimentam da seiva de plantas vivas e fungos, pois as mandíbulas, o labro e o gnatoquilário encontram-se modificados em um aparelho perfurador e sugador. Myriapoda: Symphyla Sinfílos compreendem miriápodes pequenos de 0.5 a 8.0 mm), sem olhos, tronco com 14 segmentos (os 12 primeiros com um par de pernas) e o 13º segmento com fiandeiras. Um par de espiráculos presente na cabeça, com traqueias presentes nos três primeiros segmentos. Sinfílos geralmente são incomuns, ocorrendo no solo e na serrapilheira. Aproximadamente 160 espécies são conhecidas. Myriapoda: Symphyla Sinfílos são basicamente herbívoros, inclusive de plantas vivas, mas muitas espécies são detritívoras, consumindo matéria orgânica vegetal e animal. A espécie Scutigerella immaculata é uma praga em víveiros de plantas e jardins, consumindo as pontas das raízes e podendo alcançar altas densidades populacionais. Myriapoda: Pauropoda Myriapodes quase microscópicos: 0,5 a 1,5 mm, sem olhos, 9 a 11 pares de pernas, alguns segmentos do tronco parcialmente fundidos. As peças bucais são pouco desenvolvidas (a segunda maxila é ausente), a maioria não tem sistemas traqueais ou circulatórios. Pouco comuns, mas encontrados em todas as partes do mundo, principalmente em solo úmido e em serrapilha. Cerca de 500 espécies são descritas. Hipótese filogenética para Myriapoda baseada na sequencia de tres genes (publicada em 2014) Grupo externo
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