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IDADE 2 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS OBJETIVO DA UNIDADE: Compreender os conceitos gerais, distinguir as diferentes formas de participação societária permanente e registrar os fatos contábeis que envolvem aquisição de investimentos. As participações em outras entidades/empresas na forma de ações (sociedade anônima) ou na forma de quotas (sociedade limitada) são classificadas no Balanço Patrimonial (BP). Essas participações são avaliadas por dois diferentes métodos: Valor Justo, ou Método de Equivalência Patrimonial (MEP). Mas antes de iniciarmos a explicação desses diferentes métodos de avaliação de investimentos, você sabe o que é uma Sociedade Anônima e uma Sociedade Limitada? Fonte: http://migre.me/4BvGH Sociedade Anônima é uma forma de constituição de sociedade/entidade com capital social dividido por ações e que podem ser negociadas livremente representadas pela participação societária no capital da companhia. A sociedade é designada por denominação (nome empresarial) e sigla S.A ou Cia. e o titular dessa ação é chamado de acionista. Vejamos o que diz o artigo 4º da Lei das S.A.: “Para os efeitos desta lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários”. Portanto, a sociedade anônima pode ter a classificação de companhia Aberta ou Fechada. Cia. Aberta: suas ações são negociáveis na bolsa de valores (ações, debêntures, partes beneficiárias e etc.); Cia. Fechada: não admite valores mobiliários negociáveis nesses mercados. Já as Sociedades Limitadas são regidas pelo Código Civil e representadas pela união de sócios que responderem solidariamente pela integralização do chamado capital social. Bem, esclarecemos as definições agora vamos às formas de participações nessas sociedades, que como já foi comentado, pode ser realizado através do Valor Justo ou Método de Equivalência Patrimonial - MEP. O grande problema é que quando avaliamos esses investimentos observamos como foram realizados, sob quais formas, e a respeito disso a legislação diz que os investimentos em ações ou quotas realizadas nessas empresas/entidades são classificados como investimentos em empresas Controladas, Coligadas ou Controladas em Conjunto. Talvez você esteja se perguntando: isso quer dizer que posso fazer um investimento (ser um sócio ou acionista) de uma empresa limitada ou sociedade anônima e essa empresa ser uma empresa controlada, coligada ou controlada em conjunto? É isso? Exatamente isso pessoal! Fonte: http://migre.me/4BnNP Então, vamos passar agora a ver o que são esses tipos de empresa: Sociedades Coligadas: de acordo com a lei das S.A., artigo 243 parágrafo 1º “são as sociedades quando uma participa com alguma influência do capital da outra sem controlá-la”. Essa participação pode ser através de ações ordinárias (ON) ou preferenciais (PN). A B Uma parte de B pertence a A Sociedades Controladas/Controladas em Conjunto: o próprio nome já diz, são empresas controladas diretamente ou através de outras, com participação maior que 50% do capital social votante. Segundo o artigo 243 da lei 6.404/76 parágrafo 2º: Controlada é a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. A B Empresa A controla B Fonte: Elaboração própria 2.1 Avaliação de Investimentos 2.1.1 Método de Custo Segundo o Manual das S.A. (2010, p. 159), a avaliação de investimentos pelo Método de Custo de aquisição consiste em atribuir ao investimento o valor originalmente pago por ele, devidamente ajustado quando for o caso: pela variação positiva ou negativa em função do valor justo (mercado), pelo acréscimo de correção monetária, pela variação cambial, pelos juros, etc., deduzido de provisão para redução ao valor de mercado ou de Provisão para Perdas. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis definiu valor justo por meio do CPC nº 2/2008: Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado entre partes interessadas conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Os critérios a serem observados para avaliação dos investimentos pelo Método do Custo de Aquisição estão disciplinados nos incisos I, III, IV do artigo 183 da Lei nº 6.404/76: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. O manual de contabilidade descreve em seu texto uma técnica de investimento para avaliação pelo Custo de Aquisição, faremos um breve resumo que facilitará o entendimento desse método: a explicação se baseia no que disciplina o art. 183 que descreve os critérios de avaliação. a) Investimentos temporários (classificados no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo) Aqueles liberados para negociação, classificados no ativo circulante como, por exemplo, o ouro, dinheiro em moeda estrangeira serão avaliados no final de cada ano, pelo seu valor justo (valor de mercado). As variações para mais ou menos, obedecendo ao princípio da competência, terão como contrapartida, o próprio resultado do exercício. Aqueles destinados à negociação e que serão classificados no Realizável a Longo Prazo, também serão avaliados pelo valor justo tendo como contrapartida a conta ajuste de Avaliação Patrimonial, do PL. As demais aplicações, os direitos e os títulos de créditos serão avaliados pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão atualizados conforme dispõe a legislação ou ainda aspectos contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando houver divergência entre os valores. Quanto aos instrumentos financeiros denominados derivativos, representados por contratos a termo (para entrega futura), como os swaps, estes serão avaliados a valor justo e a contrapartida de suas variações para mais ou para menos serão o próprio resultado do exercício. b) Investimentos permanentes (classificados no Ativo não circulante, subgrupo investimentos) Os ativos permanentes, realizados em títulos representativos do capital de sociedades controladas, coligadas ou em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum, serão avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial, assunto que estudaremos a seguir. Por outro lado, os investimentos realizados em títulos representativosde capital de sociedades que não sejam controladas, coligadas e não façam parte de um mesmo grupo ou não estejam sob controle comum, serão avaliados pelo custo de aquisição diminuído de provisão para perdas permanentes. Já os demais investimentos, como imóveis de renda, antiguidades e obras de arte serão avaliados pelo valor original. Vale lembrar que conforme o que estabelece o artigo 380 do RIR/99, os lucros ou dividendos recebidos pela Pessoa Jurídica, “em decorrência de participação societária avaliada pelo Método de custo de aquisição, adquirida até seis meses antes da data de respectiva percepção, serão registrados pelo contribuinte com diminuição do valor do custo, e não influenciarão as contas de resultado”. Vejamos o exemplo abaixo: Suponhamos que em 10 de novembro de X1 a Empresa A tenha adquirido ações da Cia B por R$ 20.000. Com essa compra a Investidora A tornou-se proprietária de 5% de Patrimônio Líquido da Investida B. Suponhamos, agora, que, em 25 de janeiro de X2 a investidora A tenha recebido de sua investida B a importância de R$ 2.000, correspondente a dividendos em decorrência de lucros apurados em 31.12.X1. Verificamos agora como devem ser contabilizados os fatos pela Investidora A: D - Participação na Cia B C - Caixa ou Banco conta movimento................... 20.000,00 Histórico: Aquisição de X ações da Cia B. Registraremos agora os dividendos recebidos em função da apuração do lucro apurado da Cia B: D – Caixa ou Banco conta movimento C – Participação na Cia B...................................... 2.000,00 Histórico: Participação nos lucros da Cia B apurados em 31.12.X1. Em resumo, os investimentos que são avaliados por esse método serão classificados no ativo circulante quando classificados como investimentos temporários e classificados no subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante quando permanentes, desde que, tais sociedades não sejam consideradas coligadas ou controladas, ou ainda que não sejam do mesmo grupo ou estejam sob controle comum. 2.1.2 Método de Equivalência Patrimonial e Valor Justo Agora vamos estudar um dos métodos mais utilizados dentro das sociedades anônimas com base na Lei das S.A. e nos Pronunciamentos Contábeis – CPC. Segundo o Manual das S.A., as participações avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial - MEP são classificadas no grupo de investimento do ativo não circulante do B.P., e representam ações ou quotas de empresas Controladas, Coligadas e Controladas em Conjunto. As demais participações são avaliadas pelo Valor Justo e classificadas no ativo circulante ou no ativo realizável a longo prazo (ativo não circulante) do B.P., dependendo da expectativa de realização. Eu sei que lendo essas definições não fica claro o que “sobra” para avaliarmos pelo Valor Justo, mas, pensando nisso, o CPC criou exemplos práticos de enquadramento onde podemos verificar melhor quando aplicar um ou outro método de avaliação. A decisão para fins de aplicação desses conceitos, Valor Justo ou MEP, são os pronunciamentos técnicos do CPC e a Lei das Sociedades por Ações, vejamos alguns exemplos práticos: 1. Aquisição de quotas ou ações societárias com o objetivo exclusivo de venda subsequente, ou seja, venda nos próximos 12 meses. Classifico como Valor Justo ou MEP? Segundo o CPC 38, aplica-se o registro pelo Valor Justo por se tratarem de investimentos temporários. 2. Quando na aquisição da quota ou ação a investidora exercer o controle, aplica- se que método de avaliação? Aplica o que diz CPC 36 e o CPC 18, investimentos dessa natureza (controlada) aplica-se o MEP. 3. Quando a investidora exercer influência significativa, aplica-se qual método? Segundo o CPC 18, para contabilizar investimento em coligada utilizamos o MEP como avaliação. 4. Existe acordo contratual especificando o controle em conjunto. Qual o método utilizado para este tipo de avaliação? Segundo o CPC 19, para contabilizar investimento em controlada em conjunto utilizamos o MEP como método de avaliação. a) Método do Valor Justo O tratamento contábil dessa classificação está previsto na letra a) e b) do inciso I do art. 183 da Lei nº 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.941/09), que reproduzimos a seguir: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. A Legislação apresenta a seguinte classificação dos ativos financeiros: ativos financeiros mantidos para negociação (ação para negociação) e; ativos financeiros disponíveis para venda (ação disponível para venda). O primeiro representa ativos de fácil liquidez e o objetivo da Cia. é a obtenção de benefícios a curto prazo. Por essa razão esses ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor de custo e depois ajustados ao seu valor justo, conforme as premissas do mercado. Os rendimentos e o ajuste a valor justo são computados no resultado do exercício. Já o segundo, possui o mesmo tratamento inicial (ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor de custo e depois ajustados ao seu valor justo). Seus rendimentos são tratados como receitas financeiras na DRE e o ajuste a valor justo é registrado diretamente no patrimônio líquido, livre dos efeitos tributários (normalmente IR e CSLL) em conta denominada de Ajustes de Avaliação Patrimonial. Apresentamos a seguir um exemplo utilizado por Almeida (2010, p.29), em que uma mesma ação é avaliada nas duas categorias citadas. A sociedade comprou uma ação por R$ 1.000,00. Foram recebidos dividendos de R$ 100,00 e o valor justo dessa ação na data do balanço é de R$ 1.140,00 Ação para Negociação – aquisição: D - Ativos Financeiros 1.000,00 C - Banco – Conta Movimento 1.000,00 Histórico: Aquisição de ações – Compra de títulos Registro do recebimento dos Dividendos: D - Banco – Conta Movimento 100,00 C - Receita Financeira 100,00 Histórico: Registro dos dividendos recebidos Ajuste do Valor Justo: D - Ativos Financeiros 140,00 C - Receita na valorização das ações 140,00 (resultado) Histórico: Pelo ajuste da ação ao valor justo (R$ 1.140,00 – R$ 1.000,00 = R$ 140,00) Agora vejamos a contabilização da mesma ação, mas, na opção de venda: Ação Disponível para a Venda: Ativos Financeiros 1.000,00 Banco – Conta Movimento 1.000,00 Histórico: Aquisição de ações – Compra de títulos Banco – Conta Movimento 100,00 Receita Financeira 100,00 Histórico: Registro dos dividendos recebidos Ativos Financeiros 40,00 Ajustes de Avaliação patrimonial (PL) 40,00 Histórico: Pelo ajuste da ação ao valor justo (R$ 1.140,00 – R$ 1.000,00 = R$ 140,00) Ajuste de Avaliação Patrimonial 42,00 Passivo – Impostos diferidos 42,00 Histórico: Pelo registro dos impostos sobre o valor do ajuste a valor justo da ação (R$ 140,00 X 30% (alíquota do IR e da CSLL) = R$ 42,00) Continuando o mesmo exemplo anterior, mas vamos imaginar que o valor justo da ação na data do Balanço é de R$ 980,00. Ação para Negociação: Ativos Financeiros 1.000,00 Banco – Conta Movimento 1.000,00 Histórico: Aquisição de ações – Compra de títulosBanco – Conta Movimento 100,00 Receita Financeira 100,00 Histórico: Registro dos dividendos recebidos Perda na desvalorização de ações (resultado) 20,00 Ativos financeiros 20,00 Histórico: Pelo ajuste da ação ao valor justo (R$ 980,00 – R$ 1.000,00 = R$ 20,00) Ação Disponível para a Venda: Ativos Financeiros 1.000,00 Banco – Conta Movimento 1.000,00 Histórico: Aquisição de ações – Compra de títulos Banco – Conta Movimento 100,00 Receita Financeira 100,00 Histórico: Registro dos dividendos recebidos Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 20,00 Ativos Financeiros 20,00 Histórico: Pelo ajuste da ação ao valor justo (R$ 980,00 – R$ 1.000,00 = R$ 20,00) Ativo – Impostos diferidos 6,00 Ajustes de avaliação Patrimonial (PL) 6,00 Histórico: Pelo registro dos impostos sobre o valor do ajuste a valor justo da ação (R$ 20,00 X 30% (alíquota do IR e da CSLL) = R$ 6,00) Caso não seja possível mensurar o valor justo da ação (seja por falta de cotação em bolsa de valores ou de premissas e metodologias confiáveis), a ação é mantida pelo seu valor de custo conforme os conceitos previstos no CPC 38 parágrafos AG 80 e AG 81 do Apêndice A. b) Método de Equivalência Patrimonial - MEP Os principais documentos que tratam da avaliação de investimentos pelo MEP são: - Art. 248 da lei nº 6.404/76; - Art. 384 a 391 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99); e art. 1 a 20 da Instrução CVM nº 247/96. O CPC 18 (investimento em Coligadas e em Controladas) define que o MEP é um método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações dos ativos líquidos da investida. O resultado do período do investidor deve incluir a parte que lhe cabe nos resultados gerados pela investida. Bem, então a quem se aplica o MEP, segundo a legislação? Fonte: http://migre.me/4BvGH 1. Empresas Coligadas: segundo definição do art.243 da lei 6.404/76 “são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, ou seja, quando a investidora detém ou exerce poder de participar nas decisões das políticas financeiras ou operacionais da investida sem controlá-la”. Ainda segundo a lei, é presumida influência significativa quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 2. Equiparam-se às Coligadas as sociedades quando uma participa indiretamente com 10% ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la; ou ainda, as sociedades nas quais uma participa diretamente com 10% ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la, independentemente do percentual da participação do capital total. 3. Controladas: Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. (§ 2º do artigo 243 da Lei nº 6.404/76) O valor contábil do investimento, tanto para Controladas quanto Coligadas, corresponde ao custo de aquisição avaliado pela equivalência patrimonial, adicionado do ágio não amortizado, deduzindo o deságio não amortizado e da provisão para perdas, conforme diz a legislação. Vejamos o exemplo abaixo: A empresa Aqui Vou Eu (investidora) comprou à vista 60% do capital social de CIA e CIA (investida) pelo valor de R$ 9.000,00. CIA e CIA tinha um PL a valor justo de R$ 15.000,00, e apurou um lucro de R$ 1.000,00 no final do período. Declarou dividendos de R$ 100,00. Aquisição do Investimento: D - Investimento em CIA e CIA 9.000,00 C - Banco – Conta Movimento 9.000,00 Histórico: Aquisição de ações da CIA e CIA Registro do Lucro: D - Investimento na CIA e CIA (1.000,00 X 60% = R$ 600,00 600,00) C - Receita de equivalência patrimonial 600,00 Histórico: Registro da parcela proporcional do lucro apurado pela CIA e CIA. Registro do Dividendo D- Dividendos a receber (100,00 X 60% = R$ 60,00) 60,00 C - Investimento em CIA e CIA 60,00 Histórico: Registro da parcela proporcional do dividendo declarado pela CIA e CIA. Vejamos agora um exemplo de ágio e deságio na aquisição do investimento: Suponhamos que o PL da Investida, na data de hoje seja de: Patrimônio Líquido Capital...................................... 200.000 Reservas de Lucros................... 20.000 Total ........................................ 220.000 Suponhamos ainda que a diferença entre o valor de mercado e o valor líquido contábil dos bens do ativo imobilizado tenha sido igual a R$ 60.000,00. Vejamos como deverá ser apurado o valor patrimonial contábil das ações: Patrimônio Líquido da Investida.................. 220.000,00 (+) Diferença entre o valor de Mercado e o valor líquido do Imobilizado................................................... 60.000,00 PL Ajustado .............................................. 280.000,00 Agora vamos voltar ao exemplo anterior, já mencionamos que todo e qualquer valor patrimonial precisa ser ajustado nos investimentos feitos pelo MEP. Agora, como esse PL sofreu alteração nós teremos o seguinte ajuste: PL = 220.000,00 PL = 280.000,00 A investidora possui 60% do PL! Fonte: Elaboração própria Cálculo do valor patrimonial ajustado das ações objeto da negociação: 60% de R$ 280.000 = R$ 168.000 Para contabilizar corretamente a aquisição, a investidora fará avaliação do investimento adquirido pelo MEP, 60% do PL da investida (valor inicial) é igual a R$ 132.000,00 (60% de R$ 220.000,00) e o registro do cálculo do ágio ou deságio na aquisição: D – Participação na Controlada B.................. 132.000 D – Ágio por diferença de valor de mercado.. 36.000 C – Banco Conta Movimento........................... 168.000 Como você pode perceber esse é um exemplo de Ágio em investimentos. Agora, vamos imaginar o inverso, que num primeiro momento o investimento foi realizado e posteriormente o valor de mercado está menor do que o valor pago inicialmente. O nome disso é Deságio. Vamos utilizar o mesmo exemplo para o cálculo do deságio: a mesma empresa comprou ações por $ 100.000. Vejamos como ficam os lançamentos: D – Participação na Controlada B................................ 132.000 C – Deságio por diferença de valor de mercado............ 32.000 C – Banco Conta Movimento......................................... 100.000 Como podemos perceber no MEP todas as distorções são eliminadas, os lucros e prejuízos são reconhecidos na investidora e a parte dos resultados que lhe cabe pela geração de riqueza. O Manual das S.A. menciona que historicamente não havia equivalência patrimonial e nem consolidação de balanços. A primeira técnica utilizada foi a consolidação de balanços, mas só para registrar balanços controlados, posteriormente surge a ideia de se verificar (complementar) os dados do balanço utilizando o método de equivalência patrimonial. EXERCICIOS Analise os itens e marque F (Falso) ou V (Verdadeiro): (__) A constituição de sociedade/entidade com capital social dividido por ações e que podem ser negociadas livremente representadas pela participação societária no capital da companhia é característica de sociedade anônima. (__) Na Cia. Aberta as ações não são negociáveis na bolsa de valores e as fechadas admitem valores mobiliários negociáveis nesses mercados. (__) Sociedades Limitadas sãoregidas pelo Código Civil e representadas pela união de sócios que responde solidariamente pela integralização do chamado capital social. (__) As sociedades, quando uma participa com alguma influência do capital da outra sem controlá-la, são conhecidas como Controladas. (__) Controlada é a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. XERCÍCIO 4 O ágio na aquisição de uma participação societária é classificado no seguinte grupo de contas do balanço patrimonial: a) Investimentos b) Ativo imobilizado c) Ativo intangível d) Ativo circulante Grupo de contas no balanço patrimonial do investidor onde uma participação societária não é classificada: a) Ativo circulante b) Ativo imobilizado c) Ativo investimentos As participações societárias avaliadas pelo método de equivalência patrimonial são classificadas no seguinte grupo de contas do balanço patrimonial: a) Ativo circulante b) Ativo imobilizado c) Ativo realizável a longo prazo d) Investimentos Registro contábil de dividendos recebidos de ação classificada como disponível para venda: a) Ajustes de avaliação patrimonial, diretamente no patrimônio líquido, sem transitar pelo resultado. b) Resultado de exercícios futuros. c) Receita de dividendos no resultado do exercício. d) Passivo circulante. 5. Participações em controladas estão sujeitos a: a) Avaliação pelo Método de Custo de Aquisição. b) Avaliação pelo Método de Equivalência Patrimonial. c) Avaliação pelo valor de mercado. d) Avaliação pelo custo ou mercado, dos dois o menor. Analise os enunciados e marque F (falso) ou V (Verdadeiro): (__) Combinação de negócios é uma operação onde um adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, independentemente da forma jurídica da operação. (__) Combinação de negócios pode ocorrer por diferentes meios: por exemplo, aquisição de um conjunto de ativos de uma entidade. Analise os enunciados e marque a alternativa INCORRETA: a) Calcular e reconhecer o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura resultante da combinação de negócios pode ser realizado pelo adquirente do negócio. b) Reconhecer ou atribuir um valor justo aos ativos e passivos da entidade fusionada ou incorporada pode ser realizado pelo adquirente dos negócios. c) Determinar as informações necessárias a serem divulgadas para permitir que os usuários das demonstrações contábeis consigam avaliar a natureza e os efeitos financeiros da combinação de negócios pode ser adotado pelo adquirente do negócio.
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