Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANÁLISE ESTRUTURAL I Profª. Ma. Claudia Quintana 2020/01 1 As estruturas se caracterizam por serem as partes mais resistentes de uma construção, ou seja, garantem a estabilidade de um objeto de projeto, por exemplo, uma edificação. A finalidade de uma estrutura é receber e transmitir os efeitos das ações sofridas para o solo. Uma estrutura pode ainda ser projetada e construída em aço, concreto, madeira, pedra, materiais não convencionais (materiais que utilizam fibras vegetais, por exemplo), ou novos materiais sintéticos (plásticos, por exemplo). Ela deve resistir a ventos fortes, a solicitações que são impostas durante a sua vida útil e, em muitas partes do mundo, a terremotos. 1. INTRODUÇÃO 2 2. ANÁLISE ESTRUTURAL Etapa do projeto estrutural na qual é feita uma previsão do comportamento da estrutura. Todas as teorias físicas e matemáticas resultantes da formalização da Engenharia Estrutural como ciência são utilizadas na análise estrutural. A análise estrutural moderna trabalha com quatro níveis de abstração para a estrutura que está sendo analisada. 3 2.1 MODELO ESTRUTURAL A criação do modelo estrutural de uma estrutura real é uma das tarefas mais importantes da análise estrutural. Na concepção do modelo estrutural é feita uma idealização do comportamento da estrutura real em que se adota uma série de hipóteses simplificadoras. Baseadas em teorias físicas e em resultados experimentais e estatísticos, e podem ser divididas nos seguintes tipos: • hipóteses sobre a geometria do modelo; • hipóteses sobre as condições de suporte (ligação com o meio externo, por exemplo, com o solo); • hipóteses sobre o comportamento dos materiais; • hipóteses sobre as solicitações que agem sobre a estrutura (cargas de ocupação ou pressão de vento, por exemplo). 4 2.1 MODELO ESTRUTURAL Estrutura real Modelo Estrutural 5 2.1 MODELO DISCRETO Modelo é concebido dentro das metodologias de cálculo dos métodos de análise. Os tipos de parâmetros adotados no modelo discreto dependem do método utilizado. No Método das Forças os parâmetros adotados são forças ou momentos e no Método dos Deslocamentos os parâmetros são deslocamentos ou rotações. A metodologia de cálculo do Método das Forças determina os valores que os hiperestáticos devem ter para recompor os vínculos eliminados (restrição à rotação no apoio da esquerda e restrição ao deslocamento horizontal do apoio da direita). 6 2.1 MODELO COMPUTACIONAL A análise de estruturas pode ser vista atualmente como uma simulação computacional do comportamento de estruturas. Eficiência e rapidez nos cálculos 7 3. ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS O equilíbrio estático de um corpo se dá quando a força resultante aplicada sobre esse corpo é zero. PONTO MATERIAL É todo objeto onde as suas dimensões são desprezíveis quando comparadas com o movimento estudado. CORPO EXTENSO Todo objeto onde suas dimensões não podem ser desprezadas quando comparadas com o movimento estudado. Uma estrutura tem dimensões grandes e tem comportamento diferente de uma partícula sem dimensão. Além disso, as cargas atuam em uma estrutura em vários pontos de aplicação. Nesse caso, a ação à distância de uma força deve ser considerada. O efeito de uma força F atuando à distância h é chamado de momento: M = F . d ΣM = 0 O somatório de momentos em relação a um ponto qualquer deve ser nulo. 8 4. CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS QUANTO À GEOMETRIA Quanto à geometria, um corpo pode ser identificado por três dimensões principais que definem seu volume. Conforme as relações entre estas dimensões, surgem quatro tipos de peças estruturais: Barra: duas dimensões da mesma ordem de grandeza e uma terceira maior que as outras duas. Barra de elementos delgados: as três dimensões principais são de diferentes ordens de grandeza. É o caso dos perfis metálicos, onde a espessura é muito menor que as dimensões da seção transversal, que é menor que o comprimento da peça. As barras de elementos delgados são tratadas, sob o ponto de vista estrutural, da mesma forma que as barras, exceção feita à solicitação por torção. 9 4. CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS QUANTO À GEOMETRIA Folhas ou lâminas: duas dimensões de mesma ordem de grandeza, maiores que a terceira dimensão. Subdividem-se em: Placas: carregamento perpendicular ao plano médio. Chapas: carregamento contido no plano médio. Cascas: superfície média curva. Bloco: as três dimensões são da mesma ordem de grandeza. 10 5. TIPOS DE VÍNCULOS Vínculos são elementos que impedem o deslocamento de pontos das peças, introduzindo esforços nesses pontos correspondentes aos deslocamentos impedidos. Os deslocamentos podem ser de translação ou de rotação. No plano, um corpo rígido qualquer tem três graus de liberdade de movimento: deslocamento em duas direções e rotação. 11 5. TIPOS DE VÍNCULOS O vínculo de primeira ordem deixa liberados os movimentos na horizontal e os giros nas estruturas, impedindo apenas o deslocamento no eixo y. Os vínculos de segunda ordem impedem dois tipos de movimento, que podem ser um deslocamento na horizontal e um deslocamento na vertical. Contudo, o giro no eixo z é liberado. Os vínculos de terceira ordem que impedem três tipos de movimentos: a translação em x, a translação em y e o giro no eixo z. 12 5. TIPOS DE VÍNCULOS a) Apoio simples ou de primeiro gênero: Reação na direção do movimento impedido. Exemplo de movimento: rolete do skate. 13 5. TIPOS DE VÍNCULOS b) Articulação, rótula ou apoio do segundo gênero: Exemplo de movimento: dobradiça. 14 5. TIPOS DE VÍNCULOS Engaste: ou apoio de terceiro gênero: Exemplo de movimento: poste enterrado no solo. 15 16 17 5. TIPOS DE VÍNCULOS EXEMPLOS: Apoio rotulado em viga de ponte. Ligação de canto rígida de um pórtico de aço. Observam-se as chapas formando uma ligação rígida com os pilares. 18 6. ESTATICIDADE ISOSTÁTICA : A estrutura é restringida e o número de incógnitas é igual ao número de equações de equilíbrio. HIPERESTÁTICA : A estrutura é restringida e o número de incógnitas é maior que o número de equações de equilíbrio. HIPOSTÁTICA : A estrutura não é restringida ou o número de incógnitas é menor que o número de equações de equilíbrio. Uma estrutura está restringida quando possui vínculos para restringir todos os movimentos possíveis da estrutura (translação e rotação) como um corpo rígido. 19 6. ESTATICIDADE Cada movimento restringido pelo apoio corresponde a uma incógnita que deve ser determinada. EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO 20 7. GRAU DE HIPERESTATICIDADE Uma forma de calcular o grau de hiperestaticidade, a fim de descobrir se a estrutura é restringida, é usando a seguinte fórmula: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3 . m Onde: C1 = número de vínculos de 1ª classe; C2 = número de vínculos de 2ª classe; C3 = número de vínculos de 3ª classe; m = número de hastes presentes na estrutura. 21 Outra maneira de calcular é utilizando o critério apresentado por Sussekind: gh = ge + gi, Sendo: gh = grau de estaticidade ou hiperestaticidade; ge = grau de hiperestaticidade externa; gi = grau de hiperestaticidade interna. 7. GRAU DE HIPERESTATICIDADE 22 7. GRAU DE HIPERESTATICIDADE 23 7. GRAU DE HIPERESTATICIDADE EXEMPLOS: 24 7. GRAU DE HIPERESTATICIDADE EXEMPLOS: 25 7. GRAU DE HIPERESTATICIDADE EXEMPLOS: 26 8. ESTABILIDADE 27 9. DIAGRAMA DE CORPO LIVRE 28 9. DIAGRAMA DE CORPO LIVRE 29
Compartilhar