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Sarna: Causas, Sintomas e Tratamento

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• Irritação pruriginosa da pele do homem 
caracterizada por uma erupção polimorfa 
causada pelo Sarcoptes scabiei; 
• Mais conhecida como sarna; 
• É uma doença de distribuição geográfica 
cosmopolita; 
• Está relacionada a fatores socioeconômicos. 
Aparece em aglomerações humanas de baixo 
padrão social e precárias condições de higiene, 
como favelas e habitações coletivas; 
• Pode haver casos isolados em escolas, 
quartéis, hospitais e comunidades familiares; 
EPIDEMIOLOGIA 
• Segundo dados da Enfermaria 
Real de Edinburgo sobre 
doenças infecciosas (1815-
2000) há cerca de 300 
milhões de novos casos de escabiose a cada 
ano. (Hicks e Dirk, 2009); 
• As fêmeas e as deuteroninfas, ambas 
fecundadas, são as responsáveis pela 
propagação da doença; 
• A escabiose é mais comum nas crianças que 
nos adultos e idosos; 
• Essa doença ocorre principalmente em países 
tropicais. 
MORFOLOGIA 
• Ácaros pequenos e esbranquiçados, corpo 
mole, ovoide, globoso, estriado e pouco 
quitinizado; 
• Não possuem estigmas respiratórios. As 
trocas gasosas ocorrem pela cutícula; 
• Cutícula marcada por estrias finas, cerdas 
finas e flexíveis, espinhos curtos e robustos e 
escamas triangulares; 
• Quelíceras em forma de tesoura 
• Olhos ausentes; 
• Possuem 2 pares de pernas anteriores e 2 
pares posteriores (mais afastados); 
- Fêmeas: 0,4 mm de comprimento/0,3 
mm de largura; 
- Machos: menor que a fêmea, ventosas 
copuladoras, pouco menores que as 
fêmeas; 
BIOLOGIA 
• Existem diversas variedades de S. scabei 
(adaptação ao hospedeiro). São exemplos: 
- S. Scabiei variedade hominis; 
- S. Scabiei variedade canis; 
- S. Scabiei variedade suis. 
• Obs.: Cada variedade é específica para o 
hospedeiro; 
• Humanos ao manusear cães com sarna 
adquirem o parasitismo, mas curam-se 
espontaneamente. 
Ciclo biológico 
• Ácaros adultos penetram na pele (galerias e 
túneis); 
• Fêmeas depositam seus ovos nos sulcos 
cutâneos (3-4 ovos/dia); 
• Período de incubação: 3-5 dias (eclosão dos 
ovos e liberação de larvas hexápodas); 
• As larvas sofrem mudas e transforma-se 
em ninfas octópodes; 
 
 
• De 8 a 10 dias transformam-se em adultos 
machos e fêmeas (cópula e novo ciclo); 
• O ciclo completo dura cerca de 20 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os adultos perfuram túneis principalmente 
nas regiões: 
- Interdigitais; 
- Axilas, seios, mãos, punhos e cotovelos; 
- Virilhas, genitais externos; 
- Nádegas, costas e pernas. 
• Em casos não-tratados, a sarna pode 
generalizar-se e se estender por todo o 
corpo. Raramente ataca o pescoço; a cabeça 
em geral é poupada, exceto nos lactentes, que 
dormem agarrados às mães, contagiando-se 
no rosto. 
TRANSMISSÃO 
• A sarna se difunde de indivíduo a indivíduo por 
contato direto, geralmente à noite, dada a 
atividade dos ácaros, aumentada nesta 
ocasião; 
• A transmissão diurna é mais rara; 
• Admissível, embora também rara, é a difusão 
através de toalhas e roupas contaminadas; 
• Transmissão sexual; 
• Infestação em outros locais por prurido e 
transferência manual dos ácaros; 
• O período de incubação varia de 2 a 6 semanas. 
Fatores predisponentes para a transmissão 
• Aumento da população humana (maior 
contato das pessoas); 
• Crises sociais acentuadas (correntes 
migratórias); 
• Resistência dos ectoparasitos aos 
medicamentos tradicionais; 
• Desinformação da população; 
• Condições socioeconômicas precárias e as 
suas consequências; 
• Erros de diagnóstico. 
PATOGENIA 
• Perfuração da epiderme associado aos 
produtos do metabolismo e saliva do ácaro 
geram prurido e erupções cutâneas; 
• Os túneis são perfurados pela fêmea, que se 
encontra em geral no fundo dessas galerias 
sinuosas, onde vai depositando ovos à medida 
que avança; 
• Infecções microbianas secundárias por 
Estafilococos e Streptococcus pelo ato de 
coçar; 
• Pacientes imunossuprimidos e 
imunodeficientes podem desenvolver 
 
 
escabiose norueguesa (abundância do 
parasito). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Prurido: 
- Sintoma principal, sendo de intensidade 
variável, geralmente mais intenso à noite; 
- Aparece cerca de 5 a 15 dias após a 
infestação; 
- Incômodo, intenso e mesmo insuportável, 
aumentando à noite em coincidência com a 
atividade dos artrópodes; 
• Eminência acariana de Bazin: Pequena vesícula 
amarelada característica da lesão. Fica 
próxima à fêmea e pode-se ver 
(especialmente com auxílio de uma lupa). 
• Presença do sulco acariano: diminuta elevação 
linear com até 1 cm de tamanho. Em sua 
porção terminal encontra-se a eminência 
acariana que contém o ácaro; 
• Escabiose nodular: localiza-se, principalmente, 
nas regiões genitais e perigenitais; 
• Lesões: 
- Pápulo-nodulares, 
- Eritemato-violáceas, intensamente 
pruriginosas; 
• Obs.: Na superfície das lesões não se 
encontram o ácaro ou seus ovos. 
 
Sarna norueguesa 
• Em certos doentes as lesões podem evoluir 
resultando no aparecimento de crostas mais 
ou menos espessas (1 a 3 mm), córneas ou 
porosas onde abundam os artrópodes; 
• Retiradas, estas crostas deixam a descoberto 
uma superfície rósea e papilomatosa, banhada 
de um líquido gomoso, e pontos brancos e 
móveis, os Sarcoptes, em grande número; 
• Neste tipo de sarna as lesões se caracterizam 
por uma hiperqueratose e paraqueratose que 
formam as crostas; 
• A epiderme se atrofia e geralmente há 
separação nítida da derme e da epiderme em 
consequência de um edema; 
• As causas que determinam o aparecimento, 
ou melhor, a transformação de uma sarna 
comum em sarna crostosa variam segundo os 
autores. A maioria admite uma predisposição 
particular dos indivíduos, um fator 
constitucional, presente neste ou naquele 
doente, condicionando o aparecimento desta 
modalidade de sarna sarcóptica do homem. 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico clínico 
• Relativamente fácil nos casos manifestos, 
mas difícil no início ou em pessoas que fazem 
a higiene adequada; 
• Fatores que orientam o diagnóstico: 
• Localização das lesões; 
• Prurido exacerbado à noite; 
 
 
• Presença de sulcos sinuosos e a anamnese 
bem feita que salientará o contágio. 
Diagnóstico laboratorial: 
• Microscopia óptica direta dos ácaros 
• Fita gomada sobre as crostas; 
• Raspado da epiderme (limite entre as crostas 
e a pele saudável). 
Diagnóstico diferencial 
• Dermatite atópica; 
• Dermatite alérgica de contato; 
• Lepidopterismo (dermatite associada ao 
contato com mariposas); 
• Doenças bolhosas autoimunes; 
• Impetigo (infecção causada por 
Sthapylococcus aureus e Streptococcus 
pyogenes). 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Prevenção primária: 
• Hábitos de Higiene; 
• Limpeza pessoal; 
• Lavagem rotineira de roupas e roupas de 
cama; 
Prevenção secundária: 
• Identificação e tratamento dos indivíduos 
infectados e, se possível, os contatos 
domiciliares e sexuais; 
• Situação epidêmica: tratamento simultâneo da 
pessoa infectada e de seus contatos; 
• Limpeza do ambiente e vigilância para prevenir 
reinfecção; 
TRATAMENTO 
• Banho morno e demorado para a retirada das 
crostas; 
Medicamentos tópicos: 
 Permitrina 5% : piretroíde sintético atua sobre 
o canais de sódio, despolarizando a membrana 
e atrasando a repolarização, conduzindo o 
parasito a paralisia e morte; 
 Lindano ou gama-hexaclorociclohexano 1%: 
ação sobre o SNC, produzindo excitabilidade, 
convulsão e morte do parasito; 
 Benzoato de benzila 10-25%: ação 
neurotóxica. Apresentação farmacêutica: 
loção, sabonete, creme e shampoo; 
 Malation 0.5%: organofosforado que atua 
bloqueando a enzima acetil-colinesterase. 
Apresentação farmacêutica: loção. 
Medicamento oral 
• Ivermectina (VO): lactona macrocíclica que 
potencializa a ação inibidora neuronal mediada 
pelo GABA (ácido gama-aminobutir íco) 
promove hiperpolarização do neurônio e inibe 
a transmissão nervosa do parasita.- Dose única 200 g/kg para adultos e 
crianças acima de 5 anos. 
Imunoterapias 
• Administração gradual de alérgenos 
específicos até alcançar uma dose capaz de 
reduzir a gravidade da doença oriunda de uma 
exposição natural; 
- Objetivo: redirecionar a resposta imune 
inadequada aos autoantígenos ou alérgenos 
com ajuda de mecanismos supressores e 
prevenir o desenvolvimento da doença 
persistente a longo prazo. 
 Peptídeos sintéticos do alérgeno: 
- Gera anergia em células T; 
- Evita a anafilaxia pois são incapazes de se 
ligar a IgE. 
 
 
Vacinas 
• DNA: consiste em vetores plasmidiais que 
codificam alérgenos; 
- Objetivo: expressa o antígeno a APC e 
converte Th2 para o perfil Th1 e suprime 
a resposta alérgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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