Buscar

SIMULADO fisiologia do TGI - digestão

Prévia do material em texto

Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFMT – T5
Descreva o processo de mastigação
A mastigação é um processo reflexo e envolve músculos. o m. masseter, vascularizado pela arteria massetérica, o m. temporal, vascularizado pelas artérias temporais, o m. pterogóideo medial, vascularizado pelos ramos pterogóides, são os levantadores da mandíbula e inervados por ramos do N. trigêmeo. O musculo pterogóideo lateral e o milo-hióideo, inervados pelo nervo trigêmeo, digástrico inervado pelo N fascial, e o m. gênio hióideo inervado pelo n hipoglosso, são os depressores da mandíbula. Quando o alimento toca a cavidade oral os músculos levantadores são inibidos e a mandíbula desce. O estiramento desses músculos provoca uma ação reflexa e a os músculos levantadores contraem e a mandíbula sobe. A mastigação é importante para a trituração do alimento, a quebra das membranas de celulose e para permitir um maior tempo de contato do bolo alimentar com as enzimas da saliva.
Descreva o processo de deglutição
A deglutição se inicia quando o alimento mastigado e lubrificado pela saliva está na cavidade oral. Os músculos da língua se contraem e a elevam até ela tocar o palato duro, isso empura o bolo alimentar posteriormente em direção aos arcos palatinos. Os músculos palatoglosso, inervado pelo nervo vago e o musculo palatofaríngeo, se constraem e formam um canal estreito por onde o bolo irá passar, direcionando-o para a faringe. O musculo da úvula, estimulada pelo n vago contraíra, o musculo levantado do palato contrairá e isso ajudara a fechar a cavidade nasofaríngea. Os músculos da laringe se contrairão e as cordas vocais serão aproximadas, a epiglote será abaixada e a cavidade da laringe será fechada, impedindo a entrada do bolo. Desse modo, o bolo alimentar será direcionado para a faringe, que abrira o esfíncter superior da faringe, permitindo a entrada do bolo, os músculos circulares constritores superior, médio e inferior, contribuíram com o peristaltismo primário, empurrando o alimento em direção ao esôfago até que o esfíncter cardio se abra, permitindo a entrada do alimento na cavidade gástrica.
Descreva a salivação e suas glândulas
Há glandulas salivares extrincisecas e intrincsecas. As primeira delas, a glândula parotida, é composta predominantemente por ácinos serosos, sendo acinar composta, contribuindo com cerca de 20% do volume salivar. Esta localizada no ramo da mandíbula próximo a orelha, é em par, secreta principalmente alfa-amilase, contribuindo para o inicio da digestão de carboidratos. Ela recebe estímulos provenientes do núcleo salivatorio inferior, a partir de fibras do nervo glossofaríngeo, até o gânglio ótico, o qual emite fibras os ganglionares parassimpáticas para a parótida. Ela secreta tambem imunoglobulinas, que ajudam na proteção da boca. Sua glândula contem muitos adipócitos e tecido conjuntivo entre os lobos. 
A glândula submandibular se localiza no assoalho da boca, contribui com cerca de 60% da produção salivar, é predominantemente serosa, mas contem ácinos mucosos tambem. Secreta principalmente lisozima, a qual lisa a parede celular das bactérias, e alfa-amilase. Seu ducto desemboca na papila lingual. Tem poucos adipócitos e recebe estímulos do nucleo salivatório inferior, por meio do nervo fascial, o qual emite fibras para o gânglio submandibular, o qual emite fibras nervosas pos ganglionares parassimpáticas pra a glangula submandibular e sublingual. Esta, é uma glândula seromucosa, acinar composta, a qual contem grânulos mucosos contendo a glicoproteína mucina, importante para a lubrificação do bolo alimentar e proteção das mucosas. Secreta tambem lipase lingual, lisozima e alfa-amilase. É a menor das glândulas e se localiza no assoalho da boca
A produção da saliva se inicia antes de o alimento chegar até a cavidade oral, por meio de estímulos táteis, imaginários, olfatórios e de som. Quando o alimento chega até a boca, quimiorreceptores enviam estímulos por fibras nervosas aferentem até os núcleos salivatórios, os quais devolve estímulos por fibras eferentes, estimulando o aumento da produção salivar. A produção em si, ocorre nos ácinos, os quais, por meio de transportadores na membrana basolateral e apical, transportam Na, K, Cl e agua para dentro lume dos ácidos. A quantidade de agua paracelularmente e por meio de aquaporinas 5 e 3, é proporcional ao volume de Na e Cl, sendo a secreção primaria isotônica. Quando a saliva vai para os ductos para ser transportada, ocorre reabsorção de Na, Cl e secreção para o lume de HCO3- e K+. sendo assim, a quantidade de ions na saliva tende a diminuir, tornando- a hipotônica. Quando a produção salivar é muito acentuada, não há tempo suficiente para os ions serem absorvidos nos ductos, tornando a saliva hipertônica. Por fim, ela é direcionada pelos ductos intralubulares, pelos ductos extriados e pelo ducto escretor até a cavidade oral.
Descreva o processo de digestão gástrica do alimento até chegar ao piloro, descrevendo a histologia, anatomia, secreções e respectivas inervações e vascularizações.
A primeira parte do estomago é a cardia. Ela contem o esfíncter cárdico, que é composto por musculo circular, o qual se manter contraído a maior parte do tempo e é relaxado para a passagem do bolo alimentar pela junção gastroesofágica. Essa junção tem a linha Z, em que o epitélio pavimentoso estratificado do esôfago é subitamente trocado pelo epitélio colunar simples do estomago. A cardia fossetas com lume espassado e tem glandulas que secretam principalmente lisozima e muco, para auxiliar a lubrificar o bolo alimentar e proteger o estomago de possíveis bactérias presentes nele. O fundo do estomago e o corpo são similares histologicamente, pois contem o mesmo epitélio colunar simples e tem fossetas gástricas (invaginações do epitélio, em que tem cerca de 3 a 7 glândulas) profundas. A região do antro pilórico e piloro tem fossetas mais estreitas e muito ramificadas. No final do piloro, tem o esfíncter pilórico, composto por musculo circular cerca de 5x mais espesso que o esfíncter cárdico, que controla o esvaziamento do estomago para o duodeno.
Cada glândula dentro das fossetas gástricas pode ter até 5 tipos celulares. A superfície do epitélio é recoberta por muco alcalino secretado a partir das glandulas mucosas da superfície. A fovéola é dividida em istmo, colo e base. No istmo há células tronco, parietais e mucosas de superfície. O muco recobre todo o epitélio do estomago e funciona como uma camada protetora, impedindo que o suco gástrico cause ulcerações na parede do estomago. A camada mais externa de muco pode ser facilmente digerida por pepsina, tendo que ser reposta a cada 3 dias aproximadamente. As células tronco fazem a reposição dessas células mucosas, permitindo maior produção de muco e tambem repõe todos os outros tipos celulares da glândula. As células parietais são abundantes no istmo e colo, sendo encontradas pouco na base, elas tem núcleo redondo e muitas miticondrias. São piramidais e contem uma estrutura túbulo vesicular, a qual contem a enzima H+/K+ ATPase, que faz promove a formação do suco gástrico. Contem uma invaginaçaõ profunda na sua célula chamada de canalículo, em que a membrana desse sulco se funde com a da estrutura túbulo vesicular, aumentando sua área de secreção.
No colo, além das células parietais e tronco, há um grupo de células classificadas como enteroendocrinas que secretam substancias neurais que ativam ou inbem a açõa das células parietais. As células G, por exemplo, secretam gastrina, enquanto as células D secretam somatostatina.
Há tambem as células mucosas do colo, que além do muco alcalino, secretam tambem lisozima, provocendo ação bactericida sobre esse muco.
Na base encontram-se principalmente células zimogênicas, com grânulos de zimogênio que contém a pró-enzima Pepsinogênio, que em meio ácido é convertida em pepsina e faz a digestão de proteínas, quebrando-as em aminoácidos ou peptídeos menores.
A secreção de HCl ocorre da seguinte forma:
As membranas túbulo vesiculares se fundem com as membranas dos canalículos,aumentando o número de K+/H+ ATPase na membrana. O ion bicarbonato é retirado da celula por transportadores antiporte na membrana basolateral e o ion Cl- é retirado da corrente sanguínea para dentro da celula. A bomba de prótons é antiporte e leva H+ para o lume e K+ para dentro da celula. Cl- vai para o lume impulsionado pelo gradiente de concentração. K+ sai da celula por transportadores basolaterais, pois seu acumulo devido a bomba de prótons pode ser prejudicinal para a celula. Dessa maneira, concentra-se H+ e Cl+ no lume, formando o suco gástrico. O excesso do ion bicarbonato na corrente sanguínea pode causae alcalose sanguínea.
A celula parietal tambem secreta o fator intrínseco, essencial para a absorção da vitamina B12
O controle da secreção é feita por neurotransmissores e neurônios mecano e quimiossensiveis na parede estomacal. 
a histamina é o principal agonista da secreção gastrina. Sua membrana tem receptores de gastrina (G) que quando ligados, estimulam a produção de mais células ECL, aumentando a produção de histamina e consequentemente a secreção gástrica. As ECL tem receptores muscarínicos para acetilcolina, provenientes dos neurônios, os quais aumentam a concentração de cálcio intracelular, aumentando a secreção gástrica. A celula ECL tambem tem receptores de somatostatinas, a qual inibe a secreção e é liberada por células D quando o Ph do estomago esta abaixo de 3 e quando é muito alimento no antro pilórico, funcionando como uma retroalimentação negativa. 
A histamina em si, liberadas por células ECL, se conectam a receptores H2 nas células parietais, aumentando a concentração de adenilato ciclase, a qual aumenta a concentração de AMPc, a qual aumenta ativa canais de cálcio na membrana basolateral, o que resulta num aumento da secreção de suco gástrico. 
A acetilcolina e a gastrina tambem podem se concetar as células parietais, mas seu estimulo à secreção é mais fraco se comparado com a histamina.
Essa dinâmica da secreção é controlada principalmente pelo nervo vago.

Continue navegando