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Neurose psicose e transferência

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1. Neurose psicose e transferência 
O termo “neurose” foi apresentado pela primeira vez em 1769, pelo médico Willian Cullen, para nomear doenças nervosas e distúrbios psicológicos.
Segundo Freud, a neurose é 1 distúrbio psíquico que acontece devido ao recalque imperfeito de desejos que foram censurados, assim o recalque, “mecanismo de defesa relacionado às neuroses, não consegue eliminar a fonte pulsional que, de maneira constante, emite estímulos que chegam à consciência e reivindicam satisfação. O que este mecanismo faz é empurrar para o lado e não extinguir por definitivo determinado conteúdo. O material recalcado está de certa forma presente também em sua ausência e, mesmo desalojado, se manifesta à distância. Ele pressiona pela volta à consciência, fica numa espécie de ‘salão contíguo ao consciente’ tentando o retorno, já que sua manutenção afastada exige um esforço para mantê-lo fora de cena. O recalque é um estado que exige grande empenho de força para se manter, pois a pressão pelo regresso é constante. (HANS, 1996). Este retorno aparecerá, segundo Freud, sob a forma de sintomas, dos atos falhos, dos chistes e dos sonhos. 
Logo esses pensamentos desejos ou ideias submersos no inconsciente procuram recursos, para através de brechas se manifestarem na vida do indivíduo ou melhor no consciente.
 Segundo Freud isso ocorre por causa da incapacidade que ego têm de lidar com esses desejos reprimidos sem sofrer, então quando recortes desses desejos conseguem romper o recalque Eles precisam Se apresentar com uma nova roupagem assumindo 1 máscara, que é justamente o sintoma da neurose, ele pode assumir diferentes formatos.
Freud acreditava que o inconsciente alimentava os instintos e os impulsos e que ele, o inconsciente, deveria ser trabalhado para curar a neurose. 
Assim a neurose é o resultado de desejos que foram barrados, esquecidos e mais tarde se manifestam através de alguns sintomas.
2. Tipos de Neurose
Cada tipo de sintoma caracteriza 1 tipo diferente de neurose:
É possível descrever três modelos clássicos de neuroses, com suas particulares manifestações e posições em relação ao gozo. Elementos em comum a eles são o fato de haver transferências quanto a terceiros e defesas contra a sexualidade infantil recalcada. Mas, esses não são os únicos moldes possíveis.
Neurose obsessiva
Nesse tipo de neurose, o conflito é expresso por sintomas compulsivos (ideias persistentes, ritos conjuratórios e realização de atos indesejáveis) e pelo modo de pensar caracterizado por ruminações mentais e dúvidas, que levam a inibições de pensamento e ação.
Neurose fóbica
Neste caso, atesta-se a presença de uma fobia, que é a fixação da angústia em um objeto exterior. Assim, o medo desse objeto é desproporcional ao seu perigo real e acarreta em reações incontroláveis do sujeito.
Neurose histérica
O termo histeria é historicamente associado ao sofrimento de pessoas do sexo feminino – não à toa deriva da palavra grega hystera (útero, matriz). Ademais, foi uma noção cara à Freud, inicialmente utilizada para denominar os sofrimentos das mulheres que atendia (europeias, brancas e burguesas). Todavia, atualmente, sabe-se que essa neurose não é exclusiva a pessoas do gênero e classe social, e sim encontrada em todos os segmentos da sociedade.
Quadros clínicos:
 Os sintomas corporais são divididos em paroxísticos (crises emocionais teatrais e ataques ou convulsões de aparência epiléptica) e duradouros (paralisias histéricas, contraturas, cegueira, anestesias)
Neurose versus Psicose
Quando se fala em neurose, muitas vezes se pensa em psicose, porém, ambas são muito diferentes: Enquanto na neurose existe um conflito interno;
Na psicose existe um conflito entre o ego e o mundo externo. O sujeito cria uma nova realidade e certamente essa nova realidade é construída de acordo com os impulsos desejosos do id.
Freud menciona que a origem da neurose e da psicose é a frustração. A condição posterior à frustração é que vai determinar a estrutura.
“Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose (esse mesmo fragmento de realidade) é remodelado... a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta substituí-la”. (Freud, 1924)
Na verdade, a psicose não é uma doença, mas um sintoma de outros transtornos mentais, como a esquizofrenia.
Conclusão de neurose e Psicose
A neurose propriamente dita diz respeito ao afrouxamento da relação com a realidade que ocorre num segundo tempo, devido ao fracasso do recalcamento, e a fantasia é o que se constitui como suplência capaz de recobrir o impossível na relação com o objeto.
Freud afirma que a perda da realidade diz respeito àquele fragmento de realidade relacionado ao objeto do desejo, sendo a neurose, exatamente, esse segundo tempo, do retorno do recalcado e da constituição da fantasia, revelador do fracasso na aceitação da realidade faltosa.
Já na psicose, o primeiro tempo é decisivo, ou seja, a perda da realidade, perda essa que apresenta a radicalidade de um repúdio. O segundo tempo da psicose também comporta o caráter de uma reparação, como na neurose e, nesse sentido, o delírio e a alucinação ocupam o lugar da fissura na relação do eu com o mundo.
Freud também considerava que, o ponto central de sua observação é que em ambas as estruturas o mais importante não é a questão relativa à perda da realidade, mas sim os substitutos encontrados. Na neurose, o substituto encontrado ocorre via mundo da fantasia; já na psicose, os substitutos são delírio e alucinação.
24 Conceitos de neurose e psicose e neurose através do ato diagnóstico
Atualmente, as patologias são classificadas a partir de seus sintomas, e estes, por sua vez, passam por uma detalhada catalogação. O objetivo é descritivo. Surgem novas denominações, novas terapias e constantemente novos medicamentos no mercado farmacológico, cujo objetivo é tratar de forma mais eficaz sinais e sintomas.
TRANSFERENCIA
A transferência ocorre no campo da analise quando o paciente projeta seus desejos reprimidos para a figura do analista, esta transferência nem sempre é positiva, Freud mesmo se surpreendeu com a transferência de uma paciente chamada Dora, neste caso Dora transferia para ele a figura paterna, e o fantasiava como pai e as vezes até com o próprio Sr K. seu pretendente, Dora se vinga de Freud e o abandona como foi abandonada por eles.
A Transferência positiva: se denota nos sentimentos afetuosos, amistosos conscientes e seus prolongamentos inconscientes;
Já a Transferência negativa, são sentimentos inamistosos conscientes e inconscientes;
Podemos citar aqui também o fenômeno da Ambivalência: comum nos neuróticos. Diz da aparição de transferências positivas e negativas dirigidas a mesma figura. E assim eu encerro essa apresentação deixando uma frase para reflexão: 
Bibliografia:
Teorias da Personalidade” de James Fadiman e Robert Frager.
Teorias da Personalidade – Jess Feist, Gregory J. Feist e outro
Freud, Sigmund(1924). Neurose e Psicose. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 2007. v. III.
Poletto, Michele. NEUROSE E PSICOSE: semelhanças e diferenças sob a perspectiva freudiana *Núcleo de Estudos e Pesquisa em Subjetividade e Cultura – UFJF/CNPq Programa de Pós-Graduação em Memória Social – UNIRIO. Memória, Subjetividade e Criação.

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