Buscar

9 - Modelo e Estrutura de Documentos Científicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9 - Modelo e Estrutura de Documentos Científicos 
1. Monografia 
	A monografia é uma das formas de apresentação de um trabalho de conclusão de curso. O termo “monografia” se refere ao estudo de um tema e não deve ser confundido com uma pesquisa realizada apenas por um autor. 
	O tema monografia designa um tipo especial de trabalho científico. Conforme Severino (2007, p. 200), “considera-se monografia aquele trabalho que reduz sua abordagem a um único assunto, a um único problema, com um tratamento especificado”. 
	Representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido. Não há um limite de páginas para uma monografia, mas geralmente as monografias têm entre 40 e 60 páginas. 
	Quanto à linguagem, o texto deve ser objetivo, preciso, imparcial, claro, coerente, impessoal e ter uma sequência lógica de apresentação de ideias, organizada em seções.
	 É um texto que deve possuir de forma obrigatória todos os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais: 
a. Pré-textuais – capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, listas de ilustrações, tabelas, abreviaturas etc.; sumário.
b. Textuais – Introdução, desenvolvimento teórico e considerações finais.
	Na introdução deve ser apresentada a pesquisa realizada, respondendo ao leitor o que se pesquisou (delimitação do tema), quando esta foi desenvolvida, [...] como foi seu encaminhamento metodológico, quais são os objetivos, o porquê da relevância deste trabalho e como está organizado o trabalho para facilitar a leitura completa do mesmo. 
	O desenvolvimento deve ser um texto expositivo, elaborado pelo pesquisador, para explicar o estágio de desenvolvimento teórico do tema. São apresentados os autores estudados para a compreensão dos fatos. Deve-se atentar para indicar as citações de forma adequada, seguindo as normas da ABNT – NBR 10.520/2002. No desenvolvimento também devem ser apresentados a metodologia, os dados da pesquisa e a análise dos dados (quando há pesquisa de campo). 
	O texto referente às considerações finais deve ser conciso e claro. Não deve trazer novas informações, mas sim reafirmar as informações mais importantes descritas no texto, principalmente as advindas da pesquisa de campo (quando houver). Sugere-se elaborar um parágrafo para cada objetivo da pesquisa e sua relação com os resultados obtidos. Devem constar críticas e análises embasadas no referencial teórico e resultados da pesquisa, além da sugestão de novas pesquisas sobre o tema.
 c. Pós-textuais – referências, apêndices e anexos. 
	As referências devem ser listadas em ordem alfabética pelo sobrenome dos autores e devem-se listar todos e apenas os autores mencionados no texto. Devem ser dispostas conforme a NBR 6.023/2002.
	Os apêndices (documentos complementares elaborados pelo autor) e os anexos (documentos complementares não elaborados pelo autor) devem ser inseridos após as referências.
2. Dissertações e teses
Dissertação 
	A dissertação é um trabalho acadêmico Stricto sensu destinado à obtenção do grau acadêmico de mestre. A etimologia da palavra dissertação é de origem grega, significa dis (prefixo indicador de separação e afastamento) e sertare (ajuntar, ligar, entrelaçar), refere-se a um estudo teórico e reflexivo aprofundado sobre um tema. A NBR 14724/2011 traz a definição de dissertação:
É um documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do pesquisador. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001). 
	A estrutura da dissertação é a mesma da monografia (mesmos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais), diverge, porém, na profundidade de pesquisa e análise dos dados e deve não apenas “explanar” os dados, mas sim demonstrar uma proposição. 
Tese
	A tese é o trabalho acadêmico Stricto sensu realizado para obtenção do titulo de doutor. A palavra tese deriva do grego tesis (ação de pôr, colocar) e sua origem data da Idade Média, nessa época, para ocupar um cargo docente nas universidades, o aspirante devia apresentar uma nova ideia, tese ou doutrina para uma banca examinadora. 
	Segundo a NBR 14.724 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001), a tese é um documento que:
 [...] documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado; deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão; é feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor, ou similar (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001). 
	A originalidade de uma tese não significa que o tema apresentado nunca foi estudado antes, mas sim que, usando como base o que já foi escrito e estudado, chegou-se à elaboração de um novo conhecimento. A originalidade pode estar presente:
· ao defender uma nova ideia;
· ao utilizar um novo método;
· ao se chegar a uma nova descoberta por meio de uma exaustiva pesquisa e utilização de métodos científicos. 
	Assim como a dissertação, a tese também segue a mesma estrutura de uma monografia. A diferença entre uma tese e uma dissertação, além da originalidade da tese, é a profundidade com que o estudo é realizado. A tese deve apresentar um estudo mais amplo e profundo.
3. Artigos científicos
	O artigo científico é um trabalho científico, escrito por um ou mais autores com a finalidade de divulgar estudos e resultados de pesquisas. Possui a característica de ser um texto com a apresentação sintética dos resultados das pesquisas ou estudos realizados. 
	A NBR 6.022/2003 da Associação Brasileira De Normas Técnicas - ABNT – descreve as normas para redação e estabelece as regras para a apresentação de artigos para publicação impressa. Essa norma apresenta dois tipos de artigos: artigo original (ou artigo científico), cujos resultados são próprios e advêm de pesquisas; e artigo de revisão, que se caracterizar por apresentar e discutir dados frutos de pesquisa bibliográfica. 
	Trata-se de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) aceito em cursos de graduação e pós-graduação lato sensu. Também pode ser escrito para ser publicado em jornais, revistas ou periódicos especializados. 
	A redação de um artigo deve obedecer ao rigor científico, usar linguagem clara, concisa, objetiva. O texto deve ser escrito em terceira pessoa. Sua estrutura deve conter os seguintes elementos:
	 • Pré-textuais – título e subtítulo, autor, resumo (e abstract – opcional em alguns casos) e 3 a 5 palavras-chave. Não há capa em artigos, como também não se deve inserir quebra de página, ou seja, o texto deve se estender até o final de cada página. O título merece atenção especial: precisa corresponder, de maneira adequada, ao conteúdo.
	 • Textuais – Composto pela introdução (apresenta o tema, o problema, os objetivos, a justificativa. Quando inclui pesquisa de campo, define o local, o universo, a amostra, a metodologia e o tempo para a realização); o desenvolvimento (com títulos e suas respectivas subdivisões, se necessário). O desenvolvimento deve fundamentar os argumentos, apresentar e analisar os resultados; e considerações finais (retomam os aspectos relevantes e podem apresentar sugestões de trabalhos futuros). 
	• Pós-textuais – compreendem as referências, que são um item obrigatório, e glossário, apêndice e anexo, se forem imprescindíveis. Quanto à formatação do texto, as instituições, revistas e periódicos possuem modelos próprios que devem ser seguidos pelo autor antes do seu envio.
4. Relatório
	O relatório tem a função de apresentar os resultados finais de um estudo, pesquisa ou atividade. 
É o documento elaborado com a finalidade de apresentar e descrever informações relativas a fatosvivenciados, ouvidos ou observados ou historiar a execução de serviços e experiências(SIB/ UFPR, 2002, p. 1).
	 Geralmente acompanha documentos demonstrativos como: tabelas, gráficos, fotografias ou desenhos. 
	Existem vários tipos de relatório: estágio, administrativo, técnico-científico, visita, viagem etc. 
	No meio acadêmico, “o relatório é uma descrição objetiva dos fatos científicos que ocorreram na pesquisa. Além disso, o pesquisador faz análise deles para chegar a conclusões ou tomar decisões” (MEDEIROS, 2009, p. 256).
	Para elaborar um relatório, deve-se seguir as seguintes fases: 
• Projeto ou plano inicial - determinação da origem, definição do objeto de estudo, objetivos e métodos. 
• Coleta e organização do material - no decorrer da execução do trabalho, coleta-se, organiza-se e armazena-se o material que originará o relatório. 
• Redação – a redação do relatório é a etapa final do processo. Ele será eficiente se os objetivos e a metodologia forem bem definidos no início da investigação. A linguagem obedece às exigências de textos científicos e prima, portanto, pela objetividade, clareza e emprego da língua padrão. 
O relatório deve possuir a seguinte estrutura:
• capa;
• folha de rosto;
• resumo; 
• listas de símbolos, abreviaturas, ilustrações, etc.; 
• sumário; 
• introdução (tema, objetivos, justificativa); 
• revisão bibliográfica; 
• metodologia (resultados e discussão dos resultados); 
• conclusões e/ou recomendações); 
• referências bibliográficas; 
• anexos; 
• agradecimentos; 
• ficha de identificação do relatório.
5. Resenha e fichamento 
Resenha
	Mesmo apresentando muitas semelhanças, é necessário diferenciar a resenha do resumo. O resumo deve se limitar ao conteúdo do texto original, sem qualquer julgamento de valor. Já a resenha vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela, apresentando suas linhas básicas e seus pontos fortes e fracos. 
	Segundo Andrade (2003), resenha é um trabalho que demanda conhecimento sobre o assunto a fim de estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade intelectual para avaliar e emitir juízo de valor. 
	Prodanov e Freitas (2013) descrevem alguns requisitos que devem ser observados ao elaborar uma resenha:
• conhecimento completo do artigo ou da obra, não se limitando apenas à leitura de partes; 
• conhecimento sobre o assunto a ser criticado;
• imparcialidade sobre o assunto; 
• justiça ao redigir, apresentando tanto aspectos positivos quanto negativos; 
• fidelidade ao pensamento do autor.
	Na redação da resenha deve-se identificar as principais ideias do autor. O texto deve ser claro e conciso e conter a sua apreciação crítica. 
Estrutura da resenha 
	Título centralizado na linha; todas as letras em maiúsculo, negritada; nome do resenhista no canto direito, abaixo do título com identificação em nota de rodapé, na primeira página. 
	No corpo da resenha, autoria, título e demais informações pertinentes. Deve conter: 
• breve biografia do autor da obra; 
• resumo da obra, pressupostos, críticas e comentários do resenhista; 
• conclusão do autor do texto estudado; 
• indicações do resenhista: relevância do tema, público-alvo e linguagem utilizada; 
• referências das demais obras utilizadas para a análise.
Fichamento 
	O fichamento é uma forma organizada de registrar as informações obtidas por meio da leitura de um texto. É um método de controle e organização de informações sobre livros e documentos mediante elaboração de fichas com conteúdo sintetizado.
	Não é um resumo, é uma forma de indexar os pontos principais do livro, com objetivo de facilitar sua lembrança e localização, quando futuramente necessitar. O Fichamento auxilia na organização dos documentos necessários para redigir o texto final. Ele agiliza o acesso aos dados consultados e separados durante a coleta dos dados bibliográficos. 
	A elaboração das fichas dependerá de cada pesquisador, que deve organizá-las de forma a otimizar a sua consulta posterior. O fichamento pode ser feito em fichas, papel comum ou em programas de computador.

Outros materiais